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Tratamento da Dor: Tipos, Princípios e Analgésicos

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Introdução: 
•O propósito da dor: Dor é experiência sensorial e 
emocional desagradável, associada a uma lesão real 
ou potencial. 
Tipos de dor: 
•Pode ser aguda e crônica 
•Dor nociceptiva: Recebe estímulos mecânicos, 
térmicos e químicos. É utilizado os analgésicos mais 
comuns 
•Dor neuropática: Dor causada por lesão ou 
disfunção do sistema nervoso, como resultado da 
ativação da via nociceptiva (fibras de pequeno 
calibre e trato espinotalâmico). 
*Algumas das dores são mistas (neuropática + 
nociceptiva). 
Princípios gerais do tratamento da dor: 
•Escolher o analgésico segundo a intensidade da dor 
e o tipo de dor 
•Ajustar a dose até alcançar o controle da dor ou 
torna-la tolerável. Ex: Dor oncológica 
•Utilizar esquemas regulares de administração do 
analgésico. Ex: Dor crônica ou pós operatório, utilizar 
os analgésicos em horários regulares 
•Evitar o esquema S.O.S (Evitar usar somente em 
momentos pontuais de dor, pois se não é 
necessário passar uma dosagem maior de 
analgésicos). 
•Acompanhamento do tratamento, de modo a 
detectar precocemente efeitos adversos ou 
necessidade de reajustar o esquema terapêutico. 
•Utilização de drogas adjuvantes (associar um 
medicamento que não tem função analgésica 
porém em associação melhora a função do 
analgésico) sempre que necessário, mas evitar 
sedação excessiva. Ex: Dorflex (analgésico + 
relaxante muscular) – o relaxante muscular 
(orfenadrina – adjuvante). Ou seja, por eles 
potencializarem o efeito analgésico, pode reduzir a 
dose. 
Tratamento inadequado da dor: 
•Subvalorização da queixa por parte do médico, 
com ausência de preocupação com o tratamento. 
•Falta de obediência por parte do paciente à 
prescrição devido à insatisfatória relação médico-
paciente e/ou efeitos colaterais indesejáveis 
•Prescrição de doses subterapêuticas de 
analgésicos, devido ao receio de efeitos adversos 
graves e desconhecimento da sua farmacologia. 
 
Dor Fraca: 
Não opioides + adjuvantes (melhor escolha) 
Não opioides: Dipirona e paracetamol 
AINES: AAS, ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco 
Dor Moderada: 
Opióide fraco: Codeína ou tramadol 
Dor Forte: 
Opióide forte: Morfina, fentanil, oxicodona 
 
Drogas Adjuvantes: 
Antidepressivos 
Anticonvulsivantes 
Corticosteróides 
Neurolépticos 
Relaxantes musculares 
Ansiolíticos 
Anestésicos locais ou gerais 
Antagonistas adrenérgicos (propranolol, cloridina – 
principalmente enxaqueca) 
Capsaicina tópica 
Ex: Lombalgia – codeína + diclofenaco + relaxante 
muscular, se não houver sucesso terapêutico, 
utiliza-se anestésico local + corticóide. 
Princípios da escala analgésica da OMS: 
Dores crônicas: 
•Inicia-se pelo primeiro degrau para dores fracas e 
sucessivamente. 
•Somente um medicamento de cada categoria 
deve ser utilizado por vez 
•Os medicamentos adjuvantes devem ser 
associados em todos os degraus da escala de 
acordo com as indicações específicas 
Dores agudas: 
•Usar a escala de forma decrescente nos primeiros 
dias de hospitalização ou após 
cirurgias/procedimentos dolorosos de acordo com 
as escalas de mensuração de dor e associados a 
técnicas de analgesia ou anestesia regional em 
princípios de analgesia multimodal 
•Nos dias subsequentes ao trauma tecidual, descer 
a escala analgésica da OMS. 
Analgésicos: 
AINHs: 
•Ex: Diclofenaco de sódio, nimesulida, ibuprofeno, 
AAS. 
•São mais potentes quando a origem da dor é 
inflamatória. 
•Efeito antipirético: Inibição da produção de 
prostaglandina no hipotálamo, ou seja, inibe a 
cascata do ácido araquidônico, inibe a cicloxigenase, 
inibe a prostaglandina, se não tem prostaglandina 
reduz os estímulos dos nociceptores 
•Efeito analgésico: Inibição periférica das 
prostaglandinas; redução do efeito vasodilatador das 
prostaglandinas sobre a vasculatura cerebral; ação 
central (menos caracterizada), possivelmente sobre 
a medula espinhal (impedindo a facilitação nos 
interneurônios). 
Analgésicos: 
Paracetamol: 
•Ação inibindo a Cox (cerebral) e/ou Cox2 em 
baixas taxas enzimáticas. 
•Apresenta efeito analgésico e antipiréticos, mãs 
não anti-inflamatório. 
•Não apresenta tendência a ulcerações gástricas e 
sangramento 
•Hepatotoxicidade: Acetilcisteína IV metionina 
(aumentam a glutationa) → se administrar 
precocemente podem evitar lesão hepática. 
•Boa absorção oral → atinge concentração 
plasmática no máximo 30-60 min 
•Tempo de meia vida: 2-4 horas, em intoxicação 
4-8 horas. 
•Antídoto: Acetilcisteína endovenosa e metionina 
oral, para pacientes intoxicados 
Dipirona: 
•Analgésico e antipirético 
•Ininbe a Cox 
•O principal efeito colateral da dipirona é a discrasia 
sanguínea (sangue não coagula de modo adequado). 
Analgésicos Opióides: 
Fracos: Tramadol e codeína (receituário em 2 vias) 
Fortes: Morfina, metadona, fentanil (notificação de 
receita A). 
*Oxicodona embora ser um opioide forte, 
comprimidos de até 10mg o receituário é simples, 
sem necessidade de notificação de receita. 
Como os analgésicos promovem os seus efeitos? 
•Utilizam os receptores que nós já temos, 
relacionados com a endorfina endógena, a ação 
deles vai depender da afinidade que eles tem com 
um ou outro receptor (mi, sigma, capa), analgesia 
está relacionada principalmente com o receptor mi. 
A depressão respiratória que é um efeito colateral 
dos analgésicos opioides também está relacionado 
com o receptor mi. 
Ex: Comparar a codeína com a metadona, a 
codeína é um opioide fraco e a metadona forte, o 
potencial de depressão respiratória produzido pela 
codeína é menor do que o produzido do que da 
metadona, porém o resultado de analgesia da 
codeína é menor. 
•Outro efeito colateral, é a constrição pupilar que 
varia de um opioide para outro e também a 
constipação intestinal é um efeito prevalente que 
dificulta o uso dos opioides, fazendo necessário 
associar uma dieta que alivie esse efeito e tratar 
com loperamida. A euforia é um fator que faz as 
pessoas utilizarem os opioides como drogas de 
abuso.. Além disso, ocorre a sedação, a dependência 
física., tolerância, cólica biliar, urgência urinária e 
dificuldade de micção, pode prolongar o trabalho de 
parto, libera histamina (constrição brônquica, 
vasodilatação e prurido), queda da PA, bradicardia, 
convulsões em pacientes com pré disposição. 
•Via de administração: Via oral, subcutânea, 
intravenosa, transdérmica e intra-raquiana (epidural 
ou sub-aracnóide). 
•Fentanil: via transdérmica – usado para tratamento 
de dor neoplásica. 
•Potencial hemético: Vômitos severos 
•A codeína também é usada como efeito 
antitussígeno, em uma dosagem menor fazendo 
com que não haja dependência e depressão 
respiratória, permanecendo a constipação intestinal. 
•Tolerância: Envolve a dessensibilização do 
receptor 
•Dependência: Física associada a abstinência 
(receptor mi), psicológica associada ao desejo e 
podendo permanecer por meses. 
“Síndrome de abstinência”: Ansiedade, náuseas, 
vômitos, insônia, irritabilidade, agitação, salivação, 
lacrimejamento, sudorese e corrimento nasal, 
alternado com febre. Utiliza-se naloxona (antagonista 
de opioide) 
Características dos principais opioides: 
 
 
 
 
 
*NÃO faz associação de opioides 
Adjuvantes na analgesia: 
•O uso de adjuvante faz com que tenha melhora 
na resposta terapêutica, pode-se reduzir a dosagem 
dos analgésicos. 
 
*Utilizando como antidepressivo, demora 14 dias para 
ter o efeito terapêutico, como adjuvante na 
analgesia demora de 3 a 4 dias. 
*Os antidepressivos mais utilizados são: Amtriptilina, 
nortriptilina, tricíclicos, venlafaxina. 
Obs: Paciente utilizando tramadol e nortriptilina, dois 
medicamentos que causam constipação intestinal, 
fazendo necessário dieta para melhorar o transito 
intestinal. 
Normalmente utilizado para neuropatia diabética., 
tricíclicos – enxaqueca. 
*Sempre que possível usar a notriptilina 
Anticonvulsivantes:•Dor das neuropatias periféricas e centrais, 
especialmente quando esta apresenta componente 
fulgurante ou em choque. Ex: Neuralgia do trigêmeo 
•Carbamazepina: Pode diminuir o efeito do 
anticoncepcional, por isso recomenda-se trocar o 
método contraceptivo, disponível no SUS 
•Pregabalina e gabapentina: Muito eficaz em dor 
neuropática, compressão de nervo, bico de 
papagaio. 
•Topiramato: Melhor para enxaqueca. 
*Doenças articulares: Utilizar anti-inflamatório + 
adjuvante ou relaxante muscular + adjuvante. 
Relaxantes Musculares: 
 
 
 
 
 
 
Ansiolíticos – benzodiazepínicos:

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