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LITERATURA 
PROSA E POESIA 
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1 
AULA 1 - VERSO E PROSA 
Verso 
 Presente nas poesias. 
 Possui rima. 
 Semelhante ao movimento do arado de 
plantação. 
Prosa 
 Presente nos contos, novelas, romances, etc. 
 Não possui rima. 
 Linhas preenchidas completamente. 
 
 
 
AULA 2 - METRIFICAÇÃO 
A metrificação está presente na poesia. 
Pode-se dizer que verso é uma linha de palavras que se 
interrompe após atingir um determinado número de 
sílabas, ainda que fique com sentido incompleto, sendo 
este finalizado no verso seguinte. 
Essa contagem de sílabas na poesia é feita por meio de 
sílabas poéticas, diferentes das gramaticais. 
 Sílaba poética é o som percebido pelo ouvido, 
ainda que uma palavra emende em outra. Na 
contagem de sílabas poéticas, conta-se apenas 
até a última sílaba tônica de um verso, 
desprezando as posteriores a ela. 
 Sílaba gramatical é o som distinguido 
rigorosamente em cada palavra. 
 
 
 
AULA 3 - VERSOS AGUDOS, GRAVES E 
ESDRÚXULOS 
Como já visto, na contagem de sílabas poéticas, conta-se 
apenas até a última sílaba tônica de um verso, 
desprezando as posteriores a ela. Assim: 
VERSO AGUDO: ocorre quando a sílaba tônica do verso é 
a última, ou seja, quando o verso termina em uma 
oxítona. 
VERSO GRAVE: ocorre quando a sílaba tônica do verso é 
a penúltima, ou seja, quando o verso termina em uma 
paroxítona. 
VERSO ESDRÚXULO: ocorre quando a sílaba tônica do 
verso é a antepenúltima, ou seja, quando o verso termina 
em uma proparoxítona. 
 
 
 
AULA 4 - SINALEFA E DIÉRESE 
SINALEFA: contração de vogais. 
Subdivide-se em: 
 Elisão: quando a vogal final de uma palavra se 
une à vogal inicial da palavra seguinte. 
 Crase: quando há a fusão de duas vogais iguais, 
uma finalizando a palavra anterior e a outra 
iniciando a seguinte. 
 Sinérese: quando duas ou mais vogais, 
gramaticalmente formando um hiato, se fundem, 
unindo-se em uma única sílaba poética. 
DIÉRESE: separação de vogais. 
Ditongos gramaticais se transformam em hiatos, pela 
presença do trema colocado sobre a vogal que se deseja 
separar. Recurso usado para aumentar a quantidade de 
silabas poéticas, obedecendo à métrica do poema. 
 
 
 
AULA 5 - METROS PRINCIPAIS 
Conforme a divisão em silabas poéticas dos versos, 
podemos obter os seguintes resultados: 
PENTASSÍLABO: 5 sílabas poéticas 
HEXASSÍLABO: 6 sílabas poéticas 
HEPTASSÍLABO: 7 sílabas poéticas 
OCTOSSÍLABO: 8 sílabas poéticas 
ENEASSÍLABO: 9 sílabas poéticas 
DECASSÍLABO: 10 sílabas poéticas 
HENDECASSÍLABO: 11 sílabas poéticas 
DODECASSÍLABO: 12 sílabas poéticas 
LIVRE: sem medida fixa 
 
 
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PROSA E POESIA 
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AULA 6 - RIMAS 
Rima é a concordância sonora que ocorre entre palavras 
ou expressões, verificada nas últimas vogais tônicas de 
cada verso. Podem ser classificadas: 
Quanto à acentuação 
 Rima entre proparoxítonas: ESDRÚXULA 
 Rima entre paroxítonas: GRAVE 
 Rima entre oxítonas: AGUDA 
Quanto à extensão 
 Paridade total: CONSOANTE 
 Paridade parcial: TOANTE 
Quanto ao vocabulário 
 Rima entre palavras de mesma classe 
gramatical: 
o POBRE 
 Rima entre palavras de classes gramaticais 
diferentes: 
o RICA 
Quanto à disposição 
 RIMA INTERNA: 
o Rima dentro do mesmo verso 
o Rima no final de um verso concordando 
com a primeira palavra do seguinte 
o Rima entre palavras no meio de versos 
diferentes 
 RIMA EMPARELHADA: 
o Versos sucessivos, rimados de 2 em 2. 
 RIMA CRUZADA: 
o Rimas alternadas num quarteto (verso 
sim, verso não). 
 RIMA ENLAÇADA: 
o Num quarteto, o 1º verso rima com o 
4º. E o 2º e 3º rimam entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GÊNEROS E ERAS LITERÁRIAS 
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AULA 1 – DIVISÃO EM GÊNEROS POÉTICOS 
MITO: história sagrada de origem arcaica, que a tradição 
de um povo ou de uma civilização preserva e transmite de 
geração em geração. 
EPOPÉIA: poema narrativo de assunto heroico e mítico, 
composto em linguagem elevada. 
POESIA LÍRICA: composta em 1ª pessoa, acompanhada 
pela lira (instrumento), apresenta temas de culto aos 
deuses, vida, natureza, trabalho, amor e sonhos. 
POESIA DRAMÁTICA: teatro representado em forma de 
versos, que pouco a pouco foi cedendo espaço para a 
prosa. Subdividida em Tragédia - peça com carga trágica, 
para gerar piedade por parte do público - e Comédia – 
peça com crítica moral, mas que visa distrair o público e 
fazê-lo rir. 
POESIA SATÍRICA: peça repleta de críticas sociais, 
porém com carga de humor e ironia. 
 
 
 
AULA 2 - NARRATIVAS EM PROSA 
CONTO 
 1 ação – 1 só conflito; 
 Personagens pouco descritas; 
 1 espaço; 
 1 tempo; 
 1 a 5 páginas 
NOVELA 
 1 ação; 
 Personagens um pouco mais detalhadas; 
 Enredo mais lento; 
 Tempo / espaço variantes. 
ROMANCE 
 Diversas ações; 
 Narrativa longa; 
 Personagens bem detalhadas; 
 Tempo / espaço diversos. 
 
 
 
AULA 3 – ESTRUTURA DA NARRATIVA - ENREDO 
Enredo é a história propriamente dita, uma sucessão de 
acontecimentos. 
É formado pelas personagens + ação + espaço + tempo. 
Dividido em começo, meio e fim: 
 Começo: apresentação 
 Meio: mudanças, conflitos 
 Fim: consequência 
 
 
 
AULA 4 – ESTRUTURA DA NARRATIVA - NARRADOR 
A função do narrador é expor o enredo. 
Ele pode estar: 
 Em 1ª pessoa, fazendo parte da história. E 
nesse caso ainda pode se subdividir em 
narrador protagonista ou observador. 
 Em 3ª pessoa, quando não participa da história, 
tendo apenas uma visão da trama. Ele pode, 
ainda assumir a visão de alguma personagem da 
trama, o que denominamos de foco narrativo 
multisseletivo. 
 
 
 
AULA 5 - ESTRUTURA DA NARRATIVA - 
PERSONAGENS 
Planas 
 são fixas 
 são claras 
 possuem foco externo 
Esféricas 
 são mutáveis 
 são misteriosas 
 possuem foco interno 
 
 
 
AULA 6 - ESTRUTURA DA NARRATIVA - ESPAÇO E 
TEMPO 
Espaço 
É o ambiente em que ocorre a narrativa, servindo para 
situar o leitor. 
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Tempo 
Está interligado ao espaço, podendo ter uma linearidade 
cronológica – quando os acontecimentos obedecem a 
ordem cronológica – ou uma inversão cronológica – 
quando os acontecimentos são exibidos de frente para 
trás, como se fossem lembranças, recordações. 
O tempo pode, ainda, ser: 
 Cronológico: quando trata do curso das horas; 
 Psicológico: quando adentra o pensamento das 
personagens. 
 
 
 
AULA 7 - ESTRUTURA DA NARRATIVA - 
REPRESENTAÇÃO DA INTIMIDADE 
A representação da intimidade das personagens numa 
narrativa pode ocorrer por: 
 Discurso indireto livre: quando há uma fusão 
na voz do narrador e da personagem, sem aviso 
prévio. 
 Fluxo de consciência: quando há um monólogo 
interior de uma personagem, havendo uma fusão 
entre a voz do narrador e o pensamento de uma 
personagem. 
 
 
 
AULA 8 - ESTRUTURA DA NARRATIVA - ASSUNTO E 
TEMA 
Assunto 
É a matéria que será exposta. É algo bem objetivo. 
 
Tema 
É uma interpretação do assunto, uma exploração dele. É 
algo subjetivo. 
 
 
 
AULA 9 – TIPOS DE ROMANCE 
AÇÃO 
 Focado na sucessão de fatos; 
 Possui personagens planas. 
 
DRAMÁTICO 
 Focado na análise psicológica das personagens; 
 Personagens esféricas. 
 
PICARESCO 
 Cada capítulo do romance conta uma historia 
curta. São independentes um do outro. 
 O que eles têm em comum é o protagonista da 
história, que é o mesmo em todos. 
 
FORMAÇÃO 
 Focado no caráter da personagem principal, 
exibindo as transformações que ele sofre durante 
a trama e seu amadurecimento. 
 Possui personagensesféricas. 
 
POÉTICO 
 Possui amplo uso de figuras de linguagem e 
linguagem conotativa. 
 Subjetividade. 
 
AUTORREFLEXIVO 
 Possui em si uma referência ao ato de escrever; 
 Metalinguagem. 
 
 
 
AULA 10 – ERAS LITERÁRIAS 
MEDIEVAL 
 Trovadorismo 
 Humanismo 
ERA CLÁSSICA 
 Classicismo 
 Barroco 
 Neoclassicismo / Arcadismo 
GÊNEROS E ERAS LITERÁRIAS 
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ERA ROMÂNTIICA 
 Romantismo 
 Realismo / Naturalismo / Parnasianismo 
 Simbolismo 
 Modernismo 
 
ESCOLAS LITERÁRIAS 
ERA MEDIEVAL 
Trovadorismo (XII a XV) 
 1ª escola de Portugal 
 Início com a publicação de A Ribeirinha, de Paio 
Soares de Taveirós 
Humanismo (XV a XVI) 
 Início quando Fernão Lopes foi nomeado 
guardador da Torre do Tombo. 
 Marca o final da Era Medieval. 
 
ERA CLÁSSICA 
Classicismo (XVI) – No Brasil, mais conhecido como 
Quinhentismo 
 Início em Portugal através de Sá de Miranda. 
 
Barroco (XVII) 
 1ª escola literária do Brasil. 
 Início com a publicação de Prosopopeia, de 
Bento Teixeira, em 1601. 
Arcadismo (XVIII) 
 Início em Portugal em 1756, quando foi 
construída no país a Arcádia Lusitana. 
 No Brasil, iniciou em 1768, com a publicação de 
Obras Poéticas, de Claudio Manuel da Costa. 
 
ERA ROMÂNTICA 
Romantismo 
 Início em Portugal com a publicação da obra 
Camões, de Almeida Garret. 
 Início no Brasil com a publicação de Suspiros 
Poéticos e Saudades, de Gonçalves de 
Magalhães. 
Realismo / Naturalismo 
 Início em Portugal com a publicação da obra 
Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós. 
 Início no Brasil com a publicação de Memórias 
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. 
Parnasianismo 
 Escola ligada ao Realismo. 
 Início com a obra Fanfarras, de Teófilo Dias, em 
1882. 
Simbolismo 
 Início em Portugal com a obra Oaristos, de 
Eugênio de Castro, em 1890. 
 Início no Brasil com a publicação de Missal e 
Broquéis, de Cruz e Sousa, em 1893. 
Modernismo 
 Início em Portugal com a publicação da Revista 
Orpheu, em 1915. 
 Início no Brasil com a Semana de Arte Moderna, 
em 1922. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
TRADIÇÃO CLÁSSICA (Classicismo, Arcadismo, 
Realismo) 
 Equilíbrio, harmonia; 
 Regularidade, senso de proporção; 
 Simplicidade, clareza; 
 Objetividade, racionalismo. 
TRADIÇÃO ROMÂNTICA (Trovadorismo, Barroco, 
Romantismo, Simbolismo) 
 Desequilíbrio; 
 Contorção das formas; 
 Complexidade, obscuridade; 
 Subjetividade, sentimentalismo. 
FIGURAS DE LINGUAGEM - TROPOS 
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AULA 1 - INTRODUÇÃO 
IMAGINAÇÃO: despertada através das palavras. 
IMAGEM: Sonora: som, rima do poema. 
Visual: ler o poema. 
SENTIDO: Figurado: conotativo 
Real: denotativo 
 
 
 
AULA 2 - FIGURAS DE LINGUAGEM – HARMONIA 
Figuras de harmonia tratam do ritmo, do som da poesia. 
São elas: 
ONOMATOPEIA: Imitação se um som através de 
palavras. 
ALITERAÇÃO: Repetição de sons consonantais. 
ASSONÂNCIA: Repetição de sons vocálicos. 
PARONOMÁSIA: Emprego de palavras parônimas, ou 
seja, semelhantes no som, mas com 
sentidos diferentes. 
 
 
 
AULA 3 - FIGURAS DE LINGUAGEM – CONSTRUÇÃO 
Figuras de construção tratam do visual da poesia. São 
elas: 
ANÁFORA: Repetição de palavra ou expressão no 
início dos versos de um poema. 
ANACOLUTO: Quebra de uma sequência, gerando 
desconexão entre expressões. 
POLISSÍNDETO: Repetição de conectivos numa 
determinada sequência. 
PLEONASMO: Na POESIA, é uma repetição de 
palavras ou expressões para enfatizá-
las. 
ELIPSE: Omissão de palavra subentendida. 
ZEUGMA: Omissão de palavra subentendida, já 
dita anteriormente. 
HIPÉRBATO: Inversão da ordem dos termos. 
QUIASMO: Cruzamento de palavras ou expressões. 
 
 
AULA 4 - FIGURAS DE LINGUAGEM – PENSAMENTO 
COMPARAÇÃO: Comparação entre dois termos. 
METÁFORA: Comparação sem o elemento “como” 
explícito, ou, ainda, presença de termos 
que fazem alusão a outros. 
ANTÍTESE: Emprego de palavras opostas dentro de 
uma mesma frase ou verso. 
PARADOXO: Emprego de termos, além de opostos, 
contraditórios dentro da mesma frase. 
IRONIA: Dizer o contrário do que realmente 
gostaria de falar. É necessário saber o 
contexto para entender a presença da 
ironia. 
APÓSTROFE: Invocação. 
HIPÉRBOLE: Exagero. 
GRADAÇÃO: Sequência de termos gradativos em 
ordem ascendente ou descendente. 
PROSOPOPEIA: É uma personificação, ou seja, atribuir 
características humanas a algo. 
 
 
 
AULA 5 - FIGURAS DE LINGUAGEM – TROPOS 
Os tropos consistem no desvio de sentido de uma palavra. 
São eles: 
CATACRESE: Emprego de um termo para designar 
algo semelhante, que não possui um termo próprio para si. 
ALEGORIA: É uma sucessão de metáforas. 
EUFEMISMO: É o ato de utilizar uma 
palavra/expressão para suavizar uma 
mensagem. 
SÍMBOLO: É uma imagem que designa algo. 
METONÍMIA: Substituição de um termo por outro que 
lhe faça referência. 
PERÍFRASE: Substituição de um nome por um 
conjunto de termos que aludem a ele. 
AUTONOMÁSIA: Semelhante à perífrase, porém sempre 
se referindo a nomes próprios. 
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TROVADORISMO 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
O Trovadorismo teve início em Provença, sul da França, 
no século XII. 
Após o fim do Império Romano e das invasões bárbaras, 
houve a fuga das pessoas da cidade para o campo. A 
partir daí iniciou-se o Feudalismo. 
Feudalismo: recebeu esse nome por causa dos feudos, 
que eram pedaços de terra cujos proprietários eram os 
senhores feudais, homens do clero com elevado poder 
aquisitivo. Os senhores feudais concediam pedaços de 
terra aos servos, que eram as pessoas que tinham 
deixado a cidade para habitar o campo. Em troca destas 
terras, os servos pagavam impostos aos senhores, além 
de prestar favores a estes. Assim, havia uma relação de 
interdependência entre eles. 
Vassalagem: nessa relação, o Suserano era o nobre dono 
das terras, como um senhor feudal. Porém, havia alguns 
nobres, denominados Vassalos, que ainda não possuíam 
seus pedaços de terra. Assim, o Suserano cedia um 
pedaço de terra ao Vassalo, que passava a ser 
eternamente leal a ele, estando ao seu lado em possíveis 
combates. Desse modo, o Vassalo gerava um novo feudo, 
e a partir daí cedia partes de sua propriedade a outros 
servos, em troca de impostos e favores também. 
Educação no período: homens formados pra serem 
cavaleiros; militarismo. 
Princípios básicos: honra, lealdade, dignidade. 
Fundamentação nos princípios cristãos, que eram envoltos 
no Teocentrismo (Deus como centro de tudo). 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS 
As obras do Trovadorismo podem ser divididas em: 
Novelas de Cavalaria: prosas que contavam histórias 
heroicas de cavaleiros do período. 
Poesia Trovadoresca: tom lírico, tendo como tema o 
amor e a emoção. 
Principais características 
Mesura: era o cuidado em não falar o nome da mulher 
amada, pois existia a questão do servo ser apaixonado por 
sua Senhora, sendo um romance proibido. Essa poesia, 
ainda, abordava mais o sofrimento do servo submisso à 
sua Senhora do que a história de amor em si. 
Coita: era o prazer interrompido entre o servo e a 
Senhora. Ou seja, eles queriam dar continuidade a um 
amor que foi interrompido. 
Vassalagem amorosa: era uma metáfora da relação de 
vassalagem entre o Suserano e o Vassalo. No caso da 
poesia trovadoresca a amada era nobre, o homem era o 
servo, e a partir disso nascia o sofrimento dele em não 
poder tê-la, visto que, além de tudo, eram de camadas 
sociais diferentes. 
Trovadorismo em Portugal 
O início do Trovadorismo em Portugal aconteceu com a 
obra A Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós. 
Cancioneiros: 
 Cancioneiro da Ajuda 
 Cancioneiro daVaticana 
 Cancioneiro da Biblioteca Nacional 
Os trovadores eram os compositores das cantigas. 
Faziam parte da nobreza. 
Os jograis eram os que recitavam as cantigas, ou em 
festas da nobreza ou em praças públicas. 
 
AULA 3 - GÊNERO LÍRICO 
O gênero lírico trata do amor, da expressão de 
sentimentos. Isso era realizado através de cantigas, que 
eram a palavra cantada. Subdivide-se em: 
Cantigas de amor 
 Eu lírico masculino; 
 Amor cortês; 
 Erotismo implícito; 
 Tema principal: amor impossível. 
Cantigas de amigo 
 Eu lírico predominantemente feminino; 
 Sensualidade e erotismo explícitos; 
 Elementos da natureza; 
 Mulher lamenta a falta de seu amado; 
 Presença de refrão. 
 
AULA 4 - GÊNERO SATÍRICO 
O gênero satírico trata de críticas sociais e, assim como no 
gênero lírico, essas críticas eram feitas através de 
cantigas, subdivididas em: 
Cantigas de Escárnio 
 Crítica indireta; 
 Linguagem popular; 
 Abordagem de situações da época. 
Cantigas de Maldizer 
 Crítica direta; 
 Linguagem baixa, pesada, uso de palavrões; 
 Temas “mais pesados”. 
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HUMANISMO 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Início na Itália, no final do século XIII e início do século 
XIV. 
Características principais 
Princípios básicos: 
 Retorno ao Cristianismo original, onde passa 
a haver um questionamento sobre as imposições 
da Igreja, buscando regenerá-la. Há também 
uma repulsa ao autoritarismo. Enquanto no 
Trovadorismo tudo o que a Igreja impunha era 
aceito, no Humanismo há uma reflexão acerca 
dessas imposições, visando analisar e enxergar 
de forma mais racional. 
 Valorização cultural da antiguidade clássica. 
 
Duas características fundamentais do Humanismo são: 
 Liberdade; 
 Valorização do homem. 
Dessa forma, ocorre um conflito entre o TEOCENTRISMO 
e o ANTROPOCENTRISMO. Enquanto no Trovadorismo, 
escola anterior, predominava o Teocentrismo, que 
colocava Deus como o centro de todas as coisas, no 
Humanismo enxerga-se o homem como um ser racional, 
pensante, que é influenciado pelo meio em que vive. O 
homem passa a ser o centro de todas as coisas. 
 
Fatores 
Alguns fatores que contribuíram para a formação dessa 
Escola são: 
 Início do Mercantilismo; 
 Surgimento das cidades novas, denominadas 
Burgos, originando a Burguesia; 
 Invenção da Imprensa de Gutemberg; 
 Valorização da filosofia de Platão; 
 Descrença ao destino. 
 
AULA 2 - HUMANISMO EM PORTUGAL 
Início em Portugal através de Fernão Lopes, quando foi 
nomeado o guarda mor da Torre do Tombo (em 1418). 
Na época o poder era monárquico, passando 
posteriormente ao Absolutismo. 
Outro fator que contribuiu pra o surgimento do Humanismo 
foi a expansão marítima. 
 
Características da Literatura Portuguesa da época 
 Poesia Palaciana 
o Criada nos palácios, pelos próprios 
nobres, para ser declamada apenas à 
corte. 
o Poesias para leitura, sem música, 
diferentemente do Trovadorismo. 
o Mote Glosado (explicação das ideias, 
do tema central da poesia). 
 Prosa Historiográfica 
o Participação do povo, não mais da 
nobreza. 
o Prosa imparcial 
o Críticas sociais 
o Destaque para Fernão Lopes, cronista. 
 Teatro Medieval 
Antes do teatro medieval, essa forma de apresentação era 
realizada somente de forma litúrgica, nas igrejas, sempre 
com foco no Teocentrismo. Se o teatro saísse da igreja e 
abordasse temas que não fossem sacros, era denominado 
Teatro Profano. 
Quem rompeu com essa forma de teatro foi Gil Vicente, eu 
trouxe os Autos e as Farsas. Os Autos abordavam temas 
moralizantes e religiosos, enquanto as Farsas tratavam de 
criticar alguns assuntos do período. 
 
AULA 3 - FERNÃO LOPES E GIL VICENTE 
Fernão Lopes 
 Marco inicial do Humanismo; 
 Cronista, tendo como principais obras a Crônica 
de El Rei D. Pedro, a Crônica de El Rei D. 
Fernando e a Crônica de El Rei D. João; 
 Destaque pra sua imparcialidade na escrita, 
valorizando as críticas sociais e a figura do povo; 
 Escrita de qualidade muito superior a de outros 
cronistas. 
 
Gil Vicente 
 Inovou o teatro, que antes era apenas voltado à 
Igreja, carregando-o de criticidade; 
 Escreveu cartas ao rei repudiando a perseguição 
religiosa; 
 Despertou inveja de seus “concorrentes”; 
 Uma de suas principais obras é Farsa de Inês 
Pereira; 
HUMANISMO 
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 Subdivisão de sua obra. 
 
Autos Pastoris (Éclogas) 
Voltado ao Cristianismo primitivo, à vida pura. 
 
Autos de moralidade 
Carregados de críticas sociais. Destaca-se a trilogia: 
 Auto da Barca do Inferno 
 Auto da Barca do Purgatório 
 Auto da Barca da Glória 
 
Farsas 
Obra mais conhecida: Farsa de Inês Pereira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSICISMO 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
O Classicismo também é conhecido como a escola 
artística do Renascimento, tendo inicio na Itália no século 
XIV. 
Fatores 
Houve nessa época a transposição da Idade Média para a 
Idade Moderna, gerando: 
 A queda do sistema feudal; 
 Ascensão da monarquia Absolutista, em que o 
rei passava a ter o poder total e absoluto; 
 Surgimento do Mercantilismo, que era a união da 
Burguesia com a Coroa, havendo uma expansão 
do comércio que ia além do reinado, chegando a 
outras cidades. Isso também aumentou o lucro 
local; 
 Início das Grandes Navegações, em que os 
homens se aventuravam em alto mar para 
descobrir novos povos, conquistar novas terras, 
visando também a lucratividade, assim como o 
Mercantilismo visava. 
Em 1517 ocorre a Reforma Protestante, a partir de 
Martinho Lutero, que marca esse período. 
Martinho Lutero era um membro do clero que começa a 
questionar os dogmas da Igreja. E, juntamente com essas 
novas ideias e questionamentos, surge o Renascimento, 
que retoma a cultura clássica Greco-latina (Mitologia 
Grega, Deuses), e a Ciência Moderna, que deixa um 
pouco de lado a visão do Teocentrismo, colocando o 
homem como centro do universo. 
O Renascimento, ainda, entra em conflito com a Filosofia 
Escolástica. Enquanto esta última permitia que a Bíblia 
Católica fosse estudada dentro de alguns limites impostos, 
o Renascimento chega cheio de questionamentos e ideias 
libertárias quanto à palavra divina. 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS 
 Arte como Mimesis, que era a arte como imitação 
da natureza; 
 Valorização da cultura pagã, da mitologia, dos 
Deuses gregos; 
 Culto à arte clássica (daí o nome da escola: 
Classicismo); 
 Valorização de formas literárias antigas, como a 
Epopeia; 
 Racionalismo. Não havia mais o pensamento 
focado apenas nos dogmas da igreja católica. O 
homem passa a pensar como um ser humano; 
 Fusionismo, que era a junção das ideias da igreja 
católica com a mitologia grega; 
 Universalismo, que prega que não há UM 
HERÓI, e sim um POVO HERÓICO; 
 Surgimento da Medida Nova, que são os versos 
decassílabos (com 10 sílabas poéticas) e os 
sonetos compostos por 2 quartetos e 2 tercetos). 
 
AULA 3 - CAMÕES ÉPICO E OS LUSÍADAS 
Camões era de família Fidalga e teve uma base cultura 
muito boa. Sua obra era dividida em poesia lítica, peça 
teatral e epopeia. 
Sua principal obra foi Os Lusíadas. 
 
Os Lusíadas 
Os Lusíadas é de 1572 e se trata de uma epopeia, tendo 
as seguintes características: 
 Narrativa em 3ª pessoa; 
 Linguagem rebuscada; 
 Narração de fatos heroicos universais; 
 Culto à honra, fama, coragem; 
 Mitologia; 
 Exaltação da glória dos lusitanos, povo 
português que estava em busca de novas 
descobertas; 
 Presença de personagens como cavaleiros, 
nobres, fidalgos e reis; 
 O enredo de Os Lusíadas gira em torno da 
história de Vasco da Gama,em 1498, indo para 
as Indias; 
 Retratação do patriotismo e da cultura 
renascentista. 
Estrutura de Os Lusíadas: 
 10 cantos; 
 Estrofes em 8ª rima; 
 Dividida em 5 partes: 
o I Proposição 
o II Invocação 
o III Dedicatória 
o IV Narração 
o V Epílogo 
Figuras de destaque em Os Lusíadas: 
 Inês de Castro; 
 Velho do Restelo; 
 Gigante Adamastor. 
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BARROCO 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Surgiu junto à Contrarreforma, que foi uma reação da 
Igreja Católica ao Antropocentrismo, buscando retomar 
sua força anterior. Além da volta da Inquisição, a Igreja 
fica mais rígida, inclusive perseguindo os que se 
recusavam a seguir suas ideias pragmáticas. 
Ao mesmo tempo nasce a Companhia de Jesus, que 
tratava do envio de pregadores da palavra de Deus às 
colônias, na tentativa de doutrinar a população com os 
conceitos da Igreja Católica. 
Ocorre a retomada das ideias teocentristas, em 
oposição ao antropocentrismo vigente até então. 
É a primeira escola literária que chega ao Brasil, em 1601, 
com a publicação da obra Prosopopeia, de Bento Teixeira. 
 
 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS 
 Dualidade: fusão entre certo x errado, céu x 
terra, fé x razão, corpo x alma; 
 Transformação constante; 
 Divisão entre Cultismo e Conceptismo: 
o Cultismo (ou gongorismo): preocupa-
se em COMO está sendo dito. 
o Conceptismo (ou quevedismo): 
preocupa-se com O QUE está sendo 
dito. 
 CARPE DIEM: “Aproveite o dia”, pois não se 
sabia se haveria o amanhã, diante de tantas 
transformações que vinham ocorrendo. Portanto, 
devia-se aproveitar o momento presente. 
 
 
 
AULA 3 - GREGÓRIO DE MATTOS E PADRE ANTÔNIO 
VIEIRA 
Gregório de Mattos (poesia) 
 Cultismo 
 Conhecido como “Boca do Inferno”, devido á sua 
forma um tanto grosseira e dura de se expressar. 
Além disso, sua escrita era repleta de crítica 
social. 
 Sua obra é dividida em três fases: 
o Lírica (citações de amor, emoção) 
o Religiosa (retratação da dualidade 
entre Deus e homem, fé e razão) 
o Satírica (crítica social) 
 
Padre Antônio Vieira (prosa) 
 Conceptismo 
 Defesa da Contrarreforma 
 Seus sermões eram divididos em quatro partes: 
o Apresentação do tema 
o Invocação, bênção 
o Argumentação, conceptismo 
o Conclusão 
 
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ARCADISMO 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Início 
Teve início na Europa no século XVIII, ainda em meio aos 
conceitos antropocentristas e teocentristas da escola 
anterior, o Barroco. 
 O Arcadismo é também conhecido por 
Neoclassicismo. Considerado, portanto, um 
novo Classicismo, ou seja, retomando a questão 
da perfeição formal, da mitologia pagã. 
 Arcádia era uma região montanhosa na Grécia, 
onde acreditava-se que Apolo vivia com suas 
ninfas. Era uma região de pastoril e repleta de 
paz. Esta escola recebeu esse nome justamente 
por pregar esse desejo de paz, apesar da época 
tumultuada que o mundo atravessava, com 
perseguições da Igreja etc. Assim, o Arcadismo 
contraria a angústia e o pessimismo do Barroco, 
e remete a tempos de paz, de equilíbrio. 
 Ocorre a decadência da religião e crescimento 
da razão, acompanhados pelo Iluminismo: 
o O Iluminismo foi um movimento que 
surgiu na Europa e acreditavam que a 
verdadeira luz estava no fato de sermos 
racionais. Não havia mais o forte 
embasamento nas teorias teocentristas; 
agora o homem era a figura em 
destaque, como um ser questionador e 
pensante. 
o Aliado a essas ideias Iluministas vem o 
avanço da ciência moderna, tornando o 
homem cada vez mais independente da 
religião. 
o Importantes Iluministas: Montesquieu, 
Voltaire, Rosseau e Descartes. 
 Falando agora no território brasileiro, o 
Arcadismo teve início na região de Minas Gerais, 
devido ao ciclo da mineração presente no local. 
 
 
 
AULA 2 – CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 Retomada ao clássico 
 Vida na natureza 
 Bucolismo 
 Pastoralismo 
 Utilização de pseudônimos 
 Escrita clara 
 Versos brancos (sem rima) 
 Racionalismo na escrita 
 Amor galante 
 Introdução ao nacionalismo 
 
 
AULA 3 – ARCADISMO NO BRASIL 
Após a expulsão dos jesuítas e queda de alguns dogmas 
da Igreja, abre-se espaço às ideias iluministas. 
Há o surgimento da classe média, que visava ascensão 
social. Além disso, tem inicio o sistema literário: AUTOR – 
OBRA – PÚBLICO, ou seja, QUEM (autor) escreveu O 
QUE (obra) para QUEM (público). 
 
Poesia Árcade 
Divide-se em gênero lírico, satírico e épico: 
 Lírico: tendo como principais representantes 
Claudio Manoel da Costa e Tomás Antônio 
Gonzaga, autor de Marilia de Dirceu. 
 Satírico: tendo como principais representantes 
Claudio Manoel da Costa e Tomás Antônio 
Gonzaga, que juntos escreveram Cartas 
Chilenas, obra de grande crítica social. 
 Épico: o gênero épico no Brasil tratava do índio, 
diferentemente das epopeias já vistas, que 
traziam Deuses, mitologia, cavaleiros etc. Seus 
principais representantes são Basilio da Gama, 
com a obra Uruguai, e Frei Santa Rita Durão, 
com a obra Caramuru. 
ROMANTISMO 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Teve inicio na Europa no final do século XVIII, na Europa, 
obtendo maior destaque na França. Desenvolveu-se em 
meio à Revolução Industrial e à Revolução Francesa. 
Acontece que a partir da segunda metade do século XVIII 
começou a constituir-se na Inglaterra a sociedade 
industrial. Passou-se bruscamente do sistema doméstico 
ao sistema fabril de produção, provocando o surgimento 
de várias cidades industriais. Assim, a burguesia começou 
a crescer econômica e politicamente e o proletariado 
(trabalhadores) começou a crescer em número. Da antiga 
sociedade de senhores e servos, passou-se à sociedade 
de operários e empresários. 
A Revolução Francesa, por sua vez, desencadeada em 
1789, acabou por levar a burguesia ao poder. Assim, 
ambas as revoluções incentivaram a livre-iniciativa, o 
individualismo econômico e o liberalismo político, 
estimulando também o nacionalismo. Esse clima de 
valorização da liberdade e renovação marcou muito a 
literatura romântica, afinal, principalmente baseados nessa 
liberdade, os poetas se sentiram livres para expressar 
seus sentimentos na poesia, além de não se sentirem 
mais presos à métrica dos versos que as escolas 
anteriores valorizavam. Nascia uma nova forma de 
escrever. 
Desse modo, o Romantismo é a escola da expressão dos 
sentimentos, da liberdade de expressão. Por isso, alguns 
escritores passaram a falar da natureza e do amor num 
tom pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma 
forma de expressar seus sentimentos. Além disso, 
voltaram-se para os tempos medievais, época da 
formação de suas nações, valorizando os heróis e as 
tradições populares, exaltando o nacionalismo. E essa 
liberdade também fica evidente na forma de escrever, já 
que os escritores românticos abandonaram o tom solene e 
adotaram um estilo simples e comunicativo na escrita. 
As principais obras Românticas na Europa são: 
 Contos e Inocência, de Willian Blake; 
 Os Miseráveis, de Victor Hugo; 
 Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. 
 
AULA 2 - ROMANTISMO EM PORTUGAL 
Em Portugal o Romantismo surgiu em meio a uma grande 
agitação política. 
Em 1808 a corte de D. João VI se transfere para o Brasil, 
ameaçada pelas tropas de Napoleão Bonaparte. A partir 
daí é organizado um movimento de resistência que 
consegue expulsar o invasor e, em 1820, ocorre na cidade 
de Porto uma rebelião que se espalha por todo o país, 
combatendo a monarquia absolutista, forma de governo 
em que o rei exerce o poder absoluto, superior ao poder 
de outros órgãos do Estado. 
Além disso, o cenário do nascimento do Romantismo emPortugal também era de disputa pelo poder. 
Depois de abdicar do trono brasileiro em favor do filho, D. 
Pedro I volta para Portugal para disputar o trono com seu 
irmão D. Miguel. Essa disputa foi vista como uma luta 
entre o liberalismo de D. Pedro e o absolutismo de D. 
Miguel. Enfim, D. Pedro sai vitorioso e começam a ocorrer 
diversas mudanças sociais e políticas, apesar de as 
disputas entre conservadores e liberais ter perdurado por 
todo o século XIX. 
Assim, é nesse ambiente de lutas políticas e 
reivindicações liberais que se desenvolve o Romantismo 
português. 
Seu marco inicial foi em 1825 com a publicação do poema 
Camões, de Almeida Garret, em que o autor faz uma 
espécie de biografia sentimental do poeta. 
Esse primeiro momento do Romantismo português é 
subdividido em três fases: 
1. Prisão ao Neoclassicismo: ainda havia traços 
presos ao Neoclassicismo (ou Arcadismo), como 
a poesia de Almeida Garret e Alexandre 
Herculano. 
2. Início dos Exageros: os poetas se assumem 
inteiramente românticos, deixando a escola 
anterior para trás. É o caso de Soares de Passos 
e Camilo Castelo Branco. 
3. Início dos Traços Realistas: os poetas já estão 
deixando o Romantismo para trás e inserindo 
traços da escola posterior em suas obras: o 
Realismo. Os poetas de destaque são João de 
Deus e Júlio Dinis. 
 
Características dos autores portugueses 
Almeida Garret 
 Precursor do Romantismo em Portugal, com a 
obra Camões; 
 Apesar disso ele não se intitulava nem clássico 
nem romântico e, de fato, suas criações como 
poeta, prosador e dramaturgo estavam longe do 
sentimentalismo exagerado que caracteriza o 
típico escritor romântico. 
Alexandre Herculano 
 A característica principal de suas obras é a 
historiografia, o relato da história de Portugal; 
 Sua principal obra é Eurico, o Presbítero, que 
fala sobre a figura do Clero, destacando o amor 
proibido, além da retomada do poder de 
Portugal. 
Camilo Castelo Branco 
 Foi o primeiro autor a ganhar a vida com a 
Literatura. Ele vivia dela, e escrevia sobre temas 
ROMANTISMO 
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2 
que seriam lucrativos para ele. É considerado o 
criador da novela passional portuguesa, isto é, 
das histórias que envolvem a paixão; 
 Sua obra mais conhecida, e de maior destaque 
como novela passional, é Amor de Perdição. 
Soares de Passos 
 Principal obra: Noivado no Sepulcro, que trata de 
temas mais melancólicos, sobre a morte etc. 
João de Deus 
 Sua única obra foi Campo de Flores. 
Julio Dinis 
 Em sua obra não há o clima de tragédia e 
fatalismo que marca, por exemplo, a novela 
passional de Camilo Castelo Branco. Ainda que 
fale de amor e paixão, fala de um jeito mais 
simples e, no final, os mal entendidos se 
esclarecem e tudo se resolve. Sua obra possui 
um ar de otimismo e esperança; 
 Obra mais conhecida, inclusive com grande 
repercussão no Brasil: As Pupilas do Senhor 
Reitor. 
 
AULA 3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 Liberdade de criação e expressão; 
 Individualismo / subjetivismo; 
 Valorização das emoções; 
 Nacionalismo; 
 Escapismo / fuga da realidade; 
 Pessimismo; 
 Valorização da natureza; 
 Religiosidade / Cristianismo; 
 Idealismo. 
 
AULA 4 - ROMANTISMO NO BRASIL – POESIA 
Teve início em 1808, com a chegada da família real. 
É a primeira escola literária do Brasil que assume maior 
independência em relação à literatura europeia, até pelo 
fato de ter inicio próximo à nossa independência de 
Portugal, em 1822. 
O sentimento nacionalista passa a ser expresso na arte, 
ressaltando principalmente a figura do índio. 
O marco inicial do Romantismo no Brasil é a publicação 
das obras “Suspiros Poéticos” e “Saudades”, ambas de 
Gonçalves de Magalhães. 
As três gerações românticas brasileiras 
1ª Geração: Nacionalista / Indianista 
 Índio como herói. Figura do “bom selvagem”; 
 Exaltação de nossas paisagens naturais e de 
nossa pátria; 
 Principais poetas: Gonçalves de Magalhães e 
Gonçalves Dias, sendo este último o autor da 
clamada obra Canção do Exílio. 
2ª Geração: Ultrarromântica / Mal do Século 
 Individualismo / Egocentrismo; 
 Morte como refúgio; 
 Idealização do amor perfeito; 
 Pessimismo; 
 Saudade da infância; 
 Principais poetas: Álvares de Azevedo e 
Casimiro de Abreu, sendo este último autor da 
renomada obra Meus Oito Anos. 
3ª Geração: Social / Libertária 
 Abordagem das questões sociais, principalmente 
acerca da abolição da escravatura; 
 Linguagem enfática; 
 Defesa dos escravos; 
 Erotismo; 
 Principal poeta: Castro Alves, “o poeta dos 
escravos”, tendo como obra de destaque O 
Navio Negreiro. 
 
AULA 5 - ROMANTISMO NO BRASIL – PROSA 
 Surgimento dos folhetins, a partir da implantação 
da imprensa no Brasil, que veio com a chegada 
da família real, em 1808. Esses folhetins eram o 
que chamamos hoje de telenovelas. 
 Herói idealizado. 
 A literatura passar a ter um público alvo, visando 
à lucratividade. 
 Exaltação do Brasil / nacionalismo 
 Flashbacks: recordações utilizadas para explicar 
acontecimentos do presente. 
 Sentimentalismo explícito. 
 
Tipos de romance 
Indianista 
 Exaltação da cultura e costumes indígenas; 
 Índio representado como herói; 
 Representação da paisagem brasileira; 
 Principais obras: Iracema e O Guarani, ambas de 
José de Alencar. 
Histórico 
 Exposição dos costumes do passado; 
 Mescla de ficção e realidade; 
 Principais obras: As Minas de Prata e A Guerra 
dos Mascates, ambas também de José de 
Alencar. 
ROMANTISMO 
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Urbano 
 Exposição dos costumes no ambiente urbano, 
principalmente na cidade do Rio de Janeiro; 
 Principais obras: A Moreninha, de Joaquim 
Manuel de Macedo, Memórias de um Sargento 
de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, 
Senhora, de José de Alencar. 
Sertanejo 
 Aborda temas e situações que se passam longe 
dos ambientes urbanos, focando no povo do 
interior e em seus costumes; 
 Principal obra: O Sertanejo, de José de Alencar. 
REALISMO 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
O Realismo surgiu na Europa, mais precisamente na 
França, no final do século XIX. A primeira obra dessa 
escola foi Madame Bovary, de Gustave Flaubert, tendo 
como tema principal os assuntos cotidianos e o adultério, 
de forma bem objetiva. Essa objetividade é uma das 
principais características do Realismo. 
Nascia ali o Ciclo Antirromântico, que derrubava a forma 
de se expressar da escola anterior, o Romantismo, visto 
que agora a subjetividade era substituída pela clareza e 
objetividade, e o amor não era mais idealizado, e sim 
exposto em sua forma real, com suas imperfeições e 
peripécias. 
Assim, os valores Realistas eram, basicamente: 
 a Crítica social direta; e, 
 a Crítica ao catolicismo. 
Os principais autores europeus dessa época são Gustave 
Flaubert, que deu início à escola, Eça de Queirós e 
Charles Dickens. 
Dessa forma, o Realismo surgiu em meio ao seguinte 
contexto: 
 Segunda Revolução Industrial, colocando o 
Capitalismo cada vez mais em alta; 
 Segundo reinado de Pedro II, ou seja, final do 
império; 
 Abolição da Escravatura; 
 Proclamação da República. 
 
 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 Realidade como fundamento; 
 Temas do cotidiano, egoísmo, adultério; 
 Destaque da classe trabalhadora nas obras; 
 Verossimilhança, ou seja, aproximação da 
realidade; 
 Descrição, análise e crítica da sociedade; 
 Ausência do heroísmo e da melancolia 
tipicamente românticos; 
 Fiel retratação das personagens, excesso de 
detalhes; 
 Objetividade; 
 Mulher, amor e sentimentos tratados de forma 
real, não mais idealizada; 
 Personagens analisadas psicologicamente; 
 Enredo em 3ª pessoaonisciente, imparcial e 
impessoal. Visão generalizada. 
 
 
AULA 3 - REALISMO EM PORTUGAL 
Em Portugal, o Realismo teve início em 1865, em meio à 
Questão Coimbrã e às Conferências do Cassino, sendo 
essa última a que realmente consolidou as características 
Realistas em Portugal. 
O marco inicial dessa nova escola em Portugal foi com a 
obra “O Realismo como Nova Expressão da Arte”, de Eça 
de Queirós, o maior nome do Realismo português, e autor 
do livro “O Crime do Padre Amaro”, obra importantíssima 
desse período realista. 
 
 
 
AULA 4 - REALISMO NO BRASIL 
No Brasil o Realismo foi instituído entre 1850, a partir da 
decadência da economia açucareira, e 1881, com a 
publicação das obras “Memórias Póstumas de Brás 
Cubas”, do principal nome do Realismo brasileiro – 
Machado de Assis -, e “O Mulato”, de Aluísio de Azevedo, 
considerada Naturalista. 
 
 
 
AULA 5 - REALISMO – MACHADO DE ASSIS 
Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em 
21/06/1839. 
O marco inicial do Realismo no Brasil foi sua obra 
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de 1881. Machado 
também escrevia peças de teatro, crônicas, críticas 
literárias e poesias. 
As principais características de suas obras são: 
 Retratação de assuntos polêmicos em seus 
contos; 
 Utilização de personagens metafísicos, além dos 
tradicionais, como na própria obra “Memórias 
Póstumas”, em que o falante é uma pessoa 
morta; 
 Forte presença da ironia; 
 Utilização do tempo psicológico, quebrando a 
linearidade da história; 
 Crítica à sociedade; 
 Descrença na melhoria dessa sociedade, 
desesperança; 
 Narradores em 1ª pessoa; 
 Digressão (envolvimento do leitor na história) e 
metalinguagem (o texto falando do próprio texto). 
 
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REALISMO 
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2 
Dom Casmurro 
Tema: adultério (porém, não há certeza de que realmente 
houve traição). 
Narrador em 1ª pessoa: o próprio Dom Casmurro, cujo 
verdadeiro nome era Bentinho. 
Resumo da obra: 
A mãe de Bentinho, dona Maria, deseja que o filho sirva a 
Deus. Entretanto, Bentinho era apaixonado por Capitu, e, 
contrariando a vontade da mãe, se casa com a moça. 
Paralelamente, seu melhor amigo, Escobar, casa-se com 
Sancha, a melhor amiga de Capitu. 
Posteriormente, Bentinho e Capitu têm um filho chamado 
Ezequiel, que à medida que cresce, passa a se parecer 
cada vez mais com Escobar. É a partir disso que surge a 
desconfiança do adultério. 
Bentinho se divorcia de Capitu e a manda com o filho para 
o exterior, onde a moça acaba morrendo depois de um 
tempo. E, assim, ele se torna Dom Casmurro, um homem 
amargo e triste. 
Apesar disso tudo, não fica explícito na obra se a traição 
ocorreu ou não. É uma interpretação subjetiva. 
 
 
 
AULA 6: NATURALISMO 
O Naturalismo possui muitas características em comum 
com o Realismo, mas ficou conhecido como o “Realismo 
Científico”, justamente por ser influenciado por doutrinas 
científicas e materialistas. 
Outra divergência básica entre o Realismo e o 
Naturalismo, é que o primeiro trata do individual, enquanto 
o último aborda o coletivo. Além disso, enquanto o 
Realismo retrata mais as camadas altas da sociedade, o 
Naturalismo se preocupa em registrar em suas obras as 
camadas mais baixas. 
Características 
 Ocorreu no Brasil entre 1881 e 1922; 
 Era embasado no Positivismo (que pregava que 
toda teoria deveria ter um fundamento científico), 
no Determinismo (crendo que o homem era 
influenciado por seu meio social, sua raça e pelo 
momento histórico que vivia) e no Darwinismo 
(que acreditava na dominação dos mais fortes 
sobre os mais fracos); 
 Objetividade / antirromantismo; 
 Romance de Tese, ou seja, baseado em teses 
científicas. 
 
O Cortiço 
 “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, de 1890, é 
considerada a principal obra do Naturalismo brasileiro. 
Características da obra: 
 É um romance de tese; 
 A personagem principal é o próprio cortiço, já 
que essa escola aborda o coletivo, em vez do 
individual; 
 Narrador em 3ª pessoa onisciente; 
 Tempo linear, sequência de fatos; 
 Retratação da classe baixa, que vive no cortiço. 
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PARNASIANISMO 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
O Parnasianismo é contemporâneo ao Realismo e ao 
Naturalismo, porém é exclusivamente poético e tem 
características bem distintas, como o culto à beleza, à 
estética e à perfeição formal na escrita. 
É a escola da arte pela arte gerando forte presença da 
metalinguagem. 
Recebeu esse nome devido a uma região montanhosa na 
Grécia, Parnasse, onde acreditava-se que Apolo vivia com 
suas ninfas, também sendo habitada por poetas. E, 
quando fala-se em Grécia, remete-se ao clássico. Desse 
modo, o Parnasianismo busca esse retorno ao clássico, às 
métricas valorizadas antigamente. 
Os primeiros poetas parnasianos publicavam suas obras 
na revista francesa Le Parnasse Contemporain. 
Esta escola também nasceu em meio ao contexto da 
abolição da escravatura, da proclamação da república no 
Brasil e do fim do regime militar, sendo todos esses fatos 
ligados à liberdade, à mudança, exercendo influência 
direta sobre as obras parnasianas. 
 
AULA 2 - CACARTERÍSTICAS 
 Não valorização do sentimentalismo; 
 Frieza na escrita; 
 Perfeição formal dos poemas; 
 Arte pela Arte. Arte falando da arte, 
metalinguagem; 
 Objetividade; 
 Impessoalidade; 
 Preciosismo vocabular, rebuscamento; 
 Neologismos; 
 Preferência por sonetos; 
 Visão sensual da mulher; 
 Mitologia. 
 
AULA 3 - AUTORES 
Olavo Bilac 
Características de seus poemas: 
 Abordava (discretamente) temas nacionalistas; 
 Reflexões sobre a perfeição e a existência; 
 Presença da sensualidade (também 
discretamente); 
 Retomada das formas clássicas. 
 
Alberto Oliveira 
Características de seus poemas: 
 Perfeição na escrita; 
 Desprendimento do tema; 
 Escrita morna, sem vida; 
 Excesso de descrições. 
 
Raimundo Correia 
Características de seus poemas: 
 Reflexões, pessimismo; 
 Temas sobre a natureza e melancolia; 
 Questões moralistas. 
SIMBOLISMO 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
O Simbolismo surgiu paralelamente ao Realismo, 
Naturalismo e Parnasianismo. 
Teve inicio na França, no final do século XIX, com a obra 
As Flores do Mal, de Charles Baudelaire, em 1857. 
Essa escola surgiu em um momento em que a Europa 
passava por um período de grande tensão, juntamente 
com as evoluções que o mundo vivenciava. E essas 
evoluções e revoluções foram refletidas também na 
literatura, gerando essas ramificações de escolas literárias 
contemporâneas. 
Assim, em meio aos Realistas e Naturalistas, surgem os 
Simbolistas, totalmente avessos a essas duas escolas e 
também ao Parnasianismo. Em suma, eles buscavam 
resgatar os valores românticos já esquecidos, trabalhando 
bastante a questão da individualidade, em oposição ao 
Realismo e Naturalismo, que trabalhavam a coletividade. 
 
AULA 2 - CACARTERÍSTICAS GERAIS 
 Visão intuitiva da realidade / exposição do 
sensorial; 
 Busca do interior, do inconsciente, da 
individualidade; 
 Subjetividade, egocentrismo; 
 Temas envolvendo a espiritualidade e o 
misticismo; 
 Presença de sonhos e sexualidade; 
 Fascínio pela cor branca; 
 Letras maiúsculas enfatizando alguns termos; 
 Musicalidade, demarcada pela presença de 
rimas, assonâncias e aliterações. 
 
AULA 3 - SIMBOLISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL 
Tanto em Portugal quanto no Brasil, o Simbolismo não 
teve tanta relevância quanto na França. 
Em Portugal essa escola teve inicio com a obra Oaristos, 
de Eugênio de Castro, em 1890. 
Outros importantes simbolistas portugueses foram Camilo 
Pessanha, Antônio Nobre e Augusto Gil.Já no Brasil, o marco inicial é a publicação das obras 
Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambas de Cruz e 
Sousa, o maior representante desse movimento em nosso 
país, em 1893. 
Outros nomes do Simbolismo brasileiro são Alphonsus de 
Guimarães e Augusto dos Anjos, estando este último já 
numa transição para o Modernismo. 
 
 
AULA 4 - AUTORES BRASILEIROS 
Cruz e Souza 
Características: 
 Representante mundial do Simbolismo; 
 Fascínio pela cor branca, talvez pelo fato de ser 
negro, filho de escravos e ter sofrido preconceito 
racial; 
 Temas espirituais; 
 Retratação da dor e do sofrimento; 
 Exposição da condição do negro na época; 
 Erotismo. 
 
Alphonsus de Guimarães 
Características: 
 Temas melancólicos, envolvendo a dor da perda, 
devido à morte de sua noiva; 
 Presença de traços de paisagens; 
 Religiosidade; 
 Idealização do amor. 
PRÉ-MODERNISMO 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
É importante ressaltar que o Pré-Modernismo não é uma 
escola literária. É um período de transição. 
Marca o início do século XX, estendendo-se até 1922. 
Ocorre no período de ascensão da República, um período 
ainda conflituoso, repleto de manifestações populares etc. 
Além disso, ao redor do mundo está acontecendo a 1ª 
guerra mundial. E, mais especificamente no Brasil, 
estamos vivenciando o Ciclo do Cangaço, a Guerra de 
Canudos, a República do Café com Leite e as Revoltas da 
Vacina e da Chibata. Ou seja, percebe-se um despertar do 
povo brasileiro, e essa é uma característica também 
presente na literatura desse período. 
 
AULA 2 - CACARTERÍSTICAS 
 Muitos autores e obras bastante extensas; 
 Mescla de tendências do século XIX; 
 Literatura regionalista e documental, expondo a 
realidade brasileira; 
 Exposição dos problemas sociais; 
 Linguagem conservadora, imitando o “homem da 
terra”, o nativo; 
 Personagens marginalizados; 
 Retratação das diferentes classes sociais de 
nosso país. Miséria. 
 
AULA 3 - AUTORES 
Euclides da Cunha 
 Temas como miséria e abandono; 
 Linguagem sofisticada; 
 Sua principal obra, Os Sertões, com trações bem 
documentais, nasceu a partir de uma cobertura 
que fez para o jornal O Estado de São Paulo 
sobre a Guerra de Canudos. 
Os Sertões 
Esta obra é dividida em três partes: 
1. A primeira, A TERRA, trata do nosso clima, 
da seca, do árido, mais especificamente da 
região nordeste, onde ocorreu a guerra; 
2. A segunda, O HOMEM, trata do povo, de 
seu comportamento e costumes; 
3. E a terceira, A GUERRA, trata justamente 
da documentação da Guerra de Canudos e 
seus reflexos e consequências. 
 
Lima Barreto 
 Temas de crítica social e retratação do subúrbio 
carioca; 
 Linguagem coloquial; 
 Presença de temas nacionalistas, expostos em 
tom irônico; 
 Sua principal obra foi O Triste Fim de Policarpo 
Quaresma, em que ele trata e critica de forma 
irreverente os problemas do nosso país na 
época. 
Monteiro Lobato 
 Em seu primeiro momento escrevia literatura 
adulta, sendo suas principais obras Cidades 
Mortas, Urupês e Negrinha; 
 Principal tema: regionalismo, mais precisamente 
a miséria e o abandono no interior de São Paulo; 
 Personagens que aludem ao caipira, ao povo 
humilde do interior; 
 Resistente à mudança estética. 
Augusto dos Anjos 
 Autor singular, que nunca buscou se ligar a 
nenhuma escola literária; 
 Preferência pela poesia, uma poesia cientificista; 
 Linguagem culta; 
 Principal tema: existência de forma material; 
 Pessimista; 
 Sua única obra publicada é Eu, que trata da 
morte física e da decomposição da matéria. 
MODERNISMO EM PORTUGAL 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Tem início durante a primeira guerra mundial, ou seja, em 
um período extremamente conturbado. Além disso, nasce 
numa época de forte industrialização e avanços 
tecnológicos, os chamados “tempos modernos”. 
O marco inicial é a publicação da Revista Orpheu, em 
1915, que visava uma ruptura com o idealismo e com o 
tradicionalismo, exibindo a realidade do mundo naquele 
momento, justamente para chocar a sociedade e fazê-la 
acordar. 
Os autores que tiveram a iniciativa de publicá-la foram os 
renomados Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e 
Almada Negreiros. Todos possuíam uma visão futurista 
em comum, rompendo com o passado e avançando 
juntamente com o mundo. 
 
AULA 2 - AUTORES 
Fernando Pessoa 
 Principal representante do Modernismo em 
Portugal; 
 Sua obra divide-se em ortônimo (ele mesmo, sua 
própria voz) e heterônimos. Seus heterônimos 
são: 
Alberto Caeiro 
Homem do campo, órfão, de poucos estudos, 
autor de textos simples e sentimentais. 
Ricardo Reis 
Médico, monarquista, dono de linguagem 
culta, extremamente racional e que aborda, 
também, a mitologia em seus escritos. 
Álvaro de Campos 
Engenheiro naval, rebelde, emocional e 
futurista. 
 
AULA 3 - VANGUARDAS EUROPEIAS 
As Vanguardas Europeias foram manifestações artísticas 
e literárias do início do século XX. São elas: 
Futurismo 
 Expressão da velocidade; 
 Mundo novo, avanço das máquinas e da 
tecnologia; 
 Principal autor: Marinetti, que visava romper com 
a sintaxe. 
 
Expressionismo 
 Valorização do eu interior; 
 Subjetivismo; 
 Expressão da angústia; 
 Temas ilógicos. 
 
Cubismo 
 Formas geométricas; 
 Retratação do perfil e da fronte ao mesmo 
tempo; 
 Liberdade de escrita; 
 Ruptura com rimas e tradicionalismos; 
 Principal autor: Pablo Picasso. 
 
Dadaísmo 
 O mais rebelde dos movimentos; 
 Ruptura total com o tradicionalismo; 
 Contra as crises sociais e políticas; 
 Escrita livre; 
 Fundador: Tristan Tzara. 
 
Surrealismo 
 Sonhos; 
 Apego às teses psicanalíticas de Freud; 
 Busca do homem primitivo; 
 Escrita por impulso; 
 Valorização do irreal. 
MODERNISMO NO BRASIL – 1ª FASE 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
A primeira fase do Modernismo no Brasil também é 
conhecida como Fase Heroica, ou Fase de Destruição, e 
aconteceu entre 1922 e 1930. Surgiu em meio ao seguinte 
contexto: 
 Fundação do Partido Comunista; 
 São Paulo como centro da cultura e da economia 
do país; 
 Crise econômica no país. 
Além disso, seu marco inicial foi a Semana da Arte 
Moderna, que ocorreu em fevereiro de 1922. 
A Semana de Arte Moderna representou 
 A união entre as manifestações artísticas; 
 A junção das visões de artistas do Rio de Janeiro 
e de São Paulo; 
 A formação do “grupo dos cinco”, que foram os 
representantes iniciais do Modernismo no Brasil: 
Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de 
Andrade, Oswald de Andrade e Menoth Del 
Picchia. 
 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS 
 Experimentalismo, ou seja, mudança de gêneros 
e vocabulário; 
 Ruptura com o passado; 
 Paródia, piada, sarcasmo; 
 Polêmica; 
 Liberdade de expressão; 
 Linguagem coloquial; 
 Assuntos cotidianos; 
 Nacionalismo. 
 
 
AULA 3 - AUTORES 
Oswald de Andrade 
 Ligado aos movimentos “Pau Brasil” e 
“Antropofágico”; 
 Autor polêmico; 
 Preferência por poemas curtos; 
 Mistura de prosa com poesia; 
 Temas antirromânticos; 
 Principais obras: Memórias Sentimentais de João 
Miramar e Serafim Ponte Grande. 
 
Mário de Andrade 
 Chamado de “Papa do Modernismo”; 
 Muito culto; 
 Assunto principal: mudanças na cidade de São 
Paulo nos anos 20; 
 Principais obras: Pauliceia Desvairada, Clã do 
Jabuti, Amar – Verbo Intransitivo e Macunaíma. 
 
Manuel Bandeira 
 Preso aos valores parnasianos; 
 “Libertinagem”; 
 Linguagem coloquial; 
 Assuntos principais: negros, atualidades e sua 
doença; 
 Principais publicações: Poética e Pneumotórax. 
 
 
 
AULA 4 – MOVIMENTOS DA 1ª FASE MODERNISTA 
Movimento Pau-BrasilIniciado em 1924, liderado por Oswald de Andrade; 
Buscava a redescoberta do Brasil, diante das inovações 
ocorridas naquela época. Por esse motivo é considerado 
um movimento primitivista; 
Exaltava o progresso da pátria; 
Principal participante, ao lado de Oswald de Andrade: 
Tarcila do Amaral. 
 
Movimento Verde-Amarelo 
Iniciado em 1924, liderado por Plínio Salgado; 
Extremamente nacionalista, buscando o total rompimento 
com os moldes europeus. 
Tinha a anta como símbolo, por ser um animal 
considerado mítico no Tupi, enfatizando a busca pelas 
raízes nacionais. 
 
Movimento Antropofágico 
Iniciado a partir da publicação da Revista Antropofagia, 
liderada por Oswald de Andrade, Alcântara Machado e 
Tarsila do Amaral; 
Foi uma reação ao extremismo do Movimento Verde-
Amarelo, buscando revitalizar e consolidar o Movimento 
Pau-Brasil. 
 
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MODERNISMO NO BRASIL – 2ª FASE 
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1 
AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Ocorreu entre 1930 e 1945, representando o 
amadurecimento do Modernismo, e deixando de lado a 
rebeldia da 1ª fase. 
 Aconteceu durante a Era Vargas e logo após a 
crise de 1929; 
 Além disso, teve início enquanto eclodia a 
revolução de 1930, justamente a qual colocou 
Getúlio Vargas ao poder; 
 São Paulo teve a inauguração de sua primeira 
universidade estadual, a USP, em 1934; 
 Nesse período também enfrentamos o Estado 
Novo, que foi de 1937 a 1945; 
 E, finalizando, a 2ª fase do Modernismo ocorreu 
também enquanto o mundo vivia a 2ª Guerra 
Mundial, que foi de 1939 a 1945. 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS 
 Linguagem coloquial; 
 Versos livres; 
 Retorno ao lirismo; 
 Poesia de questionamento; 
 Liberdade temática. 
 
AULA 3 - AUTORES - POESIA 
Manuel Bandeira 
 Tinha um estilo básico e simples de escrever; 
 Linguagem coloquial; 
 Autobiográfico; 
 Principais temas: erotismo, morte, problemas 
sociais, volta à infância / saudosismo. 
 
Cecília Meireles 
 Tom delicado; 
 Intimista; 
 Passou por experiências de perda que retratou 
em suas obras; 
 Uso de simbologias; 
 Poesia histórica, como O Romanceiro da 
Inconfidência, que traz romances medievais; 
 Principais temas: transitoriedade, vida, solidão, 
morte. 
 
Carlos Drummond de Andrade 
 Grande representante da poesia moderna; 
 Tom de humor, paródia; 
 Temas variados, como: amor, amizade, família, 
cotidiano, etc. 
Vinicius de Moraes 
 1ª fase: neosimbolista; 
 2ª fase: temas como: sensualidade, mulheres e 
temas sociais; 
 Participação no Movimento Bossa Nova; 
 
AULA 4 - AUTORES – PROSA 
A prosa da 2ª fase modernista ficou conhecida como 
“Romance de 30”, e possui as seguintes características: 
 Regionalismo (porém com linguagem não 
tipicamente regional) 
 Neorrealismo 
 Abordagem de temas sociais 
 
José Lins do Rego 
 Temas bem brasileiros, como o ciclo da cana de 
açúcar, devido a ter vivenciado o dia a dia no 
engenho; 
 Sua principal obra é Fogo Morto, que representa 
a queda do engenho. 
 
Jorge Amado 
1ª fase 
 Ideais políticos; 
 Exibição do ponto de vista dos marginalizados 
pelo sistema; 
 Principal obra dessa fase: Capitães de Areia. 
2ª fase 
 Representação da cultura popular da Bahia; 
 Erotismo; 
 Exposição das religiões africanas; 
 Personagens felizes à margem da sociedade; 
 Principal obra dessa fase: Gabriela. 
 
Graciliano Ramos 
 Forma de pensar reflexiva sobre o mundo; 
 Escrita direta e objetiva; 
 Representação do sertão nordestino; 
 Principais obras: São Bernardo e Vidas Secas. 
 
Érico Veríssimo 
1ª fase 
 Romances Urbanos; 
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MODERNISMO NO BRASIL – 2ª FASE 
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 Vida dos gaúchos nas décadas de 30 e 40; 
 Suas obras nesta fase eram paralelas, e ao final, 
todas tinham uma ligação. 
 
2ª fase 
 Romance Histórico; 
 Principal obra dessa fase: O Tempo e o Vento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODERNISMO NO BRASIL – 3ª FASE 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
Essa última fase no Modernismo no Brasil ficou conhecida 
como “Geração de 45”. 
Teve início ao final da Era Vargas e estendeu-se durante a 
Ditadura Militar e Guerra Fria. Ou seja, ocorreu em meio a 
uma época conturbada em nosso país e no mundo. 
 
AULA 2 - CARACTERÍSTICAS 
Prosa 
A prosa caracterizou-se pela continuidade ao Romance de 
1930, ou seja, abordando o regionalismo, os temas 
urbanos e os tons psicológicos e introspectivos. 
 
Poesia 
A poesia caracterizou-se por: 
 Busca pela análise interior, pelo próprio “eu”; 
 Oposição à linguagem coloquial e à liberdade 
formal; 
 Valorização da norma culta; 
 Temática universalista. 
 
AULA 3 - AUTORES 
João Guimarães Rosa 
 Regionalismo; 
 Universalismo; 
 Neologismos; 
 Representação do homem em sua relação com o 
meio em que vive; 
 Destaque para o povo sertanejo, inclusive seu 
modo de falar; 
 Principais obras: Sagarana e Grande Sertão: 
Veredas. 
 
Clarice Lispector 
 Romances e contos introspectivos; 
 Sondagem psicológica e valorização do “EU”; 
 Linguagem simples; 
 Atemporalidade, tempo psicológico; 
 Principais obras: Laços de Família e A Hora da 
Estrela. 
 
João Cabral de Melo Neto 
 Preocupação com os aspectos formais na 
construção do poema; 
 Principal tema: assuntos sociais; 
 Principal obra: Morte e Vida Severina. 
LITERATURA CONTEMPORÂNEA 
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AULA 1 - CONTEXTO HISTÓRICO 
A Literatura Contemporânea é bem mais amena que as 3 
fases modernistas, porém, surgiu em um ambiente caótico: 
 JK assumindo a presidência do Brasil, em 1956; 
 Inauguração de Brasília; 
 Euforia política e econômica em nosso país; 
 Renúncia de Jânio Quadros, que assumiu após 
JK e ficou apenas 8 meses na presidência; 
 Golpe Militar, que derrubou João Goulart do 
poder; 
 Época de censura e medo; 
 Sanção da Lei da Anistia, em 1979; 
 Início das eleições diretas, na década de 80. 
 
AULA 2 - MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS 
As manifestações artísticas subdividiram-se em dois 
grupos: um deles mantendo os valores tradicionais, e o 
outro fazendo uma ruptura com essas tradições. 
Vemos nessas manifestações a questão do Ludismo, ou 
seja, as paródias. Há grande intertextualidade também 
presente. 
A poesia passa a conter uma reflexão sobre a realidade, 
possuindo novas técnicas e formas de expressão. 
Em meio a essa arte, não poderiam ficar de fora algumas 
Vanguardas, como: 
 Concretismo 
 Tropicalismo 
 Poesia Marginal 
 
Concretismo 
 Poesia concreta; 
 Nova forma de escrita, considerando o verso 
tradicional ultrapassado; 
 Valorização do aspecto gráfico das palavras; 
 Entendimento dos poemas como verbais, 
sonoros e visuais. 
Do Concretismo surgiu um grupo que, ao não se encaixar 
bem em sua proposta, criou a Poesia Práxis, com as 
seguintes características: 
 Intensidade na escrita; 
 Escreve-se sobre “áreas”, não mais sobre 
“temas”, tendo a primeira uma visão muito mais 
abrangente sobre um determinado assunto; 
 Valorização da Composição, ou seja, palavras 
formando outras palavras. 
Além da Poesia Práxis, há também a Poesia Social: 
 Retorno sutil ao tradicionalismo; 
 Assuntos sociais, políticos e econômicos; 
 Escrita tradicional; 
 Preocupação com o entendimento do leitor. 
 
Tropicalismo 
 Foi um movimento musical popular; 
 Pôs em evidência músicos e compositores como 
Chico Buarque e Caetano Veloso; 
 Principais características: humor, anarquia e 
atitudes rebeldes; 
 Retomada das ideias do Movimento 
Antropofágico, ocorrido durante a 1ª fase do 
Modernismo;Poesia Marginal 
Autores não conhecidos que faziam sua própria produção 
e divulgação. Receberam o nome de poetas marginais por 
estarem à margem dos que já estavam em evidência. 
ALUÍSIO AZEVEDO – 
O CORTIÇO 
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AULA 1 – PERSONAGENS 
Os personagens da obra são psicologicamente 
superficiais, ou seja, o destaque vai para os tipos sociais. 
Os principais são: 
 
João Romão: português ambicioso, dono de uma venda, 
do cortiço e da pedreira. Aproveita-se da amante 
Bertoleza, mas acaba se casando com Zulmira, filha de 
Miranda, para subir na vida e alcançar uma posição de 
mais prestígio na sociedade. 
Miranda: comerciante que mora no sobrado ao lado do 
cortiço. É infeliz em seu casamento com Estela, mas não 
se separa por razões financeiras e de exposição. 
Jerônimo: português trabalhador, pai de família, torna-se 
gerente da pedreira de João Romão, mas larga tudo para 
viver uma paixão ardente com a mulata Rita Baiana. 
Bertoleza: escrava que pensa ser alforriada. Mantém uma 
relação amorosa com João Romão, trabalha para ele e faz 
tudo o que ele pede, cometendo suicídio ao final devido a 
ele denunciá-la a seus antigos patrões como fugitiva. 
Zulmira: filha de Miranda, casa-se com João Romão e 
promove a ascensão social do dono do cortiço por meio do 
casamento. 
Rita Baiana: mulata muito envolvente que assume um 
relacionamento com Jerônimo no decorrer da história. 
Piedade: esposa abandonada por Jerônimo que se torna 
alcoólatra pelas desilusões da vida. 
Pombinha: jovem pura e tímida que se torna prostituta. 
 
 
 
AULA 2 – RESUMO 
Este romance é um importantíssimo exemplo das 
teses naturalistas, que explicam o comportamento dos 
personagens com base na influência do meio, da raça e do 
momento histórico. 
A obra narra inicialmente a trajetória de João Romão, dono 
do cortiço, de uma pedreira e de uma taverna, em busca 
do enriquecimento, não medindo esforços para isso, ou 
seja, explorando seus empregados, furtando etc. Sua 
amante, a ex-escrava Bertoleza, o ajuda de domingo a 
domingo, trabalhando incansavelmente. 
Em seguida entra na história Miranda, um 
comerciante bem estabelecido que desperta a inveja de 
João Romão, que passa a trabalhar e explorar seus 
empregados cada vez mais para se tornar mais rico que 
ele. Porém, no momento em que Miranda recebe o título 
de barão, João Romão entende que não basta ganhar 
dinheiro, é necessário também possuir uma posição social 
reconhecida, como frequentar bons restaurantes, teatros, 
usar roupas finas etc. E começa a fazê-lo, até receber 
também o mesmo título. 
A partir daí João Romão se equipara à Miranda e 
começa a imitar suas conquistas, reformando o cortiço, a 
taverna etc, ostentando agora ares aristocráticos. Além 
disso, se aproxima da família de Miranda e pede a mão da 
filha dele, Zulmira, em casamento, visando ascender ainda 
mais. Há, entretanto, o empecilho representado por 
Bertoleza, que, percebendo a intenção de João Romão em 
se livrar dela, exige parte dos bens que ele acumulou 
enquanto ela estava ao seu lado. Diante disso, para se ver 
livre da amante, que atrapalha seus planos de ascensão 
social, ele a denuncia a seus antigos donos como escrava 
fugida. Assim, num gesto desesperado prestes a ser 
capturada, Bertoleza se mata, deixando o caminho livre 
para o casamento de Romão e Zulmira. 
Paralelamente à história da ganância de João 
Romão, estão os habitantes do cortiço: pessoas com 
menor ambição financeira, que todo o tempo servem de 
exemplo das teses naturalistas, como o determinismo 
biológico e geográfico, ao passo que são influenciados 
pelo ambiente em que estão inseridos, como é o caso do 
português Jerônimo, por exemplo, que tem uma vida 
exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana, 
largando sua esposa e mudando todos os seus hábitos em 
prol da atração sexual que sente pela nova moça. 
Além dele, há o exemplo de Pombinha, uma 
moça culta que sonhava em se casar, mas renuncia a isso 
para viver como prostituta, após se envolver com Léonie 
(que também levava essa vida). Assim, esses 
personagens são animalizados, colocados como agindo 
por puro instinto. 
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ALUÍSIO AZEVEDO – 
O CORTIÇO 
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2 
 
 
 
AULA 3 – ANÁLISE DA OBRA 
O Cortiço é considerado o melhor representante do 
movimento naturalista brasileiro, por expor de forma 
excelente as teses naturalistas do início do século XIX, 
apresentando-nos o condicionamento do homem ao meio 
em que está inserido através da história que se passa 
numa habitação coletiva de pessoas pobres, o cortiço, na 
cidade do Rio de Janeiro. 
O autor naturalista em geral intencionava provar 
que este meio, a raça e o contexto histórico determinam a 
conduta do homem. Desse modo, Aluísio pretende mostrar 
que a mistura de raças em um mesmo ambiente resulta 
em promiscuidade, amoralidade e completa degradação 
humana, o que nos coloca diante de uma das principais 
características do movimento naturalista: a animalização 
dos personagens, que agem por instintos naturais, como 
os sexuais e os de sobrevivência. 
E, ademais dessa representação animalesca das 
relações individuais e sentimentais, que levam o homem à 
promiscuidade, há na obra destaque também para a 
questão social, tendo como figura central João Romão, 
que passa por cima de tudo e de todos em prol de sua 
ascensão social e econômica, mostrando que o homem é 
guiado pelo egoísmo, ganância e egocentrismo, havendo 
aqui um retrato do Brasil do século XIX, com suas 
diferenças sociais, desigualdades econômicas, regime de 
trabalho escravo etc. 
Outro fator interessantíssimo desta obra é que a 
personagem principal é justamente o cortiço em si, não 
alguém específico, embora haja alguns personagens com 
mais destaque que outros, como é o caso de João Romão, 
por exemplo. Num dado momento do romance o narrador 
compara o cortiço a uma estrutura biológica, como uma 
floresta, um ser vivo que cresce e se desenvolve, e que 
determina o caráter moral de quem habita seu interior. 
Assim, essa projeção do cortiço na obra, mais evidenciado 
que as personagens, demonstra outra forte característica 
do Naturalismo: a coletividade. 
Quanto ao narrador, este é em terceira pessoa e 
onisciente, isto é, conhece tudo acerca da história e dos 
personagens, entrando em seus pensamentos, fazendo 
julgamentos e buscando comprovar as influências do 
meio, da raça e do momento histórico sobre eles. 
Já sobre o tempo, ele é linear, cronológico, e o 
espaço é dividido em dois: o cortiço, um amontoado de 
pequenas casas desorganizadas onde os pobres vivem, 
representando a mistura de raças e a promiscuidade das 
classes desfavorecidas; e o sobrado de ares aristocráticos 
do comerciante Miranda e sua família, representando a 
burguesia em ascensão do século XIX. 
 
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CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE – 
CLARO ENIGMA 
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1 
RESUMO 
Após um período de forte engajamento político, 
Drummond passa por uma fase de decepção com os 
rumos do Brasil e do mundo após a Segunda Guerra 
Mundial. Por abandonar a militância, cerrou-se numa 
introspecção mais acentuada. Claro Enigma é fruto dessa 
introspecção, resultando em temas tratados de forma 
profunda e transcendente. 
 
Para entender melhor este livro, podemos compará-lo à 
obra A Rosa do Povo, publicada anteriormente, em 1945, 
onde predominava seu engajamento e compromisso 
social. Em Claro Enigma surge o questionamento em torno 
desse posicionamento de outrora. Assim, a poesia 
abandona o desejo de buscar respostas e foca nas 
perguntas que precisam ser feitas. Além disso, em virtude 
dos fatos ocorridos ao longo dos anos 40, a esperança é 
substituídapelo desencanto. Não há mais certezas. O 
caminho a ser seguido é muito incerto, na realidade. 
 
Entende-se agora que as certezas e as esperanças de 
épocas anteriores são capazes de nos fazer sangrar. Até 
por que, na época em que os poemas desta obra 
começaram a ser escritos, 
vivia-se a Guerra Fria e a ameaça da bomba atômica, e o 
mundo mergulhava numa divisão ideológica entre 
capitalismo e comunismo. Para um poeta como 
Drummond, que sempre lutou pela liberdade, essa divisão 
ideológica do mundo conduzia à perplexidade e ao 
pessimismo em relação ao futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EÇA DE QUEIRÓS – 
A CIDADE E AS SERRAS 
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1 
AULA 1 – PERSONAGENS 
Jacinto: O protagonista, residente em Paris, deslumbrado 
pela vida urbana, pelas inovações tecnológicas e 
científicas, mas que muda de postura ao longo da trama. 
 
José Fernandes: Narrador personagem, amigo 
de Jacinto desde os tempos de estudante. 
 
Jacinto Galião: Também chamado dom Galião, é avô 
de Jacinto. 
 
Cintinho: Pai de Jacinto. 
 
Grilo: O mais antigo criado de Jacinto, negro que desde a 
infância acompanha o patrão. 
 
Joaninha: Prima de Zé Fernandes, camponesa 
portuguesa saudável e rústica, por quem Jacinto se 
apaixona. 
 
 
 
AULA 2 – RESUMO 
O narrador Zé Fernandes tem como objetivo demonstrar 
ao leitor que a vida no campo é superior à vida na cidade. 
Para isso, conta a história de seu amigo Jacinto. Herdeiro 
de grande fortuna, Jacinto morava em Paris e adorava a 
cidade, que para ele era um exemplo perfeito de 
civilização, e esta última seria o único espaço em que o 
ser humano poderia ser plenamente feliz. Chegou a criar 
uma fórmula, que mostrava que a tecnologia multiplicada 
pela capacidade humana, conduzia à “Suma Felicidade”. 
 
Jacinto e Zé Fernandes se conheceram na Universidade 
em Paris, mas Zé teve que retornar a sua terra natal, 
Portugal, por motivos familiares. Durante sete anos se 
dedicou à administração da propriedade rural de sua 
família nas serras portuguesas, e, decidindo tirar um 
tempo para descansar, viaja a Paris para rever o amigo 
Jacinto. Mas chegando lá o encontrou entristecido, muito 
distante do homem vivaz que conhecera na juventude. 
Seu estado de espírito causava espanto, já que Jacinto 
tinha transformado seu palacete numa perfeita 
demonstração da fórmula que havia criado na juventude, 
adornando-o com as maiores novidades tecnológicas da 
época e dotando-o de uma ampla biblioteca. Mas, a 
despeito de tudo isso, Jacinto era infeliz. As amizades 
eram falsas e superficiais, a tecnologia de que se cercava 
não funcionava satisfatoriamente e, por fim, os livros que 
lia lhe causavam aborrecimento. 
 
Todavia, Zé Fernandes também se encantara por Paris, no 
momento em que se deixou ser dominado por uma paixão 
carnal pela prostituta Madame Colombe. Esse fato 
também contraria as teorias de Jacinto, conforme as quais 
o homem se tornava um selvagem no campo. Nesse caso, 
foi a cidade de Paris que transformou Zé Fernandes num 
macho instintivo. 
 
Seguindo, ao receber a notícia de um desabamento em 
sua propriedade em Tormes, na serra portuguesa, Jacinto 
decidiu ir até lá, e Zé Fernandes o acompanhou. O atraso 
e a rusticidade de Tormes surpreenderam Jacinto no 
primeiro contato, mas aos poucos, porém, a natureza o 
encantou e ele resolver ficar. Sentiu-se, inclusive, mais 
disposto, tanto que imediatamente passou a realizar 
algumas reformas na propriedade, melhorando as 
condições de vida dos empregados e estabelecendo com 
eles novas relações de trabalho. 
 
Apaixonou-se por Joaninha, prima de Zé Fernandes, e 
isso o faz se instalar definitivamente nas serras. Da 
modernidade parisiense, carrega consigo apenas a 
instalação do telefone, que lhe parece útil ali. Assim, 
Jacinto encontra a “Suma Felicidade” bem distante da 
civilização. Mas Zé Fernandes não comprova sua tese por 
completo, visto que foi necessário fundir um pouco da 
modernidade (o telefone) à vida serrana, não havendo 
uma dissolução por completo entre as duas formas de 
vida. 
 
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GRACILIANO RAMOS – 
VIDA SECAS 
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AULA 1 – PERSONAGENS 
Baleia: cadela que é tratada como membro da família. 
Considerada a mais humana da obra. 
 
Sinhá Vitória: mulher de Fabiano, batalhadora e 
inconformada com a miséria em que vivem. Esperta, 
sempre ajuda o marido no que pode. 
 
Fabiano: vaqueiro rude e sem instrução, que mal 
consegue se comunicar, se assemelhando mais a um 
bicho. 
 
Filhos: o mais novo admira a figura do pai vaqueiro, 
integrado à terra em que vivem. Já o mais velho não tem 
interesse pela vida sofrida do sertão e quer descobrir o 
sentido das palavras, recorrendo mais à mãe. Não são 
nomeados, sendo referidos apenas como “filho mais novo” 
e “filho mais velho”. 
 
Patrão: fazendeiro desonesto que explora seus 
empregados, e contrata Fabiano para trabalhar, em troca 
de um lugar para morar e um salário miserável. 
 
 
 
AULA 2 – RESUMO 
"Vidas Secas é uma obra regionalista que retrata a vida 
miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada 
a se deslocar de tempos fugindo da seca. Para transmitir 
essa ideia da seca sertaneja, Graciliano Ramos usa uma 
linguagem bem direta, com escassas adjetivações. A obra 
é cíclica, representando a constante mudança da família 
de Fabiano atrás de um lugar menos castigado pela 
aridez. 
 
Fabiano é um homem rude, típico vaqueiro do sertão 
nordestino, que por nunca ter frequentado a escola mal 
sabe falar, e chega a ver a si próprio como um animal às 
vezes. Empregado em uma fazenda, reflete 
constantemente sobre a brutalidade com a qual seu patrão 
o trata. Justamente por “não ser bom com as palavras” 
jamais de impõe diante dos que se aproveitam de sua 
ingenuidade, sendo passado para trás pelo patrão e pelo 
soldado, que representa a autoridade. Diante dessas 
situações, entra em constantes devaneios, recordações, e 
algumas vezes chega a enxergar a família como um fardo 
a carregar. Isso torna o tempo da obra uma mescla entre 
cronológico e psicológico. 
 
Sinha Vitória, esposa de Fabiano, é uma mulher cheia de 
fé e muito trabalhadora, que além de cuidar dos filhos e da 
casa, também ajuda o marido em seu trabalho. Sonhava 
com um futuro melhor para seus filhos e não se 
conformava com a miséria em que viviam. 
 
E é nesse cenário de miséria que viviam os dois meninos, 
não nomeados. O mais novo via na figura do pai um 
exemplo, e queria ser vaqueiro como ele; o mais velho 
queria aprender sobre as palavras, inspirando-se mais na 
mãe. 
 
Além das personagens humanas, havia a considerada 
mais humana der todas, mas que na verdade era uma 
cadela: Baleia. E o capítulo que a aborda seja talvez o 
mais famoso do livro. Baleia está doente e Fabiano, vendo 
seu estado, decide sacrificá-la, por crer que esteja com 
Raiva. Os filhos protestam contra o sacrifício do pobre 
animal, mas não havia outra escolha. Fabiano lança o 
primeiro tiro e a cadela sente o fim próximo, e chega a 
querer morder Fabiano. Mas apesar da raiva que sentia do 
dono, o via como um companheiro de muito tempo. Em 
meio a isso sua visão fica anuviada e ela se vê numa 
espécie de paraíso dos cachorros, onde poderia caçar 
preás à vontade. Assim, Baleia morre. 
 
Então, a vida vai passando para essa família sofredora do 
sertão nordestino. Até que um dia, com o céu