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2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: O imperialismo e a África contemporânea Desafio Nas mídias, a África é mostrada quase sempre como uma grande savana habitada por animais raros ou como um continente castigado pela fome e pelas doenças, o que sugere uma visão estereotipada daquele continente e acaba por reforçar uma perspectiva eurocêntrica da História. Os alunos da educação básica, quando questionados sobre o que conhecem da África, reforçam esses estereótipos, associados ao atraso e ao subdesenvolvimento. Questionar essa visão pode ser um bom começo para desconstruir os mitos que pairam em torno da África e de sua história. É importante mencionar que o objetivo em sala de aula não é omitir ou ignorar a pobreza e as doenças que atingem o continente africano, mas relativizar imagens estereotipadas que o estigmatizam. Imagine que você está lecionando para alunos do 9º ano, trabalhando um conteúdo que trata do processo de descolonização da África. Para descontruir essa visão estereotipada que se tem da África, quais atividades e/ou trabalhos você iria propor para seus alunos e que aspectos da sociedade africana você destacaria para seus alunos pesquisarem? Resposta: Acredito que há muitas formas para se desenvolver esse tema com os alunos, dividindo a turma em grupos, e cada grupo fica responsável por pesquisar aspectos da sociedade e cultura africana que merecem destaque como, por exemplo, tecnologias desenvolvidas pelos africanos, verificando quais os maiores cientistas africanos do século XX e XXI; quais as cidades mais desenvolvidas da África, podendo aqui fazer um paralelo/comparação com cidades brasileiras; quais os maiores escritores, poetas, músicos, artistas africanos da atualidade e as contribuições dos africanos no campo das artes; quais os destaques africanos no esporte; entre outros aspectos. Depois disso, os alunos podem elaborar um painel para ficar exposto em local de visibilidade da escola, para que as outras turmas também vejam esses aspectos da sociedade africana. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: O debate sobre a obrigatoriedade do ensino religioso no Brasil Desafio A educação busca capacitar as pessoas de maneira cultural e científica. Por meio dela, o ser humano pode se tornar mais apto a utilizar de forma adequada seus conhecimentos e experiências. No Brasil, a educação foi introduzida pelos jesuítas, que vieram à, então, colônia para catequizar e educar os índios. O País é, atualmente, laico, ou seja, não declara fé alguma de maneira confessional. Contudo, autoriza que existam instituições de ensino confessionais. Por meio dos textos dispostos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), é autorizada a confessionalidade de escolas, colégios e universidades particulares e a existência da disciplina Ensino Religioso. Porém, havia uma lacuna histórica em meio aos conteúdos lecionados. Então, a partir de 2003, por meio da Lei nº 10.639, foi determinada a inclusão de conteúdos sobre a história e a cultura afro-brasileiras e indígenas. Considere a situação a seguir: De que maneira você tenta explicar a situação para o candidato? Quais argumentos usará? Resposta: O fato de o colégio ser católico ou buscar melhores números nos vestibulares é indiferente, pois os conteúdos previstos na disciplina exigem a inclusão da história e da cultura afro-brasileiras e indígenas. Isso acontece porque o colégio precisa seguir a Lei nº 10.639/2003, que determina a inclusão desse tipo conteúdo. Além disso, deve-se ressaltar que o colégio é ferramenta para a quebra de preconceitos e compreende a importância social desse tipo de ação governamental. Por isso, não só adiciona, mas tenta seguir à risca, o que é previsto na estruturação das disciplinas e dos conteúdos, conforme disposto na Lei nº 11.645/2008. O colégio deve não só seguir as duas leis, mas permitir que a inclusão desse público e de sua história e sua cultura seja parte do ensino brasileiro. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: A formação dos Estados Modernos e o Antigo Regime Desafio Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino propuseram, na obra O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia, lançada em 2001, uma interessante reflexão sobre a concentração de renda no Brasil, buscando as origens históricas dessa característica em políticas desenvolvidas desde o período colonial. Leia este trecho da obra: Você, como professor, de que forma utilizaria os dados sobre a pobreza e a concentração de renda no Brasil contemporâneo para explicar a hierarquia social do Antigo Regime na Europa Ocidental? Resposta: A citação da obra de Fragoso e Florentino permite explicar a hierarquia social do Antigo Regime na Europa Ocidental partindo-se de uma experiência mais próxima aos alunos (tanto temporal, quanto espacialmente), chegando-se à realidade que deseja ser analisada, a Idade Moderna. Assim, o professor pode trabalhar com as diferenças e semelhanças existentes entre uma sociedade de classes e de estamentos (como o que define a riqueza e as possibilidades de ascensão social), e, juntamente com a turma, em um debate, discutir, na sociedade do Antigo Regime, qual era o estamento mais explorado em relação ao trabalho e à cobrança de tributos, e qual o estamento mais rico, e se havia alguma igualdade na distribuição de riquezas. Por meio desse debate, estabelecendo-se analogias cuidadosas com as distintas realidades, é possível que os alunos compreendam a hierarquia social da sociedade do Antigo Regime. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Idade moderna Desafio No ano de 1516, Thomas Morus publicou seu livro, A Utopia. Na primeira parte da obra, o escritor fez uma descrição da sociedade inglesa daquele tempo e das transformações pelas quais estava passando. Leia um trecho desse texto: “A principal causa da miséria pública reside no número excessivo de nobres ociosos, que se nutrem do suor e do trabalho de outrem e que, para aumentar seus rendimentos, mandam cultivar suas terras, escorchando os rendeiros até a carne viva. Não conhecem outro gênero de economia. Mas tratando-se, ao contrário, de comprar um prazer, são pródigos [...]. E não menos funesto é o fato de arrastarem consigo uma turba de lacaios sem estado e incapazes de ganhar a vida.” Partindo do diagnóstico realizado por Morus, propomos o seguinte desafio: você está ensinando a transição da Idade Média para a Idade Moderna para uma turma do Ensino Médio e precisa explicar a crise na sociedade de ordens a partir dos privilégios da nobreza feudal. Como você utilizaria A Utopia para abordar esse tema e vinculá-lo aos privilégios de classe existentes no presente? Resposta: Durante a Baixa Idade Média, ocorreu uma crise na sociedade de ordens em função das relações de exploração estabelecidas entre a nobreza feudal e os camponeses e os confrontos de interesses decorrentes do surgimento da burguesia. Essa situação é narrada por Thomas Morus no trecho do livro. É possível fazer algumas analogias entre os privilégios de classe existentes no presente perguntando aos alunos sobre as desigualdades na distribuição da riqueza existentes do Brasil e no mundo e quais são as principais formas de enriquecimento? E sobre as desigualdades no passado que continua nos tempos presentes. Desta forma, é possível introduzir a temática das transformações sociais ocorridas na transição da Idade Média para a Moderna e problematizar por que o título do livro de Thomas Morus faz referência à “utopia”. O que seria considerado utópico naquele momento? Em que não lugar se desenvolveria uma sociedade em que a nobreza feudalnão fosse ociosa e parasitária? Como a utopia faria a diferença aqui? Pois, a sociedade utópica é fundamentalmente igualitária, não existindo nela a propriedade privada nem o dinheiro, e caracteriza-se por uma vida simples e sem luxos, enquanto nesse período de feudalismo a nobreza usufruía das riquezas e poderes, um tempo sem igualdades onde estavam acima dos pequenos servidores do reino. Portanto, vemos também hoje, classes privilegiadas, que aproveitam dos direitos dos pobres, como seria a realidade presente se tivesse uma regra baseada na utopia e se essa fosse vinculada nos dias de hoje? Ainda vemos hoje esses privilégios na sociedade atual, quais são as mazelas que desfrutam de tal vantagens, houve muitas mudanças nesse período de transição ou apenas evolui esses poderes. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Adam Smith e o pensamento econômico moderno Desafio Na obra de Adam Smith, as relações de produção e de trabalho possuem uma importância bastante acentuada, já que o trabalho é considerado esse autor como a riqueza das nações. Veja este trecho, em que o Smith fala sobre a especialização do trabalho: "O aprimoramento da destreza do operário necessariamente aumenta a quantidade de serviço que ele pode realizar, a divisão do trabalho, reduzindo a atividade de cada pessoa a alguma operação simples e fazendo dela o único emprego de sua vida, necessariamente aumenta muito a destreza do operário." Questões como as condições de trabalho e as consequências humanas da substituição dos homens pelas máquinas, na conjuntura da Revolução Industrial, não foram preocupações de Adam Smith. Contudo, sabe-se dos impactos que essas transformações tiveram no mercado de trabalho. Nos dias de hoje, há uma série de dilemas em relação à aprimoração do trabalho, não somente em relação às máquinas, mas também à tecnologia. Imagine que você é professor de História, e precisa trabalhar com os alunos, em sala de aula, as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, utilizando o pensamento de Adam Smith. Proponha uma atividade a ser desenvolvida com os alunos. Resposta: As transformações no mundo do trabalho e na sociedade em geral, com a disseminação da tecnologia, apresentam-se como um desafio contemporâneo. Vive-se em um momento de transformação nas relações e no mercado de trabalho, em função da disseminação de novas tecnologias – que criam e extinguem profissões – e da precarização das relações trabalhistas. Para trabalhar o tema em sala de aula, utilizando a obra de Adam Smith, será feita uma representação para que os alunos a compreendam a historicidade da divisão do trabalho. Atividade: Representar, teatralmente, com a turma, uma produção de cadeiras de forma artesanal, em uma manufatura e em uma indústria, pedindo que os alunos avaliem o tempo e os custos de produção, além do custo de venda em cada um dos casos. Após a atividade, os alunos irão discutir até que compreendam como, por meio da lógica liberal- capitalista, há um incentivo para maior produtividade, com menos gastos de produção, e a venda de uma mercadoria mais barata. A partir disso, devem comparar essa situação com o mundo do trabalho contemporâneo, avaliando as transformações que ocorreram nas profissões. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: John Locke e o pensamento político moderno Desafio A conjuntura em que John Locke viveu foi marcada por uma série de conflitos religiosos. Em função do convívio com a intolerância e o dogmatismo e seus efeitos nefastos nas sociedades, Locke dedicou boa parte de seus pensamentos para fundamentar a importância da tolerância religiosa. Imagine que você é um professor do Ensino Médio e precisa utilizar o pensamento de Locke para trabalhar com sua turma sobre a separação entre o Estado e a religião e a tolerância religiosa. Indique pelo menos uma atividade para que os alunos entendam o pensamento de Locke sobre este tema. Resposta: Uma atividade que poderia funcionar bem com o pensamento de Locke sobre a separação do estado e da religião e tolerância religiosa é começar pedindo aos estudantes que leiam um pequeno texto ou assistam a um pequeno vídeo sobre o tema. Em seguida, peça-lhes que escrevam suas opiniões sobre o assunto em um fórum on-line, mas que não digitem seu nome ou qualquer outra informação de identificação. A chave é que os estudantes sejam realmente capazes de expressar o que pensam sem se preocupar em ser julgados por outros. Depois que todos os alunos tiverem feito isso, levantem os posts um de cada vez e façam com que a classe discuta cada um deles. Peça aos alunos que tomem notas sobre cada opinião e depois faça com que eles tentem adivinhar quem a escreveu com base na opinião expressa, usando a eliminação. O objetivo é que os estudantes descubram que as pessoas que têm opiniões contrárias ainda podem ser boas pessoas, e que as pessoas não devem ser julgadas apenas por suas crenças. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: As bases do pensamento moderno Desafio Nas últimas décadas, a temática do meio ambiente tem sido assunto de debates e políticas públicas, buscando a proteção ambiental e um estilo de vida mais sustentável frente às inúmeras transformações climáticas pelas quais nosso planeta passa em decorrência da ação dos seres humanos. Veja o que TOZONI-REIS (2004, p. 34) fala sobre a educação ambiental: “A compreensão da relação homem-natureza tem sido tema central nas reflexões sobre o agravamento acelerado da crise ambiental que se tem vivido nas últimas décadas, especialmente no que diz respeito ao antagonismo que contém e que é criado pela organização da produção econômica na sociedade moderna.” Sabe-se que a relação entre os seres humanos e a natureza foi profundamente modificada durante a Idade Moderna, quando se difundiu uma separação entre essas duas esferas, com o domínio dos indivíduos (sujeitos) sobre o meio ambiente (objeto), em uma visão cientificista, mecanicista e tecnológica. Suponha a seguinte situação: você, como futuro professor, está trabalhando a temática da Idade Moderna com uma turma do Ensino Médio e gostaria de aproximar as reflexões sobre a ciência daquele período com a contemporaneidade. De que forma você utilizaria o pensamento de Galileu Galilei e René Descartes sobre a relação entre seres humanos e natureza para promover a educação ambiental? Resposta: Para trabalhar com o pensamento de G Galileu Galilei e René Descartes quanto à relação entre seres humanos e natureza, é preciso apresentar aos alunos o paulatino processo de subjugação dos objetos ao conhecimento humano, transformação ocorrida durante a modernidade, em que o homem passa a se conceber como sujeito cognoscente, e explicar o mundo a partir de leis e de outros mecanismos de funcionamento. Para alguns autores, essa visão cientificista e mecanicista marca o desenvolvimento do antropoceno e do especismo (a superioridade da espécie humana frente às demais) e um distanciamento das conexões entre os indivíduos e seus ambientes, vistos apenas utilitariamente. Explicitando a origem desse pensamento e as formas como esses pensadores imaginavam a relação entre os seres humanos e o ambiente, é possível demonstrar aos alunos que a forma como os seres humanos se relacionam com o planeta não é imutável, pois nem sempre foi assim . Isso possibilita que os alunos percebam a possibilidade de outras formas de se comportar perante a natureza e de desenvolver outros valores em relação às demais espécies. Nesse debate, abre- se apossibilidade de discutir o vegetarianismo e o veganismo como posturas éticas e morais. Assim, as catástrofes ambientais, as mudanças climáticas e as polêmicas em relação às políticas públicas desenvolvidas para o meio ambiente são temas que permitem conhecer de que forma os seres humanos refletiram sobre sua relação com o meio ambiente e compreender o momento em que ocorre uma objetificação da natureza. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Políticas de desenvolvimento e o Mercosul Desafio Nas últimas décadas, a temática do meio ambiente tem sido assunto de debates e políticas públicas, buscando a proteção ambiental e um estilo de vida mais sustentável frente às inúmeras transformações climáticas pelas quais nosso planeta passa em decorrência da ação dos seres humanos. Veja o que TOZONI-REIS (2004, p. 34) fala sobre a educação ambiental: “A compreensão da relação homem-natureza tem sido tema central nas reflexões sobre o agravamento acelerado da crise ambiental que se tem vivido nas últimas décadas, especialmente no que diz respeito ao antagonismo que contém e que é criado pela organização da produção econômica na sociedade moderna.” Sabe-se que a relação entre os seres humanos e a natureza foi profundamente modificada durante a Idade Moderna, quando se difundiu uma separação entre essas duas esferas, com o domínio dos indivíduos (sujeitos) sobre o meio ambiente (objeto), em uma visão cientificista, mecanicista e tecnológica. Suponha a seguinte situação: você, como futuro professor, está trabalhando a temática da Idade Moderna com uma turma do Ensino Médio e gostaria de aproximar as reflexões sobre a ciência daquele período com a contemporaneidade. De que forma você utilizaria o pensamento de Galileu Galilei e René Descartes sobre a relação entre seres humanos e natureza para promover a educação ambiental? Resposta: Para trabalhar com o pensamento de G Galileu Galilei e René Descartes quanto à relação entre seres humanos e natureza, é preciso apresentar aos alunos o paulatino processo de subjugação dos objetos ao conhecimento humano, transformação ocorrida durante a modernidade, em que o homem passa a se conceber como sujeito cognoscente, e explicar o mundo a partir de leis e de outros mecanismos de funcionamento. Para alguns autores, essa visão cientificista e mecanicista marca o desenvolvimento do antropoceno e do especismo (a superioridade da espécie humana frente às demais) e um distanciamento das conexões entre os indivíduos e seus ambientes, vistos apenas utilitariamente. Explicitando a origem desse pensamento e as formas como esses pensadores imaginavam a relação entre os seres humanos e o ambiente, é possível demonstrar aos alunos que a forma como os seres humanos se relacionam com o planeta não é imutável, pois nem sempre foi assim . Isso possibilita que os alunos percebam a possibilidade de outras formas de se comportar perante a natureza e de desenvolver outros valores em relação às demais espécies. Nesse debate, abre- se a possibilidade de discutir o vegetarianismo e o veganismo como posturas éticas e morais. Assim, as catástrofes ambientais, as mudanças climáticas e as polêmicas em relação às políticas públicas desenvolvidas para o meio ambiente são temas que permitem conhecer de que forma os seres humanos refletiram sobre sua relação com o meio ambiente e compreender o momento em que ocorre uma objetificação da natureza. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: O ensino de história na sociedade do conhecimento Desafio A sociedade do conhecimento do século XXI Atualmente, a sociedade é bombardeada por um excesso de instrumentos eletroeletrônicos que permite ao indivíduo se conectar com o mundo. Além, é claro, de ter em mãos um aparelho que possibilita ao sujeito pesquisar sobre qualquer tema. Mas, como as escolas têm reagido a esse processo? Os profissionais, sobretudo os que atuam na rede pública de ensino, enfrentam grande dificuldade em encontrar um equilíbrio entre o entretenimento que estes objetos oferecem e o uso em sala de aula para pesquisas e tarefas pedagógicas. A utilização de aparelhos eletrônicos dentro do ambiente escolar com a metodologia de ensino estabelecida pelo governo é muito complicada, pois envolve muito mais que apenas a vontade do professor, mas também, condições para que ele possa planejar atividades que contemplem o uso de tais tecnologias. Alguns docentes alegam que esses objetos são perniciosos aos alunos, pois estes deixam os livros de lado e partem para a pesquisa virtual. Outros profissionais da educação acreditam que as escolas e professores devem se adequar às novas tendências tecnológicas nas escolas. Seja como for, este ainda é um tema que tem levado os pedagogos e demais profissionais da educação a um debate acirrado sobre a adoção dessas tecnologias em sala de aula. Para resolver este desafio, elabore um texto, de no máximo dez linhas, mencionando a sua opinião acerca do uso das novas tecnologias em sala de aula, nas escolas, atualmente. Você poderá consultar outras fontes de pesquisa para fundamentar sua resposta. Resposta: As novas tecnologias exigem das pessoas habilidades e conhecimentos. Elas chegaram e abarcaram toda a sociedade, ignorando faixa de idade, lugar ou espaço. Logo, cabe às escolas se adequarem a essa nova realidade, adotando tais tecnologias como aliadas, e não como obstáculos ao ensino. Para tanto, deve-se oferecer aos professores cursos de capacitação, redes de acesso aos alunos por meio da mídia social, blogs, chats etc. O ensino, diante desta nova realidade, se bem administrado, pode levar os alunos e a própria educação a um novo patamar no país. É preciso lembrar que outros países já utilizam essas tecnologias e as novas abordagens, obtendo resultados satisfatórios quanto ao processo de ensino-aprendizagem. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: A nova história cultural Desafio A Nova História Cultural é multi e interdisciplinar, utilizando-se, principalmente, da Antropologia, da Sociologia e da História da Arte e Literária para pesquisas e elaboração do conhecimento histórico. Assim, embora não se espere que os historiadores culturais sejam vistos como heróis a resolverem os problemas cotidianos contemporâneos, afirma que o estudo da história cultural deve permitir às pessoas pensarem com mais lucidez os problemas e questionamentos da vida. A emergência da Nova História Cultural trouxe um alargamento de temas e abordagens no historiográfico. Fruto do diálogo com várias disciplinas, configura-se como uma história polifônica, cuja expansão trouxe possibilidades. Imagine que você está na sala de aula discutindo com seus alunos sobre a história da mulher em diferentes contextos no decorrer do tempo. E a turma conduz a discussão para o sentido de o que é ser mulher, qual a definição biológica ou social, e qual dessas definições prevalece diante da sociedade nos dias atuais. Sendo assim, responda: a) Qual objeto de aprendizagem poderia ser utilizado para explanar a temática? b) Como você poderá mediar a curiosidade ingênua para transformá-la em curiosidade epistemológica? Resposta: a) Com o espaço aberto e o suporte dado pelos debates que vêm se realizando no campo da pesquisa histórica, desde o pós-guerra, os movimentos feministas e os seus aliados ampliam a sua discussão teórica chegando a propor uma nova categoria de análisepara a história: o gênero. Tendo como um grande nome o de John Scott, esta autora diz que o gênero não é adquirido ao nascer nem determinado pelo biológico, mas é formado pela cultura. b) Poderá ser utilizada a Nova História Cultural para abordar a história da mulher, na perspectiva de gênero, e explanar sobre a ideia de que as categorias homem e mulher são socialmente construídas e não podem ser consideradas naturais, fixas ou predeterminadas. Sendo assim, não se pode negar a importância do processo cultural na formação de uma pessoa. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Novas tendências na historiografia da América Latina Desafio A Guerra Fria foi um dos fenômenos históricos mais característicos do século XX. Nele, houve duas grandes potências mundiais disputando a supremacia bélica, cultural, política, econômica e, sobretudo, ideológica sobre os outros países. De um lado os Estados Unidos representando os valores liberais e o modo de produção capitalista, de outro a União Soviética, um gigantesco país socialista. Ao término desse embate, que deixou o mundo em estado de alerta durante décadas, os Estados Unidos se consagraram como vencedores, com a dissolução da União Soviética. Você precisa preparar uma aula sobre a Guerra Fria para o 9° ano do Ensino Fundamental, na qual você fará uma espécie de balanço final dela, de modo que os seus alunos compreendam os seus impactos ainda nos dias de hoje. Dessa forma, o seu desafio é relacionar três elementos típicos daquela época a contextos específicos do período pós-Guerra Fria. Para isso, considere os temas a seguir: 1) Tecnologia 2) Relações internacionais 3) Ideologia Resposta: TECNOLOGIA - Em relação ao tópico “tecnologia”, deve-se recordar que um dos aspectos centrais da disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética se tratou da conquista espacial. Nessa corrida pela conquista do espaço houve uma espécie de empate entre os dois países, pois ambos conseguiram feitos admiráveis. A União Soviética colocou o primeiro homem no espaço; todavia, os Estados Unidos levaram o primeiro homem à Lua. Devido a essa competição, muitas tecnologias que foram desenvolvidas passaram a ter aplicabilidade no dia a dia, como: câmeras de telefones celulares, forno de micro-ondas e GPS. RELAÇÕES INTERNACIONAIS - Em termos das relações internacionais, houve a formação de blocos políticos e militares como a Otan, que ainda hoje é uma importante força do mundo ocidental. Além disso, políticas como o Consenso de Washington levaram as práticas econômicas neoliberais para grande parte do mundo, inclusive para países que tinham sido aliados da União Soviética. Há uma preponderância estadunidense na esfera da influência política em uma enorme gama de nações conhecida por pax americana. IDEOLOGIA - O socialismo soviético ameaçou por muitas vezes se espalhar pelo mundo, como ainda é possível perceber em países como Cuba, Coreia do Norte, Vietnã e China. A ideologia liberal dos Estados Unidos se tornou hegemônica entre os países ocidentais, mas, com o fim da União Soviética e a ascensão chinesa nas últimas décadas, ainda enfrenta um adversário poderoso. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Historiografia contemporânea e dinamicidade da informação Desafio A Internet é um elemento fundamental para a pesquisa historiográfica contemporânea. Isso porque, a partir de um clique, permite encontrar fontes e consultar bibliografias. Sites como a Hemeroteca Digital têm um banco de dados contendo diversos jornais, revistas, folhetins, livros, entre outros objetos possíveis de pesquisa, que vão desde o primeiro periódico publicado no Brasil até os mais recentes. Nesse contexto, imagine que você está desenvolvendo uma pesquisa para o acervo de um museu. Sabendo disso, você deverá refletir sobre os meios (sites, bancos de dados, indexadores, entre outros) que serão consultados e investigados, a fim de realizar as etapas descritas, bem como descrever o caminho a ser percorrido e as possíveis armadilhas, contidas nos meios digitais, as quais um pesquisador deverá estar sempre atento. Resposta: Como pesquisador, seria possível buscar em sites de publicação científica, como SciELO, Periódicos Capes, ERIC e Google Acadêmico, a bibliografia já existente sobre esse personagem. Com efeito, uma contemplação dos aspectos mais relevantes do autor, da bibliografia produzida sobre sua vida, bem como dos autores que já trabalharam suas obras, seriam mapeadas, a fim de evitar o desenvolvimento de pesquisas que já tenham sido realizadas e, até mesmo, o plágio. Nesse primeiro levantamento, é importante que leia tudo o que puder e levante tudo o que houver de produção acerca do autor. Contudo, deve-se tomar um cuidado especial com as "armadilhas" da Internet, ou seja, sites de procedência duvidosa, vídeos ou artigos de pessoas que não são especialistas, etc. É importante, para um historiador, que sua pesquisa seja desenvolvida com fontes confiáveis que, assim como você, utilizaram um método e uma teoria científica de análise e apuração de dados. Por isso, valorize e dê prioridade aos artigos, às dissertações e às teses acadêmicas em detrimento de sites, blogs ou vlogs. A menos, é claro, que seja um canal reconhecido pelo meio, como é o caso do Café História. Após esse primeiro levantamento, você poderia buscar as produções do autor em diversos meios de comunicação, órgãos e instituições governamentais, a partir do site da Hemeroteca Digital. Desse modo, suas possibilidades, diante do autor, seriam ampliadas, posto que teria outras fontes e, consequentemente, enfoques, para realizar sua pesquisa, expandindo o rol de documentos expostos no museu, o que ajudaria na construção de uma narrativa mais completa sobre sua vida e obra. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Economia X História Desafio Um bem que não seja demandado pela sociedade não é considerado escasso, pois, por não ser consumido, continua existindo em abundância. Do contrário, a demanda por bens faz com que surja o problema da escassez, pois os recursos naturais utilizados para satisfazer às necessidades humanas são limitados. Faça uma análise dessa situação e descreva as atitudes recomendadas ao governo e à sociedade para minimizar o problema da escassez na Terra. Resposta: Se dada quantidade de cada bem pudesse ser produzida de forma infinita e os desejos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria se uma quantidade excessiva de certo bem fosse produzida. Contudo, na prática, a realidade é que a escassez dos recursos tem se agravado cada vez mais. Mesmo que alguns dos recursos, como a água doce, tenham capacidade de se renovar, o ritmo de degradação pela poluição e pelo uso irracional desse recurso é muito superior à sua velocidade de renovação. Considerando isso, se nós, seres humanos, não modificarmos as nossas atitudes no que diz respeito à utilização dos recursos naturais, muito em breve estes poderão ser alvo de disputas entre países, além de sermos obrigados a alterar os hábitos de consumo devido à falta dos recursos ou à potencial necessidade de criação de fontes alternativas àquilo a que estamos acostumados hoje. São vários os exemplos de atitudes que podem ser adotadas voluntariamente pela sociedade e induzidas pelo governo por meio de políticas públicas, como as apresentadas a seguir: 1) Na hora de escolher um produto no supermercado, optar por aqueles cujas empresas fabricantes tiveram atitudes sustentáveis no processo de produção. 2) Instalar painéis solares, que permitem o aquecimento da água utilizada no banho e na louça, de modo natural e renovável, e funciona mesmo em dias chuvosos e nublados. 3) Para quem não tiver painéis solares, evitar o desperdício da água, por exemplo, reduzindo otempo do banho. 4) Utilizar torneiras econômicas, com sensores ou arejadores que permitam um controle mais eficiente da saída da água, evitando desperdícios. 5) Instalar métodos que permitam a captação e a reserva da água da chuva, que pode ser utilizada no banho, na limpeza da casa, nos cuidados na jardinagem, entre outros. 6) Utilizar lâmpadas incandescentes, que têm maior durabilidade, e promover a instalação de sensores de iluminação para evitar o esquecimento de lâmpadas acesas de modo desnecessário. 7) Optar por eletrodomésticos que tenham poupança de energia. 8) Realizar a separação adequada do lixo. 9) Optar por utilizar as escadas ao invés do elevador, pelo menos, até o terceiro andar – mais recomendado nos ambientes públicos –, o que, além de evitar o desperdício da energia elétrica, traz benefícios à saúde. 10) Fazer caminhada ao invés de usar o automóvel quando a distância percorrida for apenas de algumas quadras. 11) Criar políticas de controle de qualidade e de poluição do ar às indústrias. 12) Proceder à exigência de licenciamento ambiental a indústrias que realizam atividades potencialmente poluidoras. 13) Garantir isenção de taxas, impostos e incentivos fiscais às empresas que realizam ações sustentáveis no processo produtivo. 14) Aplicar multas e taxas a indústrias que não realizam corretamente o despejo de dejetos no meio ambiente. 15) Dar preferência pela utilização de energias renováveis, como a eólica, sempre que os locais oferecerem condições para isso. Em economia, escassez significa dizer que não há quantidade suficiente de um recurso para atender a todas as pessoas que o desejam ou o demandam, se ele não for cobrado (tiver preço zero). Uma das soluções encontradas pela humanidade para lidar com a escassez de recursos é o sistema de preços. Ao se cobrar algo de valor (dinheiro, ouro, entre outros) em troca de recursos, bens ou serviços escassos, conseguimos adequar a demanda à oferta existente. Apenas aqueles dispostos a pagar o preço pelo bem em questão têm acesso a ele. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Estado, sociedade, política e economia Desafio O desenvolvimento do capitalismo ocorre a partir da acumulação primitiva do capital, momento em que ocorre a espoliação da terra por parte da classe dominante. Entretanto, o desenvolvimento do capitalismo depende do desenvolvimento das forças produtivas e da extração da mais-valia. A extração da mais-valia, contudo, expõe um sistema contraditório e conflituoso entre os interesses dos capitalistas e dos trabalhadores. Veja uma situação em que esse conflito se manifesta: Imagine que você é funcionário responsável pela gestão de pessoas da empresa e, portanto, é o encarregado de fazer a mediação do conflito. Diante dessa situação, responda: Quais instrumentos teórico-metodológicos você poderia utilizar para compreender e verificar a plausibilidade das reivindicações dos trabalhadores? Resposta: Nesse caso, para melhor esclarecer os direitos e a plausibilidade da reivindicação dos trabalhadores, pode ser elaborado um relatório técnico com o levantamento das horas trabalhadas, do custo da hora de trabalho e da produtividade, para verificar se a extração da mais-valia corresponde a um padrão justo ou se caberia um aumento de salário a esses trabalhadores. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: O Liberalismo, o Keynesianismo, o Neoliberalismo e a Crítica Marxista da Economia Desafio Você é professor de economia política em uma faculdade. Como tarefa, você criou um grande debate, e um de seus alunos argumenta: eu aluno entende que a economia política não tem relevância nos dias atuais, tendo sido inteiramente superada pela “nova ordem econômica”. Reflita sobre a afirmação e explique ao seu aluno por que ainda é importante compreender e estudar a realidade através da lente dos pensadores clássicos. Resposta: O dia a dia das pessoas está diretamente ligado às questões políticas (os serviços de saúde que são oferecidos à população, a qualidade de ensino, etc.), e o mesmo podemos dizer em relação à economia, quando lidamos com as necessidades diárias de alimentação, o pagamento da escola ou faculdade dos filhos, a utilização de um meio de transporte para ir trabalhar, a inflação que influencia no preço do combustível, entre outros elementos. Para poder pagar os bens que consome, os serviços que contrata ou ir a um shopping desfrutar de alguns momentos de lazer com a família (e fazer compras), precisamos de uma renda que advém do trabalho. A ciência que estuda a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços é a economia. A economia política, portanto, estuda a relação entre o capital (dinheiro), o trabalho (mão de obra) e a sua distribuição na sociedade. Esse tema será sempre atual, mesmo que ocorra uma mudança na característica de bens e produtos da sociedade, ou seja, independentemente da estrutura produtiva, a sociedade atual mantém uma determinada relação de troca entre o trabalho e o capital, e essa relação (e distribuição) deverá se estudada para uma ampla compreensão da vida social. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: A produção e a economia Desafio Você é consultor na área de gestão empresarial e acaba de ser procurado pelo gestor de uma indústria de componentes eletrônicos. Você é contratado para prestar um serviço de consultoria, auxiliando a indústria na montagem de um plano que permita lidar com o panorama atual, no qual a redução dos custos fixos parece ser inevitável e urgente, pois o fluxo de caixa projetado pela empresa não sinaliza reversão do cenário no médio prazo. A partir deste contexto, analise a situação e responda: 1) Que medidas você indicaria na busca pela redução dos custos fixos? 2) Que alternativas você recomendaria na intenção de ampliar as receitas? Resposta: Questão 1 - Algumas medidas que eu indicaria na busca pela redução dos custos fixos incluem: revisar os contratos com fornecedores e procurar por opções mais econômicas, revisar os processos internos e identificar possíveis oportunidades de automação ou eliminação de atividades desnecessárias, analisar as despesas com aluguel, energia e outros gastos de infraestrutura e procurar por opções mais econômicas e revisar as despesas com pessoal e considerar opções de redução de custos, como horas extras ou programas de demissão voluntária. Questão 2 - Algumas alternativas que eu recomendaria para ampliar as receitas incluem: investir em marketing e publicidade para aumentar a conscientização do público sobre os produtos e serviços oferecidos pela empresa, desenvolver novos produtos ou serviços para atender a necessidades não atendidas do mercado, expansão de mercado, buscando novos clientes e mercados geográficos, oferecer descontos comerciais e programas de fidelidade para atrair e reter clientes existentes e investir em tecnologia e inovação para aumentar a eficiência e competitividade da empresa. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Historiografia contemporânea e dinamicidade da informação Desafio A Internet é um elemento fundamental para a pesquisa historiográfica contemporânea. Isso porque, a partir de um clique, permite encontrar fontes e consultar bibliografias. Sites como a Hemeroteca Digital têm um banco de dados contendo diversos jornais, revistas, folhetins, livros, entre outros objetos possíveis de pesquisa, que vão desde o primeiro periódico publicado no Brasil até os mais recentes. Nesse contexto, imagine que você está desenvolvendo uma pesquisa para o acervo de um museu. Sabendo disso, você deverá refletir sobre os meios (sites, bancos de dados, indexadores, entre outros) que serão consultados e investigados, a fim de realizar as etapasdescritas, bem como descrever o caminho a ser percorrido e as possíveis armadilhas, contidas nos meios digitais, as quais um pesquisador deverá estar sempre atento. Resposta: Como pesquisador, seria possível buscar em sites de publicação científica, como SciELO, Periódicos Capes, ERIC e Google Acadêmico, a bibliografia já existente sobre esse personagem. Com efeito, uma contemplação dos aspectos mais relevantes do autor, da bibliografia produzida sobre sua vida, bem como dos autores que já trabalharam suas obras, seriam mapeadas, a fim de evitar o desenvolvimento de pesquisas que já tenham sido realizadas e, até mesmo, o plágio. Nesse primeiro levantamento, é importante que leia tudo o que puder e levante tudo o que houver de produção acerca do autor. Contudo, deve-se tomar um cuidado especial com as "armadilhas" da Internet, ou seja, sites de procedência duvidosa, vídeos ou artigos de pessoas que não são especialistas, etc. É importante, para um historiador, que sua pesquisa seja desenvolvida com fontes confiáveis que, assim como você, utilizaram um método e uma teoria científica de análise e apuração de dados. Por isso, valorize e dê prioridade aos artigos, às dissertações e às teses acadêmicas em detrimento de sites, blogs ou vlogs. A menos, é claro, que seja um canal reconhecido pelo meio, como é o caso do Café História. Após esse primeiro levantamento, você poderia buscar as produções do autor em diversos meios de comunicação, órgãos e instituições governamentais, a partir do site da Hemeroteca Digital. Desse modo, suas possibilidades, diante do autor, seriam ampliadas, posto que teria outras fontes e, consequentemente, enfoques, para realizar sua pesquisa, expandindo o rol de documentos expostos no museu, o que ajudaria na construção de uma narrativa mais completa sobre sua vida e obra. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: História e consciência histórica Desafio Resposta: 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Historiografia econômica brasileira Desafio A historiografia econômica brasileira é conhecida por elaborar estruturas explicativas nas quais a economia do país, desde a época colonial, é o ponto de destaque. O período de independência foi um marco político, mas não rompeu o sistema econômico que privilegiava os latifúndios e a agroexportação. Historiadores como Caio Prado Júnior (1907-1990) e industriais como Roberto C. Simonsen (1889-1948) analisaram a história econômica a partir da ideia de progresso. Eles entendiam que o futuro residia na industrialização em vez da exportação de produtos primários. Suponha que você é professor de história e busca demonstrar aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II como o conhecimento teórico sobre a história da economia também faz parte dos conteúdos a serem aprendidos em sala de aula. Para isso, você nomeou alguns fatos ocorridos no século XIX para efeito de análise crítica: - 1847: imigração - 1850: Lei de Terras - 1850: Lei Eusébio de Queirós - 1888: Abolição da escravidão Analise os fatos listados munindo-se do contexto sobre a economia do período oitocentista e conceitos de pesquisadores como Prado Júnior e Simonsen. A partir disso, crie um aparato argumentativo aplicável em sala de aula, principalmente ao relacionar os ciclos econômicos com os acontecimentos políticos e sociais. Resposta: A análise deve contextualizar o período e, posteriormente, relacionar os fatos com o desenvolvimento econômico do país. O século XIX brasileiro foi permeado não só pelo processo de independência em 1822, mas também pela chegada da Família Real em 1808, pelo Primeiro Reinado (1822-1831), Segundo Reinado (1840-1889), fim da escravidão (1888) e pela Proclamação da República (1889). Todos esses eventos influenciaram na economia, mas nada que a modificasse estruturalmente. A Lei de Terras (n. 601), de 18 de setembro de 1850, foi implementada com a intenção de organizar a propriedade privada. Até então, a posse se relacionava ao uso da terra e, além disso, o governo a concedia para ser lavrada, por exemplo. Com a nova legislação, as terras já ocupadas foram regularizadas, e todas as demais se tornaram títulos do Estado. Além disso, os valores dos impostos e dos pedaços de terra eram determinados pelo governo, resultando na concentração fundiária nas mãos de poucos, principalmente de quem já usufruía dos benefícios anteriores. Dessa forma, imigrantes, negros alforriados e a pequena classe média não tiveram acesso à terra, mantendo-se a desigualdade social. Os imigrantes começaram a chegar no Primeiro Reinado, mas a política de imigração foi sistematizada de fato a partir de 1847, primeiro com o interesse da iniciativa privada, contando com forte aparato estatal. A necessidade de mão de obra também ajudou no desenvolvimento do processo imigratório, já que a Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de africanos escravizados. A questão da abolição se tornou discussão pública desde então, culminando na assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Toda essa mudança legislativa influenciou diretamente a manutenção da característica econômica brasileira: agro exportação de matéria-prima, anteriormente o açúcar e, durante o século XIX, o café. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: Historiografia politica brasileira Desafio A historiografia política brasileira aborda diversos temas que estão, invariavelmente, conectados aos ideais do presente. Portanto, ainda que o autor analise o passado, sua subjetividade e historicidade fazem parte da operação historiográfica. Francisco José de Oliveira Vianna (1883-1951) foi um conhecido jurista e sociólogo nascido no Estado do Rio de Janeiro que teve voz no governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945. Suas discussões acerca da divisão do Direito em Comum e Trabalhista ficaram famosas e ajudaram a moldar a Legislação do Trabalho. Essa influência o colocava como um dos intelectuais mais conceituados do País. Em 1934, após a leitura de obras seminais sobre o determinismo racial e a eugenia, que surgiram no século XIX, e principalmente as de Arthur de Gobineau (1816-1882) e Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), Vianna publicou Raça e assimilação. Seu objetivo era analisar cientificamente a evolução da sociedade brasileira. Imagine que você é professor de História e vai estudar essa ideia com os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental II, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. A partir da leitura do texto, e considerando o trabalho a ser feito com seus alunos em sala de aula, crie uma relação sobre a eugenia, principalmente sob a perspectiva do negro e do índio em um mundo que acreditava na superioridade branca. Resposta: Para a eugenia, pessoas de pele escura e com características indígenas e afrodescendentes estão fora do ideal e deveriam ser excluídos da humanidade. Assim, para os índios e negros é difícil viver em uma sociedade racista, que prega a superioridade racial branca. Essas populações são consideradas menos civilizadas e desenvolvidas, subjugadas e propositalmente marginalizadas. A Eugenia é uma pseudociência criada na Inglaterra em 1883, mas que é principalmente um movimento social, que busca à exclusão de elementos indesejados da sociedade a fim de "melhorar" geneticamente a população. Defendendo o embranquecimento da população como o caminho para a evolução. Nos Estados Unidos, o eugenismo baseou leis anti miscigenação, com a proibição de casamentos interraciais e esterilização de mulheres latinas, negras e indígenas até os anos 1970. No trecho destacado, Vianna afirma que os índios do Brasil eram mais selvagens, menos civilizados que as populações asteca e inca, por exemplo. Estes, que viveram na América do Norte e do Sul, respectivamente, eram classificadosdessa maneira por terem organizações sociais, políticas e econômicas consideradas avançadas pelos europeus. Essas ideias já eram disseminadas nos séculos XVI e XVII, e a surpresa diante das construções monumentais ao aportarem na América demonstra o julgamento inferior direcionado aos nativos. Para Vianna, os índios daqui demonstravam sua baixa hierarquia na cadeia evolutiva pela falta de organização social, política, econômica e um exemplo disso era a parca tecnologia aplicada nas moradias. O nomadismo, citado por ele, era uma característica das sociedades nômades na Pré-História antes da sedentarização e do aparecimento da agricultura. O autor mantém a visão construída por historiadores que exaltavam a colonização portuguesa como a salvação civilizacional dos povos indígenas. Ao longo da sua obra, Vianna expõe como o embranquecimento da população brasileira seria, portanto, a "saída ideal" para a evolução, corroborando a ideia eugenista da época. 2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE DISCIPLINA: A função social do conhecimento histórico Desafio O uso da memória como fonte histórica auxilia o historiador na compreensão das questões relativas à identidade e às representações individuais e coletivas no passado recente, objeto de seu estudo. Os relatos memorialísticos e os depoimentos têm sido usados com sucesso na elaboração de narrativas históricas sobre classes oprimidas, testemunhos de grandes eventos históricos (o holocausto é um grande exemplo) e até mesmo pela história institucional, com entrevistas de ex-funcionários de empresas que existem há muito tempo. Nesse sentido, cumpre ressaltar que a história não tem mais por objetivo recuperar os fatos exatamente como eles ocorreram, em sua totalidade, pois isso seria uma tarefa impossível. Dessa forma, o que se busca com os depoimentos oriundos da memória é problematizar os fatos históricos, de forma a se construir um panorama com diferentes perspectivas de um mesmo acontecimento. Tudo isso é posteriormente interpretado pelo historiador, que, então, escreve o seu trabalho. Você coordena um grupo de pesquisadores responsável por pesquisar a história de um grande grupo empresarial. Além da análise dos documentos produzidos ao longo de sua história, o grupo recorre também a entrevistas com ex-funcionários da empresa. No entanto, você percebeu que os pesquisadores concluíram que as pessoas entrevistadas tinham a mesma visão sobre fatos da empresa, não havendo nenhum tipo de divergência. Diante dessa constatação, descreva e justifique: a) Qual é o problema metodológico que provocou esse resultado? b) Como você interviria para solucioná-lo? Resposta: a) O erro foi que os pesquisadores não problematizaram corretamente os depoimentos. Isto é, somente foram utilizados como fonte o que os entrevistados falaram, não sendo levadas em consideração as ausências de determinados temas e os silenciamentos em relação a outros. Isso ocorreu, pois o material gravado foi tratado de maneira bruta, havendo um direcionamento dos temas afins de cada depoimento de forma a causar uma conclusão simplista e equivocada. b) Solucionaria trabalhando com o grupo a questão de que a memória é, justamente, a referência para a identidade, que se estrutura sobre ela, o que gera perspectivas diferentes sobre o mesmo objeto. Portanto, a falha ocorreu, pois os pesquisadores tentaram recuperar os fatos de maneira concreta, sem haver a preocupação em problematizá-los, possibilitando, assim, uma visão mais ampla sobre o objeto que considerasse as relações entre identidade coletiva e individual e as representações.
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