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2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: O imperialismo e a África contemporânea 
 
Desafio 
 
Nas mídias, a África é mostrada quase sempre como uma grande savana habitada por animais 
raros ou como um continente castigado pela fome e pelas doenças, o que sugere uma visão 
estereotipada daquele continente e acaba por reforçar uma perspectiva eurocêntrica da História. 
Os alunos da educação básica, quando questionados sobre o que conhecem da África, reforçam 
esses estereótipos, associados ao atraso e ao subdesenvolvimento. Questionar essa visão pode 
ser um bom começo para desconstruir os mitos que pairam em torno da África e de sua história. 
É importante mencionar que o objetivo em sala de aula não é omitir ou ignorar a pobreza e as 
doenças que atingem o continente africano, mas relativizar imagens estereotipadas que o 
estigmatizam. 
 
Imagine que você está lecionando para alunos do 9º ano, trabalhando um conteúdo que trata do 
processo de descolonização da África. Para descontruir essa visão estereotipada que se tem da 
África, quais atividades e/ou trabalhos você iria propor para seus alunos e que aspectos da 
sociedade africana você destacaria para seus alunos pesquisarem? 
 
Resposta: 
Acredito que há muitas formas para se desenvolver esse tema com os alunos, dividindo a turma 
em grupos, e cada grupo fica responsável por pesquisar aspectos da sociedade e cultura africana 
que merecem destaque como, por exemplo, tecnologias desenvolvidas pelos africanos, 
verificando quais os maiores cientistas africanos do século XX e XXI; quais as cidades mais 
desenvolvidas da África, podendo aqui fazer um paralelo/comparação com cidades brasileiras; 
quais os maiores escritores, poetas, músicos, artistas africanos da atualidade e as contribuições 
dos africanos no campo das artes; quais os destaques africanos no esporte; entre outros 
aspectos. Depois disso, os alunos podem elaborar um painel para ficar exposto em local de 
visibilidade da escola, para que as outras turmas também vejam esses aspectos da sociedade 
africana. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: O debate sobre a obrigatoriedade do ensino religioso no Brasil 
 
Desafio 
A educação busca capacitar as pessoas de maneira cultural e científica. Por meio dela, o ser 
humano pode se tornar mais apto a utilizar de forma adequada seus conhecimentos e 
experiências. No Brasil, a educação foi introduzida pelos jesuítas, que vieram à, então, colônia 
para catequizar e educar os índios. O País é, atualmente, laico, ou seja, não declara fé alguma 
de maneira confessional. Contudo, autoriza que existam instituições de ensino confessionais. 
 
Por meio dos textos dispostos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN), é autorizada a confessionalidade de escolas, colégios e universidades 
particulares e a existência da disciplina Ensino Religioso. Porém, havia uma lacuna histórica em 
meio aos conteúdos lecionados. Então, a partir de 2003, por meio da Lei nº 10.639, foi 
determinada a inclusão de conteúdos sobre a história e a cultura afro-brasileiras e indígenas. 
 
Considere a situação a seguir: 
 
 
 
De que maneira você tenta explicar a situação para o candidato? Quais argumentos usará? 
 
Resposta: 
O fato de o colégio ser católico ou buscar melhores números nos vestibulares é indiferente, pois 
os conteúdos previstos na disciplina exigem a inclusão da história e da cultura afro-brasileiras e 
indígenas. Isso acontece porque o colégio precisa seguir a Lei nº 10.639/2003, que determina a 
inclusão desse tipo conteúdo. 
 
Além disso, deve-se ressaltar que o colégio é ferramenta para a quebra de preconceitos e 
compreende a importância social desse tipo de ação governamental. Por isso, não só adiciona, 
mas tenta seguir à risca, o que é previsto na estruturação das disciplinas e dos conteúdos, 
conforme disposto na Lei nº 11.645/2008. 
O colégio deve não só seguir as duas leis, mas permitir que a inclusão desse público e de sua 
história e sua cultura seja parte do ensino brasileiro. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A formação dos Estados Modernos e o Antigo Regime 
 
Desafio 
Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino propuseram, na obra O arcaísmo como 
projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia, 
lançada em 2001, uma interessante reflexão sobre a concentração de renda no Brasil, buscando 
as origens históricas dessa característica em políticas desenvolvidas desde o período colonial. 
Leia este trecho da obra: 
 
 
 
Você, como professor, de que forma utilizaria os dados sobre a pobreza e a concentração de 
renda no Brasil contemporâneo para explicar a hierarquia social do Antigo Regime na Europa 
Ocidental? 
 
 
 
 
 
 
Resposta: 
 
A citação da obra de Fragoso e Florentino permite explicar a hierarquia social do Antigo Regime 
na Europa Ocidental partindo-se de uma experiência mais próxima aos alunos (tanto temporal, 
quanto espacialmente), chegando-se à realidade que deseja ser analisada, a Idade Moderna. 
Assim, o professor pode trabalhar com as diferenças e semelhanças existentes entre uma 
sociedade de classes e de estamentos (como o que define a riqueza e as possibilidades de 
ascensão social), e, juntamente com a turma, em um debate, discutir, na sociedade do Antigo 
Regime, qual era o estamento mais explorado em relação ao trabalho e à cobrança de tributos, 
e qual o estamento mais rico, e se havia alguma igualdade na distribuição de riquezas. 
Por meio desse debate, estabelecendo-se analogias cuidadosas com as distintas realidades, é 
possível que os alunos compreendam a hierarquia social da sociedade do Antigo Regime. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Idade moderna 
 
Desafio 
No ano de 1516, Thomas Morus publicou seu livro, A Utopia. Na primeira parte da obra, o escritor 
fez uma descrição da sociedade inglesa daquele tempo e das transformações pelas quais estava 
passando. Leia um trecho desse texto: 
“A principal causa da miséria pública reside no número excessivo de nobres ociosos, que se 
nutrem do suor e do trabalho de outrem e 
que, para aumentar seus rendimentos, mandam cultivar suas terras, escorchando os rendeiros 
até a carne viva. Não conhecem outro gênero de economia. Mas tratando-se, ao contrário, de 
comprar um prazer, são pródigos [...]. E não menos funesto é o fato de arrastarem consigo uma 
turba de lacaios sem estado e incapazes de ganhar a vida.” 
 
Partindo do diagnóstico realizado por Morus, propomos o seguinte desafio: você está ensinando 
a transição da Idade Média para a Idade Moderna para uma turma do Ensino Médio e precisa 
explicar a crise na sociedade de ordens a partir dos privilégios da nobreza feudal. Como você 
utilizaria A Utopia para abordar esse tema e vinculá-lo aos privilégios de classe existentes no 
presente? 
 
 
Resposta: 
 
Durante a Baixa Idade Média, ocorreu uma crise na sociedade de ordens em função das relações 
de exploração estabelecidas entre a nobreza feudal e os camponeses e os confrontos de 
interesses decorrentes do surgimento da burguesia. Essa situação é narrada por Thomas Morus 
no trecho do livro. 
 
É possível fazer algumas analogias entre os privilégios de classe existentes no presente 
perguntando aos alunos sobre as desigualdades na distribuição da riqueza existentes do Brasil 
e no mundo e quais são as principais formas de enriquecimento? E sobre as desigualdades no 
passado que continua nos tempos presentes. 
 
Desta forma, é possível introduzir a temática das transformações sociais ocorridas na transição 
da Idade Média para a Moderna e problematizar por que o título do livro de Thomas Morus faz 
referência à “utopia”. O que seria considerado utópico naquele momento? Em que não lugar se 
desenvolveria uma sociedade em que a nobreza feudalnão fosse ociosa e parasitária? Como a 
utopia faria a diferença aqui? Pois, a sociedade utópica é fundamentalmente igualitária, não 
existindo nela a propriedade privada nem o dinheiro, e caracteriza-se por uma vida simples e 
sem luxos, enquanto nesse período de feudalismo a nobreza usufruía das riquezas e poderes, 
um tempo sem igualdades onde estavam acima dos pequenos servidores do reino. 
 
 Portanto, vemos também hoje, classes privilegiadas, que aproveitam dos direitos dos pobres, 
como seria a realidade presente se tivesse uma regra baseada na utopia e se essa fosse 
vinculada nos dias de hoje? Ainda vemos hoje esses privilégios na sociedade atual, quais são as 
mazelas que desfrutam de tal vantagens, houve muitas mudanças nesse período de transição 
ou apenas evolui esses poderes. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Adam Smith e o pensamento econômico moderno 
 
Desafio 
Na obra de Adam Smith, as relações de produção e de trabalho possuem uma importância 
bastante acentuada, já que o trabalho é considerado esse autor como a riqueza das nações. 
Veja este trecho, em que o Smith fala sobre a especialização do trabalho: 
"O aprimoramento da destreza do operário necessariamente aumenta a quantidade de serviço 
que ele pode realizar, a divisão do trabalho, reduzindo a atividade de cada pessoa a alguma 
operação simples e fazendo dela o único emprego de sua vida, necessariamente aumenta muito 
a destreza do operário." 
 
Questões como as condições de trabalho e as consequências humanas da substituição dos 
homens pelas máquinas, na conjuntura da Revolução Industrial, não foram preocupações de 
Adam Smith. Contudo, sabe-se dos impactos que essas transformações tiveram no mercado de 
trabalho. Nos dias de hoje, há uma série de dilemas em relação à aprimoração do trabalho, não 
somente em relação às máquinas, mas também à tecnologia. 
 
Imagine que você é professor de História, e precisa trabalhar com os alunos, em sala de aula, 
as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, utilizando o pensamento de Adam Smith. 
 
Proponha uma atividade a ser desenvolvida com os alunos. 
 
Resposta: 
 
As transformações no mundo do trabalho e na sociedade em geral, com a disseminação da 
tecnologia, apresentam-se como um desafio contemporâneo. Vive-se em um momento de 
transformação nas relações e no mercado de trabalho, em função da disseminação de novas 
tecnologias – que criam e extinguem profissões – e da precarização das relações trabalhistas. 
 
Para trabalhar o tema em sala de aula, utilizando a obra de Adam Smith, será feita uma 
representação para que os alunos a compreendam a historicidade da divisão do trabalho. 
 
Atividade: 
 
Representar, teatralmente, com a turma, uma produção de cadeiras de forma artesanal, em uma 
manufatura e em uma indústria, pedindo que os alunos avaliem o tempo e os custos de produção, 
além do custo de venda em cada um dos casos. 
 
Após a atividade, os alunos irão discutir até que compreendam como, por meio da lógica liberal-
capitalista, há um incentivo para maior produtividade, com menos gastos de produção, e a venda 
de uma mercadoria mais barata. 
 
A partir disso, devem comparar essa situação com o mundo do trabalho contemporâneo, 
avaliando as transformações que ocorreram nas profissões. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: John Locke e o pensamento político moderno 
 
Desafio 
A conjuntura em que John Locke viveu foi marcada por uma série de conflitos religiosos. Em 
função do convívio com a intolerância e o dogmatismo e seus efeitos nefastos nas sociedades, 
Locke dedicou boa parte de seus pensamentos para fundamentar a importância da tolerância 
religiosa. 
 
 
Imagine que você é um professor do Ensino Médio e precisa utilizar o pensamento de Locke para 
trabalhar com sua turma sobre a separação entre o Estado e a religião e a tolerância religiosa. 
 
Indique pelo menos uma atividade para que os alunos entendam o pensamento de Locke sobre 
este tema. 
 
Resposta: 
 
Uma atividade que poderia funcionar bem com o pensamento de Locke sobre a separação do 
estado e da religião e tolerância religiosa é começar pedindo aos estudantes que leiam um 
pequeno texto ou assistam a um pequeno vídeo sobre o tema. Em seguida, peça-lhes que 
escrevam suas opiniões sobre o assunto em um fórum on-line, mas que não digitem seu nome 
ou qualquer outra informação de identificação. A chave é que os estudantes sejam realmente 
capazes de expressar o que pensam sem se preocupar em ser julgados por outros. Depois que 
todos os alunos tiverem feito isso, levantem os posts um de cada vez e façam com que a classe 
discuta cada um deles. Peça aos alunos que tomem notas sobre cada opinião e depois faça com 
que eles tentem adivinhar quem a escreveu com base na opinião expressa, usando a eliminação. 
O objetivo é que os estudantes descubram que as pessoas que têm opiniões contrárias ainda 
podem ser boas pessoas, e que as pessoas não devem ser julgadas apenas por suas crenças. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: As bases do pensamento moderno 
 
Desafio 
Nas últimas décadas, a temática do meio ambiente tem sido assunto de debates e políticas 
públicas, buscando a proteção ambiental e um estilo de vida mais sustentável frente às inúmeras 
transformações climáticas pelas quais nosso planeta passa em decorrência da ação dos seres 
humanos. Veja o que TOZONI-REIS (2004, p. 34) fala sobre a educação ambiental: 
 
“A compreensão da relação homem-natureza tem sido tema central nas reflexões sobre o 
agravamento acelerado da crise ambiental que se tem vivido nas últimas décadas, 
especialmente no que diz respeito ao antagonismo que contém e que é criado pela organização 
da produção econômica na sociedade moderna.” 
 
Sabe-se que a relação entre os seres humanos e a natureza foi profundamente modificada 
durante a Idade Moderna, quando se difundiu uma separação entre essas duas esferas, com o 
domínio dos indivíduos (sujeitos) sobre o meio ambiente (objeto), em uma visão cientificista, 
mecanicista e tecnológica. 
 
Suponha a seguinte situação: você, como futuro professor, está trabalhando a temática da Idade 
Moderna com uma turma do Ensino Médio e gostaria de aproximar as reflexões sobre a ciência 
daquele período com a contemporaneidade. De que forma você utilizaria o pensamento de 
Galileu Galilei e René Descartes sobre a relação entre seres humanos e natureza para promover 
a educação ambiental? 
 
Resposta: 
Para trabalhar com o pensamento de G Galileu Galilei e René Descartes quanto à 
relação entre seres humanos e natureza, é preciso apresentar aos alunos o paulatino 
processo de subjugação dos objetos ao conhecimento humano, transformação ocorrida 
durante a modernidade, em que o homem passa a se conceber como sujeito cognoscente, e 
explicar o mundo a partir de leis e de outros mecanismos de funcionamento. Para 
alguns autores, essa visão cientificista e mecanicista marca o desenvolvimento do 
antropoceno e do especismo (a superioridade da espécie humana frente às demais) 
e um distanciamento das conexões entre os indivíduos e seus ambientes, vistos apenas 
utilitariamente. Explicitando a origem desse pensamento e as formas como esses 
pensadores imaginavam a relação entre os seres humanos e o ambiente, é possível 
demonstrar aos alunos que a forma como os seres humanos se relacionam com o 
planeta não é imutável, pois nem sempre foi assim . Isso possibilita que os alunos 
percebam a possibilidade de outras formas de se comportar perante a natureza e 
de desenvolver outros valores em relação às demais espécies. Nesse debate, abre-
se apossibilidade de discutir o vegetarianismo e o veganismo como posturas éticas e 
morais. Assim, as catástrofes ambientais, as mudanças climáticas e as polêmicas 
em relação às políticas públicas desenvolvidas para o meio ambiente são temas 
que permitem conhecer de que forma os seres humanos refletiram sobre sua relação 
com o meio ambiente e compreender o momento em que ocorre uma objetificação da 
natureza. 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Políticas de desenvolvimento e o Mercosul 
 
Desafio 
Nas últimas décadas, a temática do meio ambiente tem sido assunto de debates e políticas 
públicas, buscando a proteção ambiental e um estilo de vida mais sustentável frente às inúmeras 
transformações climáticas pelas quais nosso planeta passa em decorrência da ação dos seres 
humanos. Veja o que TOZONI-REIS (2004, p. 34) fala sobre a educação ambiental: 
 
“A compreensão da relação homem-natureza tem sido tema central nas reflexões sobre o 
agravamento acelerado da crise ambiental que se tem vivido nas últimas décadas, 
especialmente no que diz respeito ao antagonismo que contém e que é criado pela organização 
da produção econômica na sociedade moderna.” 
 
Sabe-se que a relação entre os seres humanos e a natureza foi profundamente modificada 
durante a Idade Moderna, quando se difundiu uma separação entre essas duas esferas, com o 
domínio dos indivíduos (sujeitos) sobre o meio ambiente (objeto), em uma visão cientificista, 
mecanicista e tecnológica. 
 
Suponha a seguinte situação: você, como futuro professor, está trabalhando a temática da Idade 
Moderna com uma turma do Ensino Médio e gostaria de aproximar as reflexões sobre a ciência 
daquele período com a contemporaneidade. De que forma você utilizaria o pensamento de 
Galileu Galilei e René Descartes sobre a relação entre seres humanos e natureza para promover 
a educação ambiental? 
 
Resposta: 
Para trabalhar com o pensamento de G Galileu Galilei e René Descartes quanto à 
relação entre seres humanos e natureza, é preciso apresentar aos alunos o paulatino 
processo de subjugação dos objetos ao conhecimento humano, transformação ocorrida 
durante a modernidade, em que o homem passa a se conceber como sujeito cognoscente, e 
explicar o mundo a partir de leis e de outros mecanismos de funcionamento. Para 
alguns autores, essa visão cientificista e mecanicista marca o desenvolvimento do 
antropoceno e do especismo (a superioridade da espécie humana frente às demais) 
e um distanciamento das conexões entre os indivíduos e seus ambientes, vistos apenas 
utilitariamente. Explicitando a origem desse pensamento e as formas como esses 
pensadores imaginavam a relação entre os seres humanos e o ambiente, é possível 
demonstrar aos alunos que a forma como os seres humanos se relacionam com o 
planeta não é imutável, pois nem sempre foi assim . Isso possibilita que os alunos 
percebam a possibilidade de outras formas de se comportar perante a natureza e 
de desenvolver outros valores em relação às demais espécies. Nesse debate, abre-
se a possibilidade de discutir o vegetarianismo e o veganismo como posturas éticas e 
morais. Assim, as catástrofes ambientais, as mudanças climáticas e as polêmicas 
em relação às políticas públicas desenvolvidas para o meio ambiente são temas 
que permitem conhecer de que forma os seres humanos refletiram sobre sua relação 
com o meio ambiente e compreender o momento em que ocorre uma objetificação da 
natureza. 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: O ensino de história na sociedade do conhecimento 
 
Desafio 
A sociedade do conhecimento do século XXI 
 
Atualmente, a sociedade é bombardeada por um excesso de instrumentos eletroeletrônicos que 
permite ao indivíduo se conectar com o mundo. Além, é claro, de ter em mãos um aparelho que 
possibilita ao sujeito pesquisar sobre qualquer tema. Mas, como as escolas têm reagido a esse 
processo? 
Os profissionais, sobretudo os que atuam na rede pública de ensino, enfrentam grande 
dificuldade em encontrar um equilíbrio entre o entretenimento que estes objetos oferecem e o 
uso em sala de aula para pesquisas e tarefas pedagógicas. A utilização de aparelhos eletrônicos 
dentro do ambiente escolar com a metodologia de ensino estabelecida pelo governo é muito 
complicada, pois envolve muito mais que apenas a vontade do professor, mas também, 
condições para que ele possa planejar atividades que contemplem o uso de tais tecnologias. 
Alguns docentes alegam que esses objetos são perniciosos aos alunos, pois estes deixam os 
livros de lado e partem para a pesquisa virtual. Outros profissionais da educação acreditam que 
as escolas e professores devem se adequar às novas tendências tecnológicas nas escolas. Seja 
como for, este ainda é um tema que tem levado os pedagogos e demais profissionais da 
educação a um debate acirrado sobre a adoção dessas tecnologias em sala de aula. 
Para resolver este desafio, elabore um texto, de no máximo dez linhas, mencionando a sua 
opinião acerca do uso das novas tecnologias em sala de aula, nas escolas, atualmente. Você 
poderá consultar outras fontes de pesquisa para fundamentar sua resposta. 
 
Resposta: 
 
As novas tecnologias exigem das pessoas habilidades e conhecimentos. Elas chegaram e 
abarcaram toda a sociedade, ignorando faixa de idade, lugar ou espaço. Logo, cabe às escolas 
se adequarem a essa nova realidade, adotando tais tecnologias como aliadas, e não como 
obstáculos ao ensino. Para tanto, deve-se oferecer aos professores cursos de capacitação, redes 
de acesso aos alunos por meio da mídia social, blogs, chats etc. O ensino, diante desta nova 
realidade, se bem administrado, pode levar os alunos e a própria educação a um novo patamar 
no país. É preciso lembrar que outros países já utilizam essas tecnologias e as novas 
abordagens, obtendo resultados satisfatórios quanto ao processo de ensino-aprendizagem. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A nova história cultural 
 
Desafio 
A Nova História Cultural é multi e interdisciplinar, utilizando-se, principalmente, da Antropologia, 
da Sociologia e da História da Arte e Literária para pesquisas e elaboração do conhecimento 
histórico. Assim, embora não se espere que os historiadores culturais sejam vistos como heróis 
a resolverem os problemas cotidianos contemporâneos, afirma que o estudo da história cultural 
deve permitir às pessoas pensarem com mais lucidez os problemas e questionamentos da vida. 
A emergência da Nova História Cultural trouxe um alargamento de temas e abordagens no 
historiográfico. Fruto do diálogo com várias disciplinas, configura-se como uma história 
polifônica, cuja expansão trouxe possibilidades. 
Imagine que você está na sala de aula discutindo com seus alunos sobre a história da mulher 
em diferentes contextos no decorrer do tempo. E a turma conduz a discussão para o sentido de 
o que é ser mulher, qual a definição biológica ou social, e qual dessas definições prevalece diante 
da sociedade nos dias atuais. 
Sendo assim, responda: 
a) Qual objeto de aprendizagem poderia ser utilizado para explanar a temática? 
b) Como você poderá mediar a curiosidade ingênua para transformá-la em curiosidade 
epistemológica? 
 
Resposta: 
 
a) Com o espaço aberto e o suporte dado pelos debates que vêm se realizando no campo da 
pesquisa histórica, desde o pós-guerra, os movimentos feministas e os seus aliados ampliam a 
sua discussão teórica chegando a propor uma nova categoria de análisepara a história: o 
gênero. Tendo como um grande nome o de John Scott, esta autora diz que o gênero não é 
adquirido ao nascer nem determinado pelo biológico, mas é formado pela cultura. 
b) Poderá ser utilizada a Nova História Cultural para abordar a história da mulher, na perspectiva 
de gênero, e explanar sobre a ideia de que as categorias homem e mulher são socialmente 
construídas e não podem ser consideradas naturais, fixas ou predeterminadas. Sendo assim, 
não se pode negar a importância do processo cultural na formação de uma pessoa. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Novas tendências na historiografia da América Latina 
 
Desafio 
 
A Guerra Fria foi um dos fenômenos históricos mais característicos do século XX. Nele, houve 
duas grandes potências mundiais disputando a supremacia bélica, cultural, política, econômica 
e, sobretudo, ideológica sobre os outros países. De um lado os Estados Unidos representando 
os valores liberais e o modo de produção capitalista, de outro a União Soviética, um gigantesco 
país socialista. Ao término desse embate, que deixou o mundo em estado de alerta durante 
décadas, os Estados Unidos se consagraram como vencedores, com a dissolução da União 
Soviética. 
Você precisa preparar uma aula sobre a Guerra Fria para o 9° ano do Ensino Fundamental, na 
qual você fará uma espécie de balanço final dela, de modo que os seus alunos compreendam 
os seus impactos ainda nos dias de hoje. 
Dessa forma, o seu desafio é relacionar três elementos típicos daquela época a contextos 
específicos do período pós-Guerra Fria. 
Para isso, considere os temas a seguir: 
1) Tecnologia 
2) Relações internacionais 
3) Ideologia 
 
Resposta: 
 
TECNOLOGIA - Em relação ao tópico “tecnologia”, deve-se recordar que um dos aspectos 
centrais da disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética se tratou da conquista espacial. 
Nessa corrida pela conquista do espaço houve uma espécie de empate entre os dois países, 
pois ambos conseguiram feitos admiráveis. A União Soviética colocou o primeiro homem no 
espaço; todavia, os Estados Unidos levaram o primeiro homem à Lua. Devido a essa competição, 
muitas tecnologias que foram desenvolvidas passaram a ter aplicabilidade no dia a dia, como: 
câmeras de telefones celulares, forno de micro-ondas e GPS. 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS - Em termos das relações internacionais, houve a formação de 
blocos políticos e militares como a Otan, que ainda hoje é uma importante força do mundo 
ocidental. Além disso, políticas como o Consenso de Washington levaram as práticas 
econômicas neoliberais para grande parte do mundo, inclusive para países que tinham sido 
aliados da União Soviética. Há uma preponderância estadunidense na esfera da influência 
política em uma enorme gama de nações conhecida por pax americana. 
IDEOLOGIA - O socialismo soviético ameaçou por muitas vezes se espalhar pelo mundo, como 
ainda é possível perceber em países como Cuba, Coreia do Norte, Vietnã e China. A ideologia 
liberal dos Estados Unidos se tornou hegemônica entre os países ocidentais, mas, com o fim da 
União Soviética e a ascensão chinesa nas últimas décadas, ainda enfrenta um adversário 
poderoso. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historiografia contemporânea e dinamicidade da informação 
 
Desafio 
 
A Internet é um elemento fundamental para a pesquisa historiográfica contemporânea. Isso 
porque, a partir de um clique, permite encontrar fontes e consultar bibliografias. Sites como a 
Hemeroteca Digital têm um banco de dados contendo diversos jornais, revistas, folhetins, livros, 
entre outros objetos possíveis de pesquisa, que vão desde o primeiro periódico publicado no 
Brasil até os mais recentes. 
 
Nesse contexto, imagine que você está desenvolvendo uma pesquisa para o acervo de um 
museu. 
 
Sabendo disso, você deverá refletir sobre os meios (sites, bancos de dados, indexadores, entre 
outros) que serão consultados e investigados, a fim de realizar as etapas descritas, bem como 
descrever o caminho a ser percorrido e as possíveis armadilhas, contidas nos meios digitais, as 
quais um pesquisador deverá estar sempre atento. 
 
Resposta: 
 
Como pesquisador, seria possível buscar em sites de publicação científica, como SciELO, 
Periódicos Capes, ERIC e Google Acadêmico, a bibliografia já existente sobre esse personagem. 
Com efeito, uma contemplação dos aspectos mais relevantes do autor, da bibliografia produzida 
sobre sua vida, bem como dos autores que já trabalharam suas obras, seriam mapeadas, a fim 
de evitar o desenvolvimento de pesquisas que já tenham sido realizadas e, até mesmo, o plágio. 
Nesse primeiro levantamento, é importante que leia tudo o que puder e levante tudo o que houver 
de produção acerca do autor. Contudo, deve-se tomar um cuidado especial com as "armadilhas" 
da Internet, ou seja, sites de procedência duvidosa, vídeos ou artigos de pessoas que não são 
especialistas, etc. 
É importante, para um historiador, que sua pesquisa seja desenvolvida com fontes confiáveis 
que, assim como você, utilizaram um método e uma teoria científica de análise e apuração de 
dados. Por isso, valorize e dê prioridade aos artigos, às dissertações e às teses acadêmicas em 
detrimento de sites, blogs ou vlogs. A menos, é claro, que seja um canal reconhecido pelo meio, 
como é o caso do Café História. 
Após esse primeiro levantamento, você poderia buscar as produções do autor em diversos meios 
de comunicação, órgãos e instituições governamentais, a partir do site da Hemeroteca Digital. 
Desse modo, suas possibilidades, diante do autor, seriam ampliadas, posto que teria outras 
fontes e, consequentemente, enfoques, para realizar sua pesquisa, expandindo o rol de 
documentos expostos no museu, o que ajudaria na construção de uma narrativa mais completa 
sobre sua vida e obra. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Economia X História 
 
Desafio 
 
Um bem que não seja demandado pela sociedade não é considerado escasso, pois, por não ser 
consumido, continua existindo em abundância. Do contrário, a demanda por bens faz com que 
surja o problema da escassez, pois os recursos naturais utilizados para satisfazer às 
necessidades humanas são limitados. 
 
 
 
Faça uma análise dessa situação e descreva as atitudes recomendadas ao governo e à 
sociedade para minimizar o problema da escassez na Terra. 
 
Resposta: 
 
Se dada quantidade de cada bem pudesse ser produzida de forma infinita e os desejos 
pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria se uma quantidade excessiva de certo 
bem fosse produzida. Contudo, na prática, a realidade é que a escassez dos recursos tem se 
agravado cada vez mais. Mesmo que alguns dos recursos, como a água doce, tenham 
capacidade de se renovar, o ritmo de degradação pela poluição e pelo uso irracional desse 
recurso é muito superior à sua velocidade de renovação. Considerando isso, se nós, seres 
humanos, não modificarmos as nossas atitudes no que diz respeito à utilização dos recursos 
naturais, muito em breve estes poderão ser alvo de disputas entre países, além de sermos 
obrigados a alterar os hábitos de consumo devido à falta dos recursos ou à potencial necessidade 
de criação de fontes alternativas àquilo a que estamos acostumados hoje. 
 
São vários os exemplos de atitudes que podem ser adotadas voluntariamente pela sociedade e 
induzidas pelo governo por meio de políticas públicas, como as apresentadas a seguir: 
 
1) Na hora de escolher um produto no supermercado, optar por aqueles cujas empresas 
fabricantes tiveram atitudes sustentáveis no processo de produção. 
2) Instalar painéis solares, que permitem o aquecimento da água utilizada no banho e na louça, 
de modo natural e renovável, e funciona mesmo em dias chuvosos e nublados. 
3) Para quem não tiver painéis solares, evitar o desperdício da água, por exemplo, reduzindo otempo do banho. 
4) Utilizar torneiras econômicas, com sensores ou arejadores que permitam um controle mais 
eficiente da saída da água, evitando desperdícios. 
5) Instalar métodos que permitam a captação e a reserva da água da chuva, que pode ser 
utilizada no banho, na limpeza da casa, nos cuidados na jardinagem, entre outros. 
6) Utilizar lâmpadas incandescentes, que têm maior durabilidade, e promover a instalação de 
sensores de iluminação para evitar o esquecimento de lâmpadas acesas de modo 
desnecessário. 
7) Optar por eletrodomésticos que tenham poupança de energia. 
8) Realizar a separação adequada do lixo. 
9) Optar por utilizar as escadas ao invés do elevador, pelo menos, até o terceiro andar – mais 
recomendado nos ambientes públicos –, o que, além de evitar o desperdício da energia elétrica, 
traz benefícios à saúde. 
10) Fazer caminhada ao invés de usar o automóvel quando a distância percorrida for apenas de 
algumas quadras. 
11) Criar políticas de controle de qualidade e de poluição do ar às indústrias. 
12) Proceder à exigência de licenciamento ambiental a indústrias que realizam atividades 
potencialmente poluidoras. 
13) Garantir isenção de taxas, impostos e incentivos fiscais às empresas que realizam ações 
sustentáveis no processo produtivo. 
14) Aplicar multas e taxas a indústrias que não realizam corretamente o despejo de dejetos no 
meio ambiente. 
15) Dar preferência pela utilização de energias renováveis, como a eólica, sempre que os locais 
oferecerem condições para isso. 
 
Em economia, escassez significa dizer que não há quantidade suficiente de um recurso para 
atender a todas as pessoas que o desejam ou o demandam, se ele não for cobrado (tiver preço 
zero). Uma das soluções encontradas pela humanidade para lidar com a escassez de recursos 
é o sistema de preços. Ao se cobrar algo de valor (dinheiro, ouro, entre outros) em troca de 
recursos, bens ou serviços escassos, conseguimos adequar a demanda à oferta existente. 
Apenas aqueles dispostos a pagar o preço pelo bem em questão têm acesso a ele. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Estado, sociedade, política e economia 
 
Desafio 
 
O desenvolvimento do capitalismo ocorre a partir da acumulação primitiva do capital, momento 
em que ocorre a espoliação da terra por parte da classe dominante. Entretanto, o 
desenvolvimento do capitalismo depende do desenvolvimento das forças produtivas e da 
extração da mais-valia. 
A extração da mais-valia, contudo, expõe um sistema contraditório e conflituoso entre os 
interesses dos capitalistas e dos trabalhadores. Veja uma situação em que esse conflito se 
manifesta: 
 
Imagine que você é funcionário responsável pela gestão de pessoas da empresa e, portanto, é 
o encarregado de fazer a mediação do conflito. Diante dessa situação, responda: 
Quais instrumentos teórico-metodológicos você poderia utilizar para compreender e verificar a 
plausibilidade das reivindicações dos trabalhadores? 
 
Resposta: 
 
Nesse caso, para melhor esclarecer os direitos e a plausibilidade da reivindicação dos 
trabalhadores, pode ser elaborado um relatório técnico com o levantamento das horas 
trabalhadas, do custo da hora de trabalho e da produtividade, para verificar se a extração da 
mais-valia corresponde a um padrão justo ou se caberia um aumento de salário a esses 
trabalhadores. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: O Liberalismo, o Keynesianismo, o Neoliberalismo e a Crítica 
Marxista da Economia 
 
Desafio 
 
Você é professor de economia política em uma faculdade. Como tarefa, você criou um grande 
debate, e um de seus alunos argumenta: 
 
eu aluno entende que a economia política não tem relevância nos dias atuais, tendo sido 
inteiramente superada pela “nova ordem econômica”. 
Reflita sobre a afirmação e explique ao seu aluno por que ainda é importante compreender e 
estudar a realidade através da lente dos pensadores clássicos. 
 
Resposta: 
 
O dia a dia das pessoas está diretamente ligado às questões políticas (os serviços de saúde que 
são oferecidos à população, a qualidade de ensino, etc.), e o mesmo podemos dizer em relação 
à economia, quando lidamos com as necessidades diárias de alimentação, o pagamento da 
escola ou faculdade dos filhos, a utilização de um meio de transporte para ir trabalhar, a inflação 
que influencia no preço do combustível, entre outros elementos. 
Para poder pagar os bens que consome, os serviços que contrata ou ir a um shopping desfrutar 
de alguns momentos de lazer com a família (e fazer compras), precisamos de uma renda que 
advém do trabalho. A ciência que estuda a produção, a distribuição e o consumo de bens e 
serviços é a economia. A economia política, portanto, estuda a relação entre o capital (dinheiro), 
o trabalho (mão de obra) e a sua distribuição na sociedade. Esse tema será sempre atual, mesmo 
que ocorra uma mudança na característica de bens e produtos da sociedade, ou seja, 
independentemente da estrutura produtiva, a sociedade atual mantém uma determinada relação 
de troca entre o trabalho e o capital, e essa relação (e distribuição) deverá se estudada para uma 
ampla compreensão da vida social. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A produção e a economia 
 
Desafio 
Você é consultor na área de gestão empresarial e acaba de ser procurado pelo gestor de uma 
indústria de componentes eletrônicos. 
 
 
Você é contratado para prestar um serviço de consultoria, auxiliando a indústria na montagem 
de um plano que permita lidar com o panorama atual, no qual a redução dos custos fixos parece 
ser inevitável e urgente, pois o fluxo de caixa projetado pela empresa não sinaliza reversão do 
cenário no médio prazo. 
 
A partir deste contexto, analise a situação e responda: 
1) Que medidas você indicaria na busca pela redução dos custos fixos? 
2) Que alternativas você recomendaria na intenção de ampliar as receitas? 
 
Resposta: 
Questão 1 - Algumas medidas que eu indicaria na busca pela redução dos custos fixos incluem: 
revisar os contratos com fornecedores e procurar por opções mais econômicas, revisar os 
processos internos e identificar possíveis oportunidades de automação ou eliminação de 
atividades desnecessárias, analisar as despesas com aluguel, energia e outros gastos de 
infraestrutura e procurar por opções mais econômicas e revisar as despesas com pessoal e 
considerar opções de redução de custos, como horas extras ou programas de demissão 
voluntária. 
Questão 2 - Algumas alternativas que eu recomendaria para ampliar as receitas incluem: investir 
em marketing e publicidade para aumentar a conscientização do público sobre os produtos e 
serviços oferecidos pela empresa, desenvolver novos produtos ou serviços para atender a 
necessidades não atendidas do mercado, expansão de mercado, buscando novos clientes e 
mercados geográficos, oferecer descontos comerciais e programas de fidelidade para atrair e 
reter clientes existentes e investir em tecnologia e inovação para aumentar a eficiência e 
competitividade da empresa. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historiografia contemporânea e dinamicidade da informação 
 
Desafio 
A Internet é um elemento fundamental para a pesquisa historiográfica contemporânea. Isso 
porque, a partir de um clique, permite encontrar fontes e consultar bibliografias. Sites como a 
Hemeroteca Digital têm um banco de dados contendo diversos jornais, revistas, folhetins, livros, 
entre outros objetos possíveis de pesquisa, que vão desde o primeiro periódico publicado no 
Brasil até os mais recentes. 
 
Nesse contexto, imagine que você está desenvolvendo uma pesquisa para o acervo de um 
museu. 
 
 
Sabendo disso, você deverá refletir sobre os meios (sites, bancos de dados, indexadores, entre 
outros) que serão consultados e investigados, a fim de realizar as etapasdescritas, bem como 
descrever o caminho a ser percorrido e as possíveis armadilhas, contidas nos meios digitais, as 
quais um pesquisador deverá estar sempre atento. 
 
Resposta: 
 
Como pesquisador, seria possível buscar em sites de publicação científica, como SciELO, 
Periódicos Capes, ERIC e Google Acadêmico, a bibliografia já existente sobre esse personagem. 
Com efeito, uma contemplação dos aspectos mais relevantes do autor, da bibliografia produzida 
sobre sua vida, bem como dos autores que já trabalharam suas obras, seriam mapeadas, a fim 
de evitar o desenvolvimento de pesquisas que já tenham sido realizadas e, até mesmo, o plágio. 
 
Nesse primeiro levantamento, é importante que leia tudo o que puder e levante tudo o que houver 
de produção acerca do autor. Contudo, deve-se tomar um cuidado especial com as "armadilhas" 
da Internet, ou seja, sites de procedência duvidosa, vídeos ou artigos de pessoas que não são 
especialistas, etc. 
 
É importante, para um historiador, que sua pesquisa seja desenvolvida com fontes confiáveis 
que, assim como você, utilizaram um método e uma teoria científica de análise e apuração de 
dados. Por isso, valorize e dê prioridade aos artigos, às dissertações e às teses acadêmicas em 
detrimento de sites, blogs ou vlogs. A menos, é claro, que seja um canal reconhecido pelo meio, 
como é o caso do Café História. 
 
Após esse primeiro levantamento, você poderia buscar as produções do autor em diversos meios 
de comunicação, órgãos e instituições governamentais, a partir do site da Hemeroteca Digital. 
Desse modo, suas possibilidades, diante do autor, seriam ampliadas, posto que teria outras 
fontes e, consequentemente, enfoques, para realizar sua pesquisa, expandindo o rol de 
documentos expostos no museu, o que ajudaria na construção de uma narrativa mais completa 
sobre sua vida e obra. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: História e consciência histórica 
 
Desafio 
 
 
Resposta: 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historiografia econômica brasileira 
 
Desafio 
A historiografia econômica brasileira é conhecida por elaborar estruturas explicativas nas quais 
a economia do país, desde a época colonial, é o ponto de destaque. O período de independência 
foi um marco político, mas não rompeu o sistema econômico que privilegiava os latifúndios e a 
agroexportação. Historiadores como Caio Prado Júnior (1907-1990) e industriais como Roberto 
C. Simonsen (1889-1948) analisaram a história econômica a partir da ideia de progresso. Eles 
entendiam que o futuro residia na industrialização em vez da exportação de produtos primários. 
 
Suponha que você é professor de história e busca demonstrar aos alunos do 9º ano do Ensino 
Fundamental II como o conhecimento teórico sobre a história da economia também faz parte dos 
conteúdos a serem aprendidos em sala de aula. Para isso, você nomeou alguns fatos ocorridos 
no século XIX para efeito de análise crítica: 
 
- 1847: imigração 
- 1850: Lei de Terras 
- 1850: Lei Eusébio de Queirós 
- 1888: Abolição da escravidão 
 
Analise os fatos listados munindo-se do contexto sobre a economia do período oitocentista e 
conceitos de pesquisadores como Prado Júnior e Simonsen. A partir disso, crie um aparato 
argumentativo aplicável em sala de aula, principalmente ao relacionar os ciclos econômicos com 
os acontecimentos políticos e sociais. 
 
 
 
Resposta: 
A análise deve contextualizar o período e, posteriormente, relacionar os fatos com o 
desenvolvimento econômico do país. 
O século XIX brasileiro foi permeado não só pelo processo de independência em 1822, mas 
também pela chegada da Família Real em 1808, pelo Primeiro Reinado (1822-1831), Segundo 
Reinado (1840-1889), fim da escravidão (1888) e pela Proclamação da República (1889). Todos 
esses eventos influenciaram na economia, mas nada que a modificasse estruturalmente. 
A Lei de Terras (n. 601), de 18 de setembro de 1850, foi implementada com a intenção de 
organizar a propriedade privada. Até então, a posse se relacionava ao uso da terra e, além disso, 
o governo a concedia para ser lavrada, por exemplo. Com a nova legislação, as terras já 
ocupadas foram regularizadas, e todas as demais se tornaram títulos do Estado. 
Além disso, os valores dos impostos e dos pedaços de terra eram determinados pelo governo, 
resultando na concentração fundiária nas mãos de poucos, principalmente de quem já usufruía 
dos benefícios anteriores. Dessa forma, imigrantes, negros alforriados e a pequena classe média 
não tiveram acesso à terra, mantendo-se a desigualdade social. 
Os imigrantes começaram a chegar no Primeiro Reinado, mas a política de imigração foi 
sistematizada de fato a partir de 1847, primeiro com o interesse da iniciativa privada, contando 
com forte aparato estatal. A necessidade de mão de obra também ajudou no desenvolvimento 
do processo imigratório, já que a Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de africanos 
escravizados. 
A questão da abolição se tornou discussão pública desde então, culminando na assinatura da 
Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Toda essa mudança legislativa influenciou diretamente a 
manutenção da característica econômica brasileira: agro exportação de matéria-prima, 
anteriormente o açúcar e, durante o século XIX, o café. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historiografia politica brasileira 
 
Desafio 
A historiografia política brasileira aborda diversos temas que estão, invariavelmente, conectados 
aos ideais do presente. Portanto, ainda que o autor analise o passado, sua subjetividade e 
historicidade fazem parte da operação historiográfica. 
 
Francisco José de Oliveira Vianna (1883-1951) foi um conhecido jurista e sociólogo nascido no 
Estado do Rio de Janeiro que teve voz no governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945. Suas 
discussões acerca da divisão do Direito em Comum e Trabalhista ficaram famosas e ajudaram a 
moldar a Legislação do Trabalho. Essa influência o colocava como um dos intelectuais mais 
conceituados do País. Em 1934, após a leitura de obras seminais sobre o determinismo racial e 
a eugenia, que surgiram no século XIX, e principalmente as de Arthur de Gobineau (1816-1882) 
e Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), Vianna publicou Raça e assimilação. Seu objetivo 
era analisar cientificamente a evolução da sociedade brasileira. 
 
Imagine que você é professor de História e vai estudar essa ideia com os alunos do 8º ano do 
Ensino Fundamental II, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. 
 
A partir da leitura do texto, e considerando o trabalho a ser feito com seus alunos em sala de 
aula, crie uma relação sobre a eugenia, principalmente sob a perspectiva do negro e do índio em 
um mundo que acreditava na superioridade branca. 
 
 
Resposta: 
 
Para a eugenia, pessoas de pele escura e com características indígenas e afrodescendentes 
estão fora do ideal e deveriam ser excluídos da humanidade. Assim, para os índios e negros é 
difícil viver em uma sociedade racista, que prega a superioridade racial branca. Essas 
populações são consideradas menos civilizadas e desenvolvidas, subjugadas e propositalmente 
marginalizadas. A Eugenia é uma pseudociência criada na Inglaterra em 1883, mas que é 
principalmente um movimento social, que busca à exclusão de elementos indesejados da 
sociedade a fim de "melhorar" geneticamente a população. Defendendo o embranquecimento da 
população como o caminho para a evolução. Nos Estados Unidos, o eugenismo baseou leis anti 
miscigenação, com a proibição de casamentos interraciais e esterilização de mulheres latinas, 
negras e indígenas até os anos 1970. 
No trecho destacado, Vianna afirma que os índios do Brasil eram mais selvagens, menos 
civilizados que as populações asteca e inca, por exemplo. Estes, que viveram na América do 
Norte e do Sul, respectivamente, eram classificadosdessa maneira por terem organizações 
sociais, políticas e econômicas consideradas avançadas pelos europeus. Essas ideias já eram 
disseminadas nos séculos XVI e XVII, e a surpresa diante das construções monumentais ao 
aportarem na América demonstra o julgamento inferior direcionado aos nativos. 
Para Vianna, os índios daqui demonstravam sua baixa hierarquia na cadeia evolutiva pela falta 
de organização social, política, econômica e um exemplo disso era a parca tecnologia aplicada 
nas moradias. O nomadismo, citado por ele, era uma característica das sociedades nômades na 
Pré-História antes da sedentarização e do aparecimento da agricultura. 
O autor mantém a visão construída por historiadores que exaltavam a colonização portuguesa 
como a salvação civilizacional dos povos indígenas. Ao longo da sua obra, Vianna expõe como 
o embranquecimento da população brasileira seria, portanto, a "saída ideal" para a evolução, 
corroborando a ideia eugenista da época. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A função social do conhecimento histórico 
 
Desafio 
 
O uso da memória como fonte histórica auxilia o historiador na compreensão das questões 
relativas à identidade e às representações individuais e coletivas no passado recente, objeto de 
seu estudo. Os relatos memorialísticos e os depoimentos têm sido usados com sucesso na 
elaboração de narrativas históricas sobre classes oprimidas, testemunhos de grandes eventos 
históricos (o holocausto é um grande exemplo) e até mesmo pela história institucional, com 
entrevistas de ex-funcionários de empresas que existem há muito tempo. 
Nesse sentido, cumpre ressaltar que a história não tem mais por objetivo recuperar os fatos 
exatamente como eles ocorreram, em sua totalidade, pois isso seria uma tarefa impossível. 
Dessa forma, o que se busca com os depoimentos oriundos da memória é problematizar os fatos 
históricos, de forma a se construir um panorama com diferentes perspectivas de um mesmo 
acontecimento. Tudo isso é posteriormente interpretado pelo historiador, que, então, escreve o 
seu trabalho. 
Você coordena um grupo de pesquisadores responsável por pesquisar a história de um grande 
grupo empresarial. Além da análise dos documentos produzidos ao longo de sua história, o grupo 
recorre também a entrevistas com ex-funcionários da empresa. No entanto, você percebeu que 
os pesquisadores concluíram que as pessoas entrevistadas tinham a mesma visão sobre fatos 
da empresa, não havendo nenhum tipo de divergência. 
Diante dessa constatação, descreva e justifique: 
 
a) Qual é o problema metodológico que provocou esse resultado? 
b) Como você interviria para solucioná-lo? 
 
Resposta: 
a) O erro foi que os pesquisadores não problematizaram corretamente os depoimentos. Isto é, 
somente foram utilizados como fonte o que os entrevistados falaram, não sendo levadas em 
consideração as ausências de determinados temas e os silenciamentos em relação a outros. 
Isso ocorreu, pois o material gravado foi tratado de maneira bruta, havendo um direcionamento 
dos temas afins de cada depoimento de forma a causar uma conclusão simplista e equivocada. 
b) Solucionaria trabalhando com o grupo a questão de que a memória é, justamente, a referência 
para a identidade, que se estrutura sobre ela, o que gera perspectivas diferentes sobre o mesmo 
objeto. Portanto, a falha ocorreu, pois os pesquisadores tentaram recuperar os fatos de maneira 
concreta, sem haver a preocupação em problematizá-los, possibilitando, assim, uma visão mais 
ampla sobre o objeto que considerasse as relações entre identidade coletiva e individual e as 
representações.

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