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fármacos para dor DOR “Experiência sensorial e emocional desagradável associada ou não a uma lesão tecidual verdadeira ou potencial” TIPOS DE DOR DOR NOCICEPTIVA: Causada por ativação das fibras nervosas nociceptivas (fibras Aδ e fibras C) através de estímulos dolorosos que podem ser mecânicos, térmicos ou químicos. DOR NEUROPÁTICA: Se manifesta de várias formas: sensação de queimação, peso, agulhadas, choques, ferroadas, formigamento ou não, parestesia ou não É o fruto de uma lesão ou de uma disfunção do SNC ou SNP e persiste por longo tempo após o evento Pode ser consequência de alguma doença degenerativa DOR AGUDA: Duração < 3 meses Origem e manutenção dada pela lesão tecidual Menos mecanismos centrais de manutenção Diretamente relacionada com a cura do dano tecidual Localização bem definida DOR CRÔNICA: Duração > 3 meses A lesão tecidual tem menor relevância na manutenção Os mecanismos centrais são mais importantes Localização mal definida Em praticamente todas as doenças, a dor se faz presente como sintoma, mas em certas doenças a dor é mais frequente e intensa, como a dor do Câncer; Em algumas situações a dor é considerada a própria doença, como por exemplo na enxaqueca; A dor é sempre um sinal de alerta; Deve ser investigada e o tratamento deve ser realizado com orientação médica • Sintoma comum a muitas doenças – Inespecífico – Identifica a doença • Sintoma comum em traumatismos / cirurgia – Indica lesão tecidual/inflamação – Cessa com a cicatrização • Sintoma recorrente e típico de algumas doenças – Enxaqueca – Artrite Reumatoide – Câncer • Sintoma persistente = crônico = DOENÇA! – Fibromialgia – Lombalgia crônica – Dor neuropática – Enxaquecas FISIOPATOLOGIA DA DOR: Tudo se inicia com um estímulo periférico Lesão -> ativação da enzima fosfolipase a2 -> libera ac. araquidônico para a célula, que estava incorporado em ac. lipídico -> usado na síntese de prostaglandina pela COX Liberação de NTs (glutamato): ativa receptores do neurônio de projeção (2° ordem) Liberação de mediadores: sensibilização dos nociceptores (neurônio aferente primário) que capta o estímulo MECANISMO MEDULAR DA DOR Receptor alfa2 é acoplado a proteína Gi, assim como o 5HT, O 5HT3 é acoplado a proteína Gs Mi, kapa e delta (opióides) são acoplado a proteína Gi Opioides conseguem inibir tanto o neurônio estimulado (para não liberar glutamato) quanto o de projeção, pois ambos têm os receptores MECANISMO SUPRAMEDULAR: Substância cinzenta tem interneurônios que liberam GABA, que ficam inibindo os receptores de serotonina, endorfina e noradrenalina -> modula dor -> tonicamente ativo Opioide atua no interneurônio Gabaérgico Serotonina não consegue inibir dor pois atua no 5HT e 5HT3 Os estados inflamatórios estão frequentemente associados à produção de PGs, que são importantes mediadores da sensibilização à dor tanto periférica quanto central AINEs - Mecanismo de ação: Inibição da COX-2 (seletivos) e COX-1 e COX-2 (não seletivos) Efeitos adversos: • Gastrintestinais (inibe COX-1 célula parietal) • Úlcera péptica • Gastrite erosiva - Não há necessidade de IBP em todos os pacientes • Cardiovasculares • Seletivos COX-2: aumenta o risco cardiovascular (↓ PGI2 endotelial: vasodilatadora e antiagregante plaquetária) • Renal (PGs inibe ação do ADH) • AINEs ↓ PGs e aumenta ação ADH • Retenção de sódio e água, edema e piora da função renal (ICC, doença renal) • Hepático • Doses excessivas (exemplo do paracetamol) OPIÓIDES Os opioides foram, durante centenas de anos, o principal recurso no tratamento da dor, uma posição que ocupam até hoje. Os opiáceos naturais extraídos do ópio, codeína e a morfina, exercem seus efeitos mimetizando substâncias de ocorrência natural, chamados de peptídeos opioides endógenos ou endorfinas. Seu papel sensorial é importante, em inibir as respostas aos estímulos dolorosos Uma poderosa propriedade dos opioides é de determinar vício e busca de recompensa. Alto efeito analgésico Interneurônio gabaérgico freia sensação de dor, ele tem receptor opioide -> quando inibido pelo opioide menor a liberação de GABA -> maior liberação de noradrenalina e serotonina -> adentram corno dorsal da medula ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS E ATÍPICOS Atípicos reconhece menos receptores -> fármaco mais limpo (menos efeitos colaterais) -> duloxetina, minalciprano Inibem recaptação de serotonina e noradrenalina, aumentando sua quantidade no corpo Tricíclicos geralmente são usados no tratamento de dor crônica -> baixo custo ANTICONVULSIVANTES/ NEUROMODULADORES MECANISMO DE AÇÃO: Ligantes de canais de cálcio α2δ -> bloquear glutamato e subst. P -> inibir neurônio de projeção (gabapentina e pregabalina) -> menos efeitos colaterais que a Carbamazepina LOMBALGIAS DISMENORREIA CÓLICA RENAL Cálculo renal e urolitíase são termos para designar “pedras nos rins” A urolitíase é uma das doenças mais frequentes do trato urinário. Ocorre principalmente, no sexo masculino, na proporção de 3:1 A cólica renal é um sintoma agudo da existência dos cálculos renais É uma dor intermitente na região lombar que começa subitamente e pode irradiar Os cálculos renais são responsáveis pelo maioria dos casos de cólicas (80%) FIBROMIALGIA Síndrome dolorosa crônica, de etiologia desconhecida e não inflamatória Diminuição da qualidade de vida e sintomas como: alteração do sono, depressão, fadiga, rigidez muscular. Caracteriza-se pela presença de sensibilidade exacerbada à palpação de pontos pré-definidos. Fisiopatologia Causa desconhecida Alteração no mecanismo central do controle da dor; Disfunção dos NTs: * Níveis elevados de substância P e glutamato * Deficiência de 5HT e noradrenalina supraespinhais Alteração nos receptores medulares NEUROPATIA DIABÉTICA: CEFALEIA