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apostila - FUNDAMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E O cotidiano escolar

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FUNDAMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E O 
COTIDIANO ESCOLAR 
 
 
 
 
1 
1 
 
SUMÁRIO 
 
FUNDAMENTOS DE ORGANIZAÇÃO E O COTIDIANO ESCOLAR ................ 0 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
ASPECTOS DE LIDERANÇA NO PROCESSO DE GESTÃO DE PESSOAS ... 5 
POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO NO BRASIL ....................................... 12 
ÉTICA E EDUCAÇÃO: A INTERFACE FAMÍLIA E ESCOLA PARA A 
FORMAÇÃO MORAL ....................................................................................... 16 
AS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS COMO ESPAÇO DE TRABALHO ........ 21 
O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO ESCOLAR ............................ 23 
O SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR............................. 24 
A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA ESCOLA ................................. 25 
AS RELAÇÕES DA FAMÍLIA COM A ESCOLA NO BRASIL ........................... 28 
O ENVOLVIMENTO DOS PAIS NA ESCOLA .................................................. 34 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 37 
 
 
 
file://///FACUMINAS-AD-FS/Setores/Pedagogico/EDUCAÇÃO/DIDATICA%20DO%20ENSINO%20DA%20MATEMATICA/FUNDAMENTOS%20DE%20ORGANIZACAO%20E%20O%20COTIDIANO%20ESCOLAR/FUNDAMENTOS%20DE%20ORGANIZACAO%20E%20O%20COTIDIANO%20ESCOLAR.docx%23_Toc124241385
 
 
 
 
2 
2 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
3 
Introdução 
 
 
Vamos iniciar nossos estudos falando sobre os fundamentos que 
organizam o cotidiano da escola. Porém, quando articulamos conhecimentos e 
saberes, esquecemos de nos perguntar e de analisar o nosso objeto de estudo, 
que nesse caso é a escola. Afinal, o que é a escola? 
A escola, segundo o Dicionário Aurélio Virtual (2017) significa: 
 
Entretanto, a escola assume um papel muito mais amplo do que está 
previsto na essência do seu significado. Como instituição, trabalha com o 
conceito de educação. Segundo o Dicionário Aurélio Virtual (2017), educação é: 
“Ato ou efeito de educar (-se). Processo de desenvolvimento da capacidade 
física, intelectual e moral do ser humano. Civilidade, polidez”. 
 
 
 
 
4 
4 
A escola, então, assume um papel e uma respectiva função de 
ambiguidades: de um lado, ensina conhecimentos científicos, culturais, 
tecnológicos e históricos de toda a sociedade; de outro, ensina crianças sobre 
elementos que fazem parte do que é ser humano e que variam de acordo com 
cada faixa etária: os primeiros passos, a primeira leitura, o bom comportamento, 
a primeira briga e até mesmo o primeiro amor. 
A educação é vista como mediadora entre o gesto cultural e sua 
continuidade, ou seja, é na interação dos homens, em sua tradição, valores e 
cultura, que o sujeito constitui-se, transforma-se e modifica o meio no qual está 
inserido. 
 
Neste aspecto, definir a educação como um processo social regido por 
valores e normas que constituem a sociedade, é pensar também na atuação da 
família e da escola neste processo educacional, pois, ainda hoje, a família é 
caracterizada como a primeira instância responsável por impor normas e valores 
sociais e culturais à criança e a escola por dar continuidade a esse processo, 
mas principalmente transmitir o conhecimento acadêmico. Este ensino tem 
enfatizado os resultados da aprendizagem, utilizando-se de propostas e 
estratégias homogêneas independente muitas vezes da idade, experiências, 
ritmos e origem social de seus sujeitos. 
 
 
 
 
5 
5 
A partir dessas “dicotomias” que a escola perpassa em seu cotidiano, 
buscaremos compreender como os fundamentos que organizam esse ambiente 
lutam diariamente, em todos os seus segmentos, em prol de uma educação que 
viabilize a transformação, o fazer pedagógico e a construção do conhecimento 
por meio de quatro perspectivas: os aspectos de liderança no processo de 
gestão de pessoas; as políticas públicas e educação no Brasil; as questões 
éticas e educacionais na interface entre a família e a escola para a formação 
moral dos sujeitos; as instituições educacionais como espaço de trabalho; as 
relações da família com a escola no brasil; e o envolvimento dos pais na escola. 
 
Aspectos de liderança no processo de gestão de pessoas 
 
Vamos iniciar nossa conversa com duas questões que buscaremos 
responder ao longo deste item: o que é ser líder? Onde encontramos líderes nos 
ambientes educacionais? 
Esses questionamentos nos fazem lembrar de filmes nos quais temos os 
líderes de torcida, os capitães de time, os líderes de batalhas, personagens que 
mudaram realidades de pessoas, cidades, países e de outros que se tornaram 
figuras célebres em diversos campos, inclusive o religioso, no qual podemos 
exemplificar a figura de Jesus Cristo. 
Assim como nos filmes e na própria trajetória histórica, o líder é aquele 
sujeito que vê em qualquer indivíduo um potencial, tem pensamentos e 
habilidades estratégicas para resolver e administrar problemas técnicos e 
também conflitos entre pessoas e equipes com um alto poder de comunicação 
capaz de motivar a tudo e a todos. 
Em uma de suas palestras intitulada “A arte de liderar”, Mário Sérgio 
Cortella (2016) nos apresenta outro conceito acerca do nosso tema e de suma 
importância para o nosso debate: um líder é aquele que possui uma insatisfação 
 
 
 
 
6 
6 
positiva, ou seja, aquele que busca por meio da inteligência humana o 
“movimento” em novas atitudes, novos trabalhos, novas propostas em prol de 
mudanças em qualquer ambiente de trabalho, e tem em seu âmago o “gostinho 
de quero mais e sempre o melhor”! 
O gostinho de quero mais deve ser a virtude de um líder, pois este deve 
inspirar, motivar e animar ideias, pessoas e projetos em prol de tornar sonhos 
em realidades, estes que devem abarcar em sua essência a circunstância, pois 
devem acontecer em momentos específicos. 
Vale destacar que a atitude de um líder deve ter como premissa a 
admiração, a procura e até o seguimento de seus companheiros, pois, aqui, o 
líder é aquele que “corrige sem ofender e orienta sem humilhar” (CORTELLA, 
2016), diferenciando-se da chefia, nos quais os subordinados estão ali apenas 
para obedecer. 
Aqui, nasce o ponto central da nossa discussão em relação à liderança: a 
ambição deve ser provocativa em prol da mudança da insatisfação positiva. 
Agora, se a ambição caminhar junto com a insatisfação negativa (esta que pode 
ser entendida como os desejos de insatisfação dos indivíduos), o líder, em vezde ser um exemplo para sua equipe e um ponto de apoio, passa a ser uma figura 
de centralidade do poder. 
Desse modo, a educação brasileira também vai necessitar de líderes 
dentro dos seus espaços educacionais. Líderes que estejam aptos para exercer 
suas atividades com a mente aberta, ou seja, propensos aos novos 
conhecimentos e às novas realidades; líderes que elevem a equipe para 
desenvolverem todas as suas potencialidades mesmo nas adversidades; líderes 
aptos a inovar o trabalho e recrear o espírito, demonstrando a todos que o 
trabalho não pode ser visto como “sacrilégio”, mas com alegria de propiciar 
conhecimento e mudanças para, enfim, empreender o futuro. 
 
 
 
 
7 
7 
Essa ideia vai adentrando os espaços escolares a partir da mudança de 
paradigma da própria organização dos ambientes escolares e da formação 
pedagógica do professor. Antes, os professores eram habilitados para ser 
administradores escolares. Com a aprovação das Diretrizes do Curso de 
Formação de Docentes, em 2007, tais habilitações deixaram de existir, surgindo 
uma nova proposta: a formação de gestores. 
 
A formação de gestores, nesta apostila, não terá uma abordagem ligada 
apenas ao papel do gestor escolar, mas sim, a todos os membros que atuam 
dentro dos espaços escolares e também são líderes: professores em suas salas 
de aula, inspetores que cuidam dos alunos, equipe das merendeiras, limpeza, 
enfim, até os nossos educandos, entre os quais sempre temos aquela figura que 
mais se destaca e lidera os pares. 
Diante dessa missão, os líderes escolares passam a atender ao princípio 
da gestão democrática estabelecida na Constituição Federal de 1988, na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n. 9.394/1996 – e no Plano 
Nacional de Educação (PNE) 2014-2024. Tal gestão pressupõe a mobilização e 
 
 
 
 
8 
8 
a organização das pessoas para atuarem coletivamente na promoção de 
objetivos educacionais. 
Ou seja, o líder não é aquele que eleva apenas a sua equipe de trabalho 
no interior da unidade escolar (relação entre professores, alunos e equipe de 
apoio), mas mobiliza todo o exterior da escola, a comunidade! 
 
 
Conforme definido em Lück (2009, p. 75), 
[...] alguns elementos emergem como características comuns de atuações 
de liderança efetiva e que, portanto, compõem o seu significado: 
• Influência sobre pessoas, a partir de sua motivação para uma 
atividade. 
• Propósitos claros de orientação, assumidos por essas pessoas. 
• Processos sociais dinâmicos, interativos e participativos. 
• Modelagem de valores educacionais elevados. 
• Orientação para o desenvolvimento e aprendizagem contínuos. 
A partir desses elementos, a liderança se expressa como um processo de 
influência e de insatisfação positiva em conferir movimento às propostas de 
mudanças, mobilizando talentos, esforços e sonhos, dentro de uma prática que 
potencialize a melhoria contínua da própria organização, de seus processos e 
das pessoas envolvidas. 
Sendo assim, a liderança vivenciada no processo e no exercício de gestão 
de pessoas deve ter como base: 
 
 
 
 
9 
9 
• Disponibilidade em aceitar e expressar no trabalho com pessoas 
os desafios inerentes ao trabalho educacional, suas dificuldades e limitações, 
com um olhar para as possibilidades de sua superação. 
• Estimulação do melhor que existe nas pessoas ao seu redor, a 
partir de uma perspectiva proativa a respeito das mesmas e de sua atuação. 
• Clareza a respeito da missão, visão e valores educacionais, assim 
como da participação das pessoas nessa compreensão e sua expressão em 
suas ações. 
• Orientação com perspectiva dinâmica, inovadora e norteada para 
a melhoria contínua. 
• Exercício contínuo do diálogo aberto e da capacidade de ouvir. 
• Construção de oportunidades de participação e orientação para o 
compartilhamento de responsabilidades. 
• Cultivo de atitudes que acompanham a 
expressão de comportamentos de liderança. (LÜCK, 2009, p. 76). 
Desse modo, o líder é aquele que rege sua orquestra, colocando todos 
num mesmo ritmo e num mesmo entoar. Para que a efetividade de seu exercício 
encante a todos, alguns aspectos devem ser verificados, tais como Lück (2009, 
p. 76-77) elencou em sua obra e dos quais nos apropriamos, exemplificando-os. 
1. Autoconfiança – conhecimento dos pontos fortes e fracos de sua 
atuação. Exemplo desse exercício é a atualização constante não apenas de 
saberes, mas de realidade. 
2. Autoridade. Não podemos confundir nesse caso com 
autoritarismo, pois nesse regime é prevista a ordem: “Quem pode manda, quem 
tem juízo obedece!”. A autoridade aqui é entendida como: 
 
 
 
 
10 
10 
 
3. Agente de mudança, pois recorre à incapacidade positiva, capaz 
de fazer crescer e melhorara organização ou grupo que lidera. Esse item pode 
ser ilustrado principalmente em competições de time, nas quais os técnicos e os 
capitães promovem mudanças por meio de motivações. 
4. Compreensão e convicção quanto aos objetivos a serem 
alcançados, pois acreditam naquilo que fazem e por que o fazem. 
5. Comunicação clara e atraente dos objetivos, engajando os 
demais na sua busca, pois é por meio da dicção e da experiência que o líder 
contará com o apoio de todos entre todos. Vale destacar que a experiência de 
um líder não está ligada à sua idade ou tempo de experiência em dada função, 
mas sim na intensidade de sua prática. 
6. Foco nos objetivos. Por maiores que sejam as dificuldades, os 
obstáculos e os contratempos, o líder deve promover inspiração em toda a sua 
 
 
 
 
11 
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equipe para que “ninguém deixe a peteca cair”, como tão bem salienta um ditado 
popular. 
7. Sensibilidade ao ambiente e às pessoas, compreendendo a 
vivência e a experiência de cada um, adequando estratégias e ações à realidade 
ao seu redor. 
8. Habilidade para promover e lidar com interações sociais, pois 
nem todo clima de trabalho é calmo e tranquilo. Existem momentos de 
“adversidades”, nos quais o líder deve estar preparado para lidar com as 
“conturbações” e “problemas” do cotidiano. 
9. Clima de apoio e confiança, no qual as pessoas aprendem e 
trocam conhecimentos em prol do desempenho e qualidade do trabalho. 
10. Carismático, apto a receber o outro. 
11. Sabe ouvir, pois não está ali para julgar, mas auxiliar no que for 
preciso. 
12. Comportamento ético, levando em conta a virtude, a honestidade 
e a integridade. 
13. Senso de justiça, pois todos são responsáveis por aquilo que 
fazem, e o “erro” deve ser reparado e não repassado para outrem. 
 14. Coerência, demonstrada em gestos, valores, comportamentos, 
com humildade para reparar ou corrigir o rumo, quando preciso. 
15. Inteligência, pois busca sempre a “insatisfação positiva”. 
16. Gosta do que faz, e o faz com qualidade. 
 
Como vimos, o líder é aquele que lidera, assume responsabilidades, 
compartilha conhecimentos e toma decisões coletivamente. Todos são tratados 
com paridade (igualdade), mas cada um assume sua função. Nos ambientes 
 
 
 
 
12 
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escolares, chamamos essa forma de administração de gestão compartilhada, na 
qual participam todos os membros da comunidade interna e externa à escola. 
Também temos a coliderança, que corresponde à atuação articulada de 
influência sobre os destinos da escola e seu trabalho de forma planejada e inter-
complementar pelos membros da equipe de gestão da escola, como por exemplo 
vice-diretor, coordenador pedagógico, supervisor escolar, orientador 
educacional e secretário da escola (LÜCK, 2009). 
Mais uma vez, ressaltamos neste item que o trabalho do líder só pode ser 
realizado com primor se ele estiver apto a propor mudanças e convicções de 
maneira espontânea nos sujeitos por meio de atitudes. Mesmo comuma 
liderança e uma gestão democrática que compartilhem saberes e experiências 
de maneira efetiva, ainda temos que trilhar um longo caminho para alcançá-las 
plenamente. Por isso, finalizamos nosso subitem com uma ideia para refletirmos 
sobre o trabalho pedagógico: “Nenhuma escola pode ser melhor do que as 
pessoas que nela atuam e do que a competência que põem a serviço da 
educação”(LÜCK, 2009, p.81). 
 
Políticas públicas e educação no Brasil 
 
Agora, voltaremos nossos olhares para uma área que gera diversas 
polêmicas: as políticas educacionais. Esse tema provoca muitas controvérsias, 
pois é inserido em um campo entre o que é “prescritivo” e “real” daquilo que, de 
fato, acontece no interior das nossas escolas, o “oculto”. 
Mas antes de continuarmos esse debate, precisamos definir e entender o 
que são políticas públicas. De acordo com o professor João Cardoso Palma Filho 
(2010, p. 10): 
 
 
 
 
 
13 
13 
 
Desse modo, podemos compreender que essas políticas, no Brasil, são 
as práticas concretizadas em programas, ações e atividades desenvolvidas pelo 
Estado direta ou indiretamente, que podem contar ou não com a participação de 
órgãos públicos ou privados, que visam a assegurar, conforme previsto 
constitucionalmente, como um direito à cidadania. 
Essa política que não deveria estar condicionada ao termo público, pois 
se o Estado governa em prol de cuidar de toda a sua população, ou seja, seu 
público, já deveria estar subentendido que toda política é pública. Porém, em 
nosso país ainda é preciso reafirmar esse termo em prol dos benefícios e 
benfeitorias ao nosso povo. 
 
 
De acordo com Palma Filho (2010, p. 10), 
 
 
 
 
 
14 
14 
No campo educacional brasileiro, essas tarefas vêm sendo conclamadas 
e legalizadas desde a Constituição Federal de 1934, influenciada pelo Manifesto 
dos Pioneiros da Educação Nova, sobre os princípios que deveriam nortear o 
funcionamento e a organização do sistema educacional. A legislação que se 
seguiu a esta e subsidiou a educação, considerada a primeira Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional, foi a LDB n. 4.024, de 20/12/1961. 
 
Com a ditadura militar, a legislação educacional mais uma vez foi 
promulgada (Lei n.5.692, de 11/08/1971), tratando em seu âmago da 
organização dos ensinos de 1º e 2º graus e refletindo a nova ordem instaurada. 
Em 1985, novas políticas foram desenvolvidas e promulgadas em prol da 
redemocratização do Estado brasileiro. Dentre todos os seus avanços, na área 
da educação, podemos citar as que estão em vigor desde então: 
• Constituição Federal de 1988; 
• Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069 de 13/07/1990); 
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394, de 
20/12/1996); 
• Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e 
Ensino Médio(1998); 
 
 
 
 
15 
15 
• Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil 
(1998); 
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013). 
Dentre tantos documentos que legislam a educação brasileira, os estados 
e os municípios também possuem mecanismos de normatização de suas 
modalidades educacionais e contam com legislações específicas, instrumentos 
normativos e executivos de seu sistema e rede de ensino como estatutos do 
Magistério e concepções teórico-metodológicas consistentes tendo como 
finalidade a formação e valorização do magistério e a promoção da educação 
para a formação do cidadão como sujeito autônomo, participativo e capaz de 
posicionar-se criticamente diante de desafios e resolvê-los. 
Vale ressaltar também que num mundo globalizado no qual vivemos 
Palma Filho (2010) aponta em seus estudos que diversos documentos 
norteadores de nossa educação provêm de organismos internacionais – como 
Unesco, Banco Mundial, BID, Fundo Monetário Internacional e outros –, alguns 
dos quais são determinantes em nossa prática e cotidiano educacional. Um 
exemplo dessa circulação e apropriação de ideias é a Declaração de Jomtien, 
intitulada “Educação para Todos” (1990), que passou a ser uma referência para 
todos os demais países, inclusive para o Brasil. 
Dentro do que foi apresentado, não podemos deixar de abordar que a 
produção da política educacional é um processo político no qual as decisões são 
tomadas atendendo a um viés da ideologia presente em cada sociedade e em 
cada tempo histórico, compreendendo quem são os seus agentes e quem detém 
o controle desse processo. Ora pode ser dotado de um conservadorismo, ora 
pode ser regido pelas leis do mercado, nos quais ambos vão legitimar a ordem 
social. 
No Brasil, as políticas públicas vêm abordando uma nova ordem, a qual 
tenta suprir problemáticas socioculturais vivenciadas tanto em âmbito nacional 
 
 
 
 
16 
16 
quanto estadual, municipal ou local, realizando por meio de leis, decretos e 
documentos norteadores a superação da desigualdade, a inclusão de todos nos 
espaços educacionais, a igualdade entre os gêneros e o respeito pelas 
diferenças. O entendimento se baseia no fato de que todos estão inseridos em 
uma sociedade global, tecnológica, e centrada no conhecimento. 
Essas documentações também levam em conta a natureza humana e seu 
processo de desenvolvimento nas mais diferentes localidades do nosso país, 
nas sucessivas etapas devida e em relação aos desafios de cada territorialidade. 
Desse modo, 
 
 
Ética e educação: a interface família e escola para a 
formação moral 
 
Pensando a moralidade como comportamento para a convivência social, 
esta deve-se fazer presente em qualquer âmbito. A esse propósito destaca 
Goergen (2010, p. 68): 
 
 
 
 
17 
17 
 
Mas, no cotidiano escolar, principalmente, podemos verificar que a 
moralidade e a ética, em muitas realidades, ficaram em segundo plano. Por que 
isso aconteceu? De quem é a culpa? Da escola? Da família? 
Diante de tantos questionamentos, vamos trabalhar com alguns conceitos 
que não podem estar ausentes neste debate. Chamo a atenção neste item 
porque o foco deste estudo não é o de buscar culpados ou culpabilizar algum 
agente como em tantos discursos presentes em aparelhos midiáticos ou até 
mesmo em documentos que norteiam a educação. O que buscamos aqui é 
entender alguns conceitos que possam contribuir na e para a formação de 
nossas crianças, por meio da parceria entre a escola e a família, entre a ética e 
a moral como virtudes presentes na essência do que é ser humano. Então vamos 
lá! 
Iniciando nossas reflexões, vamos falar sobre a questão do juízo de fato 
e do juízo do observável. Podemos compreender o juízo de fato como sendo a 
natureza, a relação do que observamos em nosso meio; de forma geral, são os 
acontecimentos. Já o juízo de valor implica a avaliação do acontecimento, ou 
seja, a avaliação do juízo do fato. É nele que implicamos normatizações, 
julgamentos e em alguns casos até mesmo condenações. 
Nesse momento, nasce a cultura entre dois campos, entendidos aqui 
como formas de manifestação da cultura: a moral e o sujeito (virtude). Vamos 
exemplificar: quase todos os povos foram educados a respeitar as pessoas mais 
velhas, pois elas possuem mais experiência, sabem lidar com os desafios da 
 
 
 
 
18 
18 
vida. Agora, imaginemos uma idosa de 70 anos que criou um mecanismo de 
furtar mercadorias de um supermercado. Podemos citá-la como um bom 
exemplo da moral e da ética? 
Recorro a este exemplo diferenciado do exercício pedagógico para 
demonstrar a dicotomia entre o discurso e a prática da ética. Como julgar nesse 
caso? Como condenar? Será que essa senhora furtou mercadorias para se 
alimentar? Será que ela tem algum desvio de conduta? 
Para tanto, recorremos ao princípio da moral, esta que deve despertar oucriar condições para que os sujeitos se tornem conscientes para refletir com 
autonomia e em diálogo com os demais. A alteridade deve ser um dos conceitos 
que devem caminhar junto com a moral e com a ética na e para a formação de 
seres humanos. 
A função primordial da escola deve ser a de formar indivíduos conscientes 
de suas escolhas em regime de colaboração com todos os demais sujeitos que 
compõem a vida social, assumindo a própria formação e a própria história. 
Porém, em muitos casos, o que foi construído ao longo do processo educacional 
foi a escola condenando algumas dessas histórias que os sujeitos trazem para 
dentro dela e vice-versa: algumas famílias condenando o ensino das escolas. 
Vamos ilustrar. Uma criança matriculada no primeiro ano da escola faz um 
questionamento à professora: “Podemos fazer menas lição”. A professora 
automaticamente corrige a criança: “Não existe ‘menas’, se diz ‘menos’”. A 
criança, ao retornar ao seu lar, corrige seus membros familiares assim como a 
professora fez com ela. Muitas famílias respondem às suas crianças: “Só porque 
tá estudando acha que já sabe tudo!”. 
Recorro mais uma vez a esse exemplo para podermos ilustrar a 
importância da relação entre escola e família. Ninguém nesse caso agiu errado; 
muito pelo contrário, cada um contou com a sua história e com a sua função. 
Mas, e o pensamento da criança nesse momento, como ficou? 
 
 
 
 
19 
19 
 
 
 
Goergen (2010, p. 68) aborda duas dimensões para nos auxiliar: 
 
Aproveitando o exemplo citado acima, a partir da aquisição de novos 
valores e de uma nova cultura (forma escolar) é que as unidades educativas e a 
família deveriam assumir uma nova identidade, pautada não apenas na troca de 
conhecimentos, mas de valores e de normas que fundamentem e condicionem 
a liberdade. 
Mas como fazer com que a família participe de todo esse processo? 
Neste estudo, vamos entender a família como sendo um conjunto de 
membros que convivem juntos. Nessa perspectiva, a família não mais constitui- 
se como sendo papai, mamãe, filhos e animais de estimação, apenas, mas 
composta pelas diversas formas de organização familiar. 
Para muitos, essa é uma questão de debate e é neste ponto que proponho 
mudanças em nossa forma de pensarmos e repensarmos sobre quais são os 
 
 
 
 
20 
20 
valores essenciais de ser e de ter família. Vale ressaltar que nenhum valor é 
absoluto e nem eterno, e chegou o momento de repensarmos sobre os valores 
acerca do que é família. 
Parafraseando Goergen (2010), é aqui que fazemos o trânsito para a 
ética. Se a formação moral consiste num processo de passar da heteronomia à 
autonomia, e se a autonomia é conquistada a partir de um exercício de reflexão, 
é preciso, então, o recurso à ética para que se realize aquela conquista. Essa 
ética garante não apenas os meus direitos, mas os direitos dos outros, os quais 
todos devem respeitar. É por isso que o direito é uma norma, pois nos garante 
liberdade! Se não há norma, há o poder. 
Este vem sendo o nosso grande desafio na interface entre escola e 
família: ensinar a norma e os valores, em vez de satisfazer o poder por meio 
do atendimento de interesses próprios e individuai s, sendo as razões com 
o meios para determinados fins, uma racionalidade subordinada de certa 
forma alienada. Essa racional idade dos meios é denominada de instrumental, 
conforme define Repa e Pinzan i (2008, p. 19): 
 
Deste modo, é preciso que a escola e a família façam um grande 
investimento em suas próprias estruturas, objetivando os seus papéis, 
reconhecendo que precisam repensar acerca da “norma” de cada instituição 
para que possam formar, em parceria, cidadãos autônomos não para atuarem 
apenas no futuro, mas em nosso tempo, o presente. 
 
 
 
 
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21 
Precisamos romper com a lógica do “burlar” e colocar novamente os 
limites, pois estes garantem os nossos direitos como seres humanos. Mas, para 
que isso aconteça, e de acordo com Nóvoa (2010, p. 10): 
 
As instituições educacionais como espaço de trabalho 
 
As instituições de ensino são concebidas hoje como espaço de trabalho. 
A formação de cidadãos críticos, detentores de conhecimentos, aptos para atuar 
no mercado de trabalho e que saibam conviver em sociedade passou a compor 
as prerrogativas da organização escolar (BRASIL, [s.d.]). 
Mas afinal, qual o conceito de trabalho? 
O trabalho tem sua origem na palavra latina tripalium. Tripalium era um 
instrumento utilizado por agricultores para bater os cereais. Essa atividade de 
“bater” para separar o alimento foi associada posteriormente às ações de tortura. 
Por isso, quando falamos em trabalho, fazemos a relação automática entre 
trabalho e labor, trabalho e tortura. 
 
 
 
 
22 
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Com isso, a própria ação do trabalho não nos remete a situações de 
alegria; muito pelo contrário, nos revela formas “tortuosas” como cansaço. Nesse 
quesito, devemos pensar a escola como trabalho e os impactos que geram nas 
pessoas que nela atuam, os quais perpassam desde a valorização dos 
profissionais que nela atuam até os alunos os quais usufruem esse espaço, isso 
sem contar as atividades que nela são produzidas. 
A partir desde dado, podemos pensar que a escola foi se associando ao 
desenvolvimento do capitalismo e do processo de burocratização das 
organizações sociais ao longo de sua estruturação, incluindo as formas 
relacionais e modos de produção do trabalho que foram historicamente 
construídos a partir da atribuição de novos significados: 
• aplicação das forças e faculdades humanas para
 alcançar determinado fim; 
 
 
 
 
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• atividade coordenada de caráter físico ou intelectual necessário à 
realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento; 
• exercício de atividade, como ocupação, ofício, profissão etc. 
Com isso, os fundamentos e o cotidiano escolar se reorganizar ampara 
atender não apenas uma nova forma de aparelhamento, mas de repensar a 
escola em suas atividades de planejar, comandar, organizar, controlar e 
coordenar os trabalhos: pedagógico, recursos humanos, burocrático e 
administrativo. 
Para tanto, essa reorganização deve subsidiar e sanar a questão da falha 
e da qualificação, desafios tão constantes na realidade educacional brasileira. 
Por isso, abrangeremos as instituições educacionais como espaços de trabalho 
para potencializarmos a prática da gestão da sala de aula e dos demais 
ambientes educativos. 
Apresentaremos essas formas de organização seguindo os seguintes 
critérios: o sistema de organização e a gestão escolar; o sistema de organização 
da gestão escolar; e a estrutura organizacional de uma escola. 
 
O sistema de organização e a gestão escolar 
 
Organização, administração e gestão são termos aplicados aos processos 
organizacionais, com significados muito parecidos. Libâneo (2004, p. 97), 
descreve o significado de cada termo, da seguinte maneira: 
 
 
 
 
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24 
 
Seguindo os preceitos de Libâneo, a administração escolar doravante 
concebida passou a ser gerida pela gestão escolar. Mesmo com a mudança da 
nomenclatura, os termos ainda perpassam o plano apenas teórico, o que nos 
leva a refletir que o sistema de organização escolar ainda precisa perpassar a 
zona de autonomia relativa (limite entre os fatores internos e externos2) em prol 
do desenvolvimento de um trabalho libertário. 
 
O sistema de organização da gestão escolar 
 
O estudo da escola como organização de trabalho é realizado desde a 
década de 1930 e, frequentemente, esteve marcado por uma concepção 
burocrática, funcionalista, aproximando as características da organização 
escolar à organização empresarial. 
De acordo com Libâneo (2004), distinguiremos duasconcepções dos 
processos de organização e gestão em relação às finalidades sociais e políticas 
da educação: 
• Concepção científico-racional – visão burocrática e tecnicista da 
escola, dá forte peso à estrutura organizacional, à definição rigorosa de cargos 
 
 
 
 
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e funções, à hierarquia de funções, às normas e regulamentos, à direção 
centralizada e ao planejamento com pouca participação das pessoas; 
• Concepção sócio crítica – um sistema que agrega pessoas, 
destacando o caráter intencional de suas ações. A organização escolar é 
construída pela comunidade educativa, envolvendo professores, alunos, pais 
(forma de democracia de gestão e de tomada de decisão coletivamente); essa 
concepção de escola se manifesta em diferentes formas de organização e 
gestão: concepção técnico-científica; concepção auto-gestionária; concepção 
interpretativa; e concepção democrático-participativa. 
Diante de tais concepções, e mesmo ambas tendo que caminhar juntas 
em todos os momentos da organização desse sistema, o que se busca também 
é a “alma da escola”, como salienta Vasconcellos (2012) em seus estudos. Essa 
alma, que dá a vida à instituição, deve trabalhar com três dimensões em seu 
organograma: o relacionamento interpessoal, o trabalho com o conhecimento e 
a organização da coletividade. 
 
A estrutura organizacional de uma escola 
 
O termo estrutura, no caso da escola, tem o sentido de ordenamento e 
disposição das funções que asseguram o funcionamento de um todo. Toda 
instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna, 
geralmente prevista no regimento escolar ou em legislação específica, seja de 
origem estadual, seja municipal. 
 
 
 
 
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De acordo com Libâneo (2004), a estrutura é geralmente representada 
por meio de órgãos colegiados e refletem a concepção de organização e gestão 
adotadas, sendo estes divididos em: 
• Conselho de escola – atribuições consultivas, deliberativas e 
fiscais, envolvendo aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros; 
• Direção – o diretor coordena, organiza, auxiliado pelos demais 
componentes, atendendo às normas e aos regulamentos legislativos. O 
assistente desempenha as mesmas funções na condição de substituto do 
diretor; 
• Setor técnico-administrativo – atividades-meio que asseguram o 
atendimento dos objetivos e funções da escola: secretaria escolar, zeladoria, 
vigilância e serviço de multimeios (biblioteca, laboratórios, equipamentos 
audiovisuais, videoteca e outros recursos didáticos); 
• Setor pedagógico – atividades de coordenação pedagógica e 
orientação educacional, englobando: supervisionar, acompanhar, assessorar, 
apoiar, avaliar atividades pedagógico-curriculares, prestar assistência 
pedagógica aos professores em suas respectivas disciplinas; 
• Instituições auxiliares – Associação de Pais e Mestres (APM), 
grêmio estudantil e caixa escolar vinculadas ao Conselho de escola ou ao diretor; 
• Corpo docente (função – realizar o objetivo prioritário da escola, o 
processo ensino-aprendizagem) e corpo discente (constitui-se por alunos e suas 
associações representativas). 
O processo de organização escolar dispõe de funções que são 
propriedades comuns ao sistema organizacional de uma instituição, a partir das 
quais se definem ações e operações necessárias ao funcionamento. As funções 
ou elementos da organização e gestão englobam, de acordo com Libâneo 
(2004): 
 
 
 
 
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• Planejamento – explicitação de objetivos e antecipação de 
decisões para orientar a instituição; 
• Organização – racionalização de recursos humanos, físicos, 
materiais, financeiros, criando e viabilizando as condições e modos para se 
realizar o que foi planejado; 
• Direção e coordenação – coordenação do esforço humano coletivo 
do pessoal da escola; 
• Avaliação – comprovação e avaliação do funcionamento da escola. 
Porém, para que toda essa estrutura possa funcionar e trabalhar de 
maneira acoplada é preciso que três funções dialéticas acompanhem esse 
organograma: o querer, o agir e o expressar, no qual o trabalho escolar deva ser 
direcionado para a mobilização da aprendizagem, a construção do 
conhecimento, a elaboração e expressão da síntese do conhecimento e da 
análise, por meio de um trabalho mediador em que todos possam enfrentar os 
desafios do dia a dia escolar. 
 
 
 
 
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As relações da família com a escola no Brasil 
 
Tanto a família, como a escola são instituições que passaram por 
mudanças em nossa sociedade, nos últimos tempos. Não é apenas a família que 
deve ser posta em análise; a escola, que representa o segundo momento de 
socialização da criança, também vem sofrendo mudanças, ainda que seja 
possível pensar que a escola não mudou na mesma proporção que a família. 
A perspectiva histórica da família atual destaca que as responsabilidades 
educacionais dos pais frente à escola estão ligadas às transformações culturais 
ocorridas na sociedade. A escola parece estar substituindo práticas educativas 
da família, não porque assim deseja, mas porque a família parece não cumprir 
sua função. A família atual, para Chechia (2002), pode estar incorporando 
diferentes significados sobre a escola, os quais parecem indicar a possibilidade 
de um novo perfil para a relação família-escola. 
 
 
 
 
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Os significados históricos e socialmente produzidos nesta relação são 
subsídios apropriados na construção do universo escolar da criança. Contudo, é 
fundamental considerar que a cultura da família estabelece um sistema de 
hábitos instituídos e generalizados em relação à escola, e também é verdade 
que cada família, de acordo com seus conhecimentos e hábitos, gera diferentes 
hábitos e conhecimentos aos filhos e estes compartilham originalmente dos 
valores e atitudes dos pais, valores e atitudes que serão mais tarde substituídos 
pelos da escola ou com ela compartilhados. 
 De um modo geral, a família pode ser considerada uma instituição com 
um espaço pelo qual os filhos atingem as expectativas de papel, os valores e as 
atitudes sociais e educacionais, por meio das relações interpessoais com os 
pais. Dentro da família se estabelece uma rede de comportamentos, atitudes e 
valores, e isso permite tanto aos filhos como aos pais, formarem relações 
positivas ou negativas com a escola. 
Dessa forma, a escola pode estabelecer uma relação também positiva ou 
negativa, conforme vivencia as experiências com a família de seus alunos, já 
que seguramente ela é a segunda instituição mais importante no que tange às 
relações sociais. Decorrente disso, a escola pode ainda formar conceitos 
positivos ou negativos da família, ou até mesmo prejulgar as atitudes desta por 
desconhecer que a família pode parecer igual na composição, mas distinta na 
ação com a escola. Esse aspecto pode gerar uma crença de que a família não 
respeita a educação escolar, o que não é fato generalizado, já que em muitas 
famílias existe o respeito pela escola. 
Autores como Fraiman (1997) e Nogueira & Nogueira (2002) comentam 
que a crença de que a família não esteja cumprindo suas metas educacionais 
parece justificar a preocupação da escola em expandir serviços de bem-estar 
social. E, como observa Carvalho (2000), é importante chamar a atenção para o 
alcance da política escolar sobre a família, e especialmente sobre as mães, 
 
 
 
 
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explicitando de que forma ela, a política, articula implicitamente escola e família 
como instâncias educativas. 
Um dos pontos fundamentais da relação família-escola é a origem de uma 
"nova história social" da família, a qual revela uma nova concepção de infância 
e de educação, que colabora para o surgimento de uma nova família. Por 
exemplo, o filho,no contexto familiar atual, deixa de ser considerado um pequeno 
adulto, e passa a ser uma pessoa com novos atributos, com necessidade de 
brincar, ser amado e compreendido. Essas mudanças de significado na 
educação familiar também trazem mudanças no significado da educação 
escolar, uma vez que esta busca resposta para soluções de problemas não-
vividos antigamente. 
Neste momento histórico atual da família, observa-se ainda que a mesma 
parece alegar despreparo e falta de informação para se envolver nos assuntos 
escolares. Por um lado, a escola persiste em buscar o envolvimento dos pais; 
por outro, os pais, de maneira independente das intenções, manifestam, de 
acordo com suas experiências, formas próprias de lidar com os filhos e 
respectivas obrigações para com a escola. Na verdade, conforme Perez (2000), 
família e escola ainda parecem inquietas e perplexas diante dos problemas 
escolares. Como cita a autora, o modelo de parceria família-escola pressupõe a 
típica família de classe média, cuja mãe se dedica exclusivamente aos filhos e 
ao lar. Porém, o fato mais grave é que este modelo de família já não é mais 
predominante. 
Decorrente disso, podemos entender que a relação família-escola é um 
processo complexo e, de acordo com Lareau (1987) o modelo atual de família 
desenvolve de uma forma intensa a responsabilidade dos pais em relação aos 
filhos. Para a autora, “estes últimos funcionam como um espelho onde os pais 
veem refletidos os acertos e erros de suas concepções e práticas educativas, os 
quais costumam se fazer acompanhar de sentimentos de orgulho ou, ao 
contrário, de culpabilidade” (p.7). Dessa forma, se a família vem adentrando no 
 
 
 
 
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espaço escolar, a escola também, por sua vez, se introduziu consideravelmente 
na zona de interação com a instituição familiar. 
Por conseguinte, os pais assumem muitas responsabilidades em relação 
à vida escolar do filho. Ainda conforme Lareau (1987) os pais são responsáveis 
pelos sucessos e insucessos (escolares, profissionais) dos filhos, assumindo a 
tarefa de instalá-los da melhor forma possível na sociedade. Descreve a autora 
que, para isso, mobilizam um conjunto de estratégias visando a elevar ao 
máximo a competitividade e as chances de sucesso do filho, sobretudo face ao 
sistema escolar, o qual, por sua vez, ganha importância crescente como 
instância de legitimação individual e de definição dos destinos ocupacionais. 
Tornando quase impossível a transmissão direta dos ofícios dos pais aos filhos, 
a atividade profissional passa cada vez mais por agências específicas, dentre as 
quais a mais importante é, sem dúvida, a escola. 
Portanto, questionamos até que ponto as atitudes da família com a escola 
constituem uma parte central na relação família-escola atual? Chechia (2002) e 
Perez (2007) sugerem que elas estão intimamente ligadas com os valores 
subjacentes da época, pelos quais valorizam a escola mediante as experiências 
vividas. Recomendam as autoras que qualquer esforço para mudar a relação 
família-escola deve levar em conta os valores da família. Além disso, enfatizam 
uma relação direta entre as atitudes desta e o comportamento que ela realmente 
adota em determinadas situações escolares. 
Valores, atitudes e mudança de comportamento da família com a escola 
pertencem ao modelo atual de vida familiar. O que unifica essa nova relação é o 
modo que a família trata a vida escolar do filho. Além disso, como relatado 
anteriormente, tal relação atualmente está intimamente ligada à cultura social da 
época. Por exemplo, a cultura da família em geral e sua experiência, ensinaram-
lhe as maneiras de se relacionar com a escola. Logo, as atitudes, valores e 
comportamentos familiares com a escola são adquiridos ou aprendidos na 
sociedade. 
 
 
 
 
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Então, o que na atualidade realmente define tal relação? Garcia e Souza 
(2004) definiram-na como uma união entre as duas instituições, em que ambas 
podem receber experiências, avaliar e atuar com base em informação 
claramente definidas tanto para a família, quanto para a escola. Desse modo, 
observamos que, na relação família-escola definida pelas autoras, não há 
interesse pela criança. E ainda relatam que as famílias precisam aprender a 
linguagem da escola, principalmente a burocrática. A escola precisa entender e 
aceitar a linguagem da família, na maioria das vezes inculta e rudimentar. 
Concluem que, no momento em que a família e a escola puderem se perceber e 
se aceitar, provavelmente, o relacionamento entre elas será bem-sucedido. 
Pensando como uma construção histórica e social, a relação família-
escola no Brasil se traduz, conforme Bertan (2005), na necessidade de se 
estabelecer as conexões de tais instituições com o contexto histórico, social, 
político, econômico e ideológico da realidade, porque as maiorias dos recursos 
humanos, atuantes na rede pública, não se conscientizaram da dimensão 
abrangente do social. 
Ainda de acordo com o autor acima, atualmente se processam muitas 
discussões a respeito de uma gestão democrática da escola pública, da 
educação, da cidadania e das formas participativas no cotidiano escolar. Bertan 
(2005, p. 3) relata que “o espaço físico e político passou a ser considerado como 
local privilegiado para os encontros e os debates desse processo”. Contudo, 
explica o autor, “a escola ainda não abriu espaços necessários à participação da 
família, mesmo para aqueles que convivem diariamente no seu interior” (p.3). 
Conclui o autor que, de certa forma, parece que a escola busca empregar uma 
estrutura de exclusão do aluno e da família. 
 Quando os pais são chamados à escola, ou quando a buscam 
voluntariamente, às vezes, são tratados de modo orgulhoso ou com 
paternalismo, impedindo qualquer possibilidade reivindicatória considerada 
como algo natural. 
 
 
 
 
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Sendo assim, como podemos determinar o que é mais importante para a 
relação família-escola, se ao produzimos alguns sentidos para a família, estamos 
deixando de lado os da escola? Tais indagações causam-lhes, ao mesmo tempo, 
alívio e tensão, pois é essa a incógnita que permeia a educação escolar dos 
filhos. Dizemos que nos causa alívio, pelo fato de ser importante refletir e sentir 
aquilo que provavelmente a escola sente ao receber os pais, mesmo que não 
compreenda os pressupostos da família; tensão, pelo fato de olharmos a família 
como um analista que tenta desvendar seus comportamentos e interpretá-la sob 
um único ponto de vista. 
Isso significa que a relação família-escola, na atualidade, deve pressupor 
um novo diálogo. Assim, não se pode mais pensar em uma instituição separada 
da outra, mas considerar que ambas são distintas em seus valores e atitudes. 
Dando prosseguimento ao que estamos dizendo, de acordo com Garcia e 
Souza (2004), as famílias divergem umas das outras quanto a modelos 
educativos. As autoras narram que “os professores parecem esquecer-se disso 
quando culpam os pais e a desestruturação familiar pelo fracasso escolar da 
criança” (p.69). Entre os aspectos mais significativos para a escola está o fato 
de a mesma considerar a família burguesa o paradigma de família “bem-
estruturada”. Entretanto, esse modelo está longe da realidade, principalmente na 
quase totalidade das famílias de crianças de escola pública. 
Considerando ainda essa questão do conceito que a escola forma sobre 
a família, Chechia (2002) relata que a “família parece ser vista como uma 
instituição importante, mas complexa, por muitas escolas” (p.86). Como relata a 
autora, atualmente a escola vem julgando a família, por exemplo, pela falta de 
envolvimento, dentre outros aspectos, sem procurar entendê-la no seu contexto. 
Outro aspecto importante relatado por Chechia (2002) é o fato de muitos 
professores acharem mais fácil culpar afamília por aquilo que ela não faz, do 
que refletir sobre qual é a família do seu aluno, qual o contexto em que vivem os 
seus membros e como percebem a escola de seus filhos. 
 
 
 
 
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O que é preciso considerar, nessas observações é, se de fato poderíamos 
dizer se, no discurso da família, a mesma está ou não preocupada com a escola. 
Ela pode não estar produzindo o valor que a escola espera, mas, ao seu modo, 
a família considera a escola no âmbito das suas preocupações. A relação família-
escola, segundo Perez (2007), tem em si uma carga avaliativa, conforme a 
atuação de ambas. Por exemplo, é comum observar-se o julgamento da escola 
sobre uma relação frágil, quando o aluno apresenta insucesso. Já não é tão 
comum esse julgamento com famílias de alunos com sucesso escolar 
 
 
O envolvimento dos pais na escola 
 
Partindo da possibilidade do envolvimento dos pais com a escola, 
Schargel (2002) faz uma importante observação com relação ao apoio da escola 
para o envolvimento, descrevendo estratégias que possibilitam o 
desenvolvimento de uma cultura de envolvimento com a aproximação dos pais, 
tais como: superação de barreiras - o treinamento da convivência com a 
diversidade propicia também um ambiente de acolhimento aos diferentes níveis 
 
 
 
 
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de competência e estilos de aprendizagem dos alunos; respeito aos perfis 
educacionais dos membros da família, em geral, os pais e responsáveis sentem-
se distantes da escola por causa das próprias experiências negativas; incentivo 
à participação ativa com flexibilidade de horário, as escolas podem incentivar a 
participação dos pais, investigando quando podem participar de reuniões, em 
vez de somente divulgar os horários que convêm à escola; visitas domiciliares 
às famílias e aumento e ampliação da comunicação com o uso da tecnologia, as 
escolas que preenchem a lacuna digital de forma criativa têm condições de 
prestar maior apoio às famílias. 
 
Torna-se assim importante oferecer um serviço por meio do qual as 
famílias possam ter fácil acesso à escola. Algumas pessoas não sabem ler, daí 
a importância da comunicação por áudio e vídeo; desenvolvimento de sólida 
base Lar-Escola- Comunidade. Conclui o autor que é necessário para o 
desenvolvimento de uma cultura de envolvimento abranger, além dos pais e das 
famílias, também as comunidades, a partir de projetos de aprendizado de 
serviço. 
O envolvimento dos pais com a escola não é um ritual que se reserva 
apenas para tratar de assuntos escolares relacionados ao desempenho 
acadêmico, nas reuniões de pais. Ele vai além e, de acordo com Hughes (1999), 
 
 
 
 
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é um modo de participação que inclui vários elementos acerca dos assuntos da 
escola, os quais permitem desenvolver uma cultura de participação que deve ser 
vista como um processo permanente de equilíbrio da relação família-escola. 
 Comenta o autor que, quanto mais cedo os pais se envolverem com a 
escola e com processo educativo do filho, o seu efeito parece ser mais poderoso. 
Para o autor, o apoio e a participação dos pais são as formas mais importantes 
para melhorar a escola e o desempenho escolar do filho. Conforme os dados da 
pesquisa de Hughes (1999), o envolvimento dos pais melhora a freqüência às 
aulas, a motivação da aprendizagem, a auto-estima e diminui a agressividade do 
filho. 
Quanto mais os pais participarem nos assuntos escolares, de uma forma 
sustentada, em todos os níveis, tais como: administração, tomada de decisões 
e de supervisões de atividades, levantamento de fundos e assessoramento às 
tarefas escolares, melhor será o desempenho e adaptação escolar do filho. 
 
 
 
 
 
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