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1 GESTÃO DE PESSOAS E ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 1.1- METODOLOGIA ...................................................................... 5 3. CONCEITUAÇÕES ACERCA DE ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA ............................................................................................... 10 5. O TALENTO DE GERIR PESSOAS: UMA VISÃO DE ADMINISTRADOR ........................................................................................ 13 6.1- QUAIS SÃO OS 5 PILARES DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES? ............................................................ 17 8. ANÁLISE CONCEITUAL DE GESTÃO DE PESSOAS ............. 22 9. ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE PESSOAS ........................... 25 11. RELAÇÕES ENTRE ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE PESSOAS, CAPACIDADES ORGANIZACIONAIS E DESEMPENHO ORGANIZACIONAL ...................................................................................... 32 13. REFERÊNCIAS ......................................................................... 44 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 1. INTRODUÇÃO Em tempos passados, a relação homem e trabalho era bem complexa. As organizações da época consideravam o homem como uma máquina e visavam somente a produtividade, sem preocupar-se com aspectos físicos e psicológicos de seus trabalhadores. Nesse contexto, percebe-se que historicamente as organizações entendiam que seus colaboradores atuavam como insumos a serem administrados por seus donos. Com o passar dos anos, gradativamente, aconteceram mudanças nesse cenário, visto que pressões externas, assim como a mudança na mentalidade das organizações, acabaram impulsionando uma mudança de pensamento em relação ao homem versus trabalho. A partir da nova percepção acerca da importância e da valorização do capital humano para o sucesso organizacional, ocorrem mudanças em relação à maneira como as organizações interpretam e visualizam seus colaboradores. Extingue-se a visão de máquina e compreende-se o colaborador como um aliado no sucesso organizacional. No tocante desse novo olhar, surge com certa expressividade o conceito de Gestão de Pessoas, uma função gerencial que visa o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais, ou seja, as relações homem e organização configuram uma via de mão dupla, a qual os dois saem ganhando. A partir desse prisma, esse estudo pretende abordar como a gestão de pessoas pode ser utilizada como uma estratégia competitiva nas organizações contemporâneas, ao passo que também busca averiguar se essa estratégia pode ser eficaz na atração e retenção de talentos, assim como, compreender o impacto da gestão de pessoas para as organizações e para os trabalhadores. As relações entre o homem e o trabalho sofreram inúmeras transformações com o passar dos anos. No entanto, antes de tais transformações acontecerem, as relações de trabalho eram consideradas unilaterais, ou seja, o homem não era considerado como um parceiro da organização, mas sim, com uma máquina que deveria gerar lucro. 4 Historicamente, a administração de recursos humanos passou por inúmeras etapas até chegar a gestão de pessoas propriamente dita, onde é possível observar através dos estudos que foram concretizados no movimento da Administração Científica, através dos experimentos de Taylor e de Fayol, o qual objetivavam uma fundamentação cientifica no tocante às atividades administrativas. Os estudos acerca da Administração Científica foram o marco inicial para um aprofundamento sobre as relações de trabalho que, mais tarde, ganharam novos impulsionadores tanto no Brasil quanto no mundo até chegar à Gestão de Pessoas. Após a trajetória percorrida em relação ao contexto do homem versus trabalho, a Gestão de Pessoas veio com força total para mudar os paradigmas existentes os quais colocavam o homem como uma “coisa”, uma máquina que estava disponível somente para produzir, esquecendo-se que o homem, o colaborador da organização é o principal ativo para o sucesso da organização e também para a alta performance do colaborador. Se em épocas passadas as relações de trabalho eram consideradas unilaterais, com a Gestão de Pessoas o conceito muda de cenário completamente: as relações são bilaterais, no qual os dois sempre ganham: empresa e colaborador. A partir do novo contexto que a Gestão de Pessoas traz para as relações de trabalho, surge a seguinte pergunta para delineamento deste estudo: Como a Gestão de Pessoas pode ser utilizada de maneira eficaz, a fim de obter, reter e manter satisfeitos os talentos profissionais e ser utilizada como uma estratégia competitiva? Entende-se que a Gestão de Pessoas traz um novo contexto no que se refere às relações de trabalho. Nesse sentido, são apresentadas duas hipóteses acerca da problemática apresentada anteriormente: A Gestão de Pessoas está diretamente relacionada com o sucesso organizacional, assim como, é utilizada como estratégia competitiva na atualidade para retenção de talentos. Outra hipótese levantada sobre a problemática em questão foi: Quanto mais sofisticados e aprimorados os processos de Gestão de Pessoas, serão maiores as possibilidades de atração de novos talentos e satisfação dos colaboradores. 5 No que diz respeito aos objetivos, este estudo apresenta como objetivo geral: estudar se a gestão de pessoas é utilizada como uma estratégia competitiva nas organizações contemporâneas e dentre os objetivos específicos apresenta: compreender como a gestão de pessoas pode ser útil no mundo corporativo a fim de tornar-se uma estratégia competitiva; averiguar se a gestão de pessoas pode ser um elemento de atração e retenção de talentos nas organizações e por fim, compreender o impacto da gestão de pessoas para as organizações e para os colaboradores. Com esta perspectiva, as empresas precisam buscar as melhores alternativas para atrair novos talentos para sua organização, assim como, reter os talentos já existentes e motivá-los para que possam alcançar a sua melhor performance profissional. A partir do exposto, tal estudo justifica-se pela importância e necessidade das organizações – independente do ramo/área de atuação -, visualizarem os seus colaboradores como o ativo mais importante da organização e impulsionadores para o seu sucesso. Nesse contexto, cabe às organizações adotarem a Gestão de Pessoas como um estímulo a fim de manter seus grupos/equipes de trabalho satisfeitos, motivados, valorizados e principalmente sujeitos participantes da mudança organizacional. 1.1- METODOLOGIA Para a construção deste material,foi utilizada a metodologia autilizadade pesquisa bibliográfica e descritiva, como intuito de proporcionar um levantamento de maior conteúdo teórico a respeito dos assuntos abordados. Segundo Gil, a pesquisa bibliográfica consiste em um levantamento de informações e conhecimentos acerca de um tema a partir de diferentes materiais bibliográficos já publicados, colocando em diálogo diferentes autores e dados. Entende-se por pesquisa bibliográfica, a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras 6 fontes. Outro método utilizado foi à metodologia de ensino Waldorf, esta metodologia é uma abordagem desenvolvida pelo filósofo Rudolf Steiner. Ele acreditava que a educação deve permitir o desenvolvimento harmônico do aluno, estimulando nele a clareza do raciocínio, equilíbrio emocional e a proatividade. O ensino deve contemplar aspectos físicos, emocionais e intelectuais do estudante. A pesquisa é descritiva, de campo e histórica, apoiada em técnicas de análise documental sobre a legislação e os planos de ensino obtidos, bibliográfica (MALHOTRA, 2006; COOPER; SCHINDLER, 2003; VERGARA, 2003; LUNA, 2002), e de análise de conteúdo (BARDIN, 2004). O planejamento e a revisão da literatura ocorreram durante o segundo semestre de 2007; a coleta dos dados, a análise e a apresentação dos resultados ocorreu durante 2008. Ainda para a construção deste, foi utilizado a etnometodologia, pela fenomenologia e pelo legado de Wittgenstein, além de alguns elementos marxistas e outros pensamentos mais contemporâneos, como os desenvolvidos por Pierre Bourdieu e Anthony Giddens. Segundo Nicolini, Gherardi e Yanow (2003) a noção de prática, na sua essência filosófica, está baseada em quatro grandes áreas do saber - na tradição marxista, na fenomenologia, no interacionismo simbólico e no legado de Wittgenstein, das quais podem ser citados fenômenos como: conhecimento, significado, atividade humana, poder, linguagem, organizações, transformações históricas e tecnológicas, que assumem lugar e são componentes do campo das práticas para aqueles que delas compartilham. Com tudo, o intuito deste modelo é possibilitar os estudos e contribuir para a aprendizagem de forma eficaz, clara e objetiva. 7 2. CONTEXTO HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS As relações de trabalho sofreram inúmeras transformações com o passar dos anos. Até a chegada da Gestão de Pessoas em si, as relações de trabalho eram mais complexas e possuíam uma visão totalmente unilateral, no qual importava somente o lado da empresa, colocando o empregado no status de máquina, o qual tinha como única finalidade produzir, sem nenhuma preocupação com aspectos psicológicos, físicos e estruturais. Nesse contexto, surge o movimento da Administração Científica, conforme é explicitado no trecho abaixo de Gil (2008, p. 18): O movimento da Administração Científica tem origem com as experiências de Frederick W. Taylor (1856-1915), nos Estados Unidos e Henri Fayol (1841-1925), na França. O objetivo fundamental desse movimento era proporcionar fundamentação cientifica às atividades administrativas, substituindo a improvisação e o empirismo. A partir das observações realizadas por Frederick Taylor em oficinas, percebeu-se que os operários produziam muito menos do que realmente tinham capacidade de produzir. Tal observação foi o pontapé inicial para Taylor desenvolver seu sistema de Administração Científica, o qual fazia uma abordagem direcionada para a racionalização do trabalho, ou seja, na abordagem de Taylor, a racionalização do trabalho necessitava da simplificação dos movimentos para a realização de determinada tarefa, sendo assim, estaria induzindo a diminuição do tempo gasto. Taylor ia mais além: fora a questão da racionalização do trabalho, ele também propunha uma nova configuração acerca da forma de pensar no que dizia respeito a empregados e empregadores, conforme é colocado por Gil (2008, p. 18): “[...] o taylorismo pretendeu ser algo mais. Ele envolvia uma verdadeira revolução mental por parte dos empregados e empregadores, que deveriam abandonar a luta pela repartição do produto do trabalho em favor da coordenação de esforços para aumentar esse lucro”. A partir dos estudos e observações de Taylor, surgiram outros estudiosos que contribuíram com novas perspectivas acerca do movimento da Administração Científica, dentre os quais podemos destacar Henri Fayol, o qual 8 desenvolveu seus estudos que ficaram conhecidos como fayolismo. Os aspectos abordados no fayolismo, direcionavam para os colaboradores uma atribuição técnica, a qual poderia ser interpretada nos princípios: conhecer, prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Outro precursor no movimento da Administração Científica foi Henry Ford. De acordo com as observações de Ford, para ser possível a diminuição de custos, a produção deveria ser em massa, em um quantitativo expressivo, assim como, possui mecanismos que auxiliem e impulsionem o desenvolvimento da produtividade dos operários. Em seus apontamentos, Ford também propunha que os operários deveriam receber uma remuneração justa, com jornadas de trabalho menores, para que assim, pudessem aumentar a performance produtiva dos operários. Outro momento a ser enfatizado e de bastante relevância no tocante das modificações das relações de trabalho, diz respeito à Teoria das Relações Humanas, através do trabalho desenvolvido por Elton Mayo. Inicialmente, Mayo propunha direcionar seus estudos acerca das influências da iluminação na produtividade, índice de acidentes e fadiga. Na ocasião, seu estudo foi realizado na fábrica da Western Electric. Após o desenvolvimento de seus estudos, os resultados apresentaram aspectos diretamente relacionados a fatores psicológicos e sociais no âmbito de trabalho. A partir dos estudos iniciais realizados por Mayo, assim como por outros que surgiram após este, buscou-se um interesse maior, assim como um maior direcionamento para aspectos psicológicos e sociais na produção. A partir dessa nova percepção sobre o fator humano nas relações de trabalho, surgem novos contextos e principalmente um novo olhar pelas empresas no que refere-se a importância e a necessidade das relações humanas no trabalho. Após a segunda guerra mundial, os sindicatos dos Estados Unidos tiveram uma atuação mais expressiva no que diz respeito as relações industriais de trabalho. Tal força, influenciou as indústrias a ter uma preocupação com as condições de trabalho de seus empregados, visto que as organizações sindicais estavam bastante organizadas e fortalecidas naquele período, que ficou conhecido como relações industriais. Por volta da década de 60, inicia-se a ser usada a expressão Administração de Recursos Humanos em substituição a 9 termos utilizados anteriormente, tais como: administração de pessoal e relações industriais. Em torno dos anos 80, as organizações passaram por inúmeras transformações ocasionadas por fatores internos e fatores externos à empresa, tais como: globalização, competitividade, entre outros. Tais transformações acabaram impactando as relações com o seu pessoal. Nesse panorama, a partir dos anos 90 surgem novas indagações sobre a dinâmica adotada em relação a Administração de Recursos Humanos nas organizações. Tal nomenclatura adotada na época, sofreu inúmeras críticas, conforme é abordado no comentário a seguir: Se tratadas como recursos, as pessoas precisam ser administradas, para obterse delas o máximo rendimento possível. Consequentemente, tendem a ser consideradas parte do patrimônio da organização. Propõem, entãoos críticos que as pessoas sejam tratadas como parceiros da organização. Como tais, passariam a ser reconhecidas como fornecedoras de conhecimentos, habilidades, capacidades e, sobretudo, o mais importante aporte para as organizações: a inteligência. [...] as pessoas constituiriam o capital intelectual da organização, devendo, portanto, tratar seus empregados como parceiros do negócio e não como simples contratados. Chiavenato (1999 apud GIL, 2008) A partir desse novo contexto, surge uma nova dinâmica no que diz respeito ao olhar das empresas para os seus colaboradores. Os colaboradores passam a ser vistos como elementos impulsionadores e sujeitos participantes do sucesso organizacional. As relações empregado e empresa passam a ter uma nova perspectiva, na qual o empregado é visto e considerado não mais como uma máquina, mas sim, como um parceiro da organização. 10 3. CONCEITUAÇÕES ACERCA DE ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA Os conceitos de estratégia mudam constantemente, desde os primórdios da humanidade se usa o conceito de estratégia, ou seja, vem evoluindo juntamente com a humanidade. O termo estratégia é um conceituado militarmente, definido pelo conjunto de forças contra determinado inimigo. O termo se origina da palavra grega "strategos" do qual se deriva o significado de "a arte do general", ou "arte de guerra" (OLIVEIRA, 2002 p. 192). Com isso, ocorre o uso da estratégia como apenas uma ação tomada para superar desafios, guerras, momentos, etc. O surgimento da Administração como ciência coloca o conceito de estratégia em um novo patamar, permitindo assim aplicar o conceito e modificá- lo para um ambiente de empresa ou aplicado a um produto, serviço, pessoas, etc. Analisando-se o contexto organizacional percebe-se que cada empresa possui seus alvos a serem atingidos, ou seja, exemplificando, supõe-se uma organização do ramo de vendas de veículos automotores tem como alguns dos seus objetivos: aumentar suas vendas, conquistar mais clientes, diminuir os índices de reclamação, entre outros. Oliveira (2007, p.4) percebe essa linha de raciocínio e afirma que estratégia "é definida como um caminho, ou maneira, ou ação estabelecida e adequada para alcançar os resultados da empresa, representados por seus objetivos, desafios e metas". Com o enfoque nas diretrizes e em objetivos, torna- se fundamental estabelecer elementos que norteie o foco da organização sendo estes: Missão, Visão e Objetivos. Elementos estes que iniciam o planejamento estratégico, uma vez que sabe-se os objetivos atuais da empresa, metas que deseja alcançar e uma visão da possível situação da organização em um futuro que pode ser de curto, médio ou longo prazo. Para Kotler (1992, p.63) "planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado." Contudo, a criação da missão e visão da organização tem que ser definida de forma que todos os envolvidos no processo (colaboradores, gestores, etc.) 11 compreendam a sua importância. E é a partir deste momento que o foco nas pessoas que compõem a organização toma conta do processo de planejamento estratégico, sendo assim chamado de Gestão Estratégica de Pessoas e adaptando-se a realidade de cada organização. A proposta do artigo sugere utilizar a Gestão Estratégica de Pessoas como um diferencial competitivo necessitando assim ser estudado, aprofundado e entendidas questões acerca de termos como vantagem competitiva, diferencial e estratégias. 4. AS ORGANIZAÇÕES E AS PESSOAS A existência das organizações se deu através da necessidade humana, pois as pessoas precisam de bens e serviços para viver e são essas organizações responsáveis por oferecer aos consumidores produtos ou serviços prestados de qualidade e preços que os mesmos possam pagar. Lacombe (2011) denomina organização como “um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns”, (p. 11) as empresas como organizações sociais que são, tem objetivos variados, destacam-se o lucro e a sobrevivência como principais metas a serem atingidas e manter uma empresa é uma tarefa trabalhosa para os seus gestores, pois gerir implica, acima de tudo, tomar decisões, criar e avaliar alternativas, cuja escolha leve a um resultado positivo. A empresa é a união de pessoas em busca de objetos específicos, contudo as pessoas e as organizações estão constantemente interligadas tornando-as uma dependente da outra, sendo assim os gestores estão cada vês mais especializando o capital humano presente nas empresas, elevando sua produtividade e se mantendo competitiva no mercado exigente em que se encontram, afinal sociedade é formada por essas organizações que permite ao ser humano alcançar padrões de vida mais elevado. Pessoas como seres humanos: dotados de personalidade própria e profundamente diferentes entres si, com uma história pessoal particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências, indispensáveis à adequada a gestão dos demais recursos organizacionais. 12 Pessoas como pessoas, não como meros recursos da organização. (Chiavenato, 2014, p.10). Os autores salientam que as empresas vêm investindo não só em produtos mais também em suas equipes, pois em plena era da informação faz- se necessário tal investimento, que transforma necessidades individuais em verdadeiras oportunidades de negócios, por isso as organizações bem- sucedidas otimizam investimentos de todos seus parceiros e principalmente os que estão à frente de suas empresas que são seus colaboradores. É importante lembrar que as organizações e as pessoas não são maquinas e as que tentam se aproximar deste conceito acabam não resistindo à competição, porém é possível extrair o que as pessoas têm de melhor através de métodos estruturados com base no perfil de cada colaborador. As pessoas são fontes inesgotáveis de trabalho e se administradas de forma correta maximizam seus recursos fazendo com que ocorra a satisfação de ambos. Nestas contextualizações em 2011 Lacombe complementa que “as organizações estão sempre mudando, pois são sistemas abertos e sofrem influência do ambiente no qual elas estão inseridas. Da mesma forma, elas interferem no ambiente influenciando-o”, sendo assim, para que uma organização alcance suas metas é preciso uma série de fatores que contribuem para isso, como uma estrutura organizacional flexível que acompanhe as mudanças mercadológicas que ocorrem com grande frequência pois, administrar uma organização exige porém uma série de atividades elaboradas para cada caso especifico, afinal não existe uma única forma disponível de administração. O primeiro ganho decorrente de um alinhamento das forças a organização com tendências de mudança do ambiente é a utilização mais racional das energias disponíveis. A organização que trabalha em sintonia com as mudanças em curso tem a vantagem adicional do impulso a seu favor e multiplica suas possibilidades de êxito. Essa capacidade de sintonia com o ambiente maior pode vir a ser o principal diferencial competitivos de organizações num mercado em transformação: é a diferença entre deixar-se levar pelas mudanças e interagir com elas, buscando influenciar o próprio processo de renovação do ambiente, papel este a ser desempenhado pelos gestores. (Tachizawa, Ferreira & Fortuna, 2006, p. 5). 13 Desta forma, as organizações procuram trabalhar em sintonia com as mudanças visando à obtenção de um clima de trabalho propicio ao alto desempenho empresarial e passam a enxergar as pessoas como peça fundamental para o crescimento, pois é evidente que delas dependem o resultado da organização. As pessoas na maioria das vezes são rotuladas como meros empregados por força da legislaçãotrabalhista, mais na verdade são efetivos colaboradores que atuam nos diversos níveis do processo decisório dentro das empresas. Por tanto, o empresário que pretende alcançar a excelência deve estabelecer estratégias de gestão de pessoas, pois são essas pessoas que estarão à frente de sua empresa, e delas dependem para que alcance o sucesso ou o fracasso. 5. O TALENTO DE GERIR PESSOAS: UMA VISÃO DE ADMINISTRADOR Um dos papeis mais importantes dos administradores é conduzir pessoas para que se tornem colaboradores eficientes, pois cada ser humano tem uma forma de pensar e agir e essas peculiaridades sempre irão existir. O diferencial de uma empresa são as pessoas que as compõe, mas ainda existem empresas em que os recursos humanos são os menos utilizados. “Em 2008 Ivancevich afirma que as estratégias de gestão de RH devem refletir claramente a estratégia organizacional relacionada a pessoas, aos lucros, e à eficácia geral”, pois antes a Gestão de Recursos humanos se limitava apenas em arquivar, organizar, e na manutenção nos registro pessoais das empresas, os treinamentos para estes profissionais eram bastante limitados, impossibilitando-os de aprimorar seus conhecimentos e contribuir com o aperfeiçoamento das habilidades de seu pessoal e com a lucratividade da empresa. As pessoas não eram consideradas por partes de seus gestores como um fator essencial para uma empresa, eles não davam muita importância para a área de gestão de pessoas, pois consideravam que esta área existia apenas 14 saber lidar com os colaboradores e tinham a ideia de que qualquer pessoa poderia excetuar esta tarefa. As organizações já se deram conta da importância das pessoas e da forma como são administradas, diferentemente do que ocorria no passado, quando o foco recaía apenas na tecnologia do produto ou do processo, nos mercados protegidos ou regulamentados, no acesso a recursos financeiros e econômicos de escala. (Lacombe, 2011, p. 18). Hoje, devido o reconhecimento da importância das pessoas no ambiente de trabalho, o grande executivo já tem ciência que necessitam do departamento de recursos humanos em suas organizações, pois a gestão de pessoas não se limita, pelo contrário, deve estar presente nos diversos setores empresariais, tais como, contabilidade, finanças, marketing, compras, produção e vendas. “Para Banov 2013 o gerenciamento de pessoas volta-se a toda e qualquer pessoa que dirige outras pessoas independentemente do tipo de área [...]”, mas apesar dessas conquistas ainda existem gestores que categorizam a gestão de recursos humanos de forma tradicional e não percebem que a área de recursos humanos pode contribuir estrategicamente com os objetivos e missão da empresa. Fica evidente que é preciso valorizar o capital humano de forma estratégica fazendo com que os colaboradores tenham qualidade de trabalho, contudo promoverá mais qualidade de vida e influenciará o capital intelectual, pois é peça fundamental nas empresas, manter um clima motivador e saber tratar as pessoas como elas realmente são, assim trará resultados positivos fazendo com que toda a equipe se mantenha comprometida com o que têm de fazer e com a organização que ela representa. Afinal as pessoas passam maior parte de seu tempo em seu trabalho e é necessário fazer com que exista um a relação de amor porque essas pessoas só se sentem realizadas quando exercem atividades que lhes apaixonam, assim tornando necessário que haja essa preocupação por parte dos gestores. A GP também não deve mais ter papel tradicional de suporte, mas, sim, constituir competência essencial no alcance dos objetivos e resultados organizacionais e individuais, uma vez que os recursos humanos são valiosos e constituem uma fonte de vantagem competitiva. (Demo, Fogaça, Nunes, Edrei & Francischeto, 2011, p. 17). 15 Na concepção dos autores as pessoas devem ser administradas tais como seus recursos humanos, mas também devem ser vistas como seres humanos, que necessitam de qualidade de vida e não vivem somente para a organização. Os benéficos devem ser dados a todos, viver como uma comunidade fazendo com que os colaboradores se orgulhem do que fazem e sejam beneficiados por isso, pois nas organizações em que os benéficos são distribuídos a um só grupo os demais não se consideram verdadeiramente membros da empresa. As organizações devem estar atentas a essas necessidades, pois ser for papel da empresa suprir tal desejo isso pode trazer resultados negativos caso não seja identificado antecipadamente, afinal a satisfação no trabalho está ligada a realização das necessidades dos colaboradores e devem ser considerados em todos os processos da área de gestão de pessoas, pois pessoas motivadas geram maiores resultados. “Em 2007, os autores Fidelis e Banov afirmam que essa teoria mostra como as empresas podem ser mais competitivas e atrair a melhor mão de obra do mercado se sinalizar e amenizar a busca da satisfação das necessidades”, (p. 38), isso faz com quem as empresas se tornem mais competitivas conquistando uma mão de obra qualificada, considerando seus colaboradores como parceiros de negócio e fornecedores de competências e não, mas como simples empregados contratados. A sobrevivência e o progresso de uma grande empresa dependem, em grande parte de sua capacidade de atrair, selecionar, treinar e posicionar corretamente, no presente, as pessoas, com potencial para atuar, no futuro, na alta administração da empresa, assumindo responsabilidades e agindo como uma equipe. (Lacombe, 2011 p. 18). Sendo assim, pode-se dizer que a administração de Recursos Humanos equivale a todo esforço da empresa, seu objetivo principal é atrair profissionais, prepará-los e desenvolvê-los e tem papel de administrar de forma produtiva a colaboração de todas as pessoas envolvidas na organização, também tem sido descrita como a função de planejar, coordenar e controlar a obtenção de mão- de-obra necessária à organização, o homem certo, no lugar certo e no mercado certo é um conceito clássico de Recursos Humanos. 16 A dificuldade de as empresas investirem em gestão de pessoas parte da insegurança da capacidade de reter esses recursos, ou seja, selecionar pessoas competentes, capazes de desenvolver tarefas que fazem com que a empresa tenha um diferencial em relação a sua concorrência, pois é necessário um grande investimento. 6. QUAL É O PAPEL DO LÍDER NA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES? A responsabilidade do líder na gestão estratégica de pessoas é grande e exige, além de muito conhecimento, o chamado jogo de cintura. Apenas por essa afirmação, já podemos entender que a liderança empresarial não corresponde apenas a cargos de gerência ou chefia. De fato, os líderes passaram a ser os principais responsáveis pelo sucesso ou fracasso das organizações. Isso porque é o papel da gestão motivar as suas equipes, tornando-as engajadas e comprometidas com o desenvolvimento de suas atividades e a superação das metas estabelecidas pelas empresas. Assim, de um bom gestor de equipes são exigidas capacidades que superam as competências de um bom gestor ou chefe — são necessárias diversas características tanto técnicas como humanas. O líder precisa entender os processos que sua equipe executa, mas também deve ter o tato de conhecer, ouvir e buscar compreender seus liderados. Dentre as características básicas de um responsável por equipes, podemos destacar a capacidade de motivar e reconhecer os esforços dos colaboradores envolvidos, transmitir suas ideias de forma clara e de modo a influenciar as pessoas e ser capaz de transformar grupos de profissionais em verdadeiras equipes. Além disso, é preciso reconhecer a necessidade e o momento de recompensar as pessoas, saber delegar as tarefas e estimular desafios, elaborar planos de desenvolvimentoe capacitação de cada um de sua equipe e transformar conflitos em fonte de aprendizado para todos. 17 6.1- QUAIS SÃO OS 5 PILARES DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES? Qualquer coisa que se edifica precisa de pilares nos quais se sustenta. Da mesma forma é uma gestão estratégica de pessoas, quando bem estruturada. Para que o resultado seja uma construção sólida e admirável, que leva o sucesso da empresa às alturas, os 5 pilares de gestão estratégica de pessoas nas organizações a seguir devem ser bem trabalhados. 1- A motivação adequada dos funcionários Esse é o pilar base para o desenvolvimento dos demais e demanda uma análise profunda do que motiva os profissionais de sua empresa. Ainda que muitos gestores acreditem que a única forma de motivar seus funcionários é por meio de investimentos altos, um bom gestor é capaz de motivar sua equipe sem muitos estímulos monetários. Para que o profissional dê o melhor de si não basta que ele tenha uma quantia maior a receber no fim do mês. Não estamos afirmando que os incentivos financeiros não sejam efetivos. Contudo, em boa parte das situações, a simples prestatividade da liderança para com seus liderados já produz resultado semelhante ou melhor que uma gratificação de salário. Isso acontece devido ao comportamento do líder, que se posiciona como mentor daquele profissional, desenvolvendo as capacidades técnicas e humanas dele. Além da postura da liderança, as empresas têm outras possibilidades que permeiam os pilares das boas práticas de gestão estratégica de pessoas nas organizações e são muito eficazes na motivação adequada de seus funcionários. Para colocá-las em prática, é preciso mais boa vontade das gestões que dinheiro em caixa. Uma delas é adotar medidas para o conforto dos profissionais. No entanto, atenção: não estamos falando apenas de mesas grandes e cadeiras ergonômicas. O gestor que precisa de empenho extra de sua equipe, por exemplo, pode recompensá-los com a bonificação de horas ou dias de folga conforme o sucesso de determinado projeto — ou ainda flexibilizar os horários de trabalho dos 18 profissionais. Isso faz com que eles vivam o emprego e reduz a sensação de obrigação que uma jornada laboral pode imputar na rotina do trabalhador. 2- O processo de comunicação Já dizia Chacrinha: “quem não comunica, se trumbica”. Assim, um dos principais pilares da gestão estratégica de pessoas é justamente manter uma comunicação clara, objetiva e de mão dupla. Ou seja, é preciso que a empresa transmita suas metas e objetivos de maneira que não restem dúvidas e que os gestores e líderes sempre se mantenham abertos ao diálogo com seus liderados. Uma forte característica das empresas que trabalham bem esse pilar é a adoção e incentivo da cultura do feedback. Ao estimular tanto os responsáveis por equipes quanto os liderados a avaliar uns aos outros e as ações institucionais, é muito mais fácil corrigir erros, alinhar objetivos e obter resultados melhores. No entanto, não basta apenas falar, é preciso fazer. É fundamental estimular a comunicação entre todos. Uma boa forma de estimular essa comunicação bilateral é implantar canais de comunicação oficiais que permitem que os profissionais expressem suas opiniões, críticas e elogios. Em um primeiro momento, é até interessante que o processo seja estimulado de forma anônima. Com a consolidação dessa cultura, porém, o processo de feedback pode ser em grupo, permitindo que todos interajam de forma livre e espontânea a fim de aprimorar a fala dos demais. No entanto, esse trabalho deve ser muito valorizado nas bases e não apenas nos topos hierárquicos. É preciso lembrar que o desenvolvimento do sentimento de pertencimento é um poderoso aprimorador de resultados. Ou seja, antes mesmo de instituir canais de comunicação, os líderes e gestores precisam ser instruídos e entender o valor da comunicação na gestão estratégica de pessoas nas organizações. 3- O trabalho em equipe Para que um trabalho em equipe efetivamente aconteça com qualidade, é preciso que cada integrante do grupo entenda claramente seu papel dentro do 19 processo global. Além disso, a liderança precisa manter os objetivos do trabalho de cada um dos profissionais bem alinhados e em sinergia com as metas da empresa. É importante, também, que os indivíduos de uma equipe entendam como seus trabalhos estão intercalados e como a qualidade das atividades de um pode influenciar positiva ou negativamente nos resultados dos demais profissionais — assim como nos resultados da empresa. Uma ótima maneira de estimular essa percepção é abandonar o modelo taylorista, em que cada profissional é especialista apenas em seus processos de produção. Ou seja, para reforçar o trabalho em equipe, é fundamental que o profissional entenda a importância do seu trabalho no fim do processo. Da mesma forma, é interessante que ele conheça as atividades dos demais setores, suas limitações e como a melhoria do seu trabalho facilita a fluidez dos processos da sua equipe e da organização. Isso é facilmente conquistado por meio da implementação de grupos de trabalho para discussão de inovações e solucionamento de problemas da empresa. Uma outra estratégia para formar equipes de sucesso é constituí-las a partir da junção de profissionais multidisciplinares. Assim, os colaboradores da mesma equipe terão capacidades que se complementam e, com o devido incentivo, passam a assimilar novos conhecimentos e a desenvolver suas próprias capacidades individuais, eliminando as limitações profissionais. 4- As competências E o conhecimento O entendimento da importância das competências e do conhecimento é algo intrínseco aos bons líderes. Afinal, uma organização é formada por pessoas e cada uma delas tem suas competências. No dia a dia, é a capacidade da empresa em gerir e agregar essas características que a permitem se destacar em seu setor. Entendendo essa diversidade, o gestor percebe a importância da gestão de competências, que nada mais é que otimizar o resultado das tarefas de acordo com a capacidade dos profissionais que compõem a equipe. Essa gestão 20 de habilidades só é possível ao avaliar as atitudes e os conhecimentos individuais. Com uma avaliação de desempenho, o responsável por uma equipe é capaz de direcionar melhor as demandas, estimular resultados com maior produtividade, desenvolver suas equipes e monitorar melhor o desempenho de seus liderados. Ou seja, por meio da gestão de competências, as empresas maximizam seus resultados. Quanto mais conhecimento um colaborador detém, mais desenvolvidas e variadas serão as suas competências técnicas e humanas. Por isso é importante que um gestor conheça as capacidades e limitações de cada um de seus liderados. Só realizando a gestão desses atributos ele será capaz de investir de forma mais eficaz no desenvolvimento pessoal e profissional dos componentes de sua equipe. 5- O desenvolvimento pessoal e profissional Como estamos em plena Era da Informação e do Conhecimento, não é de se admirar que um dos 5 pilares da gestão estratégica de pessoas nas organizações seja exatamente o investimento em constante desenvolvimento pessoal e profissional. É preciso lembrar que as organizações são como entidades vivas e precisam se manter em constante transformação para acompanhar o desenvolvimento da tecnologia e da sociedade de modo geral. Para que isso seja possível, é preciso investir. Não há outra forma estimular o desenvolvimento pessoal e evolução profissional dos colaboradores que compõem sua equipe se não por meio de investimento — seja ele em treinamentos ou em gratificações conforme a evolução técnica do indivíduo. Portanto, há duas formas principais de você manter sua equipe em constante desenvolvimento pessoal e profissional. A primeira delas é investir emtreinamentos, sejam eles externos ou in company, por meio da contratação de empresas e profissionais especializados em determinados temas ou áreas. Quanto mais capacitado e representativo for 21 o palestrante, mais facilmente o conhecimento será absorvido e assimilado na rotina dos participantes. Contudo, é preciso lembrar que não basta apenas ter uma equipe técnica. Para o sucesso de uma empresa, é preciso que ela conte com seres humanos melhores. Portanto, investir em treinamentos de desenvolvimento humano, como oratória e relacionamento interpessoal, por exemplo, também é necessário. Outra forma de estimular o constante aprimoramento dos profissionais é por meio das gratificações especiais, destinadas àqueles que investem em sua capacitação. Por exemplo, o colaborador que concluiu uma graduação ou pós- graduação em área de interesse da empresa tem sua faixa salarial automaticamente reajustada. Isso é bem lógico, visto que — em tese — a empresa passará a contar com uma mão de obra ainda mais qualificada do que quando contratou o profissional. Com os cinco pilares apresentados, é facilmente possível perceber que eles interagem entre si e até são dependentes uns dos outros. Por isso, é muito importante que a organização direcione esforços para a consolidação simultânea de todos estes aspectos. 7. GESTÃO DE PESSOAS COMO VANTAGEM COMPETITIVA A grande maioria dos líderes, nos dias de hoje, vive sob a pressão do tempo e a necessidade de entrega de resultados. Esta luta, que parece ser permanente e nos faz sentir como “apagadores de incêndio”, na maioria dos casos, tem muita relação com o entendimento da relevância e da prática de dentro das organizações. Especificamente os gestores são responsáveis por uma gama complexa de papéis em suas organizações. Um deles é, sem dúvida, o de liderar pessoas. Consequentemente os gestores precisam e devem ser reconhecidos e respeitados como líderes de pessoas. Não basta ter autoridade conferida pelo cargo de gestão para que alguém seja considerado um líder de pessoas, é preciso mais. Liderar pessoas é transformar subordinados em colaboradores, é 22 conseguir influenciá-los de tal forma que se sintam parte do processo criativo e construtivo de resultados. O líder é aquele que respeita e é respeitado por isso. Para isso, os líderes procuram desenvolver suas competências para executar o seu papel, adquirindo maior experiência e se tornando mais capazes, por meio da complementação do aprendizado para a função, como por exemplo, através - de programas de treinamento. Para um líder não basta apenas delegar, é preciso inspirar, mais do que dar ordens, é preciso ouvir e mais do que autoridade, o líder é um catalisador de talentos. O líder deve estar sempre disposto a aprender novos conhecimentos e habilidades para gerar novas atitudes que resultem no aumento da satisfação de seus colaboradores e da lucratividade da empresa. O gestor necessita possuir humildade para desaprender atitudes obsoletas que resultam em descontentamento e insatisfação dos colaboradores e administradores da empresa. “Só há uma pessoa capaz de levar adiante as transformações e evoluções de que você necessita: você mesmo.”. Renner (2005) argumenta. O gestor deve estar continuamente buscando aprender e rever seus valores para mudar internamente e ter sucesso diante de cada mudança externa. É como estar sempre se preparando para as mudanças que virão de forma previsível. Isto não se limita ao investimento em aprendizagem realizado pela empresa, mas, principalmente, na iniciativa própria de cada um é responsável pelo seu autodesenvolvimento. 8. ANÁLISE CONCEITUAL DE GESTÃO DE PESSOAS Os colaboradores estão em movimento hoje em dia buscando oportunidades melhores onde e como puderem. Qualquer que seja a motivação, o desejo dos colaboradores de encontrar melhores opções está custando milhões às empresas em termos de perdas anuais, sem mencionar o desgaste 23 dos gerentes que investem muito tempo para recrutar, treinar e motivar novos colaboradores, só para vê-los partir algum tempo depois. Chiavenato (2004, p. 6) afirma que “a gestão é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações”. Quem fica atento às mudanças do mundo organizacional já percebeu que nos últimos tempos as competências tornaram-se um diferencial tanto para as organizações quanto para os profissionais. Hoje, por exemplo, existem empresas que fortalecem a política de Recursos Humanos com base na gestão por competências, um processo que permite alcançar os objetivos através do alinhamento entre a missão, a visão, os valores, a estratégia do negócio e do capital humano. É na busca pela maximização dos resultados, que as empresas estão repensando seus modelos de administração e investindo cada vez mais no patrimônio e no capital intelectual. Dessa forma, o grande desafio é buscar e preparar as pessoas que ajudarão atingir os resultados, identificando as competências que vão garantir a manutenção do sucesso no presente e no futuro. Para tanto é necessário mais do que treinar esses profissionais talentosos é imprescindível alinhá-los aos objetivos e desafios da corporação mostrando que é deles que depende o verdadeiro sucesso do negócio ou imprevisível. Isto não se limita nos investimentos em aprendizagem realizados pela empresa, mas, principalmente, na iniciativa própria de cada um de investir na sua aprendizagem e profissionalização, afinal cada um é responsável pelo seu autodesenvolvimento. Hoje, a tendência é fazer com que todas as pessoas, em qualquer nível da organização, sejam administradores e não simplesmente executores de suas tarefas. Além de executar as tarefas, cada pessoa deve conscientizar-se de que ela deve ser o elemento de diagnóstico e de solução de problemas para obter uma melhoria contínua do seu trabalho dentro da organização. É assim que crescem a eficácia das organizações bem-sucedidas. Realmente, a gestão de pessoas, quando bem exercida, torna-se uma vantagem sobre a concorrência, tendo como diferencial competitivo as pessoas. 24 Mas, para colocar isto em prática requer mudanças, e onde existe mudança existe resistência, resistência essa que deve ser trabalhada da melhor forma para que possa reverter a situação para impulsionadores. 8.1- IMPORTÂNCIA DA GESTÃO PESSOAS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAIS Importância está no fornecimento de ferramenta que possa valoriza a inovação do seu colaborador e com o tipo de especialização em um determinado serviço podendo ter ampla variedade de atividade dentro da organização sendo valorizado de acordo com o seu potencial de atuação na sua experiência cotidiana A moderna gestão de pessoas procura tratar as pessoas como pessoas, e simultaneamente, como importantes recursos organizacionais, mas rompendo a maneira tradicional de tratá-las meramente como meios de produção. Pessoas como pessoas e não simplesmente pessoas como recursos ou insumos. Chiavenato (2004, p.06) diz: Não existem organizações sem pessoas. Toda organização é basicamente constituída de pessoas [...]. A moderna gestão de pessoas procura tratar as pessoas como pessoas, e simultaneamente, como importantes recursos organizacionais, mas rompendo a maneira tradicional de tratá- las meramente como meios de produção. Pessoas como pessoas e não simplesmente pessoas como recursos ou insumos. As organizações que inserem suas práticas de gestão de forma tradicional e mecanicista veem seus funcionários apenas como um meio de produção que possui uma visão retrógrada, ultrapassada. As empresas que ainda possuem este tipo de visão, ou de gestão, enfrentam grandes conflitos trabalhistas além de distanciar as pessoas e gerarem problemas na qualidade de serviço e em produtividade. Com isto percebe-se que a Gestão de Pessoasé extremamente importante no ambiente organizacional, e que a falta da mesma pode acarretar alguns problemas. 25 Gestão de Pessoas está relacionada com um conjunto de boas práticas de um RH bem definido e de um líder ou gestor que realize ações que condizem, ou que estejam alinhadas a neste tipo de gestão. O gestor precisa saber utilizar os recursos organizacionais no sentido de obter eficiência e eficácia, bem como alto grau de satisfação entre as pessoas que fazem o trabalho e também com seus clientes. 9. ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE PESSOAS Schuler e Walker (1990) elaboraram uma das primeiras definições de estratégias de gestão de pessoas. Para estes autores, elas podem ser concebidas como um processo e um conjunto de atividades que identificam questões específicas de gestão de pessoas que são de interesse do negócio. Essa atividade é baseada em um esforço conjunto dos recursos humanos e dos gerentes de linha em responder às preocupações do negócio relacionadas às pessoas, visando à consecução dos objetivos estratégicos do negócio e agregando valor à organização, para melhorar o seu desempenho atual e futuro e sustentar a vantagem competitiva. Albuquerque (1999) transformou-se num clássico da literatura brasileira sobre estratégias de gestão de pessoas. Ele explorou e aprimorou os conceitos de duas estratégias básicas de gestão de pessoas: a estratégia de controle e a estratégia de comprometimento. A primeira é caracterizada por uma estrutura altamente hierarquizada, com produção em massa, trabalho especializado, com baixo nível de exigência em qualificação e baixa participação dos empregados na tomada de decisões. Já a segunda é caracterizada pela produção flexível, com a junção entre o fazer e o pensar, gerando trabalhos enriquecidos e desafiadores, alta exigência de qualificação, confiança mútua e alta participação dos empregados nas tomadas de decisões. De forma similar, Truss et al. (1997), baseados em outros autores, trabalharam essas estratégias como modelos hard e soft. O modelo hard é equivalente à estratégia de controle, baseado no modelo econômico do homem da teoria X de McGregor, evidenciando aspectos quantitativos, racionais, e enfatizando a ideia de recursos. 26 Já o modelo soft está associado ao movimento das relações humanas, à utilização dos talentos individuais e à teoria Y de McGregor sobre a natureza dos indivíduos, o que equivaleria à estratégia de comprometimento, a qual é baseada em altos níveis de confiança. Em sua pesquisa empírica em organizações na Inglaterra, os autores concluíram que o modelo soft de comprometimento é predominante na retórica adotada pelas empresas. Entretanto, a prática vivenciada pelos empregados está mais relacionada ao modelo hard, de controle estratégico. Para Mascarenhas (2008), dependendo das demandas estratégicas das organizações, seriam compatíveis ênfases diferentes dos modelos soft e hard. O modelo soft, por exemplo, seria mais adequado para organizações inseridas em cenários instáveis, que exigem estruturas mais flexíveis e maior envolvimento dos funcionários em processos estratégicos de mudança e inovação. Já o modelo hard seria mais adequado para cenários estáveis, que enfatizam a produtividade, a continuidade de processos e comportamentos repetitivos. O autor considera ainda a possibilidade da coexistência das duas abordagens, para prover tratamentos diferenciados aos subgrupos organizacionais. Com uma visão crítica, Legge (2005) afirma que existia uma tendência no processo de alinhamento entre gestão de pessoas e estratégia organizacional em escolher entre uma estratégia de gestão de pessoas hard ou soft, dependendo de a organização possuir uma estratégia de liderança no custo ou de alto valor agregado. Entretanto, reconhece-se atualmente que não é mais uma questão de escolher “um dos dois” ou “ou uma” estratégia, mas sim de “ambos” ou “e”, incorporando mais de uma estratégia à gestão de pessoas. Um modelo que incorpora a visão de Legge (2005) é o Modelo de Valores Competitivos (Competing Values Framework - CVF), que tem sido usado para definir diferentes abordagens da gestão de pessoas nas organizações. Ele foi desenvolvido por Quinn e Rohrbaugh (1983) como um modelo para a análise organizacional, sendo bastante amplo e aplicável à investigação de diversos aspectos, tais como: cultura organizacional, liderança, efetividade 27 organizacional, gestão da qualidade e gestão de pessoas, conforme sugerido por Cameron e Quinn (2006). O modelo está fundamentado em quatro conjuntos de valores que competem entre si, refletindo os dilemas que permeiam o sistema organizacional. Ressalta-se que ele não sugere que um valor anula o outro; ao contrário, tenta proporcionar uma melhor compreensão do equilíbrio entre eles. O modelo compreende uma combinação de duas dimensões: a) A primeira está baseada na estrutura organizacional, com possibilidade de ênfase em flexibilidade e dinamismo ou em estabilidade, ordem e controle; b) A segunda dimensão está relacionada ao enfoque organizacional, diferenciando a ênfase na orientação para o ambiente interno, integração e unidade, da orientação para o ambiente externo, diferenciação e rivalidade. Essas duas dimensões dão origem a quatro quadrantes, que representam modelos distintos, de acordo com as principais características e valores assumidos (Figura 1). O modelo de relações humanas é caracterizado pela flexibilidade e foco interno. Ele enfatiza trabalho em equipe e comprometimento dos funcionários através do desenvolvimento de um forte sistema de valores que promove a 28 identidade corporativa. As boas relações entre os funcionários são um resultado da meritocracia, oportunidades iguais, participação e envolvimento. A motivação é baseada no empoderamento, desenvolvimento e comunicação, enquanto o sucesso é definido em termos da valorização das pessoas. O modelo sistema aberto é definido pela flexibilidade e foco externo. A cultura dominante fomenta a inovação, a criatividade, o empreendedorismo e a tomada de riscos e objetiva a criação de uma visão do futuro da organização. A principal responsabilidade do RH é acompanhar as mudanças ambientais, sendo capaz de se adaptar a elas através de melhoria contínua, aquisição de novos recursos e adoção de novos métodos e processos. O sucesso é definido em função da flexibilidade e adaptabilidade à mudança. O modelo de processo interno é caracterizado pelo controle e foco interno. Enfatiza o controle próximo dos funcionários, a padronização de procedimentos, a gestão da informação e a manutenção da estabilidade e da hierarquia. A melhoria de processos, regulamentos e análise do trabalho, através de métodos como a reengenharia, facilita o trabalho do RH. Previsibilidade e eficiência do processo são critérios de sucesso. Já o modelo de meta racional é evidenciado pelo controle e foco externo. Sua característica básica é a orientação para resultados. Para tanto, o RH enfatiza planejamento, conquista de metas, medidas de produtividade e competitividade. Seu principal papel é ser um parceiro estratégico, através do alinhamento de suas políticas com a estratégia de negócios. Rentabilidade, eficiência, produtividade, fama e competitividade são critérios de sucesso. Vale destacar que o Modelo de Valores Competitivos servirá como base para as análises realizadas neste trabalho. Cameron e Quinn (2006) delineiam o seu emprego para a gestão de pessoas, propondo uma sobreposição com o Modelo de Múltiplos Papéis da gestão de pessoas de Ulrich (1998), o qual é detalhado no tópico seguinte. 29 10. CAPACIDADES ORGANIZACIONAIS COMO RESULTADOS DA GESTÃO DE PESSOAS Com o advento da perspectiva estratégica, a gestão de pessoas tem sofrido uma mudança de foco, migrando de uma ênfase baseada em processose tarefas para uma nova ênfase mais proativa, baseada em resultados. Para Oliveira, Albuquerque e Muritiba (2003), quanto mais os gestores confirmarem a contribuição da gestão de pessoas para a organização, mais a área será percebida como uma parceira estratégica, ao mesmo tempo em que a maior participação da área na gestão estratégica implica maior demanda pela avaliação de resultados. Logo, seja para alcançar ou para manter o status estratégico, a avaliação de resultados torna-se imperativa para a gestão de pessoas, impondo aos seus gestores os desafios sobre a definição do que medir e a tradução dos indicadores em informações relevantes para os negócios. Lacombe e Albuquerque (2008, p. 8) comentam que os autores que propõem métodos de mensuração de resultados em gestão de pessoas parecem concordar que existem dois grandes tipos de medidas para a área: as medidas operacionais – tais como índices de absenteísmo, rotatividade, horas de treinamento etc. – e os indicadores estratégicos. Estes procuram “avaliar não apenas as ações já passadas, mas também como as ações de RH podem influenciar o futuro da organização, especialmente em termos da construção das capacidades organizacionais”. De modo similar, Ulrich (2000; 1998) também defende que as capacidades organizacionais se constituem em importantes resultados da gestão de pessoas – premissa adotada neste estudo. Segundo Mascarenhas (2008), o reconhecimento de que a gestão de pessoas desempenha uma função importante na construção de capacidades organizacionais deve-se ao fato de ela estar por trás da mobilização e da reconfiguração dos recursos competitivos. Logo, as capacidades organizacionais são resultados da gestão de pessoas críticos para o alcance de desempenho organizacional superior (ULRICH; SMALLWOOD, 2005). Baseados na perspectiva das capacidades dinâmicas, Wei e Lau (2010) confirmaram que a relação entre gestão de pessoas e desempenho organizacional é parcialmente mediada pela capacidade adaptativa das 30 empresas. Resultados semelhantes foram encontrados por Jin, Hopkins e Wittmer (2010), que verificaram que a flexibilidade das empresas, definida como a capacidade de responder com eficiência e eficácia às exigências dos clientes, media a relação entre o seu capital humano e as suas vantagens competitivas. Ulrich (2000; 1998) advoga que as políticas e práticas de gestão de pessoas devem ser desenvolvidas de forma integrada para criar capacidades que contribuam para o sucesso organizacional. Em sua proposição de valor, o autor defende que as práticas de gestão de pessoas criam capacidades organizacionais que irão gerar valor para o cliente, o que, por sua vez, irá se converter em valor econômico. Logo, as capacidades organizacionais representam o elo entre estratégia e ação e entre a gestão de pessoas e o desempenho organizacional, sendo responsabilidade da gestão de pessoas a transformação de estratégias em capacidades. De acordo com o autor, existem quatro capacidades genéricas essenciais que podem ser definidas como resultados da gestão de pessoas: criar clareza estratégica, fazer com que as mudanças aconteçam, gerar capital intelectual e criar eficiência administrativa. Essas capacidades derivam de seu Modelo de Múltiplos Papéis, apresentado na Figura 2, que advoga que esses papéis devem ser assumidos pelos profissionais de gestão de pessoas concomitantemente, para que eles possam adicionar valor às organizações competitivas. 31 O modelo trabalha com duas dimensões: o foco e as atividades de gestão de pessoas. O foco pode variar entre o estratégico, orientado para o futuro, e o operacional, voltado para o cotidiano. As atividades vão da administração de processos à administração de pessoal. Os quadrantes delineados no cruzamento dessas duas dimensões dão origem a quatro papéis de gestão de pessoas: a administração de estratégias de recursos humanos, que resultaria na capacidade de criar clareza estratégica; a administração da transformação e mudança, cujo resultado correspondente seria a capacidade de fazer com que as mudanças aconteçam; a administração da contribuição dos funcionários, que levaria à capacidade de gerar capital intelectual; e a administração da infraestrutura da empresa, que teria como resultado a capacidade de criar eficiência administrativa. A capacidade de criar clareza estratégica propicia o alcance dos objetivos organizacionais e ajuda a garantir o sucesso, gerando significado para os seus funcionários e para os demais stakeholders. Ela alinha os sistemas de gestão de pessoas às estratégias empresariais, traduzindo-as em práticas organizacionais de forma eficiente, moldando o comportamento dos funcionários e diferenciando a empresa para clientes e investidores. A capacidade de fazer com que as mudanças aconteçam proporciona flexibilidade, velocidade e agilidade às organizações no processo de rápida adaptação ao ambiente competitivo dinâmico e instável. Ela facilita a inovação e a adaptação constantes, contribuindo para a compreensão dos processos cruciais para a mudança, gerando dedicação a esses processos e garantindo que ela ocorra de acordo com o planejado. A capacidade de gerar capital intelectual favorece maior comprometimento e competência dos funcionários. As práticas de gestão de pessoas ajudam os funcionários a entregar resultados – através de suas competências individuais – que contribuam para o sucesso organizacional. Isso ocorre a partir da compreensão das necessidades dos funcionários, elevando sua contribuição e seu comprometimento com as metas da empresa. A capacidade de criar eficiência administrativa facilita a concepção e desenvolvimento de processos de maneira eficiente. Ela envolve a melhoria 32 contínua dos processos de gestão de pessoas e o aumento da eficiência geral da organização, na busca incessante por descobrir maneiras novas de fazer as coisas melhor, com o intuito de garantir a manutenção da qualidade e a redução dos custos. Para Ulrich (2000, p. 39), essas quatro capacidades são complementares e devem ser desenvolvidas em conjunto para desempenhar uma parceria ampla e global que de fato possa agregar valor às organizações, como ilustra o trecho a seguir: “Empresas bem-sucedidas serão aquelas capazes de transformar estratégia em ação rapidamente, de gerenciar processos de maneira inteligente e eficiente, de maximizar o compromisso e a colaboração do funcionário e de criar condições para uma mudança consistente”. Vale ressaltar que esse modelo de quatro capacidades organizacionais como resultados da gestão de pessoas será adotado para a realização do estudo empírico, conforme descrito na metodologia da pesquisa. 11. RELAÇÕES ENTRE ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE PESSOAS, CAPACIDADES ORGANIZACIONAIS E DESEMPENHO ORGANIZACIONAL Com base nos pressupostos teóricos do Modelo de Valores Competitivos (CAMERON; QUINN, 2006) e do Modelo de Múltiplos Papéis de Ulrich (2000), procedeu-se ao uso da técnica de modelagem de equações estruturais para investigar as relações simultâneas entre estratégias de gestão de pessoas, capacidades organizacionais e desempenho organizacional dos meios de hospedagem. O primeiro passo na modelagem de equações estruturais é a realização da análise de caminhos, quando se definem as relações preditivas entre os construtos, com a definição das variáveis dependentes e independentes. Assim, para a análise de caminhos, consideraram-se como variáveis exógenas (independentes) as configurações de estratégias de gestão de pessoas e como variáveis endógenas (dependentes) as capacidades organizacionais e o desempenho organizacional. Tal análise foi realizada para 33 verificar quais estratégias de gestão de pessoas implementadas pelos meios de hospedagem do Nordeste brasileiro serviam para explicar as capacidadesorganizacionais por eles desenvolvidas e, ainda, para identificar quais destas capacidades contribuem para explicar as variações de desempenho organizacional entre os hotéis investigados. A Figura 3 ilustra o modelo obtido a partir da análise de caminhos. A avaliação do ajuste do modelo revela que ele possui um bom ajuste. A significância do teste qui-quadrado foi igual a 0,000, e o teste qui-quadrado normado, que é a razão entre a estatística qui-quadrado e os graus de liberdade, foi igual a 3,39. Esse valor é aceitável, tendo em vista que a literatura recomenda que o qui-quadrado normado seja de no máximo 5, para indicar um ajuste adequado. Modelo Estratégias de Gestão de Pessoas – Capacidades Organizacionais – Desempenho Organizacional: O lado esquerdo do modelo revela a influência das estratégias de gestão de pessoas sobre as capacidades organizacionais. A configuração Meta Racional, que tem forte orientação para resultados, conquista de metas, produtividade e competitividade, exerce nítida influência sobre as capacidades de Clareza Estratégica, Mudança e Eficiência Administrativa. A capacidade de 34 Clareza Estratégica provavelmente recebe essa influência por compartilhar com a configuração Meta Racional a orientação para o ambiente externo, a visão estratégica, o controle e a administração de processos. A capacidade de Mudança compartilha a orientação para o ambiente externo e a visão estratégica. Já a capacidade de Eficiência Administrativa compartilha a ênfase sobre o controle e a administração de processos. A configuração Sistema Aberto, que evidencia o senso de renovação, mudança, melhoria contínua, criatividade e iniciativas inovadoras, explica positivamente as capacidades de Clareza Estratégica, Mudança e Capital Intelectual. A capacidade de Clareza Estratégica recebe essa influência por compartilhar com a configuração Sistema Aberto a orientação para o ambiente externo e a visão estratégica. A capacidade de Mudança compartilha a orientação para o ambiente externo, a visão estratégica, a flexibilidade e a administração de pessoal. Já a capacidade de Capital Intelectual compartilha a flexibilidade e a administração de pessoal. A configuração Relações Humanas, que possui ênfase sobre o trabalho em equipe, o comprometimento dos funcionários e as boas relações de trabalho, exerce influência positiva sobre as capacidades de Capital Intelectual e Eficiência Administrativa. A capacidade de Capital Intelectual recebe essa influência por compartilhar com a configuração Relações Humanas a orientação para o ambiente interno, o operacional, a flexibilidade e a administração de pessoal. A capacidade de Eficiência Administrativa compartilha a orientação para o ambiente interno e o operacional. A configuração Processo Interno, que ressalta a eficiência e a melhoria dos processos e a gestão da informação, influencia positivamente as capacidades de Capital Intelectual e Eficiência Administrativa. A capacidade de Capital Intelectual recebe essa influência por compartilhar com a configuração Processo Interno a orientação para o ambiente interno e o cotidiano. A capacidade de Eficiência Administrativa compartilha a orientação para o ambiente interno, o cotidiano, o controle e a administração de processos. Um aspecto a se destacar no modelo é que ele confirma a sobreposição proposta por Cameron e Quinn (2006) entre as estratégias de gestão de pessoas 35 do Modelo de Valores Competitivos e as capacidades organizacionais do Modelo de Múltiplos Papéis de Ulrich (1998). A referida sobreposição indica que: a) A configuração Meta Racional, caracterizada pelo controle e foco externo, contribui para o desenvolvimento da capacidade de Clareza Estratégica, voltada para o futuro e para a administração de processos; b) A configuração Sistema Aberto, caracterizada pela flexibilidade e foco externo, contribui para o desenvolvimento da capacidade de Mudança, voltada para o futuro e para a administração de pessoal; c) A configuração Relações Humanas, caracterizada pela flexibilidade e foco interno, contribui para o desenvolvimento da capacidade de Capital Intelectual, voltada para o cotidiano e para a administração de pessoal; e d) A configuração Processo Interno, caracterizada pelo controle e foco interno, contribui para o desenvolvimento da capacidade de Eficiência Administrativa, voltada para o cotidiano e para a administração de processos. Além disso, observa-se que as relações não se apresentam de forma isolada entre cada dupla de dimensões correspondentes. Ao contrário, as relações são múltiplas, ou seja, cada configuração de estratégias de gestão de pessoas influencia concomitantemente o desenvolvimento de duas ou mais capacidades organizacionais. Mais uma vez, a proposição de Cameron e Quinn (2006) é reforçada, quando eles afirmam que, para alcançar a efetividade, os gestores devem garantir que alguns elementos de cada um dos quatro modelos de gestão de pessoas sejam contemplados pelas organizações. Essa observação também resgata a reflexão de que os tipos ideais identificados pelos estudiosos da abordagem configuracional da gestão estratégica de pessoas dificilmente serão percebidos na prática organizacional em sua forma “pura”. O que ocorre, na realidade, são as composições de modelos híbridos, que combinam características de diversos elementos, sendo mais apropriados à natureza complexa e interativa da gestão de pessoas nas organizações (DELERY; DOTY, 1996). O lado direito do modelo revela a influência das capacidades organizacionais sobre o desempenho organizacional dos meios de hospedagem. 36 Dentre as quatro capacidades organizacionais investigadas, apenas duas exercem influência positiva direta sobre o desempenho organizacional: Mudança e Capital Intelectual. A capacidade de Mudança envolve o favorecimento da inovação e da adaptação constante e o comprometimento com os processos de mudança. O próprio Ulrich (2000) defende que, a partir do senso de melhoria contínua, tem-se o estímulo a novas iniciativas que asseguram a continuidade e o aumento do desempenho organizacional. Já a capacidade de Capital Intelectual ressalta a contribuição dos funcionários. Assim, Ulrich (2000) argumenta que, através das competências individuais dos funcionários e do seu comprometimento com as metas da organização, eles entregam resultados que contribuem para o sucesso organizacional. Esse resultado vem corroborar a visão de vários autores, que afirmam que os ativos mais valiosos de uma organização são os funcionários e que as pessoas possuem valor estratégico e representam fonte de vantagem competitiva para as organizações (BARNEY, 1991; WRIGHT; DUNFORD; SNELL, 2001). Analisando-se a descrição teórica apresentada por Ulrich (2000; 1998) em seu Modelo de Múltiplos Papéis, percebe-se que ele dá maior ênfase às contribuições das capacidades de Mudança e de Capital Intelectual sobre o desempenho e o sucesso organizacional. Já a sua descrição sobre as capacidades de Clareza Estratégica e de Eficiência Administrativa evidencia a preparação da organização para o enfrentamento de desafios operacionais e estratégicos, mas não salienta o impacto direto sobre o desempenho organizacional. Essa observação poderia justificar o não aparecimento de relações significantes entre essas duas capacidades e o desempenho organizacional. Ao mesmo tempo, vale ressaltar que as capacidades de Mudança e de Capital Intelectual estão ambas voltadas para as atividades de administração de pessoal, ou seja, possuem maior ênfase sobre as pessoas e traduzem maior flexibilidade, seja evidenciando a inovação e a melhoria contínua (Mudança), seja apontando o comprometimento e as competências dos funcionários (Capital Intelectual). 37 O fato de elas terem se sobressaído na influênciasobre o desempenho organizacional dos meios de hospedagem é coerente com os resultados de outras pesquisas desenvolvidas em consonância com a teoria das capacidades dinâmicas, cujos autores constataram que o desenvolvimento de capacidades organizacionais que facilitam a transformação e a rápida adaptação às mudanças do ambiente competitivo e que encorajam e capacitam seus funcionários são mediadoras das relações entre gestão de pessoas e desempenho organizacional (WEI; LAU, 2010; JIN; HOPKINS; WITTMER, 2010; LENGNICK-HALL; BECK; LENGNICK-HALL, 2011). Entretanto, Ulrich (2000) defende que as quatro capacidades são complementares e devem ser desenvolvidas em conjunto para proporcionar diferencial competitivo às organizações, sugerindo assim uma ideia de equilíbrio entre as capacidades organizacionais. Logo, esperava-se que as capacidades de Clareza Estratégica, que ressalta o alinhamento entre os sistemas de gestão de pessoas e as estratégias empresariais, e de Eficiência Administrativa, que enfatiza a eficiência e a melhoria contínua dos processos, também apresentassem influência positiva direta sobre o desempenho organizacional – embora de maneira mais fraca que as demais – o que não se confirmou. Isso pode ter acontecido devido à variação das respostas referentes aos indicadores que compõem essas duas dimensões ter sido mais baixa que a variação das respostas relativas às outras duas dimensões que se apresentaram como determinantes significantes do desempenho organizacional. Essa constatação sugere que as capacidades de Clareza Estratégica e de Eficiência Administrativa não contribuem tanto quanto as outras para diferenciar os hotéis pesquisados. O grau de desenvolvimento das capacidades organizacionais apontado pelos gestores dos meios de hospedagem pesquisados revelam que o valor médio mais baixo foi atribuído à capacidade de Clareza Estratégica e o valor médio mais alto foi conferido à capacidade de Eficiência Administrativa, o que revelou uma maior dificuldade de desenvolver atividades estratégicas e 38 orientadas para o futuro e uma maior facilidade de desenvolver atividades operacionais e orientadas para o cotidiano. Assim, acredita-se que essas duas capacidades não foram contempladas no modelo como determinantes do desempenho porque a maioria dos hotéis, apesar de apresentarem diferenças consideráveis de desempenho organizacional entre si, não se diferenciam muito em relação a essas duas capacidades, pois suas dificuldades e facilidades são semelhantes. Essa constatação demonstra que os empreendimentos hoteleiros estão explorando pouco a possibilidade de serem diferentes, especialmente no que concerne às suas estratégias organizacionais. Como afirmam os teóricos da RBV (PENROSE, 1959; BARNEY, 1991; TEECE; PISANO; SHUEN, 1997), é a heterogeneidade dos recursos e das capacidades que conduzem as organizações a patamares distintos de resultados. Logo, os hotéis que minimizarem a lacuna que ainda persiste para o desenvolvimento da capacidade de Clareza Estratégica, possivelmente irão oferecer um diferencial competitivo aos clientes e alcançar um bom posicionamento de mercado. Pelo fato de a variável desempenho organizacional não ter apresentado todas as relações esperadas, tentou-se verificar como as capacidades organizacionais se relacionam com cada um dos cinco indicadores que compõem a variável desempenho organizacional, através do uso da análise de regressão, como ilustra a Tabela 1. Para tanto, foram executadas cinco análises de regressão múltipla separadamente, considerando-se os indicadores do desempenho organizacional como variáveis dependentes e as capacidades organizacionais como as variáveis independentes. Análise de regressão entre capacidades organizacionais e indicadores do desempenho organizacional: 39 Observa-se que tanto a capacidade de Capital Intelectual quanto a capacidade de Mudança aparecem como determinantes de três dos cinco indicadores do desempenho organizacional, diferentemente das demais. Esse é um dos motivos pelos quais elas se sobressaíram no modelo estatístico desenvolvido. A capacidade de Capital Intelectual possui maiores pesos sobre a qualidade dos serviços e sobre a produtividade do trabalho, com coeficientes beta iguais a 0,406 e 0,310, respectivamente. Isso reforça a ideia de que o comprometimento dos funcionários e suas competências individuais contribuem diretamente com o resultado geral do trabalho, como sugerem os autores que seguem a linha da visão baseada em recursos (LENGNICK-HALL et al., 2009; MASCARENHAS, 2008; WRIGHT; DUNFORD; SNELL, 2001). Além disso, ela é a única capacidade que revelou influência sobre o valor da diária média cobrada ao hóspede. Já a capacidade de Mudança também interfere sobre a qualidade dos serviços e a produtividade do trabalho, além de ser a única que aparece relacionada diretamente ao desempenho financeiro, o que vem a corroborar a relevância da inovação e da rápida adaptação ao 40 ambiente competitivo como um elemento determinante da continuidade e do aumento do desempenho organizacional (ULRICH, 2000). A capacidade de Eficiência Administrativa exerce influência direta sobre apenas dois dos cinco indicadores do desempenho organizacional: qualidade dos serviços e produtividade do trabalho. Ambos são indicadores mais relacionados às atividades operacionais. A capacidade de Clareza Estratégica influencia diretamente a taxa de ocupação dos meios de hospedagem, que é um dos indicadores mais valorizados no setor hoteleiro, podendo-se considerar que ele depende fortemente das escolhas estratégicas realizadas pela organização, que vão impactar sobre o seu poder de atrair e fidelizar clientes. Essas análises proporcionadas pela técnica de regressão múltipla revelaram que todas as quatro capacidades organizacionais são determinantes de um ou mais indicadores do desempenho, o que vem a reforçar a hipótese de que todas elas deveriam estar relacionadas à variável desempenho organizacional, em maior ou menor intensidade. Para averiguar se o modelo estatístico realmente poderia se sobressair e negar a hipótese debatida acima, foram criados, por meio da análise de conglomerados, dois grupos de meios de hospedagem. O primeiro grupo, composto por 63 hotéis, consegue desenvolver melhor as capacidades de Capital Intelectual e Mudança, sendo deficitários nas capacidades de Clareza Estratégica e Eficiência Administrativa. Logo, é um grupo mais caracterizado pela flexibilidade e voltado para as atividades de administração de pessoal. O segundo grupo, composto por 83 hotéis, é justamente o oposto, conseguindo desenvolver melhor as capacidades de Clareza Estratégica e Eficiência Administrativa, mas sendo fraco nas capacidades de Capital Intelectual e Mudança. É, pois, caracterizado pelo controle e voltado para as atividades de administração de processos. Segundo o modelo estatístico apresentado na Figura 3, o grupo de meios de hospedagem que desenvolve melhor as capacidades de Capital Intelectual e Mudança deveria apresentar um desempenho organizacional superior, especialmente quando comparado ao segundo grupo. Contudo, o teste t de Student aplicado para comparar as médias não apontou diferenças 41 estatisticamente significantes de desempenho organizacional entre os grupos analisados. Ainda na tentativa de confirmar a hipótese do modelo teórico, foram criados outros dois grupos de meios de hospedagem. Nessa segunda análise, o primeiro grupo, formado por 57 hotéis, apresenta baixo nível de desenvolvimento de todas as quatro capacidades organizacionais, sendo denominado Equilíbrio Negativo. Em contraponto, o segundo grupo, formado por 90 hotéis, apresenta valores médios positivos de desenvolvimento das quatro capacidades organizacionais, o que significa que eles estãoacima da média. Logo, recebeu o nome de Equilíbrio Positivo. Aplicando-se o teste t de Student para comparar as médias de desempenho organizacional desses dois grupos, uma diferença significativa foi encontrada, tendo o grupo Equilíbrio Positivo manifestado um desempenho superior ao grupo Equilíbrio Negativo. Essa constatação reitera a percepção de que é o desenvolvimento conjunto e equilibrado das quatro capacidades organizacionais que irá determinar o sucesso das organizações, conforme defendido por Ulrich (2000). A partir das análises realizadas, pode-se argumentar que o desenvolvimento balanceado das capacidades organizacionais gera benefícios e resultados positivos para os meios de hospedagem que conseguem alcançar esse equilíbrio. Desse modo, os dados da pesquisa confirmam os pressupostos do Modelo de Múltiplos Papéis de Ulrich (1998; 2000). Vale lembrar que essa compreensão de equilíbrio também é uma premissa do Modelo de Valores Competitivos (QUINN; ROHRBAUGH, 1983; CAMERON; QUINN, 2006), que sugere que as quatro configurações de gestão de pessoas, apesar de parcialmente contraditórias, complementam-se. 42 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS As organizações bem sucedidas já perceberam que só é possível crescer, prosperar e se manter no mercado atual se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros inclusive os de seus colaboradores. A Gestão de Pessoas é a função que permite a colaboração eficaz das pessoas, colaboradores, recursos humanos, talentos ou qualquer denominação utilizada para alcançar os objetivos organizacionais e individuais. As pessoas ao ingressar um sistema produtivo, busca, satisfazer tanto suas necessidades de pertencer a um grupo social, quanto às de auto realização, pois, elas constituem o principal ativo da organização, que são as pessoas, daí surge à necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas em relação aos seus colaboradores. Através das pesquisas constatou-se que área de gestão de pessoas tem componentes fundamentais que contribui para que a organização alcance suas metas, objetivos e consiga realizar sua missão, também foi possível identificar que ao se fazer um bom uso dos recursos humanos presentes em uma organização pode proporcionar um aumento na competitividade da empresa. Isto significa que as organizações necessitam cada vez mais da administração de seus recursos humanos, pois pessoas, capacitadas, motivas e comprometidas com a organização torna-se um diferencial nas empresas. Contudo fica explicito de que há a necessidade de se atribuir a gestão de pessoas interligada a todos os setores organizacionais como uma forma estratégica para que desperte e desenvolva os talentos organizacionais. Neste sentido, conclui-se que a gestão de pessoas é fator promissor e de grande diferencial no mundo dos negócios, pois, sendo as pessoas a força da organização. Portanto, para que uma empresa desenvolva bons produtos e serviços, deve ser composta de um qualificado capital humano originado pelo conhecimento adquirido e experiência das pessoas, alcançando seus objetivos e aumentando a sua riqueza. Assim, levando em conta tais aspectos, volta-se a afirmar que não se pode alcançar competitividade sem considerar a existência dos indivíduos que 43 compõem o quadro de colaboradores da organização, não basta apenas ter capital para investir em produtos e tecnologia é preciso antes de tudo valoriza as pessoas que compõe a organização, pois a nova realidade demonstra que é de suma importância a administração os desses recursos, afinal todo o conhecimento transmitido aos colaboradores constitui uma importante riqueza para organizações. Assim para que a empresa alcance ainda mais seus objetivos fica como sugestão que se invista frequentemente na capacitação de seus colaboradores, nos recursos necessários para geri-los e se crie uma meta para que se ofereça participação nos lucros quando os colaboradores atingirem a mesma, pois o lucro depende fortemente do desempenho de cada um. 44 13. REFERÊNCIAS BARRETO, Leilianne Michelle Trindade da Silva. DE ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão. MEDEIROS, Carlos Alberto Freire. Estratégias de Gestão de Pessoas e Desempenho Organizacional: O Papel das Capacidades Organizacionais. Acessado em: 08/09/2020. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_GPR2472.pdf> DOYLE, D. Gestão estratégica de pessoas nas organizações: saiba como implementar corretamente. Sitewere. 13 de dezembro de 2016. Acessado em: 08/09/2020. Disponível em: <https://www.siteware.com.br/gest ao-de- equipe/gestao-estrategica-de-pessoas-nasorganizacoes/#Qualeopapeld olidernagestaoestrategicadepessoasnasorganizacoes>. SILVA, F.L.S. Gestão de pessoas como vantagem competitiva com o intermédio da liderança. Administração. Faculdade são Luis de frança. Acessado em: 08/09/2020. Disponível em: <https://portal.fslf.edu.br/wp- content/uploads/2016/12/FLAVIO_LUIZ_SANTOS_SILVA.pdf>. SOUSA, Clerislânia de Albuquerque. BENEVIDES, Marinina Gruska. A gestão de pessoas como uma estratégia competitiva: Os desafios das organizações contemporâneas. 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