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Base Nacional Comum:
O currículo no centro do debate público.
Universidade Federal de Santa Catarina
Disciplina: Organização Escolar
Alunos/a:
Catarina Marafigo
André Arns Behling
Guilherme Martins Plucenio
Desde a Lei de Diretrizes e Bases, a tendência tem sido a de se favorecer um modelo federativo descentralizado, que delega às redes estaduais e municipais, e também às escolas privadas, grande autonomia na definição do currículo. Essa orientação deu lugar a um reformismo curricular por parte dos estados e municípios, e a uma crescente preocupação da União em conferir parâmetros e diretrizes que garantisse alguma unidade no ensino básico.
Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1997:
voltado para a formulação de saberes e conhecimentos que deveriam pautar os currículos estaduais e municipais.
Diretrizes Curriculares Nacionais, cuja última versão data de 2013:
definição de critérios mais gerais, incluindo aspectos valorativos e institucionais, que devem nortear a organização da educação básica no país. 
Referenciais de Qualidade
IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica):
Índice que reúne o fluxo escolar (taxa média de aprovação em cada etapa da escolarização) e as médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Prova Brasil:
Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos.
Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM:
Criado em 1998, tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica.
Diagnóstico
Como parte desse esforço de construção de um modelo federalista, que tem no governo federal um agente de regulação, também foram sendo construídos diferentes canais de participação da sociedade civil organizada e um importante mecanismo de cooperação financeira entre os estados e municípios.
Conselho Nacional de Educação - CNE:
Tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade.
FUNDEB:
 Fundo especial composto por recursos provenientes de impostos e das transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios vinculados à educação.
O Fundeb foi instituído como instrumento permanente de financiamento da educação pública.
Segundo Plano Nacional de Educação - II PNE:
7.1) estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local.
Conferência Nacional de Educação de 2014 – CONAE/2014, EIXO IV:
Elaborar, mediante consulta pública nacional, a proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os alunos do ensino fundamental e médio, nas diversas modalidades a serem atingidas nos tempos e etapas de organização destes níveis de ensino, com vistas a garantir formação básica comum, garantindo assistência técnica e financeira.
A determinação contida no II PNE e a resolução da CONAE/2014 constituem o quadro político que levam o MEC a ter que enfrentar o penoso desafio de elaborar uma proposta para a Base Nacional Comum.
O país continua sendo campeão mundial em reprovação:
(20% no 6º ano e 30% no 1ª ano).
Uma das causas é um salto na dificuldade a cada fim de etapa.
Gerando a dúvida:
o que realmente deve ser ensinado de matemática? 
Matemática
História:
Começa com o semelhante para muito mais tarde apresentar o diferente.
Ausência da história antiga e medieval.
Excesso de história do Brasil. Todo o ensino fundamental em todos os anos.
Não valoriza a alteridade pois tenta colocar sempre o outro como próximo.
Crítica formulada pela Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e pela Associação Brasileira de Currículo (ABdC):
A BNCC não leva em conta que: “as desigualdades, diferenças e a diversidade social, cultural e econômica existentes no Brasil exigem (...) flexibilidade na norma curricular. E que essa flexibilidade é incompatível com a definição de uma base nacional comum idêntica para todos, sob pena de entendimento do nacional como homogêneo e do comum como único.”
Um projeto neoliberal, que cede: “voz ao projeto unificador e mercadológico na direção que apontam as tendências internacionais de uniformização/centralização curricular + testagem larga escala + responsabilização de professores e gestores.”
jornal O Estado de São Paulo (edição de 16/11/15):
Os currículos devem ser “pensados em articulação com propostas de avaliação, inclusive internacionais, como as do TIMSS (Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência) e do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos)”, faz o prognóstico de que “se vingar a proposta do MEC, nosso desempenho nesses testes deverá piorar”.
Portanto, diversamente da ANPED e da ABdC, que veem a Base como um passo que deverá tornar a educação refém da avaliação, Oliveira teme que ela afaste a educação das necessidades do sistema de avaliação.
Por outro lado, por trás da suposta autonomia local, veio se configurando um processo silencioso de usurpação da elaboração do currículo por parte das editoras dos livros didáticos e pelos formuladores de testes de avaliação. Assim, a suposta autonomia da rede ou da escola torna-se uma ficção.
Não bastasse isso, a flexibilidade em relação ao que deve fazer parte do mínimo obrigatório do direito de aprendizagem impede que todos os jovens brasileiros compartilhem um conjunto de saberes comuns, e o resultado, como se sabe, é a reprodução da desigualdade.
Afirma que as sociedades mudam e que a cada geração é preciso repensar um curriculo que assegure a “interdependência entre os propósitos de transmitir o conhecimento acumulado e de ser capaz de usar esse conhecimento para criar novo conhecimento”.
Para transmitir uma herança, mas também para forjar a capacidade de se emanciparem dela.
Sociologia do currículo, Michael Young:
OBRIGADO/A.