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O ECG Normal

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Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
_______________________________________________________________________________________ 
 
O ECG NORMAL 
 
Aplicações do ECG: isquemia miocárdica, IAM, 
sobrecargas atriais/ventriculares, arritmias, efeito de 
medicamentos, alterações eletrolíticas 
(principalmente potássio), funcionamento de marca-
passos mecânicos 
Condução elétrica normal 
1. Inicia-se no nó sinusal, na junção da veia cava 
superior com o átrio direito 
2. Despolarização atrial 
3. Nó atrioventricular 
4. Feixe de Hiss acelera o estímulo (não é fibra 
muscular, é fibra elétrica) 
5. Despolarização ventricular rápida (por isso o 
complexo QRS é formado por ondas agudas) 
6. Repolarização ventricular 
 
Derivações do Plano Frontal 
• Formadas a partir dos membros 
• Bipolares/de Einthoven: precisam de dois pontos 
no corpo 
o DI (+BE, -BD) 
o DII (+PE, -BD) 
o DIII (+PE, -BE) 
• Unipolares: precisam de um ponto só 
o aVr (braço direito) 
o aVl (braço esquerdo) 
o aVf (pé esquerdo) 
o O pé direito é o aterramento/neutro 
 
Derivações Precordiais 
• São pontos no precordio 
• V1 (4º espaço intercostal, linha paraesternal 
direita) 
• V2 (4º espaço intercostal, linha paraesternal 
esquerda) 
• V3 (ponto médio entre V2 e V4) 
• V4 (5º espaço intercostal, linha hemiclavicular) 
• V5 (5º espaço intercostal, linha axilar anterior) 
• V6 (5º espaço intercostal, linha axilar média) 
• É possível estender as derivações para o lado 
direito, colocando a letra R na frente (ex.: V1R) 
o Usado na dextrocardia, situs inversus 
totalis, infarto do ventrículo direito 
• É possível estender posteriormente 
o Usado na suspeita de infarto posterior ou 
dorsal 
o V7 (5º espaço intercostal esquerdo, linha 
axilar posterior) 
o V8 (abaixo do ângulo da escápula) 
Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
_______________________________________________________________________________________ 
O papel de registro do ECG 
• Dividido em quadrados de 1 mm de lado 
o O registro é feito a 25 mm/seg → cada 
quadrado equivale a 0,04 segundos (40 
milissegundos) e 0,1 mV 
• Cada quadrado grande possui 5 quadrados 
menores → 0,2 segundos e 0,5 mV 
• A melhor derivação para avaliar o ritmo é DII 
Identificação do traçado: nome, idade, sexo, data, 
horário, dados clínicos, identificação das derivações 
(não é possível dizer qual é somente pelo traçado) 
O ritmo normal é o sinusal 
• Onda P: resultante da despolarização dos átrios 
direito e esquerdo 
o Arredondada (não passa por fibra 
elétrica, mas por musculares; condução 
lenta) 
o Monofásica 
▪ Positiva, negativa ou isodifásica 
▪ Pode haver um entalhe < 0,04 
segundos (acima disso a onda passa a 
ser bifásica, chamada onda mitrale) 
o Precede o complexo QRS 
o Positiva em DI e DII , negativa em aVr 
▪ Melhor vista em DII, pois os vetores 
são paralelos 
▪ Pode ser isodifásica em DIII, 
dependendo se está se aproximando 
ou afastando do vetor 
o Frequência de 50 a 100 bpm 
o Duração máxima de 100 mseg (2,5 
quadrados) e amplitude máxima de 0,25 
mV (2,5 quadrados) 
▪ Sobrecarga atrial esquerda → mais de 
100 mseg, onda cresce na horizontal 
▪ Sobrecarga atrial direita → mais de 
0,25 mV, onda cresce verticalmente 
• Intervalo PR: tempo de condução do nó AV, do 
início da onda P até o início do complexo QRS 
o Deve ser medido na derivação que tenha 
maior amplitude de onda P e maior 
duração do complexo QRS 
o Isoelétrico 
o Valor normal de 120 a 200 mseg (0,12 a 
0,2 segundos, 3 a 5 quadrados) 
▪ PR > 200 mseg significa bloqueio 
atrioventricular (BAV) 
▪ PR < 120 mseg significa que há uma via 
anômala de condução atrioventricular 
(Síndrome de Wolff-Parkinson-White) 
• Complexo QRS: representa a ativação ventricular 
o Deve ser < 120 mseg. 
▪ Acima disso indica bloqueio de um 
ramo do Feixe de Hiss 
o Deve durar de 0,05 a 0,11 segundos 
o Morfologia e amplitude variáveis 
o Composto por 3 vetores, mas não 
necessariamente 3 ondas 
▪ 1º vetor: despolarização septal 
▪ 2º vetor: despolarização das paredes 
(aponta para a parede do ventrículo 
esquerdo, que tem maior massa), 
maior onda do ECG 
▪ 3º vetor: despolarização das bases 
o Nas derivações precordiais, à medida em 
que se avançam as derivações, ganha-se R 
e perde-se S (V5 e V6 são praticamente 
onda R pura) 
o Eixo elétrico entre -30° e +90° (para a 
esquerda e para baixo 
▪ Deve-se definir a polaridade de DI e 
aVf (dividem horizontal e 
verticalmente), procurar a derivação 
isodifásica e procurar o maior vetor 
▪ A maior onda do QRS em DI e aVf deve 
ser positiva 
• Segmento ST: repolarização ventricular, entre o 
fim do QRS e início da onda T 
o Ponto J não pode desnivelar em mais de 
1 mm 
▪ IAM (dor + supradesnivelamento ou 
dor + infradesnivelamento + enzimas) 
• Onda T: repolarização ventricular 
Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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o Não se mede duração e amplitude 
o Deve ser arredondada e assimétrica (1ª 
porção mais longa). 
▪ Hiperpotasssemia, hipermagnesemia, 
acidose, isquemia etc. podem gerar 
uma onda T simétrica 
o Positiva em todas as derivações, exceto 
aVr. Pode positiva/negativa em V1 e DIII 
• Intervalo QT: tempo total de sístole, do início do 
QRS ao término da onda T 
o Normal até 440 mseg (11 quadrados) 
▪ Prolongamento do QT favorece o 
surgimento de arritmias ventriculares 
malignas (taquicardia ventricular e 
fibrilação ventricular) 
o O QT deve ser corrigido com a frequência 
cardíaca 
▪ QT medido só é igual ao QT corrigido 
se a FC for de 60 bpm 
• Onda U: geralmente não existe (gênese na 
repolarização das Fibras de Purkinje e pós-
potenciais do miocárdio ventricular) 
o Arredondada e pequena, 5 a 25% da 
voltagem da onda T 
Frequência cardíaca: 1500 dividido pelo intervalo RR 
(entre dois complexos QRS) 
• Caso o ritmo seja irregular, deve ser feita uma 
média em relação a 4 intervalos RR 
Nomenclatura do QRS 
• R → toda onda positiva do QRS (caso ocorram 
duas, a segunda é R’) 
• Q → onda negativa antes da onda R 
• S → onda negativa após onda R 
• QS → apenas uma onda negativa 
• QR → onda negativa antes de onda R 
• RS → onda negativa após onda R 
• QRS → ondas negativas antes e após onda 
positiva 
• QS → complexo negativo, não há onda R 
• RSR’ → ondas positivas antes e após onda 
negativa 
 
Análise do ECG (critérios de normalidade) 
1. Ritmo e frequência 
2. Determinação do eixo elétrico 
3. Onda P 
4. Intervalo PR 
5. Complexo QRS (melhor analisado nas derivações 
precordiais) 
6. Segmento ST 
7. Onda T 
8. Intervalo QT 
9. Conclusão 
 
Cardiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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