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CADERNO DE QUESTOES E COMENTARIOS - I SIMULADO PARA EXAME 37

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3 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
 
 
4 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
 
I. Simulado OAB 
 
Código de Ética e Estatuto da OAB 
Priscila Ferreira 
Questão 01. 
O período de eleição dos membros dos órgãos da 
OAB estava se aproximando. Diante disso, a 
Ordem dos Advogados do Brasil resolveu informar 
seus membros sobre as regras elencadas no 
Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados 
do Brasil. Sobre a eleição e o mandato, assinale a 
alternativa que representa uma informação correta: 
A) A eleição, na forma e segundo os critérios e 
procedimentos estabelecidos no regulamento 
geral, é de comparecimento facultativo aos 
advogados inscritos na OAB com mais de 60 anos 
de idade. 
B) O mandato em qualquer órgão da OAB é de três 
anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano 
seguinte ao da eleição, inclusive o Conselho 
Federal. 
C) Extingue-se o mandato automaticamente, antes 
do seu término, quando o titular sofrer condenação 
disciplinar. 
D) O candidato deve comprovar situação regular 
perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad 
nutum, não ter sido condenado por infração 
disciplinar, mesmo que seja reabilitação, e exercer 
efetivamente a profissão há mais de 5 (cinco) anos, 
nas eleições para os cargos de Conselheiro 
Seccional e das Subseções, quando houver, e há 
mais de 10 (dez) anos, nas eleições para os demais 
cargos. 
Comentário Longo 
A questão cobrou do candidato o conhecimento 
sobre eleições e mandatos dos membros os órgãos 
da OAB, que estão elencados no Estatuto da 
Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil 
(OAB), a partir dos artigos 63 e seguintes. 
Assim, deve-se observar as seguintes premissas: 
• A eleição, na forma e segundo os critérios e 
procedimentos estabelecidos no regulamento 
geral, é de comparecimento obrigatório para todos 
os advogados inscritos na OAB. 
• O candidato deve comprovar situação regular 
perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad 
nutum, não ter sido condenado por infração 
disciplinar, salvo reabilitação, e exercer 
efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, 
nas eleições para os cargos de Conselheiro 
Seccional e das Subseções, quando houver, e há 
mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais 
cargos; 
• O mandato em qualquer órgão da OAB é de três 
anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano 
seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal; 
• Extingue-se o mandato automaticamente, antes 
do seu término, quando o titular sofrer condenação 
disciplinar. 
Letra A (item árvore: 13.2) 
INCORRETA 
Não há essa previsão. O Art. 63, do EAOAB 
preceitua que a eleição, na forma e segundo os 
critérios e procedimentos estabelecidos no 
regulamento geral, é de comparecimento 
obrigatório para todos os advogados inscritos na 
OAB. 
Letra B (item árvore: 13.2) 
INCORRETA 
O início do mandato do Conselheiro Federal é 
diferente. Veja o disposto no art. 65, da EAOAB: 
“Art. 65. O mandato em qualquer órgão da OAB 
é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro 
4 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho 
Federal. 
Parágrafo único. Os conselheiros federais eleitos 
iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro do 
ano seguinte ao da eleição”. 
Letra C (item árvore: 13.2) 
CORRETA O Art. 66, II, do EAOAB, extingue-se o 
mandato automaticamente, antes do seu término, 
quando o titular sofrer condenação disciplinar. 
Letra D (item árvore: 13.2) 
INCORRETA 
A alternativa possui diversos erros. O Estatuto 
excepciona a reabilitação, e os prazos são de 3(três) 
e 5(cinco) anos respectivamente. 
Nos termos do Art. 63, §2º, do EAOAB, o 
candidato deve comprovar situação regular 
perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad 
nutum, não ter sido condenado por infração 
disciplinar, salvo reabilitação, e exercer 
efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, 
nas eleições para os cargos de Conselheiro 
Seccional e das Subseções, quando houver, e há 
mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais 
cargos. 
Comentário Curto 
Acerca do tema, eleições e mandatos dos membros 
os órgãos da OAB, deve-se observar alguns 
preceitos, embasados nos artigos 63 e seguintes do 
EAOAB: 
• A eleição, na forma e segundo os critérios e 
procedimentos estabelecidos no regulamento 
geral, é de comparecimento obrigatório para todos 
os advogados inscritos na OAB; 
• O candidato deve comprovar situação regular 
perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad 
nutum, não ter sido condenado por infração 
disciplinar, salvo reabilitação, e exercer 
efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, 
nas eleições para os cargos de Conselheiro 
Seccional e das Subseções, quando houver, e há 
mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais 
cargos; 
• O mandato em qualquer órgão da OAB é de três 
anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano 
seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal; 
• Extingue-se o mandato automaticamente, antes 
do seu término, quando o titular sofrer condenação 
disciplinar. 
 
Questão 02. 
Durante passeio no Shopping, Boris que é 
estudante de direito, decide ir até uma livraria para 
consultar o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos 
Advogados do Brasil, no que se refere ao capítulo 
que trata sobre a ética do advogado, uma vez que 
foi indagado pelo seu pai, acerca do assunto. Após 
consulta ao Estatuto, assinale a alternativa que 
corresponde corretamente à resposta dada por 
Boris ao seu pai. 
A) no exercício da profissão, deve o advogado para 
não incorrer em impopularidade, não desagradar a 
magistrado ou a qualquer autoridade. 
B) o advogado é responsável apenas pelos atos que 
praticar com dolo no exercício profissional. 
C) o advogado, no exercício da profissão, deve 
manter independência em qualquer circunstância. 
D) o advogado deve proceder de forma que o 
torne merecedor de respeito e que contribua para 
o prestígio da classe e da advocacia, mesmo que 
para isso, necessite que haja violação ao sigilo 
profissional. 
Comentário Longo 
A questão exigiu do candidato conhecimento 
sobre o EAOAB, precisamente sobre o capítulo da 
ética do advogado. Vejamos: 
“Art. 31. O advogado deve proceder de forma 
que o torne merecedor de respeito e que contribua 
para o prestígio da classe e da advocacia. 
5 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
§ 1º O advogado, no exercício da profissão, deve 
manter independência em qualquer circunstância. 
§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado 
ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em 
impopularidade, deve deter o advogado no 
exercício da profissão. 
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, 
no exercício profissional, praticar com dolo ou 
culpa.” 
Neste sentido, a única alternativa que se coaduna 
com os preceitos éticos a serem seguidos pelo 
advogado, conforme o EAOAB, é a que dispõe que 
o advogado, no exercício da profissão, deve 
manter independência em qualquer circunstância. 
Letra A (item árvore: 1.2) 
INCORRETA 
Nos termos do Art. 31, § 2º do EAOAB, nenhum 
receio de desagradar a magistrado ou a qualquer 
autoridade, nem de incorrer em impopularidade, 
deve deter o advogado no exercício da profissão. 
Letra B (item árvore: 1.2) 
INCORRETA 
O advogado também é responsável pelos atos que 
praticar com culpa. Com fulcro no Art. 32, do 
EAOAB, o advogado é responsável pelos atos que, 
no exercício profissional, praticar com dolo ou 
culpa. 
Letra C (item árvore: 1.2) 
CORRETA 
Com fulcro no Art. 31, § 1º do EAOAB, o 
advogado, no exercício da profissão, deve manter 
independência em qualquer circunstância. 
Letra D (item árvore: 1.2) 
INCORRETA 
Não há essa previsão de violação do sigilo 
profissional, vejamos o disposto no art. 31, do 
EAOAB: “O advogado deve proceder de forma 
que o torne merecedor de respeito e que contribua 
para o prestígio da classe e da advocacia.” 
Comentário Curto 
Nos termos do art. 31 e seguintes do CED, a única 
alternativa que se coaduna com os preceitos éticos 
aserem seguidos pelo advogado, conforme o 
EAOAB, é a que dispõe que o advogado, no 
exercício da profissão, deve manter independência 
em qualquer circunstância. 
 
Questão 03. 
As Subseções ALFA e BETA da OAB, ambas criadas 
pelo Conselho Seccional GAMA, reivindicam 
determinada competência. O conflito se estende 
para outras atribuições. Com base no caso 
apresentado, assinale a opção correta a respeito do 
conflito de competências. 
A) O conflito de competência entre as subseções 
deve ser decidido pelo Conselho Seccional, 
cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. 
B) O conflito de competência entre as subseções 
deve ser decidido pelo Conselho Federal. A 
decisão é irrecorrível. 
C) O conflito de competência entre as subseções 
deve ser decidido pelo Conselho Seccional. A 
decisão é irrecorrível. 
D) O conflito de competência entre as subseções 
deve ser decidido pelo Conselho Federal. Cabe 
recurso ao Supremo Tribunal de Ética. 
Comentário Longo 
A questão trata do conflito de competências. 
O enunciado dispõe que as Subseções estão em 
conflito. 
Questionamento: Qual é o órgão competente para 
decidir o conflito de competência entre as 
subseções? 
O conflito de competência entre as subseções deve 
ser decidido pelo Conselho Seccional! Acerca do 
6 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
cabimento do recurso, observa-se como sendo 
possível ao Conselho Federal da OAB. 
Neste sentido, tome nota do disposto no art. 119 
do Regulamento Geral: 
”Art. 119. Os conflitos de competência entre 
subseções e entre estas e o Conselho Seccional são 
por este decididos, com recurso voluntário ao 
Conselho Federal.” 
Letra A (item árvore: 15.2) 
CORRETA 
Segundo o art. 119, do RGEOAB, os conflitos de 
competência entre subseções e entre estas e o 
Conselho Seccional são por este decididos, com 
recurso voluntário ao Conselho Federal. 
Letra B (item árvore: 15.2) 
INCORRETA 
Na verdade, deve ser decidido pelo Conselho 
Seccional! 
Letra C (item árvore: 15.2) 
INCORRETA 
A decisão não é irrecorrível, ou seja, cabe recurso 
ao Conselho Federal. 
Letra D (item árvore: 15.2) 
INCORRETA 
Na verdade, deve ser decidido pelo Conselho 
Seccional! E, ainda, deve-se mencionar que cabe 
recurso ao Conselho Federal. 
Comentário Curto 
Nos termos do Art. 119, do Regulamento Geral, os 
conflitos de competência entre subseções e entre 
estas e o Conselho Seccional são por este 
decididos, com recurso voluntário ao Conselho 
Federal. 
 
Questão 04. 
Zé Pedro está respondendo processo criminal, 
diante do desvio de diversas verbas públicas. Dr. 
Rubens já atuou na defesa de Zé Pedro em diversos 
processos por este já respondido e em situações 
semelhantes a enfrentadas agora pelo réu. 
No que tange a possibilidade de Dr. Rubens 
realizar uma colaboração premiada contra o seu ex-
cliente, assinale a alternativa correta. 
A) É possível ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem tenha sido seu cliente, 
desde para fins de defesa própria. 
B) É vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar. 
C) É possível ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja o seu cliente, desde 
que autorizado pelo Conselho Federal em 
situações de força maior. 
D) É vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará apenas 
em responsabilização criminal. 
Comentário Longo 
Conforme, art. 7º, § 6º-I, do EAOAB , ao 
advogado torna-se vedado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 154, do CP. 
Assim, a alternativa “b” é a correta e gabarito da 
questão. 
Letra A 
INCORRETA 
Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se 
vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 154, do CP. 
Letra B 
7 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
CORRETA 
Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se 
vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 154, do CP. 
Letra C 
INCORRETA 
Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se 
vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 154, do CP. 
Letra D 
INCORRETA 
Torna-se vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 154, do CP. Logo, não implica 
apenas em responsabilidade criminal. 
Comentário Curto 
Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se 
vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 154, do CP. 
 
Questão 05. 
O advogado Aldo participará de um programa 
televisivo, momento em que trará esclarecimentos 
à população sobre previdência social e as suas 
recentes mudanças. Acontece que antes da 
realização da entrevista, o referido advogado 
preocupado em não infringir o Código de Ética e 
Disciplina da OAB, decidiu analisar a referida 
legislação, especialmente sobre publicidade 
profissional. Sobre o tema, assinale a alternativa 
correta. 
A) É permitido ao advogado, responder com 
habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos 
meios de comunicação social. 
B) Poderá o advogado, debater, em qualquer meio 
de comunicação, causa sob o patrocínio de outro 
advogado, desde que não mencione o nome do 
profissional. 
C) Deverá o advogado insinuar-se para reportagens 
e declarações públicas, bem como divulgar ou 
deixar que sejam divulgadas listas de clientes e 
demandas, caso a imprensa necessite, em respeito 
ao princípio da liberdade de imprensa. 
D) O advogado que eventualmente participar de 
programa de televisão ou de rádio, de entrevista na 
imprensa, de reportagem televisionada ou 
veiculada por qualquer outro meio, para 
manifestação profissional, deve visar a objetivos 
exclusivamente ilustrativos, educacionais e 
instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou 
profissional, vedados pronunciamentos sobre 
métodos de trabalho usados por seus colegas de 
profissão. 
Comentário Longo 
A questão trouxe ao aluno a exigência do 
conhecimento sobre a publicidade profissional que 
se encontra regulamentada nos artigos 39 e 
seguintes, do CED. 
Assim, quanto as vedações contidas no CED para 
fins de publicidade, tome nota do disposto no art. 
42, do CED: 
“Art. 42. É vedado ao advogado: 
I – responder com habitualidade a consulta sobre 
matéria jurídica, nos meios de comunicação social; 
II – debater, em qualquer meio de comunicação, 
causa sob o patrocínio de outro advogado; 
8 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
III – abordar tema de modo a comprometer a 
dignidade da profissão e da instituição que o 
congrega; 
IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas 
de clientes e demandas; 
V – insinuar-se para reportagens e declarações 
públicas.” 
Ainda, nos termos do Art. 43, do CED, o advogado 
que eventualmente participar de programa de 
televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de 
reportagem televisionada ou veiculada por 
qualquer outro meio, para manifestação 
profissional, deve visar a objetivos exclusivamente 
ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem 
propósito de promoção pessoal ou profissional, 
vedados pronunciamentos sobre métodos de 
trabalho usados por seus colegas de profissão. 
Letra A (itemárvore: 1.2) 
INCORRETA 
Na verdade, é vedado ao advogado responder com 
habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos 
meios de comunicação social, conforme art. 42, I, 
do CED. 
Letra B (item árvore: 1.2) 
INCORRETA 
O Art. 42, I e II do CED, torna-se vedado ao 
advogado: • responder com habitualidade a 
consulta sobre matéria jurídica, nos meios de 
comunicação social; • debater, em qualquer meio 
de comunicação, causa sob o patrocínio de outro 
advogado. 
Letra C (item árvore: 1.2) 
INCORRETA 
O Art. 42, IV e V do CED, torna-se vedado ao 
advogado: 
• divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de 
clientes e demandas. 
• insinuar-se para reportagens e declarações 
públicas. 
Letra D (item árvore: 1.2) 
CORRETA 
Nos termos do Art. 43, do CED, o advogado que 
eventualmente participar de programa de televisão 
ou de rádio, de entrevista na imprensa, de 
reportagem televisionada ou veiculada por 
qualquer outro meio, para manifestação 
profissional, deve visar a objetivos exclusivamente 
ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem 
propósito de promoção pessoal ou profissional, 
vedados pronunciamentos sobre métodos de 
trabalho usados por seus colegas de profissão. 
Comentário Curto 
Nos termos do art. 42, do CED, torna-se vedada 
para fins de publicidade: 
I – responder com habitualidade a consulta sobre 
matéria jurídica, nos meios de comunicação social; 
II – debater, em qualquer meio de comunicação, 
causa sob o patrocínio de outro advogado; 
III – abordar tema de modo a comprometer a 
dignidade da profissão e da instituição que o 
congrega; 
IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas 
de clientes e demandas; 
V – insinuar-se para reportagens e declarações 
públicas. 
Ainda, conforme do Art. 43, do CED, o advogado 
que eventualmente participar de programa de 
televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de 
reportagem televisionada ou veiculada por 
qualquer outro meio, para manifestação 
profissional, deve visar a objetivos exclusivamente 
ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem 
propósito de promoção pessoal ou profissional, 
vedados pronunciamentos sobre métodos de 
trabalho usados por seus colegas de profissão. 
 
9 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Questão 06. 
O renomado escritório de advocacia Fernandez e 
Fernandez, preocupado com a conduta de seus 
advogados, decidiu realizar palestras sobre o 
Código de Ética e Disciplina da Ordem dos 
Advogados do Brasil a todos os seus associados. O 
tema central dos debates focou no sigilo 
profissional, uma vez que o advogado tem o dever 
de guardar sigilo dos fatos de que tome 
conhecimento no exercício da profissão. Sobre o 
tema, assinale a alternativa correta. 
A) O sigilo profissional cederá em face de 
circunstâncias excepcionais que configurem justa 
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito 
à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. 
B) O advogado, quando no exercício das funções 
de mediador, conciliador e árbitro, não se submete 
às regras de sigilo profissional. 
C) O advogado não é obrigado a depor, em 
processo ou procedimento administrativo ou 
arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar 
sigilo profissional, salvo nos processos ou 
procedimentos judiciais. 
D) O sigilo profissional depende de solicitação de 
reserva que lhe seja feita pelo cliente. 
Comentário Longo 
A questão testou conhecimento do aluno sobre o 
regramento do sigilo profissional elencado no 
Código de Ética e Disciplina da Ordem dos 
Advogados do Brasil – OAB, a partir do artigo 35. 
Neste sentido, destaca-se os seguintes aspectos: 
• O sigilo profissional é de ordem pública, 
independendo de solicitação de reserva que lhe 
seja feita pelo cliente. 
• O advogado, quando no exercício das funções de 
mediador, conciliador e árbitro, se submete às 
regras de sigilo profissional. 
• O sigilo profissional cederá em face de 
circunstâncias excepcionais que configurem justa 
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito 
à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. 
• O advogado não é obrigado a depor, em 
processo ou procedimento judicial, administrativo 
ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar 
sigilo profissional. 
Logo, a única alternativa correta é a “A”, a qual 
preceitua que o sigilo profissional cederá em face 
de circunstâncias excepcionais que configurem 
justa causa, como nos casos de grave ameaça ao 
direito à vida e à honra ou que envolvam defesa 
própria. 
Letra A (item árvore: 5.1) 
CORRETA 
Nos termos do Art. 37 do CED, o sigilo profissional 
cederá em face de circunstâncias excepcionais que 
configurem justa causa, como nos casos de grave 
ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam 
defesa própria. 
Letra B (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Segundo o art. 36, § 2º do CED, o advogado, 
quando no exercício das funções de mediador, 
conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo 
profissional. 
Letra C (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
O advogado não é obrigado a depor, em processo 
ou procedimento judicial, administrativo ou 
arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar 
sigilo profissional (Art. 38, do CED). 
Letra D (item árvore: 5.1) 
INCORRETA 
Conforme art. 36, ”caput”, do CED, o sigilo 
profissional é de ordem pública, independendo de 
solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. 
Comentário Curto 
10 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Nos termos do art. 35 e seguintes do CED, destaca-
se os seguintes aspectos: 
• O sigilo profissional é de ordem pública, 
independendo de solicitação de reserva que lhe 
seja feita pelo cliente. 
• O advogado, quando no exercício das funções de 
mediador, conciliador e árbitro, se submete às 
regras de sigilo profissional. 
• O sigilo profissional cederá em face de 
circunstâncias excepcionais que configurem justa 
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito 
à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. 
• O advogado não é obrigado a depor, em 
processo ou procedimento judicial, administrativo 
ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar 
sigilo profissional. 
 
Questão 07. 
Durante determinada reunião se encontravam 
advogados e estagiários de um escritório de 
advocacia. O advogado associado Fagner, com o 
objetivo de orientar todos os profissionais acerca 
das disposições legais constantes no Código de 
Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do 
Brasil, realizou exposição aos demais colegas de 
profissão, de como deve ser a relação do advogado 
com o cliente. Assinale a alternativa que 
corresponde corretamente ao que foi exposto por 
Fagner: 
A) O advogado, no exercício do mandato, atua 
como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, 
imprimir à causa orientação que lhe pareça mais 
adequada, porém caso o cliente tenha intenção 
contrária a estratégia do advogado, deve o patrono 
se subordinar as intenções do cliente. 
B) A conclusão ou desistência da causa, tenha 
havido, ou não, extinção do mandato, obriga o 
advogado a devolver ao cliente bens, valores e 
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda 
estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe 
contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de 
esclarecimentos complementares que se mostrem 
pertinentes e necessários, porém a parcela dos 
honorários paga pelos serviços até então prestados 
não se inclui entre os valores a serem devolvidos. 
C) O advogado não deve aceitar procuração de 
quem já tenha patrono constituído, sem prévio 
conhecimento deste, mesmo que seja para adoção 
de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. 
D) É permitido ao advogado funcionar no mesmo 
processo, simultaneamente, como patrono e 
preposto do empregador ou cliente. 
Comentário Longo 
A questão trata do regramento correspondente a 
relação do advogado com o cliente, que estão 
dispostos no Código de Ética e Disciplina da OAB, 
devendo o aluno observar atentamente os artigos 
9º ao 26, para responder corretamente as questões 
que tratam do tema. Vejamos o CED: 
“Art.11. O advogado, no exercício do mandato, 
atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por 
isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça 
mais adequada, sem se subordinar a intenções 
contrárias do cliente, mas, antes, procurando 
esclarecê-lo quanto à estratégia traçada. 
Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha 
havido, ou não, extinção do mandato, obriga o 
advogado a devolver ao cliente bens, valores e 
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda 
estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe 
contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de 
esclarecimentos complementares que se mostrem 
pertinentes e necessários. 
Parágrafo único. A parcela dos honorários paga 
pelos serviços até então prestados não se inclui 
entre os valores a serem devolvidos. 
Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração 
de quem já tenha patrono constituído, sem prévio 
conhecimento deste, salvo por motivo plenamente 
11 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
justificável ou para adoção de medidas judiciais 
urgentes e inadiáveis. 
Art. 25. É defeso ao advogado funcionar no mesmo 
processo, simultaneamente, como patrono e 
preposto do empregador ou cliente.” 
Assim, a única alternativa que retrata 
adequadamente a relação cliente e advogado, nos 
exatos termos do CED, é a que preceitua que em 
caso de conclusão ou desistência da causa, tenha 
havido, ou não, extinção do mandato, o advogado 
deve a devolver ao cliente bens, valores e 
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda 
estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe 
contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de 
esclarecimentos complementares que se mostrem 
pertinentes e necessários. Neste ponto, ainda se 
ressalta, nos termos do CED, que a parcela dos 
honorários paga pelos serviços até então prestados 
não se inclui entre os valores a serem devolvidos. 
Letra A (item árvore: 7.1) 
INCORRETA 
Na verdade, o advogado, no exercício do mandato, 
atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por 
isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça 
mais adequada, sem se subordinar a intenções 
contrárias do cliente. 
Neste sentido, o CED preceitua que: 
“Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, 
atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por 
isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça 
mais adequada, sem se subordinar a intenções 
contrárias do cliente, mas, antes, procurando 
esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.” 
Letra B (item árvore: 7.1) 
CORRETA 
Nos termos do art. 12 do CED, a conclusão ou 
desistência da causa, tenha havido, ou não, 
extinção do mandato, obriga o advogado a 
devolver ao cliente bens, valores e documentos 
que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em 
seu poder, bem como a prestar-lhe contas, 
pormenorizadamente, sem prejuízo de 
esclarecimentos complementares que se mostrem 
pertinentes e necessários. 
Ainda, observa-se que a parcela dos honorários 
paga pelos serviços até então prestados não se 
inclui entre os valores a serem devolvidos, nos 
termos do parágrafo único do referido artigo. 
Letra C (item árvore: 7.1) 
INCORRETA 
De fato, o advogado não deve aceitar procuração 
de quem já tenha patrono constituído, sem prévio 
conhecimento deste, salvo por motivo plenamente 
justificável ou para adoção de medidas judiciais 
urgentes e inadiáveis. 
Neste sentido, nos termos do Art. 14, do CED, o 
advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, sem prévio 
conhecimento deste, salvo por motivo plenamente 
justificável ou para adoção de medidas judiciais 
urgentes e inadiáveis. 
Letra D (item árvore: 7.1) 
INCORRETA 
É proibido ao advogado funcionar no mesmo 
processo, simultaneamente, como patrono e 
preposto do empregador ou cliente. 
O Art. 25, do CED preceitua que é defeso ao 
advogado funcionar no mesmo processo, 
simultaneamente, como patrono e preposto do 
empregador ou cliente. 
Veja que a palavra “defeso” significa “proibido
”, o que pode levar o candidato a confundir-se ao 
ler a alternativa. 
Comentário Curto 
Nos termos do art. 12, do CED, a conclusão ou 
desistência da causa, tenha havido, ou não, 
extinção do mandato, obriga o advogado a 
devolver ao cliente bens, valores e documentos 
12 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em 
seu poder, bem como a prestar-lhe contas, 
pormenorizadamente, sem prejuízo de 
esclarecimentos complementares que se mostrem 
pertinentes e necessários. 
Ainda, quanto a parcela dos honorários paga pelos 
serviços até então prestados não se inclui entre os 
valores a serem devolvidos, nos termos do 
parágrafo único do referido artigo. 
 
Questão 08. 
Luan, discente do curso de direito, apresentará 
trabalho acadêmico contendo informações sobre 
os deveres que os advogados deverão observar 
segundo o Código de Ética e Disciplina da Ordem 
dos Advogados do Brasil. Neste sentido, assinale a 
alternativa que Luan poderá incluir em seu 
trabalho, pois corresponde a um dever do 
advogado: 
A) entender-se diretamente com a parte adversa 
que tenha patrono constituído, mesmo sem o 
assentimento deste. 
B) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou 
judiciais perante autoridades com as quais tenha 
vínculos negociais ou familiares. 
C) contratar honorários advocatícios em valores 
aviltantes. 
D) ater-se, quando no exercício da função de 
defensor público, à defesa dos necessitados. 
Comentário Longo 
A questão testou o candidato acerca dos 
conhecimentos sobre o Código de Ética e 
Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, 
especialmente sobre os deveres do advogado, 
encontrados no parágrafo único do art. 2º. 
Repare que as alternativas incorretas, 
correspondem a atitudes que os advogados devem 
abster-se de realizar, enquanto a alternativa correta 
indica uma obrigação do advogado. Veja: 
“Art. 2º O advogado, indispensável à 
administração da Justiça, é defensor do Estado 
Democrático de Direito, dos direitos humanos e 
garantias fundamentais, da cidadania, da 
moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-
lhe exercer o seu ministério em consonância com a 
sua elevada função pública e com os valores que 
lhe são inerentes. 
Parágrafo único. São deveres do advogado: 
VIII – abster-se de: 
d) entender-se diretamente com a parte adversa 
que tenha patrono constituído, sem o assentimento 
deste; 
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou 
judiciais perante autoridades com as quais tenha 
vínculos negociais ou familiares; 
f) contratar honorários advocatícios em valores 
aviltantes. 
XIII – ater-se, quando no exercício da função de 
defensor público, à defesa dos necessitados.” 
Desta forma, o único dever do advogado descrito 
na questão refere-se a ater-se, quando no exercício 
da função de defensor público, à defesa dos 
necessitados. 
Letra A (item árvore: 6.1) 
INCORRETA 
Entender-se diretamente com a parte adversa que 
tenha patrono constituído, sem o assentimento 
deste, é um ato que o advogado não deve realizar. 
Letra B (item árvore: 6.1) 
INCORRETA 
Ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou 
judiciais perante autoridades com as quais tenha 
vínculos negociais ou familiares, é uma hipótese 
que o advogado não deve realizar, ou seja, deve 
abster-se. 
Letra C (item árvore: 6.1) 
INCORRETA 
13 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Contratar honorários advocatícios em valores 
aviltantes, é um ato que o advogado não deve 
realizar. 
Letra D (item árvore: 6.1) 
CORRETA 
De fato, ater-se, quando no exercício da função de 
defensor público, à defesa dos necessitados, é um 
dever do advogado. 
Comentário Curto 
Observe que as alternativas incorretas, 
correspondem a atitudes que os advogados devem 
abster-se de realizar, enquanto a alternativa correta 
indica uma obrigação do advogado. 
Desta forma, o único dever do advogado descrito 
na questão refere-se a ater-se, quando no exercício 
da função de defensor público, à defesa dos 
necessitados. 
 
Filosofia do Direito 
Jean Vilbert 
Questão09. 
“Para que não se possa abusar do poder é preciso 
que, pela disposição das coisas, o poder freie o 
poder”. Sobre a separação dos poderes, é 
CORRETO afirmar: 
a) Foi originalmente esboçada por Montesquieu. 
b) Tem como objetivo garantir uma estrutura 
eficiente ao Estado. 
c) Apesar de os poderes estarem separados, nada 
impede que uma mesma pessoa cumule mais de 
uma das funções. 
d) A reunião do poder executivo com o legislativo 
é uma ameaça à dos cidadãos. 
Comentário longo 
Nas palavras do próprio barão de Montesquieu: 
“quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de 
magistratura, o poder legislativo está reunido ao 
poder executivo, não existe liberdade; porque se 
pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo 
senado crie leis tirânicas para executá-las 
tiranicamente. Tampouco existe liberdade se o 
poder de julgar não for separado do poder 
legislativo e do executivo. Se estivesse unido ao 
poder legislativo, o poder sobre a vida e a 
liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz 
seria legislador. Se estivesse unido ao poder 
executivo, o juiz poderia ter a força de um 
opressor”. “Tudo estaria perdido se o mesmo 
homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos 
nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de 
fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e 
o de julgar os crimes ou as querelas dos 
particulares”. 
Mas cuidado, não foi ele quem primeiro esboçou 
essa ideia... 
ARISTÓTELES 
+ Poder Executivo = atribuições casuísticas. 
+ Poder Judiciário = administração da Justiça. 
+ Poder DELIBERATIVO = assembleia que delibera 
os negócios estatais. 
JOHN LOCKE 
+ Poder Legislativo = elaboração de leis, 
disciplinando o uso da força civil. 
+ Poder Executivo = aplicação da lei nas esferas 
judicial e administrativa. 
+ Poder FEDERATIVO = relacionamento com os 
demais Estados. 
MONTESQUIEU 
+ Poder Legislativo = legisla (cria normas abstratas 
e gerais). 
+ Poder Executivo = executa as leis, administrando. 
+ Poder Judiciário = exerce a jurisdição, julgando 
conforme as leis. 
a) HUmmm, NÃO! Embora Montesquieu receba, 
hodiernamente, boa parte dos méritos (se não 
todos eles) de criação da teoria, não é verdade que 
14 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
a tenha desenvolvido de maneira plenamente 
original: Aristóteles, Cícero e Locke já haviam 
tratado dessa divisão. 
b) Não bem isso. “A separação e a divisão dos 
poderes foram concebidas como fórmulas práticas 
de obter a limitação efetiva do Poder político e a 
garantia dos direitos individuais”. 
c) Seria a perdição: “Tudo estaria perdido se o 
mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, 
ou dos nobres, ou do povo exercesse os três 
poderes”. 
d) EXATO! “Quando, na mesma pessoa ou no 
mesmo corpo de magistratura, o poder legislativo 
está reunido ao poder executivo, não existe 
liberdade; porque se pode temer que o mesmo 
monarca ou o mesmo senado crie leis tirânicas para 
executá-las tiranicamente”. 
Comentário curto 
“A separação e a divisão dos poderes foram 
concebidas como fórmulas práticas de obter a 
limitação efetiva do Poder político e a garantia dos 
direitos individuais”, isto é, visavam “à proteção 
da liberdade individual contra o arbítrio de um 
governante onipotente” (Montesquieu). 
 
Questão 10. 
Revivendo as ideias platônicas, ele pregou que a 
meta do Estado deveria ser fazer com o que povo 
vivesse uma vida digna (virtuosa), de modo a 
ascender da civitas térrea (cidade terrena – onde 
predomina o pecado) para a civitas Dei (cidade de 
Deus). 
Esse pensamento se liga às ideias de: 
a) Nicolau Maquiavel. 
b) Thomas Hobbes. 
c) Agostinho de Hipona. 
d) John Locke. 
Comentário longo 
Revivendo as ideias platônicas, Agostinho pregou 
que a meta do Estado deveria ser fazer com o que 
povo vivesse uma vida digna (virtuosa), o que 
significa viver pelas leis divinas prescritas pela 
Igreja. O problema é que a maioria do povo vive no 
pecado e nem sempre as leis estatais (humanas) são 
adequadas às leis divinas. Se não houver 
adequação entre a lei humana e a lei divina, 
teremos meras regras injustas (que levam à 
perdição). É por isso que a igreja deveria ditar as 
regras... 
a) Mentira! Para Maquiavel o objetivo do príncipe é 
manter o poder, não tem nada de implementar 
virtudes, mas de usar as deficiências morais do 
homem para bem governar. 
b) Nada... Hobbes era temente a Deus, mas sua 
teoria se liga ao Leviatã; estado absolutista para 
evitar a guerra de todos contra todos. 
c) ISSO! Agostinho de Hipona, também conhecido 
como Santo Agostinho, pregava que ser virtuoso 
significa viver pelas leis divinas prescritas pela 
Igreja. O problema é que a maioria do povo vive no 
pecado e nem sempre as leis estatais (humanas) são 
adequadas às leis divinas. Em sua obra mais 
importante “Cidade de Deus”, ele distinguiu dois 
reinos: civitas Dei (cidade de Deus) e civitas térrea 
(cidade terrena – onde predomina o pecado). A 
única madeira de se fazer com que o povo ascenda 
(suba) à cidade de Deus é garantir a influência da 
Igreja no Estado, de modo que as leis terrenas 
estejam adequadas às leis divinas. 
d) Não mesmo! Também temente da Deus, Locke 
acreditava na necessidade de respeito à lei divina 
no Estado de Natureza. Mas como isso é difícil, a 
solução era o Estado. Mas nada em suas ideias 
permite essa divisão em cidade da terra e cidade 
de Deus. 
Comentário curto 
15 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Agostinho de Hipona: estudioso de Aristóteles – as 
tentativas de conciliar as noções do filósofo grego 
com os ideais cristãos. 
 
 
 
Direito Constitucional 
Diego Cerqueira 
Questão 11. 
Clécio, advogado da área de saúde suplementar, 
está prestes a concluir um trabalho de conclusão de 
curso de sua pós-graduação. Ao explicar o trabalho 
de conclusão de curso a um colega de escritório, 
citou alguns artigos importantes da Constituição 
Federal que baseou todo o seu TCC. Assinale a 
alternativa que corresponde corretamente aos 
preceitos da Constituição Federal sobre o tema. 
a) as instituições privadas poderão participar de 
forma complementar do sistema único de saúde, 
segundo diretrizes deste, mediante contrato de 
direito público ou convênio, tendo preferência 
somente às sem fins lucrativos. 
b) é permitida a destinação de recursos públicos 
para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
c) o sistema único de saúde compete, além de 
outras atribuições nos termos da lei, ordenar a 
formação de recursos humanos na área de saúde. 
d) não compete ao sistema único de saúde, 
fiscalizar e inspecionar alimentos, controlar o teor 
nutricional, uma vez que é competência da 
vigilância sanitária. 
Comentário Longo 
De acordo com o enunciado, Clécio, advogado da 
área de saúde suplementar, está prestes a concluir 
um trabalho de conclusão de curso de sua pós-
graduação. Ao explicar a monografia a um colega 
de escritório, citou alguns artigos importantes da 
Constituição Federal que baseou todo o seu TCC. 
A questão apresentada testou conhecimento do 
candidato acerca da saúde na Constituição Federal. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa 
privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar 
de forma complementar do sistema único de 
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato 
de direito público ou convênio, tendo preferência 
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos 
para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além 
de outras atribuições, nos termos da lei: 
III - ordenar a formação de recursos humanos na 
área de saúde; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, 
compreendido o controle de seu teor nutricional, 
bem como bebidas e águas para consumo humano. 
Letra A (item árvore: 19.3) 
INCORRETA 
As entidades filantrópicas também terão 
preferência. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa 
privada.§ 1º - As instituições privadas poderão participar 
de forma complementar do sistema único de 
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato 
de direito público ou convênio, tendo preferência 
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
Letra B (item árvore: 19.3) 
INCORRETA 
É vedada a destinação de recursos públicos para 
auxílios ou subvenções às instituições privadas com 
fins lucrativos. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa 
privada. 
16 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos 
para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
Letra C (item árvore: 19.3) 
CORRETA 
O sistema único de saúde compete, além de outras 
atribuições nos termos da lei, ordenar a formação 
de recursos humanos na área de saúde. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além 
de outras atribuições, nos termos da lei: 
III - ordenar a formação de recursos humanos na 
área de saúde. 
Letra D (item árvore: 19.3) 
INCORRETA 
Compete ao sistema único de saúde compete 
fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o 
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas 
e águas para consumo humano. 
Na verdade, as ações de vigilância sanitária 
compete ao SUS executar. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além 
de outras atribuições, nos termos da lei: 
II - executar as ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, 
compreendido o controle de seu teor nutricional, 
bem como bebidas e águas para consumo humano; 
Comentário Curto 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa 
privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar 
de forma complementar do sistema único de 
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato 
de direito público ou convênio, tendo preferência 
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos 
para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além 
de outras atribuições, nos termos da lei: 
III - ordenar a formação de recursos humanos na 
área de saúde; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, 
compreendido o controle de seu teor nutricional, 
bem como bebidas e águas para consumo humano. 
 
Questão 12. 
Uma determinada autoridade religiosa possuía 
diversos questionamentos acerca da instituição de 
impostos, especificamente sobre propriedade 
predial e territorial urbana (IPTU) nos templos de 
qualquer culto. Para dirimir as dúvidas, a 
autoridade religiosa contrata uma assessoria 
jurídica que responde corretamente que: 
a) o imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana incide sobre os templos de qualquer culto. 
b) o imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana não incide sobre os templos de qualquer 
culto, desde que as entidades religiosas sejam 
proprietárias do imóvel. 
c) o imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana não incide sobre templos de qualquer culto, 
ainda que as entidades abrangidas pela imunidade 
sejam apenas locatárias do bem imóvel. 
d) o imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana não incide sobre templos de qualquer culto, 
desde que os templos sejam para a prática das 
religiões listadas em Lei Complementar. 
Comentário Longo 
A questão trata da inovação incluída pela Emenda 
Constitucional nº 116, de 2022, que instituiu que o 
imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana previsto no inciso I do caput do artigo 156, 
não irá incidir sobre templos de qualquer culto, 
17 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
ainda que as entidades abrangidas pela imunidade 
de que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do 
art. 150 da Constituição sejam apenas locatárias do 
bem imóvel. Ou seja, se em um imóvel que está 
funcionando um templo religioso, mesmo que ele 
seja alugado, incidirá a imunidade prevista no art. 
150 da CF/88. 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir 
impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput 
deste artigo não incide sobre templos de qualquer 
culto, ainda que as entidades abrangidas pela 
imunidade de que trata a alínea "b" do inciso VI do 
caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas 
locatárias do bem imóvel. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
b) templos de qualquer culto. 
Letra A (item árvore: 16.6) 
INCORRETA 
O imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana (IPTU) não irá incidir sobre templos de 
qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas 
pela imunidade sejam apenas locatárias do bem 
imóvel. 
Letra B (item árvore: 16.6) 
INCORRETA 
O imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana (IPTU) não irá incidir sobre templos de 
qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas 
pela imunidade sejam apenas locatárias do bem 
imóvel. 
Letra C (item árvore: 16.6) 
CORRETA 
O imposto sobre propriedade predial e territorial 
urbana não incide sobre templos de qualquer culto, 
ainda que as entidades abrangidas pela imunidade 
sejam apenas locatárias do bem imóvel. 
Letra D (item árvore: 16.6) 
INCORRETA 
Não há essa previsão na CF/88. 
Comentário Curto 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir 
impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput 
deste artigo não incide sobre templos de qualquer 
culto, ainda que as entidades abrangidas pela 
imunidade de que trata a alínea "b" do inciso VI do 
caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas 
locatárias do bem imóvel. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
b) templos de qualquer culto. 
 
Questão 13. 
Preocupado com a instabilidade institucional que o 
país vivia naquele momento, devido ao período de 
intensas manifestações políticas que ameaçavam a 
ordem pública, Paulo, estudante de direito, 
resolveu consultar a Constituição Federal, com o 
intuito de verificar quais ações poderiam ser 
tomadas para devolver a tranquilidade e a paz 
social ao Brasil. A respeito do tema, assinale a 
alternativa correta: 
a) o tempo de duração do estado de defesa não 
será superior a trinta dias, não havendo 
possibilidade de prorrogação desse prazo. 
b) durante o estado de defesa é permitido a 
incomunicabilidade do preso. 
18 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
c) no caso de comoção grave de repercussão 
nacional o Presidente da República pode, ouvidos 
o Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional 
autorização para decretar o estado de sítio. 
d) será decretado pelo Presidente da República, o 
estado de defesa nos casos em que houver 
declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
Comentário Longo 
A questão testou conhecimento do candidato a 
respeito da defesa do estado e das instituições 
democráticas, especificamente sobre estado de 
defesa e estado de sítio. As questões sobre o tema 
costumam misturar os conceitos, características e 
possibilidades da decretação desses institutos. 
CF/88 – Art. 136: 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não 
será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado 
uma vez, por igual período, se persistirem as razões 
que justificaram a sua decretação. 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, 
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional 
autorização para decretar o estado de sítio nos 
casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacionalou 
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de 
medida tomada durante o estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
Letra A (item árvore: 15.2) 
INCORRETA 
Há possibilidade de prorrogação do prazo. 
CF/88 – Art. 136: 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não 
será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado 
uma vez, por igual período, se persistirem as razões 
que justificaram a sua decretação. 
Letra B (item árvore: 15.2) 
INCORRETA 
Na vigência do estado de defesa, é vedada a 
incomunicabilidade do preso. 
CF/88 – Art. 136: 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
Letra C (item árvore: 15.3. Estado de Sítio) 
CORRETA 
CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, 
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional 
autorização para decretar o estado de sítio nos 
casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou 
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de 
medida tomada durante o estado de defesa. 
Letra D (item árvore: 15.3. Estado de Sítio) 
INCORRETA 
No caso apresentado na alternativa, a hipótese é 
de estado de sítio. CF/88 - Art. 137. O Presidente 
da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, 
solicitar ao Congresso Nacional autorização para 
decretar o estado de sítio nos casos de: 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
Comentário Curto 
CF/88 – Art. 136: 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não 
será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado 
uma vez, por igual período, se persistirem as razões 
que justificaram a sua decretação. 
19 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, 
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional 
autorização para decretar o estado de sítio nos 
casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou 
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de 
medida tomada durante o estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
 
Questão 14. 
Durante a realização de um Congresso de Direito 
Constitucional, dois jovens advogados estavam 
conversando e discutindo acerca do papel do 
Supremo Tribunal Federal na sociedade, 
considerando o regramento da atual Constituição 
Federal. Os dois foram unânimes em afirmar que ao 
STF compete de forma precípua, a guarda da 
Constituição. Além disso, foi afirmado 
corretamente que o Supremo Tribunal Federal 
poderá processar e julgar, originariamente: 
 a) ação direta de inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal. 
 b) extradição solicitada por Estado estrangeiro, 
desde que seja brasileiro nato, pois a extradição de 
brasileiro naturalizado será julgada pelo Superior 
Tribunal de Justiça. 
 c) litígio entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e a União, enquanto o litígio entre o 
Estado, Distrito Federal ou Território será julgado 
pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 d) nas infrações penais comuns, o Presidente da 
República, enquanto o Vice-Presidente será 
julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Comentário Longo 
A questão tratou sobre o Supremo Tribunal 
Federal, especialmente sobre a competência para 
processar e julgar, originariamente. As alternativas 
erradas trouxeram afirmações equivocadas, 
tentando confundir o candidato acerca da 
competência entre STF e STJ. 
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal; 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da 
República, o Vice-Presidente, os membros do 
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o 
Procurador-Geral da República; 
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal 
ou o Território; 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro. 
Letra A (item árvore: 13.4) 
CORRETA 
Alternativa cobrou a literalidade da CF/88. 
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: a) a ação 
direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória 
de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal;. 
Letra B (item árvore: 13.4) 
INCORRETA 
Cumpre destacar que a CF/88 veda a extradição de 
brasileiro nato (Art. 5º, LI), e a extradição solicitada 
20 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
por estado estrangeiro será processada e julgada 
pelo STF. 
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; 
Letra C (item árvore: 13.4) 
INCORRETA 
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: e) o litígio 
entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal 
ou o Território; 
Letra D (item árvore: 13.4) 
INCORRETA 
Nas infrações penais comuns, tanto o Presidente da 
República, quanto o Vice-Presidente serão julgados 
pelo STF. 
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da 
República, o Vice-Presidente, os membros do 
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o 
Procurador-Geral da República. 
Comentário Curto 
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal; 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da 
República, o Vice-Presidente, os membros do 
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o 
Procurador-Geral da República; 
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal 
ou o Território; 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro. 
 
Questão 15. 
Barretino, estudante do último ano do curso de 
direito, pretende realizar Exame da Ordem, e para 
isso iniciou seu estudo sobre o Poder Legislativo na 
Constituição Federal. Barretino observou diversos 
regramentos sobre a Câmara dos Deputados e 
sobre o Senado Federal. Assinale a alternativa 
correta sobre o Poder Legislativo na Constituição 
Federal: 
a) o Senado Federal compõe-se de representantes 
dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo 
o princípio proporcional. 
b) é da competência exclusiva do Congresso 
Nacional autorizar o Presidente e o Vice-Presidente 
da República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias. 
c) compete privativamente à Câmara dos 
Deputados, proceder à tomada de contas do 
Presidente da República, quando não apresentadas 
ao Congresso Nacional dentro de trinta dias após a 
abertura da sessão legislativa. 
d) o Senador ou Deputado investido no cargo de 
Ministro de Estado perderá o mandato. 
Comentário Longo 
Para responder à questão, o candidato necessitaria 
do conhecimento acerca do Poder Legislativo que 
está consagrado na Constituição Federal. As 
alternativas trataram sobre a composiçãodo 
21 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Senado Federal, a competência do Congresso 
Nacional, a competência da Câmara dos 
Deputados e sobre a investidura de Senador ou 
Deputado nos cargos de Ministro. Vejamos: 
CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de 
representantes dos Estados e do Distrito Federal, 
eleitos segundo o princípio majoritário. 
CF/88 - Art. 49. É da competência exclusiva do 
Congresso Nacional: 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias. 
CF/88 - Art. 51. Compete privativamente à Câmara 
dos Deputados: 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da 
República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa; 
CF/88 - Art. 56. Não perderá o mandato o 
Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de 
Capital ou chefe de missão diplomática temporária. 
Letra A (item árvore: 10.2) 
INCORRETA 
CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de 
representantes dos Estados e do Distrito Federal, 
eleitos segundo o princípio majoritário. 
Letra B (item árvore: 10.2) 
CORRETA 
CF/88 - Art. 49. É da competência exclusiva do 
Congresso Nacional: 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias. 
Letra C (item árvore: 10.2) 
INCORRETA 
O prazo apresentado na alternativa encontra-se 
equivocado, veja: 
CF/88 - Art. 51. Compete privativamente à Câmara 
dos Deputados: 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da 
República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa. 
Letra D (item árvore: 10.2) 
INCORRETA 
No caso apresentado na alternativa, o parlamentar 
não perderá o mandato. 
CF/88 - Art. 56. Não perderá o mandato o 
Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de 
Capital ou chefe de missão diplomática temporária. 
Comentário Curto 
CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de 
representantes dos Estados e do Distrito Federal, 
eleitos segundo o princípio majoritário. 
CF/88 - Art. 49. É da competência exclusiva do 
Congresso Nacional: 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias. 
CF/88 - Art. 51. Compete privativamente à Câmara 
dos Deputados: 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da 
República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa; 
CF/88 - Art. 56. Não perderá o mandato o 
Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do 
22 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de 
Capital ou chefe de missão diplomática temporária. 
 
Questão 16. 
Em uma determinada matéria jornalística, foi 
veiculado de forma equivocada que João, servidor 
público, teria cometido o crime de corrupção 
passiva, pois supostamente havia solicitado para si, 
vantagem indevida. A veiculação da matéria que 
divulgou seu nome e sua imagem de forma 
equivocada causou evidente constrangimento a 
sua pessoa. João procurou um advogado, pois teria 
intenção de ingressar com uma ação objetivando 
indenização como forma de reparar os danos 
causados. Com base na Constituição Federal e na 
qualidade de advogado, você respondeu 
corretamente que: 
a) a Constituição Federal, não assegura o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, mas possibilita 
indenização por dano material, moral ou à imagem. 
b) a Constituição Federal, no caso apresentado, 
não assegura o direito de resposta, e nem 
indenização por dano material, moral ou à imagem, 
pois o que vigora é a liberdade de imprensa. 
c) a Constituição Federal assegura no caso 
apresentado, somente indenização por dano moral 
ou à imagem, pois como se trata de servidor 
Público, não há o que se falar em dano material. 
d) a Constituição Federal assegura o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem. 
Comentário Longo 
A questão cobrou do candidato o conhecimento do 
art. 8º da CF/88 e seus incisos que trata da 
associação profissional ou sindical, devendo ser 
observado atentamente o regramento sobre estes 
institutos. 
CF/88 - Art. 8º: É livre a associação profissional ou 
sindical, observado o seguinte: 
II - é vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma 
base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não 
podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e 
interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais. 
Letra A (item árvore: 4.2) 
CORRETA 
Segundo o art. 8º, II da CF/88 - é vedada a criação 
de mais de uma organização sindical, em qualquer 
grau, representativa de categoria profissional ou 
econômica, na mesma base territorial, que será 
definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de 
um Município. 
Letra B (item árvore: 4.2) 
INCORRETA 
Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses 
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas. 
Letra C (item árvore: 4.2) 
INCORRETA 
O aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais. 
Letra D (item árvore: 4.2) 
INCORRETA 
É obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho. 
Comentário Curto 
23 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
CF/88 - Art. 8º: É livre a associação profissional ou 
sindical, observado o seguinte: 
II - é vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma 
base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não 
podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e 
interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais. 
 
Questão 17. 
Em uma determinada matéria jornalística, foi 
veiculado de forma equivocada que João, servidor 
público, teria cometido o crime de corrupção 
passiva, pois supostamente havia solicitado para si, 
vantagem indevida. A veiculação da matéria que 
divulgou seu nome e sua imagem de forma 
equivocada causou evidente constrangimento a 
sua pessoa. João procurou um advogado, pois teria 
intenção de ingressar com uma ação objetivando 
indenização como forma de reparar os danos 
causados. Com base na Constituição Federal e na 
qualidade de advogado, você respondeu 
corretamente que. 
a) a Constituição Federal, não assegura o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, mas possibilita 
indenização por dano material, moral ou à imagem. 
b) a Constituição Federal, no caso apresentado, 
não assegura o direito de resposta, e nem 
indenização por dano material, moral ou à imagem, 
pois o que vigora é a liberdade de imprensa. 
c) a Constituição Federal assegura no caso 
apresentado, somente indenização por dano moral 
ou à imagem, pois como se trata de servidorPúblico, não há o que se falar em dano material. 
d) a Constituição Federal assegura o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem. 
Comentário Longo 
No caso concreto, uma determinada matéria 
jornalística veiculou de forma equivocada que 
João, servidor público, teria cometido o crime de 
corrupção passiva, pois supostamente havia 
solicitado para si, vantagem indevida. 
A questão cobrou do candidato o conhecimento do 
art. 5º, inciso V, da CF/88. Para responder à 
questão, seria necessário ter conhecimento que de 
acordo com a atual Constituição Federal, é 
assegurado, o direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem. Cada alternativa apresentou 
um erro, com exceção da letra D. 
CF/88: Art. 5º, V - é assegurado o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem. 
Letra A (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
A Constituição Federal assegura o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, e também 
possibilita indenização por dano material, moral ou 
à imagem. 
Letra B (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
É assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem. 
Letra C (item árvore: 3.1) 
INCORRETA 
O fato de se tratar de Funcionário Público, não 
retira o direito ao dano material. 
Letra D (item árvore: 3.1) 
24 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
CORRETA 
É assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem, conforme o Art. 5º, V da 
CF/88. 
Comentário Curto 
CF/88: Art. 5º, V - é assegurado o direito de 
resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem 
 
. 
Direitos Humanos 
Ricardo Torques 
Questão 18. 
Paulo, especialista em direitos humanos, está 
estudando a legislação penal de um país signatário 
da Convenção Americana de Direitos Humanos. 
Paulo verificou que a legislação desse país admite 
a aplicação da pena de morte, sendo que essa lei 
era anterior à ratificação da Convenção. Além 
disso, a legislação veda a realização de pedido de 
anistia da pena de morte. Paulo concluiu 
corretamente que, ao menos formalmente, o país: 
a) está cumprindo a Convenção, pois esta não veda 
a aplicação da pena de morte nos países em que 
ela não tenha sido abolida e não há disposição 
expressa sobre a solicitação de anistia. 
b) está cumprindo a Convenção em relação à 
possibilidade de aplicação da pena de morte, pois 
esta não havia sido abolida, mas a vedação à 
solicitação de anistia contraria a Convenção. 
c) está descumprindo a Convenção ao admitir a 
aplicação da pena de morte. De todo modo, não há 
previsão expressa na Convenção sobre a 
possibilidade de se solicitar anistia. 
d) está descumprindo a Convenção ao admitir a 
aplicação da pena de morte. Além disso, a 
Convenção prevê a possibilidade de se solicitar 
anistia em relação a qualquer crime, o que se 
estende àqueles sujeitos à pena de morte. 
Comentário Longo 
O art. 4º da Convenção Americana de Direitos 
Humanos dispõe sobre o direito à vida, tratando da 
pena de morte. 
De acordo com o parágrafo 2, não é absolutamente 
vedada a aplicação da pena de morte naqueles 
países que não a tiverem abolido. Na situação 
narrada, a legislação é anterior à ratificação da 
Convenção, portanto, não há infração à Convenção 
quanto à possibilidade de aplicação da pena de 
morte, por si só. 
No entanto, de acordo com o parágrafo 6 do 
referido artigo, em todo caso será possível solicitar 
anistia da pena de morte. Portanto, o país 
descumpre a Convenção ao vedar o pedido de 
anistia. A previsão de anistia, na Convenção, se dá 
apenas em relação à pena de morte, não em 
relação a qualquer crime: 
Artigo 4º - Direito à vida 
2. Nos países que não houverem abolido a pena de 
morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos 
mais graves, em cumprimento de sentença final de 
tribunal competente e em conformidade com a lei 
que estabeleça tal pena, promulgada antes de 
haver o delito sido cometido. Tampouco se 
estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se 
aplique atualmente. 
6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a 
solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os 
quais podem ser concedidos em todos os casos. 
Não se pode executar a pena de morte enquanto o 
pedido estiver pendente de decisão ante a 
autoridade competente. 
Comentário Curto 
Apesar da sua progressiva abolição, ainda persiste 
a possibilidade de aplicação da pena de morte em 
diversos sistemas jurídicos, sendo que a Convenção 
25 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Americana admite a sua aplicação no caso de 
crimes graves, quando a legislação for anterior à 
adesão à Convenção. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da 
questão. 
 
Questão 19. 
Você, como advogado, foi consultado por uma 
família a respeito da possibilidade de se realizar o 
ensino domiciliar (homeschooling) no Brasil. Você 
respondeu corretamente que, de acordo com a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: 
a) o ensino domiciliar é um direito público subjetivo 
dos alunos e das famílias. 
b) é estritamente vedada a realização de ensino 
domiciliar, pois a responsabilidade do Estado pela 
educação é solidária. 
c) a possibilidade de ensino domiciliar depende da 
edição de lei federal autorizativa e com observância 
da solidariedade do dever entre Estado e família. 
d) o ensino domiciliar é possível 
independentemente de previsão legal, desde que 
assegurada a fiscalização pelo Poder Público. 
Comentário Longo 
O Supremo Tribunal Federal se manifestou sobre o 
ensino domiciliar no RE 888.815, tendo fixado tese 
no sentido de que não é proibido, 
constitucionalmente, o ensino domiciliar, no 
entanto, essa possibilidade depende da previsão 
em lei federal, com observância do dever solidário 
do Estado sobre a educação. 
Eis trecho da ementa: 
CONSTITUCIONAL. EDUCAÇÃO. DIREITO FUND
AMENTAL RELACIONADO À DIGNIDADE DA 
PESSOA HUMANA E À EFETIVIDADE DA 
CIDADANIA. DEVER SOLIDÁRIO DO ESTADO E 
DA FAMÍLIA NA PRESTAÇÃO DO ENSINO 
FUNDAMENTAL. NECESSIDADE DE LEI FORMAL, 
EDITADA PELO CONGRESSO NACIONAL, PARA 
REGULAMENTAR O ENSINO DOMICILIAR. 
RECURSO DESPROVIDO. [...] 
4. O ensino domiciliar não é um direito público 
subjetivo do aluno ou de sua família, porém não é 
vedada constitucionalmente sua criação por meio 
de lei federal, editada pelo Congresso Nacional, na 
modalidade “utilitarista” ou “por conveniência 
circunstancial”, desde que se cumpra a 
obrigatoriedade, de 4 a 17 anos, e se respeite o 
dever solidário Família/Estado, o núcleo básico de 
matérias acadêmicas, a supervisão, avaliação e 
fiscalização pelo Poder Público; bem como as 
demais previsões impostas diretamente. 
Com isso, vamos às alternativas: 
Letra A - INCORRETA. Não há um direito público 
subjetivo ao ensino domiciliar, como restou 
explicitado no acórdão. Essa possibilidade 
depende de previsão legal. 
Letra B - INCORRETA. Não é vedado o ensino 
domiciliar, desde que haja autorização legal que 
estabeleça a forma de compartilhamento da 
responsabilidade entre o Estado e a família. 
Letra C - CORRETA. É possível o ensino domiciliar, 
desde que haja lei federal autorizando, observado 
o dever solidário entre Estado e família. 
Letra D - INCORRETA. Pelo contrário, a 
possibilidade de ensino domiciliar depende de 
previsão em lei federal. 
Comentário Curto 
A decisão do Supremo sobre o ensino domiciliar é 
paradigmática e é essencial conhecer esse 
precedente, que trata de importante direito 
humano, o direito à educação. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da 
questão. 
 
 
Direito Internacional 
Vanessa Arns 
26 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Questão 20. 
Jean nasceu na França, filho de pai brasileiro 
naturalizado e mãe francesa. Jean veio, após a 
maioridade, viver no Brasil eoptou pela 
nacionalidade brasileira. Em Cuiabá, Jean 
conheceu Maria, de origem humilde, e os dois 
resolveram se casar. O casal foi morar na França e 
não teve filhos ou bens. Após 6 anos de casamento, 
Maria sentiu muitas saudades do Brasil e Jean 
gostava mais da vida de solteiro. Decidiram se 
divorciar, ato que foi realizado na França. 
Considerando a sentença de divórcio consensual, 
assinale a afirmativa correta abaixo. 
a) A decisão estrangeira de divórcio consensual 
deverá ser homologada parcialmente. 
b) A critério do Ministério da Justiça, poderá haver 
a homologação da sentença de divórcio 
consensual. 
c) A homologação de decisão estrangeira será 
requerida por ação de homologação de decisão 
estrangeira perante o Supremo Tribunal Federal, 
salvo disposição especial em sentido contrário 
prevista em tratado. 
d) A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Comentário Longo 
A questão trata da necessidade de homologação 
da sentença de divórcio consensual. 
De acordo com o art. 961 do Código de Processo 
Civil: 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Letra A 
INCORRETA 
A questão trata da necessidade de homologação 
da sentença de divórcio consensual. 
De acordo com o art. 961 do Código de Processo 
Civil: 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Letra B 
INCORRETA 
A questão trata da necessidade de homologação 
da sentença de divórcio consensual. De acordo 
com o art. 961 do Código de Processo Civil: 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Letra C 
INCORRETA 
A questão trata da necessidade de homologação 
da sentença de divórcio consensual. De acordo 
com o art. 961 do Código de Processo Civil: 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Letra D 
CORRETA 
A questão trata da necessidade de homologação 
da sentença de divórcio consensual. 
De acordo com o art. 961 do Código de Processo 
Civil: 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Comentário Curto 
A questão trata da necessidade de homologação 
da sentença de divórcio consensual. 
De acordo com o art. 961 do Código de Processo 
Civil: 
27 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
Questão 21. 
A crise na Venezuela se iniciou por volta de 2013 e, 
desde então, arrasta-se pelo país sul-americano. 
Trata-se de uma crise econômica, uma vez que a 
economia do país está destruída, mas também 
política, uma vez que a disputa pelo poder e o 
autoritarismo levaram a isso. Sua população 
também sofre, já que parte considerável de sua 
população sofre com a falta de alimentos e com a 
hiperinflação. Tais circunstâncias produziram um 
importante fluxo de imigração de venezuelanos 
para o Brasil, cujo ingresso e permanência, em 
nosso país, têm sido regularizados, via de regra, 
por meio. 
a) da concessão de asilo territorial. 
b) do reconhecimento da condição de refugiado 
ambiental. 
c) de autorização de permanência e concessão de 
visto de trabalho para estrangeiro. 
d) da concessão de visto de acolhida humanitária. 
Comentário Longo 
A questão trata das possibilidade de visto de 
acolhida humanitária prevista na Lei n. 13.445/2017 
- Lei de Migração. 
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido 
ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de 
estabelecer residência por tempo determinado e 
que se enquadre em pelo menos uma das seguintes 
hipóteses: 
I - o visto temporário tenha como finalidade: 
[...] 
c) acolhida humanitária; 
II - o imigrante seja beneficiário de trata em matéria 
de vistos; 
III - outras hipóteses definidas em regulamento. 
[...] 
§3º O visto temporário para acolhida humanitária 
poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional 
de qualquer país em situação de grave ou iminente 
instabilidade institucional, de conflito armado, de 
calamidade de grande proporção, de desastre 
ambiental ou de grave violação de direitos 
humanos ou de direito internacional humanitário, 
ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. 
Letra A 
INCORRETA 
O asilo territorial é o recebimento de estrangeiro 
em território nacional, sem os requisitos de 
ingresso, para evitar punição ou perseguição 
baseada em crime de natureza política ou 
ideológica geralmente por crime praticado em seu 
país. 
Letra B 
INCORRETA 
Os refugiados ambientais são as pessoas forçadas 
a deixar o lugar em que vivem, de maneira 
temporária ou permanente, em virtude de eventos 
climáticos e ambientais, de origem natural ou 
humana, que colocam em perigo a sua existência 
ou afetam seriamente a sua condição de vida. 
Letra C 
INCORRETA 
O Visto de Trabalho para estrangeiros no Brasil 
permite a contratação de um estrangeiro para 
exercer atividade remunerada com vínculo 
empregatício (contrato de trabalho). 
A Legislação imigratória no Brasil permite que o 
Visto de Trabalho ou o Visto com base em Contrato 
de Trabalho seja aplicável quando a empresa 
brasileira pretende contratar um estrangeiro para 
exercer atividade remunerada com vínculo 
empregatício sob algumas condições. 
28 
 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 
 
 
Letra D 
CORRETA 
A questão trata das possibilidade de visto de 
acolhida humanitária prevista na Lei n. 13.445/2017 
- Lei de Migração. 
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido 
ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de 
estabelecer residência por tempo determinado e 
que se enquadre em pelo menos uma das seguintes 
hipóteses: 
I - o visto temporário tenha como finalidade: 
[...] 
c) acolhida humanitária; 
II - o imigrante seja beneficiário de trata em matéria 
de vistos; 
III - outras hipóteses definidas em regulamento. 
[...] 
§3º O visto temporário para acolhida humanitária 
poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional 
de qualquer país em situação de grave ou iminente 
instabilidade institucional, de conflito armado, de 
calamidade de grande proporção, de desastre 
ambiental ou de grave violação de direitos 
humanos ou de direito internacional humanitário, 
ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. 
Comentário Curto 
A questão trata das possibilidade de visto de 
acolhida humanitária prevista na Lei n. 13.445/2017 
- Lei de Migração. 
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido 
ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de 
estabelecer residência por tempo determinado e 
que se enquadre em pelo menos uma das seguintes 
hipóteses: 
I - o visto temporário tenha como finalidade: 
[...] 
c) acolhida humanitária; 
II - o imigrante seja beneficiário de trata em matéria 
de vistos; 
III - outras hipóteses definidas em regulamento. 
[...] 
§3º O visto temporário para acolhida humanitária 
poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional 
de qualquer país em situação de grave ou iminente 
instabilidade institucional, de conflito armado, de 
calamidade de grande proporção, de desastre 
ambiental ou de grave violação de direitos 
humanos ou de direito internacional humanitário, 
ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. 
 
 
 
Direito Tributário 
Rodrigo Martins 
Questão 22. 
Após fiscalização, a Receita Federal do Brasil 
lavrou, em 14/09/2008, AIIM - Auto de Infração e 
Imposição de Multa pela falta de pagamento do 
Imposto sobre a Renda (IR) referente ao ano base 
2002. Por não concordar com essa autuação, a 
contribuinte ingressou com impugnação

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