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Acesso torácico

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São os acessos mais comuns em cães e 
gatos 
Indicações: 
 Obstrução por corpo estranho 
 Perfuração do esôfago por corpo estranho 
 Neoplasias 
 Megaesôfago 
 PDA, estenose da válvula pulmonar 
 Traumatismo de traqueia 
 Abscessos pulmonares 
 Pneumotórax pré-existente 
 Toracotomia exploratória 
 Hérnia diafragmática 
 Fraturas graves na costela 
 Entre outros! 
O tórax possui acesso limitado: 
 Dorsolateral: coluna vertebral 
 Bilateral: costelas 
 Ventral: esterno 
Dois tipos de acesso torácico principais: 
 Entre as costelas: fazendo o acesso 
intercostal, afastando as costelas. 
 Esternal: serração do esterno na linha 
média. 
Patologicamente os órgãos podem estar 
deslocados, por isso, nem sempre deve-se 
considerar somente a posição anatômica 
normal dos órgãos para realizar o acesso. 
 Nesses casos, sempre se guiar por 
exames de imagem para saber o melhor 
acesso. 
Anatomia 
 
O esterno é composto por 8 ossos e forma o 
assoalho do tórax, a primeira e a última 
esternébras são o manúbrio e a cartilagem 
xifoide. 
Existem 13 pares de costelas, a 10°, 11° e 
12° não possuem fixação no esterno e a 13° é 
flutuante. 
O diafragma separa a cavidade torácica da 
cavidade abdominal. 
A cavidade torácica se divide em duas 
cavidades pleurais e entre cada uma delas 
está o mediastino. 
 
Os músculos mais profundos da parede 
torácica são os intercostais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados pré-operatórios 
Exame clínico completo, exames 
laboratoriais, exames de imagem (se 
necessário). 
Jejum hídrico 6h e sólido 8h. 
Banho, tricotomia ampla 
Estabilização do paciente -> suporte 
ventilatório 
 A cavidade torácica tem pressão negativa. 
No acesso torácico entra ar, desfavorecendo 
a respiração normal do paciente. 
O acesso a essa região afeta diretamente o 
quadro respiratório e circulatório do paciente. 
MPA / anestesia -> a técnica do bloqueio do 
nervo intercostal alivia a dor e diminui os 
estímulos. 
Posicionamento correto 
 Acesso intercostal esquerdo: decúbito 
lateral direito. 
 Acesso intercostal direito: decúbito lateral 
esquerdo. 
 Acesso esternal: decúbito dorsal. 
 
 
 
 
 
 
Técnica cirúrgica acesso intercostal esquerdo 
Decúbito lateral 
Incisão no EIC desde abaixo da vertebra até 
o esterno. 
 4° EIC esquerdo: mais comum 
Incisão de pele e subcutâneo 
Incisão do M. grande dorsal com tesoura 
(primeiro a visualizar) 
Verificar se está no EIC correto 
Transecção do M. escaleno e peitoral com 
tesoura perpendicular às fibras 
Divulsão do M. serrato ventral (no espaço 
intercostal escolhido) 
Incisão do M. intercostal 
Notificação ao anestesista que irá fazer a 
incisão na pleura e acessar a cavidade 
torácica. 
Fazer o acesso no momento da expiração do 
animal (com tesoura ponta romba) 
Posicionar tampões na borda da incisão 
Posicionar o afastador entre uma costela e 
outra (afastador de finochietto) 
Acesso do lado direito (esôfago base do 
coração) 
5° espaço intercostal direito 
Realizar acesso normalmente 
 Toracostomia: acontece ou não. 
Depende do caso, ao fechar a 
cavidade torácica de colocar um tubo 
para drenar conteúdo no pós-
operatório, até que o paciente 
apresente melhora, para remover. 
Toracorrafia 
Fechamento da toracotomia 
Primeiro faz a sutura da musculatura 
intercostal: pré-colocação de 4-8 suturas ao 
redor das costelas para aproximar as costelas 
e a musculatura 
Essa primeira sutura é feita com fios 3,0 a 2 
monofilamentados fortes, absorvíveis ou não. 
Os nós são serrados somente ao finalizar a 
colocação de todos os fios. 
 No cerramento do último nó, o 
anestesista infla o pulmão do paciente 
e o mantem por alguns seg (tempo de 
cerrar o nó) para que saia todo ar da 
cav. torácica. 
Sutura continua com fio absorvível do M. 
serrato, escaleno, grande dorsal. 
Sutura do subcutâneo e pele 
Para remoção de ar residual na cav. torácica: 
escalpe + extensor ou torneira de 3 vias + 
seringa. 
Esternotomia mediana 
Acesso à cavidade torácica interna 
Quase nunca utilizado na veterinária 
Mais doloroso 
Maior morbidade no pós-operatório (o 
paciente sente muita dor e dificuldade ao 
respirar) 
Usada com indicação especifica 
Quando acessar: em caso de exploração 
maior da cavidade ou quando a abordagem é 
muito grande. 
Técnica 
Decúbito dorsal 
Incisão longitudinal da pele, subcutâneo e 
musculatura 
Transecção longitudinal das esternébras 
Colocação do afastador 
Colocação de dreno torácico 
Fechamento com fios de aço ou nylon, 
passando a sutura pelas esternébras 
formando um X 
Pode ser feito com fio inabsorvível, para que 
a sutura dure mais tempo. 
Sutura da musculatura simples continua com 
material absorvível 
Restauração da pressão negativa 
Cuidados e aplicações no pós operatório 
Suporte ventilatório (o paciente sente muita 
dor ao respirar e por isso tem a respiração 
dificultosa) 
Anti-inflamatório e analgesia (pode ser feita 
analgesia intrapleural com Bupivacaína 0,5% 
1-2 ml/kg 3h) 
 Analgésicos injetáveis: butorfanol 0,2 – 0,4 
mg/kg IV, IM ou SC a cada 2 ou 4h conforme 
necessidade 
 Buprenorfina 5 – 15 mg/kg, IV ou IM a cada 
6h conforme necessidade 
Antibiótico: depende do diagnostico 
 Em caso de contaminação ou quando o 
diagnóstico tem indicação de infecção 
Hipotermia: manter o paciente aquecido 
Perigo de hipóxia, hipotensão e choque 
Perigo de pneumotórax, hemotórax, piotórax 
Efisema subcutâneo: pode ocorrer por 
presença de ar no subcutâneo 
Desequilíbrio ácido-base: no caso de 
respiração dificultosa com saturação de O2 
inadequada. 
Bandagens compressivas leves 
Em caso de o paciente ficar com tubo: fazer a 
aspiração manual pelo tubo com frequência 
(a cada 4 horas) 
Manter o tubo até 6 horas pós operatórias em 
cirurgias simples 
Trocar o animal de decúbito a cada 2 horas + 
fisioterapia 
Monitorar o animal por pelo menos 24/48 
horas.

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