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3 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 4 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 I. Simulado OAB Código de Ética e Estatuto da OAB Priscila Ferreira Questão 01. O período de eleição dos membros dos órgãos da OAB estava se aproximando. Diante disso, a Ordem dos Advogados do Brasil resolveu informar seus membros sobre as regras elencadas no Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil. Sobre a eleição e o mandato, assinale a alternativa que representa uma informação correta: A) A eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no regulamento geral, é de comparecimento facultativo aos advogados inscritos na OAB com mais de 60 anos de idade. B) O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição, inclusive o Conselho Federal. C) Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando o titular sofrer condenação disciplinar. D) O candidato deve comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, mesmo que seja reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 10 (dez) anos, nas eleições para os demais cargos. Comentário Longo A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre eleições e mandatos dos membros os órgãos da OAB, que estão elencados no Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a partir dos artigos 63 e seguintes. Assim, deve-se observar as seguintes premissas: • A eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no regulamento geral, é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB. • O candidato deve comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais cargos; • O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal; • Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando o titular sofrer condenação disciplinar. Letra A (item árvore: 13.2) INCORRETA Não há essa previsão. O Art. 63, do EAOAB preceitua que a eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no regulamento geral, é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB. Letra B (item árvore: 13.2) INCORRETA O início do mandato do Conselheiro Federal é diferente. Veja o disposto no art. 65, da EAOAB: “Art. 65. O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro 4 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal. Parágrafo único. Os conselheiros federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro do ano seguinte ao da eleição”. Letra C (item árvore: 13.2) CORRETA O Art. 66, II, do EAOAB, extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando o titular sofrer condenação disciplinar. Letra D (item árvore: 13.2) INCORRETA A alternativa possui diversos erros. O Estatuto excepciona a reabilitação, e os prazos são de 3(três) e 5(cinco) anos respectivamente. Nos termos do Art. 63, §2º, do EAOAB, o candidato deve comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais cargos. Comentário Curto Acerca do tema, eleições e mandatos dos membros os órgãos da OAB, deve-se observar alguns preceitos, embasados nos artigos 63 e seguintes do EAOAB: • A eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no regulamento geral, é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB; • O candidato deve comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais cargos; • O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal; • Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando o titular sofrer condenação disciplinar. Questão 02. Durante passeio no Shopping, Boris que é estudante de direito, decide ir até uma livraria para consultar o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, no que se refere ao capítulo que trata sobre a ética do advogado, uma vez que foi indagado pelo seu pai, acerca do assunto. Após consulta ao Estatuto, assinale a alternativa que corresponde corretamente à resposta dada por Boris ao seu pai. A) no exercício da profissão, deve o advogado para não incorrer em impopularidade, não desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade. B) o advogado é responsável apenas pelos atos que praticar com dolo no exercício profissional. C) o advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. D) o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mesmo que para isso, necessite que haja violação ao sigilo profissional. Comentário Longo A questão exigiu do candidato conhecimento sobre o EAOAB, precisamente sobre o capítulo da ética do advogado. Vejamos: “Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia. 5 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 § 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. § 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão. Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.” Neste sentido, a única alternativa que se coaduna com os preceitos éticos a serem seguidos pelo advogado, conforme o EAOAB, é a que dispõe que o advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. Letra A (item árvore: 1.2) INCORRETA Nos termos do Art. 31, § 2º do EAOAB, nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão. Letra B (item árvore: 1.2) INCORRETA O advogado também é responsável pelos atos que praticar com culpa. Com fulcro no Art. 32, do EAOAB, o advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Letra C (item árvore: 1.2) CORRETA Com fulcro no Art. 31, § 1º do EAOAB, o advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. Letra D (item árvore: 1.2) INCORRETA Não há essa previsão de violação do sigilo profissional, vejamos o disposto no art. 31, do EAOAB: “O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.” Comentário Curto Nos termos do art. 31 e seguintes do CED, a única alternativa que se coaduna com os preceitos éticos aserem seguidos pelo advogado, conforme o EAOAB, é a que dispõe que o advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. Questão 03. As Subseções ALFA e BETA da OAB, ambas criadas pelo Conselho Seccional GAMA, reivindicam determinada competência. O conflito se estende para outras atribuições. Com base no caso apresentado, assinale a opção correta a respeito do conflito de competências. A) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. B) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Federal. A decisão é irrecorrível. C) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional. A decisão é irrecorrível. D) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Federal. Cabe recurso ao Supremo Tribunal de Ética. Comentário Longo A questão trata do conflito de competências. O enunciado dispõe que as Subseções estão em conflito. Questionamento: Qual é o órgão competente para decidir o conflito de competência entre as subseções? O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional! Acerca do 6 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 cabimento do recurso, observa-se como sendo possível ao Conselho Federal da OAB. Neste sentido, tome nota do disposto no art. 119 do Regulamento Geral: ”Art. 119. Os conflitos de competência entre subseções e entre estas e o Conselho Seccional são por este decididos, com recurso voluntário ao Conselho Federal.” Letra A (item árvore: 15.2) CORRETA Segundo o art. 119, do RGEOAB, os conflitos de competência entre subseções e entre estas e o Conselho Seccional são por este decididos, com recurso voluntário ao Conselho Federal. Letra B (item árvore: 15.2) INCORRETA Na verdade, deve ser decidido pelo Conselho Seccional! Letra C (item árvore: 15.2) INCORRETA A decisão não é irrecorrível, ou seja, cabe recurso ao Conselho Federal. Letra D (item árvore: 15.2) INCORRETA Na verdade, deve ser decidido pelo Conselho Seccional! E, ainda, deve-se mencionar que cabe recurso ao Conselho Federal. Comentário Curto Nos termos do Art. 119, do Regulamento Geral, os conflitos de competência entre subseções e entre estas e o Conselho Seccional são por este decididos, com recurso voluntário ao Conselho Federal. Questão 04. Zé Pedro está respondendo processo criminal, diante do desvio de diversas verbas públicas. Dr. Rubens já atuou na defesa de Zé Pedro em diversos processos por este já respondido e em situações semelhantes a enfrentadas agora pelo réu. No que tange a possibilidade de Dr. Rubens realizar uma colaboração premiada contra o seu ex- cliente, assinale a alternativa correta. A) É possível ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem tenha sido seu cliente, desde para fins de defesa própria. B) É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar. C) É possível ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja o seu cliente, desde que autorizado pelo Conselho Federal em situações de força maior. D) É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará apenas em responsabilização criminal. Comentário Longo Conforme, art. 7º, § 6º-I, do EAOAB , ao advogado torna-se vedado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, sem prejuízo das penas previstas no art. 154, do CP. Assim, a alternativa “b” é a correta e gabarito da questão. Letra A INCORRETA Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, sem prejuízo das penas previstas no art. 154, do CP. Letra B 7 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 CORRETA Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, sem prejuízo das penas previstas no art. 154, do CP. Letra C INCORRETA Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, sem prejuízo das penas previstas no art. 154, do CP. Letra D INCORRETA Torna-se vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, sem prejuízo das penas previstas no art. 154, do CP. Logo, não implica apenas em responsabilidade criminal. Comentário Curto Nos termos do art. 7º, § 6º-I, do EAOAB, torna-se vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em processo disciplinar, sem prejuízo das penas previstas no art. 154, do CP. Questão 05. O advogado Aldo participará de um programa televisivo, momento em que trará esclarecimentos à população sobre previdência social e as suas recentes mudanças. Acontece que antes da realização da entrevista, o referido advogado preocupado em não infringir o Código de Ética e Disciplina da OAB, decidiu analisar a referida legislação, especialmente sobre publicidade profissional. Sobre o tema, assinale a alternativa correta. A) É permitido ao advogado, responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social. B) Poderá o advogado, debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado, desde que não mencione o nome do profissional. C) Deverá o advogado insinuar-se para reportagens e declarações públicas, bem como divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas, caso a imprensa necessite, em respeito ao princípio da liberdade de imprensa. D) O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Comentário Longo A questão trouxe ao aluno a exigência do conhecimento sobre a publicidade profissional que se encontra regulamentada nos artigos 39 e seguintes, do CED. Assim, quanto as vedações contidas no CED para fins de publicidade, tome nota do disposto no art. 42, do CED: “Art. 42. É vedado ao advogado: I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; 8 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas.” Ainda, nos termos do Art. 43, do CED, o advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Letra A (itemárvore: 1.2) INCORRETA Na verdade, é vedado ao advogado responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social, conforme art. 42, I, do CED. Letra B (item árvore: 1.2) INCORRETA O Art. 42, I e II do CED, torna-se vedado ao advogado: • responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; • debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado. Letra C (item árvore: 1.2) INCORRETA O Art. 42, IV e V do CED, torna-se vedado ao advogado: • divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas. • insinuar-se para reportagens e declarações públicas. Letra D (item árvore: 1.2) CORRETA Nos termos do Art. 43, do CED, o advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Comentário Curto Nos termos do art. 42, do CED, torna-se vedada para fins de publicidade: I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas. Ainda, conforme do Art. 43, do CED, o advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. 9 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Questão 06. O renomado escritório de advocacia Fernandez e Fernandez, preocupado com a conduta de seus advogados, decidiu realizar palestras sobre o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil a todos os seus associados. O tema central dos debates focou no sigilo profissional, uma vez que o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Sobre o tema, assinale a alternativa correta. A) O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. B) O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, não se submete às regras de sigilo profissional. C) O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional, salvo nos processos ou procedimentos judiciais. D) O sigilo profissional depende de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. Comentário Longo A questão testou conhecimento do aluno sobre o regramento do sigilo profissional elencado no Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, a partir do artigo 35. Neste sentido, destaca-se os seguintes aspectos: • O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. • O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. • O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. • O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional. Logo, a única alternativa correta é a “A”, a qual preceitua que o sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. Letra A (item árvore: 5.1) CORRETA Nos termos do Art. 37 do CED, o sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. Letra B (item árvore: 5.1) INCORRETA Segundo o art. 36, § 2º do CED, o advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. Letra C (item árvore: 5.1) INCORRETA O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional (Art. 38, do CED). Letra D (item árvore: 5.1) INCORRETA Conforme art. 36, ”caput”, do CED, o sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. Comentário Curto 10 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Nos termos do art. 35 e seguintes do CED, destaca- se os seguintes aspectos: • O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. • O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional. • O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria. • O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional. Questão 07. Durante determinada reunião se encontravam advogados e estagiários de um escritório de advocacia. O advogado associado Fagner, com o objetivo de orientar todos os profissionais acerca das disposições legais constantes no Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, realizou exposição aos demais colegas de profissão, de como deve ser a relação do advogado com o cliente. Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao que foi exposto por Fagner: A) O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, porém caso o cliente tenha intenção contrária a estratégia do advogado, deve o patrono se subordinar as intenções do cliente. B) A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários, porém a parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos. C) O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, mesmo que seja para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. D) É permitido ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Comentário Longo A questão trata do regramento correspondente a relação do advogado com o cliente, que estão dispostos no Código de Ética e Disciplina da OAB, devendo o aluno observar atentamente os artigos 9º ao 26, para responder corretamente as questões que tratam do tema. Vejamos o CED: “Art.11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada. Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos. Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente 11 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. Art. 25. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.” Assim, a única alternativa que retrata adequadamente a relação cliente e advogado, nos exatos termos do CED, é a que preceitua que em caso de conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, o advogado deve a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. Neste ponto, ainda se ressalta, nos termos do CED, que a parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos. Letra A (item árvore: 7.1) INCORRETA Na verdade, o advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente. Neste sentido, o CED preceitua que: “Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.” Letra B (item árvore: 7.1) CORRETA Nos termos do art. 12 do CED, a conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. Ainda, observa-se que a parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos, nos termos do parágrafo único do referido artigo. Letra C (item árvore: 7.1) INCORRETA De fato, o advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. Neste sentido, nos termos do Art. 14, do CED, o advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. Letra D (item árvore: 7.1) INCORRETA É proibido ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. O Art. 25, do CED preceitua que é defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. Veja que a palavra “defeso” significa “proibido ”, o que pode levar o candidato a confundir-se ao ler a alternativa. Comentário Curto Nos termos do art. 12, do CED, a conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos 12 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários. Ainda, quanto a parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos, nos termos do parágrafo único do referido artigo. Questão 08. Luan, discente do curso de direito, apresentará trabalho acadêmico contendo informações sobre os deveres que os advogados deverão observar segundo o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. Neste sentido, assinale a alternativa que Luan poderá incluir em seu trabalho, pois corresponde a um dever do advogado: A) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, mesmo sem o assentimento deste. B) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares. C) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. D) ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados. Comentário Longo A questão testou o candidato acerca dos conhecimentos sobre o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, especialmente sobre os deveres do advogado, encontrados no parágrafo único do art. 2º. Repare que as alternativas incorretas, correspondem a atitudes que os advogados devem abster-se de realizar, enquanto a alternativa correta indica uma obrigação do advogado. Veja: “Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo- lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. Parágrafo único. São deveres do advogado: VIII – abster-se de: d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste; e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.” Desta forma, o único dever do advogado descrito na questão refere-se a ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados. Letra A (item árvore: 6.1) INCORRETA Entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste, é um ato que o advogado não deve realizar. Letra B (item árvore: 6.1) INCORRETA Ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares, é uma hipótese que o advogado não deve realizar, ou seja, deve abster-se. Letra C (item árvore: 6.1) INCORRETA 13 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Contratar honorários advocatícios em valores aviltantes, é um ato que o advogado não deve realizar. Letra D (item árvore: 6.1) CORRETA De fato, ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados, é um dever do advogado. Comentário Curto Observe que as alternativas incorretas, correspondem a atitudes que os advogados devem abster-se de realizar, enquanto a alternativa correta indica uma obrigação do advogado. Desta forma, o único dever do advogado descrito na questão refere-se a ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados. Filosofia do Direito Jean Vilbert Questão09. “Para que não se possa abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder”. Sobre a separação dos poderes, é CORRETO afirmar: a) Foi originalmente esboçada por Montesquieu. b) Tem como objetivo garantir uma estrutura eficiente ao Estado. c) Apesar de os poderes estarem separados, nada impede que uma mesma pessoa cumule mais de uma das funções. d) A reunião do poder executivo com o legislativo é uma ameaça à dos cidadãos. Comentário longo Nas palavras do próprio barão de Montesquieu: “quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura, o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não existe liberdade; porque se pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado crie leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Tampouco existe liberdade se o poder de julgar não for separado do poder legislativo e do executivo. Se estivesse unido ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador. Se estivesse unido ao poder executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor”. “Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as querelas dos particulares”. Mas cuidado, não foi ele quem primeiro esboçou essa ideia... ARISTÓTELES + Poder Executivo = atribuições casuísticas. + Poder Judiciário = administração da Justiça. + Poder DELIBERATIVO = assembleia que delibera os negócios estatais. JOHN LOCKE + Poder Legislativo = elaboração de leis, disciplinando o uso da força civil. + Poder Executivo = aplicação da lei nas esferas judicial e administrativa. + Poder FEDERATIVO = relacionamento com os demais Estados. MONTESQUIEU + Poder Legislativo = legisla (cria normas abstratas e gerais). + Poder Executivo = executa as leis, administrando. + Poder Judiciário = exerce a jurisdição, julgando conforme as leis. a) HUmmm, NÃO! Embora Montesquieu receba, hodiernamente, boa parte dos méritos (se não todos eles) de criação da teoria, não é verdade que 14 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 a tenha desenvolvido de maneira plenamente original: Aristóteles, Cícero e Locke já haviam tratado dessa divisão. b) Não bem isso. “A separação e a divisão dos poderes foram concebidas como fórmulas práticas de obter a limitação efetiva do Poder político e a garantia dos direitos individuais”. c) Seria a perdição: “Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes”. d) EXATO! “Quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura, o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não existe liberdade; porque se pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado crie leis tirânicas para executá-las tiranicamente”. Comentário curto “A separação e a divisão dos poderes foram concebidas como fórmulas práticas de obter a limitação efetiva do Poder político e a garantia dos direitos individuais”, isto é, visavam “à proteção da liberdade individual contra o arbítrio de um governante onipotente” (Montesquieu). Questão 10. Revivendo as ideias platônicas, ele pregou que a meta do Estado deveria ser fazer com o que povo vivesse uma vida digna (virtuosa), de modo a ascender da civitas térrea (cidade terrena – onde predomina o pecado) para a civitas Dei (cidade de Deus). Esse pensamento se liga às ideias de: a) Nicolau Maquiavel. b) Thomas Hobbes. c) Agostinho de Hipona. d) John Locke. Comentário longo Revivendo as ideias platônicas, Agostinho pregou que a meta do Estado deveria ser fazer com o que povo vivesse uma vida digna (virtuosa), o que significa viver pelas leis divinas prescritas pela Igreja. O problema é que a maioria do povo vive no pecado e nem sempre as leis estatais (humanas) são adequadas às leis divinas. Se não houver adequação entre a lei humana e a lei divina, teremos meras regras injustas (que levam à perdição). É por isso que a igreja deveria ditar as regras... a) Mentira! Para Maquiavel o objetivo do príncipe é manter o poder, não tem nada de implementar virtudes, mas de usar as deficiências morais do homem para bem governar. b) Nada... Hobbes era temente a Deus, mas sua teoria se liga ao Leviatã; estado absolutista para evitar a guerra de todos contra todos. c) ISSO! Agostinho de Hipona, também conhecido como Santo Agostinho, pregava que ser virtuoso significa viver pelas leis divinas prescritas pela Igreja. O problema é que a maioria do povo vive no pecado e nem sempre as leis estatais (humanas) são adequadas às leis divinas. Em sua obra mais importante “Cidade de Deus”, ele distinguiu dois reinos: civitas Dei (cidade de Deus) e civitas térrea (cidade terrena – onde predomina o pecado). A única madeira de se fazer com que o povo ascenda (suba) à cidade de Deus é garantir a influência da Igreja no Estado, de modo que as leis terrenas estejam adequadas às leis divinas. d) Não mesmo! Também temente da Deus, Locke acreditava na necessidade de respeito à lei divina no Estado de Natureza. Mas como isso é difícil, a solução era o Estado. Mas nada em suas ideias permite essa divisão em cidade da terra e cidade de Deus. Comentário curto 15 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Agostinho de Hipona: estudioso de Aristóteles – as tentativas de conciliar as noções do filósofo grego com os ideais cristãos. Direito Constitucional Diego Cerqueira Questão 11. Clécio, advogado da área de saúde suplementar, está prestes a concluir um trabalho de conclusão de curso de sua pós-graduação. Ao explicar o trabalho de conclusão de curso a um colega de escritório, citou alguns artigos importantes da Constituição Federal que baseou todo o seu TCC. Assinale a alternativa que corresponde corretamente aos preceitos da Constituição Federal sobre o tema. a) as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência somente às sem fins lucrativos. b) é permitida a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. c) o sistema único de saúde compete, além de outras atribuições nos termos da lei, ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. d) não compete ao sistema único de saúde, fiscalizar e inspecionar alimentos, controlar o teor nutricional, uma vez que é competência da vigilância sanitária. Comentário Longo De acordo com o enunciado, Clécio, advogado da área de saúde suplementar, está prestes a concluir um trabalho de conclusão de curso de sua pós- graduação. Ao explicar a monografia a um colega de escritório, citou alguns artigos importantes da Constituição Federal que baseou todo o seu TCC. A questão apresentada testou conhecimento do candidato acerca da saúde na Constituição Federal. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano. Letra A (item árvore: 19.3) INCORRETA As entidades filantrópicas também terão preferência. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Letra B (item árvore: 19.3) INCORRETA É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 16 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. Letra C (item árvore: 19.3) CORRETA O sistema único de saúde compete, além de outras atribuições nos termos da lei, ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. Letra D (item árvore: 19.3) INCORRETA Compete ao sistema único de saúde compete fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano. Na verdade, as ações de vigilância sanitária compete ao SUS executar. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; Comentário Curto Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano. Questão 12. Uma determinada autoridade religiosa possuía diversos questionamentos acerca da instituição de impostos, especificamente sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) nos templos de qualquer culto. Para dirimir as dúvidas, a autoridade religiosa contrata uma assessoria jurídica que responde corretamente que: a) o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana incide sobre os templos de qualquer culto. b) o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana não incide sobre os templos de qualquer culto, desde que as entidades religiosas sejam proprietárias do imóvel. c) o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana não incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade sejam apenas locatárias do bem imóvel. d) o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana não incide sobre templos de qualquer culto, desde que os templos sejam para a prática das religiões listadas em Lei Complementar. Comentário Longo A questão trata da inovação incluída pela Emenda Constitucional nº 116, de 2022, que instituiu que o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana previsto no inciso I do caput do artigo 156, não irá incidir sobre templos de qualquer culto, 17 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 da Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel. Ou seja, se em um imóvel que está funcionando um templo religioso, mesmo que ele seja alugado, incidirá a imunidade prevista no art. 150 da CF/88. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto. Letra A (item árvore: 16.6) INCORRETA O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) não irá incidir sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade sejam apenas locatárias do bem imóvel. Letra B (item árvore: 16.6) INCORRETA O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) não irá incidir sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade sejam apenas locatárias do bem imóvel. Letra C (item árvore: 16.6) CORRETA O imposto sobre propriedade predial e territorial urbana não incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade sejam apenas locatárias do bem imóvel. Letra D (item árvore: 16.6) INCORRETA Não há essa previsão na CF/88. Comentário Curto Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; § 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto. Questão 13. Preocupado com a instabilidade institucional que o país vivia naquele momento, devido ao período de intensas manifestações políticas que ameaçavam a ordem pública, Paulo, estudante de direito, resolveu consultar a Constituição Federal, com o intuito de verificar quais ações poderiam ser tomadas para devolver a tranquilidade e a paz social ao Brasil. A respeito do tema, assinale a alternativa correta: a) o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, não havendo possibilidade de prorrogação desse prazo. b) durante o estado de defesa é permitido a incomunicabilidade do preso. 18 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 c) no caso de comoção grave de repercussão nacional o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio. d) será decretado pelo Presidente da República, o estado de defesa nos casos em que houver declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Comentário Longo A questão testou conhecimento do candidato a respeito da defesa do estado e das instituições democráticas, especificamente sobre estado de defesa e estado de sítio. As questões sobre o tema costumam misturar os conceitos, características e possibilidades da decretação desses institutos. CF/88 – Art. 136: § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. § 3º Na vigência do estado de defesa: IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacionalou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Letra A (item árvore: 15.2) INCORRETA Há possibilidade de prorrogação do prazo. CF/88 – Art. 136: § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. Letra B (item árvore: 15.2) INCORRETA Na vigência do estado de defesa, é vedada a incomunicabilidade do preso. CF/88 – Art. 136: § 3º Na vigência do estado de defesa: IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. Letra C (item árvore: 15.3. Estado de Sítio) CORRETA CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. Letra D (item árvore: 15.3. Estado de Sítio) INCORRETA No caso apresentado na alternativa, a hipótese é de estado de sítio. CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Comentário Curto CF/88 – Art. 136: § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 19 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 § 3º Na vigência do estado de defesa: IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. CF/88 - Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Questão 14. Durante a realização de um Congresso de Direito Constitucional, dois jovens advogados estavam conversando e discutindo acerca do papel do Supremo Tribunal Federal na sociedade, considerando o regramento da atual Constituição Federal. Os dois foram unânimes em afirmar que ao STF compete de forma precípua, a guarda da Constituição. Além disso, foi afirmado corretamente que o Supremo Tribunal Federal poderá processar e julgar, originariamente: a) ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. b) extradição solicitada por Estado estrangeiro, desde que seja brasileiro nato, pois a extradição de brasileiro naturalizado será julgada pelo Superior Tribunal de Justiça. c) litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, enquanto o litígio entre o Estado, Distrito Federal ou Território será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. d) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, enquanto o Vice-Presidente será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. Comentário Longo A questão tratou sobre o Supremo Tribunal Federal, especialmente sobre a competência para processar e julgar, originariamente. As alternativas erradas trouxeram afirmações equivocadas, tentando confundir o candidato acerca da competência entre STF e STJ. CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro. Letra A (item árvore: 13.4) CORRETA Alternativa cobrou a literalidade da CF/88. CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;. Letra B (item árvore: 13.4) INCORRETA Cumpre destacar que a CF/88 veda a extradição de brasileiro nato (Art. 5º, LI), e a extradição solicitada 20 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 por estado estrangeiro será processada e julgada pelo STF. CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; Letra C (item árvore: 13.4) INCORRETA CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; Letra D (item árvore: 13.4) INCORRETA Nas infrações penais comuns, tanto o Presidente da República, quanto o Vice-Presidente serão julgados pelo STF. CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República. Comentário Curto CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro. Questão 15. Barretino, estudante do último ano do curso de direito, pretende realizar Exame da Ordem, e para isso iniciou seu estudo sobre o Poder Legislativo na Constituição Federal. Barretino observou diversos regramentos sobre a Câmara dos Deputados e sobre o Senado Federal. Assinale a alternativa correta sobre o Poder Legislativo na Constituição Federal: a) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio proporcional. b) é da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias. c) compete privativamente à Câmara dos Deputados, proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de trinta dias após a abertura da sessão legislativa. d) o Senador ou Deputado investido no cargo de Ministro de Estado perderá o mandato. Comentário Longo Para responder à questão, o candidato necessitaria do conhecimento acerca do Poder Legislativo que está consagrado na Constituição Federal. As alternativas trataram sobre a composiçãodo 21 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Senado Federal, a competência do Congresso Nacional, a competência da Câmara dos Deputados e sobre a investidura de Senador ou Deputado nos cargos de Ministro. Vejamos: CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. CF/88 - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias. CF/88 - Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; CF/88 - Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária. Letra A (item árvore: 10.2) INCORRETA CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Letra B (item árvore: 10.2) CORRETA CF/88 - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias. Letra C (item árvore: 10.2) INCORRETA O prazo apresentado na alternativa encontra-se equivocado, veja: CF/88 - Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. Letra D (item árvore: 10.2) INCORRETA No caso apresentado na alternativa, o parlamentar não perderá o mandato. CF/88 - Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária. Comentário Curto CF/88 - Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. CF/88 - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias. CF/88 - Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; CF/88 - Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do 22 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária. Questão 16. Em uma determinada matéria jornalística, foi veiculado de forma equivocada que João, servidor público, teria cometido o crime de corrupção passiva, pois supostamente havia solicitado para si, vantagem indevida. A veiculação da matéria que divulgou seu nome e sua imagem de forma equivocada causou evidente constrangimento a sua pessoa. João procurou um advogado, pois teria intenção de ingressar com uma ação objetivando indenização como forma de reparar os danos causados. Com base na Constituição Federal e na qualidade de advogado, você respondeu corretamente que: a) a Constituição Federal, não assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, mas possibilita indenização por dano material, moral ou à imagem. b) a Constituição Federal, no caso apresentado, não assegura o direito de resposta, e nem indenização por dano material, moral ou à imagem, pois o que vigora é a liberdade de imprensa. c) a Constituição Federal assegura no caso apresentado, somente indenização por dano moral ou à imagem, pois como se trata de servidor Público, não há o que se falar em dano material. d) a Constituição Federal assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Comentário Longo A questão cobrou do candidato o conhecimento do art. 8º da CF/88 e seus incisos que trata da associação profissional ou sindical, devendo ser observado atentamente o regramento sobre estes institutos. CF/88 - Art. 8º: É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais. Letra A (item árvore: 4.2) CORRETA Segundo o art. 8º, II da CF/88 - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município. Letra B (item árvore: 4.2) INCORRETA Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas. Letra C (item árvore: 4.2) INCORRETA O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais. Letra D (item árvore: 4.2) INCORRETA É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. Comentário Curto 23 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 CF/88 - Art. 8º: É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais. Questão 17. Em uma determinada matéria jornalística, foi veiculado de forma equivocada que João, servidor público, teria cometido o crime de corrupção passiva, pois supostamente havia solicitado para si, vantagem indevida. A veiculação da matéria que divulgou seu nome e sua imagem de forma equivocada causou evidente constrangimento a sua pessoa. João procurou um advogado, pois teria intenção de ingressar com uma ação objetivando indenização como forma de reparar os danos causados. Com base na Constituição Federal e na qualidade de advogado, você respondeu corretamente que. a) a Constituição Federal, não assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, mas possibilita indenização por dano material, moral ou à imagem. b) a Constituição Federal, no caso apresentado, não assegura o direito de resposta, e nem indenização por dano material, moral ou à imagem, pois o que vigora é a liberdade de imprensa. c) a Constituição Federal assegura no caso apresentado, somente indenização por dano moral ou à imagem, pois como se trata de servidorPúblico, não há o que se falar em dano material. d) a Constituição Federal assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Comentário Longo No caso concreto, uma determinada matéria jornalística veiculou de forma equivocada que João, servidor público, teria cometido o crime de corrupção passiva, pois supostamente havia solicitado para si, vantagem indevida. A questão cobrou do candidato o conhecimento do art. 5º, inciso V, da CF/88. Para responder à questão, seria necessário ter conhecimento que de acordo com a atual Constituição Federal, é assegurado, o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Cada alternativa apresentou um erro, com exceção da letra D. CF/88: Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Letra A (item árvore: 3.1) INCORRETA A Constituição Federal assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, e também possibilita indenização por dano material, moral ou à imagem. Letra B (item árvore: 3.1) INCORRETA É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Letra C (item árvore: 3.1) INCORRETA O fato de se tratar de Funcionário Público, não retira o direito ao dano material. Letra D (item árvore: 3.1) 24 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 CORRETA É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem, conforme o Art. 5º, V da CF/88. Comentário Curto CF/88: Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem . Direitos Humanos Ricardo Torques Questão 18. Paulo, especialista em direitos humanos, está estudando a legislação penal de um país signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos. Paulo verificou que a legislação desse país admite a aplicação da pena de morte, sendo que essa lei era anterior à ratificação da Convenção. Além disso, a legislação veda a realização de pedido de anistia da pena de morte. Paulo concluiu corretamente que, ao menos formalmente, o país: a) está cumprindo a Convenção, pois esta não veda a aplicação da pena de morte nos países em que ela não tenha sido abolida e não há disposição expressa sobre a solicitação de anistia. b) está cumprindo a Convenção em relação à possibilidade de aplicação da pena de morte, pois esta não havia sido abolida, mas a vedação à solicitação de anistia contraria a Convenção. c) está descumprindo a Convenção ao admitir a aplicação da pena de morte. De todo modo, não há previsão expressa na Convenção sobre a possibilidade de se solicitar anistia. d) está descumprindo a Convenção ao admitir a aplicação da pena de morte. Além disso, a Convenção prevê a possibilidade de se solicitar anistia em relação a qualquer crime, o que se estende àqueles sujeitos à pena de morte. Comentário Longo O art. 4º da Convenção Americana de Direitos Humanos dispõe sobre o direito à vida, tratando da pena de morte. De acordo com o parágrafo 2, não é absolutamente vedada a aplicação da pena de morte naqueles países que não a tiverem abolido. Na situação narrada, a legislação é anterior à ratificação da Convenção, portanto, não há infração à Convenção quanto à possibilidade de aplicação da pena de morte, por si só. No entanto, de acordo com o parágrafo 6 do referido artigo, em todo caso será possível solicitar anistia da pena de morte. Portanto, o país descumpre a Convenção ao vedar o pedido de anistia. A previsão de anistia, na Convenção, se dá apenas em relação à pena de morte, não em relação a qualquer crime: Artigo 4º - Direito à vida 2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com a lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente. 6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente. Comentário Curto Apesar da sua progressiva abolição, ainda persiste a possibilidade de aplicação da pena de morte em diversos sistemas jurídicos, sendo que a Convenção 25 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Americana admite a sua aplicação no caso de crimes graves, quando a legislação for anterior à adesão à Convenção. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Questão 19. Você, como advogado, foi consultado por uma família a respeito da possibilidade de se realizar o ensino domiciliar (homeschooling) no Brasil. Você respondeu corretamente que, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: a) o ensino domiciliar é um direito público subjetivo dos alunos e das famílias. b) é estritamente vedada a realização de ensino domiciliar, pois a responsabilidade do Estado pela educação é solidária. c) a possibilidade de ensino domiciliar depende da edição de lei federal autorizativa e com observância da solidariedade do dever entre Estado e família. d) o ensino domiciliar é possível independentemente de previsão legal, desde que assegurada a fiscalização pelo Poder Público. Comentário Longo O Supremo Tribunal Federal se manifestou sobre o ensino domiciliar no RE 888.815, tendo fixado tese no sentido de que não é proibido, constitucionalmente, o ensino domiciliar, no entanto, essa possibilidade depende da previsão em lei federal, com observância do dever solidário do Estado sobre a educação. Eis trecho da ementa: CONSTITUCIONAL. EDUCAÇÃO. DIREITO FUND AMENTAL RELACIONADO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À EFETIVIDADE DA CIDADANIA. DEVER SOLIDÁRIO DO ESTADO E DA FAMÍLIA NA PRESTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL. NECESSIDADE DE LEI FORMAL, EDITADA PELO CONGRESSO NACIONAL, PARA REGULAMENTAR O ENSINO DOMICILIAR. RECURSO DESPROVIDO. [...] 4. O ensino domiciliar não é um direito público subjetivo do aluno ou de sua família, porém não é vedada constitucionalmente sua criação por meio de lei federal, editada pelo Congresso Nacional, na modalidade “utilitarista” ou “por conveniência circunstancial”, desde que se cumpra a obrigatoriedade, de 4 a 17 anos, e se respeite o dever solidário Família/Estado, o núcleo básico de matérias acadêmicas, a supervisão, avaliação e fiscalização pelo Poder Público; bem como as demais previsões impostas diretamente. Com isso, vamos às alternativas: Letra A - INCORRETA. Não há um direito público subjetivo ao ensino domiciliar, como restou explicitado no acórdão. Essa possibilidade depende de previsão legal. Letra B - INCORRETA. Não é vedado o ensino domiciliar, desde que haja autorização legal que estabeleça a forma de compartilhamento da responsabilidade entre o Estado e a família. Letra C - CORRETA. É possível o ensino domiciliar, desde que haja lei federal autorizando, observado o dever solidário entre Estado e família. Letra D - INCORRETA. Pelo contrário, a possibilidade de ensino domiciliar depende de previsão em lei federal. Comentário Curto A decisão do Supremo sobre o ensino domiciliar é paradigmática e é essencial conhecer esse precedente, que trata de importante direito humano, o direito à educação. A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Direito Internacional Vanessa Arns 26 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Questão 20. Jean nasceu na França, filho de pai brasileiro naturalizado e mãe francesa. Jean veio, após a maioridade, viver no Brasil eoptou pela nacionalidade brasileira. Em Cuiabá, Jean conheceu Maria, de origem humilde, e os dois resolveram se casar. O casal foi morar na França e não teve filhos ou bens. Após 6 anos de casamento, Maria sentiu muitas saudades do Brasil e Jean gostava mais da vida de solteiro. Decidiram se divorciar, ato que foi realizado na França. Considerando a sentença de divórcio consensual, assinale a afirmativa correta abaixo. a) A decisão estrangeira de divórcio consensual deverá ser homologada parcialmente. b) A critério do Ministério da Justiça, poderá haver a homologação da sentença de divórcio consensual. c) A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira perante o Supremo Tribunal Federal, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado. d) A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Comentário Longo A questão trata da necessidade de homologação da sentença de divórcio consensual. De acordo com o art. 961 do Código de Processo Civil: §5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Letra A INCORRETA A questão trata da necessidade de homologação da sentença de divórcio consensual. De acordo com o art. 961 do Código de Processo Civil: §5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Letra B INCORRETA A questão trata da necessidade de homologação da sentença de divórcio consensual. De acordo com o art. 961 do Código de Processo Civil: §5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Letra C INCORRETA A questão trata da necessidade de homologação da sentença de divórcio consensual. De acordo com o art. 961 do Código de Processo Civil: §5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Letra D CORRETA A questão trata da necessidade de homologação da sentença de divórcio consensual. De acordo com o art. 961 do Código de Processo Civil: §5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Comentário Curto A questão trata da necessidade de homologação da sentença de divórcio consensual. De acordo com o art. 961 do Código de Processo Civil: 27 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 §5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Questão 21. A crise na Venezuela se iniciou por volta de 2013 e, desde então, arrasta-se pelo país sul-americano. Trata-se de uma crise econômica, uma vez que a economia do país está destruída, mas também política, uma vez que a disputa pelo poder e o autoritarismo levaram a isso. Sua população também sofre, já que parte considerável de sua população sofre com a falta de alimentos e com a hiperinflação. Tais circunstâncias produziram um importante fluxo de imigração de venezuelanos para o Brasil, cujo ingresso e permanência, em nosso país, têm sido regularizados, via de regra, por meio. a) da concessão de asilo territorial. b) do reconhecimento da condição de refugiado ambiental. c) de autorização de permanência e concessão de visto de trabalho para estrangeiro. d) da concessão de visto de acolhida humanitária. Comentário Longo A questão trata das possibilidade de visto de acolhida humanitária prevista na Lei n. 13.445/2017 - Lei de Migração. Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses: I - o visto temporário tenha como finalidade: [...] c) acolhida humanitária; II - o imigrante seja beneficiário de trata em matéria de vistos; III - outras hipóteses definidas em regulamento. [...] §3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. Letra A INCORRETA O asilo territorial é o recebimento de estrangeiro em território nacional, sem os requisitos de ingresso, para evitar punição ou perseguição baseada em crime de natureza política ou ideológica geralmente por crime praticado em seu país. Letra B INCORRETA Os refugiados ambientais são as pessoas forçadas a deixar o lugar em que vivem, de maneira temporária ou permanente, em virtude de eventos climáticos e ambientais, de origem natural ou humana, que colocam em perigo a sua existência ou afetam seriamente a sua condição de vida. Letra C INCORRETA O Visto de Trabalho para estrangeiros no Brasil permite a contratação de um estrangeiro para exercer atividade remunerada com vínculo empregatício (contrato de trabalho). A Legislação imigratória no Brasil permite que o Visto de Trabalho ou o Visto com base em Contrato de Trabalho seja aplicável quando a empresa brasileira pretende contratar um estrangeiro para exercer atividade remunerada com vínculo empregatício sob algumas condições. 28 I. Simulado OAB 1ª Fase – 14/01/2023 Letra D CORRETA A questão trata das possibilidade de visto de acolhida humanitária prevista na Lei n. 13.445/2017 - Lei de Migração. Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses: I - o visto temporário tenha como finalidade: [...] c) acolhida humanitária; II - o imigrante seja beneficiário de trata em matéria de vistos; III - outras hipóteses definidas em regulamento. [...] §3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. Comentário Curto A questão trata das possibilidade de visto de acolhida humanitária prevista na Lei n. 13.445/2017 - Lei de Migração. Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses: I - o visto temporário tenha como finalidade: [...] c) acolhida humanitária; II - o imigrante seja beneficiário de trata em matéria de vistos; III - outras hipóteses definidas em regulamento. [...] §3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. Direito Tributário Rodrigo Martins Questão 22. Após fiscalização, a Receita Federal do Brasil lavrou, em 14/09/2008, AIIM - Auto de Infração e Imposição de Multa pela falta de pagamento do Imposto sobre a Renda (IR) referente ao ano base 2002. Por não concordar com essa autuação, a contribuinte ingressou com impugnação
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