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Patologia do Estômago 1 Patologia do Estômago Funções básicas do estômago: 1. Reservatório alimentar 2. Função digestória: através da pepsina e do ácido clorídrico 3. Função absortiva: 50% do etanol é absorvido no estômago, assim como outras substâncias, como o AAS 4. Produção de fator intrínseco essenciais para a absorção de vitaminas do complexo B (especialmente B12) Morfologia do estômago: ➯ Cada uma dessas regiões tem uma representação celular distinta: Cárdia: transição do esôfago para o estômago, onde também está presente a “Linha Z” possui células mucosas, as quais vão proteger a própria parede do estômago do seu próprio ácido, na produção de uma camada espessa de muco (cerca de 0,5cm) Fundo: abaulamento superior, local onde se retêm gases Predomínio de células principais, que produz a pepsina Corpo: parte de maior extensão do estômago, apresenta uma curvatura menor e uma grande curvatura; aqui se encontra bem a mucosa pregueada Predomínio de células parietais, que produz o ácido clorídrico (ou muriático) Antro: em forma de funil anatômico, onde o alimento se deposita Possui células mucosas e as células G, as quais produzem gastrina e fator intrínseco importantes para a secreção gástrica Piloro: esfíncter anatômico que faz a transição com o duodeno ➯Dessa forma, cada uma das regiões do estômago tem uma histologia própria ➯Na biópsia, não é difícil saber de qual região estamos falando por possuir células bem diferenciadas Anomalias congênitas Heterotopias Definição: conjunto de células que são normais histologicamente, mas elas se encontram fora da sua localização normal (ou seja, possuem uma localização ectópica) – no caso do estômago, seriam as células mucosas do estômago em outra mucosa Podemos encontrar heterotopias em diversos lugares, mas onde mais se vê heterotopias gástricas é no esôfago, na forma de ninhos de células da mucosa do estômago A confirmação de uma heterotopia se faz através de uma biópsia Para confirmar essa heterotopia podemos fazer a histologia e realizar um Alcian Blue e identificar o muco que não deveria estar no esôfago A presença da mucosa gástrica no esôfago pode resultar em uma irritação esofágica pela secreção do ácido, causando uma esofagite localizada e esse processo pode ter um espectro muito amplo, desde lesões assintomáticas (ter um processo inflamatório sem Heterotopia gástrica Patologia do Estômago 2 nem perceber) até lesões mais graves que podem inclusive erodir, ulcerar e eventualmente algumas dessas glândulas mucosas podem inclusive neoplasia Então, as heterotopias gástricas são um problema que prevalece em mais ou menos 4% da população (em qualquer lugar do corpo – não necessariamente no esôfago), entretanto na maioria das pessoas ela acaba sendo silenciosa, sem manifestação Estenose pilórica Definição: estreitamento patológico do piloro O piloro é um musculo esfinctérico, em uma estenose pilórica ele fica exageradamente aumentado a ponto de que praticamente vemos uma luz filiforme entre as duas partes aumentadas, bem no centro A estenose pilórica é típica de crianças Ela pode ser classificada de duas formas: 1. Congênita (criança) Etiologia desconhecida, mas possivelmente tem uma disfunção genética É incomum/rara (1:300 a 900 casos) A proporção é de 4 homens (80%) pra cada 1 mulher Morfologia: Hiperplasia e hipertrofia da muscular própria Rarefação ou agangliose (nesse caso, pesquisamos os gânglios nervosos que tem junto da parede e eles estão ausentes ou muito raros) → Esses dois sinais fecham o diagnóstico de estenose pilórica do ponto de vista histológico O tratamento é cirúrgico � Manifestações clínicas de uma criança de 1 mês de vida com estenose pilórica: Sintomas obstrutivos Dificuldade de se alimentar Não conseguindo fazer o “dumping” pro duodeno Peristalse aumentada, especialmente pós estenose Vômito, muito choro (principalmente depois das mamadas) Em crianças pequenas e com baixo volume abdominal é possível visualizar e palpar uma estrutura com consistência e tamanho de uma azeitona 2. Adulta Etiologia múltiplas: Gastrite (mucosa edemaciada) Os fragmento superior é a mucosa esofágica normal (células escamosas pavimentoosas estratficadas) e na porção inferior vemos glândulas, revelando uma mucosa atípica do esôfago Estenose pilórica em um estômago infantil Patologia do Estômago 3 Presença de úlcera cicatricial (fazendo contração de colágeno) Estenose congênita da infância que não era tão expressa (silenciosa) mas ao longo do tempo, por alguma complicação, essa estenose piorou A frequência também é rara As manifestações são exatamente as mesmas da criança, ou seja, são sintomas obstrutivos (aumento de peristalse, dor e vômito) Bezoares Definição: conteúdos gástricos indigeríveis e que muitas vezes por sua natureza filiforme e acúmulo excessivo, eles podem até tomar o formato do estômago, raríssimos de acontecer Tricobezoares: pelos deglutidos (tendo sido feito uma tricotilofagia, ou seja, se comia pelo), paciente psiquiátricos Fitobezoar: acontece com fibras vegetais em grande quantidade, já que não temos celulase para digerir a gramínea ➯ Essas síndromes podem irritar a mucosa e muitas vezes sendo necessário uma gastrectomia para serem retirados do corpo humano ➯ Na endoscopia eventualmente os bezoares podem ser identificados e conseguem ser extraídos se forem pequenos Gastrites ➯Inflamação do estômago, basicamente da mucosa, na parte interna do estômago O processo acontece principalmente na mucosa, mas pode se estender e atingir a submucosa e a muscular própria, dependendo da gravidade Podemos ter quadros agudos ou crônicos, conforme essa agudização vai se estendendo ao longo do tempo � Sinais clássicos de um processo inflamatório: 1. Rubor 2. Dor 3. Calor 4. Tumor Gastrites Agudas ➯Fatores causais mais frequentemente envolvidos (etiologia): Uso de anti-inflamatórios (especialmente AAS) Um AINE é um antiprostaglandina, a diminuição de PGs desestimula a produção do muco pelas células da mucosa gástrica Então se eu não tenho estímulo pras células mucosas, eu não tenho a produção da proteção mucosa do estômago do próprio ácido que ele produz Ácidos/álcalis à irritam a mucosa Quanto mais extremos os pHs, mais irritativos para a mucosa eles são Observe o canudo pasado no esfíncter pilórico com uma abertura bem reduzida, ausência de pregueamento e da coloração rosada, um estômago atrofiado Patologia do Estômago 4 Álcool e/ou fumo excessivo Drogas antitumorais (anti-neoplásicos) Essas drogas tentam prejudicar a multiplicação de células que se reproduzem rápido, que via de regra são células tumorais, mas elas não agem de forma seletivas, podendo atingir inclusive as mucosas Nesse caso, é clássico um paciente em tratamento quimioterápico ter gastrite ou esofagite Irradiação: porque o raio é lesivo para esse epitélio Uremia elevada (mais corpos nitrogenados) Traumas à localizados (como a endoscopia) Infecções bacterianas (por exemplo salmonelose, citomegalovírus) → famosas gastroenterites Morfologia da gastrite: Edema, enantema (mais vascularizada, hiperemia da mucosa) Se o processo se agravar, muitas das células morrerão Erosão: o processo inflamatório causa morte das células, mas SEM ATINIREM A MUSCULAR DA MUCOSA e que eventualmente podem levar a uma hemorragia, é doloroso, mas não tão grave se a causa da irritação sessar Podemos ter aqui também o marco da gastrite aguda, o infiltrado inflamatório (ou neutrofílico) Ausências de epitélio enegrecidas (não são vermelhos pois o ácido digere o sangue – concentrando mais hematina). ”SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE DA MUCOSA QUE NÃO ULTRAPASSA A MUSCULAR DA MUCOSA” Úlcera: caso o processo de erosão se agrave e a destruição das células ultrapasse a muscular da mucosa, temos um processo ulcerativo, um quadro de maior gravidade e que leva tempo para se regenerar Erosões de Stress “Úlceras” de Cushing (que na verdade SÃO EROSÕES): “Úlceras” deCurling: Gastrite franca, preguamentos muito próximo um ao outro pelo edema, rubor bem visível Células arroxeadas glandulares, nas áreas mais embranquiçadas tem-se células puntiformes e várias com núcleos trilobados, os neutrófilos Patologia do Estômago 5 São normalmente erosões que vão resultar na mucosa gástrica em decorrência de um trauma (ou cirurgia) de crânio Isso acontece pois no nosso encéfalo, no nível do nosso tronco encefálico, o centro de todo o sistema autonômico parassimpático acontece através do nervo vago Então, se temos um grande estímulo encefálico, tipo um TCE, que mexa as estruturas e haja estímulo do parassimpático, vai se refletir no nosso corpo Lá vem estímulos via vago, fazendo com que o estomago secrete ácido Pacientes em UTIs que sofreram trauma (principalmente de crânio), com TCE e edema cerebral e em coma induzido, já faz profilaxia das gastrites (antiácidos, bloqueadores da bomba de prótons) São também múltiplas erosões que aparecem nos grandes queimados Aqui a causa dessas erosões são o grande estresse que o corpo sofre por causa da lesão térmica no corpo e isso gera uma resposta que se produz muita cortisona, pois a cortisona vai ser o agente anti-inflamatório nos grandes estresses Essa cortisona (assim como os anti-inflamatórios) também tem efeito antiprostaglandina, então ela diminui a quantidade de muco Gastrites Crônicas Tudo que cause gastrite aguda, desde que se prolongue e induza processo inflamatório vai com o tempo se manifestando como gastrite crônica Fatores causais mais frequentemente envolvidos (etiologia): Heliobacter pylori (90%) Essa foi a grande descoberta dos anos 80 que mudou o curso das gastrites, ulcerar e CA de estômago. Doença autoimune/anemia perniciosa (+-10%) Como é um processo autoimune, muitas vezes essas mesmas manifestações que ocorreriam nos outros órgãos (pâncreas - diabetes, tireoide - Hashimoto), ele também não poupa mucosa gástrica Uma série de doenças autoimunes se associam com gastrite crônica, pois as células inflamatórias também atacam a mucosa gástrica Células parietais são atingidas → não produz o fator intrínseco → não absorve vitamina B12 → hemácias grandes e incompetentes → anemia perniciosa + em mulheres Anticorpos anticélula parietal e antifator intrínseco Atrofia gástrica da mucosa do corpo e fundo (desaparecimento das células parietais e principais = hipocloridria ou acloridria e ausência de fator intrínseco) Infiltrado inflamatório mononuclear → folículos linfóides Metaplasia pseudoantral e focos da intestinal Redução da concentração sérica de pepsinogênio I (resultante da destruição de células principais) Hipocloridria = alcalinidade → indução de hipergastrinemia (estímulo da gastrina, produzida pelas células G endócrinas antrais) → gastrina estimula hiperplasia de células ECL (lesão precursora do carcinoide gástrico) Maior tendência a carcinoma gástrico Doenças granulomatosas – raras: doença de Crohn, sífilis. Patologia do Estômago 6 Metabólica (uremia prologada) Radiação de longo tempo. Substâncias tóxicas (álcool e fumo) Refluxo duodenogástrico (pós antrectomias) → pelo refluxo persistente do duodeno para o estômago � Classificação das gastrites crônicas pelo Sistema Sydney (1990) Tipo A: Atinge o corpo gástrico Geralmente tem origem autoimune ((Tireoidite de Hashimoto, Doença de Addison, DM tipo I) Resultado a longo tempo é a atrofia da mucosa e anemia perniciosa Tipo B: Atinge o antro e é a mais comum de todas Também chamada de gastrite ambiental, pois é causada pelo H. pylori Alta prevalência - 90% Pan-gastrite: Todo o estômago é afetado Uma vez que o muco do antro é esgotado pelo H. pylori, ele migra para a cárdia, onde também há produção de muco � Gastrites especiais (raras) Gastrite por doenças granulomatosas → Tuberculose, sífilis, Crohn Gastrite Eosinofílica Uma gastrite quase de causa alérgica, ou seja, algum processo de autoimunidade que enche de eosinófilos) Gastropatia de Menétrier Também de origem autoimune, mas diferente do tipo A As células inflamatórias tem uma seletividade pelas células parietais (destruindo-as), mas elas poupam as células mucosas Achados microscópicos da gastrite crônica ➯ Quando começa a gastrite crônica encontram-se linfócitos no cório em vez de neutrófilos, e eventualmene são encontrados plamócitos As concentrações de linfócitos são chamadas de folículo linfocitário Tanto linfócito quanto plamócitos são células monocirátias ➯ Se ainda forem encontrados neutrófilos com os linfócitos indica uma gastrite crônica agudizada e certamente haverá a presença do Helicobacter pylori ➯ O H. pylori é um produtor de toxinas, como as huleases, que fazem com que o organismo aflua pra lá células inflamatórias, escasseando o muco e corroendo o epitélio Inflamação Atrofia (gastrite atrófica) É a escassez de células, onde perdemos o pregueamento típico da mucosa gástrica, as criptas e papilas Podendo haver erosões e úlceras Metaplasia intestinal Glândulas do estômago com infiltrado inflamatório Patologia do Estômago 7 Aqui o processo se agrava, pois quanto mais multiplicação das células tentando repor o epitélio, maior chance de uma mutação e de uma metaplasia intestinal Mucosa do intestino na mucosa gástrica Uma possível evolução das metaplasias são as displasias Displaisa (baixo grau → alto grau → CA in situ) Uma células anormal e instáveis, podendo evoluir para um tumor Caso evoluía teremos um Carcinoma de estômago (provavelmente um adenocarcinoma pois são células glandulares) ➯ Esse é um processo que leva anos e anos, por isso a importância de tratarmos precocemente uma inflamação e não deixar que a causa base de uma gastrite crônica intratada ➯ Com a evolução da segurança alimentar nas últimas décadas a frequência de gastrite causada pelo H. pylori (causa de 90% da cronicidade) vem diminuindo Doença de Menetrier (gastropatia hipertrófica) Progressão das formas mais leves de lesão até ulcerações, que podem ocorrer com gastrite aguda ou crônica COLORAÇÃO DE GIEMSA → As flecham indicam o Helicobacter presente no muco próximo às células da superfície ALCIAN BLUE → vemos uma atrofia (criptas menores), com o quórum cheio de linfócitos, e uma metaplasia intestinal. Em azul indentificamos células metaplasicas intestinais Corado em HE, vemos célula caliciforme, típicas da mucosa intestinal, mas sem muco em seu interior, evidenciando um risco de metaplasia Patologia do Estômago 8 Gastrite autoimune, mas o que difere é que as células inflamatórias tem uma seletividade pelas células PARIETAIS (destruindo-as) mas elas poupam as células mucosas Como morrem as células parietais, o organismo começa a metaplasiar as células mucosas Então, aquilo que a agente deveria normalmente ver numa gastrite, que é atrofia (mucosa lisa, sem pregas), na gastropatia hipertrófica acontece justamente o contrário, a mucosa fica HIPERPREGUIADA As pregas ficam tão grandes que se olharmos bem, ela tem um ASPECTO CEREBRIFORME, inclusive lembra as circunvoluções que nós vemos no tecido do córtex encefálico Pra confirmar, se faz uma biópsia para ver se tem a hiperplasia de células mucosas com processo inflamatório Tem uma marca interessante nesse tipo de gastropatia hipertrófica → como tem excesso de células mucosas e excesso de muco, tanto assim que se perde na forma de proteína pro intestino, então o individuo começa a ter um quadro de DESNUTRIÇÃO HIPOPROTEICA, pois ele elimina muco demais Mais frequente no sexo masculino e tende a se iniciar na infância esse processo Úlcera péptica Definição: escavação mural, além da muscular da mucosa, por perda de conteúdo necrótico O “péptica” vem do ácido, sem ácido nessa participação necrótica, não posso chamar de úlcera péptica A úlcera péptica não se restringe apenas ao estômago e pode estar presente em todo o TGI, desde que tenha ácido Uma úlcera péptica perfurada pode (e deve) se agravar, chegando até as paredes dopetônio → CIRURGIA!!!! Fisiopatogenia: Diminuição dos fatores defensivos e aumento dos fatores agressivos Mais de 70% das vezes o Helicobacter pylori está lá induzindo o processo inflamatório ao destruir as células parietais e principais O H. pylori causa escassez do muco, diminuição do bicarbonato, diminuição da vascularização localizada e capacidade diminuída de regeneração (Imagem) Essa é uma visão clássica de uma úlcera, sendo geralmente única (mas pode ter mais) O pregueamento tende a ser centrípeto (como se fossem raios de sol) à isso acontece pois quando a úlcera começa a cicatrizar, ela começa a se contrair e isso acaba direcionando as pregas em direção a essa contração central Morfologia: Localização: classicamente é no antro, na parede posterior Forma: ovoide Imagem endoscópica do estômago e uma úlcera na junção dos quadrantes inferiores – meio amarelada Patologia do Estômago 9 Bordas: lisas Superfície: plana e abruptamente se escava (diferente de uma neoplasia, que antes de escavar as bordas se elevam) Quantidade: geralmente uma; Fundo/base da úlcera: geralmente é limpo (pois mesmo que haja necrose, o ácido presente destrói os debris necróticos) História natural: uma vez uma úlcera péptica formada, a história natural dela é em algum momento ela cicatrizar, mesmo que demore anos Infelizmente se ela cicatriza e continuam os fatores de risco, ela tende a aparecer de novo Microscopia da úlcera péptica: Superficial: Detritos necróticos fibrinoides Infiltrado neutrocitário (pois o processo é agudizado) Profunda: Tecidos de granulação (angioblastos + fibroblastos) Fibrose com espessamentos vasculares O colágeno de cicatrização que o fibroblasto depositou e está se organizando, se tudo der certo essa fibrose vai subir e vai pegar todas essas camadas, chegar na superfície e só vai ser recoberta por uma camada de epitélio Complicações de uma úlcera péptica Calosidade (cicatricial): pode acontecer perto do piloro, levando a uma estenose do mesmo Penetração: quando ela atravessa a parede encontrando um outro órgão, penetrando-o (uma situação bem crítica, mas não é tão ruim como a perfuração) → Aqui eventualmente dá pra tratar sem cirurgia Perfuração: quando atravessa a parede do estômago e atinge a cavidade peritoneal, formando um pneumoperitônio, passando ácido e muco contaminado pra dentro do Epitélio de superfície, e na área central não tem mais esse epitélio, então tem tecido necrótico na superfície, cheio de pontilhado inflamatório logo abaixo, tem radiações, que são vasos em desenvolvimento no tecido de granulação. Mais embaixo há fibrose Úlcera péptica em processo de cicatrização Uso de contraste baritado (bário) para identificar a úlcera, pois o bário se adere nas superfícies internas, é um método antigo Patologia do Estômago 10 peritônio, então no mínimo vais ter uma peritonite química e/ou bacteriana → caso cirúrgico!!! Gigantes: úlceras que medem até 4cm no seu maior eixo, e por sua grande destruição tecidual elas são complicadas por si só Malignização: em 1% de todas as úlceras pépticas gástricas, tem células malignas no fundo dessa úlcera É inadmissível alguém fazer uma endoscopia e não fazer biópsia, pois 1 a cada 100 é encontrado um câncer Úlcera e câncer tem relação pois é a maioria dos fatores que leva as úlceras leva também aos cânceres, que é inflamação crônica da mucosa gástrica Sangramento: podem ter sangramentos crônicos, que podem levar a anemia. Podem ser muito graves Multiplicidade (Síndrome de Zillinger-Ellison): encontra-se múltiplas úlceras Essa é uma síndrome consecutiva a um gastrinoma (ou seja, um tumor de células G) e que normalmente se encontra no pâncreas → excesso de gastrina → cél. pariental produz mais ácido, e nesse caso o ácido acaba sendo um fator muito importante Cicatrização constritiva: uma úlcera pode ser tão cicatricial (principalmente se ocorrer a nível de corpo e antro) que ela pode contrair tanto os tecidos que pode formar um estômago em AMPULHETA, podendo levar a uma síndrome obstrutiva, com cicatrização constritiva Parte superior: Processo natural da úlcera quando há uma boa cicatrização. Parte inferior: contração dos tecidos do estômago pela cicatrização constritiva, formando uma ampulheta
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