Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Tópicos Especiais 
em Gestão 
Ambiental
Aleksander Roncon, 
Rodrigo de Menezes Trigueiro
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Imagens
Adaptadas de Shutterstock.
Todos os esforços foram empregados para localizar os detentores dos direitos autorais das 
imagens reproduzidas neste livro; qualquer eventual omissão será corrigida em futuras edições. 
Conteúdo em websites
Os endereços de websites listados neste livro podem ser alterados ou desativados a qualquer momento 
pelos seus mantenedores. Sendo assim, a Editora não se responsabiliza pelo conteúdo de terceiros.
Presidência 
Rodrigo Galindo
Vice-Presidência de Produto, Gestão 
e Expansão
Julia Gonçalves
Vice-Presidência Acadêmica
Marcos Lemos
Diretoria de Produção e 
Responsabilidade Social
Camilla Veiga
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Gerência Editorial
Fernanda Migliorança
Editoração Gráfica e Eletrônica
Renata Galdino
Luana Mercurio
Supervisão da Disciplina
Francisco Ferreira Martins Neto
Revisão Técnica
Carla Fortunato dos Santos 
Cirino
Renata Morais dos Santos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Roncon, Aleksander
R769t Tópicos especiais em gestão ambiental / Aleksander 
 Roncon, Rodrigo de Menezes Trigueiro. – Londrina: Editora e 
 Distribuidora Educacional S.A., 2020.
 144 p.
 
 ISBN 978-85-522-1666-7
 
 1.  Consultoria ambiental. 2. Diretrizes estratégicas. 
 3. Ferramentas estratégicas. I. Trigueiro, Rodrigo de 
 Menezes. II. Título. 
CDD 628 
Jorge Eduardo de Almeida CRB-8/8753
Sumário
Unidade 1
Fundamentos da consultoria ambiental ..................................................... 7
Seção 1
Consultoria ambiental: conceitos e modalidades .........................10
Seção 2
Tipos de consultoria ambiental quanto 
à estrutura e amplitude ....................................................................18
Seção 3
Diagnóstico em consultoria ambiental ..........................................30
Unidade 2
Estratégias de consultoria ambiental ........................................................45
Seção 1
Diretrizes estratégicas em consultoria ambienta ..........................48
Seção 2
Definições estratégicas em consultoria ambiental: 
análise do ambiente organizacional ...............................................58
Seção 3
Ferramentas de aplicação estratégica 
em consultorias ambientais .............................................................69
Unidade 3
Laudos e pareceres ......................................................................................83
Seção 1
Comunicação e redação técnica .....................................................85
Seção 2
Fundamentos de análise e perícia ambiental ................................94
Seção 3
Laudos e pareceres ambientais .....................................................102
Unidade 4
O consultor ambiental e sua carreira .....................................................115
Seção 1
Competências do consultor ambiental .......................................118
Seção 2
Planejamento da carreira do consultor ambiental ....................124
Seção 3
Marketing pessoal aplicado à consultoria ambiental ................131
Palavras do autor
Caro estudante! 
A disciplina Tópicos Especiais em Gestão Ambiental tem ganhando 
relevância no contexto empresarial, principalmente quando o tema 
abordado é “consultoria ambiental”. O assunto ganha espaço nas discussões 
acadêmicas e organizacionais por conta dos inúmeros acidentes ambien-
tais que aparecem regularmente na mídia e repercutem, de modo negativo, 
na imagem das organizações envolvidas. Esse contexto se apresenta cada 
vez mais complexo e dinâmico e, assim, demanda profissionais altamente 
especializados para solucionar as questões ambientais nas organizações de 
modo eficaz, completo e assertivo. A disciplina Tópicos Especiais em Gestão 
Ambiental objetiva apresentar as principais ferramentas para o desenvol-
vimento da carreira do consultor ambiental, para que esse profissional seja 
capaz de conduzir projetos de consultoria ambiental e se destacar nessa área 
de atuação tão promissora nos dias atuais.
Esse livro apresenta os fundamentos da consultoria ambiental para que 
você seja capaz de prestar serviços na área, bem como as ferramentas estraté-
gicas necessárias para o desenvolvimento de atividades pertinentes a atuação 
em consultoria. Apresenta, ainda, as competências essenciais para o desen-
volvimento bem sucedido da carreira de consultor ambiental, as alternativas 
de escolha de sua carreira e os meios para a utilização do marketing pessoal 
como ferramenta de promoção desse profissional que o ajudarão a “vender” 
a imagem correta para o mercado de trabalho.
Ao fazer uso desses fundamentos, ferramentas e conhecimentos você 
será capaz de elaborar diagnósticos de consultoria ambiental, construir 
estratégias para solucionar os problemas identificados nas empresas-clientes, 
aplicar laudos e pareceres ambientais e desenvolver sua carreira como 
consultor ambiental pautado nas competências requeridas pelo mercado 
para se manter empregável nessa área. A partir do entendimento de todas as 
características apresentadas, você estará apto a identificar os atributos neces-
sários ao desenvolvimento do seu perfil profissional e poderá desempenhar 
projetos de consultoria ambiental nos mais variados tipos de organizações. 
Na primeira unidade do livro serão transmitidos os conceitos fundamen-
tais sobre consultoria ambiental. Na segunda unidade, o foco são as ferra-
mentas estratégicas utilizadas em uma consultoria. Na terceira unidade, 
você poderá estudar mais sobre a aplicação de laudos e pareceres em gestão 
ambiental. Na quarta unidade, o enfoque recai sobre a carreira do consultor 
ambiental, desde o desenvolvimento de sua carreira até sua capacidade de 
autopromoção. A carreira de consultoria demanda que o gestor ambiental 
desenvolva seus conhecimentos de modo constante, porque apesar de ser 
promissora, essa é uma carreira repleta de desafios.
Unidade 1
Fundamentos da consultoria ambiental
Objetivos de aprendizagem
Nesta seção, você conhecerá os principais conceitos relacionados ao tema 
consultoria ambiental, bem como notará que, embora eles sejam muito próximos e 
até mesmo complementares, apresentam algumas diferenças importantes, por isso, 
são recomendados para objetivos ambientais específicos da vida organizacional. 
Sendo assim, os objetivos de aprendizagem desta seção de estudo são:
• Assimilar os conceitos de consultoria ambiental e suas diferenças.
• Compreender, em uma visão geral, as práticas de consultoria ambiental.
• Distinguir as modalidades de consultoria ambiental interna e externa.
• Conhecer os tipos de consultoria ambiental.
• Diferenciar os tipos de consultoria quanto à sua estrutura e amplitude.
• Elaborar um processo de diagnóstico em consultoria ambiental. 
Vamos dar início às nossas atividades e mergulhar no universo da consul-
toria ambiental.
Seção 1 | Consultoria ambiental: conceitos e modalidades
Nesta seção, serão abordados os principais conceitos e modalidades da 
consultoria ambiental.
Seção 2 | Tipos de consultoria ambiental quanto à estrutura 
e amplitude.
Esta seção se ocupa em distinguir a consultoria ambiental quanto à sua 
estrutura – consultoria ambiental de pacote e ambiental artesanal– e quanto 
à sua amplitude – consultoria ambiental especializada, ambiental total e 
ambiental globalizada.
Seção 3 | Diagnóstico em consultoria ambiental.
Esta seção descreve as informações necessárias para desenvolver um 
processo de diagnóstico em consultoria ambiental.
Introdução à unidade
Na Unidade 1, estudaremos os fundamentos da consultoria ambiental, 
seus principais conceitos e modalidades, os tipos de consultoria ambiental 
quanto à sua estrutura e amplitude, bem como os passos para o desenvol-
vimento do processo de diagnóstico em consultoria ambiental. Para tanto, 
é preciso compreendermos que uma consultoria ambiental é considerada 
uma área da gestão empresarial destinada ao estudo e à análise dos prová-
veis impactos ambientais que um projeto possa ocasionar, um departamento 
responsável pelo acompanhamento e cumprimento das políticas ambientais 
de uma determinada organização, com o objetivo de garantir que uma deter-
minada marca ou empresa execute suas práticas preservando a natureza.
E que o principal papel que um consultor ambiental exerce é o de especia-
lista, que faz uso de seus conhecimentos técnicos para executar ferramentas 
de gestão e metodologias de projetos necessários para solucionar problemas 
específicos ou apresentar resultados que apenas serão alcançados por meio 
da execução de um projeto de consultoria desenvolvido com essa finalidade. 
Esse profissional pode atuar como um consultor nas modalidades interna ou 
externa em relação à empresa que prestará seus serviços.
É fundamental entendermos que, além das modalidades interna e externa, 
as consultorias podem ser classificadas quanto à sua estrutura – consultoria 
de pacote ou artesanal – e amplitude – especializada, total e globalizada.
Quanto à sua estrutura, uma consultoria ambiental é classificada como de 
pacote quando é realizada em empresas-clientes, aplicando o uso da transfe-
rência de estruturas metodológicas fortes combinadas com técnicas adminis-
trativas robustas, sem que a realidade atual ou esperada para a empresa-cliente 
seja adequada ao processo; e artesanal quando é desenvolvida por meio da utili-
zação de métodos e técnicas de consultoria ambiental testados e validados em 
modelos de consultoria aplicados em empresas que atuam no mesmo segmento 
da empresa-cliente.
Quanto à sua amplitude, a consultoria é considerada ambiental especializada 
quando se caracteriza por atuar em um ou em poucos temas dentro de uma deter-
minada área de conhecimento; ambiental total quando opera em quase em todas as 
atividades e processos da empresa-cliente; e ambiental globalizada quando conso-
lida seus serviços em empresas globais que atuam em diferentes países.
Após decidir entre os tipos de consultoria que deseja prestar, o consultor 
ambiental precisa aprender a desenvolver um diagnóstico em consultoria 
ambiental, compreendido como a fase inicial de um projeto de consultoria, uma 
vez que um problema é detectado no momento que existe uma inconsistência 
entre o estado atual de um processo da empresa-cliente e o estado desejado por ela.
Na Seção 1 desta unidade, aprofundaremos seus conhecimentos nos 
conceitos e nas modalidades da consultoria ambiental. Na Seção 2, distin-
guiremos os tipos de consultoria ambiental quanto à sua estrutura – consul-
toria ambiental de pacote e ambiental artesanal – e amplitude – consultoria 
ambiental especializada, ambiental total e ambiental globalizada. E na Seção 
3, descobriremos as informações necessárias para desenvolver um processo 
de diagnóstico em consultoria ambiental.
10
Seção 1
Consultoria ambiental: conceitos e modalidades
Introdução à seção
Verifica-se que tanto as marcas quanto as empresas que se comprometem 
com a gestão ambiental são vistas de uma maneira diferenciada por seus 
consumidores, e essa diferenciação é capaz de agregar valor aos produtos 
vendidos e aos serviços prestados por essas empresas, bem como para a 
própria marca. Desse modo, a Seção 1 se ocupa em apresentar os principais 
conceitos e definições sobre consultoria empresarial e consultoria ambiental 
e busca despertar em você a percepção de que o mercado exige que o nível 
de conhecimentos técnicos e administrativos do profissional em consul-
toria ambiental seja elevado, obrigando que ele mantenha uma disciplina 
constante de desenvolvimento do processo de aprendizagem sobre o tema 
para se destacar nesse mercado que cresce rapidamente.
Nesse sentido, o consultor ambiental é visto como um facilitador dos 
processos de mudança relativos ao meio ambiente, um profissional que se 
compromete com as empresas para o desenvolvimento de processos susten-
táveis, os quais são fundamentais e desejáveis pelas organizações.
Na sequência, apresentam-se as diferentes modalidades de consultoria 
que podem ser ofertadas às empresas-clientes. Na busca por literaturas 
sobre consultoria, você encontrará o tema classificado em duas modali-
dades: consultoria ambiental interna e externa. A consultoria é considerada 
interna quando suas atividades são executadas por pessoas que mantenham 
um vínculo empregatício na empresa. Já o consultor externo é considerado 
aquele profissional que não possui vínculo empregatício com a empresa-
-cliente, uma vez que seu relacionamento com ela deve respeitar o prazo 
estipulado previamente no contrato celebrado entre as partes, sendo consi-
derada uma parceria comercial.
Por fim, destaca-se que um dos principais requisitos para iniciar uma carreira 
na área de consultoria ambiental é ter um vasto conhecimento sobre o tema, ter 
formação na área de gestão ambiental e ser afiliado a conselhos federais ou regio-
nais, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) – o mais 
recomendado – ou o Conselho Regional de Administração (CRA). 
Apesar de o termo consultoria ter sido empregado com mais frequência nos 
últimos anos devido à sua aplicação nas mais diversas organizações e/ou atividades, 
nem sempre seu conceito tem sido empregado de modo correto. Para solucionar 
essa situação, você verá diversas definições existentes sobre essa atividade. 
11
O conceito tradicional de consultoria, na visão de Crocco e Guttmann (2010), 
envolve o entendimento de consultoria como um procedimento que envolve a 
interação de uma ou mais pessoas externas ao problema que será analisado, com 
o intuito de fornecer ao cliente alternativas de modificações em processos que 
auxiliem na tomada de decisão mais adequada às suas necessidades.
Esse entendimento aborda a compreensão e apreciação crítica de que 
um consultor ambiental deva ser capaz de resolver uma situação-problema 
ou necessidade de um cliente por meio de pensamento analítico, da habili-
dade em realizar as perguntas corretas, bem como de reconhecer e analisar 
problemas sob diferentes perspectivas. A partir dessa análise, a atividade 
de consultoria se desenvolve amparada em metodologias e ferramentas de 
gestão utilizadas para a solução de problemas específicos capazes de gerar 
valor para clientes de modo específico e personalizado. 
A consultoria é definida por Ribeiro e Coelho (2014, p. 1) como “uma técnica 
que consiste na verificação da exatidão e fidedignidade dos dados contidos 
nas demonstrações e relatórios, por meio do exame minucioso de registros e 
documentos que deram origem a eles”. A partir dessa análise, os dados coletados são 
transformados em informações necessárias para que o consultor possa apresentar 
ao cliente as alternativas mais adequadas para a tomada de decisão.
Para Oliveira (2019), a consultoria empresarial pode ser entendida como 
um processo que envolve a interação entre um agente externo à empresa, o 
qual atua como um facilitador dos processos organizacionais para a tomada 
de decisões e a própria organização. O autor entende esse processo intera-
tivo como um conjunto de atividades estruturadas em sequência capazes de 
atender às demandas e necessidades de clientes, realizadas por um profis-
sional capacitado para atuar de modo eficaz nos mais diversosfatores que 
envolvem a realidade de uma organização.
A partir do contexto apresentado, fica fácil entender que uma consul-
toria pode ser entendida como uma atividade que visa auxiliar de forma 
mais geral as organizações e, por isso, tem uma dinâmica, por assim dizer, 
mais horizontal, uma vez que se dispõe a analisar as principais interfaces de 
determinada área, com o objetivo de melhorar o desempenho da empresa. 
Isso exige um maior conhecimento de estratégia e gestão de projetos, permi-
tindo sugerir e montar um plano de ação para implementação de novas ações 
práticas (CINTRA; BATISTA; ALVES, 2016). 
A esta altura, você já deve ter percebido que existem certas semelhanças 
entre as definições apresentadas pelos diferentes autores. Agora que você já 
conheceu os principais conceitos relacionados à consultoria, suas simila-
ridades e diferenças, chegou a hora de compreender a importância desse 
processo na área de gestão ambiental. 
12
Uma consultoria ambiental é considerada uma área da gestão empresa-
rial destinada ao estudo e à análise dos prováveis impactos ambientais que 
um projeto possa ocasionar, um departamento responsável pelo acompanha-
mento e cumprimento das políticas ambientais de uma determinada organi-
zação, com o objetivo de garantir que uma determinada marca ou empresa 
execute suas práticas preservando a natureza. 
De modo geral, marcas e/ou empresas comprometidas com o meio ambiente 
são mais bem vistas por seus clientes, o que acaba por agregar mais valor para seus 
produtos, serviços e sua própria marca. Podemos dizer que uma consultoria em 
gestão ambiental tem o objetivo de preservar o nome ou a marca de uma empresa, 
auxiliando-a no cumprimento das indicações e obrigações ambientais, evitando 
com que ela pague multas por agredir o meio ambiente. Nesse sentido, uma consul-
toria em gestão ambiental se torna imprescindível para empresas que tenham o 
meio ambiente vinculado aos seus projetos, por ser capaz de analisar seus impactos 
ambientais, minimizando os danos.
Perceba que esse mercado exige que o nível de conhecimentos técnicos e 
administrativos do profissional que pretende atuar como consultor ambiental 
seja elevado, obrigando que ele mantenha uma disciplina constante de desen-
volvimento do processo de aprendizagem sobre o tema para se destacar nesse 
mercado que cresce rapidamente.
Um consultor ambiental, na perspectiva de Block (2011), é um indivíduo 
capaz de influenciar uma pessoa, um grupo ou uma determinada empresa, 
mas que não detém poder necessário para praticar mudanças ou estabelecer 
procedimentos e programas ambientais na organização. De acordo com Oliveira, 
Fonseca e Bonadiman (2014), um consultor ambiental é um profissional hábil em 
influenciar pessoas, grupos ou organizações, devido ao seu conhecimento e aos 
seus sentimentos em relação à organização, considerado como o principal respon-
sável por estabelecer uma relação de confiança com seu cliente.
Dentro dessa perspectiva, o consultor ambiental pode ser definido como 
um facilitador dos processos de mudança relativos ao meio ambiente, um 
profissional que se compromete com as empresas para o desenvolvimento de 
processos sustentáveis, que são fundamentais e desejáveis pelas organizações 
(CARVALHO et al., 2009).
O consultor ambiental deve ser, na visão de Oliveira (2019, p. 175), ao 
mesmo tempo, “generalista, pois suas propostas são, naturalmente, intera-
gentes com outras atividades da empresa-cliente. E especialista, porque é 
obrigado a ter elevado conhecimento a respeito de metodologias e técnicas 
inerentes ao foco de sua consultoria”.
13
Para Silva (2018), o principal papel que um consultor ambiental exerce é o de 
especialista, que faz uso de seus conhecimentos técnicos para executar ferramentas 
de gestão e metodologias de projetos necessárias para solucionar problemas especí-
ficos ou apresentar resultados que apenas serão alcançados por meio da execução 
de um projeto de consultoria desenvolvido com essa finalidade.
Sendo assim, o consultor ambiental é responsável por indicar as melhores 
alternativas para solução de problemas relativos ao meio ambiente (CROCCO; 
GUTTMANN, 2010). Os autores destacam que o consultor ambiental não é 
responsável por tomar decisões no lugar da empresa, mas por atuar com um 
mediador entre o problema e a solução. Eles explicam que o papel de um 
consultor ambiental é o de aconselhamento sobre a área, e não o papel de 
tomada de decisão, que implica ter autoridade sobre a situação ou sobre a 
própria decisão. “A responsabilidade de aconselhar existe, mas a autoridade 
ou a liberdade de decisão não.” (CROCCO; GUTTMANN, 2010, p. 8).
Dentre as principais funções de uma consultoria, encontram-se, de 
acordo com Silva (2018), a realização de um processo de diagnóstico, que 
identifica a necessidade da realização de uma consultoria; a transferência de 
conhecimentos e tecnologia do consultor para a empresa; o suporte neces-
sário, para que os processos de mudança se realizem de modo adequado; 
bem como o apoio imprescindível, para que a implantação do novo modelo 
de negócio possa ser adotado e incorporado pela empresa. 
Você iniciará, agora, o estudo dos conteúdos necessários para o entendimento 
das diferentes modalidades de consultoria que podem ser ofertadas às empresas-
-clientes. Vale lembrar que um dos principais requisitos para iniciar uma carreira 
na área de consultoria ambiental é ter um vasto conhecimento sobre o tema. 
Como o consultor ambiental é o profissional especializado na área, que possui 
um perfil voltado para as soluções dos problemas complexos que as empresas ou os 
clientes enfrentam relativos ao meio ambiente, ele deve possuir alta capacidade de 
raciocínio lógico, pensamento crítico e habilidades de relacionamento interpessoal, 
que o qualifique a estabelecer vínculos de cooperação com as empresas e as pessoas 
que nela atuam, no sentido de obter todas as informações necessárias para que seja 
possível solucionar os problemas identificados.
Na busca por literaturas sobre consultoria, você encontrará autores, 
como Weiss (2012), Block (2011) e Oliveira (2019), dividindo a atividade 
de consultoria entre interna e externa. A consultoria é considerada interna 
quando suas atividades são executadas por pessoas que mantenham um 
vínculo empregatício na empresa. Para Weiss (2012), o consultor interno é 
um profissional contratado em tempo integral para realizar suas consultorias 
com exclusividade para a empresa que ele é registrado como funcionário. 
14
O consultor interno é identificado como um colaborador registrado em 
carteira pela empresa-cliente, que realiza serviços para todas as áreas dela 
(OLIVEIRA, 2019). 
Dentre as principais vantagens de se contratar um consultor interno, 
destacam-se a possibilidade de esse profissional ter maiores conheci-
mentos sobre os aspectos formais da empresa, por fazer parte do cotidiano 
dela; mais acesso às pessoas, por ser parte da equipe; e a possibilidade de 
alguma forma de poder formal, porque faz parte da estrutura dessa organi-
zação. As desvantagens são a menor aceitação das propostas elaboradas por 
esse consultor pelos níveis superiores da empresa, menor liberdade para 
promover mudanças e, de certo modo, dificuldade de ser imparcial em suas 
decisões, uma vez que mantém relacionamento interpessoal com as pessoas 
que prestarão o serviço de consultoria.
Isso acontece porque os consultores internos, na maioria das vezes, atuam 
motivados pela imposição das necessidades de seus superiores do que por sua 
preferência. De acordo com Block (2011), esse tipo de consultoria favorece 
o aumento de riscos durante o processo de negociação, porque a principal 
função do consultor interno dentro da organização centra-se na aplicação 
dos custos para que as mudanças se tornem explícitas, sem ter a autonomia 
para dar a palavra final. 
A prática de consultoria interna possibilita, na visão de Silva (2018), que 
alguns profissionais com nível técnico de conhecimentoconsiderado como 
elevado sejam capazes de desenvolver resultados significativos para uma 
determinada organização, atuando como orientadores e dando suporte para 
aqueles que estão iniciando suas atividades específicas, bem como na função 
de implementação de boas práticas em toda a organização. 
A aplicação de consultoria na modalidade externa para a área de gestão 
ambiental também é largamente utilizada e segue a mesma linha de raciocínio, 
mas o consultor externo é considerado aquele profissional que não possui vínculo 
empregatício com a empresa-cliente, uma vez que seu relacionamento com ela 
deve respeitar o prazo estipulado previamente no contrato celebrado entre as 
partes, sendo considerada uma parceria comercial (LEITE et al., 2009). 
Nesse sentido, identifica-se que os consultores externos possuem um 
mercado mais amplo de atuação para a prestação de seus serviços e autonomia 
para aconselhar e orientar a empresa-cliente conforme suas necessidades. 
Uma das principais características desse profissional é a objetividade causada 
pelo fato de ele não fazer parte da organização que o contratou. A distância do 
quadro funcional proporciona ao consultor externo uma visão mais ampla e 
objetiva do processo a ser estudado e do contexto no qual a empresa se insere, 
pelo fato de conseguir analisar a organização por diferentes perspectivas, o 
15
que lhe permite atender às demandas dela com agilidade, neutralidade e de 
modo apropriado (CLARO et al., 2011).
Assim, fica fácil compreender que a consultoria externa é desenvolvida por 
um profissional de uma empresa de consultoria ou um consultor autônomo 
para atuar dentro da empresa-cliente. Os profissionais de uma empresa de 
consultoria podem desenvolver suas carreiras atuando como consultores 
em empresas da área e, geralmente, são reconhecidos como especialistas de 
um determinado segmento que podem transitar entre diversas empresas 
de consultoria como prestadores de serviços (SILVA, 2018). Já o consultor 
autônomo é considerado um profissional extremamente especializado em 
um determinado tema, que utiliza ferramentas ou metodologias próprias 
para a solução de problemas organizacionais e tem como características: 
alto grau de conhecimento técnico, que o habilita na solução de problemas 
específicos em uma área de atuação; grande habilidade de relacionamento 
interpessoal; e ampla capacidade de venda de serviços. Sua reputação está 
diretamente relacionada ao seu nome, que pode ser analisada, ainda, como a 
sua marca pessoal. 
As principais vantagens encontradas nesse tipo de consultoria são: a 
maior experiência do consultor na área de atuação, uma vez que esse profis-
sional já realizou o mesmo serviço em diversas empresas; maior nível de 
aceitação das decisões no processo de consultoria, porque sua contratação é 
determinada pela alta direção da empresa-cliente; e maior imparcialidade do 
consultor no desenvolvimento da consultoria, porque esse profissional não se 
envolve em questões cotidianas dessa organização (OLIVEIRA, 2019).
As principais vantagens de uma consultoria na modalidade externa repre-
sentam, de certo modo, as principais desvantagens da consultoria na modali-
dade interna. O contrário também pode acontecer. Então, caso a empresa 
tenha em seu quadro funcional um colaborador que atue como consultor 
interno, considera-se adequado que seu trabalho seja acompanhado por um 
consultor externo de modo simultâneo. Desse modo, o trabalho de consul-
toria conseguirá atuar de modo mais efetivo e entregar os melhores resul-
tados para a empresa-cliente.
Dentre as desvantagens da contratação de uma consultoria externa, 
destacam-se o menor conhecimento do consultor a respeito dos aspectos 
informais da empresa-cliente; a ausência de qualquer tipo de poder, por não 
fazer parte da estrutura hierárquica da organização; menor acesso às pessoas 
da empresa; e a não presença diária para o desenvolvimento das práticas de 
consultoria, uma vez que boa parte das atividades é realizada a distância. 
Você deve estar em dúvida sobre como todo esse conhecimento a 
respeito das diversas abordagens de consultoria pode ter alguma aplicação 
16
prática para o tema de gestão ambiental. É fundamental, nesse momento, 
entender os diversos tipos de consultoria empresarial para determinar como 
aproveitar cada um deles e aplicá-los na prática em um modelo de negócio 
de consultoria ambiental.
Para saber mais
No artigo Gestão ambiental e estratégia empresarial: um estudo em 
uma empresa de cosméticos no Brasil, os autores identificam ações 
estratégicas relacionadas a questões ambientais implantadas por 
uma empresa de capital nacional do setor de cosméticos, por meio da 
análise de dados primários e secundários disponibilizados pela empresa 
estudada. Os resultados revelam um alinhamento estratégico robusto e 
uma série de inovações ambientais relacionadas a produtos, processos, 
marketing e organizacional.
Fonte: BÁNKUTI, S. M. S.; BÁNKUTI, F. I. Gestão ambiental e estratégia 
empresarial: um estudo em uma empresa de cosméticos no Brasil. Gest. 
Prod., São Carlos, v. 21, n. 1, p. 171-184, 2014. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/gp/v21n1/a12v21n1.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2019.
Questões para reflexão
1. A área de consultoria ambiental apresentou um crescimento 
constante nos últimos anos, e a atuação desse profissional está 
cada vez mais requisitada no mercado. Isso acontece, principal-
mente, devido às demandas das organizações no que se refere 
à solução de problemas relativos à gestão ambiental. Diante do 
contexto apresentado, reflita: como um profissional da área de 
gestão ambiental entra no mercado de consultoria e potencia-
liza os resultados ambientais de uma organização?
2. Você acredita que consultoria ambiental interna auxilia as 
empresas no alcance de seus resultados?
Atividade de aprendizagem
1. O consultor ambiental pode ser definido como um facilitador dos 
processos de mudança relativos ao meio ambiente, um profissional que se 
compromete com as empresas para o desenvolvimento de processos susten-
táveis, os quais são fundamentais e desejáveis pelas organizações.
17
Diante do que foi apresentado, analise o trecho a seguir, completando suas lacunas.
O consultor ambiental deve ser, ao mesmo tempo, ____________, pois 
suas propostas são, naturalmente, interagentes com outras atividades da 
____________. E ____________, porque é obrigado a ter elevado conhe-
cimento a respeito de metodologias e técnicas inerentes ao foco de sua 
____________.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. especialista/consultoria/generalista/auditoria.
b. generalista/empresa-cliente/especialista/consultoria.
c. especialista/consultoria/especialista/consultoria.
d. generalista/empresa-cliente/generalista/auditoria.
e. especialista/empresa-cliente/generalista/auditoria. 
2. Como o consultor ambiental é o profissional especializado na área que 
possui um perfil voltado para as soluções dos problemas complexos que 
as empresas ou os clientes enfrentam relativos ao meio ambiente, ele deve 
possuir alta capacidade de raciocínio lógico. Na busca por literaturas sobre 
consultoria ambiental, você encontrará o tema classificado em modalidades. 
Considerando o que foi apresentado, leia as proposições a seguir que abordam 
as classificações das modalidades de consultoria ambiental:
I. Interna.
II. Externa.
III. Parcial.
IV. Integral.
É correto o que se afirma apenas em:
a. I e II.
b. II e III.
c. III e IV.
d. I, II e IV.
e. I, II, III e IV. 
18
Seção 2
Tipos de consultoria ambiental quanto à 
estrutura e amplitude
Introdução à seção
É fácil perceber o crescimento do número de empresas de consultoria ambiental 
no mercado, assim como a multiplicidade de formas de atuação de consultorias e 
consultores. Nesse sentido, é preciso compreender a importância da prestação de 
serviço de consultoria ambiental que será ofertada à empresa-cliente. Mais impor-
tante ainda é saber como esse serviçoserá oferecido, porque, no período em que 
uma empresa desse ramo de atuação é contratada, se inicia o processo de definição 
do tipo de consultoria que será adotado. 
Agora que você já aprendeu a assimilar os conceitos de consultoria 
ambiental e suas diferenças, compreendeu as práticas de consultoria 
ambiental e distinguiu as modalidades de consultoria ambiental interna e 
externa, chegou o momento de conhecer os tipos de consultoria ambiental. 
Ela é classificada quanto à sua estrutura – consultoria de pacote ou artesanal 
– e amplitude –especializada, total e globalizada. A estrutura compreende: a 
consultoria ambiental de pacote, que é desenvolvida por meio da aplicação 
de metodologias estruturadas e técnicas de gestão, com o intuito de padro-
nizar o serviço de consultoria ambiental, sem a preocupação da adequação 
entre o contexto diagnosticado e a realidade atual da empresa-cliente; e a 
consultoria ambiental artesanal, a qual é desenvolvida por meio da utili-
zação de métodos e técnicas de consultoria ambiental testados e validados 
em modelos de consultoria aplicados em empresas que atuam no mesmo 
segmento da empresa-cliente.
No que se refere à amplitude de atuação, a consultoria ambiente se divide 
em: consultoria ambiental especializada é aquela que se caracteriza por atuar 
em um ou em poucos temas dentro de uma determinada área de conhe-
cimento; a ambiental total é aquele tipo de consultoria que atua em quase 
todos os processos da empresa-cliente; e a ambiental globalizada é aquela que 
materializa a prestação de seus serviços em empresas consideradas globali-
zadas, ou seja, aquelas que operam em diferentes países.
Conhecer cada um dos tipos de consultoria ambiental é fundamental 
para a formação do profissional da área. 
É cada dia mais visível o crescimento do número de empresas de consultoria no 
mercado, assim como a alta diversidade dos serviços ofertados por empresas dessa 
19
natureza e consultores independentes ou autônomos. Desse modo, verifica-se a 
dificuldade de definição dos diferentes tipos de consultoria empresarial devido à 
multiplicidade de formas de atuação de consultorias e consultores. 
Nesse sentido, destaca-se a importância de entender como a prestação de 
serviço de consultoria será ofertado, e não o que será oferecido, porque, no 
período em que uma empresa desse ramo de atuação é contratada, se inicia o 
processo de definição do tipo de consultoria que será adotado. 
Na perspectiva de Oliveira (2019), uma empresa-cliente deve ser cuidadosa 
no momento de contratar tipos diferentes de consultoria, porque essa diversidade 
pode provocar conflitos no processo de influência mútua entre as partes envol-
vidas. Esse conflito pode ser verificado tanto entre empresas diferentes de consul-
toria quanto entre uma determinada empresa de consultoria e seu cliente. 
Agora que você já conheceu as modalidades interna e externa de consultoria, 
vamos aprofundar os conhecimentos a respeito dos diferentes tipos de consultoria 
que podem ser desenvolvidos em atividades de consultoria ambiental. De acordo 
Oliveira, Fonseca e Bonadiman (2014), as modalidades interna e externa devem 
ser analisadas em conjunto com suas classificações, divididas quanto à sua estru-
tura (consultoria de pacote ou consultoria artesanal) e amplitude (consultoria 
especializada, consultoria total e consultoria globalizada).
Desse modo, daremos início à definição dessa tipologia respeitando a sua 
estrutura ou amplitude, classificando conforme ilustrado na Figura 1.1.
Figura 1.1 | Classificação de consultorias quanto a estrutura e amplitude
Estrutura
Consultoria de Pacote
Consultoria Artesanal
Amplitude
Consultoria Especializada
Consultoria Total
Consultoria Globalizada







Fonte: elaborada pelo autor, com base em Oliveira, Fonseca e Bonadiman (2014).
A consultoria ambiental de pacote é desenvolvida por meio da aplicação 
de metodologias estruturadas e técnicas de gestão, com o intuito de padro-
nizar o serviço de consultoria ambiental, sem a preocupação da adequação 
entre o contexto diagnosticado e a realidade atual da empresa-cliente. 
Para Cintra, Batista e Alves (2016), uma consultoria ambiental é classificada 
20
como de pacote quando é realizada em empresas-clientes aplicando o uso da 
transferência de estruturas metodológicas fortes combinadas com técnicas 
administrativas robustas, sem que a realidade atual ou esperada para a 
empresa-cliente seja adequada ao processo.
Assim, verifica-se que as principais características genéricas que uma 
consultoria ambiental de pacote pode apresentar são: no período de sua 
contratação, o contato inicial, normalmente, é intermediado pela média 
administração (posição hierárquica) da empresa-cliente, o que faz com que 
o processo de negociação aconteça de modo mais demorado, porque envolve 
um processo de resistência entre as partes interessadas e grandes mudanças 
em um período curto de tempo; no período de desenvolvimento do processo 
de consultoria ambiental, o contato ainda é efetivado com a média adminis-
tração, o que faz com que a negociação seja mais complexa e complicada, e a 
resistência à contratação dos serviços, elevada; no período de implantação do 
processo de consultoria ambiental, o contato se multiplica por todos os níveis 
hierárquicos da empresa, e o processo de negociação continua complexo, 
bem como a resistência a ele se mantém elevada (SILVA, 2018).
Caso a empresa-cliente apresente boa vontade e resolva adotar os serviços 
de consultoria ambiental do tipo de pacote, Oliveira (2019) apresenta três 
possíveis vantagens e duas potenciais preocupações na utilização desse tipo 
de serviço. As vantagens apresentadas pelo autor são: 
a. Maior rapidez na realização dos serviços de consultoria ambiental: a 
estrutura geral da metodologia aplicada ao trabalho de consultoria e 
a aplicação das inúmeras técnicas de gestão utilizadas anteriormente 
não carecem de grandes discussões para que esses procedimentos de 
trabalho se ajustem às necessidades da empresa-cliente.
b. Menor custo nos serviços de consultoria ambiental: essa realidade 
pode não ser verificada em empresas de consultoria de grande porte, 
uma vez que seu conjunto de despesas operacionais (overhead) é, 
geralmente, alto, devido à sua imagem elevada perante o mercado. 
Destaca-se, nesse momento, a importância da a empresa-cliente 
avaliar corretamente os custos e benefícios da contratação de um 
serviço de consultoria ambiental.
c. Possibilidade de mudanças de maior impacto: empresas-clientes que 
busquem consolidar mudanças radicais e de alto impacto podem 
demonstrar preferência pela consultoria de pacote. A interação entre 
a empresa de consultoria ambiental e o cliente deve ser avaliada com o 
intuito de evitar a perda de foco da mudança que foi planejada.
21
De qualquer forma, além das vantagens apresentadas, Oliveira (2019) 
defende que o responsável pela contratação e pelo acompanhamento do 
projeto de consultoria ambiental deve considerar algumas precauções sobre 
esse tipo de trabalho:
a. Analisar o processo de mudança planejada na empresa: de modo 
geral, não é responsabilidade da consultoria ambiental de pacote a 
adequação do processo de planejamento de mudança da situação 
atual para a situação que a empresa deseja no futuro, porque, apesar 
de o consultor ser responsável pelo processo de mudança da empresa, 
este não será consolidado em um período muito curto de tempo.
b. Melhorar o nível de treinamento: as consultorias de pacote acabam 
por apresentar níveis de treinamento – conceituais e metodológicos 
– menores se comparados com outros tipos de consultoria ambiental.
Boa parte das empresas que escolhem a consultoria ambiental de pacote o fazem 
pela rapidez do processo e por um possível custo mais baixo. Empresas-clientes que 
adotam a consultoria ambiental de pacote por esses motivos costumam apresentar 
certas dificuldades para assimilar a realidade inovadora criada pela consultoria 
ambiental e acabamse tornando dependentes dela.
O segundo tipo de consultoria ambiental apresentado é a consultoria ambiental 
artesanal, responsável por fornecer atendimento personalizado para a resolução 
dos problemas da empresa-cliente. Ela é desenvolvida por meio da utilização de 
métodos e técnicas de consultoria ambiental testados e validados em modelos de 
consultoria aplicados em empresas que atuam no mesmo segmento da empre-
sa-cliente. Os resultados finais apresentados pela consultoria ambiental artesanal 
costumam apresentar qualidade superior e proporcionar independência do cliente 
no que se refere à empresa de consultoria contratada.
A visão de Silva (2018) vai ao encontro da definição anterior, na medida em que 
define a consultoria ambiental artesanal como o tipo de consultoria responsável por 
desenvolver procedimentos com base em metodologias e técnicas que emergem do 
conhecimento anterior do consultor e que foram estruturadas de modo específico 
para a empresa-cliente, buscando inspiração em diferentes abordagens e modelos 
aplicados com êxito em outras organizações. 
As principais características genéricas de uma consultoria ambiental do 
tipo artesanal são, na perspectiva de Oliveira, Fonseca e Bonadiman (2014): o 
período de contratação é negociado com a alta direção (posição hierárquica), 
o que faz com que esse processo se torne relativamente demorado, porque a 
aprovação para a contratação da consultoria envolve uma série de pessoas da 
empresa-cliente; a resistência para a contratação da consultoria ambiental é 
baixa, porque, quando a alta direção escolhe a empresa, as demais pessoas 
22
não têm poder para refutar essa decisão; no período de desenvolvimento 
do processo de consultoria, o contato ocorre, ainda, com a média adminis-
tração que acompanhará o processo. Nesse momento, a negociação para a 
contratação da consultoria tem como foco a tomada de decisão operacional 
requerida pelo projeto de consultoria ambiental. A resistência costuma ser 
baixa nesse período, uma vez que consultor e empresa-cliente desenvolvem 
as atividades de consultoria em parceria; o período de implantação envolve 
todos os níveis hierárquicos da empresa-cliente, momento em que o processo 
de negociação focaliza os eventuais problemas que acontecerão. O nível de 
resistência nesse período é considerado baixo.
Dentre as principais vantagens e precauções de se utilizar o tipo de 
consultoria ambiental artesanal, Oliveira (2019) destaca: 
a. Velocidade adequada no desenvolvimento dos trabalhos de consul-
toria ambiental: esse tipo de consultoria costuma adotar o modelo 
japonês para a tomada de decisão, que envolve bastante tempo para 
a preparação e análise da tomada e decisão e ações de implantação 
rápidas que são consolidadas após a decisão.
b. Melhor treinamento dos envolvidos: como a aplicação das metodolo-
gias e técnicas de gestão é desenvolvida em parceria entre a empresa 
de consultoria ambiental e a empresa-cliente, os treinamentos 
acontecem em tempo real no local em que a consultoria se realiza. 
Essa situação representa uma qualidade superior da assimilação do 
treinamento.
c. Menor resistência aos trabalhos de consultoria ambiental: a resistência 
costuma ser menor nesse tipo de consultoria por conta dos resultados 
dos treinamentos que acontecem em tempo real e do trabalho reali-
zado em parceria entre a consultoria ambiental e a empresa-cliente.
d. Melhor qualidade dos trabalhos: a interação eficaz entre as reali-
dades atual e futura da empresa-cliente possibilita que a qualidade 
dos serviços prestados pela consultoria ambiental e seus respectivos 
resultados sejam facilmente identificados pela empresa-cliente.
e. Maior independência da empresa-cliente em relação à empresa de 
consultoria ambiental: os resultados diretos do trabalho em parceria 
entre consultoria e empresa-cliente, o aprendizado contínuo desenvol-
vido nos treinamentos em tempo real e as adaptações metodológicas 
e técnicas aplicadas no processo de consultoria ambiental acabam por 
criar de modo sintomático uma maior independência da empresa em 
relação à consultoria ambiental.
23
Existem, também, algumas precauções que a empresa-cliente precisa 
cuidar para adotar o tipo de consultoria ambiental artesanal, as quais contri-
buem para a percepção do cliente da qualidade do serviço prestado, a saber: 
a. Procurar aplicações da consultoria ambiental artesanal para assuntos 
de média ou elevada abrangência na empresa-cliente: em casos de 
atividades de consultoria específicas e/ou restritas a áreas de atuação 
de baixa amplitude de atuação da empresa, recomenda-se a contra-
tação da consultoria ambiental de pacote. Temas que envolvam médio 
ou elevado alcance demandam a prestação de serviços de consultoria 
com alta percepção de qualidade, bem como métodos e técnicas de 
gestão específicos.
b. Procurar consultores com elevada experiência no assunto: a contra-
tação de serviços de consultoria ambiental artesanal exige discussões 
elevadas durante o processo de análise, o desenvolvimento e a implan-
tação das atividades de consultoria a serem executadas.
Chegou o momento de você conhecer os tipos de consultoria ambiental 
em relação à sua amplitude, que serão classificados como consultoria 
ambiental especializada, consultoria ambiental total e consultoria ambiental 
globalizada. 
A primeira tipologia de consultoria com relação à amplitude é a consul-
toria ambiental especializada, que atua de modo específico em um deter-
minado assunto dentro de uma área de conhecimento (produção, recursos 
humanos, financeiro, marketing, etc.) da empresa-cliente ou em poucos 
assuntos relacionados ao mesmo tema. A consultoria ambiental especia-
lizada, na visão de Oliveira, Fonseca e Bonadiman (2014), é aquela que se 
caracteriza por atuar em um ou em poucos temas dentro de uma determi-
nada área de conhecimento.
As principais características genéricas que uma consultoria ambiental 
especializada pode apresentar são: o período de contratação é acompanhado 
pela média administração (nível hierárquico), uma vez que é nesse nível que 
se encontra a maioria de especialidades das empresas; a negociação, nesse 
período, pode ser demorada, mas a resistência à contratação dos serviços 
de consultoria ambiental especializada é pequena; no período de desen-
volvimento das atividades de consultoria, as características se apresentam, 
necessariamente, do mesmo modo; no processo de implantação, boa parte 
dos envolvidos no processo se concentra na baixa administração; e os níveis 
de negociação e resistência ao processo de consultoria ambiental costumam 
ser baixos.
24
Ao contratar uma consultoria ambiental especializada, Silva (2018) 
explica que a empresa-cliente pode se deparar com as seguintes vantagens: 
a. Melhor qualidade nos serviços: como o conhecimento do consultor 
é alto sobre o tema da consultoria ambiental que será prestado e 
sua experiência é elevada, porque ele já realizou o mesmo projeto 
de consultoria ambiental diversas vezes, a percepção da empresa-
-cliente a respeito da qualidade do serviço de consultoria também fica 
ampliada. 
b. Possibilita maior interação com outros sistemas da empresa-cliente: 
por ser detentor de alto conhecimento sobre o tema e ser experiente 
na prestação desse tipo de serviço, o consultor terá maior interação 
com outros sistemas utilizados pela empresa-cliente, os quais influen-
ciarão nas atividades de consultoria ambiental. 
c. Possibilidade de os serviços de consultoria ambiental serem desen-
volvidos mais rapidamente e por menor custo: a especialização 
adequada do profissional que prestará a consultoria ambiental é capaz 
de diminuir o tempo de execução das atividades ou, no mínimo, o 
tempo respeitará os prazos estabelecidos no contrato. Normalmente, 
o conhecimento e a experiência do consultor podem favorecer que 
as práticas ocorram com custos menores, uma vez que retrabalhos, 
provavelmente, não acontecerão durante o desenvolvimento da 
consultoria ambiental.
d. Maiornível de treinamento em tempo real e na tarefa: os treina-
mentos dos profissionais da empresa-cliente envolvidos no processo 
acontecem em tempo real durante a consultoria ambiental especia-
lizada, e cada um desses profissionais recebe treinamento no exato 
momento em que a consultoria ambiental se concretiza.
Mas, além das vantagens apresentadas, Oliveira (2019) defende ser neces-
sário considerar algumas precauções no período de contratação de consulto-
rias ambientais especializadas, a saber:
a. Saber que o assunto da consultoria ambiental especializada foi bem 
definido: o foco do problema da consultoria deve estar alinhado à 
especialidade do consultor contratado, caso contrário, os resultados 
da consultoria ambiental serão negativos. 
b. Saber se o consultor é realmente especialista no assunto conside-
rado: é necessário verificar se o profissional contratado é realmente 
especializado no tema a ser tratado na consultoria ambiental. Esse 
profissional deve ter conhecimento na área, nas metodologias e 
25
técnicas de gestão utilizadas, experiência comprovada na área e 
postura ética na condução dos trabalhos de consultoria ambiental 
para a implantação dos processos de mudança esperados.
A segunda tipologia apresentada com relação à amplitude é a consultoria 
ambiental total, que opera em quase em todas as atividades e os processos 
da empresa-cliente. Esse tipo de consultoria costuma receber críticas por 
abordar variados temas de modo não integrado e por dar suporte a prati-
camente todos os setores da empresa-cliente, o que acaba provocando uma 
série de desperdício de esforços dos profissionais envolvidos. Destaca-se a 
importância de se realizar uma análise detalhada dos métodos aplicados para 
verificar se estão integrados às atividades de consultoria ambiental e identi-
ficar a existência de ao menos um especialista para cada assunto que será 
abordado. 
Com o intuito de minimizar o desperdício, a empresa pode optar 
pela contratação de uma variação desse tipo de consultoria, a consultoria 
ambiental total integrada, que atua de modo integrado e interativo em quase 
todas as práxis realizadas pela empresa-cliente. Embora as diferenças entre 
os dois tipos possam sugerir certa sutileza, na consultoria ambiental total 
integrada, as metodologias e técnicas de gestão adotadas são integradas e 
interativas, propiciando alto de grau de sinergia entre as atividades desenvol-
vidas pela consultoria e os demais sistemas utilizados pela empresa-cliente 
(ALCANTARA; PEREIRA, 2017).
As características genéricas apresentadas pela consultoria ambiental total, 
essencialmente a integrada, são: a resistência no período de contratação dessa 
modalidade de consultoria é baixa, momento em que a negociação é feita 
rapidamente com a alta administração (nível hierárquico); no período do 
desenvolvimento da consultoria, o contato acontece com a média adminis-
tração (nível hierárquico), momento em que a resistência aumenta e se torna 
mais difícil; o período da implantação da consultoria ambiental é marcado 
por diferentes realidades, uma vez que o contato ocorre com toda a estru-
tura hierárquica da empresa-cliente, momento em que a resistência costuma 
continuar forte. Conhecer os períodos principais da consultoria ambiental 
total, basicamente a integrada, favorece o entendimento da interação que 
acontece entre a empresa de consultoria e a empresa-cliente (SCHUSTER; 
FRIEDRICH, 2017). 
Dentre as principais vantagens de se adotar uma consultoria ambiental 
do tipo total e/ou integrada, encontram-se os seguintes aspectos, a saber:
a. Maior abrangência e facilidade de atuação dos diversos sistemas da 
empresa: esse tipo de consultoria ambiental favorece a interligação 
que acontece entre os sistemas da empresa-cliente no sentido da 
26
consolidação de seus modelos e práticas de gestão, provocando as 
adequações organizacionais necessárias. 
b. Otimizado nível de treinamento: a interligação dos diversos sistemas 
da empresa simplifica o treinamento da equipe da empresa-cliente 
envolvida no processo, que começa a compreender melhor seu 
funcionamento e o negócio de modo geral.
c. Possibilidade de investimentos menores para a empresa-cliente: 
quando comparados aos outros tipos os investimentos feitos pela 
empresa-cliente na contratação da consultoria ambiental total, 
integrada ou não, costumam ser menores.
Antes de contratar esse tipo de consultoria ambiental, é importante 
conhecer, também, quais precauções devem ser tomadas para que os traba-
lhos ocorram de forma efetiva. Nesse sentido, Caliari e Scherer (2017) 
explicam que se deve:
a. Ter metodologias interligadas: é preciso verificar se as metodo-
logias que serão utilizadas pela consultoria estão interligadas aos 
temas diversos tratados durante as atividades, porque, caso isso não 
aconteça, os resultados não caracterizarão um trabalho de consultoria 
ambiental total, integrada ou não.
b. Ter especialista por assunto: deve-se contratar ao menos um especia-
lista para tratar de cada assunto específico abordado na consultoria, 
para atender às necessidades da empresa-cliente, considerando essas 
especialidades como premissas necessárias para a efetiva integração 
entre os assuntos tratados pela consultoria ambiental e as metodolo-
gias e técnicas de gestão utilizadas por ela.
A terceira tipologia apresentada com relação à amplitude é a consultoria 
ambiental globalizada, o tipo de consultoria que materializa a prestação de 
seus serviços em empresas consideradas globalizadas, ou seja, aquelas que 
operam em diferentes países. Essas empresas costumam ser detentoras 
de tecnologias avançadas e operam com o intuito de desenvolver blocos 
econômicos (Mercosul e União Europeia) interligados e interdependentes a 
mercados distintos, mais especificamente, o financeiro e de consumo. 
A consultoria ambiental globalizada, de acordo com Cintra, Batista e 
Alves (2016), se configura como empresas de consultoria que consolidam 
seus serviços em empresas globais que atuam em diferentes países. Os autores 
argumentam que, nesse caso, a amplitude dos trabalhos de consultoria se 
refere apenas à questão territorial.
27
Você não pode confundir globalização com presença global de produtos 
e serviços. Oliveira (2019, p. 69) revela que a globalização “pressupõe a 
padronização dos produtos – um tênis Nike, um Big Mac – e uma estratégia 
mundialmente unificada de marketing, destinada a uniformizar sua imagem 
junto aos consumidores”.
As principais características genéricas que uma consultoria ambiental globa-
lizada pode apresentar são: a demorada negociação no período de contratação 
realizada com a alta administração (nível hierárquico); sua resistência costuma ser 
baixa, caso exista algum relacionamento profissional prévio com a sede da empre-
sa-cliente no exterior; a demorada negociação no período de desenvolvimento da 
consultoria ambiental acontece por meio da interação com a média administração 
e, nesse momento, a resistência ao trabalho de consultoria pode aumentar; no 
período de implantação do projeto de consultoria, as características genéricas do 
período de desenvolvimento se repetem. 
A consultoria ambiental é considerada globalizada quando a amplitude dos 
serviços prestados se baseia em termos territoriais, e não nas especialidades de suas 
atividades. Nesse sentido, as principais vantagens e precauções da adoção desse 
tipo de consultoria estarão vinculadas à adoção de outra tipologia para a prestação 
desse serviço, sendo a mais comum a consultoria ambiental total integrada. Assim, 
as precauções da escolha de uma consultoria globalizada total e integrada são as 
mesmas de uma consultoria ambiental total, integrada ou não. 
Para saber mais
No artigo Diagnóstico ambiental e proposta de intervenção urbanística no 
bairro jardim cruzeiro – município de Umuarama – PR, Botari et al. (2016) 
buscam, por meio de visitas a campo e entrevistas com os moradores, realizar 
um planejamento de revitalização das principais áreasidentificadas como 
críticas para a melhoria das condições visuais e dos aspectos estruturais, 
incorporando padrões contidos no plano diretor da cidade de Umuarama. 
Os resultados revelam que, por meio da revitalização, a harmonia local pode 
ser alterada, criando uma nova atmosfera social, criando novos espaços para 
recreação e lazer, respeitando as novas tendências do desenvolvimento 
sustentável e incorporando novas tecnologias, tais como a calçada ecológica 
em todos os espaços públicos.
Fonte: BOTARI, J. C. et al. Diagnóstico ambiental e proposta de intervenção 
urbanística no bairro jardim cruzeiro – município de Umuarama – PR. In: 
INTERNATIONAL CONFERENCE ON ENGINEERING AND TECHNOLOGY EDUCA-
TION, 14., 2016, Salvador. Anais […]. Salvador: COPEC, 2016. Disponível em: 
http://copec.eu/congresses/intertech2016/proc/works/58.pdf. Acesso em: 
19 jul. 2019. 
28
Questões para reflexão 
1. De acordo Oliveira, Fonseca e Bonadiman (2014), além das 
modalidades interna e externa, as consultorias ambientais 
podem ser classificadas quanto à sua estrutura – consultorias 
ambientais de pacote ou artesanal – e amplitude – consul-
torias ambientais especializada, total e globalizada. Conside-
rando o que foi apresentado, reflita: qual tipo de consultoria 
ambiental você considera a mais adequada para tratar um 
planejamento de revitalização de um bairro da sua cidade?
2. Oliveira (2019) explica que uma empresa-cliente deve 
ser cuidadosa no momento de contratar tipos diferentes 
de consultoria ambiental, porque essa diversidade pode 
provocar conflitos no processo de influência mútua entre 
as partes envolvidas. Nesse sentido, reflita: quais conflitos 
podem acontecer entre empresas diferentes de consultoria e 
entre uma determinada empresa de consultoria e seu cliente?
Atividade de aprendizagem
1. A consultoria ambiental de pacote é desenvolvida por meio da aplicação 
de metodologias estruturadas e técnicas de gestão, com o intuito de padro-
nizar o serviço de consultoria ambiental, sem a preocupação da adequação 
entre o contexto diagnosticado e a realidade atual da empresa-cliente.
De acordo com o que foi apresentado, preencha as lacunas do trecho a seguir:
Uma consultoria ambiental é classificada como ____________ quando é 
realizada em empresas-clientes aplicando o uso da transferência de estru-
turas metodológicas ____________ combinadas com técnicas administra-
tivas robustas, sem que a realidade ____________ ou esperada para a empre-
sa-cliente seja ____________ ao processo.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. artesanal/frágeis/futura/incorporada.
b. de pacote/fortes/atual/adequada.
c. artesanal/frágeis/atual/adequada.
d. de pacote/fortes/futura/incorporada.
e. artesanal/fortes/futura/adequada. 
2. A consultoria ambiental artesanal é desenvolvida por meio da utili-
zação de métodos e técnicas de consultoria ambiental testados e validados 
29
em modelos de consultoria aplicados em empresas que atuam no mesmo 
segmento da empresa-cliente. Os resultados finais apresentados pela consul-
toria ambiental artesanal costumam apresentar qualidade superior e propor-
cionar independência do cliente no que se refere à empresa de consultoria 
contratada.
Desse modo, julgue as afirmativas a seguir em verdadeiras (V) ou falsas 
(F), que tratam das principais vantagens de se utilizar o tipo de consultoria 
ambiental artesanal:
( ) Velocidade adequada no desenvolvimento dos trabalhos de consultoria 
ambiental.
( ) Procurar aplicações da consultoria ambiental artesanal para assuntos de 
média ou elevada abrangência na empresa-cliente.
( ) Menor resistência aos trabalhos de consultoria ambiental. 
( ) Procurar consultores com elevada experiência no assunto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a. F - V - V - V.
b. F - V - F - V.
c. V - F - V - V.
d. F - V - V - F.
e. V - F - V - F.
30
Seção 3
Diagnóstico em consultoria ambiental
Introdução à seção
Agora que você já compreendeu os tipos de consultoria ambiental e sobre 
como diferenciar os tipos de consultoria quanto à sua estrutura e ampli-
tude, nesta seção, você aprenderá a elaborar um processo de diagnóstico em 
consultoria ambiental, conhecendo cada passo que deve ser seguido dentro 
de uma abordagem correta. 
Aqui, entenderá que o diagnóstico em consultoria ambiental tem como 
objetivo o conhecimento das etapas de caracterização de uma determinada 
empresa, como ela gerencia seus processos internos. Você verá que um 
diagnóstico em consultoria ambiental é compreendido como a fase inicial 
de um projeto de consultoria, uma vez que um problema é detectado no 
momento que existe uma inconsistência entre o estado atual de um processo 
da empresa-cliente e o estado desejado por ela.
Na sequência, compreenderá que diagnóstico em consultoria ambiental 
se caracteriza pela identificação do problema apresentado; pela redefinição 
do problema, com o objetivo de encontrar os caminhos necessários para 
resolvê-los; pela construção de um quadro simples e claro dos processos 
que estão acontecendo dentro da empresa-cliente, que descreverá como o 
problema está sendo gerenciado atualmente e quais os problemas técnicos 
que ele casa nos negócios da empresa; e, finamente, pelas recomendações 
necessárias para que esse problema deixe de acontecer.
Por fim, aprenderá os passos necessários para elaborar um processo de 
diagnóstico em consultoria ambiental e perceberá que, no momento em que 
uma empresa procura uma consultoria ambiental, ela busca encontrar soluções 
para seus processos deficitários, orientações para melhoria nas tomadas de 
decisão, bem como segurança nos métodos e procedimentos que envolvem 
aconselhamento personalizado de um consultor ambiental no decorrer da 
implantação das mudanças necessárias para o êxito organizacional.
Conceitualmente, diagnóstico significa: buscar e verificar o alinhamento 
estratégico da organização com os recursos existentes, descobrir quais são os 
pontos fortes e vulneráveis e a melhor forma de aproveitar as oportunidades 
e os recursos existentes para superar as dificuldades e aumentar a competiti-
vidade da organização (LIMA, 2010).
31
O diagnóstico em consultoria ambiental objetiva compreender as etapas de 
caracterização de uma determinada empresa, conhecer como ela gerencia seus 
processos internos, realizar uma análise da situação atual, propor melhorias 
no modelo de integração de suas atividades e definir os principais assuntos que 
devem ser melhorados em seus processos internos. Nesse sentido, o diagnóstico 
em consultoria ambiental é compreendido como a fase inicial de um projeto de 
consultoria, uma vez que um problema é detectado no momento que existe uma 
inconsistência entre o estado atual de um processo da empresa-cliente e o estado 
desejado por ela (GASPARETO, 2012).
Considerando que a fase de diagnóstico em consultoria ambiental 
acontece no início de um projeto de consultoria, torna-se necessário que 
alguns cuidados sejam tomados antes disso acontecer: as organizações são 
sistemas complexos com perfis e contextos específicos, objetivos e estratégias 
distintas, que demandam formas personalizadas na prestação de serviços de 
consultoria (MAIA; MAIA; COELHO, 2017). A partir do contexto apresen-
tado, é fácil compreender que o diagnóstico em consultoria ambiental pode 
ser considerado como um processo de autoconhecimento, no qual todos os 
stakeholders envolvidos no processo serão provocados a pensar a respeito da 
“personalidade” da organização (NAVE et al., 2000).
A existência de diferentes níveis de diagnóstico em consultoria ambiental deve 
ser considerada em um processo de consultoria. Na perspectiva de Block (2011), 
quando uma empresa de consultoria é convidada para solucionar um determinado 
problema organizacional, o profissional da consultoria deve avaliar dois níveis de 
atuação: o conteúdo, relacionado à expertise do consultor na área de especialidade 
que irá atuar e que o capacita na resoluçãodos problemas detectados; e o relaciona-
mento, considerado um nível mais subjetivo, uma vez que demanda a percepção e 
o estabelecimento de uma relação de confiança entre a empresa-cliente e o profis-
sional da empresa de consultoria.
Desse modo, torna-se fácil a compreensão de que as reponsabilidades 
de um consultor ultrapassam o perfil de um profissional especializado na 
resolução de problemas objetivos, ele precisa estar preparado para trabalhar 
também com os componentes subjetivos da relação que será estabelecida entre 
cliente e consultor, para que as atividades de consultoria ocorram eficazmente.
Outro ponto a ser analisado é que o diagnóstico em consultoria ambiental 
pode ser aplicado a uma área específica ou a um determinado processo 
da organização ou, ainda, na empresa-cliente como um todo (CINTRA; 
BATISTA; ALVES, 2016). De qualquer maneira, as autoras explicam a 
importância de se identificar que, apesar das diferentes áreas envolvidas, os 
processos precisam estar interligados para que o diagnóstico indicado pela 
empresa de consultoria ambiental seja capaz de provocar as mudanças que 
32
a empresa necessita. A visão proposta por elas explica, de modo claro, que 
o trabalho de consultoria – interna e ou externa – deve ser realizado com 
clareza e seriedade, uma vez que a responsabilidade sobre todo o processo de 
diagnóstico em consultoria ambiental recai sobre o consultor. 
Agora que você já conhece os conceitos de diagnóstico em consultoria 
ambiental, chegou o momento de ampliar sua percepção sobre o processo 
diagnóstico, conforme ilustrado na Figura 1.2.
Figura 1.2 | O processo de diagnóstico em consultoria ambiental
O problema apresentado
Redefinição do problema
Recomendações
Problema técnico 
de negação
Como o problema está 
sendo gerenciado
Quadro simples e claro 
do que está acontecendo
Fonte: Block (2011).
A Figura 1.2 ilustra o processo de diagnóstico em consultoria ambiental 
caracterizado pela identificação do problema apresentado; pela redefinição 
do problema, com o objetivo de encontrar os caminhos necessários para 
resolvê-los; pela construção de um quadro simples e claro dos processos 
que estão acontecendo dentro da empresa-cliente, que descreverá como o 
problema está sendo gerenciado atualmente e quais os problemas técnicos 
que ele casa nos negócios da empresa; e, finamente, pelas recomendações 
necessárias para que esse problema deixe de acontecer.
Cintra, Batista e Alves (2016) propõem uma série de passos para a 
construção de um diagnóstico em consultoria ambiental (Figura 1.3). Na 
visão das autoras, o primeiro passo do processo de diagnóstico consiste 
na identificação do problema apresentado. De modo geral, esse problema 
é responsável por criar a necessidade da realização de um diagnóstico em 
consultoria ambiental, o qual será apresentado à empresa-cliente. 
O segundo passo é identificado como a decisão de continuar – ou não 
– com o projeto de consultoria, período em que o consultor e a empresa-
-cliente investem no processo de coleta de dados, que envolve diversas 
33
pessoas interessadas no diagnóstico. Esse passo é o responsável por gerar 
dados capazes de promover melhorias futuras na empresa-cliente. 
O terceiro passo consiste na seleção das dimensões, momento em que é 
necessário definir o número de questões que serão trabalhadas na coleta de 
dados, respeitando a expertise técnica do consultor contratado. Destaca-se a 
importância da limitação do número de questões para que esse passo possa 
ser realizado plenamente. Por exemplo: um consultor ambiental poderá tratar 
de questões relativas à recuperação de áreas degradadas, processos de licen-
ciamento e legislação ambiental, geoprocessamento e extração de recursos 
naturais, mas não abordará questões relativas a controles financeiros. 
O quarto passo trata das pessoas que serão envolvidas no processo, ou 
seja, define os níveis hierárquicos e os respectivos colaboradores que parti-
ciparão do processo de desenvolvimento do diagnóstico em consultoria 
ambiental. Vale ressaltar que o número de pessoas envolvidas influencia 
diretamente nos resultados finais e, desse modo, quanto maior o número de 
pessoas, maior será a possibilidade de se obter respostas confiáveis. 
Figura 1.3 | Os dez passos do diagnóstico em consultoria ambiental
O problema apresentado1
Decisão de con�nuar2
Selecionar a dimensão3
Quem será envolvido4
Método de coleta de dados5
Coleta de dados6
Seleção dos dados7
Análise dos dados8
Resumo dos dados9
Reunião de feedback10
Fonte: elaborada pelo autor a partir de Cintra, Batista e Alves (2016).
No quinto passo acontece a escolha do método de coleta de dados, que 
depende, necessariamente, do tamanho do estudo que se pretende alcançar, do 
tempo disponível para a realização do diagnóstico, bem como da motivação 
dos stakeholders da empresa-cliente envolvidos no processo para compre-
ender a complexidade dos problemas. Block (2011) identifica cinco métodos 
de coleta de dados considerados mais eficazes para o desenvolvimento de 
um processo de diagnóstico em consultoria ambiental, a saber: entrevistas, 
questionário, análise de documentos, experiência própria e autodescoberta.
A entrevista tem como objetivo o levantamento de informações sobre 
determinado problema e pode ser classificada como exploratória ou de coleta 
34
de informações (PRODANOV; FREITAS, 2013). Os autores explicam que 
as entrevistas exploratórias são relativamente estruturadas, e as de coleta de 
informações são altamente estruturadas.
Questionários são instrumentos objetivos de pesquisa utilizados para a coleta 
de dados, que devem ser acompanhados de instruções claras capazes de explicar 
a natureza da pesquisa e a importância das respostas. Esse tipo de coleta de dados 
atinge rapidamente um número considerável de pessoas que produzem uma série 
de dados que precisarão ser interpretados pelo consultor. Oliveira (2019) explica 
que o consultor deve ter habilidades suficientes para elaborar e interpretar as 
respostas encontradas na aplicação dos questionários. 
A análise de documentos, para Silva (2018), deve incluir a averiguação de 
números, processos, documentos, registros, resultados e procedimentos. O autor 
explica que a principal vantagem desse método de coleta de dados é a objetividade 
que traz ao trabalho. A observação direta consiste na participação do consultor em 
reuniões importantes realizadas dentro da empresa-cliente, bem como por meio da 
observação da efetivação das atividades do trabalho em áreas específicas da organi-
zação no momento em que elas acontecem. 
A observação direta é classificada como intensiva e extensiva. Enquanto 
a observação direta intensiva é praticada por meio da observação e da 
entrevista, a observação direta extensiva acontece por meio da aplicação de 
questionários e formulários, com o intuito de mensurar opiniões e atitudes. 
A experiência própria acontece, segundo Jacoby (2018), quando o consultor 
presta atenção no estilo cultural e de gestão da empresa-cliente e traduz os compor-
tamentos percebidos na organização para o desenvolvimento do processo de 
diagnóstico em consultoria ambiental. Por fim, a autodescoberta é explicada por 
Zanin et al. (2017) como um processo desenvolvido a partir de reuniões com os 
principais interessados no trabalho e que serão os responsáveis pelas ações que 
seguem o processo de diagnóstico empresarial. 
Do sexto ao nono passo, Cintra, Batista e Alves (2016) explicam que as etapas 
se desenvolvem de modo cadenciado. O sexto passo envolve a coleta de dados em 
si e acontece considerando as escolhas realizadas no passo cinco; o sétimo passo 
compreende a seleção e análise dos dados, focalizando os pontos mais impor-
tantes encontrados em sua coleta; o oitavo passo trata da análise dos dados, com o 
objetivo de verificar sua importância; e o nono passo da elaboração de um resumo 
capaz de traduzir todas as informações coletadas em recomendações da empresa 
de consultoria para a empresa-cliente,com o propósito de esclarecer como serão 
aplicadas as mudanças necessárias para a solução dos problemas encontrados. 
35
Finalmente, o décimo passo. Chegou o momento da reunião de feedback, etapa 
em que se deve decidir quais stakeholders participarão da reunião, qual seu tempo 
de duração e quais são os pontos fundamentais que serão tratados nela.
Em uma consultoria ambiental, os processos são mais específicos devido 
às necessidades das empresas-clientes. Oliveira, Fonseca e Bonadiman 
(2014) defendem que toda consultoria trabalha a partir de um diagnóstico 
realizado pelo consultor em conjunto com os principais stakeholders da 
empresa. Nesse sentido, um consultor ambiental deve ser capaz de executar 
todos os passos do diagnóstico em consultoria ambiental e utilizá-lo em cada 
projeto de consultoria ambiental que for contratado. É importante destacar 
que cada empresa e/ou cliente tem uma cultura, um tamanho e uma estra-
tégia diferentes, que devem ser respeitados e, desse modo, a contribuição da 
empresa-cliente durante as etapas do diagnóstico ambiental é fundamental 
para facilitar o acesso do consultor aos dados da empresa (OLIVEIRA, 2019).
É possível observar que, no momento em que uma empresa procura uma 
consultoria ambiental, busca encontrar soluções para seus processos deficitá-
rios, orientações para melhoria nas tomadas de decisão, bem como segurança 
nos métodos e procedimentos que envolvem aconselhamento personalizado 
de um consultor ambiental no decorrer da implantação das mudanças neces-
sárias para o êxito organizacional.
Para saber mais
Você sabe o que significa a palavra expertise?
Expertise é uma palavra de origem francesa que significa experiência, 
especialização, perícia. Consiste no conjunto de habilidades e conheci-
mentos de uma pessoa, de um sistema ou tecnologia.
Fonte: SIGNIFICADOS. Significado de expertise. 2013. Disponível em: 
http://www.significados.com.br/expertise/. Acesso em: 10 jul. 2019.
Questões para reflexão
1. Um consultor que atua na gestão ambiental se responsabiliza por indicar 
alternativas para solução de problemas relativos à área, mas não pode 
tomar decisões no lugar da empresa, atuando como um facilitador entre 
o problema apresentado pela empresa contratante e a solução proposta 
pelo consultor. Nesse sentido, reflita: qual é o limite ético do consultor 
ambiental entre indicar alternativas e tomar decisões pela empresa?
2. Você acredita que qualquer profissional formado é capaz de elaborar um 
diagnóstico em consultoria ambiental? E mais: você acredita que esse profis-
sional está capacitado para executar o trabalho de consultor ambiental?
36
Atividade de aprendizagem
1. As reponsabilidades de um consultor ultrapassam o perfil de um profis-
sional especializado na resolução de problemas objetivos, ele precisa estar 
preparado para trabalhar também com os componentes subjetivos da relação 
que será estabelecida entre cliente e consultor, para que as atividades de 
consultoria ocorram de eficazmente.
Neste contexto, complete as lacunas do trecho a seguir:
Outro ponto a ser analisado é que o diagnóstico em consultoria 
____________ pode ser aplicado a uma ____________ específica ou deter-
minado ____________ da organização ou, ainda, na ____________ como 
um todo (CINTRA; BATISTA; ALVES, 2016).
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. ambiental/área/processo/empresa-cliente.
b. empresarial/fase/segmento/consultoria.
c. ambiental/área/segmento/consultoria.
d. ambiental/fase/processo/consultoria.
e. empresarial/fase/processo/empresa-cliente. 
2. O diagnóstico em consultoria ambiental acontece no início do período de 
consultoria e pode ser considerado como um processo de autoconhecimento, no 
qual todos os stakeholders envolvidos no processo serão provocados a pensar a 
respeito da “personalidade” da organização.
Diante do contexto apresentado, leia as afirmativas a seguir, que abordam alguns 
dos dez passos do desenvolvimento do diagnóstico em consultoria ambiental: 
I. O sexto passo envolve a coleta de dados em si e acontece conside-
rando as escolhas realizadas no passo cinco.
II. O sétimo passo trata da análise dos dados, com o objetivo de verificar 
sua importância.
III. O oitavo passo compreende a seleção e análise dos dados, focali-
zando os pontos mais importantes encontrados em sua coleta. 
IV. O nono passo da elaboração de um resumo capaz de traduzir todas 
as informações coletadas em recomendações da empresa de consul-
toria para a empresa-cliente.
É correto apenas o que se afirma em:
37
a. I e IV.
b. II e III.
c. II e IV.
d. I, II e IV.
e. I, II, III e IV. 
Fique Ligado!
Ao longo da Seção 1 desta unidade, você aprofundou seus conhecimentos 
nos conceitos e modalidades – interna e externa – da consultoria ambiental. 
Ela destacou a necessidade de um consultor ambiental ser um profissional 
hábil em influenciar pessoas, grupos ou organizações, devido ao seu conhe-
cimento e aos seus sentimentos em relação à organização, considerado como 
o principal responsável por estabelecer uma relação de confiança com seu 
cliente. 
Na Seção 2, você distinguiu os tipos de consultoria ambiental quanto à 
sua estrutura – consultoria ambiental de pacote e ambiental artesanal – e 
quanto à sua amplitude – consultoria ambiental especializada, ambiental total 
e ambiental globalizada. Nesse momento, você percebeu que um dos princi-
pais requisitos para iniciar uma carreira na área de consultoria ambiental é 
ter um vasto conhecimento sobre o tema. 
Na Seção 3, você descobriu as informações necessárias para elaborar 
um processo de diagnóstico em consultoria ambiental por meio da adoção 
de dez passos propostos por Cintra, Batista e Alves (2016). Por fim, você 
compreendeu que, em uma consultoria ambiental, os processos são mais 
específicos devido às necessidades das empresas-clientes, e que a consultoria 
trabalha a partir de um diagnóstico realizado pelo consultor em conjunto 
com os principais stakeholders da empresa.
Para concluir o estudo da unidade
A disciplina Tópicos Especiais em Gestão Ambiental trata, especifica-
mente, do tema Consultoria Ambiental. Muito provavelmente você já ouviu 
falar sobre consultoria e como um consultor tem o propósito de ajudar as 
empresas a resolver seus problemas organizacionais. A ideia aqui é levar a 
consultoria para o universo da gestão ambiental e criar um espaço de apren-
dizado que estabeleça as ações necessárias para que o consultor ambiental 
possa auxiliar as empresas a atingirem seus objetivos em médio ou longo 
38
prazo. Mais do que isso, essa disciplina busca capacitá-lo para atuar como 
consultor ambiental e abrir espaço para o desenvolvimento de sua carreira.
Você deve continuar aprofundando seus conhecimentos sobre os funda-
mentos da consultoria ambiental, procurando conhecer empresas de consul-
toria especializadas em gestão ambiental em sua cidade, região ou estado. 
Outro caminho para esse aprofundamento é estudar artigos científicos da 
área. Aproveite os que estão nas referências bibliográficas desta unidade para 
navegar no universo da consultoria ambiental e ampliar suas possiblidades 
profissionais atuando como um consultor da área de gestão ambiental. 
Atividades de Aprendizagem
1. A existência de diferentes níveis de diagnóstico em consultoria ambiental 
deve ser considerada em um processo de consultoria. Na perspectiva de Block 
(2011), quando uma empresa de consultoria é convidada para solucionar um 
determinado problema organizacional, o profissional da consultoria deve 
avaliar dois níveis de atuação.
Considerando o que foi apresentado, preencha as lacunas do trecho a seguir:
O primeiro nível de atuação é o ____________, relacionado à exper-
tise do consultor na área de especialidade que irá atuar e que o capacita 
na ____________ dos problemas detectados; e o segundo nível é o 
____________, considerado um nível mais subjetivo, uma vez que demanda, 
a percepção e o estabelecimento de uma relação de ____________entre a 
empresa-cliente e o profissional da empresa de consultoria.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. relacionamento/criação/conteúdo/desconfiança.
b. conteúdo/resolução/conteúdo/desconfiança.
c. conteúdo/resolução/relacionamento/confiança.
d. conteúdo/criação/relacionamento/desconfiança.
e. relacionamento/criação/relacionamento/confiança
2. No quinto passo do processo de diagnóstico em consultoria ambiental 
acontece a escolha do método de coleta de dados, que depende, necessariamente, 
do tamanho do estudo que se pretende alcançar, do tempo disponível para a reali-
zação do diagnóstico, bem como da motivação dos stakeholders da empresa-cliente 
envolvidos no processo para compreender a complexidade dos problemas.
39
Considerando o contexto apresentado, leia as proposições a seguir que abordam 
os cinco métodos de coleta de dados considerados mais eficazes para o desenvol-
vimento de um processo de diagnóstico em consultoria ambiental propostos por 
Block (2011).
I. Entrevistas.
II. Questionário.
III. Análise de documentos.
IV. Experiência própria.
V. Autoconhecimento.
É correto o que se afirma apenas em:
a. I e II.
b. II e III.
c. II, III e IV.
d. I, II, III e IV.
e. I, II, III, IV e V. 
3. O conceito tradicional de consultoria, na visão de Crocco e Guttmann (2010), 
envolve o entendimento dela como um procedimento que envolve a interação de 
uma ou mais pessoas externas ao problema que será analisado, com o intuito de 
fornecer ao cliente alternativas de modificações em processos que auxiliem na 
tomada de decisão mais adequada às suas necessidades.
Desse modo, julgue as afirmativas a seguir em verdadeiras (V) ou falsas (F), que 
apresentam características que o consultor ambiental deve desenvolver:
( ) Pensamento analítico.
( ) Habilidade em realizar as perguntas corretas.
( ) Reconhecer e analisar problemas sob diferentes perspectivas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a. F - V - F.
b. V - V - F.
c. F - F - V.
d. V - V - V.
e. F - V - V. 
40
4. É cada dia mais visível o crescimento do número de empresas de consul-
toria no mercado, assim como a alta diversidade dos serviços ofertados por 
empresas dessa natureza e consultores independentes ou autônomos. Desse 
modo, verifica-se a dificuldade de definição dos diferentes tipos de consul-
toria empresarial devido à multiplicidade de formas de atuação de consulto-
rias e consultores.
Considerando o que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação 
proposta entre elas.
I. Nesse sentido, destaca-se a importância de entender como a prestação 
de serviço de consultoria será ofertado, e não o que será oferecido.
PORQUE
II. No período em que uma empresa desse ramo de atuação é contratada, 
inicia-se o processo de definição do tipo de consultoria que será adotado.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
c. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verda-
deira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
5. A prática de consultoria interna possibilita que alguns profissionais com nível 
técnico de conhecimento considerado como elevado sejam capazes de desen-
volver resultados significativos para uma determinada organização, atuando 
como orientadores e dando suporte para aqueles que estão iniciando suas ativi-
dades específicas, bem como na função de implementação de boas práticas em 
toda a organização.
Considerando o que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação 
proposta entre elas.
41
I. O consultor externo é considerado aquele profissional que possui 
vínculo empregatício com a empresa-cliente.
PORQUE
II. O relacionamento do consultor externo com empresa-cliente deve 
respeitar o prazo estipulado previamente no contrato celebrado entre 
as partes, sendo considerada uma parceria comercial. 
III. II. O relacionamento do consultor externo com empresa-cliente deve 
respeitar o prazo estipulado previamente no contrato celebrado entre 
as partes, sendo considerada uma parceria comercial.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
a. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
c. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verda-
deira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
Referências
ALCÂNTARA, S. R. A. S.; PEREIRA, W. C. R. Consultoria empresarial: uma opção de carreira 
para o secretário executivo? Revista de Gestão e Secretariado – GeSec, São Paulo, v. 8, n. 3, 
p 139-156, set./dez. 2017. Disponível em: https://revistagesec.org.br/secretariado/article/
view/635. Acesso em: 10 jul. 2019.
BLOCK, P. Flawless consulting: a guide to get your expertise used. 3. ed. San Francisco: Pfeiffer, 
2011. 
BOTARI, J. C. et al. Diagnóstico ambiental e proposta de intervenção urbanística no bairro 
jardim cruzeiro – município de Umuarama – PR. INTERNATIONAL CONFERENCE ON 
ENGINEERING AND TECHNOLOGY EDUCATION, 14., 2016, Salvador. Anais […]. 
Salvador: COPEC, 2016. Disponível em: http://copec.eu/congresses/intertech2016/proc/
works/58.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
CALIARI, L.; SCHERER, L. A. Por que contratar um serviço de consultoria empresarial? Uma 
visão de consultores e empreendedores. Revista Espacios, v. 38, n. 9, 2017. 
CARVALHO, I. M. V. et al. Consultoria em gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
CINTRA, J. C.; BATISTA, A. S.; ALVES, S. R. Auditoria e consultoria em RH. Londrina: 
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
CLARO, J. A. C. S. et al. Consultoria empresarial: utilização do marketing de relacionamento 
pelas pequenas empresas de consultoria e pelos consultores autônomos na busca de competiti-
vidade. Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v. 5, n. 3, p. 21-39, 2011.
CROCCO, L.; GUTTMANN, E. Consultoria empresarial. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
GASPARETTO, L. E. Consultoria interna e externa: ênfase em recursos humanos. São Paulo: 
Phorte, 2012.
JACOBY, C. E. Proposta de intervenção empresarial em uma cafeteria localizada na cidade de 
Foz do Iguaçu/PR. Rev. Cienc. Gerenc., v. 22, n. 36, p. 98-102, 2018. Disponível em: http://
revista.pgsskroton.com.br/index.php/rcger/article/view/4506. Acesso em: 10 jul. 2019.
LEITE, L. A. M. C. et al. Consultoria em Gestão de Pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora 
FGV, 2009.
LIMA, L. F. Diagnóstico organizacional: uma análise em uma empresa de empréstimos e 
créditos no Norte Pioneiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Administração) – 
Unopar, Londrina, 2010. Disponível em: https://docplayer.com.br/4953245-Diagnostico-orga-
nizacional-uma-analise-em-uma-empresa-de-emprestimos-e-creditos-no-norte-pioneiro.html. 
Acesso em: 10 jul. 2019.
MAIA, R. P.; MAIA, D. C. S.; COELHO, T. R. Diagnóstico organizacional aplicado a uma 
empresa do terceiro setor. Seminários em Administração, 20., São Paulo, 2017. Anais [...]. São 
Paulo: SemeAd, 2017. Disponível em: http://login.semead.com.br/20semead/arquivos/1897.pdf. 
Acesso em: 10 jul. 2019.
NAVE, F. L. et al. Diagnóstico organizacional participativo: potenciais e limites na análise de 
organizações. O&S, v. 7, n. 19, set./dez. 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/osoc/
v7n19/04.pdf . Acesso em: 10 jul. 2019.
OLIVEIRA, D. P. R. Manual de consultoria empresarial: conceitos, metodologia, práticas. 14. 
ed. São Paulo: Atlas, 2019.
OLIVEIRA, L. N. Q.; FONSECA, P. S.; BONADIMAN, T. K. P. Consultoria empresarial: o 
diferencial nas empresas modernas. [S. l.: s. n.], 2014. Disponível em: http://www.artigos.com/artigos/2918-consultoria-empresarial-o-diferencial-nas-empresasmodernas. Acesso em: 10 jul. 
2019. 
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas 
da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em: 
http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/E-book%20
Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SILVA, N. R. F. Consultoria em segurança. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional 
S.A., 2018.
SCHUSTER, W. E.; FRIEDRICH, M. P. A. A importância da consultoria empresarial na 
gestão financeira das micros e pequenas empresas. Revista de Administração IMED, Passo 
Fundo, v. 7, n. 2, p. 183-205, jul.-dez., 2017. Disponível em: file:///C:/Users/kronc/Documents/
Unopar/2019.2/Tópicos%20Especiais%20em%20Gestão%20Ambiental/Livros%20KLS/1950-
9805-2-PB.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
ZANIN, E. R. M. et al. A prática da consultoria como meio de aprendizagem no ensino de 
administração. Seminários em Administração, 20., São Paulo, 2017. Anais [...]. São Paulo: 
SemeAd, 2017. Disponível em: http://login.semead.com.br/20semead/anais/arquivos/1232.pdf. 
Acesso em: 10 jul. 2019.
WEISS, A. Consultor de ouro: guia profissional para a construção de uma carreira. 4. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2012.
Unidade 2
Estratégias de consultoria ambiental
Objetivos de aprendizagem 
Na Unidade 2, abordaremos a importância da estratégia para os bons 
resultados de um trabalho de consultoria ambiental. Mais especificamente, 
trataremos de alguns termos, como as diretrizes estratégicas (missão, visão e 
valores organizacionais), as definições estratégicas para a análise do ambiente 
(externa e interna) e os instrumentos para analisá-lo: Matriz SWOT e as 
cinco forças de Porter, bem como as ferramentas de aplicação estratégica 
em consultoria ambiental. Dentro do contexto apresentado, os objetivos de 
aprendizagem desta seção de estudo são:
• Assimilar os conceitos de diretrizes estratégias.
• Distinguir missão, visão e valores organizacionais.
• Conhecer o alinhamento entre missão, visão e valores organizacionais.
• Analisar os ambientes externo e interno de uma organização.
• Aplicar a Matriz SWOT e as cinco forças de Porter.
• Utilizar o Balanced Scorecard aplicado à consultoria ambiental. 
Então, daremos o pontapé inicial às nossas atividades e imergiremos no 
ambiente estratégico da consultoria ambiental.
Seção 1 | Diretrizes estratégicas em consultoria ambiental
A seção aborda os principais conceitos sobre missão, visão e 
valores organizacionais.
Seção 2 | Definições estratégicas em consultoria ambiental: 
análise do ambiente organizacional
A seção retrata os principais conceitos de análise do ambiente de 
uma organização.
Seção 3 | Ferramentas de aplicação estratégica aplicadas em 
consultorias ambientais
A seção apresenta o Balanced Scorecard, uma ferramenta estratégica 
muito utilizada nas consultorias. 
Introdução à unidade 
Olá, aluno! Seja muito bem-vindo à Unidade 2 do nosso livro didático.
Na unidade anterior, tivemos uma introdução sobre os fundamentos da 
consultoria ambiental. Aprendemos a refletir sobre os principais conceitos 
relacionados ao tema e às modalidades dessa consultoria. Descobrimos a 
existência de diferentes tipos de consultoria ambiental, tanto relacionada à 
sua estrutura quanto à sua amplitude. Além disso, aprendemos os passos e as 
informações necessários para desenvolver um processo diagnóstico voltado 
para a consultoria ambiental. 
Nesta unidade, continuaremos a desenvolver nossos conhecimentos sobre 
consultoria. A cada seção, abordaremos temas sobre estratégias em consul-
toria ambiental e, ao final, você terá desenvolvido os conhecimentos neces-
sários para aplicar as ferramentas estratégicas para resolver os problemas 
organizacionais encontrados no diagnóstico da empresa-cliente. 
Para tanto, você precisará conhecer quais são as diretrizes estratégicas da 
empresa-cliente, sua missão, visão e valores, a fim de aplicar esses conheci-
mentos na área de consultoria ambiental e ter sucesso nos serviços prestados. 
É preciso lembrar que a identidade de uma organização se constrói por meio 
da análise de suas diretrizes estratégicas. 
Deverá, também, desenvolver seus conhecimentos a respeito das etapas 
do planejamento estratégico em consultoria ambiental – ambientes externo e 
interno –, mais especificamente no que se refere ao exame desses ambientes 
na empresa-cliente e o modo como ele influencia nos objetivos traçados por 
ela e os resultados que espera obter. 
Precisará, ainda, identificar os caminhos para garantir que as estraté-
gias empresariais implantadas pelo consultor ambiental sejam conhecidas 
e seguidas por todas os integrantes da empresa. Compreenderá que um dos 
caminhos possíveis para o desenvolvimento de objetivos organizacionais de 
curto e longo prazos é o uso do Balanced Scorecard (BSC), uma ferramenta 
da área de estratégia que mensura esses objetivos e os unifica em indicadores 
da empresa-cliente por meio das seguintes perspectivas: financeira, consumi-
dores, processos internos e inovação e aprendizado. Por fim, você será capaz 
de analisar a relação existente entre missão e visão da empresa-cliente e o BSC. 
Na Seção 1, você conhecerá as diretrizes estratégicas em consultoria 
ambiental e os principais conceitos sobre missão, visão e valores organi-
zacionais. Na Seção 2, compreenderá as definições estratégicas em consul-
toria ambiental e analisará o ambiente da empresa-cliente nas dimensões 
externa e interna. E na Seção 3, analisará a ferramenta de aplicação estra-
tégica chamada Balanced Scorecard e descobrirá como ela é aplicada em 
consultorias ambientais.
Para concluir essa tarefa com êxito, você precisará estudar e se dedicar 
bastante. 
48
Seção 1
Diretrizes estratégicas em consultoria ambienta
Somente a partir do diagnóstico e orientado pelo conjunto de diretrizes 
estratégicas – formado por missão, visão e valores organizacionais – é possível 
determinar os objetivos estratégicos da organização. Esta seção abordará, de 
modo específico, os conceitos de missão, visão e valores de uma organização 
e a importância dessas diretrizes estratégicas para a construção da definição 
dos objetivos organizacionais. 
A missão de uma empresa se traduz na razão de sua existência, que é 
manifestada por meio de uma declaração elaborada, na maioria das vezes, 
pela alta direção da empresa, e que expressa os propósitos que a diferen-
ciam e que a tornam única em relação às outras organizações. Para Lobato 
et al. (2003), a missão é definida pelo líder, mas em empresas de consultoria 
ambiental costuma ser partilhada entre os prestadores de serviços de modo 
mais participativo. Nesse sentido, a missão se transforma em uma proposição 
de valor da empresa, uma vez que ela será responsável pela proposta de seu 
‘negócio’ para o mercado e seus clientes. 
As empresas precisam ter uma razão de existência para que suas finali-
dades sejam alcançadas, e sua filosofia de trabalho seja compreendida pelo 
seu público-alvo (CARVALHO; SANTOS, 2016), e essa missão, na perspec-
tiva de Pinto (2016), deve ser capaz de inspirar e nortear o comportamento 
de todos seus stakeholders, bem como o direcionamento para o desenvolvi-
mento de seus objetivos organizacionais. Como a missão demonstra o norte 
de uma empresa, destaca-se que o consultor ambiental deve compreendê-la 
em sua essência para que possa atuar com êxito na solução dos problemas 
encontrados no diagnóstico realizado pela consultoria ambiental.
Maximiano (2017) conceitua missão como uma maneira de explicar o 
sistema de regras, crenças e valores da empresa relativo aos seus negócios e 
ao seu campo de atuação, que deve ser construída, respeitando suas filosofias 
e tradições. Desse modo, compreende-se como fundamental que as empresas 
definam suas missões, porque elastêm como objetivo determinar qual será 
o negócio da empresa, a razão de sua existência e os esforços de todos que 
nela atuam em uma direção comum, bem como focalizar as atividades que a 
empresa deverá se concentrar no futuro. 
Para Comin (2012), a missão se traduz no negócio de uma determinada 
organização que definirá sua utilidade, a linha condutora que direcionará seu 
modo de atuação e alinhará os objetivos estratégicos que serão traçados para 
que ela possa atuar de modo adequado no futuro.
49
Na Figura 2.1, você poderá comparar as declarações de missão de duas 
empresas de consultoria ambiental utilizadas como exemplo por expressar a 
razão de suas existências e o motivo pelo qual elas foram criadas. Destaca-se 
que cada empresa possui uma missão, uma visão e um conjunto de valores 
próprios que as tornam únicas.
Figura 2.1 | Missão das empresas de consultoria ambiental Alliance Ambiental e Nature 
Ambiental
Fornecer soluções ambientais inovadoras na 
gestão e des�nação de resíduos, contribuin-
do com segurança, qualidade e responsabili-
dade social para o desenvolvimento susten-
tável de empresas e comunidades. (Alliance 
Ambiental)
Prestar consultoria e elaborar projetos 
ambientais u�lizando-se de soluções inova-
doras e diferenciadas, que sa�sfaçam nossos 
clientes e permitam o progresso em harmo-
nia com o desenvolvimento humano. 
(Nature Ambiental)
Missão
Fonte: http://www.allianceambiental.com.br/site/missao-visao-e-valores/; http://www.natu-
reambiental.com.br/site/missao-visao-valores/; https://search.creativecommons.org/photos/
e4413deb-9a2a-40d1-ba7f-5e97bc7ea2b0. Acesso em: 10 jul. 2019.
Como pode ser visto, as declarações de missão das empresas de consul-
toria Alliance Ambiental e Nature Ambiental, utilizadas como exemplo, 
expressam a razão por que elas foram criadas. É fácil perceber que as decla-
rações de missão das empresas utilizadas como exemplo não apresentam, 
essencialmente, uma padronização, mas exibem certos elementos em 
comum. A missão da Alliance, por exemplo, busca “fornecer soluções 
ambientais inovadoras na gestão e destinação de resíduos” (ALLIANCE 
AMBIENTAL, 2019, [s.p.]), enquanto a da Nature buscar “prestar consul-
toria e elaborar projetos ambientais” (NATURE AMBIENTAL, 2019, [s.p.]). 
Ambas as missões definem o mercado de atuação das empresas de consul-
toria ambiental, indicam o tipo de negócio que as empresas prestarão, bem 
como quem serão os clientes que desejam atender. 
Agora que você já compreendeu que a missão de uma empresa é uma 
declaração que norteará todos os seus processos e ações, vamos aprofundar 
nossos conhecimentos sobre as diretrizes estratégicas em consultoria 
ambiental, mais especificamente no que se refere à visão de uma empresa. 
50
Bánkuti e Bánkuti (2014) diferenciam missão e visão organizacional. Para 
os autores, enquanto a missão diz respeito ao que a empresa faz e a sua razão 
de existência, a visão explica o lugar onde a organização pretende chegar. Ao 
abordar a visão de uma organização, o consultor ambiental buscará compre-
ender qual imagem de futuro estará vinculada a ela, ou seja, o modo como 
essa organização quer ser reconhecida ao longo do tempo. Na perspectiva 
de Lobato et al. (2003, p. 40), a visão pode ser concebida como “um cenário 
ou uma intuição, um sonho, uma vivência”. Os autores defendem que a 
imagem que será projetada de futuro de uma organização deve ser comum 
e apoiada por todos os stakeholders da empresa. Nesse sentido, a visão pode 
ser considerada como uma declaração que explica qual a situação futura que 
a empresa busca alcançar e, por esse motivo, deve ser compartilhada com 
todos os colaboradores dessa organização.
A visão é considerada, no olhar de Pinto (2016), como uma perspectiva 
da empresa para onde ela pretende chegar, quais serão as oportunidades de 
seus negócios no futuro. O autor defende que a visão auxilia no desenvolvi-
mento do processo de planejamento estratégico da empresa e, desse modo, 
precisa ser criada antes que ele aconteça. Nesse sentido, a visão de uma deter-
minada organização pode ser compreendida como o significado e a definição 
do futuro esperado por ela, apontando o modo como busca ser vista por seus 
consumidores, como deseja prestar seus serviços ou vender seus produtos, 
bem como onde ela pretende chegar (BIANCHI et al. 2013). Para Carvalho e 
Santos (2016), uma visão deve ter a capacidade de demonstrar uma posição 
de futuro desejada pelos praticantes de uma empresa e, assim, determinar o 
que ela busca se transformar dentro de um determinado período de tempo.
Os pensamentos de Maximiano (2017) vão ao encontro dos de Bianchi 
et al. (2013) e complementam os de Carvalho e Santos (2016) quando afirma 
que a visão de uma empresa pode ser encarada como uma imagem futura 
capaz de motivar, inspirar e, ainda, determinar o sentido e as ações que serão 
desenvolvidas no futuro por ela. Dessa forma, a visão é responsável por 
definir como a empresa deseja ser reconhecida em um futuro próximo, ou 
seja, qual imagem ela repassará a todos os seus stakeholders. 
Na Figura 2.2, você encontrará exemplos de declarações de visão de 
duas empresas de consultoria em gestão ambiental: Alliance Ambiental e 
Nature Ambiental.
51
Figura 2.2 | Visão das empresas de consultoria Alliance Ambiental e Nature Ambiental
Ser reconhecida como a principal empresa de 
gerenciamento de resíduos no Brasil com 
foco na indústria petrolífera. (Alliance 
Ambiental)
Ser referência em inovação e diferenciação 
em soluções ambientais, disseminando a 
cultura e as boas prá�cas de sustentabilida-
de. (Nature Ambiental)
Visão
Fonte: http://www.allianceambiental.com.br/site/missao-visao-e-valores/; http://www.natu-
reambiental.com.br/site/missao-visao-valores/; https://search.creativecommons.org/photos/
e4413deb-9a2a-40d1-ba7f-5e97bc7ea2b0. Acesso em: 10 jul. 2019.
Como pode ser visto, ambas as declarações de visão, da Allience e da 
Nature, divulgam o modo pelo qual essas empresas de consultoria ambiental 
almejam ser reconhecidas no futuro. A Allience, por exemplo, quer ser 
reconhecida como a principal empresa de gerenciamento de resíduos do 
Brasil, enquanto a Nature quer ser referência em inovação e diferenciação 
em soluções ambientais.
Agora que você já sabe diferenciar a missão da visão organizacional, 
chegou o momento de conhecer os valores que norteiam o comportamento 
das pessoas dentro da organização. É importante você saber que, para a visão 
e a missão serem realizadas de modo eficiente e eficaz, torna-se elementar 
que elas permaneçam alinhadas aos valores da empresa, uma vez que estes 
são reconhecidos como os princípios que conduzem as atitudes e os compor-
tamentos das pessoas que integram o quadro funcional da empresa.
De acordo com Pinto (2016), os valores podem ser traduzidos como o 
conjunto de crenças e atitudes responsáveis por orientar o comportamento 
humano dentro da organização, bem como dar personalidade a ela. Os 
valores centrais de uma organização precisam estar alinhados com a missão e 
a visão dessa organização, uma vez que eles orientam as atitudes das pessoas 
no desenvolvimento das atividades cotidianas, assim como o tipo de relacio-
namento que a empresa busca manter com sua clientela, seus fornecedores e 
demais parceiros de modo geral.
Os valores organizacionais, na perspectiva de Porto e Tamayo (2005), são 
os valores inerentes a uma organização compartilhados por seus colabora-
dores, no que se refere a princípios e crenças que são utilizados para dirigir o 
funcionamento almejado da vida de uma organização. Na visão dos autores, 
52
a percepção dos colaboradores sobre os valores organizacionais é resultado 
dos acontecimentos do cotidiano de uma empresa, identificados no discurso 
de seus integrantes. Schein (1987, p. 31) descreve como surgem os valores em 
uma organização:
Quando um grupo enfrenta uma nova tarefa, situação 
ou problema, a primeira solução que se proponha terá a 
hierarquia de um valor só porque aindanão existe um 
princípio aceito para determinar o que é factual e real. 
Alguém no grupo, geralmente o fundador, tem convicções 
sobre a natureza da realidade e sobre a maneira de lidar 
com ela, e proporá uma solução com bases nessas convic-
ções. Esse indivíduo pode avaliar a solução proposta como 
uma crença ou um princípio baseado em fatos, mas o grupo 
não pode sentir a mesma convicção enquanto não a admitir 
coletivamente como uma solução válida para o problema.
Considerando essa descrição, é possível compreender que os valores 
organizacionais são encarados como um direcionamento para as repostas 
dos problemas reais que acontecem dentro de uma empresa, soluções 
acatadas como adequadas pelos integrantes de uma organização por terem 
sido aplicadas com êxito em um determinado momento. Nesse sentido, 
Tamayo e Borges (2006) defendem que os valores de uma organização são 
capazes de conceber soluções para seus próprios problemas, uma vez que 
elas são consideradas como adequadas por serem aceitas coletivamente pelos 
integrantes dessa organização.
Na visão de Lobato et al. (2003, p. 41), os valores precisam ser definidos 
como “crenças básicas para a tomada de decisão”, como ideais que as empresas 
querem alcançar para regular o comportamento de seus integrantes. Como 
pode ser observado na Figura 2.3, dos valores da Alliance Ambiental se 
destaca a transparência nas relações, no sentido de ser clara e correta sobre 
as informações dos serviços que serão prestados e sobre o contrato que será 
firmado entre as partes. Significa compromisso em ser leal e respeitoso nas 
relações entre empresa-cliente e prestador de serviço durante todo o período 
no qual a empresa de consultoria ambiental estiver dentro da empresa 
prestando serviços de consultoria.
53
Figura 2.3 | Valores da empresa de consultoria ambiental Alliance Ambiental
• Sa�sfação dos clientes através do 
atendimento de suas necessidades 
específicas;
• Inves�mento con�nuo em tecnologias e 
soluções diferenciadas;
• É�ca e transparência no relacionamento 
com clientes, fornecedores e 
colaboradores;
• Atendimento a requisitos legais e 
regulamentares;
• Prevenção da poluição e proteção ao meio 
ambiente;
• Execução das a�vidades com total 
segurança;
• Respeito e valorização dos colaboradores;
• Atuação de forma socialmente responsável;
• Melhoria con�nua dos serviços prestados.
(Alliance Ambiental)
Valores
Fonte: http://www.allianceambiental.com.br/site/missao-visao-e-valores/; https://search.crea-
tivecommons.org/photos/e4413deb-9a2a-40d1-ba7f-5e97bc7ea2b0. Acesso em: 10 jul. 2019.
Na Figura 2.4, são ilustrados os valores da empresa de consultoria Nature 
Ambiental. Destaca-se o valor satisfação dos clientes, que pode ser compreendido 
como o compromisso da empresa de consultoria com o atendimento das expec-
tativas e necessidade do cliente na prestação de serviços de consultoria ambiental.
Figura 2.4 | Valores da empresa de consultoria ambiental Nature Ambiental
• Agir com transparência nas relações.
• Pensar e atuar de forma sustentável.
• Usar a empa�a para agir de forma justa.
• Manter sempre a harmonia.
• Ansiar por conhecimento e inovação.
• Aperfeiçoar-se todos os dias.
• Ser apaixonado pelo que faz proporcionan-
do sempre um ambiente alegre e saudável.
(Nature Ambiental)
Valores
Fonte: http://www.natureambiental.com.br/site/missao-visao-valores/; https://search.creati-
vecommons.org/photos/e4413deb-9a2a-40d1-ba7f-5e97bc7ea2b0. Acesso em: 10 jul. 2019.
54
Na comparação dos valores praticados entre a Alliance e a Nature é possível 
verificar quais são os direcionamentos que cada colaborador deve ter no momento 
em que representa a empresa na prestação de serviço de consultoria ambiental, 
quais comportamentos são adequados ou não, bem como que tipo de relaciona-
mento os colaboradores devem estabelecer com a empresa-cliente. Para Morgan 
(2005, p. 118), as organizações são, essencialmente, “estruturas de realidades sociais 
que descansam na mente de seus membros, que as põem em prática por meio de 
uma série de regras e relações”.
Machado (2009) afirma que, ao divulgar sua missão, sua visão e seus valores 
(diretrizes estratégicas), uma organização busca influenciar, positivamente, as 
pessoas que compõem seu quadro funcional. Para a autora, a declaração dessas 
diretrizes se sustenta apenas se sua aplicação for identificada nas atividades e ações 
que antecedem a sua divulgação.
Como já foi explicado, é muito importante que exista um alinhamento 
entre a missão, a visão e os valores de uma determinada organização. Ao 
verificar as declarações de missão, visão e valores das empresas de consul-
toria Alliance Ambiental e Nature Ambiental, identifica-se esse alinhamento. 
A missão da Alliance Ambiental de fornecer soluções ambientais inovadoras 
na gestão e destinação de resíduos sólidos está alinhada com seu valor de 
ser reconhecida como a principal empresa de gerenciamento de resíduos do 
Brasil, por meio de seus valores, como agir com transparência nas relações 
e pensar e atuar de forma sustentável. O mesmo alinhamento é percebido 
na empresa de consultoria Nature Ambiental, quando declara sua missão 
de prestar consultoria e elaborar projetos ambientais, para ser referência em 
inovação e diferenciação em soluções ambientais, por meio do investimento 
contínuo em tecnologias e soluções diferenciadas e da melhoria contínua dos 
serviços prestados.
55
A Figura 2.5 ilustra o alinhamento entre as diretrizes organizacionais, estabele-
cendo a relação existente entre missão, visão e valores organizacionais.
Figura 2.5 | Alinhamento entre missão, visão e valores organizacionais
Missão
Por que exis�mos? Onde estamos?
Visão
Para onde queremos ir juntos?
Valores
Quem somos?
Para que propósito a organização existe?
Que valor nossa empresa oferece para a sociedade?
Qual é a nossa iden�dade?
Onde estamos agora?
Qual é o sonho mais ambicioso de nossa organização?
Qual é a nossa visão de futuro?
O que queremos alcançar a longo prazo?
Para onde nós vamos a par�r de onde estamos?
Como seremos diferentes ao criar valores?
Como a�giremos nossa Visão a par�r de nossa Missão?
Que crenças (princípios) orientarão nosso comportamento?
Estratégia
Como chegaremos lá?
Pontos de par�da
Fonte: Pinto (2016).
Conforme pode ser observado na Figura 2.5, enquanto a missão deter-
mina por que existimos e onde estamos, a visão define para onde queremos ir 
juntos, orientados pelos valores organizacionais, para determinar as estraté-
gias e os objetivos de uma empresa. As declarações de missão, visão e valores, 
em conjunto, servem como elementos de base para uma empresa estabelecer 
suas estratégias e determinar suas diretrizes organizacionais, bem como para 
construir as definições de seus objetivos organizacionais.
Compreender quais são as diretrizes estratégicas da empresa, ou seja, 
o significado de sua missão, visão e valores, é fundamental para que um 
consultor ambiental tenha êxito na prestação de seus serviços de consul-
toria, porque elas determinam a identidade organizacional dessa empresa. 
Nesse sentido, o consultor ambiental deve ser capaz de identificar a razão de 
existência da empresa na qual ela presta consultoria, analisar onde ela quer 
chegar e como quer ser reconhecida e mapear os princípios que governam a 
conduta e as atitudes dos colaboradores da empresa.
Somente após a apropriação e compreensão dessas diretrizes o consultor 
ambiental será capaz de definir as estratégias que adotará para promover as 
mudanças dentro da empresa-cliente. Mas, antes disso, ele terá que aprender, 
ainda, a analisar o ambiente no qual a empresa-cliente está inserida e traçar 
os objetivos para que as mudanças necessárias sejam implantadas. Todavia, 
esses serão temas que estudaremos na próxima seção. 
56
Para saber mais
Para saber mais sobre a importância da missão, visão e valores organi-
zacionais para um consultor ambiental, você pode ler o artigo Respon-
sabilidade socioambiental por meio damissão, visão e valores: um 
estudo nas 100 maiores empresas de Santa Catarina. Com essa leitura, 
você entenderá melhor porque a declaração das diretrizes estratégicas 
de uma empresa é importante para um consultor ambiental.
PORTELLA, A. R. Responsabilidade socioambiental por meio da missão, 
visão e valores: um estudo nas 100 maiores empresas de Santa Catarina. 
R. gest. Sust. ambient., Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 217-241, abr./set. 2015.
Questões para reflexão
De que maneira a missão, a visão e os valores podem nortear, ou seja, 
direcionar a definição dos objetivos organizacionais?
Atividade de aprendizagem
1. No momento da construção do planejamento estratégico, uma empresa 
precisa declarar as diretrizes organizacionais que definam o que elas são, 
por que existem, o que elas serão e quais condutas pretendem adotar 
durante esse percurso.
Considerando o contexto, assinale a alternativa correta:
a. Diretrizes estratégicas são compostas por missão, visão e valores organizacionais.
b. Diretrizes estratégicas são compostas por estratégias e objetivos organizacionais.
c. Diretrizes estratégicas são compostas por valores agregados às organizações.
d. Diretrizes estratégicas são compostas por planejamentos organizacionais.
e. Diretrizes estratégicas são compostas por consultores organizacionais. 
2. A missão pode ser considerada como uma maneira de explicar seu 
sistema de regras, crenças e valores da empresa relativo aos seus negócios e 
ao seu campo de atuação, que deve ser construída respeitando suas tradições 
e filosofias. Desse modo, leia as proposições a seguir, as quais apresentam 
perguntas relacionadas à missão:
I. Quem somos?
II. Para que propósito a organização existe?
57
III. Para quem existimos?
IV. O que queremos alcançar a longo prazo?
É correto apenas o que se afirma em:
a. I e II.
b. II e III.
c. III e IV.
d. I, II e III.
e. I, II, III e IV. 
58
Seção 2
Definições estratégicas em consultoria 
ambiental: análise do ambiente organizacional
Agora que já aprendemos a importância das diretrizes estratégias para o 
desenvolvimento da consultoria ambiental, chegou o momento de aprofun-
darmos nossos conhecimentos sobre as duas primeiras etapas que envolvem 
o planejamento estratégico de consultoria ambiental, que se dividem entre 
a análise dos ambientes interno e externo da empresa-cliente e a compre-
ensão dos objetivos definidos por ela. Essa etapa é fundamental para ajudar 
a conhecer os principais aspectos relacionados à estratégia empresarial e aos 
objetivos adotados pela empresa-cliente, os quais auxiliarão na identificação 
dos motivos que a levaram a procurar os serviços de um consultor ambiental.
Vamos iniciar nossos estudos descrevendo a análise do ambiente, consi-
derado como o acompanhamento dos fatores organizacionais – externos 
e internos –, os quais são capazes de afetar a empresa no alcance de seus 
objetivos. A análise do ambiente, de acordo com Vilas Boas (2016), pode ser 
considerada como uma das ferramentas da área da estratégia mais empre-
gadas por organizações, uma vez que ela consiste na análise dos fatores, tanto 
externos quanto internos, que influenciam uma organização. Desse modo, 
ao compreender esses fatores, o consultor ambiental deve buscar métodos 
capazes de alavancar os resultados da empresa-cliente em um mercado cada 
vez mais dinâmico e competitivo.
Considerando o que foi apresentado, é notável que o ambiente no qual 
a empresa-cliente está inserida é fundamental para identificar sua situação 
atual, porque o estudo sobre o ambiente envolve aspectos relacionados 
ao “ambiente de marketing, ao mercado-alvo e aos objetivos e desem-
penho atuais da empresa” (PINTO, 2016, p. 36). Nesse sentido, a análise do 
ambiente é identificada como um processo no qual se avaliam e interpretam 
todas as informações disponibilizadas e coletadas pelo consultor ambiental 
no decorrer do exame do ambiente da empresa-cliente. Para que a análise do 
ambiente seja aceita pela empresa como completa, Vilas Boas (2016) reforça 
que o consultor precisa compreender tanto o ambiente externo quanto 
o interno, identificando as oportunidades e ameaças externas da empre-
sa-cliente, bem como suas potencialidades e fraquezas internas. O autor 
defende que a condução dessas atividades demandará o uso de ferramentas 
estratégicas muito utilizadas por empresários e consultores, como a Análise 
SWOT e a Análise das cinco forças de Porter.
59
Primeiro, vamos compreender o significado da palavra SWOT, uma sigla 
criada pelas primeiras letras das palavras Strengths, Weaknesses, Opportunities 
e Threats, as quais, traduzidas para o português, formam o acrônimo FOFA: 
Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, respectivamente. Neste livro, 
adotaremos a sigla SWOT.
A Análise SWOT (Figura 2.6) é um instrumento com um conceito de 
fácil entendimento, utilizado com o objetivo de analisar cenários organiza-
cionais. Roncon et al. (2013) explicam que, devido a essa facilidade, a Análise 
SWOT é largamente utilizada por empresas, empreendedores e consultores 
que pretendem iniciar um novo negócio ou compreender o ambiente de um 
negócio existente, por facilitar tanto a etapa de visualização dos cenários 
externos e internos quanto sua análise. Os autores esclarecem que o objetivo 
principal da Análise SWOT consiste no levantamento de informações a 
respeito do ambiente no qual a empresa está inserida.
Figura 2.6 | Matriz SWOT
Ambiente
interno
Ambiente
externo
Oportunidades
Ameaças Fraquezas
ForçasPosi�vo
Nega�vo
Fonte: elaborada pelo autor (2019). 
A análise do ambiente externo é considerada a etapa que inicia o processo 
de planejamento estratégico. Ela busca levantar informações que serão 
utilizadas posteriormente para estabelecer as diretrizes organizacionais e 
definir os objetivos. Vilas Boas (2016) defende que, ao realizar a análise do 
ambiente externo, o consultor ambiental é capaz de identificar ameaças e 
oportunidades do ambiente externo – ambiente competitivo – e, com base 
nisso, analisar quais são os fatores externos que mais afetam, diretamente, a 
organização de atingir seus objetivos. Na visão do autor, analisar o ambiente 
externo permite que o consultor ambiental identifique as ameaças e oportu-
nidades do ambiente competitivo no qual a empresa-cliente está inserida. 
60
Para a realização do diagnóstico do ambiente externo da empresa-cliente, 
faz-se necessária a identificação das ameaças e oportunidades que podem 
afetar, positiva ou negativamente, seu desempenho. Pinto (2016, p. 88) 
exemplifica essa situação quando afirma que:
[...] o aumento da taxa de juros encarece a compra de um 
produto realizada por meio de financiamento, o que é uma 
ameaça a todas as empresas do setor. Algumas empresas 
podem tomar algumas medidas para criar condições mais 
favoráveis, como, por exemplo, desenvolvendo financia-
mento com capital próprio. Porém, mesmo assim, a variável 
inflação afeta o desempenho dessa empresa e das demais 
empresas do setor, reduzindo sua lucratividade.
O exemplo citado destaca a importância de o consultor ambiental 
compreender o ambiente externo para realizar um trabalho de consultoria 
que apresente os resultados que a empresa-cliente necessita, uma vez que 
todos os objetivos traçados por ela podem ser afetados por esse ambiente. 
Concluída a etapa da análise do ambiente externo, vamos dar início ao 
aprendizado sobre o ambiente interno da organização. Ao analisar o ambiente 
interno, o consultor ambiental é capaz de identificar as forças e fraquezas da 
empresa-cliente em relação aos seus concorrentes. A força de uma organi-
zação se relaciona diretamente com um atributo interno da organização, o 
qual facilita que sua missão se realize e que seus objetivos sejam alcançados. 
Ao analisar a variável fraqueza, verifica-se que o inverso acontece, porque 
a fraqueza se relaciona com uma falha interna que pode prejudicar que a 
missão da organização se realize e que seus objetivos não sejam alcançados 
(VILASBOAS, 2016). 
É importante ressaltar que ambiente interno é caracterizado pelo olhar 
cuidadoso do consultor ambiental em busca dos pontos fortes e fracos que 
a empresa-cliente possui, um olhar voltado aos aspectos internos que ela 
construiu ao longo dos anos ou sobre aqueles em que ela pode vir a atuar. O 
consultor ambiental deve saber potencializar as forças da empresa-cliente e 
criar planos, com o objetivo de diminuir, ao máximo, suas fraquezas.
Vamos utilizar mais um exemplo de Pinto (2016) para compreender 
melhor a análise do ambiente interno de uma organização. O autor explica 
que, se uma empresa do setor de mineração possui alta rotatividade de colabo-
radores, mas isso também acontece na maioria das empresas do mesmo setor, 
61
então não se pode afirmar que esse fator se caracterize como uma fraqueza 
dessa empresa, e sim, como uma característica do setor de mineração.
Novamente, o exemplo deixa claro que o consultor ambiental precisa 
saber analisar o ambiente interno da empresa-cliente, porque essa análise 
permite que ele seja capaz de identificar e potencializar suas forças, bem 
como mapear e minimizar suas fraquezas. 
Para a realização da análise do ambiente por meio da Matriz SWOT, 
conforme especificado na Figura 2.7, é primordial a distribuição das quatro 
variáveis na matriz, para que o consultor ambiental seja capaz de estabe-
lecer uma relação entre as oportunidades e ameaças que se apresentam no 
ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno 
da empresa-cliente.
Figura 2.7 | Análise do ambiente
Tendências ou fatores
externos desfavoráveis que 
podem afetar nega�vamente 
a organização.
Limitações internas
que podem dificultar a
organização a alcançar seus
obje�vos.
Habilidades internas que
podem contribuir para
 a organização alcançar
 seus obje�vos.
Oportunidades Força
Ameaças Fraquezas
Posi�vo
Variáveis externas 
que a organização 
pode explorar.
Ambiente
interno
Ambiente
externo
Nega�vo
Fonte: elaborada pelo autor (2019).
Por meio da análise do ambiente realizada a partir da Matriz SWOT, o 
consultor ambiental consegue identificar como as oportunidades e ameaças 
presentes no ambiente externo se relacionam ao ambiente interno da 
empresa-cliente. Para finalizar o aprendizado sobre a Matriz SWOT, vamos 
compreender quais são as implicações estratégicas da análise do ambiente 
identificados por meio da matriz demonstrada na Figura 2.8.
62
Figura 2.8 | Implicações estratégicas da Análise SWOT
FO
RÇ
AS Usar forças existentes 
para explorar as oportunidades
Usar as forças existentes para
bloquear ou minimizar as
ameaças
Desenvolver as forças necessárias
para posteriormente explorar as
oportuniades
Desenvolver as forças necessárias para
bloquear ou minimizar as
ameaças
AMEAÇASOPORTUNIDADES
FR
AN
Q
U
IA
Matriz SWOT
Fonte: elaborada pelo autor (2019).
Ao analisar a Figura 2.8, o consultor ambiental pode decidir em quais 
fatores concentrará seus esforços para minimizar as fraquezas da empre-
sa-cliente ou transformá-las em forças, com o intuito de desenvolver suas 
capacidades em conformidade com sua missão e avaliar quais estratégias de 
consultoria são passíveis de implementação para resolver os problemas que 
a empresa enfrenta.
É importante ressaltar a necessidade da imparcialidade do consultor 
ambiental na condução da análise da Matriz SWOT, porque ele não deve 
mascarar as ameaças e os pontos fracos encontrados para apresentar resul-
tados que demonstrem uma empresa ou um ambiente melhor do que o real. 
Esse tipo de comportamento compromete o trabalho do consultor ambiental 
e prejudica a atuação da empresa no futuro, uma vez que ela não conse-
guirá se preparar de modo adequado para enfrentar as ameaças existentes 
no mercado.
Outra ferramenta utilizada em larga escala por consultores para analisar o 
ambiente no qual a empresa-cliente está inserida é a Análise das cinco forças 
de Porter, também conhecidas como forças competitivas. De acordo com 
esse modelo, as cinco forças devem ser utilizadas pelo consultor ambiental 
para mapear o ambiente e, a partir das informações coletadas no micro-
ambiente dessa organização – que afeta como ela alcança seus resultados –, 
desenvolver uma estratégia eficaz para a empresa-cliente.
Silva et al. (2010) explicam que a proposta de Porter é complementar a Análise 
da Matriz SWOT na medida em que aprofunda a análise dos ambientes externo 
e interno, contemplando um maior número de itens no processo. Os autores 
explicam que as cinco forças de Porter se classificam como:
1. Rivalidade entre os concorrentes.
2. Poder de negociação dos fornecedores.
63
3. Poder de negociação dos clientes.
4. Ameaça de novos entrantes.
5. Ameaça de produtos substitutos.
Esses itens podem ser melhor observados na Figura 2.9.
Figura 2.9 | Cinco forças competitivas propostas por Porter
Rivalidade entre 
concorrentes
Ameaça de
subs�tutos
Ameaça de
novos entrantes
Poder dos
fornecedores
Poder dos
consumidores
Fonte: elaborada pelo autor (2019).
As cinco forças ilustradas na Figura 2.9 se relacionam diretamente com 
o grau de competição que existe entre concorrentes de um mesmo setor. A 
primeira força destacada por Porter (1989) é a rivalidade entre os concor-
rentes, considerada como a mais expressiva delas. Para que sua análise seja 
possível, o autor explica ser necessário que o consultor ambiental identifique 
quem são os clientes da empresa-cliente e quais estratégias seus concor-
rentes adotam para atraí-los, para que, desse modo, seja capaz de visualizar o 
posicionamento da empresa-cliente no mercado.
É comum que exista muita rivalidade dentro de um mesmo setor, o que 
pode ocasionar margens de lucro mais apertadas e a necessidade de captura 
de clientes de outras empresas. Vilas Boas (2016) explica que tal rivalidade 
pode acontecer tanto em relação ao preço de venda praticado pelas empresas 
como em relação às estratégias de marketing adotadas pelos concorrentes, a 
capacidade inovativa delas, o capital intelectual que trabalha para elas, etc. 
Para melhorar a análise do consultor ambiental sobre a rivalidade entre 
concorrentes, é preciso verificar fatores, como o número de concorrentes 
existentes no setor em que a empresa-cliente opera, a taxa de crescimento 
desse setor, o tamanho e a diversidade do setor, assim como o grau de diferen-
ciação dos produtos da concorrência (PINTO, 2016). 
A segunda força proposta por Porter (1989) é o poder de negociação dos 
fornecedores, parceiros comerciais capazes de auxiliar a empresa-cliente no 
64
desenvolvimento de suas atividades, assim como de atrapalhar seus resul-
tados organizacionais, uma vez que essa força se relaciona com a quantidade 
de matéria-prima que um setor necessita. Por exemplo, vamos imaginar que 
o setor da empresa-cliente onde o consultor ambiental atuará possua apenas 
um fornecedor. Automaticamente, este ditará as regras ao setor pela simples 
falta de opção de outros fornecedores. 
Brasileiro e Morandi (2014) esclarecem que os fornecedores, ao 
ameaçarem um setor com aumento de preços ou redução da qualidade dos 
produtos ou serviços, exercem seu poder de negociação com a empresa-
-cliente, porque, no momento que um fornecedor aumenta seus preços – e a 
empresa-cliente não consegue repassar esse aumento para seus clientes –, ele 
aperta sua lucratividade.
Outro ponto importante a ser considerado pelo consultor ambiental 
quanto a essa força é explicada por Vilas Boas (2016): o autor defende que, 
quando o principal fornecedor da empresa-cliente é uma empresa de grande 
porte e a empresa-cliente representa uma parcela pequena de suas vendas, o 
consultor ambiental deve estar muito atento à condução de suas atividades. 
Essa situação pode se transformar em uma ameaça na medida em que esse 
fornecedor pode alterar regras a qualquer instante sem sofrer prejuízos 
consideráveis, mas causar grandes impactos na empresa-cliente. 
Imagine, ainda, que o principal fornecedor da empresa-clientefoi 
comprado por um concorrente: essa é outra ameaça que deve ser verificada 
pelo consultor ambiental. Chamamos essa compra de integração da cadeia de 
valor, e esse fornecedor, muito provavelmente, deixará de atender a empre-
sa-cliente e, caso o faça, poderá oferecer condições de preços impraticáveis. 
Para aumentar sua capacidade de análise sobre o poder de negociação 
dos fornecedores, o consultor ambiental deve se atentar à quantidade de 
fornecedores do setor no qual a empresa-cliente atua, o quanto esses forne-
cedores estão estruturados e a possibilidade de os concorrentes comprarem 
esse fornecedor, integrando-o em sua cadeia de valor. 
A terceira força sugerida por Porter (1989) é o poder de negociação 
dos clientes, que não estão preocupados com a sobrevivência da empresa-
-cliente e procuram opções de compra que atendam aos seus desejos e às suas 
necessidades pelo preço mais acessível. Setores com poucos clientes fazem 
com que eles tenham um poder de negociação muito alto, uma vez que esse 
consumidor sabe que a empresa-cliente vai atender ao seu pedido, indepen-
dentemente do seu grau de exigência. 
A situação na qual o consumidor tem fácil acesso à informação e 
custo baixo para trocar de fornecedor representa uma ameaça forte à 
65
empresa-cliente. Vilas Boas (2016) explica que isso acontece porque a concor-
rência será acirrada nesse setor, e a empresa-cliente precisará convencer o 
consumidor de que seu produto ou serviço é a melhor opção do mercado. O 
consultor ambiental deve estar atento a essa situação, porque as margens de 
lucro da empresa-cliente que atua nesse setor serão menores.
Outro ponto que merece cuidado é o fato de um dos concorrentes da 
empresa-cliente comprar seu principal cliente para integrar a cadeia de valor 
dele. Esse fato é muito semelhante com o que acontece no poder dos forne-
cedores, e a empresa-cliente, provavelmente, sofrerá as consequências dessa 
compra (BRASILEIRO; MORANDI, 2014). 
Para uma melhor atuação, o consultor ambiental deverá analisar quantos 
são os clientes da empresa que contratou seus serviços, o quanto estruturado 
eles estão, qual a quantidade de informações disponíveis para esse setor e, 
principalmente, qual a possibilidade de um concorrente integrar seu poten-
cial cliente em sua cadeia de valor.
A quarta força proposta por Porter (1989) é a ameaça de novos entrantes, 
empresas novas que podem entrar no setor que a empresa-cliente atua e 
se tornarem concorrente dela. Nesse caso, Ferreira et al. (2019) defendem 
que, caso o negócio da empresa-cliente abra espaço para essa oportunidade, 
o consultor ambiental deve encontrar um setor que apresente uma ameaça 
pequena de novos entrantes para ela atuar. Entretanto, caso não seja possível 
essa mudança de setor, o consultor ambiental deverá criar obstáculos que 
atrapalhem a entrada de novos concorrentes para a empresa-cliente. 
Nesse sentido, o consultor ambiental pode ajudar a empresa-cliente a 
construir esses obstáculos por meio da adoção de estratégias, como o desen-
volvimento de novas tecnologias capazes de solucionar conflitos de consumo 
ou produção elevados e ajudar a empresa-cliente na preservação ambiental. 
Pode, ainda, auxiliar a empresa no desenvolvimento de uma nova prática de 
gestão ambiental que dificulte concorrentes de competirem de forma iguali-
tária no mesmo mercado da empresa-cliente. 
Vilas Boas (2016, p. 208) elenca uma série de fatores que funcionam 
como barreiras de entrada a novos participantes: são eles “patentes, direitos 
autorais, acesso a canais de distribuição, acesso à mão de obra especializada, 
necessidade de economia de escala, grande exigência de investimento, leis e 
políticas e marca já estabelecida”.
A quinta e última força oferecida por Porter (1989) é a ameaça de produtos 
substitutos, os quais apresentam funcionalidades próximas às dos produtos 
e/ou serviços ofertados pela empresa-cliente. Como essas funções são muito 
66
semelhantes, existe a possibilidade de os clientes migrarem para um produto 
e/ou serviço substituto caso estejam descontentes com algo. 
Brasileiro e Morandi (2014, p. 7) explicam que:
[...] a oferta de produtos substitutos resulta inevitavel-
mente em comparações entre qualidade e desempenho, 
feitas pelos consumidores de forma similar à feita com 
relação ao preço. Estes produtos, que influenciam direta-
mente no preço de mercado, podem limitar ou mesmo 
reduzir as taxas de retorno de uma empresa, ao forçarem o 
estabelecimento de um teto nos preços.
Produtos substitutos já podem estar disponíveis no mercado. Vilas Boas 
(2016) exemplifica a força de um produto substituto de uma forma simples. 
O autor explica que, ao montar seu sanduíche, um consumidor pode optar 
por comprar peito de peru, mortadela ou presunto, caso o preço desses produtos 
não seja muito diferente. Nesse caso, um produto é facilmente substituído pelo 
outro. Assim, o consultor ambiental deve estar atento à possibilidade de o mercado 
lançar novos produtos e/ou serviços que tornem os da empresa-cliente obsoletos.
Como observamos nesta seção, apresentamos duas ferramentas de gestão 
simples para a condução de uma análise dos ambientes externo e interno 
da empresa-cliente. Essa simplicidade faz com que elas sejam utilizadas por 
empresas dos mais diferentes portes, por gestores e por consultores ambien-
tais, bem como que sejam adotadas nos mais diferentes cursos de gestão. 
Todo consultor ambiental deve fazer uso delas no momento de analisar a 
situação atual da empresa-cliente para a qual ele presta serviço.
Para saber mais
Para conhecer um pouco mais a Matriz SWOT, leia o artigo Gestão 
de resíduos e a análise SWOT: estudo de caso em uma organização 
de maquinaria agrícola, de autoria de Raupp et al. (2018). Com essa 
leitura, você entenderá melhor como se realiza um diagnóstico de 
resíduos sólidos de uma empresa de maquinaria agrícola, para a 
proposição da construção de um plano de gerenciamento de resíduos 
sólidos sob a ótica da Matriz SWOT.
RAUPP, E. B. et al. Gestão de resíduos e a análise SWOT: estudo de caso 
em uma organização de maquinaria agrícola. SCIENTIA CUM INDUS-
TRIA, v. 6, n. 3, p. 17-26, 2018. 
67
Questões para reflexão
Nesta seção, apresentamos a Matriz SWOT e as cinco forças de Porter. 
Além das características analisadas por essas duas ferramentas, será 
que existem outras características do ambiente que precisam ser traba-
lhadas e analisadas? Se existem, quais são elas e qual sua importância 
para o desenvolvimento do trabalho do consultor ambiental? 
Atividade de aprendizagem
1. Ao analisar um ambiente, o consultor ambiental avalia e interpreta todas 
as informações do ambiente externo e interno da empresa-cliente. Nesse 
sentido, complete as lacunas da sentença a seguir:
Para que a análise do ambiente seja aceita pela empresa como ____________, 
o consultor precisa compreender tanto o ____________ externo quanto o 
interno, identificando as oportunidades e ameaças ____________ da empre-
sa-cliente, bem como suas potencialidades e fraquezas ____________.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. aprovada/controle/internas/externas.
b. aprovada/controle/externas/internas.
c. completa/ambiente/internas/externas.
d. completa/controle/externas/externas.
e. completa/ambiente/externas/internas. 
2. Para que a empresa-cliente se destaque no setor em que atua, é necessário 
que ela desenvolva ações estratégicas capazes de ampliar ou manter, de modo 
sustentável, suas vantagens competitivas frente aos seus concorrentes. Consi-
derando as cinco forças propostas por Porter, analise as seguintes afirmativas:
I. Rivalidade entre os fornecedores.
II. Poder de negociação dos concorrentes.
III. Poder de negociação dos clientes.
IV. Ameaça de novos entrantes.
V. Ameaça de produtos substitutos.
68
É correto o que se afirma em:
a. I e II, apenas.
b. III e IV, apenas.
c. IV e V, apenas.
d. III, IV e V, apenas.
e. I, II, III, IV e V. 
69
Seção 3
Ferramentasde aplicação estratégica em 
consultorias ambientais
Na Seção 2.1, iniciamos nossa discussão sobre estratégia em consultoria 
ambiental, analisando os principais conceitos sobre missão, visão e valores 
organizacionais. Na Seção 2.2, tratamos da análise do ambiente – externo e 
interno – da organização por meio da análise SWOT e das cinco forças de 
Porter. Agora é o momento de identificarmos os caminhos para garantir que 
essas estratégias sejam seguidas por todos os integrantes da empresa. 
A ferramenta estratégica que aprenderemos nesta seção se chama 
Balanced Scorecard (BSC), desenvolvida por Robert Kaplan e David Norton, 
da Harvard Business School, em uma publicação do ano de 1992, intitulada 
The Balanced Scorecard Mesures that Drive Performance, traduzida livre-
mente para o português como Painel de Controle Balanceado (FERNANDES, 
2012). O autor explica que Kaplan e Norton eram experientes na área de 
contabilidade e identificaram uma necessidade crescente entre gestores de 
mensurar os resultados das ações que eles praticavam dentro das empresas, 
mas que a maioria dos indicadores que eles utilizavam – financeiros e apenas 
de curto prazo – não os ajudavam nessa tarefa. Para resolver essa situação, 
Pinto (2016) explica que Kaplan e Norton desenvolveram o BSC, uma ferra-
menta estratégica capaz de mensurar, de modo equilibrado, objetivos de 
curto e longo prazos, bem como de unificar indicadores financeiros ou não. 
Um dos principais objetivos do BSC é compreender as diretrizes estra-
tégias da empresa, mais especificamente sua visão, bem como sua própria 
estratégia, a qual será traduzida em metas que devem ser cumpridas por 
todos os integrantes da organização. Para isso, Vilas Boas (2016) defende que 
a empresa precisará compreender quais fatores são críticos, para que seus 
resultados estratégicos se realizem, e transformá-los em medidas diversas, 
as quais avaliarão se os colaboradores estão desempenhando suas ativi-
dades de modo adequado e contribuindo com a efetivação dos resultados 
organizacionais. 
Os pensamentos de Padilha et al. (2016) vão ao encontro dos pensa-
mentos de Vilas Boas (2016) quando se verifica que o Balanced Scorecard 
tem o intuito de transformar a visão da empresa em medidas de desempenho 
que comuniquem sua missão e suas estratégias em um grupo de indicadores. 
Na perspectiva de Kaplan e Norton (1997, p. 19), o BSC pode ser concei-
tuado como “um instrumento que integra medidas financeiras derivadas 
das estratégias, sem menosprezar as medidas financeiras do desempenho 
70
passado”. A partir dessas definições sobre BSC fica fácil compreender que a 
missão e a visão são os elementos norteadores para a elaboração dessa ferra-
menta estratégica (KRUGER et al., 2018). Para os autores, essa conceituação 
evidencia uma preocupação dos gestores de uma organização com as pessoas 
que trabalham nela.
Ao modelar o Balanced Scorecard, Kaplan e Norton (1997) definem quatro 
perspectivas – financeira (a mais tradicional), consumidores, processos 
internos e inovação e aprendizado (ou pessoas) – e encaixam os indicadores 
de mensuração de desempenho respectivo a cada uma delas. A Figura 2.10 
explica os indicadores da ferramenta BSC.
Figura 2.10 | Perspectivas da ferramenta Balanced Scorecard
Como somos vistos 
pelos clientes?
Como podemos
nos destacar?
Podemos con�nuar 
a melhorar e criar
valor?
Dimensão
financeira
Dimensão de
aprendizado e
crescimento
Dimensão de 
consumidores
Dimensão de 
processos
internos
Como somos vistos 
pelos acionistas?
Fonte: elaborada pelo autor (2019).
A primeira perspectiva apresentada pelos autores é a financeira, a qual, de 
acordo com Crispim e Romeiro (2017) é uma perspectiva relevante e neces-
sária para avaliar a situação financeira da organização e direcioná-la para 
o alcance de seus objetivos. Destaca-se que o principal objetivo financeiro 
não deve ser os resultados de curto prazo da empresa, e sim, sua sustenta-
bilidade em longo prazo (VILAS BOAS, 2016). Na visão do autor, apesar 
de o BSC demonstrar a relevância das demais áreas para que a organização 
sobreviva no longo prazo, seu objetivo principal é a geração de valor para 
seus acionistas. 
Diante do que foi apresentado, identifica-se que a perspectiva financeira 
é responsável por identificar quais são as medidas e os objetivos capazes de 
promover retornos financeiros de curto e longo prazos da empresa, para que 
71
seja possível aumentar suas receitas, reduzir seus custos e garantir sua sobre-
vivência financeira (KAPLAN; NORTON, 1997). Os autores defendem que 
os objetivos da perspectiva financeira são relativos à rentabilidade e criação 
de valor para os acionistas.
Nesse sentido, Oliveira (2015) destaca a importância de se vincular os 
objetivos financeiros à estratégia da empresa, estabelecer metas e avaliá-las 
a partir de indicadores. Para Veroneze et al. (2017), a perspectiva financeira 
focaliza como a empresa é percebida pelos acionistas e/ou proprietários. Os 
autores exemplificam os indicadores dessa perspectiva como rentabilidade, 
aumento da receita, fluxo de caixa, maior eficácia sobre o uso de ativos, 
retorno sobre o caixa, minimização do custo de produção, etc.
A segunda perspectiva descrita por Kaplan e Norton (1997) sobre o BSC 
é a de consumidores, também conhecida como perspectiva de mercado. 
Os autores defendem que ela é representada por medidas que envolvem a 
competitividade e contribuem para o alinhamento e ajuste dos objetivos 
financeiros aos objetivos dos consumidores. Esse alinhamento é responsável 
por satisfazer, fidelizar, captar e reter consumidores.
A perspectiva de consumidores ou de mercado se relaciona diretamente 
com as atividades que a empresa realiza para gerar valor para seus consumi-
dores e, por isso, representa o modo como eles percebem a empresa. Para que 
essa perspectiva seja executada dentro de uma empresa, é necessário que ela 
crie objetivos relativos ao tempo, à qualidade e ao desempenho dos serviços 
executados (KAPLAN; NORTON, 1997). Os principais exemplos identifi-
cados por Oliveira (2015) para indicadores dessa perspectiva são: satisfação 
e fidelização de clientes, participação de mercado, lucratividade e rentabili-
dade de consumidores, etc.
Assim, a perspectiva de consumidores se volta para o exterior da 
empresa, procurando novas possibilidades para atender aos clientes – 
não somente os atuais –, bem como para a promoção de estratégias que 
favoreçam o crescimento da participação da empresa-cliente no mercado. 
Essa perspectiva permite que gestores e consultores sejam capazes de identi-
ficar os principais segmentos de clientes e de mercados nos quais a empresa 
atuará e, deste modo, determinar quais serão as medidas de desempenho 
abordadas nessa perspectiva. 
A terceira perspectiva proposta por Kaplan e Norton (1997) é a de 
processos internos, responsável por propor medidas capazes de orientar 
os processos internos da empresa para que os objetivos de consumidores e 
acionistas sejam alcançados a partir da identificação e melhoria dos pontos 
fracos da organização levantados no desenvolvimento da Matriz SWOT.
72
O foco da perspectiva de processos internos está no modo como a 
empresa consegue ser mais eficiente no desenvolvimento de seus processos 
e no aumento do nível de qualidade da prestação de seus serviços. Uma 
diferença facilmente percebida entre as perspectivas consumidores e de 
processos internos é que, enquanto a primeira analisa os aspectos externos 
da empresa, a segundo o faz em uma dimensão interna. Nesse sentido, 
Pinto (2016) afirma que os principais indicadores a serem observados nessa 
perspectiva são os que envolvem as melhorias de processos e sua relação com 
a satisfação dos clientes. Para o autor, essa observação ultrapassa a análise 
simples dos indicadores capazes de melhorar a eficiência dos processos.
Na visão de Kruger et al. (2018), na perspectiva de processos internos, a 
empresa deve focalizar em quais processos ela precisa ter excelênciae, a partir 
desses dados, criar indicadores capazes de demonstrar se esses processos 
estão alinhados à operação e se são passíveis de gerar valor para a empresa. 
Os autores defendem que os exemplos mais utilizados para indicadores de 
processos internos são: qualidade, eficiência e produtividade, competência 
da equipe, qualidade dos produtos, etc.
A quarta perspectiva apresentada por Kaplan e Norton (1997) é a perspec-
tiva de inovação e aprendizado, que concentra os esforços da empresa no 
sentido de desenvolver um autoaprendizado constante e conseguir crescer a 
partir disso. Os autores explicam que essa perspectiva favorece a criação de 
medidas que contribuam com a implantação de melhorias na infraestrutura 
da empresa, por meio da parceria com as demais perspectivas do BSC, para 
que ela obtenha vantagens competitivas. 
Essa perspectiva se relaciona intimamente com a capacidade de inovação 
de uma organização, porque, para se manter competitiva em um mercado 
cada vez mais acirrado, ela precisa renovar constantemente seu portfólio de 
produtos, ou ainda implantar melhoramentos no mix de produtos já existente. 
Veroneze et al. (2017) esclarecem que a perspectiva de inovação e apren-
dizado, também conhecida como perspectiva de recursos, focaliza suas ações 
na capacidade de a empresa se preparar para atuar no futuro por meio da 
melhoria contínua. Para tanto, a empresa deve desenvolver indicadores 
que apontem como ela pode aprender e garantir seu crescimento perante 
os concorrentes. Os autores descrevem exemplos dessa perspectiva como o 
desenvolvimento das competências da equipe, a quantidade de processos que 
sofrem melhorias e o tempo destinado à criação e ao desenvolvimento de 
novos produtos, etc.
73
Para finalizar esta seção, será apresentada, na Figura 2.11, a relação 
existente entre a missão e a visão da empresa – estudadas na Seção 1 desta 
unidade – e o BSC.
Figura 2.11 | Relação entre missão e visão e o Balanced Scorecard
Missão e visão
RESU
LTADO
S
M
EIO
S
Missão descreve:
Propósito da existência
da empresa-cliente
Estratégia de crescimento
Visão descreve:
Onde a empresa-cliente 
quer chegar
Estratégia de rentabilidade
Perspec�va Financeira
Para alcançar a visão e cumprir a missão, quais resultados 
financeiros a empresa-cliente deve a�ngir?
Perspec�va de Consumidores ou de Mercado
Para a�ngir os resultados financeiros, o que a empresa-cliente 
irá fazer melhor que seus concorrentes?
Perspec�va de Processos Internos
Para ser melhor que seus concorrentes, quais são os desafios
operacionais da empresa-cliente?
Perspec�va de Aprendizado ou de Recursos
Quais recursos a empresa-cliente deve providenciar 
para dar conta de todos esses desafios?
Fonte: Vilas Boas (2016).
É simples observar que as diretrizes estratégicas traduzidas na missão e 
visão de uma empresa aparecem no topo da figura e norteiam o desenvolvi-
mento das quatro perspectivas do BSC. A partir da declaração da missão e 
visão, o consultor ambiental dará início ao desenvolvimento das perspectivas 
financeiras, consumidores ou de mercado, de processos internos e de apren-
dizado e inovação ou de recursos. Na Figura 2.11, verifica-se a interligação 
entre cada uma dessas perspectivas, bem como quais delas são responsáveis 
pelos resultados de uma organização e quais são utilizadas como meios para 
que esses resultados aconteçam.
Para saber mais
Para compreender ainda melhor como o BSC é utilizado, convido você 
a ler o artigo Gestão estratégica de resíduos sólidos: utilização do 
Balanced Scorecard, de Souza e Cordeiro (2009). Nesse estudo de caso, 
os autores analisaram a aplicação do BSC na gestão de resíduos sólidos 
urbanos, considerando no processo as dimensões e os princípios da 
sustentabilidade. 
74
SOUZA, R. G. de; CORDEIRO, J. S. Gestão estratégica de resíduos sólidos: 
utilização do Balanced Scorecard. Planejamento e políticas públicas, n. 
32, p. 205-226, jan./jun. 2009.
Questões para reflexão
Um dos principais aspectos do Balanced Scorecard está em conseguir 
mensurar o desempenho de uma empresa dentro das quatro dimen-
sões propostas com indicadores numéricos objetivos por Katlan e 
Norton (1997). Ao conhecer melhor a ferramenta, alguns questiona-
mentos emergem, por exemplo: o melhor modo de mensurar o desem-
penho é utilizando números? Existe a possibilidade de atividades consi-
deradas importantes para a organização não poderem ser medidas em 
números? Quais seriam essas atividades?
Atividade de aprendizagem da seção 
1. Um dos maiores objetivos do Balanced Scorecard é entender as diretrizes 
estratégias da empresa, mais especificamente sua visão, bem como sua própria 
estratégia, que será traduzida em metas, as quais devem ser cumpridas por 
todos os integrantes da organização. Considerando o contexto, complete as 
lacunas da sentença a seguir:
Para isso, a empresa precisará compreender quais fatores são ____________, 
para que seus resultados estratégicos se realizem, e transformá-los em 
medidas ____________, as quais avaliarão se os ____________ estão 
desempenhando suas atividades de modo adequado e contribuindo com a 
efetivação dos ____________ organizacionais.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. desnecessários/únicas/clientes/planos.
b. críticos/diversas/colaboradores/resultados.
c. desnecessários/únicas/colaboradores/resultados.
d. críticos/diversas/clientes/planos.
e. desnecessários/diversas/clientes/resultados. 
75
2. O Balanced Scorecard (BSC) pode ser conceituado como uma ferramenta 
capaz de integrar medidas financeiras derivadas das estratégias, sem menos-
prezar as medidas financeiras do desempenho passado. 
Considerando as perspectivas do BSC, analise as afirmativas a seguir e 
julgue-as com V para verdadeiras ou F para falsas:
( ) Perspectiva financeira.
( ) Perspectiva de consumidores.
( ) Perspectiva de processos internos.
( ) Perspectiva de conhecimento e criatividade.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a. F - V - V - V.
b. F - V - F - V.
c. V - V - V - V.
d. V - V - F - F.
e. V - V - V - F. 
Fique Ligado!
Caro aluno, no decorrer desta unidade, mostramos que a BSC oferece 
alguns benefícios em decorrência de sua implementação, entre eles:
• Alinhamento de toda a organização com a estratégia.
• Desenvolve uma cultura de aprendizagem e melhoria contínua.
• Possibilita aos gestores enxergar o desempenho organizacional de 
forma ampla e sistematizada.
• Facilita a comunicação interna e externa.
Para concluir
O profissional de consultoria ambiental possui muitos desafios, como 
conhecer a empresa-cliente, os tipos de consultoria que poderá utilizar, bem 
como conduzir um diagnóstico organizacional capaz de identificar a situação 
atual da empresa. Entretanto, nada disso pode ser realizado antes de pensar 
nas estratégias de consultoria ambiental. É preciso saber identificar missão, 
76
visão e valores organizacionais, analisar o ambiente e aplicar as ferramentas 
estratégicas em uma consultoria ambiental.
Nesta seção, você trilhou o caminho para aprofundar seus conhecimentos 
sobre a estratégia aplicada à consultoria ambiental. Embasado em teorias 
contemporâneas da área, desenvolveu conhecimentos específicos sobre a 
aplicação de ferramentas estratégicas de consultoria para a gestão ambiental. 
Espero que você tenha encarado esse desafio com muita responsabilidade e 
iniciativa, trilhando a estrada do conhecimento com dinamismo e motivação. 
Espero, também, que a unidade deste livro tenha contribuído significativa-
mente para que você conheça as ferramentas necessárias para alcançar seus 
sonhos, bem como sirva de inspiração para você se tornar um consultor na área 
de gestão ambiental. Lembre-se: você é o único responsável por seu sucesso.
Atividades de Aprendizagem da Unidade 
1. Quando aborda a visão de uma organização, o consultor ambiental busca 
entender qual imagem de futuro está vinculada a ela, ou seja, o modo como 
essa organização quer ser reconhecidaao longo do tempo. Nesse sentido, 
complete as lacunas da sentença a seguir:
A ____________ pode ser concebida como um cenário ou uma intuição, um 
sonho, uma vivência, uma imagem que será ____________ do ____________ 
de uma organização e que deve ser ____________ e apoiada por todos os 
stakeholders da empresa.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. visão/projetada/futuro/comum.
b. missão/resgatada/passado/diferente. 
c. visão/projetada/passado/diferente.
d. missão/resgatada/futuro/comum.
e. visão/resgatada/futuro/diferente. 
2. Vincular os objetivos financeiros à estratégia da empresa é importante porque 
estabelece metas e as avalia a partir de indicadores. Para Veroneze et al. (2017), a 
perspectiva financeira focaliza como a empresa é percebida pelos acionistas e/ou 
proprietários. 
Considerando o contexto, analise as afirmativas a seguir:
I. Rentabilidade.
77
II. Fluxo de caixa.
III. Aumento da receita
IV. Retorno sobre o caixa.
É correto o que se afirma em:
a. I e II, apenas.
b. II e III, apenas.
c. III e IV, apenas.
d. I, II e III, apenas.
e. I, II, III e IV. 
3. A análise do ambiente é identificada como um processo no qual se avalia 
e interpreta todas as informações disponibilizadas e coletadas pelo consultor 
ambiental no decorrer do exame do ambiente da empresa-cliente. Conside-
rando o que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas.
I. Para que a análise do ambiente seja aceita pela empresa como 
completa, o consultor precisa compreender tanto o ambiente externo 
quanto o interno.
PORQUE
II. Por meio da análise do ambiente, o consultor será capaz de identi-
ficar as oportunidades e ameaças externas da empresa-cliente, bem 
como suas potencialidades e fraquezas internas. 
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
c. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verda-
deira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
78
4. Ao analisar o ambiente interno, o consultor ambiental é capaz de identi-
ficar as forças e fraquezas da empresa-cliente em relação aos seus concor-
rentes. Considerando o que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a 
relação proposta entre elas. 
I. A força de uma organização se relaciona com uma falha interna, a 
qual pode prejudicar que a missão da organização se realize e que 
seus objetivos não sejam alcançados.
PORQUE
II. A fraqueza se relaciona diretamente com um atributo interno da 
organização, o qual facilita que sua missão se realize e que seus 
objetivos sejam alcançados. 
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
c. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verda-
deira.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
5. Um dos principais objetivos do Balanced Scorecard (BSC) é compreender 
as diretrizes estratégias da empresa, mais especificamente sua visão, bem 
como sua própria estratégia, a qual será traduzida em metas, que devem ser 
cumpridas por todos os integrantes da organização. 
Considerando o que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação 
proposta entre elas.
I. A empresa precisará compreender quais fatores são críticos para que 
seus resultados estratégicos se realizem.
PORQUE
II. Será necessário transformar esses fatores em medidas diversas, as 
quais avaliarão se os colaboradores estão desempenhando suas ativi-
dades de modo adequado e contribuindo com a efetivação dos resul-
tados organizacionais. 
79
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
b. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
c. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verda-
deira.
d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
Referências
ALLIANCE AMBIENTAL. Missão, visão e valores. [S.l.: s.n.], 2019. Disponível em: http://www.
allianceambiental.com.br/site/missao-visao-e-valores/. Acesso em: 3 out. 2019.
BÁNKUTI, Sandra Mara Schiavi; BÁNKUTI, Ferenc Instvan. Gestão ambiental e estra-
tégia empresarial: um estudo em uma empresa de cosméticos no Brasil. Gest. Prod., São 
Carlos, v. 21, n. 1, p. 171-184, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pi-
d=S0104-530X2014000100012&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 10 jul. 2019.
BIANCHI, Márcia et al. A Responsabilidade Social como parte integrante da cultura organi-
zacional em empresas socialmente responsáveis: análise de conteúdo entre a prática e o 
discurso. Revista Eletrônica de Estratégia e Negócios, Florianópolis, v. 6, n. 1, p.160-191, 
abr. 2013. Disponível em: http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/EeN/article/
view/919/1093. Acesso em: 10 jul. 2019.
BRASILEIRO, Alessandra de Falco; MORANDI; Thiago de Andrade. As forças e estratégias de 
Michael Porter no ramo audiovisual: estudo de caso de uma produtora de São João Del-Rei 
(MG). Revista Iniciacom, v. 6, n. 1, 2014. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/
revistas/index.php/iniciacom/article/view/1937/1726. Acesso em: 9 ago. 2019.
CARVALHO, Eduardo da Nobrega; SANTOS, Rita Maria Gomes. As diretrizes organizacio-
nais: uma análise prática da missão, visão e valores em uma pequena empresa em Mossoró-RN. 
Revista Foco, v. 9, n. 1, p. 26-36, jan./jul. 2016. Disponível em: http://revistafocoadm.org/index.
php/foco/article/view/165. Acesso em: 10 jul. 2019.
COMIN, Fabio Scorsolini. Missão, Visão e Valores como Marcas do Discurso nas Organizações 
de Trabalho. PSICO, Porto Alegre, v. 43, n. 3, p. 325-333, jul./set. 2012. Disponível em: http://
revistaseletronicas.pucrs.br/revistapsico/ojs/index.php/revistapsico/article/view/8055. Acesso 
em: 10 jul. 2019.
CRISPIM, Ingrid Aparecida Siqueira; ROMEIRO, Vladimir. Balanced Scorecard: um relato 
sobre a aplicação da ferramenta em um escritório contábil na região do grande abc do estado 
de SP. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 20., 2017, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: 
SEMEAD, 2017. Disponível em: http://login.semead.com.br/20semead/anais/arquivos/897.pdf. 
Acesso em: 12 ago. 2019.
FERNANDES, Bruno Henrique Rocha. Administração estratégica: da competência empreen-
dedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2012.
FERREIRA, Evelise Pereira et al. Gestão estratégica em frigoríficos: aplicação da análise SWOT 
na etapa de armazenagem e expedição. Gest. Prod., São Carlos, v. 26, n. 2, 2019. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2019000200212. Acesso 
em: 9 ago. 2019.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. 22. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 1997.
KRUGER, Silvana Dalmutt et al. Balanced Scorecard: uma proposta para a gestão estratégica 
de uma cooperativa de crédito rural. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 11, n. 6, p. 01-18, 2018. 
LOBATO, David Menezes et al. Estratégia de empresas. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
MACHADO, Denise Selbach. Filosofia Institucional: missão, visão e valores do sistema 
de bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2009, 119 f. Monografia 
(Especialização em Gestão de Bibliotecas Universitárias) – Faculdade de Biblioteconomia e 
Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. Disponível em: 
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18488/000730113.pdf.Acesso em: 12 ago. 2019.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à 
revolução digital. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
MORGAN, Gareth. Paradigmas, Metáforas e Resolução de Quebra-Cabeças na Teoria das 
Organizações. RAE – Revista de Administração de Empresas, v. 25, n. 1, jan./mar. 2005. 
Disponível em: https://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/10.1590_s0034-75902005000100009_0.
pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.
NATURE AMBIENTAL. Missão, visão e valores. [S.l.: s.n.], 2019. Disponível em: http://www.
natureambiental.com.br/site/missao-visao-valores/. Acesso em: 3 out. 2019. 
OLIVEIRA, Luis M. Controladoria estratégica. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PADILHA, Ana Claudia Machado et al. Alinhando estratégia e resultado: proposta de Balanced 
Scorecard para uma pequena empresa de comércio varejista. Revista Cesumar Ciências Humanas 
e Sociais Aplicadas, v. 21, n. 1, p. 181-210, jan./jun. 2016. Disponível em: http://periodicos.unice-
sumar.edu.br/index.php/revcesumar/article/view/3912/2793. Acesso em: 10 ago. 2019.
PINTO, Luiz Fernando Gomes. Planejamento estratégico. Londrina: Editora e Distribuidora 
Educacional S.A., 2016. 224 p.
PORTELLA, Anastácia Rosa et al. Responsabilidade socioambiental por meio da missão, visão 
e valores: um estudo nas 100 maiores empresas de Santa Catarina. R. gest. sust. ambient., 
Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 217-241, abr./set. 2015. Disponível em: http://www.portaldeperio-
dicos.unisul.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/2495/2076. Acesso em: 10 ago. 2019.
 PORTER, Michel. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 1989. 512 p.
PORTO, Juliana Barreiros; TAMAYO, Álvaro. Valores organizacionais e civismo nas organiza-
ções. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 9, n. 1, p. 35-52, mar. 2005. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552005000100003&lng=en&nrm=iso. 
Acesso em: 8 ago. 2019.
RAUPP, Everton Borges et al. Gestão de resíduos e a análise SWOT: estudo de caso em uma 
organização de maquinaria agrícola. SCIENTIA CUM INDUSTRIA, v. 6, n. 3, p. 17-26, 
2018. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/scientiacumindustria/article/
view/6567/pdf. Acesso em: 7 ago. 2019.
RONCON, Aleksander et al. A estratégia como prática utilizada no reconhecimento de um curso 
de graduação pelo MEC. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 6, p. 263-280, maio 2013. Disponível 
em: https://periodicos.ufsm.br/reaufsm/article/download/8850/pdf. Acesso em: 15 jul. 2019.
SCHEIN, E. H. Organization Culture and Leadership. San Francisco: Jossey-Bass, 1987.
SILVA, Carlos Eduardo Lopes da et al. Uma análise da sustentabilidade organizacional sob 
a ótica das cinco forças competitivas de Porter. In: ENFEPro, 2. 2010, Rio das Ostras. Anais 
[...]. Rio das Ostras, RJ: ENFEPro, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/publica-
tion/319130776_Uma_analise_da_sustentabilidade_organizacional_sob_a_otica_das_Cinco_
Forcas_Competitivas_de_Porter. Acesso em: 15 jul. 2019.
SOUZA, Ricardo Gabbay de; CORDEIRO, João Sérgio. Gestão estratégica de resíduos sólidos: 
utilização do Balanced Scorecard. Planejamento e Políticas Públicas (PPP), n. 32, v. 1, jan./jun. 
2009. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3998/7/PPP_n32_Gestao.
pdf. Acesso em: 12 ago. 2019.
TAMAYO, A.; BORGES, L. O. Valores do trabalho e das organizações. In: ROS, M.; GOUVEIA, 
V. V. (Orgs.). Psicologia social dos valores humanos: desenvolvimentos teóricos, metodoló-
gicos e aplicados. São Paulo: Senac, 2006. 
VERONEZE, Ricardo Braga et al. O avanço do campo e as tendências da ferramenta Balanced 
Scorecard: um estudo bibliométrico. Revista Spacios, v. 38, n. 17, p. 8, 2017. Disponível em: 
https://www.revistaespacios.com/a17v38n17/a17v38n17p08.pdf. Acesso em: 10 ago. 2019.
VILAS BOAS, Eduardo Pinto. Estratégia empresarial e negociação. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2016. 248 p.
Unidade 3
Laudos e pareceres 
Objetivos de aprendizagem da unidade
• Estudar os aspectos da redação técnica e sua importância na produção 
de documentos.
• Conhecer o papel do perito ambiental e do assistente técnico como 
auxiliares da justiça.
• Verificar a aplicação de laudos e pareceres na atividade profissional.
Seção 1 | Comunicação e redação técnica
Importância da comunicação nas relações pessoais no ambiente organi-
zacional. Aspectos e técnicas de elaboração de documentos técnicos.
Seção 2 | Fundamentos de análise e perícia ambiental
Definição de análise e perícia ambiental. Aspectos legais.
Seção 3 | Laudos e pareceres ambientais
Definição, estrutura e finalidade dos laudos e pareceres ambientais.
Introdução à unidade 
Caro estudante! Em sua vida acadêmica, você já deve ter percebido que, 
em várias situações, sua capacidade de síntese e habilidade de redação é 
avaliada. Por essa razão, você vem praticando isso na elaboração de traba-
lhos acadêmicos, artigos científicos, bem como na resolução de questões 
discursivas. Neste ambiente, podemos observar que é muito valorizada a 
forma como nos comunicamos verbalmente e por meio da troca de informa-
ções, seja por meio do correio eletrônico (e-mail), seja pela participação em 
aula, ou no esclarecimento de dúvidas com professores e tutores. Em todas 
as situações relatadas, somos estimulados a ser claros e objetivos em nossa 
comunicação, de modo que nossas necessidades sejam atendidas e nossos 
objetivos alcançados.
Todo esse trabalho tem uma forte razão de ser: preparar você para 
que tenha sucesso na comunicação que estabelecerá em seu ambiente de 
trabalho. Neste sentido, na Seção 1, estudaremos alguns aspectos relacio-
nados à comunicação e à importância de um profissional ou de uma empresa 
ser compreendido no meio onde atua. Veremos, ainda, um aspecto impor-
tante ligado à excelência na comunicação, a redação técnica. Essa forma de 
se expressar por meio da linguagem escrita é amplamente recomendada e 
empregada na elaboração de documentos e na troca de informações nos 
ambientes organizacionais. Por fim, verificaremos a importância do conteúdo 
inicial desta unidade e sua aplicação na elaboração de laudos e pareceres 
técnicos, que são documentos muito utilizados na gestão ambiental. 
Na Seção 2 desta unidade, estudaremos os fundamentos de análise e 
perícia ambiental e buscaremos esclarecer o seu papel em trabalhos dessa 
natureza e, também, sua importância no apoio aos esclarecimentos necessá-
rios para o bom andamento de processos judiciais que têm o meio ambiente 
como tema. 
E na Seção 3, falaremos sobre a importância e o conteúdo dos principais 
documentos que poderão ser elaborados por você, gestor ambiental.
Esperamos que aproveite este conteúdo!
85
Seção 1
Comunicação e redação técnica
Introdução à seção
Caro estudante! Você já deve ter notado que a evolução dos meios de 
comunicação tem proporcionado mudanças significativas na maneira como 
nos relacionamos com outras pessoas, sejam familiares, amigos ou colegas 
de trabalho. Por meio das ferramentas digitais de comunicação, podemos 
fazer contatos, agendar compromissos e até mesmo fazer breves relatos das 
situações cotidianas, tudo de forma muito breve e simplificada.
Essa forma de se comunicar tem se mostrado muito rápida e eficiente 
quando aplicada em condições peculiares, nas quais o fato comunicado é 
facilmente compreendido. Isso porque a linguagem utilizada nessas situações 
é bastante resumida, empregando gírias, abreviações, imagens, entre outros 
recursos de linguagem que possam ser usados para facilitar a compreensão 
de quem recebe a informação.
Como você pode imaginar, a troca de informações por esses meios deve 
ser restringida a situações informais, pois comumente geram interpretações 
equivocadas, podendo desencadear situações desconfortáveis, como atrasos, 
ausências, retrabalho, entre outras, que consumirão, desnecessariamente, sua 
energia e, possivelmente, a de seu interlocutor.
Noambiente corporativo, devemos evitar o uso desses recursos de 
linguagem e de alguns meios de comunicação, pois nesse tipo de interação 
espera-se que a informação compartilhada seja completa, clara e plenamente 
compreendida. Nas relações de trabalho, as informações transmitidas têm 
valor documental, podendo ser utilizadas na defesa ou condenação de quem 
as produziu. Por esse motivo não devem deixar margem para dúvidas ou 
erros de interpretação.
Em qualquer que seja a função, sua atuação como profissional de gestão 
ambiental visará ao cumprimento da legislação, seja você empresário, 
consultor, funcionário da iniciativa privada ou servidor público. Sendo 
assim, a sua comunicação com seus interlocutores deverá ser precisa, por 
isso, dedicaremos esta seção para tratar da importância da redação técnica e 
da comunicação como ferramentas de trabalho que serão utilizadas por você, 
enquanto tecnólogo em gestão ambiental.
Boa leitura!
86
Iniciaremos nossos estudos conhecendo e destacando a importância da 
comunicação no ambiente corporativo. Independentemente da posição que 
você ocupará no seu trabalho, o sucesso de suas ações dependerá da quali-
dade da comunicação que terá com as pessoas com quem se relaciona. O 
segredo é entender e ser entendido.
No ambiente organizacional, é possível perceber que grande parte dos 
problemas observados nas relações interpessoais decorre de falhas no 
processo de comunicação. São várias as possibilidades em que essas falhas 
podem ser observadas, por exemplo, aquelas que comumente ocorrem entre 
empreendedores e seus clientes, empresários e seus colaboradores, órgãos 
ambientais e empresas, gestores ambientais e equipe, entre outras que acabam 
sofrendo do mesmo mal.
No processo de comunicação, a intenção de quem presta uma informação 
ou realiza uma orientação deve ser a mais clara possível, evitando o que 
chamamos de ruídos de comunicação.
Para saber mais
Afinal, o que são os ruídos de comunicação?
Os ruídos de comunicação podem ser definidos como qualquer elemento 
interno ou externo que interfira no processo de transmissão entre emissor 
e receptor. São problemas relacionados à transmissão de mensagens, 
tarefas ou ordens, seja durante a execução de atividades ou reuniões 
que envolvam duas ou mais pessoas dentro de um ambiente empresarial. 
Podem ser entendidos como efeitos indesejáveis percebidos no processo 
de comunicação, podem provocar erros nas mensagens e mal-entendidos 
que, na maioria das vezes, prejudicam o bom andamento do trabalho. Os 
ruídos e comunicação podem acontecer devido ao ambiente conturbado, 
ao momento inadequado no qual a informação é repassada e ao tipo de 
linguagem utilizada (SANTANA, 2019). 
Portanto, para evitar falhas no processo de comunicação, é preciso estar 
atento à forma e aos mecanismos empregados para se estabelecer a comuni-
cação nas relações de trabalho.
Quando falamos de comunicação, é importante deixar claro que estamos 
trabalhando com seu conceito mais amplo, considerando-se, assim, não só 
aquela estabelecida entre duas pessoas, mas a que se estabelece para atingir 
grupos de pessoas interessadas na informação a ser transmitida.
Não é à toa que a comunicação passou a ser considerada uma ferramenta 
de importância estratégica na gestão ambiental, visando à melhoria do 
87
desempenho ambiental das organizações, basicamente, por meio do aprimo-
ramento das interfaces com seus funcionários, acionistas, comunidade, 
fornecedores, clientes, sindicatos e órgãos do poder público, os chamados 
stakeholders (OLIVEIRA, 2014).
Para saber mais
O termo stakeholder foi criado pelo filósofo Robert Edward Freeman, 
referindo-se a grupos que sem seu apoio a organização deixaria de 
existir. Assim, podemos definir como sendo uma pessoa ou grupo que 
possui participação, investimento ou ações, além de interesse em uma 
determinada empresa ou negócio; também, pode designar as partes 
interessadas, sendo pessoas ou organizações que possam ser afetadas 
pelos projetos e processos de uma empresa (BEZERRA, 2014).
A gestão ambiental nas organizações pode ir muito mais além do que 
o simples cumprimento das obrigações legais que disciplinam o uso dos 
recursos naturais. Essas organizações podem se transformar no pivô da 
mudança de paradigmas no ambiente onde atuam, influenciando as partes 
interessadas a se engajar nessa proposta. Para que isso aconteça, as intenções 
e os objetivos das organizações devem estar claros para seus stakeholders. Isso 
somente será possível se houver qualidade na comunicação.
Nos sistemas de gestão ambiental, como é o caso da norma NBR ISO 14001, 
a comunicação é utilizada como ferramenta institucional de gestão, que deve 
funcionar entre os diferentes níveis e funções de uma organização, bem como 
constituir um procedimento para receber, documentar e responder às comuni-
cações provenientes de seus stakeholders (OLIVEIRA, 2014).
Para saber mais
Você sabia que a comunicação nos sistemas de gestão ambiental 
serviu de base para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
desenvolver a norma NBR ISO 14063:2009, Comunicação Ambiental – 
diretrizes e exemplos? Segundo essa norma, “comunicação ambiental é 
um processo que uma organização conduz para fornecer e obter infor-
mação e para estabelecer um diálogo com partes interessadas, internas 
e externas, a fim de encorajar um entendimento compartilhado sobre 
questões, aspectos e desempenho ambientais” (ABNT, 2009, p. 1)
Diante dessas colocações, fica claro como é importante que se empenhe 
em desenvolver uma comunicação de qualidade nos ambientes onde atuará 
88
como profissional, independentemente das peculiaridades da função 
que exercerá. Neste universo, podemos dizer que, basicamente, terá que 
aprimorar seus talentos nas duas formas de comunicação mais utilizadas no 
ambiente corporativo: a verbal e a escrita.
Um gestor ambiental fará uso da comunicação verbal em diferentes 
situações, pois, além da relação com clientes, colegas de trabalho e órgãos 
ambientais, nesta profissão, é muito comum atuar na capacitação de pessoas, 
apresentação de projetos, divulgação de resultados, entre outras circuns-
tâncias, nas quais terá de fazer uso da linguagem falada para transmitir 
informações, ensinamentos e orientações e, considerando a natureza dessas 
atividades, precisa-se primar pela precisão e clareza na forma como eles são 
repassados, buscando-se evitar as falhas no processo de comunicação.
Entretanto, nesta seção, dedicaremos especial atenção à comunicação 
estabelecida por meio da linguagem escrita, uma vez que será por meio dela 
que sua atuação profissional se expressará com maior relevância.
Aqui, é importante destacar que, no ambiente organizacional, sua 
produção técnica ficará registrada na forma de documentos, os quais deverão 
fundamentar a tomada de decisão, proporcionar a concessão e manutenção 
de licenças ambientais, fornecer apoio técnico à condução de processos 
judiciais, etc. Sendo assim, devemos ter em mente que, ao elaborar esses 
documentos, estamos produzindo um material que servirá de consulta para 
que você e outras pessoas possam compreender e utilizar, com facilidade, a 
informação neles registrada.
Isto posto, podemos considerar que a linguagem empregada na redação 
desses materiais deve ser compreendida por qualquer pessoa que os acessar 
e, para que possamos atingir esse objetivo, fazemos uso das premissas da 
redação técnica, a qual oferece um padrão de regras que nos auxiliará no 
alcance desse propósito.
Questões para reflexão
Considere a seguinte situação: você foi contratado para promover a 
gestão ambiental de uma determinada empresa e ficou responsável 
por levantar todas as deliberações sobre o assunto realizadas no último 
ano pela diretoria da empresa, em suas reuniões mensais. Como você 
poderá fazer esse levantamento? Qual tipo de documento deverá ser 
analisado para que possa concluir sua pesquisa?
Para responder a esse questionamento, basta recordarmos que, no 
processo seletivopara o ingresso em universidades, é exigido que os 
89
candidatos comprovem suas habilidades para a redação de textos. As provas 
de redação também podem ser exigidas no processo seletivo para a contra-
tação de colaboradores e em concursos públicos. Isso ocorre porque na 
formação acadêmica, bem como na atividade profissional, saber expressar-se 
por meio da linguagem escrita é um requisito básico.
A elaboração de textos pode ser realizada com vários objetivos e, sendo 
assim, para que possamos alcançá-los, podemos empregar diferentes estru-
turas e aspectos da língua. Entretanto, nos ambientes acadêmico e profis-
sional, a redação de textos requer maior formalidade, considerando-se os 
fins para os quais os textos serão produzidos. A formalidade de que estamos 
falando diz respeito ao estilo da linguagem empregado neste tipo de redação, 
bem como aos elementos que o estruturarão. Essa forma de escrever é conhe-
cida como redação técnica. Ela deve ser executada seguindo-se alguns crité-
rios, como linguagem, estruturação, formatação, desenvolvimento, entre 
outros, que são empregados com os objetivos de atribuir padrão ao texto 
escrito e, sobretudo, garantir que a informação passada seja clara e objetiva, 
sem dar margem a possíveis interpretações do leitor.
Você pode não ter notado, mas a redação técnica está mais presente 
em nossas vidas do que imagina. Essa forma de escrever é empregada em 
comunicados condominiais, cartas institucionais, requerimentos, procu-
rações, relatórios, atas de reuniões, entre outros documentos que exijam 
formalidade e clareza na comunicação.
Essa forma de se comunicar é muito empregada nas situações em que não 
há espaço para dúvidas, seja no contexto jurídico, administrativo e comercial. 
Destaca-se como aspectos da redação técnica a finalidade discursiva voltada 
para a informação e para o esclarecimento, o uso de linguagem denotativa 
com sentido original das palavras expressas, a precisão do vocabulário e o 
predomínio da função referencial, devendo ser fundamentada em dados 
concretos (PETRIN, 2015).
Ainda quanto ao estilo de linguagem utilizado na redação técnica, cabe 
ressaltar que ele deve ser orientado por princípios, como a objetividade, a 
partir da qual o autor deverá excluir do texto quaisquer traços que possam 
gerar dúvidas de interpretação; ter finalidade discursiva, com vistas ao escla-
recimento e à informação; buscar uniformidade na estrutura, estilo e termi-
nologia, obrigando o autor a manter um padrão do início ao final do texto; e, 
por fim, manter a imparcialidade no discurso, quando o autor deve exercitar 
a eficácia e exatidão nas informações prestadas (DUARTE, 2019).
É importe ressaltar que os textos técnicos poderão ter finalidade e estru-
tura diferentes, entretanto, o estilo da linguagem deverá ser sempre o mesmo, 
atentando-se às regras da norma culta padrão.
90
Questões para reflexão
Ao longo de sua vida acadêmica, os alunos de uma universidade são 
constantemente cobrados quanto à qualidade de suas produções 
textuais. Na correção de seus trabalhos, tutores e professores buscam 
corrigir não só os equívocos cometidos na aplicação dos conteúdos 
estudados em cada disciplina mas também os erros referentes ao uso 
da língua, no nosso caso, o Português. Você já parou para pensar qual 
é o objetivo de seus tutores e professores quando também penalizam 
por esse tipo de erro?
Quando falamos sobre a norma culta utilizada para a elaboração de 
textos, estamos nos referido a uma forma de comunicação que foi estabe-
lecida pelas camadas mais favorecidas e escolarizadas da população, sendo 
assim, a linguagem utilizada por pessoas bem instruídas, as quais, por sua 
vez, possuíam o domínio da norma padrão da língua. Para Neves (2019), 
podemos entender como norma padrão aquela que utiliza a gramática tradi-
cional e normativa, sendo considerada como modelo para padronização da 
língua escrita. Neste sentido, é possível considerar a norma culta como a 
variação linguística que mais se aproxima desse padrão.
Para utilizar a norma culta, devemos estar familiarizados com as regras 
gramaticais e ortográficas de nossa língua. O profissional que domina esta 
forma de comunicação é muito valorizado no mercado de trabalho, pois 
sua comunicação é precisa e eficiente. É por esta razão que o conhecimento 
da língua é imprescindível para a elaboração de textos técnicos, pois o uso 
adequado das regras gramaticais e a ortografia correta das palavras auxiliarão 
muito na precisão da informação a ser transmitida.
Agora que compreendemos melhor o estilo de linguagem adequado à 
redação técnica, nos aprofundaremos um pouco mais sobre a estrutura dos 
textos. De forma geral, quando falamos de estrutura, estamos nos referindo 
aos elementos que, obrigatoriamente, deverão estar presentes no texto. Como 
exemplo, podemos citar alguns dos elementos mais comuns utilizados na 
redação técnica, conforme mostra o Quadro 3.1 a seguir.
91
Quadro 3.1 | Elementos estruturais de um texto técnico
Elemento Descrição 
Timbre Normalmente, as redações técnicas são elaboradas em papel que leva a 
identificação da organização que a está produzindo (empresa, órgão do 
governo, universidade, etc.).
Destinatário Algumas modalidades de textos técnicos são elaboradas com destina-
ção certa e, nestes casos, há que se identificar a quem o texto se destina, 
seja uma pessoa ou organização.
Título ou Assunto De forma geral, estes textos são redigidos para tratar de algum assunto 
específico, portanto, ele deve ser identificado como título ou assunto 
do documento.
Tema Podemos dizer que o tema é uma derivação do assunto, sendo assim, 
deve ser explorado no corpo do texto.
Corpo do texto Traz a informação ou orientação que se deseja transmitir, devendo 
ser apresentada de forma clara e objetiva. De maneira geral, os textos 
técnicos são elaborados segundo uma estrutura padrão, observando-se 
a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Saudações finais Muitas vezes, os textos técnicos admitem o uso das saudações finais, as 
quais, sempre que utilizadas, devem ser formais e cordiais.
Assinatura É comum que, ao final do texto, o autor se identifique com nome e 
função que desempenha na organização, podendo ser essa identifica-
ção rubricada.
Fonte: adaptado de Diana (2019).
Cabe ressaltar que cada tipo de documento terá uma estrutura própria, 
pois possui também um objetivo distinto, é por esse motivo que um relatório 
não deverá apresentar a mesma estrutura que uma procuração, uma vez que 
cada um desses textos é elaborado para um fim.
Outra característica da redação técnica diz respeito à observância das 
regras de formatação do texto. Estas deverão estabelecer o tamanho e tipo 
da fonte utilizada, o espaçamento entre linhas, o tamanho das margens, entre 
outras orientações, que são definidas para se criar um padrão documental.
Para saber mais
Normalmente, as organizações adotam regras para padronizar a forma-
tação de seus documentos. Isso ocorre não só para a geração de textos 
técnicos mas também para o recebimento de documentos. Um exemplo 
dessa situação pode ser observado nas regras estabelecidas pelas 
revistas científicas para a submissão de artigos.
92
Para conhecer um pouco mais sobre regras de formatação de 
documentos, acesse o link a seguir e verifique as orientações para os 
autores: 
Disponível em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioe-
ciencia/about/submissions#authorGuidelines. Acesso em: 19 ago. 2019.
Para concluir os estudos desta seção, podemos recomendar alguns 
cuidados para que você tenha sucesso na redação de textos técnicos:
• Identifique o tipo de texto que se deseja produzir, verificando os 
objetivos e a estrutura propostos.
• Atenda às recomendações quanto à formatação do texto, seguindo as 
regras estabelecidas.
• Use as regras gramaticais da língua a seu favor, busque a forma mais 
direta e exata de redigir um texto.
• Seja objetivo e claro em suas colocações.
• Busque sempre a formalidade e cordialidade.Por fim, leia livros, artigos, relatórios, teses, entre outros materiais 
técnicos, pois isso lhe auxiliará a melhorar seu vocabulário, ortografia 
e gramática.
Atividade de aprendizagem da seção
1. A comunicação tem sido utilizada como uma importante ferramenta 
para o desenvolvimento das relações no mundo corporativo. O bom uso dela 
pode melhorar as relações de uma organização com a comunidade na qual 
está inserida. Do mesmo modo, a falta de comunicação pode gerar trans-
tornos e até desencadear problemas de relacionamento das organizações com 
seus stakeholders.
Na gestão ambiental, a comunicação transformou-se numa ferramenta 
primordial na implantação e condução dos sistemas de gestão ambiental. Tal 
fato levou à criação de uma norma específica que trata do assunto, a qual é 
conhecida como:
a. NBR ISO 14001.
b. Creditação Ambiental das Organizações.
c. NBR ISO 9000.
https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/about/submissions#authorGuidelines
https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/about/submissions#authorGuidelines
93
d. Créditos de Carbono.
e. NBR ISO 14063.
2. Os princípios da redação técnica foram estabelecidos visando à criação 
de um padrão de redação para a produção de textos claros e objetivos, nos 
quais a transmissão da informação não deixa margem para dúvidas e inter-
pretações equivocadas.
Sobre a redação técnica, analise as afirmativas a seguir e julgue-as com 
V para as verdadeiras ou F para as falsas:
( ) Na redação técnica preconiza-se o uso da norma culta padrão.
( ) É comum que algumas organizações estabeleçam suas próprias 
regras para a formatação de documentos técnicos.
( ) Independentemente do texto técnico que se deseja produzir, os 
elementos que compõem a sua estrutura serão sempre os mesmos.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a. V - V - V.
b. V - V - F.
c. V - F - V.
d. F - V - F.
e. F - F - F.
94
Seção 2
Fundamentos de análise e perícia ambiental
Introdução à seção
Caro estudante, do ponto de vista da conservação ambiental, estamos 
vivendo um momento de nossa história no qual as ações empreendidas em 
nome do desenvolvimento econômico têm gerado consequências perturba-
doras à população, por exemplo, o aquecimento global, que é decorrente do 
aumento da concentração gases do efeito estufa. Este é um fenômeno com 
responsabilidade difusa, uma vez que as atividades que geram esses gases 
acontecem no mundo todo e as implicações, por sua vez, são globais. Neste 
caso, com o intuito de se exigir uma reparação pelo dano causado, fica difícil 
responsabilizar apenas um indivíduo ou uma organização. Entretanto, 
há situações em que o dano ao meio ambiente é causado pela ação de um 
indivíduo ou organização, podendo este ser responsabilizado por seus atos.
Identificar o poluidor pode ser possível, mas, normalmente, não é uma 
tarefa fácil, como no caso de desastres ambientais provocados por empresas. 
Quem responderá? O dono? E se forem vários donos? Podemos responsabi-
lizar o funcionário responsável pelo processo que desencadeou o desastre?
Ainda, temos que trabalhar com a possibilidade de que o desastre tenha 
ocorrido devido a um fenômeno natural, como um abalo sísmico, uma 
tempestade, um tornado, entre outros, que podem levar ao colapso das estru-
turas criadas pelo homem, mesmo que todas as normas de segurança tenham 
sido atendidas.
Outro problema nestas situações é dimensionar o dano e identificar o 
que realmente foi causado pelo evento investigado. Esse posicionamento se 
justifica nas situações em que o dano ambiental já existia e foi agravado pela 
ação de um indivíduo ou organização.
Neste tipo de situação, faz-se necessária a análise de profissional capaci-
tado, que estudará o caso, avaliando danos e identificando responsabilidades. 
Sendo assim, trata-se de um trabalho que requer grande conhecimento e 
atenção de quem o realiza, uma vez que o resultado de sua análise poderá 
ser utilizado como referência legal para se definir quem e como será feita a 
reparação do dano.
Diante do que foi exposto, podemos dizer que o estudo desta seção permi-
tirá a você conhecer mais esta possibilidade de trabalho, buscando elucidar 
seus princípios, objetivos e o mecanismo de seu funcionamento.
95
Então, vamos aos estudos!
Para iniciarmos o estudo desta seção, consideraremos a seguinte situação: 
uma mineradora tem como parte da estrutura de beneficiamento do minério 
explorado uma área destinada à contenção dos rejeitos provenientes da 
usinagem e purificação do material extraído da jazida. De forma geral, esses 
rejeitos constituem o material que está associado ao produto de interesse 
comercial, o qual, normalmente, é separado deste por processos físicos. 
Sendo assim, sua composição é constituída de uma mistura de resíduos 
minerais e água.
Com o intuito de se criar um ambiente para o armazenamento do rejeito, 
foram construídas barragens, nas quais o material é depositado e, à medida 
que os componentes sólidos se decantam, a água limpa extravasa por um 
vertedouro, sendo despejada no corpo hídrico à jusante da referida barragem.
Considere ainda que a projeção da quantidade de minério, água e rejeito 
foi devidamente calculada por profissionais capacitados, e que os projetos 
tenham sido aprovados pelos órgãos de controle responsáveis. A implantação 
de um projeto desta natureza é acompanhada por profissionais da empresa e, 
também, dos órgãos de controle que autorizaram sua instalação.
Agora, imagine que, durante 15 anos de exploração, a empresa já tenha 
passado por várias auditorias e fiscalizações e que o monitoramento das 
estruturas que oferecem risco de desastres ambientais nunca tenha apresen-
tado nenhum problema que indicasse um perigo de colapso.
Eis que num determinado momento a estrutura da barragem desaba e, 
como consequência, milhares de metros cúbicos de rejeito, acumulados em 
anos de exploração, invadem o leito do corpo hídrico adjacente, levando 
consigo a mata ciliar, casas, animais e vidas humanas, causando a poluição 
de vários rios da bacia hidrográfica onde a barragem foi construída. Um 
impacto ambiental de grande proporção, causando prejuízos incalculáveis ao 
ambiente e às pessoas que nele vivem.
Questões para reflexão
Considerando a situação exposta, você pôde notar que muitas são 
as possibilidades quanto à responsabilização do dano ocorrido, pois 
podemos dizer que muitos profissionais foram envolvidos desde a 
concepção, instalação e manutenção dos projetos, bem como na 
concessão das licenças ambientais.
Diante do que foi exposto, você saberia dizer quem deve responder pelo 
fato ocorrido?
96
A situação descrita anteriormente aconteceu de fato e, na ocasião, estabe-
leceu-se uma grande dúvida sobre as responsabilidades do ocorrido, pois 
muitas pessoas foram responsáveis pela existência e operação da referida 
barragem. Desde a elaboração do projeto até o seu rompimento, houve várias 
fases nos processos de obtenção e manutenção das licenças ambientais, as 
quais visavam justamente garantir a segurança e evitar que o risco calculado 
pudesse se materializar, causando a tragédia observada.
Além dos profissionais que atuaram no controle ambiental, outros traba-
lharam para manter a estrutura funcionando em segurança. Nestes casos, é 
possível perceber que a atribuição de responsabilidades é uma tarefa complexa, 
uma vez que o desastre pode ter como consequência a atuação equivocada de 
mais de um profissional envolvido, seja da empresa responsável pela estrutura, 
seja do órgão fiscalizador. Outrossim, existe ainda a possibilidade de o fato 
ocorrido ser uma consequência de evento natural, como um abalo sísmico.
Em qualquer que seja a situação, precisa-se realizar uma investigação 
para se apurarem os fatos e, com base no levantamento de documentos e na 
análise das informações obtidas, é que se poderá chegar a uma conclusão, 
mesmo que essa seja a não identificação de um culpado.
No exemplo utilizado, apresentamos um evento extremopara ilustrar o 
quão complexa pode ser uma investigação dessa natureza. Entretanto, dezenas 
de situações bem menos complexas de degradação ambiental acontecem todos 
os dias, gerando a dúvida sobre quem deve responder por elas. Não raramente, 
a atribuição de responsabilidade pode levar à instalação de processos judiciais, 
tanto para os casos de grandes tragédias ambientais como para as pequenas 
situações nas quais se instale a dúvida sobre as responsabilidades.
Em qualquer que seja o caso, a tomada de decisão de um juiz deverá ser 
balizada pelo resultado da avaliação técnica sobre o que ocorreu, sendo esse 
trabalho realizado por profissionais habilitados, capazes de emitir opinião 
na sua área de atuação. Um juiz não está habilitado a avaliar ocorrências que 
podem acontecer em diferentes áreas do conhecimento, como medicina, 
engenharias, agronomia, meio ambiente, contabilidade, etc., por este motivo, 
processos desta natureza requerem a participação de profissionais das 
diferentes áreas, que possam trazer informações essenciais para embasar a 
análise do caso e, assim, proporcionar um julgamento justo.
Este trabalho de apoio realizado por profissionais de diferentes áreas 
do conhecimento é reconhecido por nossa legislação, que os trata como 
auxiliares da justiça. De acordo com o art. 156, da Lei nº 13.105/15, que 
institui o Código de Processo Civil, o juiz será assistido por perito quando a 
prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
97
Questões para reflexão
Quer entender como funciona a seleção de peritos? Leia os artigos 
156, 157 e 158, da Lei nº 13.105/15, os quais estão disponíveis no link a 
seguir: Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 22 ago. 2019.
Em casos como os já citados, o perito deverá realizar uma análise impar-
cial dos fatos, sua atuação deve ser neutra, por esse motivo não pode ter 
relação com nenhum dos envolvidos, sendo esta uma razão justificada para 
recusar uma convocação judicial. Conforme determina a lei, se o perito, 
por dolo ou culpa, apresentar informações falsas em sua análise, respon-
derá pelos prejuízos causados e será inabilitado de participar de outras 
perícias por um prazo de dois a cinco anos, além disso, poderá sofrer outras 
sanções previstas na lei, bem como as que forem determinadas pelo órgão 
de classe (BRASIL, 2015).
Como resultado de seu trabalho de análise, o perito elaborará o laudo 
técnico, o qual, no processo, constituirá a prova pericial, portanto é um 
documento técnico formal (OLIVEIRA, 2019). Por este motivo, o laudo 
técnico deverá ser redigido por um profissional qualificado, que empregará 
as orientações da redação técnica discutidas na Seção 1 desta unidade.
Além do trabalho do perito, o Código de Processo Civil prevê também 
a atuação do assistente técnico. Diferentemente do primeiro, este poderá ser 
indicado pelas partes interessadas no processo, porém, assim como o perito, 
deverá possuir conhecimento técnico e científico sobre o objeto da perícia.
O assistente técnico também deverá realizar sua análise sobre o fato que 
motivou o processo. O resultado dela deve ser apresentado por meio da 
redação de um documento definido como parecer técnico, o qual poderá 
contrariar ou concordar com o laudo elaborado pelo perito e também 
levantar questões que deverão ser por ele esclarecidas em seu laudo.
Na Seção 3 desta unidade, conheceremos um pouco mais sobre as 
peculiaridades da elaboração de laudos e pareceres técnicos, portanto, por 
hora, dedicaremos nossa atenção ao trabalho de análise e perícia ambiental.
Considerando a necessidade de se constituir uma perícia um profissional, 
destacam-se os procedimentos e critérios estabelecidos pelos os artigos 156, 
157 e 158, da Lei nº 13.105/15 (Código de Processo Civil). Para a realização 
do trabalho, o perito terá conhecimento do caso e da localidade onde o 
objeto da perícia poderá ser observado. Ele deverá ser capaz de analisar as 
informações do processo, bem como proceder a verificação in loco, levan-
tando os elementos necessários para que possa emitir seu julgo. Caso haja a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
98
necessidade, poderá recorrer às análises laboratoriais, as quais o auxiliarão na 
identificação de evidências, de modo a fundamentar sua análise. No processo 
de levantamento de dados, o perito poderá, ainda,
[...] valer-se de todos os meios necessários, ouvindo teste-
munhas, obtendo informações, solicitando documentos 
que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repar-
tições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, 
mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos 
necessários ao esclarecimento do objeto da perícia. 
(BRASIL, 2015, p. 1) 
É importante destacar que todos os procedimentos utilizados para o 
levantamento de dados, sejam eles produzidos pelo próprio perito ou por 
terceiros, deverão ser criteriosamente descritos como metodologia empre-
gada na análise. Também, como forma de praticar a transparência, caberá ao 
perito garantir que os assistentes das partes possam acessar e acompanhar as 
diligências e os exames que realizar. Esse é um fator muito importante para 
dar credibilidade ao trabalho do perito, ou mesmo do assistente técnico, que 
deverá adotar a mesma conduta na realização de seu trabalho.
Ainda em relação à metodologia utilizada para o levantamento de dados, 
é relevante destacar que o profissional deverá estar atualizado sobre as 
técnicas e procedimentos para se proceder a amostragens e análises laborato-
riais. O emprego de um procedimento equivocado, inadequado ou ultrapas-
sado para o levantamento de dados pode comprometer o resultado de uma 
análise pericial, podendo o laudo ou parecer técnico ser contestado pelas 
partes envolvidas no processo.
O ponto mais importante numa perícia ambiental diz respeito às habili-
dades críticas e analíticas do profissional, pois em muitos casos o fato não 
estará evidente, cabendo ao perito contextualizá-lo, verificando as diferentes 
situações que poderiam produzir a ocorrência objeto do estudo. Este olhar 
clínico sobre o ambiente você desenvolverá considerando-se os conheci-
mentos adquiridos ao longo do curso.
Para melhor compreensão da atuação dos peritos e assistentes técnicos, 
consideraremos o caso a seguir:
Num determinado município brasileiro, a área urbanizada de um de 
seus distritos rurais vinha causando transtornos aos seus vizinhos, produ-
tores agrícolas, cujas propriedades faziam divisa com este núcleo urbano. 
Como consequência da urbanização, houve a necessidade de se instalar uma 
99
rede coletora de águas pluviais, que passou a ser captada por bocas de lobo e 
bueiros e, por meio da tubulação subterrânea, a água das chuvas era desviada 
para fora daquele povoado. Entretanto, a construção da rede de drenagem não 
contemplou a implantação de um sistema que direcionasse a água captada até o 
corpo hídrico mais próximo, ao invés disso, toda a água drenada era despejada 
diretamente no solo das propriedades rurais vizinhas. Como consequência, da 
desembocadura da rede de drenagem pluvial até o corpo hídrico mais próximo, 
a enxurrada cavou uma voçoroca no perfil do solo, afetando duas propriedades 
rurais e promovendo o assoreamento do corpo hídrico. A Figura 3.1 apresenta 
um croqui da área, ilustrando o fato ocorrido.
Figura 3.1 | Croqui da área afetada pela enxurrada produzida na área urbanizada do distrito 
rural
Produtor 2
Produtor 1
Corpo hídrico
afetado
Produtor 3
Saída da 
tubulação da 
rede pluvial
Voçoroca
Área 
urbanizada
Fonte: elaborada pelo autor (2019).
Em decorrência do dano provocado pela enxurrada, o Produtor 1, após 
várias tentativas frustradas de tentar resolver o problema junto à prefeitura 
do município, decidiu entrar com uma ação contra ela, exigindo reparação 
dos danos ambientais, econômicos e morais.
Na montagemdo processo, os advogados do Produtor 1 contrataram um 
profissional, no caso, um assistente técnico, que elaborou seu parecer técnico, 
no qual foi evidenciado que as perdas contabilizadas pelo Produtor 1 decor-
riam do sistema de drenagem incompleto, que foi instalado no local pela 
prefeitura do município.
Para fundamentar a análise do processo, o juiz responsável julgou 
necessário colher a opinião de um perito, o qual, por sua vez, elaborou um 
laudo pericial, cujo conteúdo corroborava com a análise do primeiro assis-
tente técnico.
100
Buscando construir uma defesa, a prefeitura constituiu o seu próprio 
assistente técnico, que analisou o caso e também elaborou seu parecer 
técnico. Neste documento, foi constatado que a instalação dos processos 
erosivos, observados nas propriedades rurais dos produtores 1 e 2, foi decor-
rente, única e exclusivamente, da rede de drenagem de águas pluviais, que 
era deficiente e inadequada para direcionar o volume de água captado, com 
segurança, até o corpo hídrico receptor.
Diante dessas comprovações, foi fácil para o juiz determinar que o 
município fosse o responsável pelo dano, determinando-se assim que ele 
fosse reparado, bem como as perdas descriminadas no processo.
Questões para reflexão
Analisando a situação descrita, é possível notar que diferentes áreas do 
conhecimento foram necessárias para estudar o fato ocorrido e chegar 
a uma conclusão. Basicamente, vimos que a análise desta ocorrência 
envolveu conhecimentos sobre dinâmica de águas pluviais, recursos 
hídricos, solos e até de produção agrícola. Com base nesta informação, 
você saberia indicar qual seria a formação profissional dos assistentes e 
do perito para atuar neste caso?
Por meio do estudo do caso apresentado, fica clara a importância da 
atuação profissional do perito e assistente técnico, os quais municiaram o 
juiz de informações preciosas para a tomada de decisão. É claro que nem 
sempre os pareceres produzidos pelos assistentes concordarão entre si ou 
com o laudo produzido pelo perito, nestes casos, a análise de outras provas e 
documentos fundamentará a decisão do juiz.
Sobre o fato apresentado, é importante destacar que, mesmo indo 
contra a instituição que o contratou, o assistente contratado pelo município 
foi ético ao apresentar apenas a verdade observada. Este é o comporta-
mento que se espera de qualquer profissional que atue em casos como este, 
levantando a veracidade dos fatos e auxiliando a justiça a reconhecer e 
atribuir responsabilidades.
Atividade de aprendizagem da seção
1. O Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15) estabelece, em seu art. 
149, que são auxiliares da justiça: o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial 
de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o 
mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o 
101
regulador de avarias, além de outros, cujas atribuições sejam determinadas 
pelas normas de organização judiciária.
Sobre o perito, analise as afirmativas a seguir e julgue-as com V para verda-
deiras ou F para falsas:
( ) O juiz será assistido por um perito sempre que a prova do fato depender 
de conhecimento técnico ou científico.
( ) Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e 
os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido 
pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
( ) Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manu-
tenção do cadastro de peritos, considerando a formação profissional, a atua-
lização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a. V - V - V.
b. V - V - F.
c. V - F - V.
d. F - V - F.
e. F - F - F.
2. O laudo técnico é o resultado de uma perícia sob um objeto questio-
nado. Nele deve ser relatada toda a metodologia utilizada, com o objetivo de 
facilitar o entendimento para os agentes da justiça. Logo, é um documento 
técnico-formal que exprime o resultado da análise de um profissional habili-
tado, constituindo, assim, uma prova pericial.
Conforme conteúdo estudado, o laudo técnico deverá ser produzido por um:
a. Escrivão.
b. Advogado.
c. Perito.
d. F - V - F.
e. F - F - F.
102
Seção 3
Laudos e pareceres ambientais
Introdução à seção
Caro estudante, é bem provável que, em algum momento de nossos 
estudos, você deve ter pensado que os conteúdos trabalhados nas seções 1 e 2 
desta unidade não apresentam conexão. Entretanto, eles foram assim distri-
buídos para que pudéssemos aplicar o conhecimento adquirido na seção que 
se inicia agora.
Neste sentido, na Seção 1, buscamos trabalhar alguns conceitos sobre a 
comunicação, que é uma ferramenta fundamental para o estabelecimento 
das relações interpessoais e interinstitucionais no ambiente organizacional. 
Também, foi alvo de nossos estudos a apresentação da redação técnica como 
metodologia empregada nas organizações para a produção de documentos e 
comunicação oficial.
Na Seção 2, trouxemos alguns fundamentos da análise e perícia 
ambiental, que constitui uma oportunidade de trabalho para profissionais 
de nosso curso. Sendo assim, nesta seção, poderemos compartilhar algumas 
impressões, experiências e regras, visando ao entendimento da aplicação 
do trabalho do perito, bem como do assistente técnico e sua atuação como 
auxiliares da justiça.
Na Seção 3, uniremos os conceitos trabalhados anteriormente para 
trazer a você o conhecimento básico necessário para a produção de laudos, 
pareceres e outros documentos técnicos que você gerará em seu trabalho. 
Assim, apresentaremos as exigências legais para a produção de laudos 
periciais e discutiremos sobre o conteúdo de pareceres técnicos e outros 
documentos. Não obstante, estudaremos também as situações nas quais se 
aplicam a elaboração desses documentos.
Esperamos que aproveite este conteúdo e que seja de grande valia em sua 
atuação profissional futura. Bom estudo!
Diversas poderão ser as circunstâncias em que seus conhecimentos serão 
necessários para se gerenciar o uso dos recursos naturais. Muitas vezes, sua 
atuação profissional será requisitada para analisar problemas ambientais, 
identificar causas e propor soluções. Haverá, ainda, situações nas quais sua 
expertise será necessária para desenvolver estudos e estabelecer teses que 
servirão como provas a serem aplicadas na constatação do cumprimento de 
103
determinações legais quanto ao uso e à manutenção dos recursos naturais e à 
priorização do bem-estar humano.
Em qualquer uma das situações expostas anteriormente, o resultado do 
seu trabalho deverá ser apresentado na forma de documentos. Estes, por sua 
vez, assumirão grande importância no desenrolar dos processos, quando sua 
experiência se fará necessária. Por esta razão, nos dedicaremos ao conhe-
cimento da redação técnica, a qual, a partir de agora, será sua metodologia 
para a elaboração de textos. 
Isto posto, passaremos a conhecer um pouco mais sobre a elaboração de 
laudos e pareceres técnicos. Conforme já estudamos, como resultado de uma 
perícia é elaborado o laudo técnico, o qual, num processo judicial, deverá 
ser utilizado como prova pericial. Esse documento deverá ser construído 
em acordo com o levantamento de dados realizados por meio de exames, 
vistorias, avaliações e análise do perito, profissional dotado de conhecimento 
técnico e científico no objeto da perícia.
Para saber mais
De acordo com Oliveira (2009, p. 46):
Exame: é a inspeção sobre coisas, pessoas ou documentos, 
para verificação de qualquer fato ou circunstância que 
tenha interesse para a solução do litígio;
Vistoria: é a mesma inspeção quando realizada sobre bens 
imóveis;
Avaliação (ou arbitramento): é a apuração de valor, em 
espécie, de coisas, direitos e obrigações em litígio.
O novo Código de Processo Civil estabelece, em seu art. 473, pontos 
específicos que deverão estar presentes no laudo técnico e, portanto, ser 
observados pelo perito:
I - A exposiçãodo objeto da perícia;
II - A análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - A indicação do método utilizado, esclarecendo-o 
e demonstrando ser predominantemente aceito pelos 
especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados 
pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público. 
(BRASIL, 2015, [s.p.])
104
Em seu artigo, Oliveira (2019) busca elucidar os elementos exigidos pelo 
art. 473, assim, esclarece que a “exposição do objeto da perícia” deve ser 
construída por meio da explicação clara do profissional sobre as informa-
ções que constituem o objeto questionado, pontuando as questões princi-
pais que serão elucidadas pelo trabalho do perito. Sobre a “análise técnica 
ou científica realizada”, o autor pontua que, por meio de linguagem simples, 
o perito deve descrever pormenorizadamente como o trabalho técnico 
ou científico foi realizado, permitindo que o juiz e as demais pessoas que 
tiverem acesso ao laudo possam compreender todos os embasamentos que 
fundamentaram sua conclusão. No terceiro ponto, Oliveira (2019) destaca 
que, além de descrever as análises técnica ou científica realizadas, o perito 
deverá explicitar a metodologia empregada para chegar às suas conclusões, 
demonstrando ser esta a mais usada e indicada por especialistas da referida 
área do conhecimento. Com relação aos “quesitos” estabelecidos pelo juiz, 
pelas partes e pelo Ministério Público, espera-se que o perito apresente 
respostas objetivas e conclusivas.
De forma resumida, podemos destacar que o laudo deverá trazer a funda-
mentação do perito, redigida em linguagem simples e coerente, apontando 
como chegou às suas conclusões. Ao elaborar o laudo, o perito deverá restrin-
gir-se à emissão de conclusões no campo de atuação para o qual foi desig-
nado e jamais apresentar opiniões pessoais que extrapolem a análise técnica 
ou científica do objeto da perícia.
Conforme vimos anteriormente, além do laudo técnico, em sua análise, 
o juiz poderá contar também com o parecer elaborado pelos assistentes 
técnicos, contratados pelas partes. Em seu conteúdo, este documento poderá 
apresentar informações que contestem o laudo pericial ou que corroborem 
com as conclusões do perito, além disso, poderá também apresentar questio-
namentos, os quais deverão ser esclarecidos por este profissional.
Para Oliveira (2019), o parecer técnico constitui um documento, no qual 
pode constar a opinião técnica do profissional que o elaborou, bem como 
sugestões e conselhos, sempre referentes ao laudo. Neste, o assistente técnico 
poderá construir sua contestação à tese apresentada pelo perito, bem como à 
metodologia, aos princípios, aos pressupostos, às avaliações e após diagnós-
ticos empregados na produção do laudo.
Cabe ressaltar que todas as contestações do laudo apresentadas no parecer 
técnico deverão ser devidamente fundamentadas pelo assistente, de modo 
que possa proporcionar o efeito desejado, ou seja, sua tese prevalecer sobre a 
do perito. Nesse sentido, por vezes, o parecer pode constituir um documento 
tão robusto quanto o laudo, diferenciando-se de simples pareceres técnicos, 
formados apenas por uma lista de contestações.
105
Questões para reflexão
Num processo judicial, todas as provas produzidas e apresentadas no 
tempo adequado, farão parte do processo e, portanto, deverão ser 
analisadas pelo juiz. Como vimos, nas situações em que há a necessi-
dade de uma perícia, dois tipos de provas poderão ser constituídos para 
auxiliar na análise do processo: o laudo pericial e o parecer técnico.
Considerando o conteúdo trabalhado até aqui, você é capaz de dizer 
qual documento tem maior importância dentro de uma disputa judicial: 
o laudo pericial elaborado pelo perito ou os pareceres técnicos produ-
zidos por assistentes técnicos?
Diante destas colocações, podemos concluir que o conteúdo de um 
parecer técnico dependerá da intenção do assistente técnico e da qualidade 
do laudo a que se pretende corroborar ou contestar. Vimos que, em algumas 
situações, um parecer técnico poderá constituir um documento tão complexo 
quanto um laudo pericial.
Além do âmbito judicial, no qual pudemos verificar a necessidade da 
elaboração de um parecer técnico, este tipo de documento pode também 
fundamentar a tomada de decisão em outras diferentes situações. Neste 
sentido, sempre que houver dúvida sobre a conduta de um cidadão ou 
organização referente a questões relacionadas ao ambiente, os serviços de 
um gestor ambiental poderão ser requisitados. Nestes casos, o profissional 
analisará um fato ocorrido ou até mesmo uma hipótese e, a partir das impres-
sões e informações coletadas, realizará sua análise, sempre de forma ética e 
imparcial, expressando o resultado de seu trabalho por meio da elaboração 
de um parecer. A seguir, apresentaremos algumas situações em que se aplica 
a elaboração de pareceres.
Constatação de práticas sustentáveis
Além de atender às obrigações legais estabelecidas no processo de licen-
ciamento ambiental, muitas organizações têm adotado a sustentabilidade 
como foco de suas ações e nicho de mercado. Em alguns casos, aderindo a 
programas internacionais, como os sistemas de gestão estabelecidos pela ISO 
(International Organization for Standardization). Em qualquer um dos casos, 
seja por parte dos órgãos licenciadores ou pelas empresas de acreditação, 
algumas ações realizadas pelas organizações deverão ser comprovadas pelo 
parecer de um terceiro, no caso, um profissional da área, o qual promoverá 
uma análise sobre o status de implantação das práticas e programas voltados 
à sustentabilidade. Tais pareceres poderão ser empregados para tornar mais 
clara a comunicação com stakeholders, órgãos governamentais e sociedade.
106
Conformidade legal e adequação normativa
Há casos em que o gestor ambiental poderá ser contratado para realizar 
uma análise das condições reais de operações de uma organização e 
confrontar a situação observada com o que é determinado pela legislação 
ambiental e normas técnicas, de modo a produzir um parecer sobre quais 
ações deverão ser empreendidas, no sentido de se promoverem as adequa-
ções, quando necessárias, para o atendimento das normas e leis ambien-
tais. Esses pareceres, normalmente, são contratados por organizações que 
desejam melhorar seu desempenho ambiental, bem como demonstrar 
conformidade legal.
Comprovação de relatórios e indicadores ambientais
Muitas organizações têm por prática contratar uma terceira parte para 
promover a avaliação de seus relatórios e indicadores ambientais, com o 
intuito de garantir a idoneidade de informações antes de torná-las públicas. 
Nestes casos, poderão ser contratados gestores ambientais para promover 
uma análise comparativa entre as informações constantes em relatórios, 
comparando-as com a realidade observada in loco. Deste trabalho poderão 
ser gerados pareceres que visam ao fornecimento de informações constru-
tivas, no sentido de trazer os pontos fracos e as omissões, assim como os 
pontos fortes e as ações de excelência.
Viabilidade ambiental para a instalação de empreendimentos
Um gestor ambiental poderá ser contratado também para realizar a 
análise de viabilidade ambiental para a instalação de um determinado 
empreendimento. Neste caso, o profissional será responsável por promover 
o levantamento das características ambientais e condições legais que possam 
influenciar na tomada de decisão sobre a implantação de um empreendi-
mento. Nesta análise, o profissional identificará potencialidades, restrições e 
impeditivos que afetarão a viabilidade de instalação e operação de um empre-
endimento. A antecipação dessa informação pode ser de grande valia, pois, 
no caso de haver alguma restrição ou impeditivo, o empreendedor poderá 
promover alterações em seu projeto, buscar soluções legais ou até mesmo 
desistir do empreendimento antes de submeter o projeto à análise do órgão 
ambiental ou despender recursos com a elaboração de estudosambientais, 
que poderão ser realizados em vão.
107
Para saber mais
Conforme estudamos até aqui, muitas formas e elementos poderão 
constituir um parecer técnico. Caberá ao assistente que o elaborar 
julgar quais são as informações necessárias, bem como a estrutura do 
documento. Cada situação será um caso particular. De qualquer forma, 
é importante conhecer as características básicas deste documento de 
modo que ele possa cumprir com seu objetivo.
Você poderá conhecer um exemplo de parecer técnico de viabilidade 
ambiental acessando o link disponível a seguir:
Disponível em: http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/consema/2014/06/
Parecer_Tecnico_CETESB_152-14-IE.pdf. Acesso em: 25 ago. 2019.
Conforme pudemos observar, muitas são as situações em que o gestor 
ambiental deverá se expressar por meio da linguagem escrita. Em todas 
elas, sua manifestação acarretará na produção de documentos de extrema 
relevância, os quais influenciarão o processo de tomada de decisão nas 
diferentes esferas de sua atuação. Neste sentido, devemos nos preocupar 
com a qualidade da informação que é propagada por meio dos documentos 
técnicos produzidos, sendo, portanto, de extrema relevância, o domínio dos 
princípios e objetivos da redação técnica, conforme discutimos anterior-
mente. Sendo assim, esperamos ter contribuído com a sua compreensão 
sobre o que vem a ser a redação técnica, sua importância no desenvolvimento 
de suas atividades, bem como no estabelecimento de uma comunicação de 
qualidade entre as organizações para as quais venha a prestar seus serviços.
Questões para reflexão
Além das obrigações legais exigidas para o licenciamento ambiental de 
algumas atividades, as organizações também buscam evidenciar seu 
comportamento frente às questões ambientais por meio das certifica-
ções. Em ambos os casos, o desempenho das empresas será verificado 
por meio de vistorias in loco, bem como pela análise de documentos 
(fiscalização e auditorias). Esses documentos constituem laudos 
técnicos, pareceres e relatórios, os quais evidenciam as ações desenvol-
vidas no controle ambiental realizado pelas empresas.
Considerando esta situação, você é capaz de apontar a importância do 
conteúdo desses documentos e da atuação do gestor ambiental na sua 
produção e organização?
Referente a este questionamento, é importante refletir sobre a aplicação 
da ética na elaboração destes documentos, uma vez que serão utilizados para 
http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/consema/2014/06/Parecer_Tecnico_CETESB_152-14-IE.pdf
http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/consema/2014/06/Parecer_Tecnico_CETESB_152-14-IE.pdf
108
garantir um direito estabelecido em nossa Constituição Federal: “Art. 225. 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder 
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes 
e futuras gerações” (BRASIL, 1988, [s.p.]).
Atividade de aprendizagem da seção
1. O novo Código de Processo Civil estabelece, em seu art. 473, pontos 
específicos que deverão estar presentes no laudo técnico.
Referente a isso, analise as afirmativas a seguir:
I. A exposição do objeto da perícia.
II. A análise técnica ou científica realizada pelo perito.
III. A indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando 
ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhe-
cimento da qual se originou.
IV. Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas 
partes e pelo órgão do Ministério Público.
É correto o que se afirma em:
a. I e III, apenas.
b. II e IV, apenas.
c. I, II e III, apenas.
d. AII, III e IV, apenas.
e. I, II, III e IV.
2. Em um processo em que é requerido o trabalho de um perito, o juiz poderá 
contar também com a análise realizada por assistentes técnicos, contratados 
pelas partes interessadas no caso. Esses profissionais podem contestar ou 
corroborar com o conteúdo do laudo pericial elaborado pelo perito.
De acordo com o novo Código de Processo Civil, o documento elaborado 
pelo assistente técnico é chamado de:
a. Laudo assistente.
b. Parecer técnico.
c. Estudo ambiental.
109
d. Artigo de perícia.
e. Prova técnica.
Fique Ligado!
Por meio do conteúdo estudado, vimos que existem diferenças marcantes 
na maneira como nos comunicamos e que a qualidade dessa comunicação 
constitui peça fundamental no sucesso de nossas relações, sobretudo, no 
ambiente de trabalho.
Sobre este tema, um ponto importante a ser destacado diz respeito à 
comunicação que estabelecemos por meio da redação de documentos, 
podendo ser esse material constituído por uma mensagem trocada por 
correspondência eletrônica (e-mail) ou mesmo um laudo técnico. As infor-
mações produzidas no ambiente organizacional, registradas em documentos, 
permanecerão como testemunhos da relação estabelecida entre as partes. 
Considerando essa colocação, pudemos perceber a importância do uso 
adequado da língua, sendo fundamental o emprego das regras gramaticais 
e ortográficas da chamada norma culta, por meio da qual conseguimos nos 
expressar de forma clara e objetiva, atendendo aos objetivos de cada tipo 
de material.
Você pôde verificar um exemplo contundente da aplicação desse conhe-
cimento quando estudamos a possibilidade de sua atuação profissional 
como um auxiliar da justiça, desenvolvendo o trabalho como um perito ou 
assistente técnico. Nesta condição, todo seu conhecimento a respeito de um 
determinado assunto será registrado em documentos, sejam eles laudos ou 
pareceres técnicos, os quais constituirão provas técnicas em uma ação judicial, 
portanto, subsidiarão a análise de um juiz sobre determinado assunto. 
É importante destacar que a elaboração de documentos, seguindo os 
princípios da redação técnica, não é uma tarefa fácil, portanto, indicamos a 
seguir dois cursos que poderão ser realizados por você para aprimorar seus 
conhecimentos nesta área: LEITURA e PRÁTICA.
Hoje, a internet nos permite acessar diferentes bases do conhecimento, 
muitas delas disponíveis em nossa biblioteca digital, que oferecem uma 
infinidade de materiais para sua consulta. Somente por meio da leitura 
poderemos conhecer a forma como as ideias são ordenadas e os textos são 
estruturados na redação técnica. A leitura aprimora seu conhecimento neste 
campo, e a prática o auxiliará na fixação desse conhecimento, sendo assim, 
exercite essas habilidades!
110
Assim, podemos finalizar esta unidade concluindo que a produção de 
documentos no ambiente profissional deve ser realizada com muito critério, 
de modo que a informação registrada nesses materiais, independentemente 
de sua finalidade, consiga cumprir seus objetivos.
Para concluir o estudo da unidade
Se você se interessou pelo tema trabalhado nesta unidade, poderá 
aprofundar seus conhecimentos por meio da realização de um dos diferentes 
cursos de formação de peritos e perícia ambiental, que são oferecidos no 
mercado. Esses cursos têm como objetivo aprimorar seu conhecimento 
a respeito das técnicas e dos procedimentos para a execução de uma 
perícia ambiental, bem como de elaboração de laudos e pareceres técnicos. 
Entretanto, é importante destacar que o conhecimento técnico e científico 
necessário para a realização de uma perícia você obterá no seu curso superior 
de formação profissional.
Atividade de aprendizagem da unidade
1. Os ruídos de comunicação podem ser definidos como qualquer elemento 
interno ou externo que interfira no processo de transmissão entre emissor e 
receptor. São problemas relacionados à transmissão de mensagens, tarefas ou 
ordens, seja durante a execução de atividades ou reuniões que envolvam duas 
ou mais pessoas dentro de um ambiente empresarial. Podem ser entendidos 
como efeitos indesejáveis percebidos no processo de comunicação, podendo 
provocar erros nas mensagens e mal-entendidos, os quais, na maioria das 
vezes, prejudicam o bom andamento do trabalho (SANTANA, 2019). 
Sobre os problemas na comunicaçãoempresarial, analise as afirmações a 
seguir:
I. Ambiente conturbado.
II. Troca de informações em momento inadequado.
III. Uso de linguagem inadequada.
É correto o que se afirma em:
a. I, apenas.
b. II, apenas.
c. III, apenas.
111
d. I e II, apenas.
e. I, II e III.
2. Para melhor compreensão do que vem a ser redação técnica, Petrin 
(2015) separa os dois termos, explicando que redação constitui o ato de 
redigir, exprimir por meio da escrita as ideias e os pensamentos, enquanto 
técnica pode ser caracterizada como um conjunto de métodos usados para a 
execução de determinado trabalho que visa obter um determinado resultado.
Sobre as características da redação técnica, analise as afirmativas a seguir:
I. Finalidade discursiva, voltada para a informação e para o esclareci-
mento.
II. Predomínio de um vocabulário voltado para a subjetividade, sobre-
tudo, demarcado pelo uso de figuras de linguagem.
III. Imparcialidade e exatidão que traduzem a eficácia da linguagem.
IV. Emprego das funções poética, metalinguística e emotiva, pautadas 
pelo espírito subjetivo do emissor.
É correto o que se afirma em:
a. I e III, apenas.
b. II e IV, apenas.
c. I, II e III, apenas.
d. II, III e IV, apenas.
e. I, II, III e IV.
3. O art. 149, do novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), prevê 
a atuação de vários auxiliares de justiça, dentre eles, destacamos o perito. 
Sempre que a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, 
o juiz será assistido por esse profissional. 
Considerando o contexto, analise as seguintes afirmativas e julgue-as com V 
para verdadeiras ou F para falsas.
( ) Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e 
os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido 
pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
112
( ) O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, 
empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo, alegando 
motivo legítimo.
( ) O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas respon-
derá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em 
outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das 
demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respec-
tivo órgão de classe, para adoção das medidas que entender cabíveis.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a. V - V - V.
b. V - V - F.
c. V - F - V.
d. F - V - F.
e. F - F - F.
4. O laudo é o resultado de uma perícia sob um objeto questionado. Nele 
deve ser relatada toda a metodologia utilizada, com o objetivo de facilitar 
o entendimento para os agentes da justiça. Logo, é um documento técni-
co-formal que exprime o resultado do trabalho do perito. Em atuações 
judiciais, o laudo pericial emitido é usado como prova dentro do processo, 
por isso, a importância e necessidade de ser elaborado por um profissional 
com qualificação necessária.
Considerando o laudo pericial, assinale a alternativa correta:
a. O laudo pericial deverá ser elaborado pelos assistentes técnicos 
contratados pelas partes.
b. Quando o objeto da perícia abranger o conhecimento de áreas 
distintas, o juiz deverá optar pela mais relevante, considerando que 
apenas um perito deverá atuar como auxiliar da justiça.
c. O perito também é responsável pela elaboração do parecer técnico.
d. O juiz poderá indeferir a perícia quando a prova do fato não depender 
de conhecimento especial de técnico, quando for desnecessária em 
vista de outras provas produzidas ou quando a verificação for impra-
ticável.
e. O conteúdo de um laudo pericial é um critério do perito.
113
5. Além do laudo técnico, em sua análise, o juiz poderá contar também 
com os pareceres elaborados pelos assistentes técnicos, contratados pelas 
partes. Em seu conteúdo, esse documento poderá apresentar informações 
que contestem o laudo pericial ou que corroborem com as conclusões do 
perito, além disso, eles também poderão apresentar questionamentos, os 
quais deverão ser esclarecidos pelo profissional.
Sobre os laudos e pareceres técnicos, analise as asserções a seguir e a relação 
proposta entre elas:
I. O parecer técnico constitui um documento em que pode constar a 
opinião técnica do profissional que o elaborou, bem como sugestões 
e conselhos, sempre referentes ao laudo. Neste, o assistente técnico 
poderá construir sua contestação à tese apresentada pelo perito, bem 
como à metodologia, aos princípios, aos pressupostos, às avaliações 
e aos diagnósticos empregados na produção do laudo.
PORQUE
II. Todas as contestações do laudo apresentadas no parecer técnico 
deverão ser devidamente fundamentadas pelo assistente, de modo 
que possa proporcionar o efeito desejado, ou seja, sua tese prevalecer 
sobre a do perito. Nesse sentido, por vezes, o parecer pode consti-
tuir um documento tão robusto quanto o laudo, diferenciando-se de 
simples pareceres técnicos, formados apenas por uma lista de contes-
tações.
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. As duas asserções são verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b. As duas asserções são verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.
d. A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.O conteúdo de um laudo 
pericial é um critério do perito.
e. As duas asserções são falsas.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14063: Gestão ambiental – 
comunicação ambiental – diretrizes e exemplos. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 3 nov. 2019.
______. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 23 ago. 2019.
BEZERRA, F. Stakeholders: do significado à classificação. Portal da Administração, 2014. 
Disponível em: https://www.portal-administracao.com/2014/07/stakeholders-significado-clas-
sificacao.html. Acesso em: 18 set. 2019.
DIANA, D. Redação técnica. Toda Matéria, 2019. Disponível em: https://www.todamateria.
com.br/redacao-tecnica/. Acesso em: 30 jul. 2019.
DUARTE, V. M. N. Redação técnica. Alunos online, 2019. Disponível em: https://alunosonline.
uol.com.br/portugues/redacao-tecnica.html. Acesso em: 17 ago. 2019.
NEVES, F. Norma culta. Norma Culta, 2019. Disponível em: https://www.normaculta.com.br/
norma-culta/. Acesso em: 18 ago. 2019.
OLIVEIRA C. O. A comunicação ambiental como estratégia organizacional: um estudo da 
aplicabilidade da norma NBR ISSO 14063:2009. Tríade, v. 3, n. 6, 2014. Disponível em: https://
casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/04/Carlos-Roberto-de-Oliveira.pdf. Acesso em: 
9 ago. 2019.
OLIVEIRA, R. F. Conceitos, procedimentos, atribuições e competências do profissional de 
Engenharia Legal. 2009, 76 f. Monografia (Especialização em Engenharia Civil) – Universidade 
Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009.
OLIVEIRA, V. M. Laudo técnico e parecer técnico, através do novo Código de Processo Civil. 
Perícia Computacional, 2019. Disponível em: https://periciacomputacional.com/laudo-tecni-
co-e-parecer-tecnico-atraves-do-novo-codigo-de-processo-civil/. Acesso em: 15 ago. 2019.
PETRIN, N. O que é a redação técnica? Terra Educação, 2015. Disponível em: https://www.
estudopratico.com.br/o-que-e-a-redacao-tecnica/. Acesso em: 12 ago. 2019.
SANTANA, L. Ruídos de comunicação: o que é e quais são os prejuízos para sua empresa. 
Comunicarte, 2019 Disponível em: http://www.conteudoinboundmarketing.com.br/
ruidos-de-comunicacao/#targetText=Ru%C3%ADdos%20de%20comunica%C3%A7%-
C3%A3o%20s%C3%A3o%20problemas,comuns%20do%20que%20se%20imagina. Acesso 
em: 17 ago. 2019.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
https://www.portal-administracao.com/2014/07/stakeholders-significado-classificacao.html
https://www.portal-administracao.com/2014/07/stakeholders-significado-classificacao.html
https://www.todamateria.com.br/redacao-tecnica/
https://www.todamateria.com.br/redacao-tecnica/
https://alunosonline.uol.com.br/portugues/redacao-tecnica.html
https://alunosonline.uol.com.br/portugues/redacao-tecnica.html
https://www.normaculta.com.br/norma-culta/
https://www.normaculta.com.br/norma-culta/
https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/04/Carlos-Roberto-de-Oliveira.pdf
https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/04/Carlos-Roberto-de-Oliveira.pdf
https://periciacomputacional.com/laudo-tecnico-e-parecer-tecnico-atraves-do-novo-codigo-de-processo-civil/
https://periciacomputacional.com/laudo-tecnico-e-parecer-tecnico-atraves-do-novo-codigo-de-processo-civil/
http://www.conteudoinboundmarketing.com.br/ruidos-de-comunicacao/#targetText=Ru%C3%ADdos%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20s%C3%A3o%20problemas,comuns%20do%20que%20se%20imagina
http://www.conteudoinboundmarketing.com.br/ruidos-de-comunicacao/#targetText=Ru%C3%ADdos%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20s%C3%A3o%20problemas,comuns%20do%20que%20se%20imagina
http://www.conteudoinboundmarketing.com.br/ruidos-de-comunicacao/#targetText=Ru%C3%ADdos%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20s%C3%A3o%20problemas,comuns%20do%20que%20se%20imagina
Unidade 4
O consultor ambiental e sua carreira
Objetivos de aprendizagem da unidade
Na Unidade 4, conheceremos as principais competências que o consultor 
ambiental deve desenvolver para manter sua empregabilidade alta, os 
caminhos que esse profissional deve trilhar para planejar uma carreira 
bem-sucedida e o modo como ele deve fazer uso do marketing pessoal como 
uma ferramenta de autopromoção de sua carreira. Mais especificamente, 
nesta unidade buscaremos aprofundar seus conhecimentos nas competên-
cias propostas pelo Fórum Econômico Mundial, as quais todo profissional 
de consultoria ambiental deve desenvolver ao longo de sua carreira; diferen-
ciar os tipos de planejamento de carreira do consultor ambiental (por parte 
das pessoas e das organizações); e, finalmente, destacar a importância do 
uso correto do marketing pessoal, para que as competências do consultor 
ambiental sejam percebidas por seus clientes e sua carreira seja repleta de 
significados e contribuições. Dentro do contexto apresentado, os objetivo de 
aprendizagem desta unidade de estudo são:
• Assimilar os conceitos de competências.
• Conhecer as principais competências requeridas pelo mercado de 
trabalho da gestão ambiental.
• Desenvolver as habilidades necessárias para se destacar nesse mercado 
de trabalho.
• Avaliar a responsabilidade pelo planejamento da carreira do 
consultor ambiental.
• Distinguir o planejamento de carreira desenvolvido pelas pessoas 
e organizações.
• Conhecer os aspectos necessários para se tornar gestor da 
própria carreira.
• Distinguir as principais modalidades de consultoria em 
gestão ambiental.
• Avaliar as principais estratégias de marketing pessoal utilizadas pelo 
consultor ambiental.
• Apontar as principais características do marketing pessoal
• Conhecer os fatores para o aprimoramento de estratégias de marke-
ting pessoal do gestor ambiental.
Então, daremos início às nossas discussões e adentraremos no universo 
profissional da consultoria ambiental.
Seção 1 | Competências do consultor ambiental
Esta seção aborda os principais conceitos sobre as competências do 
consultor ambiental.
Seção 1 | Competências do consultor ambiental
Esta seção apresenta os principais aspectos para o planejamento da 
carreira do consultor ambiental.
Seção 1 | Competências do consultor ambiental
Esta seção apresenta o marketing pessoal, uma ferramenta utilizada para 
a autopromoção da carreira de consultor ambiental.
Introdução à unidade
Olá, aluno! Chegou a hora de trabalharmos a Unidade 4 do nosso livro 
didático. Seja muito bem-vindo à última etapa desta jornada de conhecimento.
Na unidade anterior, discutimos sobre a importância de a comunicação 
– linguagem escrita – ser amplamente recomendada e empregada na elabo-
ração de documentos e na troca de informações nos ambientes organiza-
cionais, e estudamos os fundamentos de análise e perícia ambiental, desta-
cando sua importância no apoio aos esclarecimentos necessários para o bom 
andamento de processos judiciais. Além disso, abordamos os principais 
documentos – laudos e pareceres ambientais – que poderão ser elaborados 
pelo gestor ambiental.
Nesta unidade, avançaremos no desenvolvimento de nossos conhe-
cimentos sobre consultoria ambiental. A cada seção, abordaremos temas 
relacionados à carreira do consultor ambiental e, ao final desta unidade, 
você terá desenvolvido os conhecimentos necessários para aplicar as ferra-
mentas de marketing pessoal para a autopromoção de sua carreira. Para 
tanto, você precisará conhecer quais são as principais competências que um 
gestor ambiental deve desenvolver para se manter empregável na sua área de 
atuação e ter sucesso nos serviços prestados. É preciso lembrar que a compe-
tência envolve um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que o 
profissional ambiental detém e que pode ser utilizado na aplicação de consul-
torias nas empresas-clientes. 
Deverá, também, desenvolver seus conhecimentos a respeito do plane-
jamento da carreira em consultoria ambiental – por parte das pessoas e das 
organizações –, mais especificamente, no que se refere às diferenças entre 
essas duas modalidades de desenvolvimento de carreira e seus principais 
impactos na vida profissional do consultor ambiental.
Precisará, ainda, identificar as estratégias de marketing digital que 
poderão ser adotadas pelo profissional de consultoria ambiental para que 
sua imagem seja projetada de modo adequado no mercado de trabalho no 
qual ele atua. Compreenderá que a construção da marca pessoal é funda-
mental para que as empresas-clientes conheçam a identidade profissional do 
consultor, seus talentos e suas habilidades. 
Na Seção 1, você conhecerá os principais conceitos sobre as competências 
do consultor ambiental. Na Seção 2, compreenderá os principais aspectos 
relacionados ao planejamento da carreira do consultor ambiental, bem como 
a importância da construção de sua marca pessoal. E, na Seção 3, analisará 
a ferramenta de marketing pessoal e o modo correto de utilizá-la para a 
autopromoção da carreira do profissional em consultoria ambiental.
Para concluir essa tarefa com sucesso, você precisará se dedicar 
aos estudos!
118
Seção 1
Competências do consultor ambiental
Introdução à seção
A discussão sobre o termo competência teve início nos campos acadê-
mico e organizacional, relacionado a diferentes interesses e compreensões 
e associado às pessoas, ou seja, à competência individual e às organiza-
ções, denominadas de core competences (DIAS; PAULA, 2018). Na visão de 
Dutra (2017), as organizações buscam desenvolver em seus colaboradores 
um conjunto de competências próprias de sua constituição e formação ao 
longo do tempo, e as pessoas são detentoras de um conjunto de competências 
capazes de agregar valor intelectual, financeiro e social a uma organização. O 
autor explica que o conceito de competência tem suas origens na abordagem 
dos recursos físicos, financeiros, intangíveis, organizacionais e humanos. 
Fleury e Fleury (2001, p. 78) traduzem a competência do indivíduo como 
“um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, 
transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econô-
mico à organização e valor social ao indivíduo”. Nesse sentido, verifica-se 
que esse conceito sobre competência extrapola os conhecimentos teóricos e 
empíricos na medida que associa a capacidadede disponibilizar diferentes 
conhecimentos e habilidades, com o objetivo de agregar valor para os campos 
organizacional e social.
A noção de competência organizacional surgiu a partir da divulgação do 
conceito de core competence (PRAHALAD; HAMEL, 1990), que associa a 
organização aos seus diferenciais competitivos. Os autores defendem que, 
para ser considerada como core competence, uma competência deve oferecer 
benefícios reais aos consumidores, apresentar dificuldade de ser imitada e 
fornecer acesso a mercados consumidores distintos. De acordo com Silva e 
Doyle (2017), essa competência se associa à disposição de agregar, combinar 
e utilizar recursos em produtos e serviços.
O questionamento central presente na discussão a respeito das compe-
tências organizacionais se refere à capacidade de uma organização de identi-
ficar as competências individuais necessárias para sustentar e dar suporte a 
uma competência organizacional específica (SILVA et al., 2017). Um ponto 
que merece destaque nesse contexto é que as competências organizacio-
nais dependem, necessariamente, do desenvolvimento da competência dos 
indivíduos que compõem a força de trabalho de uma empresa.
119
Diante do contexto apresentado, esta seção se ocupa do desenvolvimento 
do conjunto de competências individuais do consultor ambiental, conside-
radas como um estoque de recursos individuais que esse profissional detém e 
que pode ou não ser aproveitado por uma organização. Essa escolha se deve 
ao fato de a responsabilidade sobre a condução dos planos de ações ambien-
tais ser delegada a uma pessoa com as competências necessárias, conside-
radas como essenciais para a definição de papéis e funções que envolvem a 
função ambiental (FANG; BAPTISTA; BARDECKI, 2001).
Bitencourt (2010) esclarece que a competência deve ser analisada a partir 
do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que um consultor 
ambiental possui. Para Morais et al. (2018) o conhecimento está relacionado 
ao saber adequado que um gestor ambiental deve desenvolver para desempe-
nhar suas atividades de consultoria, a habilidade com o saber fazer, ou seja, 
com a aplicação prática do conhecimento para produzir um desempenho 
adequado, e a atitude com o saber fazer acontecer, o modo como o consultor 
ambiental deve agir sob condições específicas.
Diante do contexto apresentado, verifica-se a competência como um 
estoque de recursos e habilidades que um indivíduo detém. Assim, a 
competência configura-se como um elemento do conjunto de recursos que 
o consultor ambiental pode “entregar” para uma organização (RONCON 
et al., 2012). Dutra (2017) explica a “entrega” como a competência que o 
profissional da área ambiental disponibiliza para uma organização de forma 
efetiva. Destaca-se que o simples fato de uma pessoa ser competente em 
determinada área não significa que a organização fará uso dessa compe-
tência. É preciso que as organizações sejam capazes de fazer com que esses 
profissionais tenham vontade de entregar suas competências no momento 
em que elas necessitam. 
Pati (2016) apresenta as competências estabelecidas pelo Fórum 
Econômico Mundial (FEM) para o aumento ou a manutenção do nível de 
empregabilidade do profissional em consultoria ambiental. As competên-
cias destacadas pelo FEM envolvem habilidades, como inteligência artificial 
e aprendizagem automática, bem como maior flexibilidade e capacidade de 
adaptabilidade na área de consultoria. A autora (2016) descreve, no Quadro 
4.1, as competências estabelecidas pelo FEM:
120
Quadro 4.1 | Competências do consultor ambiental na perspectiva do FEM
Competência Descrição
Resolução de problemas 
complexos
Problemas novos surgem nas organizações com a mesma 
rapidez com que surgem novas tecnologias, produtos e 
serviços e, deste modo, o consultor ambiental precisa 
desenvolver habilidades de maior flexibilidade para lidar 
com esses novos problemas, bem como um olhar crítico 
sobre a ocasião, para que seja capaz de atuar na consultoria 
de modo assertivo e não deixar que esses problemas gerem 
prejuízos significativos à empresa-cliente para a qual ele 
presta serviços.
Pensamento crítico
Segundo o FEM, essa competência envolve a capacidade de 
pensamento estruturado do consultor ambiental, aptidão 
de comunicação clara, habilidade de fazer as perguntas cer-
tas, de reconhecer o problema existente atrás do problema 
e a capacidade de olhar para uma questão sob diferentes 
perspectivas.
Criatividade
Ser criativo na área de consultoria ambiental exige que 
esse profissional se adapte a fluxos de trabalho diferentes 
dos habituais, atuando no ambiente de trabalho com ideias 
incomuns. O FEM explica que ser criativo demanda, lite-
ralmente, o pensar fora da caixa, bem como praticar novas 
maneiras de resolver problemas.
Gestão de pessoas
Essa competência se traduz na alocação correta dos recur-
sos humanos, com o objetivo de melhorar a produtividade 
da empresa-cliente ou, ainda, de aumentar a satisfação dos 
consumidores dessa empresa. Para que isso seja possível, o 
consultor ambiental deve ser capaz de motivar sua equipe 
de trabalho, desenvolver e estimular as pessoas com quem 
se envolve e identificar as melhores pessoas para atuar em 
cada novo projeto.
Coordenação
De acordo com o FEM, essa competência está ligada 
à capacidade do consultor ambiental de coordenar as 
próprias ações de acordo com as ações de outras pessoas, 
bem como de ser capaz de identificar, entre as inúmeras 
tarefas relacionadas à sua atuação, qual é a mais urgente 
ou importante. Um consultor considerado como um bom 
coordenador deve ser capaz de avaliar o desempenho de 
sua equipe justamente e de forma realista.
Inteligência emocional
Essa habilidade demanda que o consultor ambiental iden-
tifique suas emoções e as emoções dos outros e, a partir 
disso, desenvolva um ambiente pautado na harmonia e na 
interação. Essa forma de atuação favorece a criação de um 
ambiente de trabalho no qual as atividades desenvolvidas 
resultem em produtividade para a empresa-cliente, bem 
como um relacionamento em que todas as partes envolvi-
das ganhem.
121
Competência Descrição
Capacidade para tomada de 
decisões
O FEM determina que essa competência exige que o con-
sultor ambiental seja hábil em analisar dados e ambiente e 
tomar decisões a partir disso. Essa capacidade incorpora, 
ainda, a habilidade de esse profissional levantar as infor-
mações necessárias que o permitirão tomar a decisão mais 
assertiva possível.
Orientação para servir
Esta habilidade se volta ao consultor ambiental capaz de se 
adaptar bem ao trabalho em equipe, que se dispõe em fazer 
parte de um todo, que contribui com ideias e estratégias 
ambientais para as empresas-clientes, que seja flexível e dis-
posto para aceitar delegações e que está atendo aos prazos 
estabelecidos.
Negociação
Para desenvolver a competência de negociação, o consultor 
ambiental deve ser capaz de gerenciar conflitos e maximi-
zar oportunidades, uma vez que a negociação é um proces-
so que envolve a tomada de decisão e antecipa perspectivas, 
para que as partes que negociam possam interagir de modo 
assertivo, resolver possíveis discordâncias e conseguir um 
acordo que seja bom para ambas.
Flexibilidade cognitiva
Segundo o FEM, a flexibilidade cognitiva demanda do 
consultor ambiental a capacidade de gerar ou utilizar 
conjuntos de regras e cenários distintos para aprender 
constantemente e conseguir agrupar esse uso de diferentes 
formas que proporcionem os melhores resultados para a 
empresa-cliente.
Fonte: Pati (2016).
A partir da perspectiva apresentada por Pati (2016), é possível identificar 
quais competências ajudam o consultor ambiental a manter sua empregabili-
dade no mercado de trabalho. A autora explica que, por meio da melhoria de 
sua capacidade de responder positivamente às expectativas desse mercado, o 
gestor ambiental será capaz de ocupar posições privilegiadas na mente dos 
gestores das empresas-clientes para quem atua. 
Valelembrar a existência de outras competências que se apresentam 
como diferenciais competitivos na carreira do consultor ambiental. De 
acordo com Pifer (2017), o profissional de consultoria ambiental apresenta 
algumas características que o diferenciam de outros profissionais. Além dos 
conhecimentos técnicos, a autora defende que, para ter sucesso profissional, 
o consultor ambiental precisa desenvolver sua capacidade de visão holística, 
de ser responsável, organizado, comprometido e disciplinado, a capacidade 
de comunicação, de manter um bom relacionamento interpessoal, a habili-
dade de enxergar a empresa-cliente além da perspectiva interna, bem como 
a capacidade de ser um líder que inspira os outros a desenvolverem e entre-
garem os melhores resultados à empresa-cliente.
122
Para saber mais
Para saber mais sobre as competências do consultor ambiental reque-
ridas pelo mercado, você pode ler o artigo escrito por Silveira et al. 
(2006), intitulado Competências requeridas no contexto da gestão 
ambiental. Com essa leitura, você entenderá melhor a discussão sobre 
a lógica da competência por meio da investigação das competências 
gerenciais necessárias para a função de gestor ambiental. 
SILVEIRA, D.; LIMA, A.; MAGALHÃES, E.; MARTINS, G.; MAGALHÃES, 
E. Competências requeridas no contexto da gestão ambiental. In: 
SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 3., 2006, 
Resende. Anais [...]. Resende, RJ: SEGeT, 2006. Disponível em: https://
www.aedb.br/seget/arquivos/artigos06/599_Artigo%20Competen-
cias%20SEGeT.pdf. Acesso em: 28 set. 2019.
Questões para reflexão
A definição de competências tornou-se fundamental para distinguir as 
habilidades dos profissionais que atuam como consultores ambientais. 
O Fórum Econômico Mundial elenca 10 competências exigidas pelo 
mercado para que o consultor ambiental se mantenha empregável. 
Desse modo, reflita: quais estratégias um consultor ambiental deve 
adotar para desenvolver essas competências?
Atividade de aprendizagem da seção
1. A competência pode ser conceituada como o estoque de recursos e habili-
dades que um indivíduo detém. Assim, a competência configura-se como um 
elemento do conjunto de recursos que o consultor ambiental pode “entregar” 
para uma organização (RONCON et al., 2012). 
Considerando o contexto, preencha as lacunas da sentença a seguir:
Nesse sentido, verifica-se que a “entrega” é uma ____________ que o profis-
sional da área ambiental disponibiliza para uma ____________ de forma 
efetiva. Destaca-se que o simples fato de uma ____________ ser compe-
tente em determinada área não significa que a ____________ fará uso dessa 
competência.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. necessidade/consultoria/empresa/pessoa.
123
b. competência/organização/empresa/pessoa.
c. competência/consultoria/pessoa/pessoa.
d. competência/organização/pessoa/organização.
e. necessidade/consultoria/pessoa/organização.
2. As competências destacadas pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) 
envolvem habilidades, como inteligência artificial e aprendizagem automá-
tica, bem como maior flexibilidade e capacidade de adaptabilidade na área 
de consultoria.
Considerando as competências propostas pelo FEM, analise as afirmativas 
a seguir:
I. Resolução de problemas internos.
II. Pensamento coletivo.
III. Inteligência emocional.
IV. Flexibilidade cognitiva.
É correto o que se afirma apenas em:
a. ) I e II.
b. III e IV.
c. II, III e IV.
d. I, III e IV.
e. I, II, III e IV.
124
Seção 2
Planejamento da carreira do consultor 
ambiental
Introdução à seção
Ao planejar sua carreira, o consultor ambiental deve considerar qual traje-
tória percorrerá ao longo de sua vida profissional, quer seja efetivado dentro 
de uma empresa, quer seja por meio da realização de projetos pessoais. Nesse 
sentido, o planejamento da carreira de consultoria ambiental se tornou um 
dos grandes desafios desse profissional que busca – em si mesmo ou nas 
empresas em que atua – a direção necessária para o desenvolvimento de sua 
carreira. Na perspectiva de Dutra (2011), a responsabilidade pelo desenvol-
vimento da carreira do consultor ambiental é compartilhada entre as pessoas 
(o próprio consultor) e as organizações.
Ao avaliar a responsabilidade pelo planejamento da carreira do consultor 
ambiental na perspectiva das pessoas, é fácil identificar que o consultor se 
torna o único responsável pela compreensão e pelo mapeamento de sua 
própria experiência profissional (MENDONÇA, 2010). Por outro lado, ao 
identificar a responsabilidade da carreira na perspectiva organizacional, o 
autor defende que as estratégias adotadas pelas organizações para o desenvol-
vimento desse profissional envolvem incentivos, como a criação de políticas 
de trabalho, a compensação salarial e a movimentação das pessoas que 
contribuem para o desenvolvimento de sua força de trabalho no ambiente 
corporativo. Com o objetivo de esclarecer as principais diferenças entre as 
responsabilidades das pessoas e da organização no planejamento da carreira 
do consultor ambiental, conheceremos as duas perspectivas separadamente.
Feijó et al. (2018) explicam que as organizações investem no desenvol-
vimento da carreira dos consultores ambientais que integram sua equipe de 
trabalho com o objetivo de se posicionarem competitivamente no mercado 
de gestão ambiental, confiando que, ao desenvolver esses profissionais, 
elas serão capazes de favorecer o alinhamento entre os objetivos deles e os 
objetivos e as estratégias de negócios delas.
Outro ponto fundamental para que as organizações invistam no desen-
volvimento da carreira de consultores ambientais é defendido por Roberto, 
Freitas e Gomes (2018), ao explicarem que o consultor desenvolverá novas 
competências, as quais serão utilizadas para o aprimoramento de seu trabalho 
na área ambiental. Esse processo de aprendizado, segundo os autores, implica 
uma mudança de comportamento desse profissional, o qual que incorporará 
125
novos comportamentos, que contribuirão na prestação de serviços aos 
clientes da organização para a qual trabalha.
Um problema recorrente no processo de desenvolvimento da carreira das 
pessoas pela organização é que ela precisa tomar cuidado para não perder 
os consultores ambientais que ela capacitou para o mercado de trabalho, 
porque, caso isso aconteça, esses profissionais levarão para as empresas 
concorrentes todo seu conhecimento a respeito do negócio da empresa e, 
consequentemente, as principais estratégias adotadas por ela para encantar 
suas empresas-clientes.
Mas, essa preocupação é diminuída e até mesmo deixada de lado 
na medida em que as empresas que investem no desenvolvimento de sua 
equipe compreendem que elas serão as principais beneficiárias dos resul-
tados do desenvolvimento de sua equipe. Nesse sentido, Cançado, Silveira e 
Muylder (2018) acreditam que, independentemente do seu tamanho, todas 
as empresas devem investir no desenvolvimento de seus consultores ambien-
tais, com o objetivo de alavancar seus desempenhos dentro das atividades 
que exercem. 
Na outra ponta desse processo, encontra-se o papel da pessoa no plane-
jamento da carreira. Dutra (2011) explica que esse planejamento acontece na 
medida em que o consultor ambiental assume o desenvolvimento da própria 
carreira e analisa com cuidado como a desenvolverá ao longo de sua vida. 
Na perspectiva do autor, ao adotar um planejamento da própria carreira, o 
consultor ambiental escolhe os caminhos que percorrerá para desenvolvê-la.
Todavia, para se tornar um gestor da própria carreira, o consultor 
ambiental deverá assumir alguns aspectos descritos por Dutra (2011) no 
Quadro 4.2:
Quadro 4.2 | Aspectos necessários para se tornar gestor da própria carreira
Aspecto Descrição
Determine um objetivo
Determinar um objetivo a ser alcançado é 
um agente motivacional poderoso para o 
desenvolvimento da carreira do consultor 
ambiental, porque faz com esse profissional 
se movimente na direção certa. Quando 
esse objetivoé realizado, o consultor deve 
substitui-lo rapidamente por outro, porque a 
busca por novos sonhos é considerada como 
um dos melhores combustíveis para a ma-
nutenção da motivação interna do consultor 
ambiental.
126
Aspecto Descrição
Desenvolva autoconhecimento
O autoconhecimento é indispensável para 
que o consultor ambiental consiga estabe-
lecer objetivos de modo eficiente e eficaz. 
Ao se conhecer melhor esse profissional, 
consegue-se determinar quais são as melho-
res escolhas no desenvolvimento da própria 
carreira, descartando as que não combinam 
com seus objetivos.
Reavalie seus objetivos
A revisão dos objetivos estabelecidos para o 
desenvolvimento da carreira deve ocor-
rer com certa periodicidade, para que o 
consultor ambiental seja capaz de verificar 
quais são os motivos que o impediram de 
atingi-los. Caso esses objetivos tenham sidos 
atingidos, esse profissional deve analisar 
se os próximos são passíveis ou não de 
realização.
Mantenha-se atualizado
Para que o consultor ambiental tenha uma 
carreira bem-sucedida, é preciso que ele se 
atualize constantemente, buscando aprender 
conhecimentos novos e relevantes para a 
manutenção do sucesso de sua carreira. 
Como a profissão de consultor ambiental é 
muito dinâmica, ele precisa se atualizar de 
modo rápido e contínuo.
Atualize seu currículo
Nunca se sabe quando surgirá uma nova 
oportunidade de trabalho de consultoria 
ambiental e, desse modo, sempre que o con-
sultor realizar um novo curso ou um novo 
treinamento, deve atualizar seu currículo. É 
sempre bom manter um arquivo – digital ou 
não – com todos os certificados e diplomas 
descritos em seu currículo, caso a empresa 
exija um currículo documentado.
Seja otimista
A manutenção de uma carreira de sucesso 
começa com pensamentos positivos, porque 
eles são capazes de influenciar o consultor 
ambiental na execução de seus objetivos. 
Nesse sentido se recomenda que esse 
profissional seja otimista e mantenha os 
pensamentos negativos bem longe, princi-
palmente, de sua carreira.
Seja bem informado
Manter-se bem informado sobre todos os 
aspectos que cercam seu trabalho é uma 
estratégia que todo consultor ambiental deve 
adotar, porque ele, certamente, terá que res-
ponder de modo correto sobre as atividades 
de consultoria que realizou.
127
Aspecto Descrição
Valorize o trabalho em equipe
Ser flexível e desenvolver sentimentos de 
empatia são competências que ajudam o 
consultor ambiental a manter relacionamen-
tos interpessoais saudáveis no ambiente de 
trabalho. Essas competências beneficiam o 
trabalho em equipe e a capacidade de esse 
profissional de se adaptar às novas demandas 
para realizar as mais diversas atividades na 
área de gestão ambiental.
Fonte: adaptado de Dutra (2011).
Quando um consultor ambiental incorpora os aspectos necessários 
para se tornar gestor da própria carreira, ele se compromete mais com seu 
trabalho, torna-se mais responsável por seu próprio futuro e apresenta resul-
tados mais significativos para as empresas-clientes em que está prestando 
serviços de consultoria. Deste modo, Silva e Menezes (2018) observam que 
decisões compartilhadas – pessoa e organização – sobre o planejamento e 
desenvolvimento da carreira do consultor ambiental acabam se tornando a 
melhor alternativa para o sucesso das pessoas e das organizações. É impor-
tante destacar que, caso a empresa escolha por não investir no desenvolvi-
mento da carreira das pessoas que trabalham para ela, o consultor ambiental 
deve investir no desenvolvimento de sua própria carreira.
Previdelli (2015) relata as modalidades de consultoria que um gestor 
ambiental pode escolher para o desenvolvimento de sua carreira, descritas 
no Quadro 4.3:
Quadro 4.3 | Modalidades de consultoria em gestão ambiental
Modalidade Descrição
Assessoria O consultor ambiental pode assessorar empresas-clientes e órgãos públicos em projetos de preservação do meio ambiente.
Consultoria em certi-
ficação
O consultor ambiental é o profissional capacitado para elabo-
rar certificações a respeito de empreendimentos agrícolas e 
industriais, respeitando as normas expressas pela Organização 
Internacional de Normalização (ISO).
Consultoria em educa-
ção ambiental
O profissional em consultoria ambiental é o responsável pelo 
planejamento de programas para conscientizar as empresas-
-clientes, seus consumidores e a população como um todo sobre 
a importância da preservação do meio ambiente.
128
Consultoria em plane-
jamento ambiental
Elaborar relatórios de impacto ambiental para empresas-clientes 
é outra modalidade de consultoria de um gestor ambiental, bem 
como a definição de planos para a utilização sustentável dos re-
cursos naturais. Outro aspecto relacionado ao planejamento que 
envolve esse profissional diz respeito à implantação de projetos 
em empresas-clientes da exploração da natureza por meio do 
uso técnicas não poluentes.
Consultoria em 
recuperação de áreas 
degradadas
O consultor ambiental poderá atuar, ainda na execução de proje-
tos para a recuperação de áreas degradadas. Essa modalidade de 
consultoria demanda que o profissional realize saídas a campo 
para investigar áreas desmatadas e/ou contaminadas e emitir re-
latórios sobre a situação dessas áreas para as empresas-clientes.
Fonte: Previdelli (2015).
A autora defende que, por ser uma profissão relativamente nova, a 
carreira em consultoria ambiental deve ser bastante disputada nos próximos 
anos. Mas, para se consolidar como um profissional destacado, o consultor 
ambiental deve desenvolver as competências estabelecidas pelo FEM, 
descritas na Seção 1 desta unidade. Vale destacar que, ao optar pelo desen-
volvimento da carreira em consultoria, o gestor ambiental será o responsável 
por auxiliar as empresas-clientes na solução de seus problemas ambientais.
Para saber mais 
Para saber mais sobre os caminhos necessários para começar um 
negócio de consultoria ambiental ou posicionar melhor a sua empresa 
no mercado, leia o artigo publicado por Pifer (2017). Nele, você desco-
brirá dicas apresentadas pela autora sobre como iniciar um negócio em 
consultoria ambiental. 
PIFER, Renata. Uma dica rápida de como iniciar um negócio em consul-
toria ambiental. Administradores.com, 6 dez. 2017. Disponível em: 
https://administradores.com.br/artigos/uma-dica-rapida-de-como-ini-
ciar-um-negocio-em-consultoria-ambiental. Acesso em: 28 set. 2019.
Questões para reflexão 
Um dos questionamentos centrais enfrentados por profissionais da área 
ambiental diz respeito à escolha da carreira a seguir após a graduação. 
A consultoria ambiental pode ser um caminho a ser seguido por esse 
profissional. Mas, como começar? Como adquirir experiência? É melhor 
ser um profissional autônomo, buscar contratação ou abrir a própria 
129
empresa? Considerando o que foi apresentado, reflita: afinal, quais são 
os requisitos para poder atuar como consultor ambiental?
Atividade de aprendizagem da seção
1. Quando um consultor ambiental incorpora os aspectos necessários 
para se tornar gestor da própria carreira, ele se compromete mais com seu 
trabalho, torna-se mais responsável por seu próprio futuro e apresenta resul-
tados mais significativos para as empresas-clientes em que está prestando 
serviços de consultoria.
Complete as lacunas da sentença a seguir:
Deste modo, observa-se que decisões ____________ – pessoa e organização 
– sobre o planejamento e desenvolvimento da ____________ do consultor 
ambiental acabam se tornando a melhor alternativa para o sucesso das 
____________ e das ____________.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. compartilhadas/carreira/pessoas/organizações.
b. planejadas/atividade/estratégias/consultorias.
c. compartilhadas/carreira/estratégias/consultorias.
d. compartilhadas/atividade/pessoas/consultorias.
e. planejadas/atividade/pessoas/organizações.
2. Dutra (2011) explica que o planejamento da própria carreira acontece 
na medida em que o consultor ambiental assume o desenvolvimentode sua 
carreira e analisa com cuidado como a desenvolverá ao longo de sua vida. 
Na perspectiva do autor, ao adotar um planejamento da própria carreira, o 
consultor ambiental escolhe os caminhos que percorrerá para desenvolvê-la. 
Considerando as perspectivas do planejamento da própria carreira proposta 
pelo autor, analise as afirmativas a seguir e julgue-as como verdadeiras (V) 
ou falsas (F):
( ) Desenvolver o autoconhecimento.
( ) Realizar seus objetivos.
( ) Manter-se atualizado.
( ) Ser otimista.
130
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a. F - V - V -V.
b. F - V - F - V.
c. V - V - V - V.
d. V - V - F - F.
e. V - V - V - F.
131
Seção 3
Marketing pessoal aplicado à consultoria 
ambiental
Introdução à seção
O marketing pode ser compreendido como um processo que envolve 
ações de planejamento e distribuição de ideias, com o objetivo de promover 
trocas que satisfaçam tanto os objetivos individuais quanto os organizacio-
nais. Nesse sentido, Kotler e Keller (2012) conceituam o marketing como 
uma ferramenta capaz de identificar as necessidades de clientes e transfor-
má-las em oportunidades de negócios para a organização.
Considerando esse contexto, você identifica o marketing a partir de um 
contexto gerencial e social, uma vez que ele assume aspectos gerenciais, 
quando regula a oferta da organização com as demandas do mercado, e 
aspectos sociais, na medida em que ajusta a oferta e a demanda de bens e 
serviços, com o objetivo de atender às necessidades da sociedade. Assim, o 
marketing é analisado como um agrupamento de estratégias implantadas em 
uma organização para satisfazer suas próprias necessidades, bem como as 
necessidades de seus clientes, por meio da criação e troca de valor entre eles.
Para que esse agrupamento de estratégias de marketing fique completo, 
é preciso incluir as pessoas neste processo, destacando que as estratégias 
de marketing precisam considerar a imagem do profissional que atua no 
mercado de gestão ambiental. A área de conhecimento do marketing que 
trata desse assunto é o marketing pessoal, uma ferramenta muito utilizada 
por profissionais que adotam estratégias bem-sucedidas de promoção de sua 
marca pessoal no ambiente de trabalho.
Santos (2015) explica que a principal característica do marketing pessoal, 
que o diferencia da abordagem tradicional do marketing, é a sua funciona-
lidade voltada para o desenvolvimento do indivíduo. O marketing pessoal 
surgiu com o objetivo de alavancar a carreira e as experiências pessoais do 
gestor ambiental, com o intuito de valorizá-lo em suas particularidades para 
adicionar valor à sua marca pessoal (MACHADO, 2014). O autor defende 
que o marketing pessoal é responsável pelo desenvolvimento de habilidades 
específicas nesse gestor, as quais o distinguirão no mercado de trabalho.
O marketing pessoal pode ser explicado como um processo capaz de 
valorizar o gestor ambiental e orientá-lo na direção de seu êxito pessoal e 
profissional, por meio do desenvolvimento de competências necessárias, 
132
para que ele possa atrair e manter bons relacionamentos com suas equipes de 
trabalho, seus fornecedores e seus clientes (BARROS, 2012). Para o autor, o 
objetivo principal do marketing pessoal é construir uma imagem positiva do 
gestor ambiental para as pessoas com as quais ele se relaciona. Ritossa (2009, 
p. 17) define marketing pessoal:
[...] conjunto de ações planejadas que facilitam a obtenção 
de sucesso pessoal e profissional, seja para conquistar uma 
nova posição no mercado de trabalho, seja para manter 
sua posição atual. Essas ações compreendem não só a 
divulgação de uma melhor imagem de nós mesmos, mas 
também o aprimoramento de nossas deficiências e o inves-
timento em nossas qualidades.
Para Silveira et al. (2017), o marketing pessoal é responsável pela 
construção da marca pessoal do gestor ambiental, aprimorando sua 
imagem e desenvolvendo habilidades, como liderança, pensamento crítico e 
resolução de problemas complexos. Os autores defendem que a necessidade 
da construção da imagem pessoal entre os consultores ambientais cresce 
rapidamente, tornando permanente a necessidade da adoção de estratégias 
de marketing pessoal que transmitam a imagem adequada que esse profis-
sional precisa ter diante do mercado. Assim, a imagem pessoal se torna um 
dos principais requisitos para a construção de uma carreira sólida no campo 
da gestão ambiental.
Nesse sentido, fica fácil perceber que o marketing pessoal forta-
lece o crescimento pessoal e profissional da marca de um indivíduo 
(BERNARDINO, 2014), porque cada um é dotado de características que o 
tornam único. Assim, destaca-se a importância da utilização do marketing 
pessoal como ferramenta estratégica para o profissional de gestão ambiental, 
porque ele é capaz de destacar os principais conhecimentos, habilidades e 
atitudes relevantes do profissional da área, que o diferenciam dos demais no 
mercado de trabalho e criam sua marca pessoal.
Del Blanco (2010, p. 11) define marca pessoal como “um acúmulo de 
tudo o que a pessoa já fez, está fazendo ou irá realizar. Toda atividade, todo 
incidente, presença ou interação que afetam a marca”. Nesse sentido, o 
consultor ambiental precisa se conscientizar que, de forma voluntária ou não, 
deixará impressa sua marca pessoal. O autor defende que, ao desenvolver uma 
estratégia de marca pessoal, é preciso analisar a imagem atual do consultor 
ambiental para definir a imagem que ele pretende projetar no futuro.
133
Assim, é importante compreender que a marca pessoal é consequência do 
compromisso empreendido pelo consultor ambiental para conquistar seus 
objetivos. Desse modo, esse profissional precisa desenvolver uma imagem 
que reflita sua identidade pessoal e transmita características positivas que 
reflitam nos mais diversos públicos.
Para construir sua marca pessoal, Veloso et al. (2011) explica que o 
consultor ambiental precisa formular a missão de sua carreira, ou seja, desen-
volver a capacidade de compreender o ambiente profissional que o cerca e que 
legitima sua marca pessoal de modo consistente. Del Blanco (2010) defende 
que a construção da missão da marca pessoal do consultor ambiental envolve 
a compreensão do propósito, dos valores, dos padrões de comportamento 
e da estratégia de desenvolvimento de sua carreira, conforme ilustrado na 
Figura 4.1:
Figura 4.1 | Modelo de missão da marca pessoal
Formulação 
da 
missão
Propósito
ValoresEstratégia
Padrões de
comportamento
Fonte: Del Blanco (2010, p. 112).
A primeira dimensão do modelo proposto pelo autor estabelece o 
propósito da missão da marca pessoal do consultor ambiental, que deve ser 
construída a partir de uma abordagem filosófica que contempla a razão de 
ser da marca e expressa a identidade que esse profissional deseja construir.
A segunda dimensão proposta é a construção da estratégia da marca 
pessoal, que considera as vantagens competitivas do trabalho desse consultor 
134
e analisa os elementos que promovem as decisões e os comportamentos 
desejados para que ele seja capaz de impactar, de modo positivo, seus clientes 
e solidificar sua marca pessoal.
O comportamento é a terceira dimensão proposta no modelo pelo autor 
para a construção da missão da marca pessoal. Ao analisar os padrões de 
comportamento desejados por um consultor ambiental, é preciso considerar 
aspectos, como a visibilidade, a cooperação e a preocupação desse profis-
sional com relação ao ambiente no qual ele atua e o modo como ele respeita 
a condução da estratégia de sua marca. 
A última dimensão proposta pelo autor são os valores, responsáveis por 
fornecer a lógica emocional para a carreira do consultor ambiental. Canova e 
Porto (2010) defendem que os valores atribuem significado à marca pessoal 
desse profissional e fundamentam suas escolhas por um modo de conduta 
tanto individual quanto profissional. 
O modelo de missão de marca pessoal proposto por Del Blanco (2010) 
defende a necessidadede existir uma correlação coerente, compatível e 
complementar entre todas as dimensões, reforçando o desenvolvimento 
consistente da marca pessoal do consultor ambiental.
Ao considerar o marketing pessoal como uma ferramenta estratégica do 
gestor ambiental responsável pela construção de sua marca pessoal, você 
precisará analisar alguns elementos importantes que envolvem o uso dessa 
ferramenta, por exemplo, a habilidade emocional com que esse gestor trata 
sua equipe de trabalho e os seus clientes, a estrutura de sua rede de relacio-
namentos, o uso correto de sua imagem e sua capacidade de comunicação 
(BERNARDINO, 2014). O autor descreve, conforme mostra o Quadro 4.4, 
alguns fatores necessários para aprimorar as estratégias de marketing pessoal 
e construir uma marca pessoal marcante.
Quadro 4.4 | Fatores para o aprimoramento de estratégias de marketing pessoal do gestor 
ambiental
Fator Descrição
Mídia e novas 
tecnologias
Utilize a mídia e as novas tecnologias de modo coerente e consistente, 
bem como compreenda o marketing como uma ferramenta estratégica 
capaz de valorizar a imagem que um indivíduo pretende transmitir.
Criatividade Utilize a criatividade para inovar e tenha coragem para renovar suas ações diárias.
135
Acessível Mantenha-se sempre acessível, conectado com o mundo e presente na vida das pessoas.
Bom senso Tenha sempre em mente que é necessário manter o bom senso e a mo-deração no relacionamento com o outro.
Marca pessoal Desenvolva sua marca pessoal e a utilize como um diferencial em sua vida.
Inteligência 
emocional
Desenvolva sua capacidade de inteligência emocional e a utilize como 
ferramenta para enfrentar os desafios cotidianos.
Fonte: Bernardino (2014).
O mercado de trabalho exige, cada vez mais, que os consultores em gestão 
ambiental se adaptem a esses fatores e, na visão de Bernardino (2014), esses 
profissionais devem utilizar as estratégias de marketing pessoal para se desta-
carem nesse mercado. 
Sawicki e Storti (2016) destacam aspectos do marketing pessoal aplicados 
à consultoria ambiental que poderão auxiliar esse profissional a alavancar sua 
carreira: o consultor ambiental precisa planejar sua carreira utilizando suas 
experiências próprias de sucesso e modelos de sucesso de outros consultores. 
Para ser diferenciado, deve focar sua carreira em uma especialidade da gestão 
ambiental, bem como utilizar suas qualidades naturais como estratégias de 
marketing pessoal.
Para alavancar sua carreira e fortalecer suas estratégias de marketing 
pessoal, o consultor ambiental precisa construir uma rede de relacionamento 
forte, com o intuito de buscar novas oportunidades de trabalho. Para tanto, 
esse profissional deve ser capaz de se automotivar diariamente, buscando 
dentro de si a motivação necessária para atender aos seus clientes da melhor 
maneira possível. 
Dentro do ambiente corporativo, o uso de estratégias de marketing 
pessoal objetiva a capacitação e potencialização de troca de ideias para satis-
fazer as necessidades dos clientes de um consultor ambiental. Bernardino 
(2014) explica que a adoção de estratégias de marketing pessoal contribui 
para a valorização desse profissional no mercado de trabalho na medida em 
que promove suas atividades executadas de modo profissional e entusias-
mado, transformando seu comportamento em vantagem competitiva para 
a empresa-cliente para a qual presta seus serviços de consultoria ambiental.
136
Para saber mais
No artigo postado no site do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), 
Marques (2018) dá dicas para melhorar o seu marketing pessoal. 
Ao acessar o site, você descobrirá que todos os anos o mercado de 
trabalho é bombardeado com centenas de pessoas recém-formadas 
em diferentes cursos e áreas. O autor explica que, para conquistar uma 
vaga em uma boa empresa, é fundamental que profissionais invistam 
em marketing pessoal, que consiste em ser notado por suas habilidades 
e qualidades.
MARQUES, J. R. 8 dicas para melhorar o seu marketing pessoal. Instituto 
Brasileiro de Coaching, 25 set. 2018. 
Questões para reflexão 
O sucesso profissional é um conceito subjetivo, que pode estar relacio-
nado ao reconhecimento, ter o próprio negócio ou alcançar um cargo no 
alto escalão da empresa. Existem atitudes que podem ajudá-lo a trilhar 
o caminho para atingir e manter seus objetivos de carreira. Desse modo, 
reflita: de que modo o marketing pessoal ajuda o consultor ambiental 
na conquista do sucesso profissional?
Atividade de aprendizagem da seção
1. O marketing pode ser analisado a partir de um contexto gerencial e 
social, uma vez que ele assume aspectos gerenciais, quando regula a oferta da 
organização com as demandas do mercado, e aspectos sociais, na medida em 
que ajusta a oferta e a demanda de bens e serviços, com o objetivo de atender 
às necessidades da sociedade. 
Complete as lacunas da sentença a seguir:
O marketing é analisado como um agrupamento de ____________ implan-
tadas em uma organização para satisfazer suas próprias ____________, bem 
como as necessidades de seus ____________, por meio da criação e troca de 
____________ entre eles.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. atividades/estratégias/fornecedores/experiências.
b. estratégias/necessidades/fornecedores/experiências.
c. estratégias/necessidades/clientes/valor.
137
d. estratégias/estratégias/clientes/experiências.
e. atividades/estratégias/clientes/valor.
2. Ao considerar o marketing pessoal como uma ferramenta estratégica do 
gestor ambiental, responsável pela construção de sua marca pessoal, você 
precisará analisar alguns elementos importantes que envolvem o uso dessa 
ferramenta. 
Desse modo, julgue as proposições a seguir, as quais apresentam alguns 
fatores necessários para aprimorar as estratégias de marketing pessoal e 
construir uma marca pessoal marcante:
I. Mídia e novas tecnologias.
II. Criatividade.
III. Bom senso.
É correto o que se afirma apenas em:
a. I e II.
b. III e IV.
c. II, III e IV.
d. I, III e IV.
e. I, II, III e IV.
Fique Ligado!
Você sabia que o autoconhecimento é considerado uma ferramenta capaz 
de auxiliar o ser humano em seus processos de mudanças? Ele dá subsídios 
para que o ser humano passe a se conhecer melhor e desenvolva sua capacidade 
de autocontrolar seu comportamento (BRANDENBURG; WEBER, 2005).
Para concluir o estudo da unidade
Ao longo deste livro, conhecemos as etapas necessárias para que um 
gestor ambiental seja capaz de prestar serviços de consultoria com excelência. 
Aprendemos as diferentes modalidades de consultoria, as principais estraté-
gias utilizadas, bem como os laudos e pareceres aplicados nessa atividade 
profissional. Mas, para a aplicação de todo esse conhecimento, é preciso 
entender que o consultor ambiental é dotado de um conjunto de conheci-
mentos, habilidades e atitudes que o qualificam para empregar em todos os 
138
processos que envolvem uma consultoria no momento que uma empresa-
-cliente solicita essa competência dele. 
Nesta unidade, compreendemos os processos subjetivos que envolvem 
o desenvolvimento da carreira do consultor ambiental e o tornam capaz 
de entregar suas competências aos seus clientes. Com base em autores 
renomados sobre o tema, desenvolvemos os conhecimentos necessários 
para atuar nessa área com maestria. No entanto, para que você seja capaz de 
adquirir novos conhecimentos e desenvolver novas competências, não basta 
apenas fazer uma leitura do material. Será necessário que você reflita sobre o 
tema e coloque em prática todo o conhecimento tratado no livro. A carreira 
de consultor ambiental é desafiadora e estimulante, porém, para ser bem-su-
cedido, esse profissional precisa se atualizar e se aperfeiçoar constantemente. 
Desejamos que esse caminho tenha sido inspirador e que você tenha 
se dedicado o suficiente para que todo o conhecimento transforme sua 
vida profissional.
Atividade de aprendizagem da unidade
1. Para alavancar sua carreira e fortalecer suas estratégiasde marketing 
pessoal, o consultor ambiental precisa construir uma rede de relacionamento 
forte, com o intuito de buscar novas oportunidades de trabalho. 
Complete as lacunas da sentença a seguir:
Para tanto, esse ____________ deve ser capaz de se auto____________ 
diariamente, buscando dentro de si a ____________ necessária para atender 
aos seus ____________ da melhor maneira possível.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. processo/direcionar/direção/projetos.
b. profissional/motivar/motivação/clientes.
c. profissional/motivar/direção/projetos.
d. profissional/direcionar/motivação/projetos.
e. processo/direcionar/motivação/clientes.
2. É importante destacar que, caso a empresa escolha por não investir no 
desenvolvimento da carreira das pessoas que trabalham para ela, o consultor 
ambiental deve investir no desenvolvimento de sua própria carreira. Consi-
derando as modalidades de consultoria que um gestor ambiental pode 
escolher para o desenvolvimento de sua carreira, propostas por Previdelli 
139
(2015), analise as afirmativas a seguir e julgue-as como verdadeiras (V) ou 
falsas (F):
( ) Consultoria em certificação.
( ) Consultoria em educação financeira.
( ) Consultoria em planejamento ambiental.
( ) Consultoria em recuperação de empresas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a. F - V - V -V.
b. F - V - F - V.
c. V - V - V - V.
d. V - V - F - F.
e. V - F - V - F.
3. Fleury e Fleury (2001, p. 78) traduzem a competência do indivíduo como 
“um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, 
transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econô-
mico à organização e valor social ao indivíduo”. Considerando o que foi 
apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. Nesse sentido, verifica-se que esse conceito sobre competência extra-
pola os conhecimentos teóricos e empíricos,
PORQUE
II. Desassocia a capacidade de disponibilizar diferentes conhecimentos 
e habilidades, com o objetivo de agregar valor para os campos 
organizacional e social.
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
b. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
c. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
140
4. Um problema recorrente no processo de desenvolvimento da carreira das 
pessoas pela organização é que ela precisa tomar cuidado para não perder os 
consultores ambientais que capacitou para o mercado de trabalho, porque, 
caso isso aconteça, esses profissionais levarão para as empresas concorrentes 
todo seu conhecimento a respeito do negócio da empresa. Considerando o 
que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre 
elas:
I. I. Essa preocupação é aumentada e até mesmo extrapolada,
PORQUE
II. II. As empresas que investem no desenvolvimento de sua equipe 
compreendem que elas não serão as principais beneficiárias dos 
resultados desse desenvolvimento.
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são proposições falsas.
b. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
c. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verda-
deira.
d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
e. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
5. Dentro do ambiente corporativo, o uso de estratégias de marketing 
pessoal objetiva a capacitação e potencialização de troca de ideias para satis-
fazer às necessidades dos clientes de um consultor ambiental. De acordo com 
Bernardino (2014), a adoção de estratégias de marketing pessoal contribui 
para a valorização do consultor ambiental. 
Considerando o que foi apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação 
proposta entre elas:
I. A adoção de estratégias de marketing pessoal contribui para a valorização 
desse profissional no mercado de trabalho na medida em que promove 
suas atividades executadas de modo profissional e entusiasmado.
PORQUE
141
II. Transforma seu comportamento em vantagem competitiva para 
a empresa-cliente para a qual presta seus serviços de consultoria 
ambiental.
Em relação às asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
b. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
c. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justifica-
tiva da I.
d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
Referências
BARROS, A. D. M. Marketing pessoal como estratégia de satisfação dos clientes: o caso de O 
Boticário-SE. Qualit@s Revista Eletrônica, v. 13, n. 1, p. 1-11, 2012. Disponível em: http://
revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/1417/784. Acesso em: 12 set. 2019.
BERNARDINO, W. M. Marketing pessoal: ferramenta competitiva para os profissionais de secre-
tariado executivo. Revista Expectativa, v. XIII, n. 13, p. 49-68, 2014. Disponível em: http://e-re-
vista.unioeste.br/index.php/expectativa/article/view/9798/7486. Acesso em: 12 set. 2019.
BITENCOURT, C. Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. 2. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
BRANDENBURG, O. J.; WEBER, L. N. D. Autoconhecimento e liberdade no behaviorismo 
radical. Psico-USF, Itatiba, v. 10, n. 1, p. 87-92, jun. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712005000100011&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 
28 set. 2019.
CANÇADO, V. L.; SILVEIRA, L. M.; MUYLDER, C. F. Perfis de carreira da Geração Y: pesquisa 
com estudantes de pós-graduação em uma instituição de ensino superior de Minas Gerais. In: 
SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 21., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 
2018. Disponível em: http://login.semead.com.br/21semead/anais/arquivos/1926.pdf. Acesso 
em: 23 set. 2019.
CANOVA, K. R.; PORTO, J. B. O impacto dos valores organizacionais no estresse ocupacional: um 
estudo com professores de ensino médio. Rev. Adm. Mackenzie, São Paulo, v. 11, n. 5, p. 4-31, out. 
2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ram/v11n5/a02v11n5.pdf. Acesso em: 25 set. 2019.
DEL BLANCO, R. Á. Você marca pessoal: como gerenciar a sua vida com talento e transfor-
má-la numa experiência única. São Paulo: Saraiva, 2010.
DIAS, C. A.; PAULA, P. P. Gestão por competências no Brasil: analisando o perfil da produção 
científica e a centralidade da rede de pesquisadores. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 
21, 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 2018. Disponível em: http://login.semead.
com.br/21semead/anais/arquivos/743.pdf. Acesso em: 15 set. 2019.
DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 
2011. 
DUTRA, J. S. Competências: conceitos, instrumentos e experiências. São Paulo: Atlas, 2017.
FANG, L.; BAPTISTA, M. V. S.; BARDECKI, M. Sistemas de gestão ambiental. Brasília: CNI/
SENAI, 2001. 237 p.
FEIJÓ, C. A.; SCHEFFER, A. B. B.; MORAES, J. P.; ANDRADE, A. G. M. Carreira e gestão de 
pessoas nas big four pela visão dos auditores externos. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 
21., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 2018. Disponível em: https://login.semead.
com.br/21semead/anais/arquivos/1166.pdf. Acesso em: 24 set. 2019.
FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Construindo o conceito de competência. Revista de 
Administração Contemporânea, Edição Especial, p. 183-196, 2001.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 
MACHADO, W. B. MarketingPessoal: ferramenta competitiva para os profissionais de secreta-
riado executivo. Revista Expectativa, Minas Gerais, v. 13, n. 13, 2014. Disponível em: <http://e-
-revista.unioeste.br/index.php/expectativa/index>. Acesso em: 22 set. 2019.
MARQUES, J. R. 8 dicas para melhorar o seu marketing pessoal. Instituto Brasileiro de 
Coaching, 25 set. 2018. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/8-dicas-para-
-melhorar-o-seu-marketing-pessoal/. Acesso em: 29 set. 2019.
MENDONÇA, D. S. Gestão de carreiras: um estudo de caso nas agências de varejo de um banco 
público. 2010. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/29848. 
Acesso em: 27 set. 2019.
MORAIS, A. S.; FERREIRA, T. C.; LIMA. P. S.; CASTRO NETO, J. D. G.; FONSECA, P. R. C. F. 
Um estudo das competências individuais e organizacionais com franqueados. In: SEMINÁRIOS 
EM ADMINISTRAÇÃO, 21., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 2018. Disponível 
em: https://login.semead.com.br/21semead/anais/arquivos/2004.pdf. Acesso em: 27 set. 2019.
PATI, C. 10 competências de que todo profissional vai precisar até 2020. EXAME.com, 22 jan. 
2016. Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/10-competencias-que-todo-professio-
nal-vai-precisar-ate-2020/. Acesso em: 10 set. 2019.
PIFER, R. Características de um profissional da área de meio ambiente. Administradores.com, 
5 out. 2017. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/caracteristicas-de-um-pro-
fissional-da-area-de-meio-ambiente. Acesso em: 27 set. 2019.
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competence of the corporation. Harvard Business 
Review, v. 68, n. 3, p´. 78-90, 1990. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.
php/4391952/mod_resource/content/1/Prahalad%20Hamel.pdf. Acesso em: 27 set. 2019.
PREVIDELLI, A. As carreiras que você pode seguir com gestão ambiental. Guia do Estudante, 
12 jan. 2015. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/pordentrodasprofis-
soes/as-carreiras-que-voce-pode-seguir-com-gestao-ambiental/. Acesso em: 23 set. 2019.
RITOSSA, C. M. Marketing Pessoal: quando o produto é você. Curitiba: Ibpex, 2009.
ROBERTO, M. H. A.; FREITAS, A. J.; GOMES, J. S. M. Dimensões de sucesso na carreira em 
trabalhadores transgêneros. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 21., 2018, São Paulo. 
Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 2018. Disponível em: http://login.semead.com.br/21semead/
anais/arquivos/1886.pdf. Acesso em: 23 set. 2019.
RONCON, A.; BELTRAME, I.; CAMPOS, W. C.; CANGUSSU, E. T.; MAZZAFERA, B. L. Níveis 
de resiliência em adultos da geração Y de uma Instituição de Ensino Superior. ReCaPe – Revista 
de Carreiras e Pessoas, São Paulo, v. 2, n. 3, set./out./nov./dez. 2012. Disponível em: https://
revistas.pucsp.br/ReCaPe/article/view/13759/10483. Acesso em: 14 set. 2019.
SANTOS, E. R. Marketing pessoal no desenvolvimento de carreira: um estudo com os estudantes 
de administração da faculdade da serra gaúcha. Revista Global Manager, v. 1, n. 1, p. 24-41, 
2015. Disponível em: http://ojs.fsg.br/index.php/globalacademica/article/view/1947. Acesso 
em: 24 set. 2019.
SAWICKI, D. P.; STORTI, A. T. Marketing pessoal e marca pessoal: um olhar teórico sobre a impor-
tância e principais conceitos. PERSPECTIVA, Erechim, v. 40, n. 150, p. 27-38, jun. 2016. Disponível 
em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/150_570.pdf. Acesso em: 24 set. 2019.
SILVA, L. C. M.; MENEZES, R. R. S. Planejamento de carreira e inclinações profissio-
nais de universitários: estudo de caso no time Enactus UFV-CRP. In: SEMINÁRIOS EM 
ADMINISTRAÇÃO, 21., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 2018. Disponível em: 
http://login.semead.com.br/21semead/anais/arquivos/2125.pdf. Acesso em: 22 set. 2019.
SILVA, M. F.; DOYLE, M. L. F. C. P. A introdução do conceito de competências na formação 
do administrador. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 20., 2017, São Paulo. Anais 
[...]. São Paulo: SemeAd, 2017. Disponível em: http://login.semead.com.br/20semead/anais/
arquivos/600.pdf. Acesso em: 23 set. 2019.
SILVA, P. A.; CAVALCANTE. S. M. A.; MACEDO, A. C. M.; SILVA, M. R. R. Gestão por compe-
tência: um estudo bibliométrico das publicações na área de administração entre 2006 e 2016. In: 
SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 20., 2017, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SemeAd, 2017. 
Disponível em: http://login.semead.com.br/20semead/arquivos/1100.pdf. Acesso em: 22 set. 2019.
SILVEIRA, D.; LIMA, A.; MAGALHÃES, E.; MARTINS, G.; MAGALHÃES, E. Competências 
requeridas no contexto da gestão ambiental. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 
E TECNOLOGIA, 3., 2006, Resende. Anais [...]. Resende, RJ: SEGeT, 2006. Disponível em: 
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos06/599_Artigo%20Competencias%20SEGeT.pdf. 
Acesso em: 28 set. 2019.
SILVEIRA, V. C.; SANTOS, N. C. G.; EDUARDO, A. S.; RIBEIRO, J. S.; HERMES, R. A construção 
do marketing pessoal através das redes sociais. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE GESTÃO, 
DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO, 1., 2017, Naviraí. Anais [...]. Naviraí, MG: ERIGEDIN, 2017. 
Disponível em: www.seer.ufms.br/index.php/EIGEDIN/article/download. Acesso em: 24 set. 2019.
VELOSO, E. F. R.; DUTRA, J. S.; FISCHER, A. L.; PIMENTEL, J. E. A.; SILVA, R. C.; AMORIM, 
W. A. C. Gestão de carreiras e crescimento profissional. Revista Brasileira de Orientação 
Profissional, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 61-72, jun. 2011. Disponível em http://pepsic.bvsalud.
org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902011000100008&lng=pt&nrm=iso. Acesso 
em: 25 set. 2019.

Mais conteúdos dessa disciplina