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GESTÃO DO CONHECIMENTO: CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES Giane Lise de Assis Oliveira (UFF) Mariluce de Assis (UFF) Magna Maria de Assis Oliveria (UFF) Stella Regina Reis da Costa (UFF) Osvaldo L.G. Quelhas (UFF) Resumo: A nova sociedade considera o conhecimento como um recurso estratégico para suas organizações. O grande volume de informações que é veiculado através de variados meios tem levado as organizações a refletir, deixando claro que as maneiras tradicionais de administrar as empresas estão se revelando inadequadas e novas formas de gestão estão emergindo. As conseqüências disso surgiram nas estratégias, práticas de gestão e tecnologias da organização e conduzem para as novas teorias de gestão do conhecimento. Este estudo enfoca os temas sobre as diferentes abordagens do conhecimento, assim como, sua classificação, criação e implantação dentro da organização. Trata-se de uma pesquisa de base qualitativa, cujos meios foram bibliográficos, de natureza descritiva, onde os procedimentos metodológicos envolvem a investigação, análise, síntese e sistematização de idéias a partir de literatura relevante.Tem como objetivo Discorrer sobre a Gestão do Conhecimento, a sua implantação, as diferentes abordagens e classificação do conhecimento, percebendo as dificuldades que podem surgir do processo de criação e implementação do conhecimento nas organizações finalizando com as considerações finais. Conclui-se que s organizações deve ocupar-se com o compartilhamento do conhecimento gerando processos e ferramentas para que este seja identificado, disseminado e implementado na cultura organizacional. Palavras-chaves: gestão do conhecimento, organização, compartilhamento, colaborador. 1 INTRODUÇÃO ISSN 1984-9354 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 2 Este artigo trata da Gestão do Conhecimento (GC) em Organizações, que é uma das exigências no cenário mundial e este impõe mudanças profundas surgindo uma nova sociedade que considera o conhecimento como um recurso estratégico para suas organizações. A sociedade industrial passa por variados processos de transformações onde impera o conhecimento inclusive a exigência de um novo perfil profissional principalmente aqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação (BALCEIRO; ÁVILA, 2003). Este estudo por sua vez, vem trazer pontos de reflexão sobre os benefícios gerados pelas práticas da Gestão do Conhecimento, desse modo visa promover uma contribuição ao contexto científico Miguel e Teixeira (2009, p. 38), corrobora quando afirma que a criação de conhecimento acontece através de processos de aprendizagem, o que é vital para que a inovação aconteça. Nessa linha de pensamento pode-se dizer que o “aprendizado individual pode contribuir para o organizacional, este para a criação do conhecimento, e este, por sua vez, contribui para a inovação. Portanto, a aprendizagem individual contribui para a aprendizagem organizacional”. A gestão do conhecimento é considerada uma estratégia para melhorar o desempenho da empresa e para aumentar sua competitividade, conferindo-lhe vantagens. Segundo Sousa et al. (2013), a necessidade do conhecimento nunca foi tão intensa como agora, é preciso retomar valores, especialmente valores humanos, aqueles que trabalham com a tecnologia perecível, como os produtos e serviços que envolvem informação. Na busca por avanços tecnológicos tem-se a impressão que o homem abriu um caminho onde a ousadia na perseguição desses avanços é cada vez maior. A estruturação do artigo se deu através de algumas analises permeando a gestão do conhecimento na organização como um campo multidisciplinar, em seguida foram analisadas as diferentes abordagens do conhecimento apresentando as correntes normativas e interpretativas, buscou discorrer a importância da Gestão Conhecimento como um diferencial competitivo para as organizações, considerou as diferentes abordagens do conhecimento como conhecimento Tácito e Explícito de forma mais especifica e por fim buscou compreender a importância de se criar e implementar o conhecimento na organização, percebendo as dificuldades que podem surgir no processo de transferir conhecimentos. 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 3 Investigar se o conhecimento é necessário para que as organizações permaneçam no mercado e melhorem significativamente seu desempenho. Verificar se a Gestão do Conhecimento na atualidade é um diferencial competitivo para as organizações. Compreender a criação e a implementação do conhecimento sua relevância para as organizações. 1.2 OBJETIVO Analisar a Gestão do Conhecimento na organização. Analisar a Gestão Conhecimento como um diferencial competitivo para as organizações. Investigar as diferentes abordagens do conhecimento. Estudar a classificação do conhecimento como conhecimento Tácito e Explícito. Compreender a importância de criar e implementar o conhecimento. 1.1 JUSTIFICATIVA Compreender se o conhecimento é um recurso imprescindível para a sobrevivência organizacional e se a Gestão do conhecimento relaciona-se com o desenvolvimento, sendo uma estratégia para melhorar o desempenho da empresa. Santiago Júnior (2002, p. 7) corrobora quando considera que, “a maior parte do conhecimento que uma organização necessita para se manter competitiva, ela já possui, no entanto está, por vários motivos, inacessível”. Quando se cria um ambiente propício visando identificar, criar e disseminar o conhecimento isso fará com que se agregue valor a empresa colocando-a no caminho de suas pretensões. Assim, grande parte do conhecimento necessário para o desenvolvimento de novos projetos já está presente na própria empresa, ou seja, a gestão do conhecimento não se limita à criação de novos conhecimentos, mas também à organização daquele existente, mas não utilizado de forma adequada. 1.4 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de base qualitativa, cujos meios foram bibliográficos, de natureza descritiva, onde os procedimentos metodológicos envolvem a investigação, análise, síntese e sistematização de idéias a partir de literatura relevante como livros, revistas científicas, artigos, teses, dissertações dados de congressos e outros, obtendo-se informações sobre a situação atual do problema, bem como abordando seus diferentes aspectos. Todos extraídos de portais na internet e banco de dados X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 4 como Scielo; LATEC; Capes; sites de universidades; sites de eventos e revistas científicas como: RAM; RAUSP; REGEUSP; UNIMEP; FAE; Anpad; SEMEAD e outros. 2 A GESTÃO DO CONHECIMENTO Nos últimos anos, importantes mudanças aconteceram no mercado de trabalho, impulsionadas pela sociedade dainformação, que obrigaram os profissionais a saírem em busca de diferenciais competitivos através de qualificações mais sólidas. Vários estudiosos definiram o termo Gestão do Conhecimento (GC), e diversos foram os termos usados nas definições, como por exemplo, informação, conhecimento, habilidades e competências, capital humano e intelectual, inovação e outros mais. GC trata-se de um título “guarda- chuva”, pois ele abriga variadas questões relativas à aprendizagem individual e coletiva, a criação, integração e compartilhamento de conhecimentos, inovação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação, gestão e conhecimento de clientes (ALVES, 2005, p. 16). Motta (1992 apud ALVES, 2005) diz que gestão compreende as funções de direção, decisão e controle, sendo utilizado também como sinônimo de gerência, onde englobam as funções clássicas da administração de empresas como organização, planejamento, coordenação e execução. Enfim, a Gestão do Conhecimento, para Alves (2005, p. 17), é definida como “um processo consciente e sistemático de captura, organização, análise e compartilhamento do conhecimento, colocado em marcha por determinada organização, com a finalidade de atingir seus objetivos corporativos”. Ressaltam os autores que, organizações são formadas por pessoas e estas detém o conhecimento, portanto, pode-se inferir que o mesmo esteja presente em todas as organizações, diferenciando-se no modo como este conhecimento é percebido, valorizado, utilizado e gerenciado. Muitos pesquisadores acreditam que o capital intelectual está se consolidando e surgindo como o grande diferencial competitivo para as organizações que incorporarem a gestão do conhecimento materializando este bem intangível e valorizando seu Know-how estratégico (SILVA, 2012). As empresas precisam buscar novos modelos de organização onde a discussão do conhecimento e a sua utilização pode ser decisiva para a vida da organização, para a geração de seus produtos e serviços. Autores como Grant; Nonaka; Takeuchi e Toyama ratificam essa idéia, defendendo o fato de que a habilidade da empresa em gerar conhecimento pode ser o fator de decisão para que a empresa permaneça competitiva no mercado (LEITE; GONTIJO; MENEGHELLI, 2011). Na visão de Luchesi (2012), o conhecimento, de modo empírico, é o fato ou a condição do saber. Este saber é obtido por meio da vivência e da experiência, ou ainda de uma associação. Este X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 5 saber que está armazenado na mente das pessoas também pode ser guardado nos processos de uma organização, nos seus produtos, serviços, sistemas e documentos. Vários autores estudados por Rossetti et al. (2008) destacam a importância do trabalho em equipe para a gestão do conhecimento. Afirmam que o trabalho em equipe relaciona-se com os modos de explorar a base do conhecimento da organização e também de fazê-la se desenvolver estrategicamente como uma ‘organização que aprende’. Nesta empresa, as responsabilidades e os compromissos são bem definidos e existe lealdade como uma relação bem estabelecida. O ideal é trabalhar sempre em equipe para aumentar os níveis de confiança, de cooperação e de compreensão. Segundo os autores, as equipes devem ser compostas fazendo-se uma análise das competências profissionais dos colaboradores, quanto aos seus conhecimentos, suas habilidades, qualificações e experiências, visando sempre os objetivos e metas da organização, as necessidades do projeto e tarefas a serem concretizadas. A gestão do conhecimento pode ser entendida como a capacidade que uma empresa tem de criar conhecimento, promover a sua disseminação interna e incorporá-lo em seus produtos, serviços e sistemas. Desse modo, observa-se, por exemplo, que nas empresas japonesas, para o seu completo sucesso, surge a gestão do conhecimento a partir de seu princípio mais fundamental, ou seja, o conhecimento humano (LEITE; GONTIJO; MENEGHELLI, 2011). A figura 01 mostra a criação do conhecimento, o conhecimento incorporado nos produtos e serviços e a disseminação desse conhecimento. Criação do Conhecimento Conhecimento Disseminação incorporado nos interna do produtos, serviços Conhecimento e sistemas Figura 01 – Gestão do conhecimento Fonte: Leite, Gontijo e Meneghelli (2011, p. 30) Conhecimento Organizacional X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 6 Assim sendo, a “Gestão do Conhecimento é, sobretudo, um exercício de reflexão. O conhecimento é uma informação que muda algo ou alguém, provocando uma ação que torna um indivíduo ou uma instituição mais eficiente” (LUCHESI, 2012, p. 3). Sendo assim, o conhecimento não é puro, nem simples, mas é mesclado de elementos complexos e imprevisíveis, como valores, experiências e informações. Os autores reforçam que a “utilização da gestão do conhecimento nas empresas pode desencadear melhores decisões e ações em marketing, venda, produção, logística, recursos humanos, entre outras áreas, que ajudarão a atingir plenamente os objetivos estratégicos da organização” (BUENO et al., 2004, p. 92). 2.1 DIFERENTES ABORDAGENS DO CONHECIMENTO Segundo Balestrin (2005), o conhecimento, diferente dos recursos econômicos tradicionais, apresenta uma grande dimensão tácita e por isso impõe algumas dificuldades, especialmente, relacionadas ao pragmatismo do gerenciamento tradicional. Sendo assim, pesquisadores como, Cook e Brown (1999 apud BALESTRIN, 2005) 1 consideram que as organizações ocidentais, simplificando demais a natureza do conhecimento organizacional, têm privilegiado a natureza explícita e individual sobre a natureza tácita e coletiva do conhecimento. O autor discute idéias de Schultze e Leidner; Zhao, Kumar, Stohr; Dhaliwal e Benbasat; Gregor e Benbasat, Lee e O’Keefe; Nissen, entre outros, dizendo que esse pragmatismo está representado no discurso normativo, isto é, aquele que defende a natureza racional do conhecimento, ou seja, pode-se controlá-lo. Os autores dessa corrente normativa, segundo Balestrin (2005), defendem que o conhecimento é visto como objeto que se encontra fora do indivíduo, pode ser estocado, manipulado e transferido através de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Os princípios desse discurso foram difundidos por autores anglo-saxões, sobretudo pela literatura do Knowledge management. Balestrin (2005) ressalta outra corrente, baseada em autores como, Robey e Sahay; George et al.; Stenmark; Brown; Schulte e Boland; Henfridsson e Soderholm; Scott e outros, que consideram o discurso interpretativo, onde o conhecimento está amplamente arraigado às práticas organizacionais. Estes autores estudam o conhecimento, não como um objeto ou um bem, mas sim o papel do conhecimento na mudança organizacional. 1 COOK, S.D.N.; BROWN, J.S. Bridging epistemologies: the generative dance between organizational knowledge and organizational knowing. Organization Science, v. 10, n. 4, p. 381-400, 1999. X CONGRESSO NACIONAL DEEXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 7 Leite, Gontijo e Meneghelli (2011), salientam que são muitas as discussões sobre o conhecimento, possibilitando que surjam abordagens diferentes do assunto e reforçam, assim, as mesmas idéias dos autores citados anteriormente. Também consideram que a abordagem normativa vê o conhecimento como um bem que pode ser controlado, manipulado e até estocado utilizando-se ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação. Acrescentam ainda que se pode separar o conhecimento da pessoa e da ação, apresentando regras generalizadas. Outro enfoque considera a abordagem interpretativa, cujas características são bem diferentes. Seu enfoque está na geração do conhecimento e está pautado nas práticas organizacionais, acreditando que tal conhecimento dificilmente poderá ser gerenciado. Balestrin (2005) relata que tem havido debates saudáveis dentro do tema da teoria do conhecimento organizacional, no entanto, ambigüidades têm surgido nesse conceito, tanto a nível empresarial, como a nível acadêmico. O autor não se surpreende ao encontrar textos na literatura que trazem autores como Nonaka (1991) sustentando idéias da gestão do conhecimento, sendo que esse autor critica fortemente o Knowledge management e defende a idéia de que o conhecimento, pela sua dimensão tácita, dificilmente poderá ser gerenciado. Estas abordagens são comparadas no quadro 01 a seguir: Comparativo entre abordagem Normativa e abordagem Interpretativa Abordagem Normativa Abordagem Interpretativa Estuda o conhecimento como um objeto ou bem. Estuda o processo de construção do conhecimento e da aprendizagem. O conhecimento pode ser controlado e gerenciado. O conhecimento está arraigado nas práticas organizacionais e dificilmente poderá ser gerenciado. O conhecimento pode ser manipulado, estocado e comunicado por meio de TIC. As TIC apresentam limitações no que se refere à sistematização do conhecimento tácito. O conhecimento é externo e separável do indivíduo. O conhecimento é inseparável do indivíduo socialmente construído. O conhecimento apresenta-se como regras e procedimento generalizáveis. O conhecimento apresenta características situacionais e dinâmicas. As TIC facilitam o aprendizado As TIC podem facilitar ou inibir o aprendizado. O conhecimento pode ser separado da ação. O conhecimento é inseparável da ação, sendo tanto input quanto output da ação. Quadro 01 - Comparativo entre abordagem Normativa e abordagem Interpretativa Fonte: Compilado pelo autor, a partir de Balestrin (2005). X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 8 2.1.1 Conhecimento Tácito e Conhecimento Explícito A gestão do conhecimento não é mais considerada uma moda de eficiência nas operações da empresa, atualmente faz parte da estratégia empresarial. Vários pesquisadores na área da Gestão do Conhecimento utilizaram os ensinamentos de dois estudiosos no assunto, os teóricos japoneses, Nonaka e Takeuchi, que classificaram o conhecimento em dois tipos: conhecimento tácito e conhecimento explícito. Zimmer e Leis (2007) consideram que o tema Gestão do Conhecimento, assim como o próprio conhecimento, é um conceito muito fluido e difícil de ser estabelecido fora do contexto organizacional. Segundo os autores, a gestão do conhecimento apoia-se em duas filosofias, a ocidental e a oriental. Acrescentam que para os estudiosos Nonaka e Takeuchi, entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito paira uma inquietude sobre qual deles deve ser seguido e qual seria a essência do verdadeiro conhecimento. De acordo com Rodrigues e Graeml (2013), as organizações japonesas e as organizações ocidentais demonstram estar adotando duas abordagens opostas na criação do conhecimento organizacional. Entretanto, os japoneses consideram o conhecimento explícito apenas como o começo. Para eles o conhecimento é principalmente tácito, que não é facilmente visível e exprimível, algo enraizado na ação e na experiência da pessoa. Enquanto no ocidente, o conhecimento explícito vem sendo muito enfatizado, para os japoneses a forma mais relevante é a do conhecimento tácito (RODRIGUES; GRAEML, 2013). Mesmo havendo essa dualidade entre as duas visões de conhecimento, os estudiosos Nonaka e Takeuchi acrescentam que os conhecimentos tácito e explícito são inseparáveis. Eles se complementam interagindo na atividade criativa do indivíduo. O conhecimento, segundo os autores, é criado e expandido pela interação social, onde acontece a conversão de conhecimento tácito em conhecimento explícito e vice-versa (RODRIGUES; GRAEML, 2013). A chave para se criar o conhecimento na organização esta retenção e transformação do conhecimento tácito em conhecimento explícito. Santos e Popadiuk (2010) através da visão de Nonaka e Takeuchi exprimem as diferentes dimensões do conhecimento. O conhecimento explícito vem de uma visão mais formal e explícita, sendo expresso através de palavras e de números, de fácil comunicação e que pode ser compartilhado por meio de dados brutos, de fórmulas científicas, ou procedimentos codificados, ou ainda usando procedimentos universais. Segundo Luchesi (2012), em concordância com os autores acima, o conhecimento explícito pode ser articulado na linguagem formal, usa afirmações gramaticais, expressões matemáticas, especificações, manuais, etc., e é facilmente transmitido, sistematizado e comunicado. Passa de modo X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 9 formal e fácil de pessoa para pessoa. Foi a maneira dominante de conhecimento na tradição filosófica ocidental. “O conhecimento explícito está relacionado com a identificação, o armazenamento do conhecimento e o seu compartilhamento” (XAVIER; OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2012, p. 3). Quanto ao conhecimento tácito, Nonaka (1991, p. 3) afirma que, “o conhecimento tácito consiste em parte de habilidades técnicas – o tipo de destreza informal e de difícil especificação, incorporada ao termo know-how”. Esse conhecimento tem importante dimensão cognitiva e é formado por modelos mentais, crenças e perspectivas tão enraizadas que são consideradas como alguma coisa já certa, mas de difícil manifestação. “O conhecimento tácito é formado a partir de experiências, valores, emoções, idéias e informações de cada indivíduo” (XAVIER, OLIVEIRA; TEIXEIRA, 2012, p. 3). Trata-se de um tipo conhecimento de maior relevância, difícil de ser articulado na linguagem formal, é o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual que envolve alguns fatores intangíveis como, as crenças pessoais, perspectivas, sistema de valor, intuições, emoções, habilidades. Só se consegue avaliar o conhecimento tácito através de ações (LUCHESI, 2012). No quadro 02 apresentam-se os conhecimentos Tácito e Explícito. Conhecimentos tácito e explícito Conhecimento Explícito Conhecimento Tácito Empresas voltadas à tecnologia Atividades relacionadas ao contato contínuo Armazenagem Compartilhamento de idéias Codificação Compartilhamentode experiências Reutilização do conhecimento Diálogo entre as pessoas Usa afirmações gramaticais Não é facilmente visível Facilmente transmitido Enraizado na ação e experiência da pessoa Usa expressões matemáticas, manuais e especificações Tipo de destreza informal e de difícil especificação Linguagem formal Dimensão cognitiva Quadro 02 – Conhecimento Tácito e Explícito Fonte: Próprio autor adaptado de Luchesi (2012) Nonaka (1991, p. 4) acrescenta a distinção entre um conhecimento e o outro. Sugere quatro padrões básicos de criação de conhecimento em qualquer organização: 1- De tácito para tácito (socialização): é quando uma pessoa compartilha os conhecimentos tácitos diretamente com outra pessoa. Um aprendiz pode absorver as habilidades tácitas de seu mestre por meio da observação, da imitação e da prática. Entretanto, nem o aprendiz nem o mestre agregam qualquer insight ao conhecimento. X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 10 2- De explícito para explícito (combinação): Uma pessoa é capaz de combinar componentes isolados do conhecimento explícito para a constituição de um novo todo. No entanto, tal combinação também não amplia a base de conhecimentos que já existe. 3- De tácito para explícito (externalização): Essa relação acontece quando alguém é capaz de expressar os fundamentos de seu conhecimento tácito e o converte em conhecimento explícito, permitindo seu compartilhamento com toda a equipe 4- De explícito para tácito (internalização): À medida que um novo conhecimento explícito é compartilhado em toda a organização, outras pessoas começam a internalizá-lo, isto é, vão utilizar este conhecimento para ampliar, estender e reformular seus próprios conhecimentos tácitos. Define o autor que uma empresa criadora de conhecimento deveria ter esses quatro padrões de conhecimento como presença constante em seu meio, assim em interação dinâmica, ela estaria constituindo uma espécie de espiral de conhecimentos. A articulação, ou seja, a conversão de conhecimento tácito em conhecimento explícito e a internalização, ou a utilização do conhecimento explícito para a ampliação da própria base de conhecimentos tácitos são as fases críticas da espiral de conhecimentos (NONAKA, 1991). De acordo com Luchesi (2012) tais conhecimentos são unidades estruturais básicas que se completam e sua interação é a principal dinâmica da criação do conhecimento na organização. Os teóricos japoneses sugerem que para que uma empresa se torne a empresa que gera conhecimento, é preciso que a organização complete a “espiral do conhecimento”, elaborado por eles mesmos, Nonaka e Takeuchi. Esta espiral vai de tácito para tácito, de explícito a explícito, de tácito a explícito e de explícito a tácito. A figura 02 mostra a conversão do conhecimento. Conversão do conhecimento Figura 02 – Conversão do conhecimento Fonte – Próprio autor, com base em Nonaka (1991) De Tácito para Tácito De Explícito para Explícito De Tácito para Explícito De Explícito para Tácito Socialização Combinação Externalização Internalização X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 11 De acordo com Alves (2005), a espiral introduzida por Nonaka e Takeuchi e chamada de “espiral do conhecimento”, tem o conhecimento concebido como uma criação individual, expandindo- se pela empresa e transformando-se em conhecimento explícito e vice-versa. Tal movimento, conforme os teóricos, seria usado pelas organizações criadoras de conhecimento alimentando os vários processos de conversão entre conhecimento tácito e explícito, envolvendo as pessoas e os grupos. A figura 03 mostra como se realiza a espiral do conhecimento. Figura 03 – Espiral do conhecimento Fonte – Luchesi (2012, p. 5) A espiral recomeça depois de ter sido completada, porém em patamares cada vez mais elevados. Conforme Rodrigues e Graeml (2013), o centro da Teoria do Conhecimento Organizacional está na interação do conhecimento tácito com o conhecimento explícito. Assim, as formas chamadas de socialização, externalização, combinação e internalização representam a dinâmica de ampliação do conhecimento individual e sua transformação em conhecimento organizacional. X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 12 2.2 CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO CONHECIMENTO NA ORGANIZAÇÃO Estudos mostram que a relativa abertura econômica vem impondo grandes desafios às empresas brasileiras e tem aumentado a necessidade de se investir em tecnologia, em educação e na gestão do conhecimento (TERRA, 2005). Luchesi (2012) ressalta que a gestão do conhecimento necessita fazer parte da cultura da organização para que todos os colaboradores compreendam a sua necessidade. O sucesso e os benefícios na implementação de uma Gestão de Conhecimento em qualquer tipo de organização somente acontecerão se a cultura da organização trabalhar a geração do conhecimento, a partilha, a socialização e a transferência do mesmo. Leite, Gontijo e Meneghelli (2011) acrescentam que a criação do conhecimento inicia-se sempre a partir do indivíduo. Ele propõe a idéia inicial, e assim o conceito inovador se desenvolve e é colocado em discussão, é questionado e debatido para que, finalmente, seja assimilado pela organização. Este conhecimento organizacional reforça-se dentro da organização por meio de idéias mais práticas, como a redundância. Esta é vista até como desperdício na concepção ocidental, entretanto, as empresas japonesas vêem a redundância como um estímulo ao diálogo e a troca de idéias. Para se obter resultados na adoção da Gestão do Conhecimento em uma organização, “é preciso desenhar estratégias de implantação e estar consciente que a Gestão do Conhecimento não é uma moda nem uma ferramenta de gestão, mas sim uma filosofia organizacional” (LUCHESI, 2012, p. 2). Conforme a autora para se planejar a Gestão do Conhecimento de modo eficiente, a mensagem precisa ser colocada de modo correto, os trabalhadores precisam entender a sua real importância, sem considerar que irão perder a propriedade intelectual das suas idéias pelo fato de as compartilharem. Se a organização conseguir assimilar o conhecimento de uma pessoa e usá-lo em prol de toda a organização, colocando tal conhecimento a serviço de todos, então atingirá altos patamares de desempenho, de otimização e inovação. Assim, entende-se que a Gestão do Conhecimento enfoca a coordenação sistêmica de esforços no plano organizacional e individual; no plano estratégico e operacional; no plano das normas formais e informais. Outra discussão importante é, segundo o autor, sobre as novas estruturas organizacionais e práticas de organização do trabalho, que estão sendo adotadas por várias empresas, em vários setores e em diferentes países; Na seqüência do referido debate é preciso falar também sobre as práticas e políticas de administraçãode recursos humanos que visam melhorar a capacidade da empresa de atrair X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 13 e manter pessoas com habilidades, comportamentos e competências, e estimular comportamentos de aprendizado individual e coletivo. Relevante é falar também em como os avanços na informática e nas tecnologias de comunicação afetam os processos de geração, difusão e armazenamento de conhecimento nas organizações (TERRA, 2005). Cabe aqui ressaltar o que diz Nonaka (1991) a criação de novos conhecimentos depende de saber aproveitar os insights, as intuições, os ideais tácitos e, geralmente, subjetivos dos colaboradores que assumem a forma de slogans, metáforas e símbolos, entretanto, são ferramentas consideradas indispensáveis para a inovação contínua. 2.2.1 CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO Faz aproximadamente três décadas que a sociedade tomou consciência da importância que as tecnologias da informação têm para o desenvolvimento socioeconômico. Esse processo trouxe a chamada Revolução da Informação e ainda, a Era da Informação e do Conhecimento. Informação e conhecimento são elementos básicos de decisão das principais atividades no contexto das organizações da sociedade moderna (BARBOSA; SEPÚLVEDA; COSTA, 2009). A informação é um dos agentes de transformação do conhecimento e, portanto, o acesso a ela tornou-se crucial para a criação e desenvolvimento do conhecimento. “Tanto o conhecimento como a informação, passaram a ser valorados e contabilizados. Assim, ambos passaram a ser identificados e tratados como parte do capital intelectual da organização.” (ARAÚJO; AMARAL, 2010, p. 92). Os autores acrescentam que a globalização da economia, a competição pelo mercado futuro e pelo produto global, o choque da concorrência mundial, a responsabilidade ambiental, o volume e a velocidade das informações, são temas importantes e que estão extremamente ligados a essas mudanças que vêm influenciando os negócios, as organizações e o estilo de vida. Almeida e Duarte (2011, p. 40) definem informação como sendo dados organizados que produzem inferências lógicas. “Ressaltam que uma informação é composta de dados, mas que um dado ou conjunto de dados não necessariamente gera uma informação para o receptor e que um conjunto de informações não produz conhecimento obrigatoriamente”. Realça-se assim a importância da informação, visto que ela é a base do conhecimento organizacional. Araújo e Amaral (2010) atestam que a gestão da informação, vista de maneira mais simples, traz em sua essência a aplicação dos procedimentos de gestão, quais sejam, planejamento, execução, verificação e ação, ao ciclo da informação nas organizações. Assim, este ciclo compreende as atividades de geração, seleção, representação, armazenamento, recuperação, distribuição e uso da X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 14 informação onde ficam completas ao se trabalhar a análise da qualidade da informação, as necessidades informacionais dos usuários, estudo sobres tais usuários, marketing da informação, informação estratégica e outras. Segundo o autor este ciclo e conhecidos como ciclo informacional que pode ser vista na figura 04, construída a partir de Araújo e Amaral (2010) para facilitar o entendimento. Figura 04 – Ciclo de vida da informação Fonte – Próprio autor a partir de Araújo e Amaral (2010) Sobre a informação e o conhecimento, o teórico Nonaka (1991, p. 1) já afirmava que, “Numa economia onde a única certeza é a incerteza, apenas o conhecimento é fonte segura de vantagem competitiva.” Desse modo, segundo o autor, Quando os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os concorrentes se multiplicam e os produtos se tornam obsoletos quase da noite para o dia, as empresas de sucesso são aquelas que, de forma consistente, criam novos conhecimentos, disseminam-nos profusamente em toda a organização e rapidamente os incorporam em novas tecnologias e produtos (NONAKA, 1991, p. 1). Geração Representação Seleção Armazenamento Recuperação Distribuição Uso X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 15 Sette e Belluzzo (2004) percebem em Karl Albrecht (1999) 2 a clareza com que apresenta os componentes do mundo da informação, ou seja, os dados, informações, conhecimentos, e baseado nestes elementos constrói um modelo de qualidade da informação e criação do conhecimento. Devido a importância que é dada à qualidade da informação elenca-se abaixo as partes desse modelo. O modelo compõe-se de cinco pontos, a saber: logística de dados, proteção de dados, comportamento das pessoas em relação à informação, apresentação da informação e criação do conhecimento. Segundo Sette e Belluzzo (2004), a logística de dados inclui-se aí os equipamentos, software e infra-estrutura para armazenamento, cópia, transmissão, recepção, distribuição e gerenciamento geral dos dados. Albrecht apud Sette e Belluzo (2004) acrescentam o segundo ponto, a proteção de dados, que são todos os elementos necessários para proteger as informações, incluindo neste ponto, a segurança física e eletrônica, práticas de trabalho dos funcionários e políticas de proteção da privacidade das informações e da propriedade intelectual dos clientes. O comportamento das pessoas em relação à informação é o terceiro ponto importante, pois se trata do que o homem faz trabalhando com dados e informações, incluindo o registro das informações feitas de forma manual ou por computador; procura de informações em fontes variadas; conversão de informações por cópia ou transcrição, paráfrase, resumo ou interpretação; informações adquiridas de outros e informações passadas a outros, em pessoa, por telefone ou por meios eletrônicos. Quanto à apresentação da informação: Utilização do software e outras ferramentas com intuito de criar novas informações e conhecimentos, transformando a informação fonte em formato que tenha significado. São os processadores de textos, bancos de dados, planilhas, ferramentas de design gráfico, páginas da Web e outras formas on-line. A criação de conhecimento: a capacidade do homem de compreender e concluir partindo de informações que já existem. Inclui inventos, conceituação de novas idéias, construção de novos modelos e revisão de pontos de vista. A figura 05 demonstra o modelo de qualidade de informação e criação do conhecimento. O desenho foi elaborado a partir de Albrecht (1999), em Sette e Belluzzo (2004, p. 5). 2 ALBRECHT, K. A terceira revolução da qualidade. HSM Management, v. 17, n. 2, p. 108-112, nov./dez. 1999. X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO08 e 09 de agosto de 2014 16 Figura 05 – Modelo de qualidade da informação Fonte – Sette e Belluzzo (2004, p. 5) Acrescentam os autores que, além do modelo de qualidade da informação, Albrecht (1999) sugere um processo de conscientização da qualidade da informação em quatro etapas, são eles: avaliação de problemas e oportunidades; priorização da mudança; redesenho de sistemas, processos e práticas e retreinamento das pessoas; reintegração dos processos e comportamentos pessoais (SETTE; BELLUZZO, 2004). Pode-se compreender assim, a importância de se estudar o Modelo de Qualidade da Informação de Albrecht (1999), principalmente quando se trata da aplicabilidade dos modernos princípios da gestão da informação, sob o enfoque da qualidade. 3 CONCLUSÃO Na contemporaneidade, nota-se que o conhecimento a cada dia assume maior papel dentro das organizações. Além do próprio capital, dos recursos naturais, e da mão de obra dos colaboradores, as empresas ainda contam com o reforço dos conhecimentos que são necessários para os processos de produção e de negócios. Observou-se que a Gestão do Conhecimento incentiva o potencial que existe em uma organização, diminuindo os riscos e proporcionando vantagens competitivas, pois, conforme o conhecimento aumenta, também cresce a chance de se obter sucesso. Os processos de gestão do conhecimento e inovação precisam estar organizados para que assim possam contribuir para a construção do conhecimento organizacional. Portanto é necessário que as organizações incentivem a Logística de dados Comportamento das pessoas em relação à informação Criação do conhecimento Apresentação da informação Proteção de dados X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 17 disseminação do conhecimento motivando seus colaboradores a compartilhar suas experiências com seus colegas com base na confiança e respeito mútuos. O maior problema identificado neste estudo foram as barreiras criadas pelas próprias organizações dificultando a circulação do conhecimento e informação. Foram identificadas algumas barreiras como a cultura organizacional, a falta de um ambiente propício para o compartilhamento, Lideres e gestores envolvidos nos processos que incentivam essa disseminação, entre outros. Nesse sentido, completam os autores que, para que o processo de criação do conhecimento se desenvolva é preciso que as pessoas tenham disposição em compartilhar o seu saber. A pessoa detentora do conhecimento é quem decide se quer compartilhá-lo ou não, isso vai depender da sua motivação, então considera-se que a motivação é uma questão importante para a criação e implantação do conhecimento eficiente (BENÍTEZ; RODRIGUEZ, 2004). Em resposta as questões de pesquisa: O conhecimento é necessário para que as organizações permaneçam no mercado e melhorem significativamente seu desempenho? A Gestão do Conhecimento, na atualidade, é um diferencial competitivo para as organizações? A gestão do conhecimento tornou-se, sim, um diferencial competitivo para as organizações, pois conforme Gonçalves et al. (2012, p. 237), ela “oferece nova modelagem para a gestão das organizações, sejam privadas ou públicas, na medida em que expõe novas práticas gerenciais, estruturas organizacionais diferenciadas e formas de organização do trabalho inovadoras”. Ainda, conforme o autor, “em todos os tempos da humanidade o conhecimento foi imprescindível. O valor do conhecimento não é novo, a novidade é a importância do conhecimento como recurso decisivo para as organizações” (p. 239). Quanto ao compartilhamento do conhecimento, é considerado de suma importância, pois conforme Tonet e Paz (2006, p. 76), assevera que, “o compartilhamento de conhecimento no trabalho é uma forma de assegurar que seus colaboradores ou empregados possam estar repassando uns aos outros o conhecimento que possuem, e garantindo a disseminação e posse do conhecimento de que necessitam”. As organizações devem ocupar-se com o compartilhamento do conhecimento, seja ele tácito ou explícito e precisam também investir em ambientes favoráveis à livre circulação do conhecimento. Toda pessoa conseguirá melhorar o processo e os resultados do seu trabalho se puder incorporar ao seu trabalho as aprendizagens inovadoras obtidas através do compartilhamento do conhecimento. Sousa et al. (2013) corrobora que os estudiosos que lidam com as novas formas de gestão percebem que aquelas organizações que levam a gestão do conhecimento para as suas práticas administrativas passam a demonstrar outras características. Elas apresentam desenvolvimento, com X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 18 novos ambientes de trabalho, favorecendo a inovação e o aperfeiçoamento contínuo, o que leva a melhoria de seus serviços e produtos. Desse modo, é necessário que a organização se compare a uma comunidade humana, onde se trabalhe com o conhecimento coletivo, o que irá representar um grande diferencial. Enfim o estudo conclui que o conhecimento é necessário para que as organizações permaneçam no mercado e melhorem significativamente seu desempenho. E que Gestão do Conhecimento Organizacional é um diferencial no contexto contemporâneo de fator competitivo para as organizações Pode-se perceber que se a organização trabalhar a geração do conhecimento, a partilha, a socialização e a transferência do mesmo, o sucesso e os benefícios da organização certamente serão alcançados. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, Jobson Louis Santos de; DUARTE, Emeide Nóbrega. Evolução e tendências das pesquisas em gestão do conhecimento no campo da ciência da informação. Biblionline. Departamento de Ciência da Informação – DCI. João Pessoa. v. 7, n. 2, p. 35-51, 2011. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/10338/0>. Acesso em: 25 jan. 2014. ALVES, Luiz Ernesto. O compartilhamento do conhecimento nas organizações: um estudo desconstrucionista. 2005. 174f. (Mestrado Executivo em Gestão Empresarial). Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas. Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2005. 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