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Aula 14 Osteoartrite

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osteoartrite 
 Doença osteoarticular degenerativa, que se 
caracteriza pela perda progressiva da cartilagem 
articular, acompanhada pela neoformação óssea 
periarticular. 
 A AO é a forma mais comum de artrite, 
principal causa de incapacidade entre adultos e idosos. 
Os joelhos, quadris e mãos são as articulações 
apendiculares mais comumente afetadas, 
acompanhadas de mãos e coluna vertebral. 
 Joelho inchado. 
Fisiopatologia 
 Caracterizada por: degradação da cartilagem, 
remodelação óssea, formação de osteófitos, inflamação 
sinovial. 
 Cursa com: dor, rigidez, edema, perda da 
função. 
 
 Desequilíbrio entre a degradação da 
cartilagem e o processo de recuperação. 
 Funções da cartilagem hialina: recobre 
extremidades ósseas, permite e orienta o deslizamento 
suave dos movimentos articulares, suporta cargas 
dissipando energia, além de ser formada por células 
(condrócitos) e matriz (substância fundamental) mais 
colágeno. 
 Catabolismo > Anabolismo = secreção 
enzimática e estímulo pró-inflamatório. 
 Esclerose subcondral: destruição/desgaste da 
cartilagem que fica abaixo do joelho. 
 
Classificação da oa 
➢ Osteoartrite Primária (idiopática): causa 
desconhecida; 
➢ Osteoartrite Secundária: traumas, má 
formação congênita, má posição (varo/valgo), PO, 
doenças inflamatórias, doenças metabólicas, 
ocupacional. 
Doença mecânica X 
doença inflamatória 
➢ Doença auto-inflamatória: condrócito e 
sinoviócitos, níveis séricos e sinoviais de citocinas 
inflamatórias, presença de tecido inflamatório em 
cortes histológicos; 
o Causas de alterações de força: anatomia 
anormal, congênita ou adquirida, carga 
excessiva, combinação de fatores; 
o Fatores de risco: obesidade, idade, fatores 
ocupacionais, influência genética. 
➢ Doença mecânica: relacionada com 
movimento/forças, aumento de forças => OA, insulto 
mecânico => inflamação => reparo. 
➢ Trata-se de um desequilíbrio entre a 
degradação da cartilagem e o processo de recuperação. 
Denominações pelo 
local acometido 
➢ Gonartrose: compartimentos articulares do 
joelho (fêmoro-tibial, fêmoro-patelar); 
o Incidência: maior em mulheres obesas de 
50 a 60 anos; 
o Fatores de risco: flexão prolongada e 
repetitiva do joelho; 
o Defeitos posturais: valgismo, varismo. 
➢ Espondiloartrose: coluna vertebral; 
o Características: dor irradiada; 
o Artrose zigoapofisária; 
o Artrose uncovertebral. 
➢ Coxartrose: quadril; 
o Incidência: maior em homens; 
o Características: alterações posturais, 
marcha claudicante, contraturas e 
bloqueios articulares. 
➢ Mãos: rizoartrose (carpometacárpica do 
polegar); 
o Nódulos de Bouchard: IFP; 
o Nódulos de Heberden: IFD. 
Manifestações clínicas 
➢ Remodelamento ósseo, espessamento sinovial, 
derrame articular, distensão capsular; 
➢ Sinais e sintomas: dor, deformidade articular, 
perda de mobilidade, crepitações articulares, derrame 
articular, hipotrofia muscular, instabilidade articular; 
➢ Falha de todo complexo articular: 
desequilíbrio musculoesquelético; 
➢ OA => efeito global: limitações nas 
articulações adjacentes de ADM, contratura muscular, 
diminuição da força do membro acometido, 
diminuição da capacidade cardiopulmonar, limitação 
funcional, inatividade => AVDs. 
➢ Coluna: dor radicular e fraqueza muscular; 
➢ Mãos: motricidade fina pode ser 
comprometida; 
➢ Joelho: dificuldade em escadas e rampas; 
➢ Quadril: marcha e posição bípede. 
 
Osteoartrite 
Diagnóstico 
➢ Anamnese: quando, onde, como; 
➢ Avaliação radiográfica: diminuição do espaço 
articular, desalinhamento das superfícies ósseas, 
osteófitos marginais, esclerose subcondral; 
➢ Avaliação fisioterapêutica: anamnese, avaliar a 
dor, avaliação da rigidez, ADM, atividades e 
participação; 
o Exame físico: 
• Palpação: estruturas articulares e 
partes moles; 
• Inspeção: assimetrias, deformidades; 
• Avaliações: postural, força, equilíbrio, 
propriocepção, função e marcha. 
o Avaliação funcional: 
• Instrumentos de avaliação; 
• Algofuncional de Lequesne; 
• WOMAC, KOOS, IKDC, Lysholm, SF-
36. 
o Testes funcionais: senta e levanta, TUG, 
caminhada rápida de 40m, subida e 
descida de degraus. 
 
 
Tratamento para oa 
➢ Conservador: 
o Farmacológico: analgésico e AINES; 
o Não farmacológico: fisioterapia, nutrição e 
educação física. 
➢ Cirúrgico: infiltrações, osteotomia e 
artroplastia. 
Fisioterapia 
➢ Manter ou melhorar tônus e trofismo 
muscular, assim como flexibilidade; 
➢ Controle do peso (de forma indireta e 
autogerenciada); 
➢ Orientações ergonômicas e de PA; 
➢ Dispositivos auxiliares; 
➢ Conscientização dos déficits da inatividade 
física; 
➢ Informações acerca dos fatores de risco e 
predisponentes para a faixa etária mais acometida; 
➢ Informações sobre a evolução da doença; 
➢ Evitar atividades de impacto ou lesão repetida 
articular. 
 
 
PROGRAMA TERAPÊUTICO: 
➢ Alívio da dor; 
➢ Aumentar/manter ADM e força; 
➢ Equilíbrio, mobilidade e marcha; 
➢ Melhorar a resistência cardiorrespiratória; 
➢ Prevenir encurtamentos e contraturas; 
➢ Educação familiar; 
➢ Melhorar a capacidade funcional/QV. 
TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL: 
➢ Terapia em grupo; 
➢ Mudança de hábitos; 
➢ Retirada de fatores de risco modificáveis; 
➢ Cartilhas educativas. 
ORIENTAÇÕES PARA PROTEÇÃO ARTICULAR: 
➢ Respeitar a dor; 
➢ Evitar posições que favoreçam deformidades; 
➢ Usar articulações maiores ou mais fortes; 
➢ Equilíbrio entre atividade e repouso; 
➢ Distribuição de peso; 
➢ Evitar atividades repetitivas; 
➢ Atividade física regular; 
➢ Uso de dispositivos adaptativos. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
➢ Reduzir rigidez: tração e mobilização articular; 
➢ Avaliar uso de dispositivos de suporte: órteses 
para aliviar sobrecargas; 
➢ Orientações acerca da evolução da doença: 
fatores agravantes, cooperação na realização de 
atividades domiciliares. 
Recursos 
terapêuticos 
➢ TENS: inconclusivo, baixa evidência; 
➢ US: magnitude do efeito incerto, baixa 
evidência; 
➢ Termoterapia: necessita de estudos com 
melhor qualidade; 
➢ Cinesioterapia: mobilização articular, manter 
o arco de movimento, passivos, ativos-assistidos, 
ativos, isométricos, concêntricos e excêntricos; 
➢ Hidroterapia: complemento da fisioterapia em 
solo, progressão de exercícios para manter e melhorar 
a ADM, capacidade física e as AVDs. 
o Exercícios de baixo impacto ou sem 
impacto; 
o Atividades de equilíbrio e propriocepção; 
o Condicionamento aeróbico. 
➢ RECOMENDADOS: exercício, perda de peso, 
autogerenciamento, tai chi chuan, dispositivos de 
marcha, órteses de posição, termoterapia, TCC, 
acupuntura, kinesiotaping, treino de equilíbrio, 
parafina, yoga. 
Exercícios para oa 
➢ Caminhada, fortalecimento, treinamento 
neuromuscular e exercícios aquáticos, sem hierarquia 
uns sobre os outros; 
➢ O exercício está associado a melhores 
resultados quando executado de forma ativa e 
supervisionado; 
➢ Todo exercício é valido para AO, considerando 
sua forma de prescrição! 
➢ FORTES RECOMENDAÇÕES: 
o Perda de peso em pacientes com AO de 
joelho e/ou quadril que estão com 
sobrepeso ou obesos; 
o Programas de autoeficácia e 
autogerenciamento; 
o Prática de Tai chi chuan; 
o Uso de bengalas*; 
o Órteses para primeira articulação CMC; 
o Órtese tiobiofemoral; 
o Medidas farmacológicas. 
➢ RECOMENDAÇÕES CONDICIONAIS: 
o Exercícios de equilíbrio; 
o Ioga; 
o Kinesiotaping; 
o Órteses para articulações das mãos que 
não sejam o primeiro CMC; 
o Órtese patelofemoral; 
o Acupuntura; 
o Modalidades térmicas. 
desfecho 
 Apesar das muitas opções disponíveis, alguns 
pacientes podem continuar a ter controle inadequado 
dos sintomas, outros sofrerão efeitos adversos das 
intervenções disponíveis. 
 Os profissionais que tratam de pacientes nessas 
circunstâncias devem escolher intervenções com baixo 
risco de danos, mas tanto eles quanto os pacientes 
podem estar insatisfeitos com as opções e inseguros de 
como escolher entre elas. 
 O gerenciamento ideal para pacientes com OA 
requer uma abordagem abrangente e multimodal 
oferecidano contexto de tomada de decisão 
compartilhada com os pacientes, para escolher o 
tratamento mais seguro e eficaz possível. 
A eficácia de um programa de exercícios é 
aprimorada quando as preferências do paciente e o 
acesso a programas de exercícios são considerados, 
bem como quando são supervisionados ou associados 
a programas de autoeficácia, autogerenciamento e 
perda de peso.

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