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Tutela Executiva e Procedimentos Especiais no Processo Civil RESOLUÇÃO DE QESTÕES EQUIPE 3 Camila Albergaria Claudia Santos de Jesus da França Corina Maria de Jesus dos Santos Heric Allan Iasmim Azevedo José Pereira de Souza Filho Layza Gramacho Tiara Marcelo Ribeiro Santos de Jesus Naynne Rebeka Sthefanne da Nova Silva Thaiane Sena de Freitas QUESTÃO 1 Julgue o item subsequente, relativo à improcedência liminar do pedido e ao cumprimento de sentença. Situação hipotética: Órgão colegiado de um Tribunal Regional Federal negou provimento a recurso de apelação e aplicou tese diversa da proferida pelo Superior Tribunal Federal em julgamento de casos repetitivos. Assertiva: Nesse caso, a parte sucumbente poderá valer-se de reclamação constitucional para reformar a decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal após o trânsito em julgado desta. ( ) CERTO (X) ERRADO Embora seja uma das hipóteses de cabimento da Reclamação, nos termos do artigo 988, CPC • Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: • I - preservar a competência do tribunal; • II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; • III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; • IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; O referido artigo dispõe que: § 5º É inadmissível a reclamação: I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; (...) § 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação. Quanto ao prazo, Alexandre Câmara, no seu livro, O Novo Processo Civil Brasileiro, assim leciona: “Não será admissível reclamação ajuizada para impugnar decisão judicial já transitada em julgado (art. 988, § 5º, I, na redação da Lei no 13.256/2016, enunciado 734 da súmula não vinculante do STF). Assim, é preciso que a reclamação seja proposta dentro do prazo para interposição de recurso contra a decisão impugnada, ou quando ainda pendente de julgamento tal recurso. O fato de ser tal recurso, posteriormente, declarado inadmissível ou improcedente não prejudica a apelação (art. 988, § 6º), que ainda assim poderá ser julgada.” A Súmula 734 do STF, ao que se verifica, foi prestigiada pelo código. O enunciado já consubstanciava o entendimento de que: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.” É o que se verifica nesse julgado: • Descabimento de reclamação contra decisão judicial transitada em julgado 5. Este Supremo Tribunal assentou que o cabimento de reclamação contra decisões judiciais pressupõe que o ato decisório por ela impugnado ainda não tenha transitado em julgado. Incide, na espécie, a Súmula 734 do Supremo Tribunal Federal. [RcL 32.261, rel. min. Cármen Lúcia, dec. monocrática, j. 30-10-2018, DJE de 08-11-2018.] 1. Nos termos da Súmula 734 do STF, "(...)". 2. In casu, o Tribunal a quo certificou o trânsito em julgado da decisão reclamada em momento anterior ao ajuizamento da presente reclamação. 3. Impossibilidade de se utilizar a reclamação com o fim de se apurar a correção da contagem de prazo recursal pelo Tribunal de origem. 4. A reclamação "não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual“. (Rcl 4.381 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, Dje de 05.08.2011). [Rcl 23.116 ED-AgR, rel. min. Luiz Fux, 1ª T, j. 7-4-2017, DJE 39 de 20-4-2017.] • Sendo assim, não é possível a parte sucumbente encontrar amparo na reclamação constitucional para reformar a decisão já transitada em julgado. De sorte que, ao permitir o contrário, haveria uma verdadeira insegurança jurídica a perpetuar o conflito, já que, em qualquer instante, a reclamação poderia gerar intervenção abrupta na decisão já atingida pelo trânsito em julgado. A reclamação pode, inclusive, coexistir com o recurso adequado à impugnação contra o ato, conforme se verifica no § 6º, não sendo a negativa ao provimento do recurso de apelação uma justificativa para esperar o transito em julgado da demanda. (CESPE/2017 - TRE-BA - Analista Judiciário – Área Judiciária) Julgue os itens a seguir, com base no Código de Processo Civil. I - É cabível a fixação de honorários de sucumbência na reconvenção, no cumprimento de sentença, na execução e em grau recursal. II - A legislação processual proíbe que a tutela da evidência seja concedida antes da manifestação do réu. III - Somente para rescindir decisão de mérito pode-se utilizar ação rescisória. IV - A concessão do benefício da prioridade de tramitação de processo a parte idosa que figure como beneficiado deve ser estendido em favor de seu cônjuge supérstite no caso de óbito da parte. Estão certos apenas os itens (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) III e IV • R: Alternativa I, está previsto no art.85 do CPC parágrafo 1º, o qual informa as hipóteses cabíveis dos honorários de sucumbência. • Alternativa IV está correta à luz do art. 1048, paragrafo 3º que discorre acerca da não cessão do direito a prioridade processual. QUESTÃO 2
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