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Quais danos os carrapatos podem gerar aos cães? ↳ Alergias (cão com dermatite atópica tem mais predisposição em desencadear respostas imunológicas que vão comprometer a saúde do animal) ↳ Feridas- portas de entrada para agentes infecciosos ↳ Espoliação sanguínea (perda de sangue) ↳ Vetores de patógenos ↪ Protozoários ↪ Bactérias ↪ Helmintos (Dipetalonema reconditum) ↳ Cães podem atuar como transportadores de carrapatos para dentro dos lares ↪ Zoonoses Carrapato dos Cães Etiologia: protozoários ↪ Babesiose- Babesia vogeli ↪ Hepatozoonose- Hepatozoon canis ↪ Rangeliose- Rangelia vitalli ↪ Leishmaniose- Leishmania spp. Etiologia: bactérias ↪ Anaplasmose- Anaplasma platys ↪ Erliquiose- Ehrlichia canis ↪ Febre Maculosa Brasileira- Ricketssia rickettsii Principais carrapatos que parasitam cães no Brasil Existem 2 cenários distintos, dependendo do ambiente onde os cães vivem ↪ Urbano ↪ Rural ou periurbana em contato com áreas de mata (onde exista a presença de carnívoros silvestres ou outros mamíferos) Carrapatos de áreas de “mata”: nativos do gênero Amblyomma (pouco específico) ↪ Amblyomma aureolatum- vetor da rangeliose e hepatozoonose canina ↪ Amblyomma ovale- vetor da hepatozoonose canina ↪ Amblyomma tigrinum- vetor de Rickettsia parkeri no Uruguai para HUMANOS ↪ Amblyomma sculptum (A. cajennense)- vetor de R. rickettsii e da hepatozoonose canina Carrapato urbano: ↪ Rhipicephalus sanguineus- introduzido no Brasil vetor de várias doenças para os cães (Anaplasmose, Babesiose, Erliquiose, FMB, Hepatozoonose) Regiões de predileção: espaço interdigital, orelha. Ciclo de vida dos carrapatos Os carrapatos que normalmente parasitam cães no Brasil são TRIOXENOS (3 hospedeiros, mesmo que seja o mesmo cão 3 vezes) Rhipicephalus sanguineus Reino: Animalia Subordem: Metastigmata Filo: Arthropoda Família: Ixodidae Classe: Arachnida Gênero: Rhipicephalus Ordem: Parasitiformes Espécie: R. sanguineus ↳ Origem: África ↳ Distribuição cosmopolita (encontrado praticamente em qualquer lugar do mundo): • Migrações humanas levando cães ↳ Só não está presente na Antártida (-40°C) ↳ R. sanguineus nas Américas: - Durante a colonização Europeia a partir do século XV ou até antes já que existe relato de fósseis de cães em países latinos antes do século XV. ↳ No Brasil - R. sanguineus foi introduzido possivelmente no século XVI pelos colonizadores europeus e seus animais domésticos. Hábitos ↳ Geotropismo negativo (sobe) ↳ Nídicola (faz ninhos) Larvas no teto da casinha prontas para se alimentar. Procura locais mais seguros pra ovoposição. Ciclo de vida • Ovo: 20 a 60 dias Eclosão • Larva: 3 a 10 dias • Ninfa: 5 a 10 dias Parasitando • Adultos: 6 a 30 dias • Pré-Postura: 3 a 14 dias • Período Postura: 16 a 18 dias (20 a 30°C) ↳ 63–91 dias em condições ótimas (Goddard, 1987; Bechara et al., 1995; Louly et al., 2007). • Postura de 4.000 a 7.000 ovos (Dantas-Torres, 2008) • Postura de 2.000 a 3.000 ovos (Monteiro, 2010) Sobrevivência ↳ Tempo de sobrevivência no ambiente sem se alimentar: – Larvas: 8 meses – Ninfas: 6 meses – Adultos 19 meses ↳ Condição ideal de umidade é de 85% (Mas adultos suportam até 35%) Importância vetorial do R. sanguineus nas hemoparasitoses ↳ E. canis- Erliquiose canina ↳ A. platys- Trombocitopenia cíclica canina ↳ H. canis- Hepatozoonose ↳ B. canis- Babesiose Métodos de controle de carrapato: Conceitos essenciais: ↳ Local onde o cão vive: 2 cenários distintos ↪ Acessa áreas de “mata” com a presença de outros mamíferos ↪ Vive só em área urbana, sem acesso a matas – Solto na casa ou preso em uma área restrita – Canis ↳ Qual é o gênero de carrapato que está parasitando o animal? Tem que identificar pra pensar em uma estratégia de tratamento. ↳ Controle no Animal e no Ambiente (não adianta fazer controle no animal se o ambiente continua contaminado) -> 95% está no ambiente. Métodos de controle de carrapatos: ↳ Fármacos disponíveis Organofosforados Selamectina- Oral Piretróides Ivermectina Amitraz Imidacloprida+permetrina Fipronil Isoxazolinas- Oral Isoxazolinas- Oral ↪ Sarolaner (Zoetis) ↪ Fluralaner (MSD) ↪ Afoxolaner Este conceito de tratamento oral para ectoparasitas começou em 2007 com o Comfortis da Elanco. Verificar o efeito residual! Apresentações dos produtos: ● Talcos ● Sabonetes ●Xampus ● Imersão (Amitraz) ● Spot on (pipetas)- 1990 ● Coleiras ● Comprimidos (Oral)- 2007 Em associação com outras bases (Certifect- Fipronil + Amitraz) Spot-on ↳ Fipronil- efeito Knock down ↪ Introduzido na década de 90 gerou uma revolução no tratamento e controle de ectoparasitas ↪ Tratamento ambiental indireto Ex: Frontline (Merial), Effipro (Virbac) ↳ Fipronil+ Metopreno+ Amitraz- Knock down e inibição do crescimento das pulgas ↪ Elimina os ectoparasitas mais rápido evitando a transmissão de doenças. Ex. Certifect (Merial) ↳ Selamectina: ↪ Ação contra: ● Pulgas e Piolhos (30 dias) ● Carrapatos (30 dias), pode levar 5 dias para eliminar o carrapato. ● Sarna (otodécica e escabiose) ● Dirofilaria immitis (verme do coração) ● Toxocara canis Ex: Revolution (Zoetis) Coleiras ↳ Coleiras com Deltametrina: ↪ Ação duradoura de até 4 meses contra: ● Moscas e flebotomíneos- Leishmaniose ● Carrapatos ● Pulgas Desvantagens: necessita de 2 a 3 semanas para atingir eficácia máxima e não pode ser usada em cães com menos de 3 meses de idade. Ex: Scalibor ↳ Coleiras com Propuxur e Flumetrina: ↪ Pode ser usada em animais jovens ↪ Ação duradoura de até 7 meses contra carrapatos Desvantagens: necessita ser retirada do animal no momento do banho e baixo espectro de ação Ex: Kiltix (Bayer) Comprimidos (oral) ↳ Sarolaner (Zoetis) acão contra: • Carrapatos (35 dias) • Pulgas (35 dias) • Sarna: escabiose e demodicose Ex: Simparic ↳ Fluralaner (MSD) • Carrapatos (84 dias) • Pulgas (3 meses) Ex: Bravecto ↳ Afoxolaner • Carrapatos (30 dias) • Pulgas (30 dias) Ex: Nexgard Dicas • Cuidado ao introduzir NOVOS cães em canis • Sempre pensar no controle no animal e ambiente • Usar produtos indicados para a espécie correta • Usar produtos confiáveis • RESPEITAR SEMPRE O EFEITO RESIDUAL DO PRODUTO Hemoparasitose em Cães e gatos ↳ Nas últimas décadas cães e gatos tem se tornado membros das famílias (processo de humanização dos animais). ↳ Os patógenos transmitidos por vetores são uma crescente ameaça global para os animais e humanos ↳ Impacta na infecção e manifestação da doença: • Alterações ambientais • Mudanças climáticas • Desmatamento • Urbanização • Alteração no estilo de vida O que são as hemoparasitoses? ↳ Agentes transmitidos por vetores com tropismo pelas células sanguíneas – causando morte de cães e gatos. Doenças afetam as hemácias dos animais, a maioria fica nas hemácias, alguns nos leucócitos. Infecção: entrada e estabelecimento do agente no organismo. Doença: desiquilíbrio ↳ Hemoparasitos, causadores das hemoparasitoses podemser transmitidos por: • Pulgas • Piolhos • Carrapatos (principais vetores) • Iatrogênica (falha do humano, descuido) ↳ Principal carrapato que parasita o cão: Rhipicephalus sanguineus (no cenário urbano) Também: Amblyomma sculptum, Amblyomma ovale, Amblyomma aureolatum (no cenário rural) Principais hemoparasitoses de cães e gatos no Brasil Babesiose - Babesia vogeli - Babesia gibsoni Cytauxzoonose - Cytauxzoon felis Erliquiose - Ehrlichia canis Hepatozoonose - Hepatozoon canis Micoplasmose felina - Mycoplasma haemofelis Rangeliose - Rangelia vitalii Babesiose Histórico ↳ Em 1895- Pianna & Galli-Valerio na Itália descreveram pela primeira vez a babesiose canina (Cães com febre e icterícia) ↳ Enfermidade de importância mundial para cães e gatos ↳ Em 2005 no Brasil foi realizada a primeira detecção molecular de Babesia canis vogeli (Cães de MG e SP) Etiologia Babesia spp. Família: Babesiidae Filo: Protozoa Família: Babesiidae Subfilo: Apicomplexa Espécie: Babesia vogeli Ordem: Piroplasmorida Espécie: Babesia gibsoni genótipo Ásia ↳ 1º protozoário sendo reconhecido como transmitido por artrópode Epidemiologia ↳ Amplamente distribuída no país • Vetor R. sanguineus (hospedeiro definitivo do protozoário) ↳ R. sanguineus x Babesia canis vogeli ● Manutenção transestadial ● Transmissão transovariana da Babesia (não do carrapato) Diferente da Ehrlichia não necessita de reservatório Ciclo ↳ Heteroxeno ● HD: Carrapato - R. sanguineus onde realiza a fase sexuada (Gametogonia e esporogonia) ● HI: cães e gatos - parasita as hemácias (merogonia) ● Multiplicam-se por divisão binária e após multiplicação apresentam formato piriforme (Piroplasmas) Patogenia ↳ O grau de patogenicidade está diretamente ligado com: ↪ A espécie e cepa envolvidas ↪ Dose infectante ↪ Imunidade ↪ Raça ↪ Idade ↪ Co-infecções: Ehrlichia; Rangelia e Hepatazoon (causada por outra espécie) ↳ Os danos gerados são devido: ↪ Ação direta do parasita- Anemia hemolítica intra e extravascular ↪ Efeitos imunomediados: - Anemia imunomediada (mecanismo ainda desconhecido) - Esplenomegalia e hepatomegalia ↳ O Sistema Imune não elimina totalmente a infecção e os animais podem virar portadores. ↳ Resposta imune humoral é pobre em filhotes com idade inferior a 8 meses (pode ocorrer transmissão transplacentária) ↳ Anemia intravascular inicia logo que a Babesia infecta o animal ↪ Hemoglobinemia (Estado mórbido caracterizado pela presença de hemoglobina livre no sangue, em consequência da destruição de glóbulos vermelhos) ↪ Anemia regenerativa ● Anemia macrocítica (existência de glóbulos vermelhos com um tamanho maior que o normal) ● Homocrômica (mesma coloração) ● Com presença de reticulocitose (aumento na contagem dos reticulócitos - hemácias imaturas- circulantes) ● Icterícia (Pele amarela causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue. → Pode ocorrer icterícia se o fígado não processar glóbulos vermelhos de modo eficiente, pois eles quebram) ● Hemoglobinúria (quando a medula óssea não é capaz de repor os glóbulos vermelhos que estão sendo destruídos) → Anemia começa regenerativa, a medula responde e tenta produzir novas hemácias, libera hemácias ainda imaturas pra ajudar na resposta do animal. Se a anemia regenerativa se estender pode virar anemia arregenerativa. Sinais clínicos ● Febre ● Apatia ● Anorexia ● Hemoglobinúria ● Mucosas pálidas e ou amareladas ● Esplenomegalia ● Hepatomegalia depois que a infecção termina, -assistida pelos tratamentos- pode existir um efeito imunomediado tardio. Hemoglobina: proteína presente no glóbulo vermelho, responsável pela coloração vermelha do sangue Cytauxzoonose Cytauxozoon felis ↳ Família Theileriidae ↳ Possui 2 fases de vida no Hospedeiro Vertebrado: fase eritrocítica e uma leucocítica ou tecidual (pode estar tanto nos eritrócitos quanto nos leucócitos) ↳ Vetor nos EUA é o Dermacentor variabilis no Brasil a espécie de carrapato vetor ainda é desconhecida ↳ O Lince (Lynx rufus) e outros felídeos silvestres são hospedeiros naturais. ↳ Gato doméstico provavelmente é um hospedeiro acidental já que a doença é rápida e progressiva No Brasil ↳ Diagnosticada e isolada pela primeira vez em 2001 de gato doméstico (Soares, 2001) ↳ Pouco se sabe sobre a doença no país ↳ Provavelmente a cepa do Brasil seja menos virulenta que a norte americana ↳ Menos provável, pode ser que os gatos brasileiros possuem resistência inata já que na maioria das vezes se mostram assintomáticos ↳ Primeira detecção molecular do parasito em gato doméstico no continente Sul Americano foi em 2013 no Brasil. ↳ Estudos apontam uma frequência inferior a 1% em gatos domésticos infectados no Brasil Sinais clínicos ● Apatia ● Desidratação e vômito ● Anorexia ● Neutrofilia (aumento do número de neutrófilos no sangue) ● Trombocitopenia (número reduzido de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia) Micoplasma felina ↳ Anemia infecciosa felina (antigamente designada de hemobartonelose) ↳ Etiologia: Mycoplasma haemofelis ↳ Vetor: Ctenocephalides felis (pulga) • Iatrogênica • Brigas ↳ O animal é assintomático e passa a ser portador ↳ Geralmente manifesta sinal clínico associado a outra doença (FIV, Felv) Hepatozoonose Etiologia • Filo: Apicomplexa; • Classe: Sporozoa; • Subclasse: Coccidia; • Ordem: Eucoccidiorida; • Família: Hepatozoidae; • Gênero: Hepatozoon; • Espécies: Hepatozoon canis (Brasil) • Hepatozoon americanum (não encontrado no Brasil) Americanum mais patogênico ou os animais norte americanos são menos resistentes. Ciclo de vida Patogenia ↳ Assintomático ↳ Sinais clínicos aparecem associados a outras doenças (co-infecção): ● Ehrlichia canis, Babesia canis, Toxoplasma gondii, Leishmania infantum e imunossupressões ↳ Brandos (1-5%) ↳ Merontes e gamontes pode causar: hepatite e glomerulonefrite (MUITO RARO) ↳ A situação no Brasil é diferente da encontrada nos EUA (Hepatozoon americanum) Rangeliose FILO: Protozoa; FAMÍLIA: Babesidae; SUBFILO: Apicomplexa; GÊNERO: Rangelia; CLASSE: Piroplasmasida; ESPÉCIE: Rangelia vitalii ORDEM: Piroplamorida; Epidemiologia ↳ Infecta canídeos ↳ O cão doméstico provavelmente é um hospedeiro acidental ↳ Animais crônicos são fonte de infecção ↳ A. aureolatum é o carrapato vetor (doença é comum em animais de áreas rurais e peri- urbanas) ↳ Principalmente animais jovens são acometidos Sinais clínicos Febre, apatia, anorexia Hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado) Desidratação Linfadenomegalia (aumento dos gânglios linfáticos) Dispneia (dificuldade de respirar) Petéquias e equimose Esplenomegalia (aumento de tamanho do baço) Diarreia sanguinolenta Icterícia Palidez das mucosas Sangramentos Petéquias (pequenas manchas ou pontos vermelho) e equimose (extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos da pele que se rompem formando uma área de cor roxa) Nome indígena da rangeliose: Nambyuvú (“orelha que sangra”) Nambyuvú das tripas: Foto: Raqueli França Erliquiose ↳ Atualmente, a erliquiose é a doença infecciosa mais importante em cães de todo o Brasil, exceto no RS ↳ Transmissão é pela picada do R. sanguineus infectado (geralmente afeta mais cães que habitam áreas urbanas) ↳ Os cães são mais acometidos que os gatos que raramente podem se infectar com Ehrlichia canis, ou seja, os gatos tem baixa prevalência da doença. ↳ Ocorrência da erliquiose canina é relatada em quatro continentes (África, América, Ásia e Europa) Competência vetorial: capacidade que tem de transmitir o patógeno. Histórico da Erliquiose no Brasil ● 1973 - MG; ● 1976 - RJ; ● 1985 - Santa Maria – RS● 1988 - Curitiba - PR Atualmente - todo território brasileiro Etiologia ↳ Ehrlichia canis ↳ Bactéria Gram-negativa; ↳ Intracelular obrigatória; ● ORDEM: Rickettsiales ● FAMÍLIA: Anaplasmataceae Ciclo • Corpúsculos elementares: 0,2 a 0,6 μm - Penetração em monócitos - Multiplicação nos fagolisossomos celulares (onde deveriam ser destruídos) • Corpúsculos iniciais: 0,4 a 2,0 μm - Grânulos subsesféricos de coloração rósea a púrpura • Mórulas: 2,0 a 4,0 μm - 1 a 40 corpúsculos elementares Patogenia ↳ Infecta leucócitos → Monócitos Corpos elementares (3 a 5 dias) → Corpúsculos iniciais (7 a 12 dias) → Mórula → Rompimento e saída de corpos elementares infectantes Patogenia ↳ Multiplicam em uma das primeiras linhas de defesa do animal, o fagócito. O que afeta as células do sistema imune tende a afetar os linfonodos, fígado, baço, porque é onde essas células ficam, e então pode ter hiperplasia (aumento do número de células). ↳ Os monócitos infectados podem estar nos endotélios de pequenos vasos, porque se ficar na grande circulação ele não consegue migrar, primeiro passa pelas veias, arteríolas pra conseguir fazer a função normal dele, a fagocitose, e isso pode causar vasculite (inflamação de vasos sanguíneos) Trombocitopenia: diminuição das plaquetas Trombocitopatia: doença das plaquetas Fagocitose Formação de fagossomo Inibição da fusão fagossomo- lisossomo e multiplicação Lise celular e liberação de corpúsculos elementares Anemia: deficiência nos níveis de hemoglobina Leucopenia: Baixo nível de glóbulos brancos no sangue Pancitopenia: redução do número de eritrócitos Eritrofagocitose: fagocitose do eritrócito Sinais Clínicos ● Depressão ● Letargia ● Anorexia ● Febre Fase aguda ● Esplenomegalia (aumento de tamanho do baço) ● Linfadenopatia (aumento palpável dos linfonodos) • Tendências Hemorrágicas • Emaciação • Apetite seletivo • Depressão • Fraqueza • Anorexia • Mucosas pálidas Fase crônica • Edemas perif. • Hemorrogias (Epistaxe “perda de sangue pelo nariz”) • Neuropatias Primeiras evoluções clínicas da fase Assintomática (sub clinica) ↳ Ocorrem também, raramente: ● Glomerulonefrite e artrite: imunocomplexos ● Meningite secundária a vasculite ↪ Glomerulonefrite: inflamação não-infecciosa dos glomérulos dos rins. ↪ Artrite: Inflamação de uma ou mais articulações. ↪ Meningite: inflamação das meninges Epidemiologia ↳ E. canis x R. sanguineus ↪ Não ocorre transmissão transovariana no E. canis (fêmea não transmite pro ovo), apenas tem manutenção transestadial (se a larva se infecta a linfa e o adulto também vai manter a infecção) Tem se pesquisado a competência vetorial do R. sanguinius em diferentes partes do mundo. Na espécie tropical do carrapato há competência vetorial alta. Fatores (que afetam a severidade clínica e progressão da doença) ↪ Raça (Pastor alemão é muito mais susceptível) ↪ Diferenças individuais da resposta imune ↪ Dose infectante ↪ Patogenicidade do isolado ↪ Idade Distribuição geográfica da “espécie tropical”, onde a infecção canina Ehrlichia canis é altamente prevalente Distribuição geográfica da “espécie temperada”, onde a infecção canina por Ehrlichia canis é rara ou ausente Diagnóstico: Erliquiose ↳ Exame direto - Esfregaço de sangue periférico e papa de leucócitos - Presença de mórulas nos macrófagos ↳ Isolamento em células (DH82) ↳ Indireto (pesquisa de anticorpos) - Imunofluorescência indireta - ELISA - PCR Diagnóstico: Babesiose e Rangeliose ↳ Exame direto: - Esfregaço de sangue periférico - Difícil diferenciação entre os gêneros Babesia e Rangelia ↳ Exame indireto - RIFI para Babesia ↳ PCR Diagnóstico das Hemoparasitoses ↳ O hemograma pode ser usado para diferenciar e auxiliar no diagnóstico dar principais hemoparasitoses de cães no Brasil Hemograma da erliquiose • Anemia normocítica, normocrômica • Leucopenia, trombocitopenia ou pancitopenia Hemograma da babesiose • Anemia macrocítica hipocrômica • Reticulocitose • Geralmente ausência de trombocitopenia Hemograma da rangeliose • Anemia normocítica normocrômica • Anemia macrocítica hipocrômica • Com intensa trombocitopenia • Ausência de pancitopenia Tratamento das hemoparasitoses Tratamento da erliquiose ↳ Droga específica ● Doxiciclina 5 BID ou 10 SID mg/kg- IV ou Oral por no mínimo 21 dias ↳ Terapia de suporte ● Fluidoterapia ● Transfusões ● Oximetolona (2 mg/kg, CID, VO) ou decanoato de nandrolona (1,5 mg/kg IM, semanalmente) -> Para estimular eritropoiese ● Vit B ● Imunomoduladores -> Levamisol Tratamento da babesiose e rangeliose ↳ Droga específica ● Diaminazeno- 2,5 a 3,5mg/kg, via IM dose única – Babesia spp. e Rangelia spp. ● Isotianato de fenamidina - 1,5 mg/Kg, via SC em dois dias consecutivos - Babesia spp. ● Dipropionato de Imidocarb - 7,5mg/kg dose única ou pode repetir em 14 dias – Babesia spp. e Rangelia spp ↳ Terapia de suporte ● Fluidoterapia ● Transfusão ● Glicocorticóide - para evitar a anemia autoimune Prevenção e controle das hemoparasitoses ↳ Inexistente no mercado vacina eficiente para os hemoparasitos de cães e gatos ↳ Profilaticamente imidocarb na dose de 6mg/Kg, Via SC, pode proteger os cães de B. canis vogeli por duas semanas, e doxiciclina na dose de 10 mg/Kg BID por onze dias. Coleiras ● Pode ser usada em animais jovens ● Ação duradoura de até 7 meses contra carrapatos Desvantagens: necessita ser retirada do animal no momento do banho e baixo espectro de ação. Ex: Kiltix (Bayer) Comprimidos (oral) Sarolaner (Zoetis) acão contra: ● Carrapatos (30 dias) ● Pulgas (30 dias) ● Sarna: escabiose e demodicose Ex: Simparic Fluralaner (MSD), contra: ● Carrapatos (84 dias) ● Pulgas (84 dias) Ex: Bravecto Afoxolaner, contra: ● Carrapatos (30 dias) ● Pulgas (30 dias) Ex: Nexgard
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