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Progressão Neoplásica: Invasão e Metástase

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João Manuel – Medicina Nove de Julho 
PROGRESSÃO	NEOPLÁSICA 
	
INTRODUÇÃO	
As	 células	 neoplásicas	 não	 querem	 ficar	 para-
das/estagnadas	 em	 um	 canto,	 elas	 tem	 uma	
ideia	de	empreendedorismo.		
	
A	 células	 epitelial	 tem	 recebido	 estímulos	
constantes,	com	isso	o	seu	material	gênico	sofre,	
assim,	ocorrendo	uma	mutação,	por	enquanto	
reversível,	podendo	ser	chamada	de	células	dis-
plásicas	ou	displasia,	como	o	estímulo	ser	per-
durou,	fez	com	as	células	displásicas	sofressem	
mutação,	 levando	 um	 processo	 de	 iniciação.	
Uma	vez	o	DNA	mutado,	acontece	uma	prolife-
ração,	sendo	o	estágio	de	promoção,	os	genes	
permitem	a	diferenciação		e	regulação,	com	o	es-
tímulo	ainda	acontecendo	permite	novas	mu-
tações	 tendo	 uma	 progressão.	 Logo,	 quando	
tem	o	mesmo	tipo	de	mutação	é	chamada	de	ho-
mogêneas	(clones),	já	quando	tem	vários	tipos	
de	mutações	é	chamada	de	heterogêneas	(sub-
clones	 –	 responsáveis	 por	 neovascularização,	
lise	da	lâmina	basal		e	metástase).		
	
Características	 das	 células	 malignas:	
Invasão	(quando	tem	a	ruptura	da	lâmina	basal	
e	continua	no	mesmo	lugar)	e	metástase	(célu-
las	neoplásicas	em	locos	distantes	de	tumor	pri-
mário).	
	
Características	 das	 células	 benignas:	
não	ocorre	invasão	(não	há	um	rompimento	da	
lâmina	basal)	e	consequentemente	não	tem	me-
tástase.	Um	característica	bem	comum	é	a	proli-
feração,	 isso	 faz	com	que	comprima	os	 tecidos	
do	lado,	por	conta	disso	é	fácil	localização.		
	
As	células	neoplásicas	usam	vias	de	dissemina-
ção	–	hematógena	(sangue),	linfática	e	implanta-
ção/continuidade,	não	é	porque	a	células	é	en-
contrada	em	uma	das	vias	que	é	caracterizado	a	
metástase.		
	
Neoplasia	 pode	 ter	 origem	 epitelial	 (granular,	
revestimento	interno	e	externo)	–	composta	por	
essas	células	e	lâmina	basal	
Células	cúbicas	–	glândulas	
Células	pavimentosa	–	revestimento	externo		
Células	colunares	–	mucosas		
	
Tecido	epitelial	=	parênquima	–	porção	funcio-
nal	onde	está	a	neoplasia,	a	porção	que	tem	o	te-
cido	conjuntivo/sustentação	=	estroma.		
	
As	 neoplasias	 podem	 ser	 caracterizada	 em	
epiteliais	e	não	epiteliais.	
• Epitelial:	 precisa	 romper	 membrana	
para	invadir	porque	tem	a	lâmina	basal.	
o Parênquima:	cúbica,	pavimentosa	
ou	colunar.		
o Lâmina	basal		
o Estroma	
• Não	epitelial:	não	precisa	romper	mem-
brana	para	invadir	porque	não	tem	a	lâ-
mina	basal.	
o Parênquima:	hematopoiética	(cé-
lulas	redondas),	tecido	conjuntivo	
propriamente	 dito	 (células	 fusi-
formes)	 e	 tecido	 especializados	
(células	polimorfa)	.		
o Estroma.	
	
Nem	 todas	 neoplasia	maligna	metastatiza,	 elas	
tem	esse	poder,	porém	não	sinônimo	de	eu	vai	
conseguir,	isso	é	uma	características	cada	célu-
las	neoplásica	maligna	–	as	células	da	glia	(SNC)	
tem	 a	 capacidade	 proliferação	 e	 invasão,	 mas	
não	tem	capacidade	de	fazer	metástase.		
	
A	proliferação	foi	tão	intensa	que	o	tecido	con-
juntivo/estroma	não	consegui	acompanhar,	as-
sim,	 não	 conseguindo	 suprimir	 os	 nutrientes	
das	 células,	 tendo	 uma	 necrose,	 nesse	 casa	
abaixo	é	uma	necrose	liquefativa.	
 
 
Sarcomas	osteogênicos:	Altamente	invasiva	e	
altamente	metastática.		
	
João Manuel – Medicina Nove de Julho 
Metástase:	Principal	causa	morte	do	paciente,	
vem	geralmente	de	tumores	de	grande	tamanho	
e	grande	proliferação.		
	
Quais	 os	mecanismos/patogênese	 utilizado	
pelas	células	malignas	para	metastatizar?	
-	Tumor	primário,	primeira	coisa	é	a	invasão	no	
estroma/tecido	conjuntivo,	depois	invasão	vas-
cular	(vasos	linfáticos	ou	sanguíneos),	após	isso	
ocorre	a	migração/	formação	de	embolo	neoplá-
sico,	 com	 isso	 tem	a	 transmigração/extravasa-
mento	na	 células	 neoplásicas,	 além	disso,	 pre-
cisa	ter	a	capacidade	proliferativa	e	nutricional	
das	células	neoplásica.	Assim,	as	células	neoplá-
sicas	que	se	multipliquem	no	local	e	produzir	fa-
tores	para	que	ela	sobreviva.	
	
 
Esse	lilás	em	formato	de	uma	circunferência		na	
segunda	 imagem	é	uma	displasia	(mutação	re-
versível).		
	
Para	ter	Invasão	e	metástase:	precisa	mudar	a	
morfologia	e	a	função	das	células	neoplásica,	elas	
sofrem	uma	transformação,	começa	a	ser	cha-
mada	de	células	de	transição	de	epitélio	mesen-
quimal,	isso	quer	dizer	que	ela	está	com	um	pe-
zinho	lá	e	cá,	ela	quer	invadir	e	metastizar,	ela	
começa	a	produzir	 substâncias	 igual	do	 tecido	
conjuntivo.	As	células	neoplásicas	começam	a	
perder	 as	 e-caderinas	 (são	 proteínas	 de	 liga-
ção,	elas	mantém	as	células	epiteliais	juntinhas,	
isso	que	dizer	que	quando	transforma	a	EMT	a	
expressão	de	e-caderinas	reduz),	perde	integri-
nas	(proteína	de	ligação	do	epitélio	e	lâmina	ba-
sal),	ela	perde	queratina	ou	muco,	o	núcleo	da	
célula	que	era	sempre	basal	começam	a	não	ter	
posição	certa	no	citoplasma	celular	–	perde	a	po-
larização,	 perde	 proteínas	 importantes	 na	 co-
municação	entra	a	células.	Isso	é	porque	ela	pre-
cisar	 perder	 as	 característica	 de	 células	 parên-
quimas	 e	 adquira	 característica	 de	 células	 me-
senquimais,	ganha	caderina	especificas	p/	célula	
mesênquimas,	 vai	 apresentar	 proteínas	 seme-
lhante	de	musculo	liso	e	vai	mudar	o	seu	perfil	
metabólico,	permitindo	que	essa	células	entre	em	
ciclo	células	mais	frequentemente.		
	
Células	neoplásicas:	perde	controle	de	multipli-
cação	células	e	adesão	celular,	isso	que	dizer	que	
as	células	se	soltam	uma	da	outra,	por	conta	que	
perde	e-caderina.		
	
 
	
As	células	neoplásica	invadem	em	forma	bloco,	
porque	assim	é,	mas	difícil	para	o	corpo	dar	uma	
resposta	 imune,	 se	 for	 sozinha	o	sistema	com-
plemento	irá	fazer	a	opsonização.		
	
Cascata	metastática:	
	
	
Embolia	neoplásica:	causa	obstrução	em	vasos	
de	menor	 calibre,	 assim,	 tendo	 uma	 isquemia,	
que	 leva	 infarto,	 levando	 necrose	 das	 células,	
tendo	 uma	 inflamação,	 grande	 quantidade	 de	
células	inflamatórias,	as	quais	produzem	citoci-
nas,	 quimiocinas	 (substâncias	 que	 atraem	 leu-
cócitos,	que	atrai	células	do	tipo	mesênquimas,	
logo,	é	interessante	para	células	MET	(mesequi-
micas/parênquima),	produzem	fatores	de	cres-
cimento	(VEGF).	
	
João Manuel – Medicina Nove de Julho 
Vias	de	disseminação	metastática:	
• LINFÁTICA:	 seguem	a	via	de	drenagem	
linfática,	 após	 o	 rompimento	 da	 mem-
brana	basal,	até	atingir	o	primeiro	linfo-
nodo	da	cadeia	 linfática	que	está	a	neo-
plasia	 maligna	 (chamado	 de	 linfonodo	
sentinela),	inicia-se	a	disseminação;	
• HEMATOGÊNICA:	 seguem	 o	 fluxo	 ve-
noso	 da	 drenagem	 (veias	 tem	 parede	
mais	finais,	mais	fácil	a	entrada);	Ex.:	ne-
oplasias	abdominais	->	caem	na	circula-
ção	 ->	 chegam	na	veia	porta	 ->	 chegam	
no	fígado;	
• POR	 CONTIGUIDADE:	 semeadura	 nas	
cavidades	corporais	 ->	peritoneal,	pleu-
ral	e	pericárdica.	
	
	
MORFOLOGIA	 MACROSCÓPICA:	 múltiplos,	
bem	delimitado	e	de	tamanhos	diversos.	
	
MORFOLOGIA	 MICROSCÓPICA:	 Mesmo	 as-
pecto,	mais	indiferenciado	e	atípico.

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