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Timpanismo em ruminantes Lucas RA: 17186743 Matheus Penna RA:20183026 Matheus Gonçalves RA: 20042313 Felippi Rossin RA: Fernando Espongino RA: 20064481 Timpanismo - Definições Acumulo de gases que resulta em uma distensão acentuada do rúmen e retículo impedindo que sua respiração ocorra de forma adequada. Perdas econômicas, queda na produtividade Dor Dificuldade de locomoção Relação rúmen e timpanismo Rúmen é a câmara fermentativa dos alimentos digeridos pelos bovinos. Sofre uma distensão durante o timpanismo devido ao acumulo de gases. Eliminação de gases da fermentação será dificultada. Dificuldade respiratória – circulatória – morte Inchaço = Timpanismo ? Dificilmente ocorre em animais criados a campo. Tipos de timpanismo Timpanismo Primário ou espumoso Secundário ou gasoso Timpanismo primário - Espumoso Ocorre mais comumente em animais criados em confinamento devido a dieta ter uma alta proporção de concentrados Relação concentrado x épocas de seca x timpanismo Causa: Fatores nutricionais Ingestão de leguminosas (ALTO TEOR FDN), baixo teor de fibra, alto teor de carboidratos solúveis e proteínas de alta degradabilidade. Formação de bolhas espuma Aprisionamento do conteúdo Timpanismo secundário - Gasoso Distensão do rúmen devido ao excesso de gás livre no topo do conteúdo ruminal Dificuldade de eructação Distúrbio causado por alterações físicas funcionais da via esofágica ou faríngea Frequência Movimentos ruminais atonia Diferenças de timpanismo: Espumoso x Gasoso Timpanismo espumoso Mais comum em animais que consomem dietas ricas em proteínas ou naqueles que salivam e excesso. Caracterizado pela formação de espuma no rumem. Seu tratamento ajuda na liberação dos gases Seu tratamento está ligado a agentes antiespumantes Principal causa: alta ingestão de leguminosas frescas, forragens e dietas ricas em grãos. Algumas bactérias aumentam o nível de viscosidade ruminal. Timpanismo gasoso Causado pelo acumulo excessivo de gás no rumem Comum em animais que apresentam nível de alteração em sua flora intestinal (microbiota) Comum em animais de dieta rica em carboidratos fermentáveis Seu tratamento está relacionado com a extração dos gases gerados em excesso em seu interior. Causa grande diminuição do ph intestinal do animal. Fotos Aumento do lado esquerdo do abdômen Conteúdo espumoso no interior do rúmen https://youtube.com/shorts/Ssm4UhWL2qc?feature=share Etiologia do timpanismo espumante Fatores etiológicos como causas: Externas / nutricional: consumo de leguminosas ( alfafa, trevo doce ( sabonina e pectinas)), ingestao de concentrados rico em carbohidrato de facil digestão. Internas / individuais: Trastornos hereditarios, afecções crônica (parotidite), bactérias ruminais (produtoras de polissacarídeos em acidose) , Etiologia do timpanismo gasoso As causas são predominantimente secundárias ( aguda ou crinica). Decorrente de circunstância que produza obstrução esofágica ou que interfira no processo de eructação, As causas aguda são obstruções e compressões esofágicas totais As causas crônica são: Paralização pré-gástrico Afetações neurogênicas da eructação devido à inibição bulbar-medular Alteração da condução vagal (envenenamento por plantas cianogênicas ou que contenha oxalatos) fosforosos e outra causa. Obstruções e compressões esofágicas parciais . . Ciclo de ingestão dos carboidratos Ingestão Mastigação Rumem Excreção Absorção Etapas do ciclo da digestão Ingestão: Os animais ruminantes ingerem grandes quantidades de alimentos ricos em carboidratos complexos, como celulose, hemicelulose e amido, juntamente com água. Mastigação: O alimento é mastigado e misturado com a saliva, que contém enzimas digestivas. Rúmen: O alimento é então enviado para o rúmen, onde ocorre a fermentação microbiana. Bactérias, protozoários e fungos presentes no rúmen fermentam os carboidratos complexos em ácidos graxos voláteis (AGVs), como acetato, propionato e butirato. Absorção: Os AGVs são absorvidos pelo epitélio ruminal e passam para o sangue, onde são utilizados como fonte de energia para o animal. Excreção: Os resíduos fibrosos que não foram digeridos no rúmen são enviados para as outras câmaras do estômago dos ruminantes, onde a digestão e absorção continuam. Os resíduos não digeridos são excretados nas fezes 14 Ingestão dos carboidratos O ciclo de ação do carboidrato no rúmen é um processo complexo que permite que os animais ruminantes aproveitem ao máximo os nutrientes contidos nos alimentos fibrosos que consomem A fermentação no rúmen também é importante para a síntese de proteínas e vitaminas que o animal precisa para sobreviver. Ambos os tipos de timpanismo podem levar a sérias complicações e óbito do animal se não tratados rapidamente. Os carboidratos, especialmente aqueles que contêm fibras, podem causar timpanismo porque não são completamente digeridos no intestino delgado. Em vez disso, eles são fermentados pelas bactérias do cólon, produzindo gases como dióxido de carbono, hidrogênio e metano Sinais clínicos de timpanismo gasoso(Crônico) e espumante(Agudo) Diminuição de apetite cólica abdominal Inquietação Aumento no volume do abdômen Mesmos sintomas, porem o agudo se manifesta mais rápido e as etiologias são diferentes entre si Palpação e precursão Surgimento de anorexia, bruxismo, mastigação e deglutição á vácuo gemidos e exteriorização da língua, defecação e micção repetidas Tratamento O tipo de tratamento a ser feito varia de acordo com o tipo de timpanismo e o grau de severidade do caso. Casos leves pode tentar fazer tratamento etiologico. Muitas vezes os sintomas só são observados em condições avançadas, quando se torna necessário o uso de medidas de emergência para que se consiga salvar o animal. Tratamento clínico - timpanismo espumoso O tratamento deve visar a expulsão dos gases e a redução da estabilidade da espuma. Suspenção de alimento e agua imediata Sonda orogástrica. O trocáter na fossa paralombar esquerda, Casos graves, da abertura cirúrgica do rúmen pode ser necessária (ruminotomia). No caso do uso de sonda ou trocáter, após o alívio da pressão no rúmen, administração, via sonda ou no local da trocaterização, Óleos (vegetais de 100 a 400ml) Fármacos: (Silicones como o Metilsilicone polimerizado) Tratamento clínico - timpanismo gasoso O tratamento deve visar o alívio do animal com: Sonda orogástrica, (apresentar alguma dificuldade nos casos de obstrução ou diminuição da luz do esôfago), Tratamento da afecção primaria Cirúrgico em caso graves (esofagotomia, laparoscopia) Manejo alimentar Manejo alimentar Essencial ser feito um manejo alimentar adequado, apresentando uma dieta equilibrada para prevenção do surgimento de timpanismo. Para isso é necessário adotar algumas praticas relacionadas ao manejo. Fornecimento de uma dieta balanceada Fornecer uma forragem de qualidade que é essencial para a saúde gastrointestinal dos bovinos. Introdução gradual de novos alimentos Evitar a oferta de alimentos muito fermentáveis Monitoramento da ingestão de alimentos Fornecimento de suplementos Conclusão Vários fatores são gatilhos a esta etiopatogenia, sendo a má alimentação uma das principais causas, se não tratada pode trazer o animal a óbito, a atenção no manejo e balanceamento são fundamentais para prevenção da doença Entretanto, as dietas precisam ser elaboradas com proporções adequadas de concentrado e volumoso, além da introdução de tecnologias nutricionais, como os aditivos ionóforos, pois o investimento no manejo nutricional do rebanho proporciona eficiência produtiva, além de saúde e bem estar
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