A3 - Mecanismo de Agressão e Defesa

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Biomedicina 3º Semestre 
 
Atividade 3 (A3) 
Disciplina: Mecanismos de Agressão e Defesa Aplicados 
Questão Dissertativa 
Obtido por meio de células do tipo Linfócitos B, os anticorpos são proteínas estudadas há 
vários anos, responsáveis pela resposta imune humoral contra diferentes patógenos. O 
potencial terapêutico que essa molécula vem ganhando nos últimos anos com o 
desenvolvimento de anticorpos monoclonais impulsionou esse ramo da imunologia. 
Contudo, quanto ao seu surgimento, esses anticorpos monoclonais, quando usados de 
forma contínua nos pacientes, eram inativados ou causavam reações adversas, como 
quadros de hipersensibilidades, tudo em função da sua origem. 
Qual seria o problema relacionado à origem da formulação dos anticorpos monoclonais que 
durante algum tempo deixou limitada a sua utilização terapêutica em alguns casos? Como 
foi contornado esse problema com os anticorpos monoclonais utilizados atualmente? 
 
Resposta 
A formulação dos anticorpos monoclonais se deu graças ao trabalho de culturas de 
hibridomas e com o trabalho de GEORGE KOHLER e CESAR MILSTEIN que descobriram 
que era possível obter a fusão de linfócitos B de camundongo com a capacidade de produzir 
anticorpos com células de mieloma de camundongo com a utilização de polietilenoglicol e 
que essas células hibridas cresceriam ilimitadamente, produzindo grandes quantidades de 
anticorpos homogêneos e com alta especificidade predeterminada para um epítopo. 
Após essa descoberta esses anticorpos foram chamados de anticorpos monoclonais e as 
células hibridas que os produziam hibridomas. 
Devido a sua origem murina esses anticorpos, se usados de forma continuada durante uma 
terapia, estimulam uma reação imunológica anticorpo, devido a produção de anticorpos 
anti-drogas ADAS, que além de inativar o efeito terapêutico podem induzir a eventos 
adversos. Por isso que o uso dessa técnica ficou limitada durante duas décadas à produção 
somente de kits para diagnósticos ou à pesquisa científica. 
Esse problema foi contornado com o avanço das biotecnologias e da engenharia genética. 
Uma das estratégias foi obter esse mAbs de forma mais humanizada, isto é, porções de 
anticorpos murinho, que induzem à Imunogenicidade, são substituídos por sequencias 
proteicas humanas. 
Atualmente já existem duas técnicas para anticorpos monoclonais completamente 
humanos: uma baseada em camundongos transgênicos e outra na tecnologia phage 
display, que consiste numa tecnologia molecular que permite selecionar e isolar vetores de 
clonagem gerados a partir de bibliotecas genômicas. 
A utilização dos anticorpos monoclonais está sendo voltado para o mercado de tratamento 
contra o câncer. Os produtos biológicos para os alvos específicos foram efetivos para o 
tratamento de doenças malignas hematológicas e de alguns tumores sólidos. Sendo dessa 
maneira a sua utilização para a área da oncologia, doenças autoimunes e das patologias 
inflamatórias graves. E é utilizado como kits de diagnósticos para ensaios 
imunohistoquímicos. 
 
Fonte: http://www.receptabio.com.br/pesquisa-desenvolvimento/anticorpos-monoclonais-
recepta-detem-potencial-para-tratar-diversos-tipos-de-cancer/ 
 
http://www.receptabio.com.br/pesquisa-desenvolvimento/anticorpos-monoclonais-recepta-detem-potencial-para-tratar-diversos-tipos-de-cancer/
http://www.receptabio.com.br/pesquisa-desenvolvimento/anticorpos-monoclonais-recepta-detem-potencial-para-tratar-diversos-tipos-de-cancer/