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CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS Prof. Janpson Allan Ribeiro Gurgel “ 2 Controle de Qualidade? “ 3 O Controle de Qualidade de medicamentos é importante? “ 4 PORQUE O CONSUMO DE MEDICAMENTOS É ALTO NO MUNDO INTEIRO! “ 5 Fonte: Guia Interfarma, 2019. “ 6 https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/02/23/venda-de-antidepressivos-cresce-17-durante-pandemia- no-brasil “ 7 https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/11/consumo-de-medicamentos-para-saude-mental-cresce-quase- 20/ “ 8 https://www.ictq.com.br/assuntos-regulatorios/2627-anvisa-determina-recolhimento-de-lotes-do-medicamento-prolopa- por-desvio-de qualidade?utm_campaign=lotes_do_medicamento_prolopa_serao_recolhidos&utm_medium=email&utm_source=RD+Stat ion https://www.ictq.com.br/assuntos-regulatorios/2627-anvisa-determina-recolhimento-de-lotes-do-medicamento-prolopa-por-desvio-de “ 9 Definição “O Controle de Qualidade é a parte das BPF referente à coleta de amostras, às especificações e à execução de testes, bem como à organização, à documentação e aos procedimentos de liberação que asseguram que os testes relevantes e necessários sejam executados, e que os materiais não sejam liberados para uso, ou que produtos não sejam liberados para comercialização ou distribuição, até que a sua qualidade tenha sido considerada satisfatória.” RDC n° 301, 2019 “ 10 O controle de qualidade de medicamentos das indústrias segue as normas da RDC nº 301, 2019, junto a Farmacopeia Brasileira. REVOGADA! “ 11 “ 12 Compêndios Oficiais “ 13 Sistema de Qualidade Garantia da Qualidade Controle de Qualidade Indústria Farmacêutica “ 14 Controle de Qualidade MP inspecionados no recebimento 1 2 MP identificadas, armazenadas em quarentena Controle de qualidade “aprovado” ou “reprovado” 3 Fabricação dos produtos Matéria-prima “ 15 Controle de Qualidade Divisão Controle Físico-Químico Controle Microbiológico “ 16 Controle de Qualidade Controle em processo LABORATÓRIOS Material de Embalagem Físico-Químico Microbiológico “ 17 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPFs) INTRODUÇÃO 1962 EUA 1968 OMS 1975 OMS 1990 Série ISO 9000 1995 Portaria 16/95 2001 Portaria 134/2001 2003 Portaria 210/2003 2010 RDC 17/2010 2015 RDC 33/2015 1999 2019 RDC 301/2019 RDC 658/2022 BPF 20 Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. 2022 RDC 658/2022 “ OBJETIVOSAdotar as diretrizes gerais de boas práticas de fabricação de medicamentos do esquema de cooperação em inspeção farmacêutica, PIC/S, como requisitos mínimos a serem seguidos na fabricação de medicamentos. 21 Riscos inerentes a qualquer produção farmacêutica 22 TROCA OU MISTURA CONTAMINAÇÃ O POR PARTÍCULA CONTAMINAÇÃ O CRUZADA OBJETIVO PRINCIPAL Diminuir os riscos inerentes a toda produção farmacêutica que não podem ser prevenidos completamente mediante o controle do produto acabado. ABRANGÊNCIA Esta Resolução se aplica às empresas que realizam as operações envolvidas na fabricação de medicamentos, incluindo os medicamentos experimentais. 23 SISTEMA DA QUALIDADE FARMACÊUTICA ▸Garantia da qualidade correspondente com a finalidade pretendida; ▸Cumprimento dos requisitos para o registro; ▸Segurança, qualidade e eficácia. Cumprimento é responsabilidade dos funcionários de todos os níveis da organização, bem como de seus fornecedores e distribuidores. 24 SISTEMA DA QUALIDADE FARMACÊUTICA 25 Incorporar o gerenciamento de risco03 Incorporar as BPF02 Documentado e ter sua efetividade monitorada, por meio de revisão gerencial 01 O gerenciamento da qualidade é um conceito abrangente, que cobre todas as questões que determinam, isolada ou conjuntamente, a qualidade de um produto. SISTEMA DA QUALIDADE FARMACÊUTICA Um Sistema da Qualidade Farmacêutica adequado à fabricação de medicamentos deve garantir que: ▸A concepção do produto seja alcançada por meio do projeto, planejamento, implementação,manutenção emelhoria contínua; ▸O conhecimento de produtos e processos seja gerenciado em todas as etapas do ciclo de vida; ▸Requerimentos das BPF no desenvolvimento e obtenção dos medicamentos; ▸As operações de produção e controle sejam claramente especificadas, e sejam adotadas as BPF; ▸As responsabilidades gerenciais sejam claramente especificadas; ▸Certificação de qualidade das matéria-primas e verificação da conformidade de cada recebimento com o fornecedor aprovado; SISTEMA DA QUALIDADE FARMACÊUTICA ▸Processos para assegurar a gestão de atividades terceirizadas; ▸Sistemas eficazes de monitoramento e controle para o desempenho do processo e para a qualidade do produto; ▸Resultados do monitoramento de produtos e processos com o objetivo de tomar ações preventivas para evitar desvios potenciais que possam ocorrer no futuro; ▸Controles necessários em produtos intermediários e quaisquer outros controles em processo e validações sejam realizados; ▸ Implementação de melhorias da qualidade apropriadas ao nível de conhecimento do processo e do produto; ▸ Implementação de procedimentos para a avaliação prospectiva de mudanças planejadas e sua aprovação antes da implementação; ▸ análise da causa raiz seja aplicado durante a investigação de desvios, suspeitas de defeitos no produto e outros problemas: Sistema CAPA. SISTEMA DA QUALIDADE FARMACÊUTICA PRINCÍPIOS O níveis apropriado pode ser determinado pelo estabelecimento por meio de aplicação de princípios de gerenciamento de risco na qualidade CAUSA RAIZ Nos casos de indeterminação da causa raiz deve-se considerar as causas mais prováveis e abordá- las ERRO HUMANO Deve ser justificado tendo o cuidado de garantir que erros ou processos, procedimento ou sistema não tenham sido negligenciados CAPA Ações corretivas e/ou ações preventivas apropriadas devem ser identificadas, implementadas em respostas a investigação INVESTIGAÇÕES DE DESVIOS SISTEMA DA QUALIDADE FARMACÊUTICA ▸Auto inspeção e/ou auditoria da qualidade, que avalie regularmente a efetividade e a aplicabilidade do sistema da qualidade farmacêutica. O sistema da qualidade farmacêutica deve ser definido e documentado. Um manual da qualidade ou documentação equivalente deve estar estabelecido e deve conter uma descrição do sistema de gestão da qualidade, incluindo as responsabilidades de gestão. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Parte do gerenciamento da qualidade que assegura que os produtos são consistentemente produzidos e controlados, de acordo com os padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro sanitário, autorização para uso em ensaio clínico ou especificações do produto. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Instruções e POPs03 ✔Escritos de forma instrutiva; ✔Linguagem clara; ✔ Inequivoca. Etapas críticas02 ✔Devidamente validadas. Processos de fabricação01 ✔Definidos; ✔Revisados; ✔Eficazes. REQUISITOS BÁSICOS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Materiais , recipientes e rótulos06 ✔ Evitar trocas e misturas. Equipamento e serviços05 ✔ Monitorados; ✔ Inspeções visuais e automático. Instalações e áreas adequadas04 ✔Risco mínimo de contaminação; ✔Limpas com procedimentos escritos; ✔ Iluminação, temperatura, umidade. REQUISITOS BÁSICOS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Procedimentos e instruções09 ✔ Documentados. Transporte08 ✔ Empilhadeiras. Armazenamento07 ✔Capacidade suficiente para estoque; ✔Quarentena; ✔Locais segregados. REQUISITOS BÁSICOS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO REQUISITOS BÁSICOS Distribuição10 ✔ Minimizar qualquer risco a sua qualidade e levar em consideração as boas práticas de distribuição BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO REQUISITOS BÁSICOS Recolhimento e reclaçamões10 ✔ Produtos examinados; ✔ Desvios investigados; ✔ Prevenção da recorrência. CONTROLE DE QUALIDADEParte das BPF referente à coleta de amostras, às especificações e à execução de testes, bem como à organização, à documentação e aos procedimentos de liberação que asseguram que os testes relevantes e necessários sejam executados, e que os materiais não sejam liberados para uso, ou que produtos não sejam liberados para comercialização ou distribuição, até que a sua qualidade tenha sido considerada satisfatória. CONTROLE DE QUALIDADE Responsabilidades do departamento de controle de qualidade Estabelecer, validar e implementar todos os procedimentos Supervisionar o controle da referência e/ou retenção de amostras de materiais e produtos Garantir a correta etiquetagem de recipientes de materiais e produtos Garantir o monitoramento da estabilidade dos produtos Participar da investigação de reclamações relacionadas à qualidade do produto CONTROLE DE QUALIDADE Amostras para futuras análise Amostragem Pessoal treinado Produto acabado Liberação após certificação PRINCÍPIOS BÁSICOS Instalações adequadas Metodologia analítica Registros eletrônico REVISÃO DA QUALIDADE DO PRODUTO Verificação da consistência do processo Adequação das especificações REVISÃO PERIÓDICA DE QUALIDADE Evidenciar tendências e identificar melhorias Controles em processos críticos e de qualidade de PA Lotes que não cumpriram especificações Desvios ou não conformidades e efetividade CAPA Mudanças ou métodos analíticos Alterações pós- registros Resultados do programa de estabilidade Devoluções, reclamações e recolhimentos Adequação de ações corretivas prévias Novos registros Qualificação de equipamentos e utilidades Atividades terceirizadas R EV IS Õ ES AMOSTRAS DE REFERÊNCIA ▸ Inspeções; ▸ Testes; ▸Especificações; ▸Revisão; ▸Avaliação; ▸Desvios; ▸ Liberação. DOCUMENTAÇÃO GERENCIAMENTO DE RISCO DA QUALIDADE Processo sistemático de avaliação, controle, comunicação e revisão de riscos para a qualidade do medicamento. O gerenciamento de risco da qualidade pode ser aplicado de forma proativa e retrospectiva. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL Responsabilidades individuais de cada participante do processo Pessoal qualificado para o desempenho das atividades na indústria farmacêutica Treinamento inicial e aperfeiçoamento contínuo INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Conformidades de instalações e equipamentos: Minimizar o risco de erros, limpeza e manutenção efetivas; Determina os requisitos de iluminação, umidade e temperatura do local, tanto durante a produção quanto no armazenamento. Evitar contaminação cruzada Evitar acúmulos de sujeiras DOCUMENTOS Estabelecer, controlar, monitorar e registrar todas as atividades Mídia impressa, eletrônica ou fotográfica. Tipos principais de documentação: as instruções (orientações, requerimentos) e os registros/relatórios. Os POPs, as instruções de trabalho e os métodos devem ser escritos preferencialmente no modo imperativo. Os documentos relacionados ao sistema de gestão da qualidade devem ser revisados regularmente e mantidos atualizados. ATIVIDADES TERCEIRIZADAS Qualquer atividade terceirizada, deve ser adequadamente definida, acordada e controlada, a fim de evitar mal-entendidos que possam resultar em um produto ou operação de qualidade insatisfatória; O sistema da qualidade do fabricante deve incluir o controle e revisão de quaisquer atividades terceirizadas; O contratante é responsável por garantir que sejam implementados processos para assegurar o controle das atividades terceirizadas. RECLAMAÇÕES E RECOLHIMENTO DO PRODUTO Sistema e procedimentos apropriados para registrar, avaliar, investigar e revisar reclamações, incluindo possíveis desvios de qualidade; Recolhimento dos medicamentos destinados a uso humano, incluindo os experimentais; Procedimentos escritos descrevendo as ações a serem tomadas após o recebimento de uma reclamação; Todas as reclamações devem ser documentadas e avaliadas visando a identificação se representam um possível desvio de qualidade ou outro problema. AUTOINSPEÇÕES A auto-inspeção deve avaliar o cumprimento das BPF por parte do fabricante de todos os seus aspectos; O programa de auto-inspeção deve ser planejado para detectar qualquer desvio na implementação das BPF e para recomendar ações corretivas necessárias; Devem ser realizadas de forma rotineira; O pessoal responsável pela auto-inspeção deve ser capaz de avaliar a implementação das BPF de forma objetiva; Todas recomendações de ações corretivas devem ser implementadas; Os procedimentos de auto-inspeção deve ser documentado e deve haver um programa eficaz de acompanhamento. 52 https://www.youtube.com/watch?v=DRYvpKRFx2A https://www.youtube.com/watch?v=Zawu57zQpQM https://www.youtube.com/watch?v=DRYvpKRFx2A https://www.youtube.com/watch?v=Zawu57zQpQM 53 “Cumpre o pequeno dever de cada momento; faz o que deves e está no que fazes.” São Josemaria Escrivá