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RH - Saude e Seguranca no trabalho [2021]

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Segurança e Saúde no Trabalho 
Elber Ferreira Cabral 
 
Curso Técnico em Recursos Humanos 
Educação a Distância 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança e Saúde no Trabalho 
Elber Ferreira Cabral 
 
Curso Técnico em Recursos Humanos 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | Nov. 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
Professor(es) Autor(es) 
Elber Ferreira Cabral 
 
Revisão 
Elber Ferreira Cabral 
 
Coordenação de Curso 
Daniela Glaete Soares Lins 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Audiodescrição das imagens 
Jonara Medeiros Siqueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução ............................................................................................................................................ 4 
1.Competência 01 | Entender os Fundamentos da Fisiologia no Trabalho ......................................... 6 
1.1.Fisiologia no Trabalho ................................................................................................................................ 8 
1.2.Biomecânica ............................................................................................................................................. 12 
1.3.Antropometria ......................................................................................................................................... 14 
1.4 Ergonomia ................................................................................................................................................ 16 
2.Competência 02 | Compreender a Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho ......................... 21 
2.1.GRO e PGR (NR-01) .................................................................................................................................. 22 
2.2.PPRA x Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos (NR-
09) .................................................................................................................................................................. 24 
2.3.PCMSO (NR-07) ........................................................................................................................................ 25 
2.4.SESMT (NR-04) e CIPA (NR-05) ................................................................................................................ 26 
2.5.Mapa de Risco .......................................................................................................................................... 31 
2.6. Laudo de Insalubridade e Laudo de Periculosidade ................................................................................ 33 
2.7.LTCAT, PPP e eSocial ................................................................................................................................ 35 
3.Competência 03 | Compreender as Condições Técnicas de Trabalho ............................................ 38 
3.1.Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) .............................................................................................. 39 
3.2.Equipamentos de Proteção Individual (EPI) - NR-06 ................................................................................ 41 
3.3. Treinamento para trabalhadores ............................................................................................................ 44 
3.4.Condições Ambientais (Iluminação, Ruído, Vibração, Temperatura). ..................................................... 48 
4.Competência 04 | Avaliar as aplicações legais entre Direitos e Obrigações na Segurança e Saúde do 
Trabalhador ........................................................................................................................................ 56 
4.1. Evolução da Segurança do Trabalho no mundo e no Brasil .................................................................... 56 
4.2.Legislação Trabalhista Brasileira e a Reforma Trabalhista de 2017 e de 2020 ........................................ 59 
4.3.Normas Regulamentadoras (NR) ............................................................................................................. 60 
 
 
 
 
 
 
4.4.Acidente de Trabalho ............................................................................................................................... 63 
Conclusão ............................................................................................................................................ 71 
Referências .................................................................................................................................................... 72 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................. 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Introdução 
Olá, Prezado (a) Estudante! 
Estarei junto com você neste e-book, cujo assunto é empolgante e de significativa 
importância para a construção do seu conhecimento tanto na esfera acadêmica quanto na esfera 
pessoal. A disciplina é SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, e faz parte do Módulo de Departamento 
Pessoal do Curso Técnico em Recursos Humanos da ETEPAC. 
Você, que muito em breve será um profissional de RH, perceberá como o olhar sem o 
devido zelo por esse campo de atuação pode levar prejuízos aos trabalhadores, às empresas, ao 
governo, e até mesmo à sociedade. Um acidente de trabalho, por exemplo, pode tirar a vida de um 
ser humano de forma precoce, causando comoção à família e diminuição da renda. A comoção 
também caminhará nos corredores da empresa, e promoverá a diminuição da produtividade e o abalo 
da credibilidade da referida empresa. 
Nesta disciplina, você estudará os Fundamentos de Fisiologia no Trabalho, onde abordarei 
assuntos como a Ergonomia. Palavra estranha, né?! Pode até ser estranha, mas ela é amiga de todos 
os trabalhadores e contribui na manutenção da saúde física, emocional e psíquica durante o exercício 
de qualquer profissão, que esteja regida pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). 
Além disso, você aprenderá sobre a Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho, e vai 
se deparar com diversas ações e medidas preventivas que promoverão a melhoria do ambiente de 
trabalho, a prevenção de ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, e a proteção 
da integridade e capacidade do trabalhador. Aqui, você conhecerá o GRO, que é o Gerenciamento de 
Riscos Ocupacionais, o PCMSO, que é o controle dos exames periódicos, o SESMT, que significa 
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, a CIPA, Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes, dentre outros programas e ferramentas. 
Abordarei no terceiro assunto as Condições Técnicas de Trabalho e é onde você vai se 
defrontar com as condições estruturais das empresas, EPI, EPC, a necessidade de treinamento dos 
trabalhadores, e equipamentos de medição da insalubridade nos locais de trabalho. 
Finalizando, apresentarei as Aplicações Legais entre Direitos e Obrigações na Segurança 
e Saúdedo Trabalho, onde você verá um panorama histórico da segurança do trabalho no Brasil e no 
mundo. Conhecerá as Normas Regulamentadoras, saberá as implicações da Reforma Trabalhista de 
 
 
 
 
 
 
5 
2017 e de 2020 na vida do trabalhador brasileiro, e o assunto que mais clama pela sua atenção: 
Acidente do Trabalho. 
 
Desejo a você um excelente aprendizado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
6 
1.Competência 01 | Entender os Fundamentos da Fisiologia no Trabalho 
Sabia que você passa mais tempo no trabalho do que em qualquer outro lugar? Entenda 
que, fazendo um cálculo rasteiro, quem trabalha oito horas diárias, a CLT (Consolidação das Leis do 
Trabalho) prevê no mínimo uma hora de repouso entre jornadas. Somando uma média de uma hora 
de ida e uma hora de volta no percurso da casa ao trabalho e vice-versa, essa conta perfaz um total 
de onze horas. Diminuindo essas onze horas das 24 horas do dia, restam treze horas. Você dormirá 
oito horas de sono e terá apenas cinco horas com a sua família. E olha que essa conta piora quando 
você precisa fazer hora extra e quando pega engarrafamentos! 
 
Agora que você já ouviu o Podcast, e voltando a falar do tempo dedicado ao trabalho, 
você pode observar que a jornada laboral tem que ser considerada e regulada com vistas ao bem-
estar do trabalhador no exercício de sua função, de modo a promover a adequação do trabalho às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores, estabelecendo desta forma sua saúde física, 
emocional e psíquica. Esta adequação é conduzida pela ERGONOMIA, assunto que abordarei ainda 
nesta primeira competência, e que, para o cumprimento da sua missão, necessita de várias outras 
ciências para conhecer melhor o organismo humano e assim compreender os impactos do trabalho 
na vida do ser humano, e dessa forma atuar principalmente de maneira preventiva, garantindo a 
manutenção da saúde do trabalhador. 
Dentre as ciências, há a BIOMECÂNICA, que é a aplicação das leis da mecânica às 
estruturas orgânicas vivas, ou seja, a aplicação das leis físicas ao corpo humano, visando estimar e 
evitar as tensões que ocorrem nos músculos e nas articulações; 
Existe ainda a ANTROPOMETRIA, que oferece informações sobre as dimensões do corpo, 
sinalizando a necessidade de customização da estação de trabalho de acordo com características do 
trabalhador; 
 E a FISIOLOGIA, que é a ciência que estuda o funcionamento e equilíbrio do ser humano, 
explicando fatores físicos, químicos, bioquímicos e sua relação com a origem, manutenção e 
 
E por falar em tempo, dê uma pequena pausa na leitura e vá ao Podcast. Lá, 
você vai escutar seu professor falar de várias coisas legais e abordar os tópicos 
mais importantes desta competência. Aguardo você lá! 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
7 
propagação da vida humana. Ela é responsável por compreender as características das células, 
tecidos, sistema nervoso, sistema muscular, sistema circulatório, produção de hormônios, bem como 
outros sistemas. Além disso, a fisiologia é responsável por estimar a demanda energética para um 
esforço muscular, ou seja, ela ensina o quanto de energia o corpo humano pode oferecer para manter 
posturas e movimentos no trabalho. Conhecendo os limites energéticos para cada tipo de atividade 
laboral, e evitando a ultrapassagem desses limites, a saúde do trabalhador será mantida. 
Além das ciências supracitadas, outras disciplinas também ajudam a compor a ciência 
ergonômica, como a Anatomia, a Psicologia, a Medicina do Trabalho, dentre outras que não estarão 
na abordagem deste e-book. 
O resultado do estudo que todas essas ciências oferecem proporcionará informações que 
norteará o processo decisório por parte das organizações, seja na esfera pública, seja na esfera 
privada, que implantarão práticas em seus processos internos no sentido de evitar lesões, graves ou 
pequenas, aos trabalhadores, garantindo assim duas coisas simples: a primeira é a saúde e o bem-
estar das pessoas e a segunda é a presença do colaborador, que não se ausentará da organização por 
incapacidade temporária ou definitiva. 
 
 
 
 
Fique atento! O enfoque do estudo da disciplina Segurança e Saúde no Trabalho, 
bem como todo o Curso de RH que você está fazendo, trilha o caminho da 
iniciativa privada, cuja legislação é agasalhada pela CLT (Consolidação das Leis do 
Trabalho). O Servidor Público possui seus direitos trabalhistas garantidos sim, 
mas sob outra legislação. Existem Empresas Públicas que, pela natureza de sua 
atuação, têm seus colaboradores regidos pela CLT e não pelo Estatuto dos 
Servidores Públicos (Exemplo: Caixa Econômica Federal). 
 
Você já ouviu falar em CUSTOMIZAÇÃO? É a personalização ou adaptação de 
algo de acordo com as especificações, preferências ou características de uma 
pessoa. Exemplificando, se você for a uma festa e encontrar uma pessoa 
vestindo uma roupa igual a sua, é chato ou não é?! Não seria legal uma roupa 
feita apenas para você?!! No caso da customização da estação de trabalho do 
trabalhador, nada mais é senão a adequação de acordo com as características 
físicas da pessoa. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
1.1.Fisiologia no Trabalho 
Bem, iniciando o estudo da FISIOLOGIA, primeiramente, vou informar a você a etimologia 
da palavra, que vem do grego e possui os seguintes significados: PHYSIS = Natureza, Função ou 
Funcionamento; e LOGOS = Palavra ou Estudo. Ela é o ramo da biologia que estuda as funções 
mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres vivos, ou seja, a Fisiologia estuda o funcionamento do 
organismo. 
Você entenderá melhor a fisiologia a partir do estudo de algumas funções do organismo 
humano: 
• Sistema Nervoso: É constituído por células nervosas ou neurônios, com 
características de irritabilidade (sensibilidade a estímulos) e condutibilidade 
(conduções de sinais elétricos). Esses Sinais Elétricos são chamados também de 
Impulsos Elétricos. São impulsos eletroquímicos propagados ao longo das fibras 
nervosas. Esses sinais são produzidos após um estímulo externo (luz, som, 
temperatura, agentes químicos, movimentos de articulações,...) e conduzidos até o 
sistema nervoso central, onde ocorre a interpretação e reação. Por sua vez, essa 
reação é enviada de volta, pelos nervos motores, conectados aos músculos, 
provocando os movimentos do corpo de uma forma geral, como um piscar dos olhos, 
os movimentos dos braços, etc. Para essa reação acontecer ocorre a sinapse, que é 
uma cadeia de células nervosas conectadas entre si. 
 
Figura 1 – Sinapse 
Fonte: (IIDA,2005) 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, ilustração em preto e branco de uma Ilustração de dois neurônios. Da 
esquerda para a direita, uma sequência do neurônio e sua para a SINAPSE. Fim da audiodescrição. 
 
• Sistema Muscular: São os grandes responsáveis pelos movimentos do corpo. São eles 
que transformam a energia química armazenada em contração, consequentemente 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
em movimentos. Existem três tipos de músculos: os lisos, que estão nas paredes dos 
intestinos, vasos sanguíneos, bexiga, e outras vísceras; os músculos do coração, que 
realizam trabalho muscular de bombear nosso sangue; e os músculos estriados ou 
esqueléticos, que são os únicos de que temos controle consciente. São responsáveis 
pelos diversos movimentos que realizamos no dia a dia, e estão envolvidos 
diretamente com a postura. 
 
Figura 2 - Fibras Musculares Estriadas ou Esqueléticas 
Fonte: (IIDA,2005) 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, ilustração em preto e branco de uma Ilustração das fibras musculares em 
dois momentos. Na parte superior da figura, três colunas de fibras representando o músculo contraído. E na parte 
inferior, três colunas de fibras representando o músculo relaxado. Fim da audiodescrição. 
 
• Irrigação Sanguínea: É o sistema circulatório que nutre com oxigênio e outras 
substâncias estes músculos. Este sistema é constituídopor artérias, veias, vasos e 
capilares extremamente finos. Para esse sistema funcionar perfeitamente como uma 
bomba hidráulica, os músculos precisam contrair e relaxar com certa frequência. 
Quando o músculo contrai, ele estrangula a parede dos vasos, impedindo a passagem 
do sangue e quando relaxa ele permite que o sangue volte a circular. Quando a 
contração do músculo for prolongada (mais que 1 minuto), esse músculo ficará sem 
nutrição, ocorrendo rapidamente a fadiga muscular. 
 
• Metabolismo: O termo metabolismo vem do grego e possui os seguintes significados: 
METABOLE = Mudança; e ISMO = Qualidade ou Sistema, ou seja, seu significado literal 
seria “sistema de mudar”. Ele é usado para descrever as várias reações químicas 
existentes no organismo que garantem as necessidades estruturais e energéticas de 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
um ser vivo. É a energia necessária para manter o bom funcionamento do organismo, 
gerada através da alimentação. Toda nossa alimentação é transformada em energia. 
Uma parte dela é utilizada para mantermos vivos em repouso, apenas funções vitais, 
como o coração, o pulmão, o sistema digestivo, entre outros, através do 
Metabolismo Basal. A outra parte dessa energia é utilizada como combustível para as 
atividades do dia, como trabalhar, estudar, praticar esportes, etc. 
 
• Gasto Energético nas Atividades Laborais: A energia gasta no trabalho varia de 
acordo com cada atividade laboral. A legislação brasileira informa que a atividade 
considerada pesada é aquela que ultrapassa 250W (Watts) por minuto. 
 
Abaixo, apresentarei parte da tabela oficial da Norma Regulamentadora número 15 que 
aborda as atividades e operações insalubres, mais especificamente no seu anexo 3, que no quadro 2 
informa as atividades laborais e seus respectivos gastos energéticos. 
 
Continue atento: Apesar da legislação utilizar a medida W (Watts) para expressar 
o gasto energético utilizado nas atividades, existe outra medida bem mais 
conhecida e utilizada que é a KCAL (Quilocaloria). Equivalendo as grandezas, 250 
Watts = 214,96 Quilocalorias por hora. Isto equivale a 3,5 Kcal por minuto. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
 
Quadro 1: Quadro 2 do Anexo 3 da NR-15 - Taxa metabólica por tipo de atividade 
Fonte:https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-15-
anexo-03.pdf 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, tabela constituída de duas colunas e 18 linhas. A coluna da esquerda 
informa os tipos de atividades laborais e a da direita, os respectivos gastos energéticos. Fim da audiodescrição. 
 
• Trabalho Estático: É aquele que exige contração contínua dos músculos para manter 
a postura necessária ao trabalho. A ausência de relaxamento muscular durante o 
trabalho estático deverá iniciar o processo de fadiga muscular. Por exemplo: Segurar 
as sacolas de compras durante um certo trajeto; Outro exemplo é o manuseio do 
“mouse”, que, apesar do trabalho dinâmico com movimentos da mão e do braço, a 
mão realiza um Trabalho Estático, mantendo os músculos contraídos em forma de 
cunha. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
 
• Trabalho Dinâmico: Ocorre quando há contração e relaxamento alternados dos 
músculos, em tarefas como: martelar, girar o volante, caminhar, empurrar objetos 
etc. Esses movimentos musculares funcionam como bomba hidráulica aumentando 
o volume sanguíneo, consequentemente aumenta o volume de oxigênio e a 
resistência à fadiga. 
 
1.2.Biomecânica 
Começando novamente pela etimologia da palavra, do Grego BIOS, que significa vida, 
mais MEKHANE, que significa aparelho, arranjo, meios. 
É a aplicação das leis físicas da mecânica ao corpo humano, podendo estimar e evitar as 
tensões que ocorrem nos músculos, ossos e articulações. 
 “A Biomecânica é a ciência que estuda as forças internas e externas que atuam sobre 
uma estrutura biológica e os efeitos produzidos por estas forças”. Nigg, 1994. 
A Biomecânica do trabalho se ocupa dos movimentos corporais e forças relacionadas ao 
trabalho, ou seja, ela atua nas interações físicas do trabalhador com o seu posto de trabalho, 
máquinas, ferramentas e materiais, visando diminuir os riscos do aparecimento dos distúrbios 
musculares relacionados ao trabalho. 
O estudo da Biomecânica oferece dicas importantíssimas sobre a mecânica do corpo 
humano, como evitar torções de tronco de forma brusca, evitar curvar-se à frente, manter as 
articulações em posições neutras, evitar picos de tensão, que, através dos movimentos bruscos, dá-
se o surgimento de danos geralmente de ordem muscular. Desta forma, essa ciência orienta que o 
trabalho deve ser executado com calma, respeitando as limitações do corpo humano. 
 
Você sabia que a sua cabeça pesa em torno de 5kg? Quando você inclina sua 
cabeça para verificar seu smartphone, durante esta verificação você está 
realizando um Trabalho Estático, onde os músculos do pescoço estão 
trabalhando e o peso da cabeça está exercendo tamanha pressão sobre a coluna 
cervical. Segundo uma pesquisa de Kenneth K. Hansraj, de um instituto médico 
de cirurgia e reabilitação da coluna de Nova York, quando sua cabeça está 
inclinada num ângulo de 60º, você está exercendo um peso de 27,2 kg sobre sua 
cervical !!! 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
 
Os movimentos corporais no ambiente laboral que não recebem o olhar da Biomecânica 
ensejam na fadiga muscular, nas dores musculares e nos traumas musculares. 
 
• Fadiga Muscular: 
É o cansaço físico extremo, que ocorre normalmente quando a atividade física exige um 
esforço maior do que o corpo está acostumado. 
• Dores Musculares: 
Normalmente ocorrem em contrações estáticas, pois não há uma boa circulação de 
sangue e oxigênio, facilitando o acúmulo de resíduos metabólicos, causando vários problemas, como 
cãibras, espasmos e fraquezas. Essas dores podem ser geradas a partir de trabalhos físicos intensos, 
no transporte de cargas, em posturas inadequadas, empurrar ou puxar carga, torções na coluna, e 
repetições exageradas nos movimentos. 
• Traumas Musculares: 
São causados pela exigência física maior que a capacidade do trabalhador. Pode ser 
gerada por impacto (força súbita em um curto espaço de tempo, como colisão ou queda) ou por 
esforço excessivo (quando há cargas excessivas sem pausas, como digitação, linha de montagem...). 
Iida (2005, p. 164). 
 
 
 
Importante: Produtos e postos de trabalhos inadequados provocam estresses 
musculares, dores e fadiga, que muitas vezes são solucionados com simples 
providências, como: aumento ou redução da altura da mesa ou da cadeira, 
melhorias de layout ou micro pausas. (IIDA, 2005, p. 159). 
 
Assista ao vídeo a seguir que aborda uma linha de montagem que, apesar do 
aumento da produção naquele momento da Revolução Industrial, levou muitos 
trabalhadores a adquirirem doenças ocupacionais. A omissão da preocupação 
pela saúde do trabalhador gerou uma lógica: Aquela produtividade não foi 
sustentável. 
https://youtu.be/HglVC5bFqZ4 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
1.3.Antropometria 
Etimologicamente, a palavra antropometria também vem do grego, cujos significados são 
os seguintes: ÁNTHROPOS, que significa "homem" ou "ser humano"; e MÉTRON, que quer dizer 
"medida". 
É o estudo das dimensões e proporções do corpo humano que devem ser ajustadas de 
acordo com as necessidades do trabalhador para o seu trabalho. Dessa forma, a estação de trabalho 
deverá estar adaptada às medidas do trabalhador, seja na altura, no tamanho das pernas, no alcance 
dos braços ou até mesmo no peso. 
 
 
Há variações nas medidas do corpo humano que devem ser consideradas: 
• Diferenças entre sexos: Desde o nascimento, existem diferenças entre homens e 
mulheres, que continuam durante a vida toda. Essas diferenças, seja na diferença da 
altura, seja na largura dos quadris, devem ser consideradas na hora da concepção da 
estação de trabalho.• Variações Étnicas: Os povos apresentam variações das medidas. Muitos produtos 
foram exportados e não tiveram tanta aceitação, pois na sua criação não foram 
levados em consideração estudos antropométricos do país importador. Citando 
alguns exemplos: os árabes têm membros superiores relativamente mais longos que 
os europeus, enquanto os orientais os têm mais curtos. Muitos calçados brasileiros 
são baseados em formas europeias, explicando o desconforto de muitos deles, pois 
os pés dos europeus são levemente mais finos que os dos brasileiros. 
 
Exemplo Prático: Vou citar uma experiência pessoal sobre uma professora que 
tive na época da Universidade. Ela era psicóloga de uma empresa de ônibus de 
grande porte, e verificou um alto índice de absenteísmo(colocar um hiperlink 
para absenteísmo) no trabalho por motivo de doença. Após árdua investigação, 
ela descobriu que os motoristas estavam adoecendo pelo simples fato de não 
saberem ajustar a altura do banco. Motoristas de estatura alta largavam, e 
assumiam o turno motoristas baixinhos, que mal alcançavam o pedal da 
embreagem. E após esforço desumano durante longa jornada, o final da história 
você já sabe. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
• Influência do Clima nas Proporções Corporais: O corpo dos povos de clima quente 
são ligeiramente lineares e os de clima frio têm formas mais arredondadas. Os 
magros facilitam a troca de calor com o ambiente, e os mais arredondados conservam 
mais facilmente o calor. 
• As Pesquisas de Sheldon: Esse estudioso definiu três tipos físicos a partir de sua 
pesquisa: O Ectomorfo, de formas mais alongadas, com membros mais longos e finos, 
pouca gordura e músculos, ombros largos e caídos, rosto magro, entre outras 
características. O Mesomorfo possui pouca gordura subcutânea, apresenta cabeça 
cúbica, ombros e peitos largos e abdômen pequeno, tem tipo físico musculoso. E o 
Endomorfo, que apresenta formas arredondadas e macias e depósito de gordura. 
Possui forma em pêra, abdômen grande e o tórax parece ser relativamente pequeno, 
membros curtos e flácidos, ombros e cabeça arredondados. Na prática, é mais 
comum a mistura de dois tipos físicos. 
• Variações Extremas: Dentro de uma população existem as diferenças extremas, 
principalmente no que diz respeito à altura. Estatisticamente os homens são 25% 
mais altos que as mulheres. Uma diferença considerável é a do abdômen, de 43,4 a 
14,0 cm, porém podem ser alterados, quando emagrece, engorda ou engravida. 
 
 
Figura 3 - Variações Antropométricas 
Fonte: IIDA(2005) 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, figura em preto e branco de três silhuetas de pessoas com medidas 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
diferentes, onde a primeira, à esquerda, informa que o homem tem estatura maior que a mulher. A segunda, ao centro, 
compara pessoas de diferentes pesos. E a última, à direita, mostra como as medidas de uma mulher mudam com a 
gravidez. Fim da audiodescrição. 
 
 
 
1.4 Ergonomia 
Iniciando pela etimologia da palavra, Ergonomia origina-se do grego e sinaliza os 
seguintes significados: ERGON: Trabalho; NOMOS: Leis, Regras. 
 A ergonomia é identificada pela Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), que foi 
publicada em 1978 no Ministério do Trabalho e, atualmente, está vinculada ao Ministério da 
Economia na pasta da Secretaria do Trabalho. Informarei agora o conceito na íntegra de acordo com 
a norma no seu artigo 17.1: 
17.1 Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. 
 
Exemplo Prático: Compartilhando uma experiência profissional que tive, 
quando era gestor da área administrativa de uma empresa privada, recebi um 
pedido de um gerente de um determinado departamento: Ele tinha uma 
estatura alta e se queixava de dores nos ombros, provenientes da digitação 
numa mesa que ele julgava ser alta e que implicava na manutenção dos braços 
elevados, que consequentemente contraem a musculatura dos ombros. Sua 
cadeira já estava regulada na altura máxima. Daí, ele sugeriu diminuir os pés da 
mesa! Ora, como sua mesa estava numa altura padrão de 0,70m ( podendo 
chegar a 0,65m, altura ajustada para as mulheres), não seria a solução ideal. 
Providenciei então a confecção de um suporte de teclado, que ficou numa 
altura de 0,60m, e gerou um conforto ocupacional. Sua estação de trabalho 
passou a ser antropometricamente adequada. 
 
Que tal dar uma olhada num vídeo, com uma sequência também curtinha, com 
maior riqueza de detalhes, mas que está contemplado no escopo desta 
disciplina? Segue o link: 
https://youtu.be/6QgznbxbQyo 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
17 
 
Fique tranquila (o), pois eu falarei de forma mais aprofundada sobre as NR em outras 
competências. 
 
Agora que você já assistiu à videoaula, veja alguns conceitos de ERGONOMIA sob a 
abordagem de autores diferentes: 
 “Conjunto de ciências que procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser 
humano e seu trabalho, basicamente procurando adaptar as condições do trabalho às características 
psicofisiológicas do ser humano.” ( Couto, Hudson de Araújo). 
 
 
A ergonomia pode ser definida como “o conjunto de conhecimentos científicos relativos 
ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser 
utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia.” (Wisner, 1987). 
 “A ergonomia é o trabalho interprofissional que, baseado num conjunto de ciências e 
tecnologias, procura o ajuste mútuo entre o ser humano e seu meio ambiente de trabalho de forma 
confortável e produtiva, basicamente procurando adaptar o trabalho ao homem.” (Couto, 2002). 
 
Você já ouviu falar das NR? As Normas Regulamentadoras são um conjunto de 
requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina do trabalho, de 
observância obrigatória às empresas privadas, públicas e órgãos do governo que 
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
 
Antes de você continuar no estudo da ergonomia, dê uma paradinha e assista à 
videoaula. Ela está bem legal. Lá, eu falo dos tópicos desta competência e 
apresento exemplos bem práticos, especialmente da “amiga” dos 
trabalhadores: a ergonomia. 
 
Atenção: A palavra PSICOFISIOLÓGICA, contida no próprio conceito da NR 17 
sobre a Ergonomia alerta você para entender que a Antropometria e a 
Biomecânica NÃO são sinônimos da Ergonomia. Enquanto aquelas ciências 
abordam os aspectos fisiológico e corporal, a Ergonomia abraça tanto esses 
aspectos físicos quanto também os ligados à cabeça do trabalhador, combatendo 
doenças como o estresse, a ansiedade e até mesmo a depressão. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
18 
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao 
entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação 
de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o 
desempenho global do sistema. (ABERGO - Associação Brasileira de Ergonomia). 
Com todo esses variados conceitos acerca da palavra ergonomia, resumidamente, você já 
pode entender que ela é o conjunto de ações que busca a adequação do trabalho ao homem, 
promovendo sua saúde física, emocional e psíquica. 
Diante deste conceito resumido, fica fácil agora entender que a Ergonomia possui 3 ( três) 
domínios: Ergonomia Física; Ergonomia Cognitiva; e Ergonomia Organizacional. 
 
Ergonomia Física: 
Dispõe sobre a relação contínua entre as atividades diárias que exigem esforços físicos 
em sua execução e as características anatômicas do ser humano. O objetivo central da ergonomia 
física é obter o melhor desempenho do indivíduo, através da realização de análises e estudos de sua 
fisiologia, antropometria e biomecânica que são aplicados aospostos de trabalho. 
Para atingir uma melhor classificação dos biótipos e, com isso documentado, estruturar 
equipamentos, ferramentas e maquinário, adaptados às capacidades do indivíduo ou grupo 
analisado, faz-se necessário o acompanhamento de pontos como por exemplo: 
• Perfil e exigência postural no trabalho; Manuseio de materiais; Esforços repetitivos; 
• Layout das estações de trabalho; Temperatura do ambiente e ventilação; Ruído; 
• Iluminação; Condições sanitárias; Possíveis distúrbios musculoesqueléticos; 
• Sinalização; Segurança e saúde do trabalhador (como bem orienta a NR-17). 
Ergonomia Cognitiva: 
Aborda os processos mentais trabalhados pelo indivíduo ao realizar suas atividades e 
como esses processos afetam suas diferentes interações com objetos de um sistema. Esses processos 
englobam, em suma, o raciocínio, reação ou resposta motora, percepção do cenário e memória. 
Neste tipo de ergonomia, avaliam-se aspectos como por exemplo: 
• Pressão e carga mental exigida pelo trabalho; O caminho ou processos que levam à 
tomada de decisão; O desempenho especializado em áreas específicas; 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
19 
• A interação entre homem e máquina, ou homem e algoritmo; Otimização de 
Sistemas; 
• A confiabilidade humana; A carga de estresse com origem profissional. 
Desta forma, a ergonomia cognitiva se apresenta como metodologia de avaliação e 
intervenção nas principais questões que podem influenciar, de alguma forma, o perfil mental dos 
colaboradores. 
Ergonomia Organizacional: 
Visa a otimização dos fatores sociotécnicos, ou seja, aqueles que incluem o indivíduo 
como parte inerente ao sistema funcional, bem como suas estruturas organizacionais, processuais e 
políticas. 
Este tipo de ergonomia analisa e intervém na cultura e ambiente organizacional, sob o 
objetivo de adaptar as condições oferecidas pela empresa, a saúde e bem-estar do colaborador. 
Sendo assim, para alcançar isso, é de suma importância que os aspectos listados abaixo sejam 
mapeados e adaptados: 
 
• Canais de comunicação; Trabalhos colaborativos; 
• Projetos de participação multidisciplinar; Organograma; 
• Cultura organizacional; Formato de feedbacks; Gestão de qualidade. 
 
 
Figura 4 - Ergonomia Física, Cognitiva e Organizacional 
Fonte: Internet 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, uma sequência de três imagens coloridas. Da esquerda para a direita, a 
primeira é de uma ilustração de um homem sentado, inclinado na ponta da cadeira e usando um monitor que está 
apoiado por livros numa mesa. Em seguida, uma silhueta de uma cabeça humana, e no lugar do cérebro, dois parafusos 
grandes de engrenagem. E na terceira, seis pessoas segurando peças de quebra-cabeça, sentados, numa mesa de 
reunião. Fim da audiodescrição. 
 
Objetivos da Ergonomia: 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
20 
• Adequar o trabalho ao homem; Reduzir / Evitar Acidentes e Lesões; Reduzir a fadiga; 
• Reduzir o estresse e outras doenças psíquicas; Maior segurança, satisfação e saúde. 
 
A NR-17 que versa sobre a Ergonomia, regula e determina as condições técnicas dos 
seguintes tópicos: 
1. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais; 
2. Mobiliário dos postos de trabalho; 
3. Equipamentos dos postos de trabalho; 
4. Condições ambientais de trabalho; e Organização do trabalho. 
 
Atenção, prezado (a) estudante: Como o assunto é bem amplo, e não cabe na proposta 
deste e-book, disponibilizo abaixo um vídeo discorrendo sobre a Ergonomia e o link da NR-17 
completa, inclusive com seus dois anexos que falam dos trabalhadores de Check Out, como os caixas 
de mercados, e os trabalhadores de Teleatendimento, como os operadores de Call Center. 
 
Você agora já conhece palavras como Fisiologia do Trabalho, Biomecânica, 
Antropometria, e Ergonomia. Antes estranhas, agora fazem parte da estrada que você está 
construindo em direção ao mundo de Recursos Humanos. 
 Ei, contenha sua ansiedade, pois a próxima competência será empolgante e você aprenderá 
diversas ações e medidas preventivas da Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. 
Até lá! 
 
 
 
https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf/view 
 
https://youtu.be/Guc1JwK1iP4 
 
 
 
 
 
 
21 
Competência 02 
2.Competência 02 | Compreender a Gestão da Segurança e da Saúde no 
Trabalho 
Estimada (o) estudante, tudo bem com você? 
Na competência passada, você se apropriou de um tema importantíssimo: a ergonomia. 
Teve que navegar um pouco num campo mais teórico da biologia, mas necessário para embasar 
aquele tema. Já nesta competência, você mergulhará em assuntos mais práticos, que requerem do 
profissional de Recursos Humanos pleno conhecimento para a correta implantação e manutenção 
das medidas que deverão estar claras nas rotinas de todos os trabalhadores, e que visam tão somente 
o bem-estar de todos. 
 
Agora que você já ouviu o Podcast, nesta competência você verá a Gestão da Segurança 
e da Saúde no Trabalho e perceberá que ela deve ser construída como uma estrutura gerencial 
embasada no princípio da melhoria contínua e na atuação pró-ativa que permita identificar, avaliar e 
controlar os perigos e riscos existentes nos ambientes de trabalho, mantendo-os dentro de limites 
aceitáveis e que não se tornem causas de acidentes. 
Muitas empresas têm sua gestão da segurança e da saúde apenas em ações voltadas para 
o atendimento aos requisitos legais, ou seja, a preocupação gira apenas em torno do custo oriundo 
das multas geradas pelas ações que não estão em conformidade com a legislação vigente. Num 
cenário como este, a alta direção das empresas não ajuda na cultura da segurança, onde todos os 
setores e trabalhadores tornam-se completamente comprometidos com a segurança de todos. 
 Antes de eu falar o que abordarei nesta competência, dê uma pausa e vá direto 
ao Podcast. Você já sabe que não pode perder, né? Encontro você lá. 
 
 
 
 
 
 
22 
Competência 02 
 
Como você bem viu no exemplo prático compartilhado, muitas vezes a alta diretoria 
precisa de um “empurrãozinho” para aderir à cultura da segurança e adotar nova postura após um 
entendimento claro: o melhor desempenho da segurança do trabalho implica num melhor 
desempenho global de toda a empresa. Além disso, entenda que, da mesma forma que um filho se 
espelha no exemplo do pai e da mãe, um trabalhador também se espelha na chefia direta e na alta 
diretoria. Num canteiro de obras, por exemplo, um operário não achará importante o uso de um 
capacete se aparecer um diretor ou um gerente sem o devido equipamento de segurança. 
Nesta Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, existem programas e ferramentas, 
dentre elas: GRO e PGR; PCMSO; SESMT; CIPA; Mapa de Risco; LTCAT; PPP e eSocial. 
Tudo isto você verá nesta competência! 
 
Está pronto para dar mais um passo na sua formação?! 
 
2.1.GRO e PGR (NR-01) 
A NR-01 recebeu nova redação e estabelece que as organizações devem elaborar e 
implementar o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, a partir das diretrizes e dos requisitos 
 
Você quer sensibilizar sua empresa para a segurança do trabalho? 
Compartilharei outra experiência profissional, quando trabalhei no setor de 
transporte. A empilhadeira faltou freio e o motorista colidiu com outro veículo, 
sendo configurado como um acidente leve. Os motoristas e o antigo gestor me 
informaram que a diretoria estava ciente das condições da empilhadeira e que 
não adiantaria reclamar. Daí, fiz um levantamento dos custos com as 
manutenções corretivas (que eram muitas pela idade avançada da 
empilhadeira). Na sequência, formalizei um comunicado para a diretoria com o 
seguinte conteúdo: 1- Custos corretivos dos últimos 6 meses, informando ainda 
que eles são geralmente mais caros do que os preventivos; 2- A compra de uma 
nova empilhadeira não poderia mais ser adiada frente aos prováveis acidentes 
que poderiam ser fatais,cujas consequências são imensuráveis; e 3- Apresentei 
5 cotações para a nova aquisição. Dois meses depois, chegou uma empilhadeira 
novinha no pátio da empresa. 
 
 
 
 
 
 
23 
Competência 02 
do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – GRO. Esta nova redação entra em vigor em 03 de janeiro 
de 2022, conforme a Portaria 8.873 de 23 de julho de 2021. 
Desta forma, a NR-01 traz para as empresas o “caminho das pedras” para sistematização 
e centralização das ações de gestão em segurança e saúde no trabalho, voltadas para a redução de 
todos os tipos de riscos no ambiente laboral: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidente. 
 
Enquanto o GRO é o modelo de gestão cobrado às empresas pela NR-01 para o 
gerenciamento dos riscos ocupacionais, o PGR é uma das medidas de prevenção do GRO. 
 
O GRO prevê que as empresas devem: 
a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho; 
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde; 
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco; 
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de 
medidas de prevenção; 
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na 
ordem de prioridade estabelecida na alínea “g” do subitem 1.4.1; e 
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais. 
 
O PGR deve ter dois documentos: 
1 - Inventário de Riscos: Relação com todos os riscos presentes nos processos das 
empresas. 
2 - Plano de ação: Indicar medidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou 
mantidas. 
 
 
 
NÃO CONFUNDA: o GRO - Gerenciamento de Riscos Ocupacionais - é um modelo 
de gestão. É um planejamento de gestão de segurança e saúde no trabalho. 
E o PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos - é um documento do GRO. 
 
 
 
 
 
 
24 
Competência 02 
 
Figura 5 - GRO x PGR 
Fonte: blogsegurancadotrabalho 
Audiodescrição da figura: À esquerda da tela, organograma verde, na vertical, em duas colunas. A primeira coluna à 
esquerda fala do GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) com três características abaixo, todas dentro de 
retângulos na cor verde, e a coluna da direita fala do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) com duas 
características abaixo, também dentro de retângulos verdes. A primeira e a segunda característica do GRO estão ligadas 
por seta à primeira característica do PGR. E a terceira característica do GRO está ligada por seta à segunda característica 
do PGR. Fim da audiodescrição. 
 
 
2.2.PPRA x Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, 
Químicos e Biológicos (NR-09) 
O PPRA, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, era a NR-9 (Norma 
Regulamentadora). Esta norma foi publicada pela portaria 3.214/1978. Houve nove alterações, sendo 
a última através da portaria 6.735/2020, cuja vigência inicial é em 03 de janeiro de 2022. 
Você verá agora na íntegra o conceito extraído na própria NR-9, no seu artigo 9.1.1: 
9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração 
e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - 
PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através 
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de 
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo 
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
 
 
 
 
 
 
25 
Competência 02 
 
Eu chamei a sua atenção para a mudança da NR-09, pois você encontrará muita 
bibliografia sobre o PPRA como um assunto vigente, quando na verdade ele deixa de existir devido à 
nova redação, que passa a valer a partir de 3 de janeiro de 2022. O PPRA foi excluído da NR-09, uma 
vez que as ações aplicadas através do PGR incluem o gerenciamento de todos os riscos ambientais. 
A partir da data supracitada, a NR-09 tem alterado o próprio título, que antes era PPRA, 
e passa a ser Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e 
Biológicos. 
 Informarei agora na íntegra o conceito extraído na própria NR 9 atualizada, no seu artigo 
9.1.1: 
9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos para a avaliação 
das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando 
identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e 
subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais. 
Desta forma, a NR -09 fala da avaliação quantitativa de agentes físicos, químicos e 
biológicos, cujos resultados devem ser incorporados ao inventário de riscos do PGR. 
 Até agora, muitas novidades, né? Continue atento, pois tem muito mais! 
 
 2.3.PCMSO (NR-07) 
O PCMSO é o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional utilizado pela NR-07 
para proteger e preservar a saúde do trabalhador, realizando o devido acompanhamento de cada 
trabalhador dentro de seus ambientes de trabalho de acordo com os riscos aos quais eles estão 
expostos. Desta forma, o médico do trabalho acompanhará a saúde do trabalhador ao longo do seu 
 
Continue atento! Antes, a norma (NR-09) era o próprio documento. Agora, com 
o fim do PPRA e a implementação do PGR (Programa de Gerenciamento de 
Riscos), a nova NR-9 estabelece requisitos para a elaboração do PGR, no que se 
refere aos riscos químicos, físicos e biológicos identificados pelo referido 
documento. Desta forma, a NR-9 deixa de ser o próprio “documento PPRA” e 
passa a ser uma diretriz para o “documento PGR”. 
 
 
 
 
 
 
26 
Competência 02 
tempo de trabalho, e verificará se o ambiente de trabalho está oferecendo algum prejuízo à saúde 
do trabalhador. 
Esse acompanhamento e controle é feito através dos seguintes exames médicos: 
1. Exame Admissional; 
2. Exame Periódico; 
3. Exame de Retorno ao Trabalho; 
4. Exame de Mudança de Riscos Ocupacionais; e 
5. Exame Demissional. 
 
 
Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde 
Ocupacional - ASO, que deve ser comprovadamente disponibilizado ao empregado, devendo ser 
fornecido em meio físico quando solicitado. 
 
2.4.SESMT (NR-04) e CIPA (NR-05) 
SESMT (NR-04) 
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) 
nada mais são do que profissionais da área da saúde que visam a garantia da saúde e da integridade 
 
ATENÇÃO: O Exame de Mudança de Riscos Ocupacionais entra no lugar do 
Exame de Mudança de Função. A nova NR-07, com vigência inicial prevista para 
03 de janeiro de 2022, percebeu que a mudança de função em si não implicaria 
num aumento de risco ocupacional. Quer um exemplo? Um coordenador 
administrativo é promovido a gerente administrativo, e, apesar do aumento do 
nível de dificuldade da atuação laboral, estará exposto aos mesmos riscos 
ocupacionais. 
 
É sempre importante ler a legislação na fonte primária, ou seja, no próprio 
portal do governo, pois sempre constarão as atualizações. Veja aqui o link da 
NR-07, cujo documento segue na íntegra: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf 
 
 
 
 
 
 
27 
Competência 02 
física dos trabalhadores das empresas. Trata-se de uma equipe formada pelos seguintes integrantes: 
Engenheiro de Segurança do Trabalho; Técnico de Segurança do Trabalho; Médico do Trabalho; 
Enfermeiro do Trabalho; e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho. 
O dimensionamento do SESMT varia de empresa para empresa. A quantidade de 
integrantes dessa equipe será definida de acordo com dois critérios: 
1. Grau de Risco da atividade principal da empresa; e 
2. Quantidade de empregados. 
 
Veja o primeiro artigo da NR-04 na íntegra: 
4.1 As empresas privadas e públicas,os órgãos públicos da administração direta e 
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a 
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de 
trabalho. 
Abaixo, apresento Quadro II, extraído diretamente da NR-04, que versa sobre o 
dimensionamento do SESMT: 
 
Tabela 1 - Dimensionamento dos SESMT 
 
 
 
 
 
 
28 
Competência 02 
Fonte: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-
04.pdf 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, tabela com seis linhas, que apresentam o grau de risco das empresas, e dez 
colunas, que apresentam o número de empregados no estabelecimento. Fim da audiodescrição. 
 
 
CIPA (NR-05) 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é uma equipe composta por alguns 
empregados designados e eleitos para discutir e propor soluções para a segurança dos trabalhadores 
das empresas. 
Você se lembra do GRO? Pois bem, a CIPA terá papel importantíssimo na provisão de 
informações para o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Veja o que a NR-01 fala: 
1.5.3.3 A organização deve adotar mecanismos para: a) consultar os trabalhadores 
quanto à percepção de riscos ocupacionais, podendo para este fim ser adotadas as 
manifestações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando 
houver. 
Objetivo 
Veja o que a NR-05 fala a respeito dos objetivos da CIPA: 
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a 
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar 
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção 
da saúde do trabalhador. 
 
 
Curiosidade: O Técnico de Segurança e o Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, 
quando exigidos, precisam cumprir carga horária integral de 8 horas diárias. Já o 
Médico do Trabalho, o Engenheiro de Segurança do Trabalho e o Enfermeiro do 
Trabalho, cumprem carga horária que varia de 3 a 6 horas diárias. 
 ATENÇÃO: Pause a leitura do e-book e assista à videoaula desta competência. 
Está imperdível! 
 
 
 
 
 
 
29 
Competência 02 
Agora que você já assistiu à videoaula, responda o seguinte: Quem pode fazer parte da 
CIPA? 
Qualquer empregado pode fazer parte desta comissão, sendo duas formas a participação 
para a sua formação: Designação ou Eleição. 
Designação: Quando a empresa possui menos de 20 empregados e, conforme 
dimensionamento da NR-05 no Quadro I, ela deverá apenas indicar um empregado, designado para 
realizar as atividades da CIPA; 
Eleição: Quando a empresa se enquadra no dimensionamento do Quadro I, ela deverá 
formar uma comissão com representantes do empregador e dos empregados em igual número. 
Dimensionamento 
O dimensionamento da CIPA segue os mesmos critérios adotados pelo SESMT, ou seja, o 
grau de risco da atividade principal da empresa e o número de empregados. Veja parte do Quadro I, 
extraído da NR-05: 
 
Tabela 2 - Dimensionamento da CIPA 
Fonte: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-
05.pdf 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, tabela com treze linhas, que apresentam o grau de risco das empresas, e 
dezesseis colunas, que apresentam o número de empregados no estabelecimento. Fim da audiodescrição. 
 
 
 
 
 
 
30 
Competência 02 
 
Os representantes do empregador, titulares e suplentes, serão indicados e não terão 
estabilidade no trabalho. 
Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em votação 
secreta e terão estabilidade no trabalho de dois anos. 
 
Infelizmente, a estabilidade de dois anos proporcionada pela norma gera um viés não 
planejado pelos idealizadores dessa legislação. O objetivo da estabilidade foi tão somente o de 
proteger o empregado, que porventura viesse a entrar em conflito com a empresa no momento de 
intervir em processos da empresa que estejam causando perigo ao empregado. Acontece que, muitos 
funcionários buscam a CIPA numa fuga da demissão, objetivando apenas sua permanência na 
empresa em detrimento do objetivo verdadeiro: A PROTEÇÃO DE TODOS OS EMPREGADOS. 
 
 
Figura 6 - Símbolo da CIPA 
Fonte: https://i1.wp.com/www.somatick.com.br/site/wp-content/uploads/2014/06/cipa-logo.png 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, logotipo circular, com a borda verde, escrito na cor branca CIPA. E, na 
parte superior, a palavra SEGURANÇA. Na parte inferior, uma cruz na cor verde no centro da figura. Fim da 
audiodescrição. 
 
Curiosidade: O cipeiro (apelido carinhoso do integrante da CIPA) recebe a 
estabilidade já na data de sua inscrição no processo de candidatura, e vai até um 
ano após o término de seu mandato, que também é de um ano. 
 
E esse objetivo da CIPA implica em muitas atribuições aos cipeiros (membros da 
comissão). Você duvida? Então veja a norma na íntegra, vá ao artigo 5.16, e 
aproveite e dê uma lida em toda a NR-05: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-05.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Competência 02 
Como você viu, tanto o SESMT quanto a CIPA estão unidas na missão de proteger as 
pessoas, os empregados das organizações. Apesar do objetivo comum, ambas apresentam algumas 
peculiaridades, como a própria forma de atuar, e a formação da comissão. Enquanto o SESMT requer 
profissionais da área de saúde, a CIPA pode receber para compor a comissão QUALQUER empregado 
da empresa, independentemente da formação educacional, do salário, e seja lá qual for o critério. 
 
2.5.Mapa de Risco 
Todo trabalhador tem o direito de realizar suas atividades e cumprir sua jornada de 
trabalho num ambiente seguro e, para tanto, precisa ter conhecimento dos riscos existentes no 
ambiente de trabalho. O Mapa de Risco se apresenta para preencher esta lacuna. Ele informa os riscos 
através de uma ilustração, de um mapa, que é fixado na entrada de cada ambiente. 
O mapa de risco pode apresentar os riscos da área total da empresa ou pode ser 
elaborado e exposto de forma setorizada, a critério da gestão da empresa. 
Você imagina quem deverá elaborar este mapa? 
O cipeiro! E é exatamente a primeira dentre tantas atribuições da CIPA, que você estudou 
bem recentemente. 
O cipeiro terá a ajuda de um técnico de segurança do trabalho e/ou outro membro do 
SESMT, além da contribuição de outros empregados, que podem facilmente relatar problemas de seu 
próprio setor. Relembre o que diz a primeira atribuição da CIPA: 
5.16 A CIPA terá por atribuição: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e 
elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, 
com assessoria do SESMT, onde houver 
 Veja agora o modelo de Mapa de Risco, que deve ser padronizado para facilitar sua 
compreensão por parte dos empregados, e até mesmo dos visitantes das empresas: 
 
 
 
 
 
 
32 
Competência 02 
 
Figura 7 - Mapa de Riscos 
Fonte: https://images.app.goo.gl/sM2ZSAv3GDUiiYsp9 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, ilustração colorida de uma planta baixa de Mapa de Riscos. O projeto traz 
ambientes com sinalizações em formato de círculos de tamanhos e cores diferentes. A legenda está do lado esquerdo 
da planta, indicando a cor amarela para riscos ergonômicos, a cor azul para riscos mecânicos (de acidentes), a cor verde 
para riscos físicos, a cor vermelha para riscos químicos, e a cor marrom para riscos biológicos. Fim da audiodescrição. 
 
Como você pode observar na figura abaixo, o nível de gravidade de cada risco é 
representado no mapa por círculos. 
 
Figura 8 - Legenda de Mapa de Risco 
Fonte: https://images.app.goo.gl/C7KiEwNGufiXVhMD8 
Audiodescrição da figura: Nocentro da tela, tabela colorida com três colunas, onde a primeira fala dos tipos de riscos, a 
segunda, das cores dos riscos, e a terceira, do tamanho do risco com a representação de três círculos de tamanhos 
diferentes. Fim da audiodescrição. 
 
Veja cada um: 
• Círculo pequeno: risco pequeno; 
• Círculo médio: risco maior que pode ser controlado; e 
 
 
 
 
 
 
33 
Competência 02 
• Círculo grande: risco grande, que requer muita atenção e intervenção. 
 
Você já viu também as cores de cada risco, mas vou repetir adicionando exemplos de cada 
risco: 
• Verde (riscos físicos): ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não-ionizantes, frio, 
calor, umidade e pressões anormais; 
• Vermelho (riscos químicos): poeiras, fumos, neblinas, gases, vapores, substâncias 
químicas em geral; 
• Marrom (riscos biológicos): vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos; 
• Amarelo (riscos ergonômicos): esforço físico intenso, levantamento e transporte 
manual de peso, trabalho que requer postura inadequada, controle rígido de 
produtividade, ritmos excessivos, trabalhos em turno diurno e noturno, jornada 
prolongada de trabalho, monotonia e repetitividade e situações que causem estresse 
físico ou psíquico; 
• Azul (riscos de acidentes): arranjo físico inadequado, máquinas ou equipamentos sem 
proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, 
eletricidade, risco de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais 
peçonhentos e outros elementos que possam representar riscos de acidentes. 
 
2.6. Laudo de Insalubridade e Laudo de Periculosidade 
Os Laudos de Insalubridade e de Periculosidade são documentos que devem ser 
providenciados pelas empresas no sentido de informar a existência de riscos no ambiente de 
trabalho, bem como de indicar a necessidade de pagamento extra ao empregado que esteja exposto 
à atividade insalubre e/ou periculosa. 
Esses laudos atestam as condições de riscos existentes no trabalho e devem ser 
elaborados apenas por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
O Laudo de Insalubridade é regulamentado pelo artigo nº 193 da CLT e pela NR-15, e 
informa que o exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador 
 
 
 
 
 
 
34 
Competência 02 
adicional sobre o salário mínimo da região de 40% (grau máximo), 20% (grau médio), e 10% (grau 
mínimo). Essas condições implicam nas atividades que expõem o trabalhador a: 
 
• Altos ruídos; Produtos químicos; Agentes biológicos; Agentes químicos; Poeiras 
minerais; Temperatura (calor, frio), entre outros. 
 
O Laudo de Periculosidade é regulamentado pelo artigo nº 193 da CLT e pela NR-16, e 
informa que o exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador 
adicional de 30% sobre o salário base. Segundo a norma, são condições de periculosidade: 
• Atividades e Operações Perigosas com Explosivos; 
• Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis; 
• Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubos ou outras Espécies de 
Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial; 
• Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica; 
• Atividades Perigosas em Motocicleta; e 
• Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias 
Radioativas. 
 
 ATENÇÃO: A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a 
cessação do pagamento do adicional respectivo. 
 
Para saber mais, acesse os links das NR-15 e 16 para você dar uma lida: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-15-nr-15 e 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-16-atualizada-2019.pdf 
 
 
 
 
 
 
35 
Competência 02 
2.7.LTCAT, PPP e eSocial 
LTCAT 
O LTCAT é o Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, e seu objetivo é 
registrar a existência de agentes nocivos à saúde ou à integridade física dos trabalhadores. 
Sua principal finalidade é atestar as condições laborais que geram direito ao segurado de 
receber a chamada aposentadoria especial. Além disso, deve conter informações sobre a utilização 
de tecnologia de proteção, coletiva ou individual, que diminua ou neutralize a exposição do 
trabalhador. 
 
O LTCAT deverá ser elaborado exclusivamente por Engenheiro de Segurança do Trabalho 
ou Médico do Trabalho. 
 
Com base no LTCAT, será feito um formulário denominado de PPP. 
PPP 
O PPP ( Perfil Profissiográfico Previdenciário) é um formulário responsável pela 
comprovação de exposição do trabalhador aos agentes nocivos. Ele é um documento individual, que 
mostra o histórico da vida profissional durante o período de contrato de trabalho de um empregado. 
 O PPP, além de reconhecer o tempo especial para aposentadoria de um trabalhador, 
apresenta outras finalidades que muitas vezes não são percebidas como por exemplo, a prevenção 
de riscos, o controle da empresa para verificar se a função é compatível com as atividades e o 
monitoramento público para a promoção de políticas de prevenção a acidentes de trabalho. 
 
Veja agora um modelo de LTCAT utilizado pelas empresas: 
https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/download/Modelo%20de%20LT
CAT%20-%20Blog%20Seguran%C3%A7a%20do%20Trabalho.pdf 
 
ATENÇÃO: Enquanto o LAUDO DE INSALUBRIDADE (LI) provê as informações 
necessárias para atestar se o empregado tem direito ao adicional por 
insalubridade, o LTCAT emite parecer para atestar se o empregado tem direito à 
aposentadoria especial. Desta forma, entende-se que, enquanto o LI possui fins 
trabalhistas, o LTCAT possui fins previdenciários. 
 
 
 
 
 
 
36 
Competência 02 
 E por falar em monitoramento público, o profissional de Recursos Humanos deverá 
estar atento quanto ao envio das informações exigidas pelo poder público. 
As informações sobre os trabalhadores serão fornecidas ao governo através do eSocial. 
 
eSocial 
O Decreto nº 8373/2014 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, 
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Por meio desse sistema, os empregadores passarão a 
comunicar ao Governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como 
vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, 
aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS. 
A transmissão eletrônica desses dados informará ao governo numa única “tacada” as 
obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. 
Atualmente, existem 3 eventos de SST (Segurança e Saúde do Trabalho) que devem ser 
informados ao governo: 
• S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho; 
• S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador, através do ASO. 
• S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco. 
 
E aí? Você está gostando? Acha que são apenas essas as ferramentas elencadas nesta 
competência para a Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho? NÃO. Há profissionais de RH que 
ainda realizam os DDS (Diálogos Diários de Segurança), onde os gestores passam recomendações para 
os trabalhadores no início da jornada. Entre outras ações. 
Pense numa ideia para ajudar nessa gestão e comente no Fórum! Toda ideia é bem vinda 
quando o assunto é a segurança do ser humano. 
 ATENÇÃO: O LTCAT é o documento oficial para preencher o evento S-2240 do 
eSocial. 
 
 
 
 
 
 
37 
Competência 02 
Você está preparado para mais uma Competência? Na terceira Competência, falarei sobre 
Condições Técnicas de Trabalho, abordando Equipamentos de Proteção Individual, Equipamentos de 
Proteção Coletiva, treinamento para trabalhadores, entre outros assuntos. 
Até lá! 
 
 
 
 
 
Competência 03 
38 
3.Competência 03 | Compreender as Condições Técnicas deTrabalho 
 
Prezada (o) estudante, você estudou na Competência passada diversas ferramentas e 
meios de controle para nortear as ações de Gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho e percebeu 
que o papel do profissional de Recursos Humanos é de significativa responsabilidade, seja aos olhos 
do governo, que busca por dados para a tomada de decisão para políticas públicas mais assertivas, 
seja aos olhos da diretoria e investidores das empresas, que buscam melhores resultados, e seja aos 
olhos do empregado, que gera melhores resultados ao ser tratado com cuidado e respeito. 
 
Agora que você já ouviu o Podcast, nesta competência você entenderá que as Condições 
Técnicas de Trabalho do empregado devem ser planejadas, implementadas, vistoriadas, e mantidas 
de forma consistente, onde a proteção do trabalhador seja sempre o alvo a ser atingido. Você, como 
representante da empresa, deve saber que ela é responsável pelas sinalizações e demais 
Equipamentos de Proteção Coletiva, que devem estar em bom estado de conservação de modo a 
conseguir alertar os trabalhadores quanto aos riscos de acidentes nos ambientes de trabalho, bem 
como em fornecer Equipamentos de Proteção Individual ao seu funcionário e cobrar seu uso. Além 
desses cuidados mencionados, abordarei ainda nesta competência o treinamento acerca da SST 
(Segurança e Saúde no Trabalho) por meio do qual o trabalhador deve ser submetido de forma 
periódica. Apresentarei as condições ambientais e, por fim, alguns equipamentos que fazem a 
medição de riscos ocupacionais. 
 
E aí, será que apenas um bom salário é suficiente para motivar e aumentar a 
produtividade? Você concorda com essa abordagem? Um bom salário ajuda muito, mas o tempo 
 
E esse cuidado não para por aí...Antes de eu falar o que abordarei nesta 
competência, dê uma pausa e vá direto ao Podcast. Você já sabe que não pode 
perder, né? Encontro você lá. 
 
Você sabia? Que os precursores da Administração Científica, no início do século 
passado, baseavam-se no conceito do HOMO ECONOMICUS, onde o homem é 
motivado e incentivado apenas por estímulos salariais, e elaboravam planos de 
incentivo salarial para elevar a eficiência e baixar os custos operacionais. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
39 
passou, e hoje se sabe que existem diversos fatores de natureza pessoal, social e coletiva. Será que o 
sentimento de estar sendo bem cuidado não seria um desses fatores? 
 
3.1.Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) 
Todo processo produtivo vem de mãos dadas com riscos, pelos quais os trabalhadores 
estão expostos. E, para cada risco, existem determinados tipos de proteção que devem ser oferecidos 
aos trabalhadores. 
A atenção principal da empresa deve ser a de conhecer os riscos existentes nas atividades 
desenvolvidas pelos seus trabalhadores. Este conhecimento compreende conhecer não só quais 
riscos, mas a quantidade existente, ou seja, quanto realmente existe de produtos químicos, de ruído, 
de poeira, de radiação, de risco de acidente, etc. no ambiente de trabalho. Conhecidos estes riscos, 
segue-se o próximo passo que é elaborar um plano de ação para a neutralização, eliminação ou 
minimização deles. Esse plano de ação é aquele do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), 
conforme você viu na segunda Competência. Dentro do plano de ação estão as proteções, que podem 
ser individuais e coletivas. 
Abordarei primeiramente as medidas de proteção coletivas, dada a importância que a 
empresa deve considerar como atenção inicial. 
 
Com a ajuda dessa fala do Professor Itiro Iida, percebe-se que o foco das medidas de 
proteção devem ter início no Equipamento de Proteção Coletiva - EPC. 
Veja seu conceito conforme o glossário da NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços 
em Eletricidade): 
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de 
abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários 
e terceiros. 
 
Veja o que fala o professor e escritor Itiro Iida: 
“A atuação sobre o trabalhador deve ser considerada como medida de segunda 
ordem. Os seres humanos apresentam variações de comportamento e não se 
pode esperar que estejam sempre atentos e vigilantes para a prática de atos 
seguros. O que se deve fazer é tentar manter os trabalhadores longe das áreas 
de risco”.Iida (2005, p. 439). 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
40 
 
Veja agora alguns exemplos de EPC: 
• Banqueta isolante para eletricista; Cone; Dispositivo DR, que dispara o disjuntor para 
livrar alguém de um choque; Corrimão de escada; Piso antiderrapante; Sistemas de 
Ventilação e Exaustão; Guarda-corpo; etc 
 
Figura 9 - Guarda-corpo (parecido com Parapeito) 
Fonte:http://santaclaraepi.blogspot.com/2013/02/nossos-servicos.html 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, fotografia de um guarda-corpo, um tipo de grade na cor amarela, de metal, 
que isola pessoas de uma área perigosa. Fim da audiodescrição. 
 
 
Figura 10 - Proteção para disco de corte 
Fonte: http://santaclaraepi.blogspot.com/2013/02/nossos-servicos.html 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, fotografia colorida de um disco cortante, envolvido por uma proteção 
metálica na cor azul para evitar acidentes. Fim da audiodescrição. 
 
 Assista a esse vídeo sobre EPC: 
https://youtu.be/8Yf2eYNALgc 
 
 
 
 
 
Competência 03 
41 
 
3.2.Equipamentos de Proteção Individual (EPI) - NR-06 
O EPI significa Equipamento de Proteção Individual e é regido pela Norma 
Regulamentadora nº 06, cujo conceito é apresentado no seu primeiro artigo. Veja: 
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se 
Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de 
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
Veja agora alguns exemplos de EPI: 
• Capacete; Protetor Auricular; Bota; Máscara; Viseira; Macacão; etc 
 
 
Figura 11 - EPI 
Fonte: 
https://br.freepik.com/search?dates=any&format=search&page=1&query=equipamento%20de%20prote%C3%A7%C3%
A3o&selection=1&sort=popular 
Audiodescrição da figura: No centro da tela, uma sequência de dezenove equipamentos de proteção individual. Fim da 
 
Missão para você: Visitar no próximo final de semana o Shopping Center mais 
próximo da sua casa (Se não houver restrições de Pandemia). E, com olhos de 
Técnico em Recursos Humanos, verificar se estão sendo usados os EPC de forma 
adequada. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
42 
audiodescrição. 
 
De acordo com a NR-06, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, 
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes 
circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra 
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e 
c) para atender a situações de emergência. 
 
E aí, você imagina quem deve entregar o EPI ao empregado? 
Veja o que diz a norma: 
6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e 
trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco 
existente em determinada atividade. 
Você lembra de que a formação do SESMT depende de duas variáveis, sendo o grau 
de risco e o número de funcionários? Ou seja, e se a empresa tiver apenas 19 
funcionários e estiver desobrigada a formar essa comissão de acordo com a tabela 
de dimensionamento? 
 
Veja o que diz a norma: 
6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar 
o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente 
habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. 
 
ATENÇÃO: Todoequipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou 
importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do 
Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
43 
 
Após ter assistido à videoaula, veja agora as responsabilidades tanto do empregador 
quanto do empregado quanto ao EPI: 
Empregador: 
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; 
b) exigir seu uso; 
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho; 
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; 
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; 
g) comunicar ao MTE (o Ministério do Trabalho e Emprego atualmente é chamado de 
Ministério do Trabalho e Previdência) qualquer irregularidade observada; e 
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou 
sistema eletrônico. 
 
Empregado: 
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e 
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
 
 
Agora, você vai dar uma pequena pausa na sua leitura e assistir à videoaula. 
Espero você lá. 
 
Dê uma passeio pela NR-06 direto da fonte do governo: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
44 
Antes de você partir para outro assunto, deixa eu perguntar uma coisa pra você: Você já 
usou algum EPI? Sim? Achou confortável? Não? Pois é, o EPI é DESCONFORTÁVEL. E isto deve estar 
bem claro na cabeça do trabalhador. Você, como profissional de RH, deve fazê-lo entender que o EPI 
não proporciona conforto, ele proporciona SEGURANÇA. 
 
3.3. Treinamento para trabalhadores 
Todo processo de trabalho denota riscos e perigos. 
Perigo 
Perigo é toda fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em 
termos de lesão ou doença. Exemplos: uma varanda do 22º andar de um prédio com o guarda-corpo 
quebrado; um chão escorregadio; uma área energizada; etc. 
 
Risco 
Risco é a combinação da probabilidade e das consequências de ocorrência perigosa. 
Exemplos: a pessoa se aproximar daquela varanda do 22° andar; a pessoa passar pelo chão 
escorregadio; a pessoa aproximar-se de uma área energizada; etc. 
Você deve entender então que o RISCO está associado à exposição ao PERIGO. Se não 
houver aproximação do trabalhador ao perigo, não haverá risco. 
 
Entenda que, até a organização do trabalho com um layout errado implicará num fluxo 
de pessoas de forma desordenada, no entanto, apesar dos riscos inerentes a todo processo laboral, 
existem tarefas que requerem mais cuidados por serem mais perigosas e/ou insalubres. Alguns 
trabalhadores operam máquinas e equipamentos que são essencialmente perigosos, necessitando 
desta forma de uma atenção especial por parte das empresas. A própria legislação trabalhista enxerga 
esse cenário e já regulamenta e protege algumas funções e atividades perigosas que possam causar 
danos à saúde do trabalhador e acidentes de natureza inclusive fatais. 
 Assista a esse vídeo de dois minutos falando sobre Perigo e Risco: 
https://youtu.be/_gKc94ZI0os 
 
 
 
 
 
Competência 03 
45 
 
Veja alguns exemplos: 
• NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; 
• NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; 
• NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; 
• NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de 
Armazenamento; 
• NR-14 - Fornos; 
• NR 15 - Atividades e Operações Insalubres; 
• NR-16 - Atividades e Operações Perigosas; 
• NR-19 - Explosivos; 
• NR-20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis; 
• NR-21 - Trabalho a Céu Aberto; 
• NR-22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração; 
• NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário; 
• NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados; 
• NR-35 - Trabalho em Altura; 
• Dentre outras NR. 
 
Como você viu há pouco, os EPC aspiram à segurança do trabalhador mantendo-o 
afastado dos lugares perigosos e do risco de acidentes. Os EPI reforçam ainda mais a sua proteção 
buscando eliminar esses riscos ou pelo menos amenizar os efeitos das atividades insalubres e 
perigosas. 
Infelizmente, isso tudo ainda não é suficiente. 
Já dizia o ditado popular, mais precisamente na fala das mães: “Todo cuidado é pouco, 
menino!” 
Quando o assunto é SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, toda linha de ação deve trilhar 
a estrada do PESSIMISMO. E isto não quer dizer adotar uma visão melancólica ou negativa, mas sim, 
uma visão PREVENCIONISTA. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
46 
Para provar o que digo, quando o enfoque é segurança, que implica em medidas que não 
se esgotam, citarei dois exemplos de situações corriqueiras nas empresas: 
1. Atos inseguros; e 
2. Condições Inseguras. 
 
Atos Inseguros 
São comportamentos provocados pelos trabalhadores, que podem ser responsáveis por 
causar acidentes ou trazer problemas de saúde para eles. Exemplos: 
• Brincadeiras irresponsáveis durante o desempenho da função; 
• Manutenção negligente de máquinas, principalmente quando estiverem 
funcionando; 
• Não uso dos EPIs, ou danificação dos equipamentos sem substituição prévia; 
 
Condições Inseguras 
São as condições técnicas de trabalho inadequadas que não contemplam os EPC, os EPI, 
que não atendem à legislação, tampouco à cultura da segurança. Ou seja, não há qualquer relação 
com o comportamento do trabalhador. Exemplos: 
• Máquinas ou equipamentos defeituosos, cujo uso não seja seguro; 
• Projetos ou construções que não apresentem condições de segurança ao 
trabalhador; 
• Pisos e escadas defeituosas, sem corrimão e sem antiderrapante. 
 
Dito isso, uma das formas de aumentar as medidas de segurança é TREINAR E CAPACITAR. 
O que é Capacitação? 
Ato ou efeito de capacitar-se; Habilitação; Aptidão. 
 
Não confunda: Cair de uma escada pela falta de um corrimão é uma CONDIÇÃO 
INSEGURA (Falta de EPC-Corrimão); E cair de uma escada que tinha corrimão, por 
causa do funcionário que estava correndo é um ATO INSEGURO. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
47 
Então, capacitar alguém é deixá-lo habilitado a executar determinada atividade, é torná-
lo apto ao desempenho de sua função com correção. 
 
Veja o que fala a NR-01, no seu artigo 1.7: 
1.7 Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho 
1.7.1 O empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores, 
em conformidade com o disposto nas NR. 
1.7.1.2 A capacitação deve incluir: 
a) treinamento inicial; 
b) treinamento periódico; e 
c) treinamento eventual. 
 
Treinamento Inicial 
O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas funções ou de 
acordo com o prazo especificado em NR. 
 
Treinamento Periódico 
O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade estabelecida nas NR, 
que geralmente é de dois anos. 
 
Veja esse exemplo: No meu primeiro dia de trabalho numa Associação, 
verifiquei um funcionário retirando folhas de uma calha de uma altura de quase 
4 metros. A aparente facilidade na execução da tarefa, esconde perigos pela 
simples falta da análise de riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura. 
Convenci a diretoria a autorizar uma capacitação de trabalho em altura para o 
referido funcionário, contemplada na NR-35, que considera trabalho em altura 
toda atividade executada acima de dois metros do chão. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
48 
 
Treinamento

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