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ASPECTOS TÉCNICOS DE PACIENTES TERMINAIS E EM MORTE ENCEFÁLICA AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO - Critérios para iniciar o procedimento para determinação de morte encefálica? · Coma não perceptivo · Ausência de atividade supraespinhal · Apneia persistente - É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro - A ME deve ser avaliada por dois médicos aptos a isso - Resolução CFM Nº1.826/2007 · Art. 1º – É legal a suspensão dos procedimentos de suporte terapêuticos quando determinada a morte encefálica em não doador de órgãos, tecidos e partes do corpo para fins de transplante · Inciso 1º. O cumprimento da decisão mencionada no caput deve ser precedido de comunicação e esclarecimento sobre a morte encefálica aos familiares do paciente ou seu represente legal, fundamentada e registrada no prontuário. · Após ser informada a suspeita de morte encefálica, mesmo com as comprovações exigidas, a família pode requerer que um médico de sua confiança ratifique o diagnóstico antes do atestado, mesmo que ele não seja neurologista ou membro da unidade de saúde: · Art. 3° da Lei 9.434: Será admitida a presença de um médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica. · Segundo o Art. 8º da Resolução do CFM Nº 2173/2017 o médico assistente - Vedado o médico participar da equipe de transplante O que o paciente terminal? - Define-se como aquele em que atinge um momento em que as medidas terapêuticas não aumentam a sobrevida, elas apenas prolongam o processo lento de morrer. · O paciente não é mais saudável · O período que isso acontece é variável e depende de diversos fatores, sendo arbitrado pelo profissional. Aplicação dos princípios morais e éticos - A atuação médica é movida por dois grandes princípios morais: a preservação da vida e o alívio do sofrimento. · Em determinadas situações podem se tornar antagônicas. - Preservação da vida – Paciente salvável · Conceitos de beneficência - Alívio do sofrimento – Morte inevitável · Conceito de não-maleficência - Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal. Análise de possíveis condutas frente ao paciente terminal 1. Não adoção e/ou retirada de medidas de suporte de vida 2. Ordem de não reanimar 3. Interrupção do tratamento fútil 4. Suspensão de cuidados ordinário e/ou extraordinários a) transfusão, coleta de exames, medicamentos e hidratação; b) suporte de função orgânica. Outros Conceitos - Distanásia – prolongamento exagerado da morte de um paciente, às vezes pode ser empregado como sinônimo de tratamento inútil. · Fere o art. 5º da CF/88 – não implicar tortura, nem tratamento desumano ou degradante · Não é crime, pois não há nada na legislação brasileira sobre isso · No Art. 32º do CEM, É vedado ao médico: “Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente.” - Eutanásia – morte de maneira controlada e assistida para alívio da dor e/ou sofrimento · No Brasil é previsto como assassinato - Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal. · Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal. - Ortotanásia – é o processo de morte desejável, não ocorre prolongamento com procedimentos que acarretam o aumento do sofrimento.