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GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS Unidade 2 - Metodologias, técnicas e ferramentas para a racionalização de processos organizacionais UNIDADE 2 2 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS > Descrever as principais metodologias e ferramentas de racionalização e melhoria de processos organizacionais; > Identificar oportunidades de melhoria em processos com base nas técnicas e ferramentas apresentadas. Todos os direitos reservados. Prezado(a) aluno(a}, este material de estudo é para seu uso pessoal, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, venda, compartilhamento e distribuição. 3 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS 2 METODOLOGIAS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS PARA A RACIONALIZAÇÃO DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS INTRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta Unidade, estamos aprofundando um pouco mais os conceitos relacio- nados à gestão de processos e às suas ferramentas e metodologias de apoio. Apresentaremos um panorama das metodologias tradicionalmente aplica- das em gestão de negócios que se apropriam da lógica de gestão de proces- sos. Aprofundaremos nosso estudo nos métodos de controle da qualidade — Lean Manufacturing e Seis Sigma —, destacando a importância da sistema- tização do processo de melhoria contínua em ambos os modelos. Vamos seguir no caminho da qualidade e falar sobre as normas ISO 9000, que certificam as organizações nos padrões internacionais de melhoria contínua e gestão da qualidade. Vamos falar do modelo de gestão de negócio Business Process Modeling No- tation (BPMN), que veio com objetivo de unificar as muitas linguagens exis- tentes relacionadas à Gestão de processo, contribuindo para expansão de sua aplicação nas organizações. Por fim, reforçaremos a importância do monitoramento dos indicadores dos processos e de se ter um sistema de gestão integrado capaz de realizar o acompanhamento de todos os processos de forma integrada. Boa leitura! 2.1 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE PROCESSO A gestão de processos de negócios — Business Process Management (BPM) surgiu com o objetivo de melhorar a maneira como os líderes e administrado- res gerenciam as suas empresas e organizações. 4 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FIGURA1: BPM – MELHORAR A GESTÃO Fonte: Plataforma Deduca (2020). Ao longo do tempo, surgiram muitas formas e métodos para expressar a ideia da metodologia, tendo sempre como foco mudar a maneira da organização gerir os seus negócios. QUADRO 1: MÉTODOS DE GESTÃO DE PROCESSO Simplificação do Trabalho Seis Sigma – Controles de qualidade Reengenharia de processos de negócios Gestão de processos de negócios Fonte: Brooke (2013) Nessa área de gestão, tecnologias e metodologias andam juntas. Segundo Brocke (2013), antes do BPMN se consolidar nas organizações, algumas tradi- ções a antecederam, todas impulsionadas pela automação e pelo aumento da produção pós-revolução industrial. 5 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS QUADRO 2: TRADIÇÕES QUE ANTECEDERAM O BPM Tradições Características Gestão Aumentar a produtividade dos trabalhadores Controle da Qualidade Produtividade com controle da qualidade Tecnologia da Informação Simplificação de processos Fonte: Brocke (2013) Os modelos relacionados à gestão passaram da preocupação da produção em escala, produtividade (para atender à demanda crescente), para um olhar de di- ferenciação dos produtos pela qualidade (para fazer frente à maior concorrência). Com o tempo, o foco do processo de gestão passou a ser o desempenho da empresa, com ênfase no alinhamento da estratégia. Nesse sentido, vemos surgir modelos que contemplam uma análise em todos os elementos do am- biente de negócios que apoiam ou impedem o bom desempenho dos pro- cessos. Surge a visão de Porter (1986) sobre cadeia de valor composta de vários processos, que podem ser a base da vantagem competitiva de uma empresa. FIGURA 2: CADEIA DE VALOR Fonte: Plataforma Deduca (2020) “A cadeia de valor foi o princípio sistematizador que permitiu que as organizações definissem e organizassem seus processos e estruturassem suas iniciativas de mudança de processo durante as duas últimas décadas” (BROCKE, 2013, p. 46). 6 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS O Balance Score Card (BSC) é outra metodologia de gestão voltada para a mensuração do desempenho, com ênfase em um painel de indicadores de diferentes processos. Há um alinhamento de todas as medidas organizacio- nais, de modo a responsabilizar as pessoas por fazer processos que gerem satisfação aos clientes e resultados financeiros. FIGURA 3: VISÃO INTEGRADA DE DIFERENTES PROCESSOS Fonte: Plataforma Deduca (2020). As organizações que não aprendem sobre seus processos não têm condições de saber o que dará certo ou errado. Os métodos são os ativos de conhecimento da modelagem de processo, que segundo Brocke (2013), podem ser divididos em três grupos: QUADRO 3: ORIENTAÇÃO DAS METODOLOGIAS Orientação para modelagem, análise, simulação, melhoria e automação de processo. Cobertura de todo o ciclo de vida do processo de negócio, contemplando as diferentes fases de cada processo (ex.: Lean, Seis sigma). Orientam a implantação do BPM em toda a organização como recurso corporativo (ex.: BPMN) Fonte: Brocke (2013). 7 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS 2.2 FILOSOFIA LEAN MANUFACTURING: ELIMINAR DESPERDÍCIOS O termo Lean manufacturing, ou Manufatura enxuta, foi popularizado por Ja- mes P. Womack, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), na déca- da 80, ao analisar as caraterísticas do Modelo Toyota de Produção. A Manu- fatura enxuta é uma filosofia de gestão que procura maximizar o valor para o cliente e minimizar o desperdício ao longo de todo o processo e, continua- mente, resolver problemas. Nesse modelo, Womack observou caraterísticas muito diferentes da tradicio- nal produção em massa, entre elas: menos estoque armazenado em cada etapa de produção; processos realizados — do início ao fim — com menos tempo e esforço; uso de um número mínimo de fornecedores; menos cola- boradores com acidente de trabalho; e menos devolução de produtos com problemas de qualidade. FIGURA 4: MENOR CUSTO, QUALIDADE ALTA Fonte: Plataforma Deduca (2020). Essa filosofia se aplica a toda a organização, influenciando não apenas os pro- cessos como também as pessoas e a cultura organizacional. Isso implica tam- bém a maneira como se lidera, gerencia e desenvolve as equipes de trabalho. 8 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FLUXOGRAMA 1: FILOSOFIA LEAN INFLUÊNCIA TODA A ORGANIZAÇÃO FILOSOFIA LEAN Processos PessoasCultura Fonte: Elaborado pelo autor (2020). De maneira objetiva, a filosofia Lean foca na redução de sete desperdícios: su- perprodução, excesso de inventário/estoque, produtos defeituosos, movimen- tação, tempo de espera, transporte, excesso de processamento e inventário. O sistema foi desenvolvido para fornecer melhor qualidade, menor custo e tempo de espera mais curto e eliminação dos desperdícios de produção. 1. Superprodução: quantidades elevadas ou no tempo errado, dando origem a outros desperdícios (excesso de inventário, espaço para armazenar). 2. Espera: tempo parado da mão de obra, peças ou equipamentos, espera por informação. 9 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS 3. Transporte: grande movimentação de peças, estoques e equipamentos, muitas vezes, por problemas de layout. 4. Excesso de processamento: procedimentos e atividades desnecessárias, utilização de equipamentos dimensionados de maneira inadequada, alocação de mão de obra inadequada. Deve-se eliminar as etapas do processo que não agregam valor. 5. Estoque: estocagem de peças ou produtos em quantidades superiores ao necessário, ligada à superprodução, gera custo. 6. Movimentação: qualquer movimento de um trabalhador que não acrescente valor é desperdício, procurar ferramentas é um exemplo. Deve-se reorganizar o espaço de trabalho. 10 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS 7. Produtos defeituosos: gerado pela produção de bens e serviços fora daespecificação e das necessidades dos clientes, requerendo correção e retrabalho. 2.3 NORMA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE - ISO 9000:2000. Antes de falarmos da norma, vamos entender sua origem e seu contexto. A sigla ISO quer dizer International Organization for Standardization — Orga- nização Internacional para a Normatização, cuja sede fica localizada em Ge- nebra, Suíça. Tem como propósito desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países, de modo a facilitar o comércio internacional e a ABNT é a representante brasileira. As normas da família NBR ISO 9000 foram desenvolvidas para apoiar organi- zações na implementação e operação de sistemas de gestão da qualidade. Ela é composta por uma série de quatro normas internacionais para a gestão da qualidade e garantia da qualidade. QUADRO 4: FAMÍLIA DE NORMAS ISO 9000 ISO 9000 ISO 9001 ISO 9004 ISO 19011 Fundamentos e vocabulário Sistemas de gerenciamento da qualidade Sistemas de gerenciamento da qualidade - guia para melhoramento da performance. Auditorias internas da qualidade e ambiental Fonte: ABNT (2000) ISO 9001:2000 é a norma principal, que apresenta os requisitos que compõem o sistema da gestão da qualidade, estabelecido como modelo pela ISO, e que tem a finalidade de certificação de sistemas de qualidade, segundo seus re- quisitos. Ela apresenta os princípios de gestão que fundamentam o sistema e define os termos usados na ISSO 9001:2000. 11 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FIGURA 5: ISO: FOCO NAS NORMAS E PADRÕES Fonte: Plataforma Deduca (2020) A ISO 9000:2000 apresenta os princípios de gestão que fundamentam o sis- tema, além de definir os termos usados pela ISO 9001:2000. Com a revisão de 2000, a ISO define apenas um modelo e certificado de sis- tema de qualidade. A abrangência do sistema decorre da abrangência das atividades realizadas pela empresa. A ISO 9000 oferece, então, um conjunto de diretrizes para que a empresa pos- sa criar um sistema que ofereça melhoria contínua para seus processos, pro- dutos e serviços. Por serem normas de padrão internacional, muitas empresas exigem a certificação quando é requerido determinado padrão de qualidade, Mas há outras vantagens. QUADRO 5: VANTAGENS DE SE ADOTAR A ISO: 9000 1. Garante aos seus clientes que a empresa trabalha dentro de padrões de melhoria continua de seus produtos e serviços. 2. Clientes Corporativos preferem adquirir produtos de empresas certificadas, podendo virar uma vantagem competitiva. 3. Melhoria continua de todo a cadeia produtiva, pois os fornecedores também se aplicarão em busca de certificação, para continuarem atendendo as especificações solicitadas por seus clientes. Fonte: Adaptado de ABNT (2020) O Controle de Qualidade Total (TQC) tem um papel importante na lógica da evolução da teoria de processos, em razão de suas técnicas de melhorias ba- seadas em processos terem sido bastante difundidas: por meio das práticas de controle estatístico de processo; da certificação nas normas ISO 9000; e da competição por prêmios de melhor qualidade (PAIM, 2009). 12 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS 2.4 FERRAMENTA SEIS SIGMA: MELHORIA NA QUALIDADE DOS PRODUTOS E PROCESSO Na década de 80, o TQC começou a ser substituído pela metodologia Seis Sig- ma, desenvolvida pela Motorola. Ela associou análise de processos com téc- nicas estatísticas de controle de qualidade, trazendo uma abordagem mais popular sobre melhoria contínua de processos. Em termos matemáticos, pre- coniza que “a cada 100.000 peças, eventos, produzidas, podem ocorrer 3,4 de- feitos”. FIGURA 6: CONTROLE ESTATÍSTICO Fonte: Plataforma Deduca (2020) ANOTAÇÕES Anote aqui os pontos que se destacaram sobre a gestão da qualidade. 13 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS Como método, não envolve nada novo: as ferramentas eram conhecidas, mas a maneira de usá-las é que proporcionou o sucesso, alcançando níveis radi- cais de eficiência, tendo como meta o zero desperdício. “A metodologia Seis Sigma é um exemplo de abordagem BPM, cuja essência é um conjunto de métodos de BPM integrado” (CONGER, 2010, apud BROCKE, 2013, p.127). FIGURA 7: SEIS SIGMA Seis Sigma = Métodos de BPM integrados Fonte: Elaborada pelo autor (2020) A metodologia é iniciada com um projeto que se queira melhorar ou modifi- car e termina quando a modificação é feita e o novo substitui, numa melhoria contínua. Esses projetos são concebidos pelo método de cinco passos deno- minado DMAIC: define, measure, analyse e improve. 1. Definir: Escolha do processo a ser aprimorado, dos resultados esperados e das partes interessadas. 2. Medir: Medir o desempenho do processo escolhido, através de levantamento e análise dos dados. 3. Analisar: Identificar as causas essenciais dos problemas elencados anteriormente. 4. Melhorar: Propor e implementar soluções para remover as causas essenciais identificadas anteriormente, resolvendo os problemas. 14 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FIGURA 8: MELHORIA CONTÍNUA Fonte: Plataforma Deduca (2020). Os pacotes de ERP, os softwares e os sistemas de workflow tiveram influência da Gestão da Qualidade total e na metodologia Seis Sigma. A gestão de pro- cesso atua como convergência de engenharia de negócios, seguindo uma evolução na tradição de controle da qualidade. FIGURA 9: EVOLUÇÃO DA QUALIDADE Década de 1980 Década de 1990 Década de 2000 Gestão da Qualidade Total Seis Sigma Lean Lean/Seis Sigma Fonte: Adaptada (2020) de Brocke (2013) 2.5 BPMN Com o surgimento de inúmeras notações em projetos de modelagem de pro- cesso (BPM), há um movimento no sentido de se padronizar as linguagens existentes. A notação de modelagem de processos de negócio — Business Process Modeling Notation (BPMN) — vem sendo defendida como possível solução padrão, sendo capaz de reduzir essa fragmentação de linguagem. 15 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FIGURA 10: BPMN – PADRONIZAÇÃO DA LINGUAGEM Fonte: Plataforma Deduca (2020) O BPMN traz soluções que permitem ampliar as aplicações da modelagem de processos. Destaca-se cinco categorias de linguagem: QUADRO 6: CATEGORIAS DE LINGUAGEM NA MODELAGEM Transformacio- nal Colaborativa Orientada para papéis Baseada em restrições Sistêmica Fonte: Carlsen (1998) apud Brocke (2013) A maior parte das linguagens de modelagem adota a abordagem transfor- macional, na qual se configura a estrutura padrão de: entrada, processo e saí- da. Em todos os processos, essa relação define a essência dos trabalhos. FIGURA 11: ABORDAGEM TRANSFORMACIONAL Fonte: Plataforma Deduca (2020) 16 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS 1. Objetivo do BPMN: Oferecer uma notação que possa ser entendida por todos os usuários — do analista e responsável pelo esboço do processo aos responsáveis e gestores que os gerenciarão. 2. Motivação adicional: Criar uma ponte entre a linguagem de notação e execução, uma das dificuldades dos outros modelos. 3. Vantagens de sua aplicação: Possibilita criar um processo de negócio de ponta a ponta, podendo abranger todas as atividades de modelagem restritas a esse processo. Os submodelos básicos encontrados em um modelo de BPMN são: processos de negócio privados (internos), processos abstratos (públicos) e processos de colaboração (globais). QUADRO 7: SUBMODELOS DE BPMN INTERNOS PÚBLICOS GLOBAIS Ocorrem dentro da organização (geralmente chamados de workflow e BPM). São interações entre um processo de negócio privados (internos) e outro processo ou participante. São interações entre duas ou mais entidades de negócio. Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 17 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FIGURA 12: DIAGRAMA Fonte: Plataforma Deduca (2020) O diagrama é a representação gráfica do BPMN, composto de uma série de elementos, ícones padronizados, que facilitam o entendimento do usuário final. Podemos destacar quatro categorias de elementos essenciais: objetos de fluxo (eventos, atividades, gateways); objetos de conexão (conectam objetos de fluxo: fluxos de sequências,fluxos de mensagens, associações); raias ou lanes (representam um participante e o conjunto de atividades de um participante nesse processo- pools e lanes); artefatos (objetos de dados, grupos, anotações). 18 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS QUADRO 8: OBJETOS DE FLUXO E CONEXÕES Objetos de Fluxo Eventos Atividades Gateway Objetos de Conexão Sequência Mensagem Associação Fonte: Elaborado pelo autor (2020) Hoje, há uma grande oferta de ferramentas de mapeamento de processos que oferecem suporte à notação. Por sua grande aceitação, o BPMN está con- tribuindo para disseminar os conceitos relacionados a processos de negócios. 2.6 SISTEMATIZAÇÃO DE PROCESSO INTEGRADO DE CONTROLE O que não se fala, nos dias atuais, são recursos tecnológicos para dar suporte aos modelos de gestão de negócios e processos. Aliás, muito do que se tem de metodologia hoje só foi possível desenvolver por conta das soluções de Tecnologia da Informação (TI), como vimos na unidade anterior. Fluxo de processo: agregação de subprocessos e arranjo das respectivas atividades funcionais em um fluxo que mostra o movimento e a ordem em que são executados. Fluxo de trabalho: agrupamento de atividades funcionais que trata o movimento de informação ou materiais entre elas. Um fluxo que descreve a relação de cada atividade com as demais realizadas no agrupamento. 19 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS FIGURA 13: SISTEMA INTEGRADO Fonte: Plataforma Deduca (2020) O que vamos destacar aqui é a importância do controle, do monitoramento de forma integrada e sistematizada, de modo a ser possível vivenciar um ciclo contínuo de melhorias nos processos. Os sistemas integrados são essenciais para a coordenação das atividades de pro- cesso, ou desenho de processo, criando e registrando o conhecimento. Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) fornecem insumos para tomada de decisões. FIGURA 14: CICLO DE MELHORIA CONTÍNUA Início do processo Monitoramento AvaliaçãoMelhoria Fonte: Elaborada pelo autor (2020) Não adianta implementarmos processos e estabelecermos um sistema de controle da sua execução, o que não se mede não pode ser avaliado. Assim, não há como identificar os pontos os quais precisam ser melhorados. 20 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS Esse ciclo que dá sustentabilidade aos processos monitora o desempenho e pode ter como apoio a metodologia do Ciclo PDCA: planejar, fazer (do), con- trolar (check) e agir. FIGURA 15: CICLO PDCA Fonte: Plataforma Deduca (2020) A partir do controle dos processos pelos sistemas integrados de melhoria con- tínua, a organização deve monitorar os indicadores de desempenho dos seus processos. De acordo com a natureza de cada processo, podem ser gerados tipos dife- rentes de indicadores. Os processos principais e de apoio de negócio devem ser monitorados por indicadores de desempenho e acompanhados por ferra- mentas de planejamento estratégico como o BSC. Sistemas não mudam a organização, mas contribuem para que elas estabele- çam processos mais simples, flexíveis, ajustando-se sempre às demandas do ambiente externo e interno. 21 GINEAD GESTÃO DE PROCESSOS CONCLUSÃO Esperamos que, ao final dessa Unidade, você já esteja compreendendo a im- portância da Gestão de Processos para as organizações; e percebido que gerir processos é uma necessidade básica de todos os negócios, sendo uma ação estratégica para qualquer organização que queira se manter firme nesse mercado global. Destacamos a evolução da gestão de processo ao longo do tempo e como o Sistema de Gestão da Qualidade foi determinante para mudança de paradig- ma na gestão das organizações. Apesar de existirem muitas metodologias, o BPMN tem sido apresentado como uma solução para unificar todas as linguagens, permitindo uma inte- gração e compreensão maior de todos da organização sobre os processos. Fizemos um recorte dos pontos que achamos mais interessantes destacar e convidamos você a continuar aprimorando seus conhecimentos, lendo as bi- bliografias e referências sugeridas nessa Unidade 2. – Para saber mais sobre metodologia de Lean, leia o livro: A máquina que mudou o mundo: a história da produção enxuta, de Womack, 1992. – Aprofunde seus conhecimentos sobre a metodologia BSC, lendo: Kaplan e Norton na prática, de Kaplan e Norton, 2004. – Sobre a norma ISO:9000, leia a tese de mestrado Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9000: vantagens ou desvantagens. Acesse: https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/831/1/ tese%20de%20mestrado%20final.doc.pdf. – No site na FNQ, leia o artigo: “6 metodologias para estimular a inovação nas organizações”, 2016. Disponível em: http://www2.fnq.org.br/informe-se/ noticias/6-metodologias-para-estimular-a-inovacao- nas-organizacoes. – Fechando as dicas desta unidade, leia: Métodos PDCA e Demaic e suas ferramentas analíticas, de Werkema, 2012. https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/831/1/tese%20de%20mestrado%20final.doc.pdf
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