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Desenvolvimento pessoal e SCM

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Lovely Bake Co. – Uma proposta inovadora de confeitaria 
 
A Lovely existe desde 2017, mas a chef confeiteira Débora Sanders já fazia uma 
cozinha “amadora” desde muito cedo. Como profissão, estudou Marketing e Engenharia de 
Alimentos, e foi trabalhar no mercado de comunicação, mas foi durante a licença maternidade 
que resolveu ocupar seu tempo com a confeitaria, e decidiu começar vendendo cookies e 
brownies, com receitas americanas que aprendeu enquanto morou nos Estados Unidos. 
Durante a pandemia, quando foi demitida do emprego atual, decidiu se dedicar 
exclusivamente ao negócio de confeitaria, investindo em um local e estrutura para a produção 
dos doces. Nascia, então, a Lovely com endereço físico. Nesse negócio, a Lovely já tinha a 
ideia de que não vendia doces, mas sim hospitalidade. Débora se refere ao seu negócio 
como “momentos especiais e experiências únicas para aquelas pessoas e, era através do 
doce que eu conseguia proporcionar isso. Nunca foi uma coisa de grande escala, e sim de 
experiência”. 
Inicialmente, uma forma encontrada por Débora para aumentar o ponto de contato 
com os clientes era a participação em feiras, festas, eventos de marca com carrinhos Lovely 
com uma proposta de self-service de brigadeiro de colher. Em janeiro de 2021 surgiu a 
oportunidade de abrir a primeira loja com atendimento ao público em um local estilo galeria. 
Esse espaço permitiu que a Lovely se beneficiasse de um público mais abrangente, 
aumentando, ainda mais, o ponto de contato com o cliente. Em março do mesmo ano, abriu 
a segunda unidade nas dependências de uma grande loja de departamentos na cidade de 
Natal/RN e, rapidamente, decidiu mudar o modelo de negócio, ficando apenas com essa loja, 
que trazia, em um espaço menor e mais aconchegante, um atendimento de excelência, mas 
sem perder o foco das outras funções do negócio. A Lovely, na pessoa da Débora, também 
atua na criação de conteúdo para as redes sociais, mentoria e consultoria de negócios de 
confeitaria. 
Seguindo essa linha, as experiências também vêm em datas comemorativas especiais 
como a Páscoa e o Natal: “está na nossa essência cuidar de cada pequeno detalhe para que 
a sua experiência aqui seja inesquecível”. Na Páscoa de 2020, a Lovely trouxe para seu 
público uma proposta ousada em parceria com a artista plástica Ariel Guerra, na qual juntou 
a venda do chocolate com uma surpresa incrível: “as telas da artista foram impressas em 
tamanho cartão, numeradas e assinadas pela artista e cada ovo de Páscoa vendido levou de 
presente um envelope surpresa com uma das obras”. A embalagem também é um item que 
vale tanto quanto o valor do produto, em relação à experiência do presente. 
A decisão de manter apenas uma loja física com atendimento ao público, mas com a mesma 
entrega de encomendas aos clientes, fez a Lovely pensar um espaço exclusivo para a sua cozinha, 
separado da loja. Esse passou a ser um desafio para a cadeia de suprimentos, não somente para a 
organização da produção, compras de insumos, mas também para a logística de 
 
abastecimento da loja física e da entrega das encomendas aos clientes. É importante frisar que apenas os 
doces são produtos 100% Lovely, como os bolos, tortas, cookies, brigadeiros e sobremesas. Para a produção 
desses produtos, os processos maiores e mais complexos são feitos na cozinha da produção, mas as 
finalizações (coberturas, recheios e decorações) são feitas diretamente na loja física. Existem dias certos 
para a produção de itens de venda na loja e, sempre priorizando manter produtos frescos. Então nem sempre 
todos os doces vão estar disponíveis na vitrine, com exceção dos carros-chefes (cookies, chocolate quente 
e bolo de chocolate – Bolo Trovão que é autoral da Lovely), que representam cerca de 40% do faturamento. 
A Lovely inseriu também, em seu cardápio, opções para atender aos mais variados públicos, como saladas, 
bebidas saudáveis e doces funcionais (sem glúten e sem lactose). Em relação aos salgados, são todos 
terceirizados, mas buscando fornecedores que se encaixem no padrão de qualidade da Lovely. 
 
 
Fonte: adaptado de Lovely Confeitaria & Café (2021) 
(@lovelyconfeitariacafe) 
 
 
• De acordo com o caso descrito, e com o conteúdo de aula, responda aos questionamentos: 
 
1. A cadeia de suprimentos envolve tanto agentes no fluxo para frente quanto no fluxo para 
trás, incluindo produtos, serviços, recursos financeiros, matéria-prima etc. Relate quem são os 
envolvidos na Cadeia de Suprimentos da Lovely e estabeleça a relação entre eles. (Valor 1,0) 
i. Fornecedores de matéria-prima para a fabricação dos doces, saladas e bebidas saudáveis; 
ii. A produção terceirizada dos salgados; 
iii. Transportadoras dos insumos e produtos finais entre os locais de produção, 
armazenamento e venda; 
iv. A equipe de produção responsável por elaborar os produtos, finalizar e decorar os doces 
na loja física; 
v. A equipe de atendimento ao cliente que vende os produtos na loja, realiza a entrega de 
encomendas; 
vi. Clientes que compram os produtos e encomendas da Lovely. 
A relação entre eles é fundamental para garantir que os doces sejam produzidos, distribuídos e 
vendidos de forma eficiente e eficaz, satisfazendo as necessidades dos clientes finais e gerando 
valor para a empresa 
 
2. Fale um pouco da decisão da gestora da Lovely em inserir intermediários na sua cadeia. 
Você julga ter sido uma boa opção? Por quê? (Valor 1,0) 
A decisão de Débora em inserir intermediários na sua cadeia pode ter sido uma boa opção, 
dependendo das circunstâncias específicas da empresa. A adição de intermediários pode trazer 
benefícios, como a expansão da base de clientes, aumento da eficiência operacional e redução de 
custos. 
Pode-se alcançar um público maior e mais diversificado do que seria possível apenas por meio de 
vendas diretas, com os revendedores e distribuidores. Além disso, esses intermediários podem ter 
contatos e canais de distribuição que a Lovely não possui, resultando em um aumento nas vendas 
e no reconhecimento da marca. 
Essa decisão também pode ter algumas desvantagens, como a perda de controle sobre a qualidade 
do serviço prestado e a possibilidade de atrapalhar as vendas. Por isso, é importante que Débora 
avalie cuidadosamente os riscos e benefícios antes de tomar uma decisão.

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