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Glomerulopatias SÍNDROME NEFRÓTICA INTRODUÇÃO - Aumento da permeabilidade no glomérulo, causando a saída de proteína e água do vaso. - Quando se colhe a urina, nota-se proteinúria (>50) - Encontra-se uma criança edemaciada, com início súbito, hipoalbuminemia, dislipidemia (fígado tenta conter a perda de proteína) - 80% das causas são idiopáticas. DEFINIÇÃO Conjunto de sinais e sintomas secundários a aumento da permeabilidade renal à infiltração de proteínas. Proteinúria maciça: > 40 mg/h/m2 ou 50 mg/kg/dia Congênita: primeiros 3 meses de vida Infantil: 4 a 12 meses de vida Criança: > 12 meses de vida EPIDEMIOLOGIA - 2 a 6 casos anuais/100.000 habitantes com menos de 16 anos. - 2:1 entre homens e mulheres. - 80% correspondem a Síndrome Nefrótica Idiopática ou Primária. - A maioria dos casos acometem crianças entre 2 a 7 anos com pico de incidência aos 3 anos de idade. HISTOPATOLOGIA - Lesão histológica mínima (LHM) - Glomeruloesclerose segmentar e focal - GN proliferativa mesangial (depósito de IgM; IgA – Doença de Berger) *Doença de Berger: doença renal que ocorre quando há acumulação de imunoglobulina A nos rins, resultando numa inflamação local. Área que mais vai ser lesada à podócito CAUSAS SECUNDÁRIAS - Pós-infecciosa (Principal germe: Streptococcus) – faringoamigdalite e impetigo. - Colagenoses - Distúrbios hereditários - Esquistossomose - Anemia falciforme - Neoplasias - Toxinas - Drogas BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR A barreira de filtração glomerular constitui uma membrana mais espessa, formada a partir da associação entre a membrana basal das células endoteliais dos capilares glomerulares e a membrana basal dos podócitos. A grande maioria dos casos de síndrome nefrótica apresenta mecanismos etiofisiopatogênicos relacionados com fatores genéticos, disfunção Beatriz Loureiro podocitária, disfunção imunológica ou a presença de fatores circulantes. A filtração glomerular proporciona, seletivamente, a eliminação de água e escórias e a retenção de proteínas, células sanguíneas e outros elementos da circulação. A excreção de grandes quantidades de proteína através da barreira de ultrafiltração glomerular seria decorrente de agravos diversos sobre seus componentes, determinando aumento da permeabilidade às proteínas plasmáticas. FISIOPATOLOGIA QUADRO CLÍNICO - Edema, geralmente mole, frio, depressível, podendo evoluir para anasarca. *Existem teorias implicadas no mecanismo de formação do edema da síndrome nefrótica: (1) teoria do “hipofluxo”, considera que a proteinúria maciça e subsequente hipoalbuminemia promovam uma diminuição da pressão oncótica plasmática. Esse fato, por sua vez, acarreta aumento da ultrafiltração capilar e passagem de fluido do espaço intravascular para o interstício, desencadeando hipovolemia, hipoperfusão renal, ativação do SRAA e retenção renal secundária de sódio. - Oligúria - Hematúria - Predisposição a tromboembolismo - Infecção - Hipovolemia EXAMES LABORATORIAIS EXAMES DE URINA: - Proteinúria *Considera-se a proteinúria nefrótica acima de 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/hora. Em amostra isolada de urina, valores > 2 são compatíveis com proteinúria nefrótica. - Cilindros hialinos PROTEINÚRIA DE 24 HORAS: - 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/h. - Relação proteína/creatinina urinária > 2,0 ALBUMINA < 2,5g% UREIA E CREATININA HIPERCOLESTEROLEMIA HIPERTRIGLICERIDEMIA TRATAMENTO - Dieta hipossódica e hipolipídica - Diuréticos - Albumina (em casos graves) Proteinúria Hipoalbuminemia Redução da pressão coloidosmótica plasmática Ativação do sistema regina-angiotensina- aldosterona Edema Beatriz Loureiro - Corticosteroides: prednisona 2 mg/kg/dia, 6 semanas e redução gradual - Caso não apresente remissão clínica e laboratorial entre 4 e 8 semanas de corticoterapia > biopsia renal SÍNDROME NEFRÍTICA Conjunto de sinais e sintomas devido a processo inflamatório agudo que atinge os glomérulos, de origem presumivelmente imunológica. EPIDEMIOLOGIA - 470.000 casos/ano - Incidência 9,5 a 28,5 por 100.000 - Rara em < 2 anos - Pico de incidência ao redor de 7 anos - 2:1 entre homens e mulheres – IVAS/Piodermite QUADRO CLÍNICA - Hematúria - Edema - Hipertensão - Proteinúria - Oligúria FISIOPATOLOGIA ETIOLOGIA GLOMERULONEFRITES PRIMÁRIAS: - Nefropatia por IgA - Membranoproliferativa - Crescêntica idiopática - Membranosa GLOMERULONEFRITES SECUNDÁRIAS: - Glomerulonefrite aguda pós-infecciosa (amigdalite, faringite – Estreptococo) - Glomerulonefrite pós-estreptocócica - Associada a endocardite - Vasculite IgA - Nefrite lúpica CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA - Aguda Proteinúria Ativação do complemento; recrutamento de leucócitos; liberação de citocinas Inflamação Lesão glomerular Hematúria Lesão glomerular Proteinúria < superfície; filtração dos glomérulos Oligúria Retenção hídrica Edema Hipertensão Beatriz Loureiro - Rapidamente progressiva - Crônica QUADRO CLÍNICO - Edema - Hipertensão arterial - Hematúria (Urina vermelha, cor de coca-cola – há muita eliminação de hemácias, pois não há filtração no glomérulo) - Oligúria - Antecedente de infecção por estreptococo DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - Exame de urina: hematúria, proteinúria, leucocitúria, cilindros hemáticos - Ureia e creatinina - Complemento sérico (C3) - ASLO TRATAMENTO - Dieta hipossódica - Restrição hídrica - Diuréticos - Anti-hipertensivos - Penicilina benzatina Beatriz Loureiro
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