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PARTES E PROCURADORES NO PROCESSO DO TRABALHO

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PARTES E PROCURADORES NO PROCESSO DO TRABALHO
· Partes são aqueles que ajuízam uma ação e em face de quem a ação é ajuizada
Partes são aquelas pessoas que ajuízam ação ou as que respondem a ação.
· Autor/Demandante = Reclamante
O autor é denominado assim, pois a ação trabalhista no rito ordinário é chamado de "Reclamação Trabalhista"
· Réu/Demandada = Reclamado
· Capacidade de direito/ de ser parte – toda pessoa, desde que tenha adquirido a personalidade
É capacidade de toda pessoa desde que ela tenha adquirido direitos a personalidade, nasceu ela tem direito da personalidade.
· Capacidade de estar em juízo – maior de 18 anos, absolutamente incapazes devem ser representados e relativamente incapazes devem ser assistidos
É a capacidade de estar em juízo sem uma representação ou de ser assistido por alguém, se for maior de 18 anos e absolutamente capaz. Contudo, existem algumas pessoas que necessitam de assistência ou representação para estar em juízo como é o caso dos absolutamente incapazes ou relativamente incapazes.
· Capacidade postulatória / Jus Postulandi – Capacidade para postular em juízo – Art. 791 da CLT e Súmula 425 do TST
No processo civil aprendemos que a capacidade postulatória (de estar em juízo) é privativo do processo do trabalho, mas não exclusivo. Aqui no processo do trabalho é diferente, essa regra é elastecida, pois aqui temos a figura do Jus Postulandi, que é a capacidade que a parte tem de estar em juízo sem ter a presença de um advogado (Art. 791 da CLT e Súmula 425 do TST).
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
No processo do trabalho as partes podem ingressar diretamente na justiça do trabalho independentemente de estiverem acompanhadas de advogado. Se pode entrar com qualquer ação na justiça do trabalho sem estar acompanhada de advogado? Se pode impetrar um recurso? Existe um limite para essa capacidade postulatória? Existe.
Limite do Juspostulandi:
Súmula nº 425 do TST
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
A capacidade postulatória é limitada, se pode ajuizar com uma ação trabalhista independente de advogado, mas existe um limite, ações rescisórias, mandado de segurança, ação cautelar e recurso de revista pro TST, as demais demandas não é obrigatória a presença de advogado.
 A parte pode entrar com uma ação sem advogado por conta da capacidade postulatória, mas se tiver que impetrar um recurso de revista precisará de um advogado, pois existe um limite para essa capacidade postulatória.
Essa capacidade postulatória se estende a reclamante e reclamado, independe se é empregado o empregador? Sim, independente da parte ser empregado ou empregador, ela poderá exercer a sua capacidade postulatória.
Ex.: Eu sou dona de empresa, um trabalhado ingressa com uma ação contra a minha empresa, eu posso, exercendo a minha capacidade postulatória, apresentar a defesa, não existe nenhuma limitação quanto a isso. A capacidade postulatória pode ser exercida tanto pelo empregado quanto pelo empregador.
Capacidade Postulatória na prática - Eu sou empregada e quero ajuizar uma ação contra o meu empregador, eu vou no fórum trabalhista, agendo uma hora para ser atendida e durante o atendimento eu irei relatar tudo para o servidor do TRT ele vai reduzir a termo a minha petição inicial e vai distribuir. Eu vou receber em casa todas as notificações dos andamentos processuais e no dia da audiência eu irei sem estar acompanhada de um advogado, e irei fazer as perguntas e tudo mais.
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL
Algumas pessoas para estar em juízo precisam ser representadas, elas precisam ser representadas ou porque a lei determina, ou porque elas não tem capacidade para estar em juízo sem que elas sejam protegidas. O que a legislação faz é que existem algumas pessoas que elas precisam de representação porque não são pessoas naturais, não tem como serem representadas por elas mesmas porque elas são uma abstração jurídica como é o caso da pessoa jurídica, e tem pessoas que elas são incapazes absolutamente ou relativamente e precisam de representação.
· Representação:
· Pessoas físicas
· Menor de 16 anos precisa de representação – Ex.: Menor aprendiz
Eles não podem estar em juízo de forma alguma sem que não esteja acompanhados dos seus representantes, genitores, tutores. Representação Absoluta.
· Maior de 16 e menos de 18 anos - Vide artigo 5º, inciso V, do Código Civil
Eles podem fornecer procuração, mas precisam da convalidação desse atos pelos seus tutores.
Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Se a pessoa for maior de 16 anos e menor de 18 e ela tem um salário que é suficiente economicamente para que ela possa prover o seu sustento, ela pode ingressar com uma ação sozinha.
Ex.: O jovem tem 17 anos e ganha 10 mil reais por mês, ele não vai precisar estar representado no poder judiciário trabalhista, contudo se ele foi contratado como menor aprendiz, estagiário e está pedindo o reconhecimento do vínculo de emprego ou qualquer situação em que tenha uma hipossuficiência financeira, ela vai precisar de representação assim como o menor de 16 anos.
· Representação na legislação trabalhista - Art. 793 da CLT
A legislação trabalhista traz mais uma regrinha para a representação das pessoas menores de idade.
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e (A não ser naquela exceção do Art. 5º,V do Código Civil para quem ganha R$ 10.000,00 por mês e tem 17 anos), na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho (O Ministério Público do Trabalho), pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.    Vai poder ingressar com uma reclamação trabalhista
Ex.: Menor de idade que está em situação de trabalho escravo contemporâneo, ele não tem pais e chegou ao conhecimento do ministério público do trabalho, ele irá poder representar este menor de idade, ou o sindicato, ou um curador nomeado pelo juiz, ou o ministério público estadual, pois a CLT autoriza.
· Pessoa Jurídica ou entidade despersonalizada
Porque ela é uma abstração, criada pelo ser humano. A lei determina.
· União Federal – Advocacia Geral da União
Nas demandas individuais por óbvio os advogados da união geral.
· Estados e DF - Procuradores
· Municípios – Prefeito ou procuradores (A depender da lei orgânica do município)
· Autarquia ou Fundações de Direito Público – Quem a lei ou o ente federal designar
· PJ Estrangeira – Gerente, representante ou administrador da sua filial, agência ou sucursal no Brasil – Art. 75, X, do CPC
· PJ de Direito Privado – Quem estiver designado nos atos constitutivos – Art. 75, VIII, do CPC
· Condomínio – Sindico ou administrador
· Massa falida – Administrador judicial
· Trabalhador falecido – Espólio ou dependentes do falecido junto ao INSS
Aprendemos no processo civil que quando a pessoa morre quem representa ela é a massa falida, só que aqui no processo do trabalho é diferente.
Se for para fins de recebimento de verbas rescisórias quem vai representar é o espólio (se tiver espólio), os dependentes do falecido junto ao INSS. O trabalhador normal ganha R$ 1.100,00. Geralmente quem ganha essa valor não precisa abrir inventário. A grande maioria dos trabalhadores brasileiros não abre inventário, pois não precisa, não tem patrimônio para isso. A justiça do trabalho teve que se modular para isso entendendo que quem irá representar são osseus dependentes do INSS que é a pessoa que terá direito ao benefício previdenciário com a ocorrência do falecimento.
Dependentes: Filhos menores de 18 anos, cônjuges ou companheiros, (na falta destes anteriores) ascendentes, na falta dos ascendentes, irmãos que serão pessoas em condições de deficiência.
Decreto 3048/99:
Art. 16.  São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:     
       I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave;    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
       II - os pais; ou
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave. 
Quando o trabalhador falece são essas pessoas que podem receber e estão por ordem de preferência.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
No processo do trabalho o comparecimento das partes em audiência é obrigatório, estamos falando da representação da pessoa no processo. Se for menor de 18 anos tem que estar representado, se for pessoa jurídica tem que estar representado, se for trabalhador falecido tem que estar representado por dependentes do INSS ou espólio, só que falaremos sobre uma representação diferente, a representação em mesa de audiência, a representação das partes em mesa de audiência.
· Art. 843 da CLT – Regulamenta o comparecimento das partes em audiência, ainda que sem o acompanhamento de seus advogados
O comparecimento das partes em audiência é obrigatório. E esse artigo traz exceções que autorizam a representação das partes em audiência.
No processo do trabalho temos em audiência uma concentração dos autos.
Na fase de cognição no processo do trabalho, a audiência é a fase de maior concentração dos atos processuais, pois é na audiência que a defesa será apresentada, é na audiência que as partes irão requerer a produção de provas, é na audiência que a reclamante vai se manifestar sobre preliminares e documentos. No processo do trabalho existe uma concentração dos atos processuais na audiência.
· Empregador poderá se fazer substituir por qualquer pessoa que tenha amplo conhecimento dos fatos – Súmula 122 do TST
Antes da entrada em vigor da reforma trabalhista o empregador só poderia se fazer substituir por gerente ou empregado. Ele não poderia se fazer substituir por qualquer pessoa, enviar um preposto qualquer para a mesa de audiência, com a entrada em vigor da reforma trabalhista agora o empregador pode se fazer substituir por qualquer pessoa, por qualquer preposto desde que ele tenha conhecimento dos fatos.
Se esse preposto chegar na mesa de audiência e não tiver conhecimento dos fatos, a consequência jurídica desse fato é a confissão ficta. Se na mesa de audiência ele não tiver conhecimento dos fatos, ele tem obrigação de fazer (§ 1º do art. 843 da CLT), a ele em relação aquela matéria será aplicada a confissão ficta.
Se o preposto não comparece no dia da audiência e nem o advogado, sendo eles parte reclamada será aplicada a eles a pena de revelia.
Se não comparecer o preposto e o advogado comparecer com defesa e documentos, acontecerá a previsão do § 1º do art. 844 da CLT . Ausente a empresa, quando for a reclamada, mas presente o advogado em audiência, serão aceito os documentos, a contestação, mas em relação a matéria de fato (Que não tem prova documental pré constituída) que o preposto deveria ser ouvido, será aplicada a confissão ficta. (Novidade da Reforma Trabalhista).
Se comparecer o preposto da empresa e não comparecer o advogado, as partes tem capacidade postulatória, não precisam estar acompanhadas e advogado, não precisam estarem assistidas por um advogado. Se a empresa ou reclamante comparece e independentemente de estar assistido ou não a audiência terá prosseguimento, pois as partes tem capacidade postulatória.
O advogado não pode ser advogado e preposto, não pode simultaneamente os dois.
Se o advogado advogar em causa própria, tudo bem, não tem problema ser os dois, mas o empregado não pode se fazer substituir por qualquer pessoa, só se ela preencher os requisitos legais. Se o advogado for PJ ele não pode ser advogado e preposto ao mesmo tempo, mas se for autônomo posso advogar em causa própria, pois estarei exercendo minha capacidade postulatória. Se for uma pessoa jurídica nunca se estará advogando em causa própria, pois estará representando a pessoa jurídica, a empresa. Se for contra banco, o banco terá que mandar o preposto e o advogado, mas não se pode ser os dois, ou o preposto ou o advogado.
A capacidade postulatória é pela ação, não por ato. A capacidade postulatória é inerente a pessoa. Se a empresa mandar o preposto e não mandar o advogado para que este preposto faça tudo, pode. Por conta da capacidade postulatória.
Ex.: Eu sou uma advogada que tenho uma loja de bicicletas e recebo uma reclamação trabalhista, irei para a empresa como preposta da empresa, sócia, eu serei preposta, não advogada. Eu preciso interpor recurso ordinário, eu poderei enquanto preposta. Acabando a fase de cognição acabou a figura do preposto, eu já posso atuar enquanto advogada. O que não pode ser advogada e preposta é na mesa de audiência, depois pouco importa.
· Em caso de grupo econômico, a presença de um só preposto em audiência é suficiente
Um preposto só pode representar todo o grupo econômico. Grupo econômico está presente no art. 2º § 3º e § 4º da CLT, ele pode ser representado por um preposto só na mesa de audiência, não importa, porque existe a teoria do empregador único.
· Empregador doméstico pode ser representado por qualquer membro da família
Ex.: Eu empregada doméstica coloquei todos os membros da família no polo passivo, não é necessário que todos os membros compareçam, apenas um pode fazê-lo, pois existe a teoria do empregador único.
· Advogado não pode ser preposto simultaneamente 
O empregador ele pode se fazer substituir por qualquer pessoa independente se for gerente ou empregado da empresa desde que ela tenha amplo conhecimento dos fatos, se esse preposto não saber dos fatos é aplicada a confissão ficta. O grupo econômico pode se fazer representar por um preposto só, sendo empregador doméstico qualquer membro da família pode representar e na audiência advogado não pode ser preposto simultaneamente.
· Empregado poderá:
O empregado (pessoa física) que em regra é o reclamante, ele tem que comparecer a audiência, ele só pode não comparecer a audiência se ele estiver doente e essa doença o impossibilitar de comparecer ou por um motivo poderoso. Motivo poderoso é um conceito jurídico indeterminado, isso vai depender da apreciação do juiz, do livre convencimento de cada juiz.
Existe condições para que o empregado se faça substituir na mesa de audiência.
Ele só poderá se fazer substituir pelo sindicato ou por um colega profissional se for doença e desta resultar a impossibilidade de comparecer a audiência ou por um motivo poderoso (Morte de pai, mão, avó, avô, cônjuge) e tudo isso tem que ser comprovado.
· se fazer substituir por representante do sindicato ou empregado da categoria profissional em caso de doença ou motivo poderoso 
Não se tem um posicionamento firmado sobre o limite de substituição, o TRT 5 entende que o sindicato ou trabalhador se forem da mesma categoria eles podem representar o empregado amplamente, inclusive prestar depoimento de forma irrestrita como se o empregado fosse. Já Pamplona e Tecio Souza no livro deles entende, que essa representação do empregado é só pra representar ali no momento da audiência do comparecimento. (a prof se alia a isso)
A prof entende que se existe uma doença ou um motivo poderoso que impeça que o empregado compareça no dia da audiência, nessa hipótese o sindicato ou empregado comparecem só para justificar se a parte não tiver advogado, se ela tiver o advogado fará isso. Na dúvida se você está assistido de advogado não mande ninguémpara lhe substituir.
Se o reclamante não comparece na audiência e não tem motivo para tanto a consequência jurídica é o arquivamento, o processo será arquivado e além disso, como consequência do não comparecimento e de não ter uma justificativa para tanto o juiz deverá aplicar uma multa de 2% sobre o valor da causa.
Havendo um motivo poderoso ou uma doença não é obrigado que ele se faça substituir ele pode simplesmente pedir a redesignação da audiência, é um direito do trabalhador.
· Condições: a) que o empregado não possa comparecer; b) que a ausência seja decorrente de doença ou motivo poderoso; c) que haja comprovação do motivo
· Nessa hipótese o trabalhador não será representado, havendo apenas se justificará a ausência do empregado na prática do ato (Rodolfo Pamplona e Tércio Souza)
· Já o TRT-5 entende que o sindicato e o trabalhador da mesma categoria podem representar amplamente o empregado demandante ( RO 339-64.2010.5.05.0641)
· ser substituído pelo sindicato em caso de reclamatória plúrima ou ações de cumprimento (Cumprimento de acordo ou sentença normativa)
O sindicato atua enquanto substituto processual, o sindicato pode mover reclamações plúrimas ou uma ação de cumprimento representando o empregado nessa hipótese o empregado pode se fazer substituir pelo sindicato.
Ex.: È possível que um sindicato ingresse com uma ação representando 10 trabalhadores de uma vez, se isso acontecer ao invés de chamar os 10 trabalhadores, se pode chamar apenas o representante do sindicato ou na hipótese em que ele move uma ação de cumprimento de acordo ou sentença normativa, é uma ação em que se vai mover uma ação em nome dos trabalhadores para que a empresa cumpra uma determinada sentença normativa que foi proferida em sede de dissídio coletivo. 
ADVOGADOS NO PROCESSO DO TRABALHO
O advogado ele não representa a parte, ele presta um serviço de assistência técnica, a parte deve estar presente nos atos em que a lei determina a sua presença e uma vez presente o advogado, ele vai assistir tecnicamente aquela parte.
A presença do advogado no processo do trabalho, exceto naqueles limites da súmula 425, ela não é obrigatória, ela só será obrigatória nas hipóteses de mandado de segurança, ação cautelar, ação rescisória ou recurso para o TST. Exceto isso, a parte pode exercer sua capacidade postulatória independente do comparecimento ou acompanhamento do advogado.
· Advogado não representa a parte, e sim presta um serviço de assistência técnica
· A opção pelo acompanhamento de advogado é facultativa
· Tipos de mandatos:
· Expresso
O advogado pode ter poderes outorgados a eles de 3 formas e para situações específicas. São 3 hipóteses: Mandato Expresso (Mandato é o instrumento através do qual a parte outorga poderes para o advogado, esse mandato ser expresso como entendemos como Procuração). Se vai ao escritório do advogado e assina um mandato expresso.
Quando esse mandato expresso escrito for dado por pessoa jurídica é importante que na procuração esteja expresso quem é o representante da pessoa jurídica que está representando naquela outorga de poderes.
Esse mandato expresso vale em qualquer tipo de processo seja trabalhista, civil, penal, vale igualmente para todos. É forma clássica de se outorgar poderes para uma advogado é através do mandado expresso.
· Quando os poderes foram outorgados por pessoa jurídica, é fundamental que haja indicação expressa do representante da PJ responsável pela assinatura do documento
· Apud Acta – Art. 791, §3º da CLT
Há como dar uma procuração para o advogado para um ato específico que é chamado de Apud Acta.
O advogado irá acompanhar o trabalhador apenas para um ato específico, é uma outorga de poder específica para apenas um ato. 
Essa outorga de poder pode acontecer de maneira expressa ou como verbalmente em mandado tácito.
· Tácito
Esse mandato tácito no processo do trabalho é muito específico
Ex.: Um escritório grande designa um advogado qualquer para fazer a audiência, esse advogado pode ser que ele não tenha uma procuração nos autos especificamente, mas que ele passe a atuar na audiência com o cliente naquele processo e passe a assinar petições naquele processo.
Esse mandato tácito tem limitações:
1- O advogado que tem mandato tácito (Não tem procuração expressa nos autos) ele está limitado a cláusula ad judicia, ele pode interpor recurso, mas ele não poderá fazer acordos, transacionar, não vai poder receber valores, a atuação dele está limitada aos poderes de cunho geral.
O advogado com mandato tácito pode substabelecer? Há discussões quanto a isso porque a súmula 395, inciso III do TST diz o seguinte: III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997). Ainda que o advogado tenha mandado expresso, mas se nesse mandato expresso não tem poderes para substabelecer a súmula 395 do TST entende que o advogado pode substabelecer, contudo a OJ 200 do SDI-1 do TST tem um entendimento um pouco diferente: 200. MANDATO TÁCITO. SUBSTABELECIMENTO INVÁLIDO (inserido dispositivo) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito. Existe uma controvérsia em relação a essa circunstância, se o advogado com mandato tácito poderia ou não substabelecer, todavia com o CPC 2015 isso torna-se mais polêmico ainda, pois o CPC diz que não há necessidade de uma poder específico para substabelecer na procuração, e aí se tem dúvida se o advogado com mandato tácito poderia ou não substabelecer, esse é o tema sensível, pois se vê o advogado naquele dia e ele começa a atuar no caso da pessoa, não se tem um vínculo com aquele advogado, não se conhece ele, não existe uma figura convalidada como existe no mandato expresso. Essa pode ser uma discussão muito relevante, mas pode ser muito vazia já que é muito difícil não se fornecer uma procuração para um advogado, e é muito simples regularizar a questão do mandato tácito através do substabelecimento.
Se o advogado faz parte de uma banca de escritórios é muito simples basta que o advogado que tenha mandato expresso regularizar aquela situação, mas ao mesmo tempo devido a essa flexibilização que temos no processo do trabalho é muito comum que esse tipo de debate acabe acontecendo.
A súmula não fala do mandato tácito, mas existe uma parte da doutrina que a aplica dessa forma.
Se fala do mandato tácito dentro do poder judiciário trabalhista, pois tem previsão na CLT, mas e for um recurso que vai para o STF ou STJ vai precisar da regularização do mandato, a maioria da doutrina entende isso, já Técio e Pamplona entende que não.
A prof entende que essa discussão pode ser facilmente resolvida através da outorga do substabelecimento.
· Alcança apenas a cláusula ad judicia 
· Não é possível substabelecer – OJ 200 do SDI-1 x Súmula 395, inciso III do TST
· Posicionamento majoritário de que havendo recurso para o STJ ou STF deve-se proceder a regularização do mandato – (PAMPLONA E TÉRCIO entendem que não. Vide OJ 286 da SDI-1 do TST)
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
É quando uma pessoa pleiteia em nome próprio, direito alheio.
Ex.: Eu pleiteio em meu nome, o direito de outra pessoa.
Por isso existem limitações.
· Quando a parte pleiteia em nome próprio, direito alheio
· Só é possível quando a lei autorizar
Quem a lei autoriza são os sindicatos. Quando o sindicato estiver pleiteando em nome próprio o direito dos seus assistidos, ele vai substituir o assistido em todo o processo e com a mesma liberdade como se o assistido ele fosse.
Ex.: O sindicato move uma ação para os trabalhadores da indústria Petrobras, ele irá substituir esses trabalhadores com a mesma liberdade que eles teriam se estivesse atuando no processo.
Só que a substituição processual não substitui que o substituído participe da lide.
Ex.: É possível que um sindicato esteja requerendo um reconhecimento de uma verba tal para aquela categoria de empregados, é possível que um dessesempregados se habite no processo como terceiro interessado, ele pode participar da lide.
· Autonomia: o substituto tem no processo a mesma liberdade do substituído
· Concorrência: a substituição não exclui o direito do substituído de participar da lide
· Hipóteses no processo do trabalho:
· Sindicato de forma ampla em relação ao interesse coletivos ou individuais dos integrantes da categoria
O sindicato sempre poderá atuar como substituto processual tanto dos interesses coletivos como os interesses individuais dos integrantes da categoria, mas além disso temos situações específicas em que o sindicato pode pleitear determinado direito.
· Art. 195, §2º da CLT – Sindicato pleiteando adicional de insalubridade
· Art. 872 da CLT – Sindicato quando as empresas deixam de aplicar reajuste salarial previsto em norma coletiva
· Interrupção da prescrição da pretensão individual – OJ 359 da SDI-1
Ex.: O sindicato move uma ação para aquela determinada categoria de trabalhadores quando ele faz isso a prescrição individual fica interrompida, ou seja, ela volta a ser contada desde o inicio. 
Ex.: Digamos que o sindicato da categoria X moveu uma ação onde Nathália e Gabriela são assistidos e o sindicato ganhou, só que mais para frente elas querem discutir que elas possuem um direito a ter o percentual maior que os demais assistidos, a prescrição em relação esta matéria está interrompida, pois o sindicato já estava discutindo isso judicialmente.
O ajuizamento de uma ação interrompe a prescrição para os indivíduos individualmente. Quando o prazo prescricional é interrompido, ele começa a contar do zero quanto da instinção da ação.
LITISCONSÓRCIO
Quando existe uma pluralidade de partes no polo ativo ou no polo passivo (Processo Civil).
Quando falar no processo do trabalho em uma pluralidade de partes no direito coletivo, já pensamos em uma pluralidade de trabalhadores requerendo direitos em face do empregador.
Ex.: Uma pluralidade de empregados requer direitos em face do empregador. Isso só poderá acontecer se em relação a essa pluralidade de trabalhadores houver identidade da matéria e esses trabalhadores tiverem trabalhado na mesma empresa ou estabelecimento.
Para que haja litisconsórcio ativo é preciso que essas pessoas requeiram a mesma matéria (Todos estão pedindo horas extras, ou adicional de insalubridade) e que tenham trabalhado para o mesmo empregador (empresa ou estabelecimento).
· Litisconsórcio ativo: Art. 842 da CLT
· identidade de matéria 
· empregados da mesma empresa ou estabelecimento
Em regra os juízes do trabalho não gostam de litisconsórcio ativo, pois não há necessidade. É muito melhor instruir o processo individualmente do que coletivamente. Até porque na fase de execução isso pode criar um embrolho 
· Litisconsórcio passivo: Art. 113 do CPC
O litisconsórcio passivo é a mesma regra do CPC.
· Hipóteses de limitação dos litisconsórcios:
· Se houver comprometimento da rápida solução do litígio
Se o litisconsórcio prejudicar a resolução rápida do litígio.
· Quando dificultar a defesa
· Quando dificultar o cumprimento da sentença
· OBS: Litisconsórcio ≠ Substituição processual
Litisconsórcio é diferente de substituição processual, são duas coisas diferentes porque a substituição processual é quando um terceiro litiga em nome próprio direito alheio, litisconsórcio são as próprias pessoas que estão requerendo só que em pluralidade.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO DO TRABALHO
É quando uma situação específica autoriza que uma pessoa que não faz parte do processo precise intervir naquela demanda para salvaguardar seu direito ou para ajudar a lide.
Ex.: Eu tenho uma reclamação trabalhista contra Melania e Jean não tem nada a ver com isso só que aconteceu uma demanda que autorizou Jean a se habilitar no processo como terceiro interessado. Ele não é parte, nem autor, nem réu, mas aconteceu uma situação que o habilita como terceiro interessado.
Existem incidentes processuais que podem acontecer no bojo do processo ou em atos apartados que são os denominados intervenção de terceiro.
Elas podem ser espontâneas ou provocada.
Espontâneas: quando o própria terceiro interessado se propõe a intervir naquele processo. Ex.: Assistência e Intervenção.
Provocada: Denunciação a lide e chamamento ao processo.
· Quem é o terceiro no processo? Aquele que não faz parte da relação jurídica de direito processual, ou seja, não é parte no processo.
· Classificação: 
· Espontânea (voluntária): assistência e oposição
· Provocada (ou coacta): denunciação à lide e chamamento ao processo
· Não cabe intervenção de terceiros no rito sumaríssimo (Mauro Schiavi)
A intervenção de terceiros estudadas no processo civil são compatíveis ao processo do trabalho mas apenas no rito ordinário, não cabe intervenção de terceiros no rito sumaríssimo.
Ex.: Uma empregada doméstica moveu uma ação trabalhista contra um empregador só, era um casal e ela moveu contra um empregador só. É possível que ela tenha movido a ação só contra o marido e a esposa não faça parte. No rito sumaríssimo, ele não vai poder chamar a mulher ao processo. Ele poderá depois mover uma ação de regresso e incluir no divórcio, se ele não tiver acabado. Ele só poderá chamar ao processo no rito ordinário.
É igual ao processo civil.

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