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Caderno de Questões e Comentários - 5 Simulado OAB - Exame XXXVII

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3 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
 
3 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
V. Simulado OAB 
Código de Ética e Estatuto da OAB 
Priscila Ferreira 
Questão 01. 
Marina, cursando o último semestre do curso de direito, 
prestará, em breve, exame da ordem e com isso resolve 
intensificar seu processo de estudo. Sabidamente, inicia 
seu estudo focado na disciplina de Ética. Durante a 
leitura, percebe que no início do Estatuto da Advocacia e 
da Ordem dos Advogados do Brasil, a referida legislação, 
trata sobre a atividade de advocacia. Sobre o tema, 
assinale a afirmativa correta: 
A) são atividades privativas de advocacia somente as 
atividades de assessoria e direção jurídicas. 
B) se inclui na atividade privativa de advocacia a 
impetração de habeas corpus em qualquer instância ou 
tribunal. 
C) no exercício de sua atividade profissional, o advogado 
pode contribuir com o processo legislativo e com a 
elaboração de normas jurídicas, no âmbito dos Poderes 
da República. 
D) é permitido a divulgação de advocacia em conjunto 
com outra atividade, desde que devidamente 
regulamentada em lei. 
Comentário Longo 
A questão testou o candidato acerca dos conhecimentos 
do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do 
Brasil (OAB), especificamente sobre “Da atividade de 
advocacia”. Neste sentido, percebe-se que somente 
uma alternativa corresponde corretamente ao disposto 
no art. 1º e 2º-A, do EAOAB, como se observa: 
“Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas. 
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a 
impetração de habeas corpus em qualquer instância ou 
tribunal. 
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto 
com outra atividade. 
Art. 2º-A. O advogado pode contribuir com o processo 
legislativo e com a elaboração de normas jurídicas, no 
âmbito dos Poderes da República.” 
Assim, a única assertiva correta, que se adequa ao texto 
de lei, preceitua que no exercício de sua atividade 
profissional, o advogado pode contribuir com o processo 
legislativo e com a elaboração de normas jurídicas, no 
âmbito dos Poderes da República. 
Letra A (item árvore: 3.1 ) 
INCORRETA 
O erro da alternativa foi afirmar que somente as 
atividades de assessoria e direção jurídicas são privativas 
da advocacia, o que limitou as atividades privativas. 
Letra B (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
A alternativa inverteu o sentido, deixando-a incorreta, 
vejamos: 
EAOAB - Art. 1º, § 1º Não se inclui na atividade privativa 
de advocacia a impetração de habeas corpus em 
qualquer instância ou tribunal. 
Letra C (item árvore: 3.1) 
CORRETA 
Alternativa sem erros, exigiu do candidato o 
conhecimento da letra da lei, vejamos: 
EAOAB - Art. 2º-A. O advogado pode contribuir com o 
processo legislativo e com a elaboração de normas 
jurídicas, no âmbito dos Poderes da República. 
Lembrando que o Art. 2º-A do EAOAB, foi recentemente 
incluído pela Lei nº 14.365, de 2022. 
Letra D (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
Na verdade, de forma bem direta e taxativa, a legislação 
ensina que é vedada a divulgação de advocacia em 
conjunto com outra atividade, não havendo essa 
ressalva de que seja regulamentada por lei. 
Comentário Curto 
Nos termos do Art. 1º, do EAOAB, são atividades 
privativas de advocacia as atividades de consultoria, 
assessoria e direção jurídicas. 
4 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Ainda, vale mencionar que não se inclui na atividade 
privativa de advocacia a impetração de habeas corpus 
em qualquer instância ou tribunal. 
Ainda, a questão exige os seguintes preceitos do EAOAB: 
o É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com 
outra atividade; 
o O advogado pode contribuir com o processo legislativo 
e com a elaboração de normas jurídicas, no âmbito dos 
Poderes da República. 
Assim, a alternativa “C” é a correta e gabarito da 
questão. 
 
Questão 02. 
Nestor, advogado que se encontra licenciado, sabe que 
durante a advocacia são praticados diversos atos 
processuais necessários ao regular exercício da 
profissão. Acontece que, o Estatuto da OAB ensina que 
nem todos os atos praticados são válidos, bem como, a 
referida legislação elenca regras para que haja validade 
do ato praticado. Sobre o tema, assinale a alternativa 
correta: 
A) são nulos os atos privativos de advogado praticados 
por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das 
sanções civis, penais e administrativas. 
B) são nulos os atos praticados por advogado impedido 
no âmbito do impedimento, suspenso, ou que passar a 
exercer atividade incompatível com a advocacia. Nestor 
por estar licenciado poderá praticar normalmente os 
atos, desde que possua autorização do presidente da 
respectiva seccional. 
C) Nestor, afirmando urgência, poderá atuar sem 
procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 
vinte dias, sendo o prazo improrrogável. 
D) a procuração para o foro em geral habilita o advogado 
a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou 
instância, mesmo os que exijam poderes especiais. 
Comentário Longo 
A questão trata do regramento correspondente aos atos 
praticados por advogados no exercício da profissão. O 
aluno responderia tranquilamente com o conhecimento 
dos artigos 4º e 5º do Estatuto da OAB, vejamos: 
“Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado 
praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo 
das sanções civis, penais e administrativas. 
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados 
por advogado impedido - no âmbito do impedimento - 
suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade 
incompatível com a advocacia. 
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, 
fazendo prova do mandato. 
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem 
procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 
quinze dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o 
advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer 
juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
” 
Letra A (item árvore: 3.1) 
CORRETA 
A questão apresentada exigiu do aluno a literalidade do 
art. 4º do EAOAB, vejamos: 
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado 
praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo 
das sanções civis, penais e administrativas 
Desta forma, a alternativa “a” é a correta e gabarito 
da questão. 
Letra B (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
Os atos privativos de advogado, praticados por Nestor, 
serão considerados nulos, uma vez que Nestor se 
encontra licenciado, conforme Art. 4º, parágrafo únicos, 
do EAOAB. 
Letra C (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
Os atos privativos de advogado, praticados por Nestor, 
serão considerados nulos, uma vez que Nestor se 
encontra licenciado, conforme Art. 4º, parágrafo únicos, 
do EAOAB. 
No mais, o prazo apresentado na questão foi 
equivocado, bem como a afirmação que é 
improrrogável, vejamos o art. 5º, do EAOAB: 
5 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
“Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, 
fazendo prova do mandato. 
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem 
procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 
quinze dias, prorrogável por igual período.” 
Letra D (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
Conforme art. 5º, parágrafo segundo, do EAOAB, a 
procuração para o foro em geral habilita o advogado a 
praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou 
instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
Comentário Curto 
Nos termos do art. 4º, do EAOAB, são nulos os atos 
privativos de advogado praticados por pessoa não 
inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e 
administrativas. 
E são também nulos os atos praticados por advogado 
impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, 
licenciado ou que passar a exercer atividade 
incompatível com a advocacia. 
Ainda, o Art. 5º, do EAOAB, preceitua que o advogado 
postula, em juízo ou foradele, fazendo prova do 
mandato. E o advogado, afirmando urgência, pode atuar 
sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo 
de quinze dias, prorrogável por igual período. 
Por fim, a procuração para o foro em geral habilita o 
advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer 
juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
Assim, a assertiva “a” é a correta e gabarito da 
questão. 
Gabarito: Letra A 
 
Questão 03. 
Mateus, mesmo após obter aprovação no exame de 
ordem, possuía dúvidas acerca dos direitos inerentes aos 
advogados. Com isso, Mateus procura João, seu colega 
de profissão, com o intuito de achar respostas para as 
suas indagações, uma vez que João é advogado atuante 
e com larga experiência profissional. Sobre o referido 
tema, assinale a alternativa correta. 
A) João informou corretamente a Mateus que apesar de 
haver hierarquia e subordinação entre advogados, 
magistrados e membros do Ministério Público, todos 
devem tratar-se com consideração e respeito recíproco. 
B) João informou corretamente a Mateus que é direito 
do advogado dirigir-se diretamente aos magistrados nas 
salas e gabinetes de trabalho, independentemente de 
horário previamente marcado ou outra condição, 
observando-se a ordem de chegada. 
C) João informou a Mateus corretamente que é direito 
do advogado, entre outros, ingressar livremente, nas 
salas de sessões dos tribunais, desde que não ultrapasse 
os cancelos que separam a parte reservada aos 
magistrados. 
D) João informou a Mateus corretamente que é direito 
do advogado retirar autos de processos findos, mesmo 
sem procuração, pelo prazo de doze dias. 
Comentário Longo 
A questão testou conhecimento do aluno sobre os 
direitos do Advogado, elencados no EAOAB, no artigo 6º 
e seguintes, vejamos: 
“Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre 
advogados, magistrados e membros do Ministério 
Público, devendo todos tratar-se com consideração e 
respeito recíprocos. 
Art. 7º São direitos do advogado: 
VI - ingressar livremente: 
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além 
dos cancelos que separam a parte reservada aos 
magistrados; 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e 
gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-se 
a ordem de chegada; 
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem 
procuração, pelo prazo de dez dias;” 
Letra A (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Não há hierarquia e subordinação entre advogados, 
magistrados e membros do Ministério Público, conforme 
art. 6º, do EAOAB. 
Letra B (item árvore: 5.1) 
CORRETA 
6 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Alternativa completamente correta e em adequação ao 
disposto no art. 7º, VIII, do EAOAB. Vejamos: 
“Art. 7º São direitos do advogado: 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e 
gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-se 
a ordem de chegada.” 
Letra C (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Alternativa incorreta, uma vez que é direito do advogado 
ingressar livremente nas salas de sessões dos tribunais, 
mesmo além dos cancelos que separam a parte 
reservada aos magistrados (Art. 7º, VI, “a”, do 
EAOAB). 
Letra D (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
O prazo trazido pela alternativa está equivocado, uma 
vez que o advogado poderá retirar autos de processos 
findos, mesmo sem procuração, porém pelo prazo de dez 
dias. 
Comentário Curto 
Nos termos do Art. 6º, EAOAB, não há hierarquia nem 
subordinação entre advogados, magistrados e membros 
do Ministério Público, devendo todos tratar-se com 
consideração e respeito recíprocos. 
Ainda, conforme Art. 7º, VI, VIII e XVI, do EAOAB, são 
direitos do advogado: 
 ingressar livremente nas salas de sessões dos tribunais, 
mesmo além dos cancelos que separam a parte 
reservada aos magistrados; 
 dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e 
gabinetes de trabalho, independentemente de horário 
previamente marcado ou outra condição, observando-se 
a ordem de chegada; e 
 retirar autos de processos findos, mesmo sem 
procuração, pelo prazo de dez dias. 
Assim, a alternativa “b” é a correta e gabarito da 
questão. 
Gabarito: Letra B 
 
 
Questão 04. 
Avelar, estudante de direito, durante estágio 
profissional, decidiu consultar o Estatuto da OAB para 
dirimir diversas dúvidas que possuía sobre seu estágio. 
Após consulta da legislação, Avelar verificou 
corretamente que: 
A) o aluno de curso jurídico que exerça atividade 
incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio 
ministrado pela respectiva instituição de ensino 
superior, para fins de aprendizagem, permitida a 
inscrição na OAB, desde que devidamente autorizada 
pela sua instituição. 
B) em caso de pandemia ou em outras situações 
excepcionais que impossibilitem as atividades 
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio 
profissional poderá ser realizado no regime de 
teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema 
remoto ou não, por qualquer meio telemático, sem 
configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer 
uma dessas modalidades. 
C) não se faz necessário, constar expressamente, do 
convênio de estágio e do termo de estágio, a concessão, 
pela parte contratante ou conveniada, de equipamentos, 
sistemas e materiais ou reembolso de despesas de 
infraestrutura ou instalação, destinados a viabilizar a 
realização da atividade de estágio de teletrabalho ou de 
trabalho a distância em sistema remoto ou não. 
D) O estágio profissional de advocacia, com duração de 
dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, 
pode ser mantido pelas respectivas instituições de 
ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, 
órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados 
pela OAB, sendo facultativo o estudo do Estatuto da 
OAB. 
Comentário Longo 
No caso hipotético apresentado, Avelar, estudante de 
direito, durante estágio profissional, decidiu consultar o 
Estatuto da OAB para dirimir diversas dúvidas que 
possuía sobre seu estágio. 
A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre o 
Estatuto da Advocacia, especialmente o Art. 9º, do 
EAOAB. Vejamos: 
“Art. 9º (...) 
 
7 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
 § 1º O estágio profissional de advocacia, com duração 
de dois anos, realizado nos últimos anos do curso 
jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições 
de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por 
setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia 
credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo 
deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. 
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade 
incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio 
ministrado pela respectiva instituição de ensino 
superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição 
na OAB. 
§ 5º Em caso de pandemia ou em outras situações 
excepcionais que impossibilitem as atividades 
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio 
profissional poderá ser realizado no regime de 
teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema 
remoto ou não, por qualquer meio telemático, sem 
configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer 
uma dessas modalidades. 
§ 6º Se houver concessão, pela parte contratante ou 
conveniada, de equipamentos, sistemas e materiais ou 
reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, 
todos destinados a viabilizar a realização da atividade de 
estágio prevista no § 5º deste artigo, essa informação 
deverá constar, expressamente, do convênio de estágio 
e do termo de estágio.” 
Letra A (item árvore: 4.1) 
INCORRETA 
Na verdade, o aluno de curso jurídico que exerça 
atividade incompatível com a advocacia pode frequentar 
o estágio ministrado pela respectiva instituição de 
ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a 
inscrição na OAB, conforme art. 9º, parágrafo terceiro, 
do EAOAB. 
Letra B (item árvore: 4.1) 
CORRETAA Alternativa trouxe corretamente o mandamento legal, 
constante o EAOAB, cobrando do aluno a literalidade da 
lei, vejamos o disposto no art. 9º, parágrafo quinto, do 
EAOAB: 
“Em caso de pandemia ou em outras situações 
excepcionais que impossibilitem as atividades 
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio 
profissional poderá ser realizado no regime de 
teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema 
remoto ou não, por qualquer meio telemático, sem 
configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer 
uma dessas modalidades.” 
Vale ressaltar que o referido parágrafo foi uma inovação 
legislativa trazida pela 14.365 de 2022. 
Letra C (item árvore: 4.1) 
INCORRETA 
Na verdade, a informação da possível concessão, pela 
parte contratante ou conveniada, de equipamentos, 
sistemas e materiais ou reembolso de despesas de 
infraestrutura ou instalação, todos destinados a 
viabilizar a realização da atividade de estágio e realização 
da atividade de estágio de teletrabalho ou de trabalho a 
distância em sistema remoto ou não, deverá constar, 
expressamente, do convênio de estágio e do termo de 
estágio. 
Neste sentido, o Art. 9º, § 6º, do EAOAB preceitua que 
se houver concessão, pela parte contratante ou 
conveniada, de equipamentos, sistemas e materiais ou 
reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, 
todos destinados a viabilizar a realização da atividade de 
estágio prevista no § 5º deste artigo, essa informação 
deverá constar, expressamente, do convênio de estágio 
e do termo de estágio. 
Vale ressaltar que o referido parágrafo foi uma inovação 
legislativa trazida pela 14.365 de 2022. 
Letra D (item árvore: 4.1) 
INCORRETA 
O final da assertiva a tornou incorreta, uma vez que é 
obrigatório o estudo do Estatuto e do Código de Ética e 
Disciplina. Vejamos o disposto no Art. 9º, §1º, do 
EAOAB: 
“O estágio profissional de advocacia, com duração de 
dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, 
pode ser mantido pelas respectivas instituições de 
ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, 
órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados 
pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e 
do Código de Ética e Disciplina.” 
 
 
8 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Comentário Curto 
A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre o 
Estatuto da Advocacia, especialmente o Art. 9º, do 
EAOAB. Neste sentido, devemos extrair os seguintes 
preceitos: 
 O estágio profissional de advocacia, com duração de 
dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, 
pode ser mantido pelas respectivas instituições de 
ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, 
órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados 
pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e 
do Código de Ética e Disciplina. 
 O aluno de curso jurídico que exerça atividade 
incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio 
ministrado pela respectiva instituição de ensino 
superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição 
na OAB. 
 Em caso de pandemia ou em outras situações 
excepcionais que impossibilitem as atividades 
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio 
profissional poderá ser realizado no regime de 
teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema 
remoto ou não, por qualquer meio telemático, sem 
configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer 
uma dessas modalidades. 
 Se houver concessão, pela parte contratante ou 
conveniada, de equipamentos, sistemas e materiais ou 
reembolso de despesas de infraestrutura ou instalação, 
todos destinados a viabilizar a realização da atividade de 
estágio prevista no § 5º deste artigo, essa informação 
deverá constar, expressamente, do convênio de estágio 
e do termo de estágio. 
Assim, a assertiva “b” é a correta e gabarito da 
questão. 
Gabarito: Letra B 
 
Questão 05. 
Um determinado grupo de advogados pretende 
constituir uma sociedade. Sabendo que o Estatuto da 
OAB possui diversos regramentos sobre o tema e que os 
advogados podem reunir-se em sociedade simples de 
prestação de serviços de advocacia ou constituir 
sociedade unipessoal de advocacia, assinale a alternativa 
correta. 
A) desde que obtenha autorização do Conselho 
Seccional, todo advogado pode integrar mais de uma 
sociedade de advogados, constituir mais de uma 
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma 
sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na 
mesma área territorial do referido Conselho. 
B) os advogados sócios de uma mesma sociedade 
profissional podem representar clientes de interesses 
opostos em procedimentos administrativos e judiciais, 
desde que sejam advogados distintos. 
C) a sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de 
advocacia podem ter como sede, filial ou local de 
trabalho espaço de uso individual ou compartilhado com 
outros escritórios de advocacia ou empresas, desde que 
respeitadas as hipóteses de sigilo previstas no Estatuto e 
no Código de Ética e Disciplina. 
D) a sociedade de advogados e seus sócios, com exceção 
do titular da sociedade individual de advocacia, 
respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos 
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício 
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade 
disciplinar em que possam incorrer. 
Comentário Longo 
A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre o 
Estatuto da Advocacia, mais precisamente sobre o 
capítulo IV “Da sociedade de advogados”. Neste 
sentido, vejamos o disposto no art. 15 e 17 do EAOAB: 
“Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade 
simples de prestação de serviços de advocacia ou 
constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma 
disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. 
(...) 
§ 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma 
sociedade de advogados, constituir mais de uma 
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma 
sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na 
mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. 
(...) 
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade 
profissional não podem representar em juízo clientes de 
interesses opostos. 
(...) 
9 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
§ 12. A sociedade de advogados e a sociedade 
unipessoal de advocacia podem ter como sede, filial ou 
local de trabalho espaço de uso individual ou 
compartilhado com outros escritórios de advocacia ou 
empresas, desde que respeitadas as hipóteses de sigilo 
previstas nesta Lei e no Código de Ética e Disciplina. 
(...) 
Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da 
sociedade individual de advocacia respondem 
subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos 
clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, 
sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que 
possam incorrer.” 
Letra A (item árvore: 8.1) 
INCORRETA 
Conforme Art. 15, § 4o , do EAOAB, nenhum advogado 
pode integrar mais de uma sociedade de advogados, 
constituir mais de uma sociedade unipessoal de 
advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma 
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de 
advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial 
do respectivo Conselho Seccional. 
Letra B (item árvore: 8.1) 
INCORRETA 
A legislação não permitiu a possibilidade de advogados 
sócios de uma mesma sociedade profissional 
representarem em juízo clientes de interesses opostos, 
conforme Art. 15, § 6º, do EAOAB. 
Letra C (item árvore: 8.1) 
CORRETA 
Conforme Art. 15, § 12, do EAOAB, a sociedade de 
advogados e a sociedade unipessoal de advocacia 
podem ter como sede, filial ou local de trabalho espaço 
de uso individual ou compartilhado com outros 
escritórios de advocacia ou empresas, desde que 
respeitadas as hipóteses de sigilo previstas nesta Lei e no 
Código de Ética e Disciplina. 
Letra D (item árvore:8.1) 
INCORRETA 
O titular da sociedade individual de advocacia também 
responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos 
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício 
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade 
disciplinar em que possam incorrer, conforme Art. 17, do 
EAOAB. 
Comentário Curto 
A questão exigia o conhecimento dos artigos 15 e 17 do 
EAOAB, os quais preceituam os seguintes aspectos: 
 Os advogados podem reunir-se em sociedade simples 
de prestação de serviços de advocacia ou constituir 
sociedade unipessoal de advocacia, na forma 
disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. 
 Nenhum advogado pode integrar mais de uma 
sociedade de advogados, constituir mais de uma 
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma 
sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na 
mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. 
 Os advogados sócios de uma mesma sociedade 
profissional não podem representar em juízo clientes de 
interesses opostos. 
 A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de 
advocacia podem ter como sede, filial ou local de 
trabalho espaço de uso individual ou compartilhado com 
outros escritórios de advocacia ou empresas, desde que 
respeitadas as hipóteses de sigilo previstas nesta Lei e no 
Código de Ética e Disciplina. 
 Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade 
individual de advocacia respondem subsidiária e 
ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por 
ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo 
da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. 
Assim, a assertiva “c” é a correta e o gabarito da 
questão. 
Gabarito: Letra C 
 
Questão 06. 
Determinado escritório de advocacia, anuncia que 
pretende contratar advogado com vínculo empregatício 
para a devida prestação profissional. Carlos, após 
participar de processo seletivo, é selecionado para 
preencher a vaga. Sobre o tema, assinale a alternativa 
que representa corretamente o mandamento legal sobre 
o advogado empregado. 
A) a relação de emprego, na qualidade de advogado, 
reduz a independência profissional, uma vez que o 
10 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
advogado ficará vinculado aos interesses do 
empregador. 
B) mesmo fora da relação de emprego, o advogado 
empregado está vinculado à prestação de serviços 
profissionais de interesse pessoal dos empregadores. 
C) as horas trabalhadas que excederem a jornada normal 
são remuneradas por um adicional não inferior a cem por 
cento sobre o valor da hora normal, desde que não tenha 
contrato escrito ou verbal tratando de maneira 
diferente. 
D) a jornada de trabalho do advogado empregado, 
quando prestar serviço para empresas, não poderá 
exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a 
de 40 (quarenta) horas semanais. 
Comentário Longo 
A questão testou conhecimento do candidato acerca do 
advogado empregado, disciplinado no Estatuto da OAB. 
Neste sentido, o artigo 18 e 20 do EAOAB preceituam 
que: 
 A relação de emprego, na qualidade de advogado, não 
retira a isenção técnica nem reduz a independência 
profissional inerentes à advocacia. 
 O advogado empregado não está obrigado à prestação 
de serviços profissionais de interesse pessoal dos 
empregadores, fora da relação de emprego. 
 A jornada de trabalho do advogado empregado, 
quando prestar serviço para empresas, não poderá 
exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a 
de 40 (quarenta) horas semanais. 
 As horas trabalhadas que excederem a jornada normal 
são remuneradas por um adicional não inferior a cem por 
cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo 
contrato escrito. 
Letra A (item árvore: 9.1) 
INCORRETA 
Não há redução da independência profissional, mesmo 
do advogado empregado, conforme art. 18, do EAOAB. 
Letra B (item árvore: 9.1) 
INCORRETA 
Nos termos do Art. 18, § 1º, do EAOAB, o advogado 
empregado não está obrigado à prestação de serviços 
profissionais de interesse pessoal dos empregadores, 
fora da relação de emprego. 
Letra C (item árvore: 9.1) 
INCORRETA 
Mesmo havendo contrato escrito, as horas trabalhadas 
que excederem a jornada normal são remuneradas por 
um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor 
da hora normal (Art. 20, §2º, do EAOAB). 
Letra D (item árvore: 9.1) 
CORRETA 
Conforme Art. 20, do EAOAB, a jornada de trabalho do 
advogado empregado, quando prestar serviço para 
empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 
(oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas 
semanais. 
Comentário Curto 
A questão testou conhecimento do candidato acerca do 
advogado empregado, disciplinado no Estatuto da OAB. 
Neste sentido, o artigo 18 e 20 do EAOAB preceituam 
que: 
 A relação de emprego, na qualidade de advogado, não 
retira a isenção técnica nem reduz a independência 
profissional inerentes à advocacia. 
 O advogado empregado não está obrigado à prestação 
de serviços profissionais de interesse pessoal dos 
empregadores, fora da relação de emprego. 
 A jornada de trabalho do advogado empregado, 
quando prestar serviço para empresas, não poderá 
exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a 
de 40 (quarenta) horas semanais. 
 As horas trabalhadas que excederem a jornada normal 
são remuneradas por um adicional não inferior a cem por 
cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo 
contrato escrito. 
Assim, a assertiva “d” é a correta e gabarito da 
questão. 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 07 
Fernando, advogado e professor de ética de uma 
determinada universidade, pretende repassar aos seus 
alunos orientações e ensinamentos acerca das 
incompatibilidades e impedimentos de determinados 
cargos e funções com o exercício da advocacia. Com base 
11 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
no Estatuto da OAB, assinale a alternativa que 
representa corretamente uma das orientações de 
Fernando aos seus alunos, informando que a advocacia 
é incompatível mesmo em causa própria, com as 
seguintes atividades: 
A) aos ocupantes de funções de direção e gerência em 
instituições financeiras, com exceção das privadas. 
B) com ocupantes de cargos ou funções que tenham 
competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização 
de tributos e contribuições parafiscais. 
C) militares de qualquer natureza, na ativa ou na reserva. 
D) aos ocupantes de cargos ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário, 
com exceção dos que exercem serviços notariais e de 
registro. 
Comentário Longo 
A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre 
do Capítulo “Das Incompatibilidades e Impedimentos
”, devendo o aluno observar atentamente os artigos 27 
e seguintes do referido estatuto. Vejamos: 
“Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa 
própria, com as seguintes atividades: 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os 
que exercem serviços notariais e de registro; 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham 
competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização 
de tributos e contribuições parafiscais; 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em 
instituições financeiras, inclusive privadas.” 
Letra A (item árvore: 11.1) 
INCORRETA 
Alternativa incorreta, uma vez que a advocacia é 
incompatível, mesmo em causa própria aos ocupantes 
de funções de direção e gerência em instituições 
financeiras, inclusive privadas, conforme art. 28, VIII, do 
EAOAB. 
Letra B (item árvore: 11.1) 
CORRETA 
Conforme Art. 28, VII, do EAOAB, a advocacia é 
incompatível, mesmo em causa própria, com os 
ocupantes de cargos ou funções que tenham 
competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização 
de tributos e contribuições parafiscais. 
Letra C (item árvore: 11.1) 
INCORRETA 
O Estatutosó fala em incompatibilidade com os militares 
da ativa, e não menciona os militares da reserva, 
vejamos: 
“Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa 
própria, com as seguintes atividades: 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa.” 
Vale ressaltar, que a Lei 14.365 de 2022, com relação aos 
militares de qualquer natureza, na ativa, bem como aos 
ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a atividade policial de qualquer natureza, 
trouxe a possibilidade do exercício da advocacia em 
causa própria, estritamente para fins de defesa e tutela 
de direitos pessoais, desde que mediante inscrição 
especial na OAB, vedada a participação em sociedade de 
advogados. 
Letra D (item árvore: 11.1) 
INCORRETA 
Segundo o Estatuto da OAB, a advocacia também é 
incompatível aos que exercem serviços notariais e de 
registro, vejamos: 
“Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa 
própria, com as seguintes atividades: 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os 
que exercem serviços notariais e de registro;” 
Comentário Curto 
Conforme o Art. 28, do EAOAB, a advocacia é 
incompatível, mesmo em causa própria, com as 
seguintes atividades: 
 ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os 
que exercem serviços notariais e de registro; 
 militares de qualquer natureza, na ativa; 
 ocupantes de cargos ou funções que tenham 
competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização 
de tributos e contribuições parafiscais; 
12 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
 ocupantes de funções de direção e gerência em 
instituições financeiras, inclusive privadas. 
Assim, a assertiva “b” é a correta e gabarito da 
questão. 
Gabarito: Letra B 
 
Questão 08. 
Roberto, estudante de direito, apresentará trabalho de 
conclusão de curso com o seguinte tema: “Das 
Infrações e Sanções Disciplinares elencadas no Estatuto 
da OAB”. Seu orientador, ao corrigir seu trabalho, 
observou que diversas infrações disciplinares não 
constavam corretamente no material. Sobre o tema, 
assinale a alternativa que indica corretamente, uma 
infração prevista no Estatuto da OAB. 
A) violar, em qualquer hipótese, sigilo profissional. 
B) prejudicar, por culpa média ou grave, interesse 
confiado ao seu patrocínio. 
C) angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção 
de terceiros. 
D) fazer, em nome do constituinte, mesmo com a 
autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato 
definido como crime. 
Comentário Longo 
A questão cobrou do candidato o conhecimento das 
infrações disciplinares elencadas no Estatuto da OAB, 
necessitando o estudo do artigo 34 e seguintes do 
referido mandamento legal. 
Neste sentido, conforme art. 34, do EAOAB, constitui 
infração disciplinar: 
 angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção 
de terceiros; 
 violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
 prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu 
patrocínio; 
 fazer, em nome do constituinte, sem autorização 
escrita deste, imputação a terceiro de fato definido 
como crime. 
Letra A (item árvore: 12.1) 
INCORRETA 
O Estatuto da OAB, ensina que constitui infração 
disciplinar violar, sem justa causa, sigilo profissional. 
Portanto, não é em qualquer caso, mas sim na violação 
sem justa causa, vejamos: 
Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
Letra B (item árvore: 12.1) 
INCORRETA 
O EAOAB aponta a infração somente por culpa grave, 
vejamos: 
“Art. 34. Constitui infração disciplinar: 
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu 
patrocínio;” 
Letra C (item árvore: 12.1) 
CORRETA 
Nos termos do Art. 34, IV, do EAOAB, constitui infração 
disciplinar angariar ou captar causas, com ou sem a 
intervenção de terceiros; 
Letra D (item árvore: 12.1) 
INCORRETA 
Nos termos do art. 34, XV, do EAOAB, constitui infração 
disciplinar: fazer, em nome do constituinte, sem 
autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato 
definido como crime. 
Comentário Curto 
A questão cobrou do candidato o conhecimento das 
infrações disciplinares elencadas no Estatuto da OAB, 
necessitando o estudo do artigo 34 e seguintes do 
referido mandamento legal. 
Neste sentido, conforme art. 34, do EAOAB, constitui 
infração disciplinar: 
 angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção 
de terceiros; 
 violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
 prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu 
patrocínio; 
 fazer, em nome do constituinte, sem autorização 
escrita deste, imputação a terceiro de fato definido 
como crime. 
Assim, a assertiva “c” é a correta e gabarito da 
questão. Gabarito: Letra C. 
13 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Filosofia do Direito 
Jean Vilbert 
Questão 09. 
Segundo o artigo 927 do Código de Processo Civil, “Os 
juízes e os tribunais observarão: I - as decisões do 
Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de 
constitucionalidade; II - os enunciados de súmula 
vinculante; III - os acórdãos em incidente de assunção de 
competência ou de resolução de demandas repetitivas e 
em julgamento de recursos extraordinário e especial 
repetitivos; IV - os enunciados das súmulas do Supremo 
Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior 
Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; V - a 
orientação do plenário ou do órgão especial aos quais 
estiverem vinculados.” 
No que se refere à ideia de precedentes vinculantes, 
assinale a opção correta quanto ao sistema brasileiro. 
a) De origem anglo-saxônica, adota a noção de stare 
decisis desde sua origem. 
b) Pauta-se na ideia de fórmulas consagradas no Direito 
Romano e então assentada na Inglaterra. 
c) Calcado na tradição legalista, vem progressivamente 
guinando para um sistema misto de lei e precedentes. 
d) De origem romano-germânica, adota a fórmula 
clássica francesa que trata a lei como fonte exclusiva do 
direito. 
Comentário Longo 
O direito romano surgiu nos tempos arcaicos (séculos VIII 
a IV a.C.) como um sistema que pretendia garantir a 
ordem na comunidade mediante a resolução de conflitos 
entre indivíduos. Em vez de partir para a violência 
(autotutela), os envolvidos em uma lide podiam recorrer 
a uma Corte. 
Inicialmente, as Cortes eram opcionais, só tendo 
competência para os casos em que tanto o autor quanto 
o réu consentissem em submeter a matéria ao 
julgamento heterônomo (de um terceiro). Com o tempo, 
as Cortes passaram a ter poderes adicionais, inclusive o 
de, em alguns casos, compelir os litigantes a se 
apresentar diante de si e a aceitar seu julgamento. 
Com a famosa Lei das DOZE TÁBUAS, as leis entram na 
parada! Com a lei se tornando a fonte principal do 
direito, o acúmulo de legislações levou à necessidade de 
maior sistematização e organização, o que inspirou o 
aparecimento de coleções (códigos, por assim dizer). 
Entre os primeiros experimentos nesse sentido está o 
Código Gregoriano, no século III d.C. Mas talvez a mais 
famosa compilação seja mesmo a de Justiniano, 
conhecida como Corpus Iuris Civilis (século VI). 
Esse modelo seria sedimentado pela Revolução 
Francesa. É certo que outros modelos ambientados no 
civil law (como o ius commune) concediam amplo espaço 
à legislação, mas também faziam concessão às tradições, 
às máximas, aos princípios e costumes. Os franceses 
deram um basta nesta história. “Aqui quem manda é a 
lei!!!”, disseram eles. 
Foi durante as perturbações revolucionárias, e por obra 
dos intelectuais que movimentavam as correntes do 
direito no período, que se instalaram os paradigmas hoje 
constantes da nossa Constituição Federal e que são 
princípios-base da maioria dos países no Ocidente. 
Paradigmas: (a) a vontade geral do povo cria as leis; (b) 
tudo que não é proibido pela lei é permitido (princípio da 
legalidade); (c) ninguém pode ser obrigado a fazer 
qualquercoisa, senão em virtude de lei. 
Juntas, essas medidas tomadas por certas hoje, mas que 
eram completamente revolucionárias para a época, 
guiaram a legislação para o posto de única fonte legítima 
do direito. Os indivíduos e comunidades NÃO podiam 
mais apelar para os costumes, doutrina, religião, moral 
ou mesmo a jurisprudência como fonte de obrigações ou 
como escusa ao cumprimento da lei. 
Agora, com a Súmula vinculantes e os precedentes 
vinculantes do CPC/15, nosso direito se aproxima cada 
vez mais do common law... Vejamos as opções: 
Comentário Curto 
Primeiros com a súmula vinculante (CF, art. 103-A) e 
agora com o CPC/15, o sistema brasileiro caminha a 
passos largos para ser tornar um sistema misto: leis + 
precedentes, aproximando-se do common law pela 
implementação do binding effect (stare decisis) a 
decisões das cortes superiores. 
Gabarito: C 
a) Nosso modelo é de origem romano-germânica-
francesa (civil law), não anglo-saxônica (common law). 
b) Fórmulas eram os registros de decisões que os 
romanos utilizavam para julgar casos semelhantes. Essas 
14 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
fórmulas (listas de precedentes) na verdade são a 
semente do common law. 
c) Exatamente o que acabamos de expressar: nasceu 
como civil law, mas na via de se dar segurança jurídica e 
previsibilidade, os precedentes estão dominando a 
ordem jurídica pouco a pouco. 
d) O Brasil não adota mais, nem de longe, a ideia de que 
a lei é a fonte EXCLUSIVA do direito. 
 
Questão 10. 
Segundo o artigo 113 do Código Civil: “Os negócios 
jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e 
os usos do lugar de sua celebração”. 
No que se refere ao princípio da boa-fé: 
a) Trata-se de princípio geral do direito. 
b) Refere-se ao âmbito consuetudinário praeter legem. 
c) Deve ser utilizado como fonte de integração apenas no 
caso de lacuna intra-legem. 
d) Atua como norma de extensão. 
Comentário Longo 
Os princípios gerais do direito são proposições de caráter 
geral que englobam implicitamente um conjunto de 
normas. São tanto cânones que orientam a produção dos 
efeitos das normas quanto diretrizes para a integração 
(ou colmatação) de lacunas no sistema. Normalmente 
são princípios que estão na base da tradição greco-
romana e vêm influenciando a formatação jurídica há 
milênios. 
Um dos maiores exemplos atuais é o da boa-fé, princípio 
geral do qual se extraem muitos desdobramentos 
(normas). Primeiro porque há boa-fé objetiva (regra de 
comportamento voltada à eticidade = honestidade, 
retidão, lealdade, consideração pelo outro) e subjetiva 
(fator psicológico de conhecimento = protege aquele que 
pensa estar agindo corretamente, apesar de a realidade 
ser outra). Depois porque a boa-fé objetiva desdobra-se 
em pelo menos três funções: (a) interpretativa = norteia 
toda a interpretação das relações pessoais (ex: 
contratuais); (b) integrativa = é fonte autônoma de 
obrigações, impondo deveres anexos às relações 
pessoais, independente da vontade das partes (ex: 
informação, lealdade, transparência); (c) limitadora, 
restritiva ou de controle = impede o exercício (ou não 
exercício) de direitos de forma abusiva (ex: limitação de 
juros abusivos). 
Quanto às alternativas em si, confiramos: 
a) Isso! Trata-se de princípio polivalente: aplicável a 
todos os ramos do direito (incide no direito civil, penal, 
administrativo, tributário...) 
b) O costume praeter legem é aquele que vai além da lei, 
buscando suprir as lacunas da norma escrita 
(colmatação) e, portanto, possui caráter supletivo 
(regula situações não descritas na norma positivada). Um 
vívido exemplo é o do cheque. É prática absolutamente 
comum a emissão de cheque pré-datado (ou pós-
datado), o famoso “bom para”. Tal conduta não 
desnatura o título de crédito, tanto que se apresentado 
ao banco sacado de imediato (pela lei, cheque é 
pagamento à vista) será pago ou devolvido por ausência 
de provisão de fundos. Contudo, o costume supletivo 
atua de tal forma que a jurisprudência assentou: “
caracteriza dano moral a apresentação antecipada de 
cheque pré-datado” (STJ, Súmula 370). Veja que a boa-
fé: (1) tem expressa previsão legal; (2) atua como 
princípio geral, não como costume. 
c) Dentro classificação básica de LACUNAS provida por 
Norberto Bobbio: (a) próprias: lacunas percebidas de 
dentro do sistema jurídico; (b) impróprias: derivam da 
comparação com outro sistema jurídico; (c) subjetivas: 
deixadas pelo legislador; (d) objetiva: ocorrem com a 
interação das relações sociais; (e) praeter legem: a 
norma não compreende todos os casos; (f) intra legem: 
a norma é muito genérica, deixando margem demasiada 
ao intérprete (ausência de condições plenas de 
aplicabilidade). Perceba que a boa-fé, como princípio 
geral, espraia-se pelo direito como um todo, não sendo 
aplicável apenas ao caso das normas demasiadamente 
genéricas. Boa-fé aplica a contrato, à atuação das partes 
e advogados no processo, ao julgamento pelos juízes... a 
TUDO... 
d) Norma de extensão é aquela que permite aplicar outra 
norma, ainda que o fato não esteja enquadrado 
diretamente na hipótese legal originária. Por exemplo: 
artigo 121 do Código Penal: “matar alguém”. Se o 
sujeito não morre por circunstâncias alheias à vontade 
do agente faz o quê? Fica impune? Não! Aplica a norma 
de extensão da tentativa (CP, art. 14). 
 
15 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Comentário curto 
Boa-fé é princípio geral do direito, com ampla aplicação 
a atos públicos, privados, processuais, substanciais... 
Gabarito: A 
 
Direito Constitucional 
Diego Cerqueira 
Questão 11. 
Em seu trabalho de conclusão do curso de direito, Patrick 
mencionou que segundo a atual Constituição Federal, a 
organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos. 
Sobre o tema, suas competências e nos termos da Carta 
Magna, assinale a alternativa correta. 
A) Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei ordinária. 
B) É permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios recusar fé aos documentos públicos. 
C) Compete à União manter relações com Estados 
estrangeiros e participar de organizações internacionais; 
declarar a guerra e celebrar a paz; e assegurar a defesa 
nacional. 
D) É competência privativa da União zelar pela guarda da 
Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público. 
Comentário Longo 
A questão testou o candidato acerca dos conhecimentos 
sobre a organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil, que consta na Constituição da 
República, vejamos: 
CF/88: 
Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar 
de organizações internacionais. 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das 
instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público. 
Letra A (item árvore: 8.2) 
INCORRETA 
Com relação ao Território Federal, sua criação, 
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de 
origem serão reguladas em lei complementar e não em 
lei ordinária, vejamos: 
CF/88: 
Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, osEstados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Letra B (item árvore: 8.2) 
INCORRETA 
Segundo a CF/88, É vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos 
documentos públicos, vejamos: 
CF/88: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
II - recusar fé aos documentos públicos. 
Letra C (item árvore: 8.2) 
CORRETA 
Alternativa sem erros, exigiu do candidato o 
conhecimento da letra da lei, vejamos: 
CF/88: 
Art. 21. Compete à União: 
16 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar 
de organizações internacionais. 
Letra D (item árvore: 8.2) 
INCORRETA 
Não é competência privativa da União zelar pela guarda 
da Constituição, das leis e das instituições democráticas 
e conservar o patrimônio público, mas sim competência 
comum, vejamos: 
CF/88: 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das 
instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público; 
Comentário Curto 
CF/88: 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar 
de organizações internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz. 
Gabarito: C 
 
Questão 12. 
O Município Beta aprovou lei que proibia a apreensão e 
remoção de veículos por falta de pagamento de tributos. 
Para apurar a compatibilidade do diploma legal com a 
Constituição Federal, o Procurador Geral da República 
(PGR) ajuizou Arguição de Descumprimento de Preceito 
Federal (ADPF) perante o Supremo Tribunal Federal 
(STF). À luz do quadro apresentado, assinale a alternativa 
correta. 
a) A ADPF não deve ser conhecida, dado que a norma 
pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade 
perante o STF. Além disso, o PGR não possui legitimidade 
para ajuizar ADPF. 
b) A norma deve ser considerada constitucional. Além 
disso, o PGR não possui legitimidade para ajuizar ADPF. 
c) A norma deve ser considerada inconstitucional, por 
violar a competência privativa da União para legislar 
sobre trânsito e transporte. O PGR possui legitimidade 
para ajuizar ADPF. 
d) As normas municipais não podem ser objeto de ADPF, 
razão que deverá levar o Tribunal a não conhecer a ação. 
O PGR possui legitimidade para ajuizar ADPF. 
Comentário Longo 
Análise do Caso 
A questão trata do Controle de Constitucionalidade. A 
temática é de alta incidência na disciplina de 
Constitucional. 
Não é possível o cabimento de ADI, visto que estamos 
diante de uma Lei Municipal. O objeto de ADI é lei ou ato 
normativo estadual ou federal. Com base no art. 22, XI 
da CF, compete privativamente União legislar sobre 
trânsito e transporte. 
A Lei Municipal deve ser considerada inconstitucional, 
visto que viola a competência privativa da União para 
legislar sobre trânsito e transporte. 
Vale ressaltar que o PGR possui legitimidade para ajuizar 
ações de controle abstrato de constitucionalidade, com 
base no art. 103, VI da CF/88 e art. 2º, I da Lei 9.882/99. 
Nesse sentido, vejamos o entendimento do STF na ADI 
6997: 
Tese Fixada: É inconstitucional — por violar a 
competência privativa da União para legislar sobre 
trânsito e transporte (CF/1988, art. 22, XI) e conferir 
tratamento diverso do previsto no Código de Trânsito 
Brasileiro — lei estadual que proíbe a apreensão e a 
remoção de motocicletas, motonetas e ciclomotores de 
até 150 cilindradas, por autoridade de trânsito, em razão 
da falta de pagamento do IPVA. 
Letra A (item árvore: 19.1) 
INCORRETA 
Não é possível o cabimento de ADI, visto que estamos 
diante de uma Lei Municipal. 
O PGR possui legitimidade para ajuizar ações de controle 
abstrato de constitucionalidade, com base no art. 103, VI 
da CF/88 e art. 2º, I da Lei 9.882/99. 
Letra B (item árvore: 19.1) 
INCORRETA 
A norma é inconstitucional. Com base no art. 22, XI da 
CF, compete privativamente União legislar sobre trânsito 
e transporte. O PGR possui legitimidade para ajuizar 
ações de controle abstrato de constitucionalidade. 
17 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Letra C (item árvore: 19.1) 
CORRETA 
A norma é inconstitucional. Com base no art. 22, XI da 
CF, compete privativamente União legislar sobre trânsito 
e transporte. O PGR possui legitimidade para ajuizar 
ações de controle abstrato de constitucionalidade, com 
base no art. 103, VI da CF/88 e art. 2º, I da Lei 9.882/99. 
Letra D (item árvore: 19.1) 
INCORRETA 
Na verdade, as normas municipais podem ser objeto de 
ADPF! O PGR possui legitimidade para ajuizar ações de 
controle abstrato de constitucionalidade. 
Comentário Curto 
Gabarito: C 
Não é possível o cabimento de ADI, visto que estamos 
diante de uma Lei Municipal. O objeto de ADI é lei ou ato 
normativo estadual ou federal. Com base no art. 22, XI 
da CF, compete privativamente União legislar sobre 
trânsito e transporte. 
A Lei Municipal deve ser considerada inconstitucional, 
visto que viola a competência privativa da União para 
legislar sobre trânsito e transporte. 
Vale ressaltar que o PGR possui legitimidade para ajuizar 
ações de controle abstrato de constitucionalidade, com 
base no art. 103, VI da CF/88 e art. 2º, I da Lei 9.882/99. 
 
Questão 13. 
Durante explanação sobre política urbana para o 
Prefeito de Beta, José, advogado do referido Município, 
preocupado com as consequências de alguns assuntos 
que estavam sendo discutidos, afirma que os principais 
problemas atuais são: poluição do ar, das águas e dos 
solos, impermeabilização dos solos, que pode causar 
alagamentos, inversão térmica, chuva ácida, e poluição 
visual e sonora. Sobre esse e demais temas correlatos, e 
considerando os mandamentos da Constituição 
Federal/88, assinale a alternativa correta. 
A) os municípios, mediante lei municipal, poderão 
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas 
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de 
municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
B) a política de desenvolvimento urbano, executada pelo 
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais 
fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir 
o bem-estar de seus habitantes. 
C) em regra, as desapropriações de imóveis urbanos 
serão feitas com justa indenização em dinheiro, de forma 
posterior. 
D) o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, 
obrigatório para todas as cidades, é o instrumento básico 
da política de desenvolvimento e de expansão urbana. 
Comentário Longo 
A questão testou conhecimento do aluno sobre diversos 
artigos da Constituição Federal, vejamos: 
CF/88: 
Art. 25, § 3º Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, 
executada pelo Poder Público municipal, conforme 
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar 
o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes. 
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, 
obrigatório para cidades com mais de vinte mil 
habitantes, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana. 
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas 
com prévia e justa indenização em dinheiro. 
Letra A (item árvore: 15.4) 
INCORRETA 
Na verdade, cabe aos Estados mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas e 
aglomerações urbanas e microrregiões,vejamos: 
CF/88: Art. 25, § 3º Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. 
18 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Letra B (item árvore: 15.4) 
CORRETA 
Alternativa cobrou do candidato o conhecimento literal 
da Constituição Federal, vejamos: 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, 
executada pelo Poder Público municipal, conforme 
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar 
o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes. 
Letra C (item árvore: 15.4) 
INCORRETA 
Art. 182, § 3º As desapropriações de imóveis urbanos 
serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 
Letra D (item árvore: 15.4) 
INCORRETA 
Na verdade, o plano diretor, aprovado pela Câmara 
Municipal, é obrigatório para cidades com mais de vinte 
mil habitantes, vejamos: 
CF/88: 
Art. 182, § 1º: O plano diretor, aprovado pela Câmara 
Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte 
mil habitantes, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana. 
Comentário Curto 
CF/88: 
Art. 25, § 3º Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, 
executada pelo Poder Público municipal, conforme 
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar 
o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e 
garantir o bem-estar de seus habitantes. 
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, 
obrigatório para cidades com mais de vinte mil 
habitantes, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana. 
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas 
com prévia e justa indenização em dinheiro. Gabarito: B 
Questão 14. 
O Estado Gama, em função da diversidade econômica, 
cultural e religiosa, decidiu desmembrar-se para 
formação de dois novos Estados. À luz do quadro 
apresentado, com base no ordenamento jurídico-
constitucional vigente é correto afirmar que tal 
desmembramento: 
A) pode acontecer, se aprovada diretamente pela 
população interessada, por meio de referendo, e do 
Congresso Nacional, por meio de emenda constitucional. 
B) é vedado pela Constituição Federal. 
C) será constitucional desde que a proposta seja 
aprovada pela população diretamente interessada, por 
meio de plebiscito, e, cumulativamente, pelo Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
D) pode acontecer, se aprovada diretamente pela 
população interessada, por meio de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por meio de lei ordinária. 
Comentário Longo 
Análise do Caso 
A questão trata do desmembramento de Estados, 
vejamos: 
Art. 18, § 3º da CF: Os Estados podem incorporar-se 
entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou 
Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por lei complementar. 
Requisitos necessários para o desmembramento de 
Estados: 
1) Consulta prévia às populações diretamente 
interessadas 
2) Realização de plebiscito 
3) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados 
interessados (opinativa) 
4) Edição de Lei Complementar pelo Congresso Nacional 
O STF definiu que a expressão “população diretamente 
interessada” abrange toda a população do(s) Estado(s) 
afetado(s), devendo essa ser consultada e não apenas a 
população da área a ser desmembrada, incorporada ou 
subdividida (ADI nº 2.650/DF). 
Letra A (item árvore: 8.2) 
19 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
INCORRETA 
Em verdade, os requisitos são: consulta prévia às 
populações diretamente interessadas, realização de 
plebiscito, oitiva das Assembleias Legislativas dos 
estados interessados (opinativa), edição de Lei 
Complementar pelo Congresso Nacional. 
Letra B (item árvore: 8.2) 
INCORRETA 
Não é vedado! A federação é cláusula pétrea. No 
entanto, ser cláusula pétrea significa que não é permitida 
emenda constitucional cujo objeto seja a abolição da 
forma federativa. Assim, podemos afirmar que apesar 
de ser cláusula pétrea, não impede alterações na sua 
estrutura interna. 
Letra C (item árvore: 8.2) 
CORRETA 
É a previsão do art. 18, § 3º da CF: Os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados 
ou Territórios Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
Letra D (item árvore: 8.2) 
INCORRETA 
Os requisitos são: consulta prévia às populações 
diretamente interessadas, realização de plebiscito, oitiva 
das Assembleias Legislativas dos estados interessados 
(opinativa), edição de Lei Complementar pelo Congresso 
Nacional. 
Comentário Curto 
Gabarito: C 
É a previsão do art. 18, § 3º da CF: Os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados 
ou Territórios Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
 
 
 
Questão 15. 
O Senador Felipe perdeu os seus direitos políticos e 
resolveu consultar o seu corpo jurídico para obter 
esclarecimentos sobre o seu mandato. Com base na 
situação, é correto afirmar que: 
A) perderá o seu mandato automaticamente, mediante 
decisão constitutiva por 1/3 do Senado Federal. 
B) perderá o seu mandato, mediante decisão constitutiva 
do Congresso Nacional, assegurando-se contraditório e 
ampla defesa. 
C) perderá o seu mandato automaticamente, mediante 
decisão constitutiva por maioria absoluta do Senado 
Federal, independentemente de que lhe seja assegurado 
contraditório e ampla defesa. 
D) perderá o seu mandato, mediante declaração da 
Mesa do Senado Federal, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido 
político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
Comentário Longo 
Análise do Caso 
Segundo o art. 55, IV da CF, perderá o mandato o 
Senador que que perder ou tiver suspensos os direitos 
políticos. 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no 
artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o 
decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão 
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a 
que pertencer, salvo licença ou missão por esta 
autorizada; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos 
previstos nesta Constituição; 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença 
transitada em julgado. 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será 
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou 
20 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
A perda do mandato do parlamentar será declarada pela 
Mesa, de ofício ou mediante provocação de qualquer de 
seus membros, ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
Letra A (item árvore: 11.3) 
INCORRETA 
Na verdade a perda a perda do mandato do parlamentar 
será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante 
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido 
político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa (art. 55, IV c/c § 3ºda CF). 
Letra B (item árvore: 11.3) 
INCORRETA 
A decisão é declaratória! Segundo o art. 55, IV c/c § 3º 
da CF, a perda a perda do mandato do parlamentar será 
declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação 
de qualquer de seus membros, ou de partido político 
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla 
defesa. 
Letra C (item árvore: 11.3) 
INCORRETA 
Em verdade, a decisão é declaratória. Conforme o art. 55, 
IV c/c § 3º da CF, a perda a perda do mandato do 
parlamentar será declarada pela Mesa, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou 
de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
Letra D (item árvore: 11.3) 
CORRETA 
Segundo o art. 55, IV c/c §3º da CF, a perda do mandato 
do parlamentar será declarada pela Mesa, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou 
de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
Comentário Curto 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será 
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou 
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou 
de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
Gabarito: D 
 
Questão 16. 
Pedrinho do Povo, Presidente da República, decretou 
estado de defesa para restabelecer a paz social 
ameaçada por grave e iminente instabilidade 
institucional em determinado local. Diante da situação 
apresentada e com base no ordenamento jurídico 
vigente, podemos afirmar que: 
A) o Presidente da República não precisa ouvir o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional 
para decretar estado de defesa. 
B) o direito de reunião poderá ser restringido, salvo 
aquelas exercidas no seio das associações. 
C) o decreto poderá restringir o sigilo de 
correspondência. 
D) o decreto que instituir o estado de defesa poderá se 
dar por prazo indeterminado sempre que justificável. 
Comentário Longo 
Análise do Caso 
Segundo o art. 136 da CF, a decretação do estado de 
defesa visa preservar ou prontamente restabelecer, em 
locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz 
social ameaçada por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de grandes 
proporções na natureza. 
Em qualquer caso, porém, trata-se de medida 
excepcional decretada pelo Presidente da República 
após ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional. 
A decretação do estado de defesa é ato discricionário do 
Presidente da República, que o faz mediante decreto 
executivo. 
O decreto que instituir o estado de defesa terá que 
observar algumas formalidades, quais sejam: 
a) determinará o tempo de sua duração. O tempo de 
duração do estado de defesa não será superior a 30 dias, 
podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se 
persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
*Ressalto que não há a possibilidade de uma segunda 
prorrogação do estado de defesa; caso a situação de 
21 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
crise não seja resolvida dentro do prazo do estado de 
defesa (30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias), a medida 
adequada será a decretação do estado de sítio. 
b) especificará as áreas a serem abrangidas. O estado de 
defesa é limitado, devendo abranger locais restritos e 
determinados. 
c) indicará as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as 
seguintes: 
 Restrições aos direitos de: i) reunião, ainda que 
exercida no seio das associações; ii) sigilo de 
correspondência e; iii) sigilo de comunicação telegráfica 
e telefônica; 
 Ocupação e uso temporário de bens e serviços 
públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 
Uma vez decretado o estado de defesa ou sua 
prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 
(vinte e quatro) horas, submeterá o ato com a respectiva 
justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por 
maioria absoluta. O Congresso Nacional apreciará o 
decreto dentro de 10 (dez) dias contados do seu 
recebimento, devendo continuar funcionando enquanto 
vigorar o estado de defesa. Se o Congresso Nacional 
estiver em recesso, será convocado, 
extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
A manifestação do Congresso ocorre após a decretação 
do estado de defesa pelo Presidente da República; trata-
se, portanto, de ato de aprovação. Caso o Congresso 
Nacional rejeite o decreto, cessará imediatamente o 
estado de defesa. 
Previsão constitucional: 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
decretar estado de defesa para preservar ou 
prontamente restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de grandes 
proporções na natureza. 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa 
determinará o tempo de sua duração, especificará as 
áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites 
da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as 
seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços 
públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será 
superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, 
por igual período, se persistirem as razões que 
justificaram a sua decretação. 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo 
executor da medida, será por este comunicada 
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se 
não for legal, facultado ao preso requerer exame de 
corpo de delito à autoridade policial; 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, 
pela autoridade, do estado físico e mental do detido no 
momento de sua autuação; 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá 
ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo 
Poder Judiciário; 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, 
o Presidente da República, dentro de vinte e quatro 
horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao 
Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será 
convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro 
de dez dias contados de seu recebimento, devendo 
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de 
defesa. 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado 
de defesa. 
Letra A (item árvore: 17.1) 
INCORRETA 
Trata-se de medida excepcional decretada pelo 
Presidente da República após ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional. 
22 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Letra B (item árvore: 17.1) 
INCORRETA 
Conforme o art. 136, § 1º O decreto que instituir o 
estado de defesa determinará o tempo de sua duração, 
especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos 
termos e limites da lei, as medidas coercitivas a 
vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações. 
Letra C (item árvore: 17.1) 
CORRETA 
Segundo o art. 136, § 1º da CF: O decreto que instituir 
o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, 
especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos 
termos e limites da lei, as medidas coercitivas a 
vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
b) sigilo de correspondência; 
Letra D (item árvore: 17.1) 
INCORRETA 
Segundo o art. 136, § 2º da CF: O tempo de duração do 
estadode defesa não será superior a trinta dias, 
podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se 
persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
Comentário Curto 
Gabarito: C 
De acordo com o art. 136, § 1º da CF: O decreto que 
instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua 
duração, especificará as áreas a serem abrangidas e 
indicará, nos termos e limites da lei, as medidas 
coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições 
aos direitos de: b) sigilo de correspondência. 
 
Questão 17. 
Afonso, cidadão alemão em viagem ao Brasil a serviço da 
empresa privada que trabalha, conheceu Adeline, cidadã 
francesa a serviço da Itália. Adeline engravidou de 
Afonso e desse relacionamento, nasceu Maria, fato 
ocorrido no Brasil. Diante dos fatos expostos, é correto 
afirmar que a nacionalidade da filha do casal é: 
A) alemã, visto que seu pai estava no Brasil a serviço do 
seu país de origem. 
B) francesa, visto que sua mãe estava no Brasil a serviço 
de seu país de origem. 
C) brasileiro nato, por ter nascido na República 
Federativa do Brasil. 
D) apenas alemã e francesa, visto que ambos os pais 
estavam no Brasil a serviço de seu país de origem. 
Comentário Longo 
Análise do Caso 
No caso exposto, temos que Afonso, cidadão alemão em 
viagem ao Brasil a serviço da empresa privada que 
trabalha, conheceu Adeline, cidadã francesa a serviço da 
Itália. Adeline engravidou de Afonso e desse 
relacionamento, nasceu Maria, fato ocorrido no Brasil. 
O Brasil adota o critério do jus soli. Assim, nasceu em solo 
brasileiro será considerado, em regra, como brasileiro 
nato, conforme art. 12, I, alínea "a" da CF. A exceção 
acontece quando o pai ou a mãe do filho nascido no 
Brasil estejam a serviço de seu país. 
Afonso estava a serviço da empresa privada em que 
trabalha, não do seu país de origem! E Adeline é francesa 
e estava a serviço da Itália, não do seu país! 
Assim, de acordo com o art. 12, I, a da CF, Maria é 
brasileira nata! 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda 
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a 
serviço de seu país. 
Letra A (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Na verdade, seu pai estava a serviço da empresa privada 
em que trabalha, não do seu país de origem! 
Letra B (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Adeline é francesa e estava a serviço da Itália, não do seu 
país de origem! 
Letra C (item árvore: 5.1) 
CORRETA 
23 
 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
Afonso estava a serviço da empresa privada em que 
trabalha, não do seu país de origem! E Adeline é francesa 
e estava a serviço da Itália, não do seu país! 
Assim, de acordo com o art. 12, I, a da CF, Maria é 
brasileira nata! 
Letra D (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Afonso estava a serviço da empresa privada em que 
trabalha, não do seu país de origem! E Adeline é francesa 
e estava a serviço da Itália, não do seu país! 
Comentário Curto 
Gabarito: C 
Nasceu em solo brasileiro será considerado, em regra, 
como brasileiro nato, conforme art. 12, I, alínea "a" da 
CF. A exceção acontece quando o pai ou a mãe do filho 
nascido no Brasil estejam a serviço de seu país. 
Afonso estava a serviço da empresa privada em que 
trabalha, não do seu país de origem! E Adeline é francesa 
e estava a serviço da Itália, não do seu país! 
Assim, de acordo com o art. 12, I, a da CF, Maria é 
brasileira nata! 
 
Direitos Humanos 
Géssica Ehle 
Questão 18. 
Você, como advogado (a), foi contratado(a) para 
esclarecer o que vem ocorrendo frente a uma petição já 
endereçada por Maria à Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos. Maria, narra sua história e diz que foi 
orientada por uma Organização Não-Governamental a 
levar seu caso para a Comissão apreciar, pois vivencia 
situação de extrema gravidade e urgência. Quando você 
promove a pesquisa, percebe que a petição já tramita 
perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
Assim, com base no que dispõe a Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos, cabe a você 
A. orientar Maria de que não possui direito de peticionar 
individualmente junto à Corte Interamericana de 
Direitos Humanos, mesmo diante das peculiaridades do 
seu caso. 
B. aconselhar Maria para que ingresse com nova petição 
individual perante à Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos 
C. redigir petição e ajuizar perante à Justiça brasileira, 
para que Maria tenha mais uma chance de ser atendida 
pelas cortes nacionais 
D. auxiliar no peticionamento junto à Corte 
Interamericana de Direitos Humanos, solicitando o 
prover de medidas acautelatórias das circunstâncias de 
gravidade e urgência vivenciadas por Maria. 
Comentários 
Gabarito: D 
A questão pretende revisar os artigos 44 e 63.2 da CADH. 
Assegura-se, ao indivíduo que vivenciar casos graves e 
urgentes para evitar danos irreparáveis, o 
peticionamento individual para a tomadas medidas 
acautelatórias, nos procedimentos já em andamento na 
Corte. 
Ademais, é válido lembrar que a CADH veda a 
litispendência internacional. 
Assim, in verbis: 
Artigo 44 Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou 
entidade não-governamental legalmente reconhecida 
em um ou mais Estados membros da Organização, pode 
apresentar à Comissão petições que contenham 
denúncias ou queixas de violação desta Convenção por 
um Estado Parte. 
 Artigo 63 2. Em casos de extrema gravidade e 
urgência, e quando se fizer necessário evitar danos 
irreparáveis às pessoas, a Corte, nos assuntos de que 
estiver conhecendo, poderá tomar as medidas 
provisórias que considerar pertinentes. Se se tratar de 
assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu 
conhecimento, poderá atuar a pedido da Comissão. 
 
Questão 19. 
De acordo com a Lei nº 11.340/06, Lei Maria da Penha, 
assinale a afirmativa correta: 
a) É considerada violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero 
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial, praticada por 
agressor com quem a vítima esteja em coabitação. 
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 V. Simulado OAB 1ª Fase – 11/02/2023 
 
 
b) A vítima de agressão, ora ofendida, poderá renunciar 
à representação perante o juiz, ouvido o Ministério 
Público, antes ou após o recebimento da denúncia. 
c) É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica 
e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou 
outras de prestação pecuniária, sendo 
excepcionalmente admitida a substituição de pena que 
implique o pagamento isolado de multa. 
d) A Lei nº. 11.340/06 é fruto da morosidade para a 
solução do caso que levou Maria da Penha a denunciar o 
Brasil perante a Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos por haver sofrido agressões físicas e morais e 
duas tentativas de homicídio, ao longo de 23 anos; assim, 
em 2001, a Comissão responsabilizou o país por omissão 
e negligência no que diz respeito à violência doméstica. 
Comentários 
Gabarito: D 
a) A violência doméstica restará configurada 
independentemente de coabitação. Vide Art. 5º, III da 
Lei nº. 11.340/06. 
b) A ofendida poderá renunciar a representação apenas 
antes do recebimento da denúncia, conforme art. 16 da 
Lei nº. 11.340/06. 
c) É vedada a substituição de pena que implique o 
pagamento isolado de multa. Vide art. 17 da Lei nº. 
11.340/06. 
d) A assertiva está correta e menciona o procedimento, 
bem como a contextualização histórico-jurídica, que 
motivou a elaboração da Lei nº. 11.340/06. Observa-se 
que a OEA recomendou ao Brasil que tomasse medidas 
em prol da criação de políticas públicas que inibissem as 
agressões no âmbito doméstico em desfavor das 
mulheres. Foram dezenove anos para a condenação do 
agressor, e a repercussão do caso levou à aprovação da 
Lei Maria da Penha, retirando a violência contra as 
mulheres da esfera particular para a dimensão de 
Estado. 
 
 
 
 
 
 
Direito Internacional 
Vanessa Arns 
Questão 20. 
Romeu e Julieta se casaram no Brasil

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