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Toxicologia e Plantas tóxicas S Raiva, Botulismo e Intoxicação por plantas – representam as maiores causas de morte em bovinos. S Entre 10% e 14% das mortes em bovinos são por plantas tóxicas – o que corresponde entre 1.13 e 1.58 milhões de bovinos S Aquela que quando ingerida pelos animais sob condições naturais, causa danos à saúde ou mesmo a morte. S Ajuda a identificar de fato quais as plantas estariam causando problemas. S Envolvendo a espécie em questão. S Administradas por via oral – comprovar por meio da ingestão natural, como o animal comeu na natureza. S Plantas frescas, recém colhidas – algumas vez faz com plantas ressecadas, pois faz de tempos em tempos para plantas que tem um comportamento crônico, e algumas plantas podem perder sua toxicidade quando ficam secas podendo assim interferir no resultado do estudo. – S Lactescência – indicador de toxidez, porém isso é uma característica morfológica comum das plantas. Pode ter nas plantas tóxicas e pode ter nas plantas não tóxicas. S Quantidade ínfimas da planta tóxica seriam suficientes para causar a morte do animal. C EX: Baccharis coridifolia (mio-mio) Doses 0,25 a 0,5g/kg Para um bovino de 300kg deve ingerir 75g da planta. Policourea marcgravii (cafezinho) O,6g/kg Um bovino de 300kg teria que ingerir 180 folhas para se intoxicar. S Efeitos superimediatos – algumas plantas como as cianogênicas, podem causar morte súbita, porém são poucas. A maioria leva um prazo maior. S Sempre causam perturbações digestivas. C Timpanismo x pseudo-timpanismo – poucas as plantas que causam perturbações no digestório – o que leva as pessoas a acreditarem nisso é porque a maioria das vezes quando observam o animal, ele já está morto e assim ele está abaulado (com gás) por alteração pós-mortal – pseudo-timpanismo, está produzindo gás por bactérias de putrefação. C Mucosa ruminal destacando – isso ocorre por alteração pós-mortal (quando ela se destaca muito facilmente) S Instinto seria capaz de proteger os animais – algumas plantas são muito palatáveis mesmo sendo toxicas então o animal pode comer assim mesmo. S “TINGUIS” e “TIMBÓS” – plantas ictiotóxicas (rotenon), são termos de origem indígena, os índios pegam as plantas maceram a raiz e conseguem extrair o princípio toxico e oferecem para os peixes, eles começam a ter sinais neurológicos e ficam mais fáceis de ser capturados. Porém nem todas as plantas são tinguis e timbós. S Presença de sangue = intoxicação por planta Evolução do quadro clínico- patológico (irá depender da planta) S Podem ser: superaguda (morte súbita), aguda, subaguda e crônica. (As outras precisam ter um efeito acumulativo, tendo lesões depois de meses e até anos) Sítio de ação S Ação direta (minoria) C Afetam o trato gastrintestinal S Ação remota (maioria) C Absorvida pela mucosa intestinal Circulação enterohepática (fígado) ou Linfa grande circulação (órgãos) *Às vezes a microflora ruminal, pode transformar um princípio pré toxico (inofensivo), em algum princípio tóxico. S Cada planta possui um sítio específico de ação. Vias de eliminação -depois que ganhar a grande circulação o princípio será eliminado S Bile S Urina S Suor S Leite S Expiração *Para os eliminados com rapidez – a ingestão da dose letal em curto período *Lentamente eliminados – efeitos acumulativos. S Fase de crescimento (tudo depende da planta ou lesão que o animal irá apresentar) C Fase de brotação (Amorimia [Mascagnia]/Pteridium) – broto mais tóxico que a fase madura da planta. C Maduras (Baccharis coridifolia) S Parte tóxica C Só as folhas (Manihot) C Só os frutos (favas de Stryphodendron) C Ambas as partes (Ricinus communis – sementes causam perturbações digestivas e folhas distúrbios nervosos) S Estado C Planta seca C Dessecada: Plantas cianogênicas (perdem a toxicidade), Cestrum/Solanum (mantém a toxicidade por longos períodos). S Solo – o tipo de solo influencia a toxidez e o tipo de planta que irá crescer no local. C Fertilidade do solo influencia a toxidez da Manihot C Policourea marcgravii (terra firme) x Policoure crocea (várzea) *Informação importante para uma investigação epidemiológica/histórico. S Espécie C Cestrum laevigatum tóxica para bovino e pouco para coelho. C Senecio brasiliensis tóxica para bovinos e pouco para caprinos e ovinos. C Pteridium arachnoideum em bovinos ação radiomimética e em equinos e outros monogástricos deficiência de tiamina. S Idade C Solanum glaucophyllum mais tóxica para bovinos adultos. C Saponinas esteroidais contidas em Brachiaria spp – novos mais sensíveis aos efeitos tóxicos. S Pigmentação C Animais despigmentados mais suscetíveis fotossensibilização (pois não tem um pigmento para proteger o núcleo da célula a uma radiação) S Exercício C Pode ser o fato decisivo para levar o animal à morte. (plantas que causam morte súbita, e as vezes o fato de movimentar o animal irá exigir um gasto energético podendo levar o animal à morte, se o animal já está manifestando sinais clinicos é melhor evitar movimento) S Ingestão de água – não tem muita correlação com a influência da toxidez C Baccharis coridifolia (experimento X condições naturais) S Tolerância – alguns animais podem se tornar mais resistência conforme o costume de comer determinada planta (não acontece com todas as plantas) C Maior resistência – Manihot (ácido cianídrico) – como se produzissem uma Imunidade (anticorpos antitoxinas) S Resistência individual – alguns animais podem ser mais afetados que os outros C Há evidências que pode ter importância para Cestrum Laevigatum e Sessea brasiliensis. S Fome – nem sempre o animal está comendo porque é bom ou porque ele gosta e sim porque está faltando alimento. C Época de escassez da vegetação N Cestrum laevigatum, Sessea brasiliensis. N Favas que passam a cair no chão (Stryphnodendron, Enterolobium) N Pasto queimado (Pteridium arachnoideum) – uma das primeiras plantas a nascer depois de uma queimada N Início da estação chuvosa (Thiloa glaucocarpa) S Vício e facilitação social C Palatabilidade ou hábito de imitar como Pteridium arachnoideum. S Estreita associação – plantas invasoras C Plantas não tóxicas crescendo junto com outras tóxicas (Senecio e Nierembergia vietchii) S Fenação – algumas plantas podem perder o poder de intoxicação por passar por um processo de secagem C Feno preparado por pastagens invadidas por Pteridium e Senecio. S Transferência de animais – importante informação para o histórico C Fome – transporte que dura muitas horas, comem o que encontram C Não conhecem – comer plantas que não conhecem (os que geralmente já comeram, evitam, se for uma planta ruim) S Histórico – perguntar sobre: C Espécie/idade C Primeira vez/ se já aconteceu antes C Manejo dos animais – o que comem, se estão passando fome C Recém introduzidos – não conhecem a pastagem, fome pelo transporte C Sinais clinicos/tempo de evolução C Quantos animais afetados/quantos morreram C Achados de necropsia (porém nem sempre irá ter lesão de necropsia, as vezes não da tempo em casos de morte súbita, as vezes tem lesão na micro e não na macro) C Época do ano S Cuidados com os nomes populares – pois podem significar diferentes coisas em determinada região. S Determinação do quadro clínico patológico: C Exame clínico C Necropsia N Alterações cadavéricas (se realmente é) N Constatação das plantas (raro) – pode encontrar em uma morte súbita (não deu tempo de digerir) ou quando são favas (demoram mais para digerir) S Inspeção de pastagens: percorrer o campo onde os animais pastaram, para tentar achar a planta que você tem a suspeita da intoxicação. S Exames de laboratório C Exame histopatológico (biopsia hepática para diagnóstico precoce) C Ensaios Biológicos (melhor com a espécie envolvida de preferência jovens) – coelhos sãomuito utilizados S Patologia clínica C Exame de sangue (intoxicação aguda por Pteridium) C Determinação de bilirrubinemia e de enzimas hepáticas (plantas hepatotóxicas) C Filoeritrina (fotossensibilização) C Cálcio sérico (plantas ricas em oxalato) C Ureia e creatinina (plantas nefrotóxicas) C Esfregaço de sangue – para diagnóstico diferencial (Hematúria enzoótica/Babesiose) S Identificação botânica C Encaminhar ramos com inflorescência e se possível, frutos C Exsicata – uma planta dessecada (colocar entre folhas de jornal ir trocando, ou panos). C Com descrição – de onde removeu a planta S Análises químicas C Ex: Teste do papel picro-sódico – confirmar altos teores de glicosídeos cianogênicos. S Exames bacteriológicos, virológicos e outros (diferencial) C Plantas morte súbita x carbúnculo hemático x picada de cobra C Pteridium x Pasteurelose C Cestrum e Senecio x Raiva S 1º Retirada dos animais C Com cuidado – exercício, que pode acelerar a morte do animal C Resultado – quando tirar o animal do local que estava, pode se estabilizar N Hematúria enzoótica por Pteridium arachnoideum. N Calcinose por Solanum glaucophylum C Sem Resultado – plantas de intoxicação crônica ou neurológica, animal não se estabiliza N Tetrapterys N Senecio N Solanum fastigiatum S 2º Tratamento C Evitar mais absorção N Substâncias químicas: Ácido tânico e Permanganato de potássio (pode agir quebrando o princípio tóxico) C Agente físicos N Carvão ativado (pode evitar a absorção do princípio tóxico) C Tratamento sintomático – minimizar os efeitos N Sobra e tratamento de lesões de pele (fotossensibilização) N Repouso (para plantas que afetam o coração ou perturbações nervosas) N Glicose aos animais com lesões hepáticas (fígado precisa de glicose para fazer uma detoxicação) N Entre outros. C Promover a excreção das substâncias tóxicas N Diuréticos (cuidado com a desidratação) N Purgantes S C Cercas – não é possível erradicar (Policourea marcgravii), porém podem limitar o local. C Cuidado ao transferir os animais (fome, sede, não conhecem a região – supervisionar) C Lotação mista – pastagem de Senecio – ovinos (colocar animais menos suscetíveis para comer a planta tóxica, antes dos mais suscetíveis) C Erradicação das plantas tóxicas – arrancamento, herbicidas, alteração do pH (Pteridium, calagem) S Ingestão de carne?? – no Brasil não tem relatos que o humanou ficou intoxicado por comer uma carne de um animal intoxicado C Desprezar os órgãos de excreção C Cozinhar muito bem S Leite?? – não é uma via de excreção principal, não tem muita preocupação C Lactentes C Industrializados – mistura diversas origens S Mel?? – descrito intoxicação nesses países C África do Sul e Grécia – S Das mais de 130 plantas tóxicas de interesse pecuário conhecidas no Brasil, 12 pertencem a estre grupo, responsáveis por metade das mortes em bovinos causadas por plantas tóxicas. S As plantas são dividias em: C Grupo 1– Plantas que causam morte súbita – Morte súbita é aquela que o aparecimento dos sinais clinicos coincide com o momento da morte, de modo que deve ser diferenciada de morte com sinais clinicos agudos ou mesmo daquela em que o animal é encontrado morto. Geralmente não apresenta achados na necropsia. N Rubiaceae – Policourea marcgravii N Bignoniaceae – Arrabidaea bilabiata N Malpighiaceae – Amorimia (Mascagnia rígida) C Grupo 2 – Plantas que causam intoxicação de evolução subaguda a crônica – possuem alteração de necropsia (fibrose no coração) N Malpighiacea – Tretapterys spp. N Leg. Papilionoideae – Ateleia glazioviana C Grupo 3 – Plantas que contêm glicosídeos cardiotóxicos N Apocyonaceae – Nerium Oleander S A planta tóxica mais importante do Brasil – por esta bem distribuída pelo território brasileiro (não tem na região Sul e poucos casos no Nordeste). S Planta palatável – o que faz com que os animais ingerindo com facilidade e tem uma dose tóxica muito baixa S Arbusto da família Rubiaceae, caule verde e nodoso. S Rubiáceas são muito numerosas no país, mas a maioria não é tóxica. S Tem cheiro de salicilato de metila – “Vick”. S Umas das primeiras plantas a ser “descoberta” no Brasil. É a planta onde possui mais estudos e informações a respeito. S Nomes populares: cafezinho, erva-de-rato, café-bravo, erva-café, roxa, vick, roxona, roxinha. S Na Amazonia – 80% de todas as mortes causadas por plantas tóxicas em bovinos S Pode ter uma taxa maior de morte em outros estados, porém a morte súbita foi erroneamente diagnosticada. S Distribuição e habitat C Terra firme. C Sombra* (não gosta de muita sombra, mas também não gosta de exposição do sol direta – meia sombra). C Boa pluviosidade – jamais em várzea (terra mais alagada). C Cresce bem em beiras das matas, capoeiras (vegetação secundária, com ação do homem – gramínea com arbustos) e ainda em pastos recém-formados. C Não sobrevivi bem em pasto ensolarado. C Brota bem após queimadas de mata – quando ocorre casos de intoxicação, pois ela é uma das primeiras a nascer. S Espécies sensíveis C Natural N Bovinos (principalmente) e em menor proporção bubalinos e caprinos. C Experimental N Bovino, búfalo, caprinos, ovinos, coelhos, cobaias, ratos e equinos. S Condições em que ocorre a intoxicação C O animal ter acesso a matas e capoeiras (onde o arbusto pode estar presente) C Pastagens cercadas (beira das cercas) – cerca simples e o bovino consegue consumir. C Pastos recém formados – nascem primeiro. C Porém como ela tem boa palatabilidade facilita muito a intoxicação. Não precisa está passando fome para o animal comer. S Partes e quantidades tóxicas da planta C Folhas e frutos são tóxicos. C Dose tóxica para bovinos: 0,6g/Kg da folha fresca – bubalinos 5 a 6 vezes mais resistentes. C Os frutos são mais tóxicos (experimentos em coelho 0,05g/Kg dose letal) C Efeito acumulativo N Dose diária 1/5 até 1/10 da dose letal. N Dose semanal – não apresenta efeito acumulativo – apresenta uma boa eliminação. C Dessecagem (temperatura ambiente e sombra) N Panos – até 5 anos (gradualmente menos tóxica) N Vidros fechados (moída) – toxidez inalterada. S Princípio tóxico e patologia C Princípio tóxico – ácido monofluoracético (monofluoracetato de sódio) N Interfere com o ciclo de Krebs – falta de ATP N Ácido monofluarcético convertido em Fluorcitato Inibe a aconitase (importante para a rota do ciclo de Krebs) não atuação da enzima = interrupção do ciclo de Krebs. C Consequências: N A inibição da ACONITASE interfere na respiração celular (depleção energética). – Isso interfere na bomba de sódio e potássio – irá acumular sódio dentro da célula (desiquilíbrio eletrolítico) fazendo com que se acumule água dentro da célula, levando a uma Degeneração Hidrópica. N No metabolismo de CHO, lipídeos e proteínas. N O citrato que se acumula (pois não está sendo utilizado) liga-se ao cálcio sérico e além disso causa acidose metabólica. – Irá procurar uma rota secundária de produção de ATP para o organismo, fazendo uma fermentação láctica. S Sinais clínicos – aparecem poucas horas após a ingestão da dose tóxica Exercício precipita os sinais – porque se movimenta o animal ele irá exigir uma demanda energética maior. C Relutância em andar C Taquipneia C Tremores musculares (instabilidade) C Deita-se ou cai C Movimentos de pedalagem C Muge e entra em convulsão tônica S Achados de Necropsia C Não são significativos, não deu tempo de ter a lesão por ser morte súbita. As vezes alguma congestão ou edema pulmonar. S Achados macroscópicos C Rim: tumefação e degeneração hidrópico- vacuolar das células epiteliais dos túbulos contornados distais, com evidente picnose nuclear – Principal órgão de excreção. S Diagnóstico C Presença da planta– achar a planta no local que aconteceu a morte C Ocorrência de “mortes súbitas” – saber se naquela região já teve outros casos C Necropsia e Histopatologia C Identificação qualitativa do ácido monofluaracético pela análise cromatografia em camada delgada em macerado de órgão. – Laboratório de Toxicologia S Diferenciais C Outras plantas que causam morte súbita C Plantas cianogênicas (Manihot) C Carbúnculo hemático C Acidente ofídico S Tratamento e profilaxia C Movimento o mínimo necessário – 5 dias o princípio já deve ser eliminado, movimentar o animal com cuidado. C Cercar matas e capoeiras C Arrancar a planta e colocar herbicida granulado na cova para evitar rebrota. – Se não tiver muitas plantas na área. C Sem antídoto/ Monoacetina IM/ Acetamida VO – como forma profilática. S Espécies de Palicourea NÃO tóxicas botanicamente semelhantes a P. marcgravii C Palicourea crocea (cafezinho) N Distrib.: menos Região Sul N Habitat: várzea C Palicourea cujabensis (cafezinho) N Distrib.:Região Centro - Oeste N Habitat: terra firme, sol S Cipó ou arbusto escandentes – cresce como se fosse uma trepadeira. S Nome popular: gibata ou chibata S Distribuição e Habitat: Está nas regiões de várzea da Bacia amazônica – responsável por grande maioria das mortes súbitas da região. S Espécies sensíveis: C Natural: bovinos e bubalinos C Experimentos: coelhos S Condições em que ocorre a intoxicação C Não é palatável – animal com fome para ele querer comer a planta. C Mudança de gado C Intoxicação após queimada – ingestão de rebrota S Partes e quantidade tóxicas da planta C Folhas jovens mais tóxicas que as maduras C Dessecada e em vidro – toxidez por meses C Dose tóxica N 1,25g/Kg sinais graves N 2,55g/Kg morte N Bubalinos 2x mais resistentes S Princípio tóxico C Glicosídeos do tipo esteroides cardioativos C Ácdio fluoroacético nas folhas e sementes dessecadas S Sinais clínicos C Iniciam-se entre 6 a 24horas após o começo da ingestão da planta. – Forma natural C Evolução superaguda (experimento 5 a 10minutos) C Sinais achados macro e microscópicos semelhas aos intoxicados pela Palicourea marcgravii C Índice de letalidade é alto C Jugular saliente – sinal de que o coração está sendo afetado. S Diagnóstico C Sinais + histopatológico do rim + comprovação em coelhos (6g/Kg) S Diferenciais C Carbúnculo hemático C Acidente ofídico C E outras plantas que causam morte súbita. S Profilaxia C Fazer o possível para que os animais não passem fome nas épocas de mudança de gado. C Cipó ou arbusto escandente da família Malpighiaceae C É a planta tóxica mais importante da região nordeste do Brasil C Nome popular: Tingui, Timbó, quebra- bucho, pela-bucho, salsa-rosa, rama- amarela, suma-branca e suma-roxa. C Distribuição e Habitat: N Todo o Nordeste e nordeste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo – nos vales dos rios Jequitinhonha, Mucuri e Doce. N Na região Nordeste é a planta do agreste e do sertão, porém também em locais mais frescos, como pés-de-serra e beiras de rios. S Espécies animais sensíveis: C Condição natural: Bovinos/ - caprinos C Condição experimental: Bovinos, caprinos, ovinos e coelhos. S Condições em que ocorre a intoxicação C Ingestão em qualquer época do ano - então não é muito associada com a fome. Mas principalmente na época da seca (agosto e setembro) quando a planta brota – pois a planta está e mais quantidade. S Partes e quantidade tóxicas da planta C Folhas C Em experimento grande variação individual para determinar dose letal 15g/kg até 94g/kg e mesmo assim este sobreviveu. S Princípio tóxico C Sugere-se monofluroacetato (paira dúvidas) S Sinais clinicos C Iniciam entre 24 a 48 horas com evolução superaguda (minutos). N Tremores musculares N Lassidão – muita fraqueza N Resistência ao exercício N Queda N Morte em poucos minutos C Achados macro e micro semelhantes (+ infiltrado e degeneração no coração ???? – descritos em apenas alguns artigos, porém não é confirmado que é a planta causa que causou pelo tempo) S Diagnóstico C Morte súbita + histo do rim + exp. coelho N Cuidado! Resultado positivo é de valor, mas, resultados negativos são inconclusivos. S Diferencias C Diferenciar de carbúnculo hemático C acidente ofídico C outras plantas de morte súbita C plantas cianogênicas (Manihot). S Tratamento e Profilaxia C Repouso, colocado em outro pasto de 8 a 14 dias, tempo para desintoxicar (tratamento). C Erradicar a planta é difícil pois sistema radicular é bem desenvolvido. S Cipó ou arbustos escandentes da família Malpighiaceae. S Também são responsáveis por abortos nas regiões sudeste e centro-oeste. S Distribuição e Habitat C São plantas que ocorrem nas regiões sudeste, norte e centro-oeste do Brasil. C Habitat preferencial as encostas de morros. S Espécies sensíveis C Condições naturais: bovinos C Experimentos: bovinos, ovinos e coelhos S Condições em que ocorre a intoxicação C Ocorre mais na época da seca, de agosto a outubro, quando o gado ingere a brotação. – Quando falta alimento para o bovino comer. C Mas aparentemente, não tem má palatabilidade – cocho são ingeridas de imediato. S Inflorescência Tetrapterys acutifólia S Partes e quantidades tóxicas da planta C A brotação é responsável pela intoxicação natural. C As típicas lesões cardíacas foram demonstradas com Brotos frescos N 5g/kg/dia por 60 dias; N 10g/kg/dia durante 13 a 41 dias N 20g/kg/dia durante 10 dias. C A brotação dessecada mantém a toxidez. – Dentro de um vidro. S Princípio tóxico C Ainda não se conhece – lesões bastante características S Sinais clínicos C Surge entre o 6º e o 28º dia após o início da ingestão da planta C Evolução subaguda a crônica N Edema na parte inferior da barbela e na região esternal – aumento da pressão hidrostática. N Veia jugular ingurgitada; N Arritmia cardíaca – muita fibrosa no coração. N Dificuldade na locomoção – interfere na oxigenação dos tecidos N Tremores musculares; N Leve dispneia; C O índice de letalidade é elevado. – a fibrose não tem volta, uma vez que ocorre. S Achados macroscópicos – bastante significativos C Hipertrofia concêntrica – aumenta a espessura do miocárdio e a luz do ventrículo fica menor, com o intuito de contrair mais. C Manchas e feixes claros no miocárdio e epicárdio C Derrames cavitários - edemas C Fígado firme e com aspecto nós moscada. – Degeneração centro lobular, pela falta de oxigênio. S Achados microscópicos C Coração: edema intracelular e extracelular, necrose de fibras – acidofilia do citoplasma, núcleo com picnose etc., infiltrados inflamatórios, FIBROSE localmente extensiva ou intersticial. C Fígado há congestão, edema dos espaços de Disse, tumefação, vacuolização e lise dos hepatócitos e fibrose. C No sistema nervoso central - status spongiosus. S Diagnóstico C Sinais clínicos + achados macro e microscópicos + achados epidemiológicos S Diferencial C Diferenciar doença do “peito inchado” no Sul. C Pericardite traumática C Intoxicação por Senna occidentalis C Deficiência de selênio C Intoxicação por antibióticos ionóforos S Tratamento e profilaxia C Deve-se retirar o rebanho do pasto, quando ocorrem os primeiros casos. C Repouso a sombra. C Erradicação da planta dos pastos com enxadão. S Árvore da família leg. Papilionoideae, S Conhecida popularmente como “timbó”, “cinamomo-bravo” e “Maria preta”. S É uma das plantas tóxicas mais importantes da região sul do Brasil. S Distribuição e habitat C Região sul – uma das plantas mais frequentes nessa região. C Cresce em quase todos os ambientes, com exceção de locais muito úmidos. S Espécies animais sensíveis C Condições naturais: bovinos são mais afetados (+ de 1 ano* porém bezerros podem ser afetados) e ovinos também,mas em menor quantidade. C Experimentalmente: coelho, cobaia, rato e camundongo são muito resistentes. S Condições em que ocorre a intoxicação C Outono inverno – pouca oferta de alimento, não é uma planta muito palatável. C A planta mais jovem - é mais acessível aos animais. A sementação massiva da arvore só ocorre aproximadamente a cada 5 anos - no ano seguinte é onde se observa os surtos dessa intoxicação, pois com a sementação, irá aparecer arvores jovens, assim ficando acessível aos animais. S Partes e quantidades tóxicas da planta C As folhas maduras (ao alcance) de árvores jovens parecem ser mais tóxicas do que a brotação. S Princípio tóxico C Ainda não se conhece. S Formas clínicas C Insuficiência cardíaca: 70g/kg (fracionadas em doses diárias de 2,5 a 7,5g/kg) - possui efeito acumulativo - lesão irreversível, cada pouco que vai comendo, vai tendo mais lesões no coração, uma lesão crônica que irá demorar um tempo para se instalar. C Aborto: 6 a 16 dias após a ingestão de dose única de 22 e 35g/kg C Forma neurológica: 30 e 40g/kg em um dia – pode ocorrer de forma aguda. *Porém a insuficiência cardíaca é a forma clínica mais comum de acontecer. S Sinais clínicos C Sobreposição entre as três formas clínicas ou somente uma C Edema de peito C Repleção da veia jugular C Aborto C Letargia C Sinais neurológicos C Cegueira S Achados Macroscópicos – melhor visualizado quando corta o coração. C Áreas brancas (necrose e fibrose) em miocárdio, próximas as artérias coronárias e na musculatura do septo interventricular. C Edemas cavitários (hidrotórax), subcutâneos, mesentério e abomaso. C Fígado aumentado e nós moscada (região centro lobular estará menos irrigada, pela falta de oxigenação, entrando em necrose e alterando a cor do fígado) S Achados microscópicos C Tumefação e necrose (Cariorrexia, picnose, Cariólise e eosinofilia do citoplasma) de miofibras, algumas das quais podem apresentar grandes vacúolos citoplasmáticos. C Fibrose - tecido substituído por fibras eosinofílicas (colágeno) - onde deveria estar o músculo. C Infiltrado macrofágico – por estar tendo uma inflamação. C Degeneração esponjosa da substância branca – em casos de acometimento do tecido nervoso. S Diagnóstico C Achados clínico patológicos + epidemiologia S Diferencial C Pericardite traumática C Intoxicação por plantas que causam cirrose hepática (Senecio) C “doença do peito inchado” C Intoxicação por Senna occidentalis C Deficiência de selênio C Intoxicação por antibióticos ionóforos – irão causar necrose do musculo esquelético além da necrose de miocárdio. C “Morte súbita” (outras plantas que causam morte súbita, acidente ofídico, carbúnculo hemático) S Profilaxia C Não deixar com fome C Evitar superlotação C Cercar áreas C Erradicação é bastante difícil N O corte das árvores favorece a brotação pelas suas raízes gemíferas, o que torna as folhas mais acessíveis aos animais.
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