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27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 1/20 NÃO PODE FALTAR BIOENERGÉTICA Christian Grassl Imprimir PRATICAR PARA APRENDER Caro aluno, chegamos à última seção da Unidade 2. Nesta seção, vamos estudar a bioenergética, ou seja, o estudo das transduções energéticas que ocorrem nas células. Em outras palavras, abordaremos a transformação de uma forma de energia em outra, como ocorre na fosforilação oxidativa, processo realizado pela cadeia respiratória. Nesse caso, em particular, a energia cinética, associada ao �uxo de prótons, é transformada em energia química e armazenada nas moléculas de ATP. Aliás, também veremos a estrutura e a função do ATP, a nossa “moeda” energética, utilizada em todos os processos celulares que necessitam de energia, como a contração muscular, as reações de biossíntese, a atividade da bomba sódio-potássio ATPase e outros. Na seção anterior, iniciamos o estudo das vias metabólicas da glicose, em especial, a glicólise e a oxidação do piruvato, ambas envolvendo reações do tipo redox, nas quais elétrons são transferidos para as moléculas NAD (nicotinamida adenina Fonte: Shutterstock. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 2/20 dinucleotídeo). Agora, veremos como esses elétrons carreados pelas moléculas NAD são utilizados para a produção de energia na cadeia respiratória pelo processo de fosforilação oxidativa. Além disso, teremos a via das pentoses-fosfato, uma série de reações químicas em que ocorre a oxidação da glicose, resultando na formação do monossacarídeo ribose-5-fosfato, componente essencial para a síntese de ácidos nucleicos DNA e RNA. Como essa via metabólica envolve reação oxidativa, teremos transferência de elétrons, porém não para a molécula NAD, a carreadora de elétrons que estudamos na seção anterior. Agora, teremos a participação de outra carreadora de elétrons: a NADP, que é fundamental para fornecer elétrons em muitas reações de vias metabólicas de biossíntese. Por �m, estudaremos as vias metabólicas que envolvem outras hexoses: a frutose e a galactose. Todos esses conceitos que serão abordados nesta seção apresentam grande relevância na área da Saúde, pois estão relacionados à homeostasia, a mecanismos �siopatológicos de muitas doenças e aos efeitos farmacológicos de alguns fármacos. Portanto, os assuntos abordados nesta seção são importantes para a sua formação pro�ssional e serão úteis para a compreensão, a análise e a resolução de várias situações que poderão ocorrer na área da Saúde. A situação-problema se refere aos conhecimentos de bioquímica que podem ser aplicados na sua futura prática pro�ssional. Para contextualizar a sua aprendizagem, imagine que você está trabalhando em uma unidade de saúde e se depara com um caso clínico de um rapaz que apresenta de�ciência da enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD). Será que os conceitos que serão aprendidos nesta seção podem ser úteis nessa situação? Veremos a importância desses conceitos na situação-problema. Na sua unidade de saúde, deu entrada um paciente bem jovem apresentando um quadro de anemia hemolítica. Ele estava acompanhado de sua mãe, que relatou a você que o paciente era portador da de�ciência da enzima glicose-6-fosfato- desidrogenase nos eritrócitos, uma doença genética. O paciente tinha ido a um 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 3/20 restaurante de culinária mediterrânea e, por uma imprudência, acabou comendo um prato à base de feijão-fava; após isso, o paciente começou a apresentar palidez, icterícia, cansaço extremo, sonolência e urina escura. A mãe explicou que o paciente faz acompanhamento com hematologista, que passou uma lista de medicamentos e alimentos que não podem ser consumidos por serem oxidantes e, portanto, capazes de desencadear a crise de anemia hemolítica. Além disso, as infecções também podem desencadear as manifestações clínicas da doença devido à resposta in�amatória. Você se interessou pelo caso e resolveu pesquisar mais sobre o assunto. Algumas questões levantadas: 1. Qual via metabólica é afetada? Quais são as consequências bioquímicas? 2. Como explicar a relação entre a via metabólica afetada, as substâncias oxidantes e a lise dos eritrócitos? 3. Sabendo que durante a resposta in�amatória, temos a geração de radicais livres, como explicar a relação da infecção com a anemia hemolítica na de�ciência da enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase? Essas questões são apenas o ponto de partida para mais questionamentos e para estimular a sua procura por mais conhecimentos. A situação-problema proposta é uma pequena amostra da importância dos conhecimentos de bioquímica na prática clínica e nas pesquisas na área da Saúde. O estudo é uma tarefa que apresenta muitas di�culdades, por isso, é importante se dedicar com a�nco para superar essas di�culdades e, com isso, obter resultados que contribuam para o seu crescimento e amadurecimento como ser humano e pro�ssional. Seja o protagonista da sua história de conquistas acadêmicas e pro�ssionais. Então, aos estudos! CONCEITO-CHAVE 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 4/20 Nesta seção, daremos continuidade ao estudo das vias metabólicas, abordaremos os componentes e o mecanismo de funcionamento da cadeia respiratória e veremos como os elétrons gerados em várias reações oxidativas de diferentes vias metabólicas são utilizados para a produção de energia na cadeia respiratória pelo processo de fosforilação oxidativa. Inicialmente, vamos estudar a bioenergética, que aborda a transferência e a utilização da energia pelas células. Antes de nos aprofundarmos nesse conceito, vamos de�nir energia. Você, provavelmente, tem uma noção do conceito de energia. Por exemplo: os equipamentos eletrônicos dependem da energia elétrica para o seu funcionamento, mas também podemos citar a luz, o calor, a correnteza de um rio e tantos outros exemplos. O que acabamos de citar são as diferentes manifestações da energia, mas a verdade é que de�nir energia é muito difícil, sendo bem mais fácil identi�car as suas manifestações, como energia elétrica, energia luminosa, energia térmica, energia cinética, energia potencial etc. Mas como precisamos de uma de�nição, geralmente, associamos ela a conceitos físicos, então, a energia pode ser de�nida como a capacidade de realizar trabalho durante uma reação química ou fenômeno físico, ou seja, a energia é capaz de deslocar algo ou se opor às forças contrárias. Por exemplo: a energia tem a capacidade de organizar a matéria, deslocando as moléculas para organizá-las em células, que, posteriormente, podem ser deslocadas para a organização de sistemas biológicos cada vez mais complexos, como tecidos, órgãos, até chegar a um organismo. Além disso, a energia é necessária para a manutenção da composição dos meios intracelular e extracelular, a movimentação do sistema biológico (�agelo e cílios, no caso da movimentação de células, e um sistema proteico que permite a contração de �bras musculares para a movimentação de um corpo), as vias de biossíntese (ou anabólicas), o movimento de moléculas e íons por meio da membrana plasmática e tantas outras funções biológicas. ASSIMILE 0 V e r a n o ta çõe s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 5/20 Precisamos diferenciar dois processos importantes: a transformação física e a transformação química (também chamada de reação química). Na transformação física, as moléculas continuam intactas, o que altera é a relação entre elas, isto é, as ligações intermoleculares e a liberdade de movimentação das moléculas. Como exemplo, temos o gelo (forma sólida), a água (forma líquida) e o vapor de água (forma gasosa). Todas essas formas são constituídas pela mesma molécula, , então, o que muda? Apenas a relação entre as moléculas de água. Já na transformação química ou reação química, as moléculas iniciais, chamadas de reagentes, são transformadas em novas moléculas, diferentes das iniciais, chamadas de produtos. Por exemplo: a queima da madeira, uma reação química chamada de combustão. Nesse exemplo, a madeira, constituída por moléculas orgânicas (presença do átomo de carbono), ao reagir com o gás oxigênio ( ) origina o gás carbônico ( ), então, nessa reação química, temos os reagentes carbono e gás oxigênio e o produto gás carbônico. A manutenção da vida depende da capacidade da célula em transformar uma forma de energia em outra. Essas transformações de energia que acompanham as reações químicas do sistema biológico (célula ou organismo) são estudadas pela bioenergética e são condicionadas às leis da termodinâmica. Inicialmente, vamos de�nir alguns conceitos importantes da termodinâmica. O sistema é o nosso objeto de estudo, podendo ser um tubo de ensaio com uma determinada reação química ou uma célula; já e o que está ao redor do sistema e não pertence a ele, chamamos de entorno ou vizinhança. O universo, por sua vez, é o conjunto formado pelo sistema e pela vizinhança ou entorno. O sistema pode ser classi�cado em aberto (troca energia e matéria com o entorno), fechado (só troca energia com o entorno) e isolado (não troca nada com o entorno). As células são exemplos de sistemas abertos, pois trocam energia e substâncias com o meio circundante. Os conceitos de trabalho e energia já foram abordados anteriormente no texto, então, faltou de�nirmos calor, que é a energia em movimento devido à diferença de temperatura entre dois meios. H2O O2 CO2 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 6/20 Outros parâmetros importantes para a termodinâmica são: energia interna, entalpia, entropia e variação de energia livre (ou de Gibbs). A energia interna (U) corresponde ao conteúdo total de energia do sistema, ou seja, a soma das energias cinética e potencial das moléculas constituintes do sistema. A entalpia (H) é o parâmetro que mede a quantidade de energia de um sistema que pode ser transformada em calor à pressão constante. Já a variação de entalpia, ou seja, a diferença entre as entalpias �nal e inicial de um sistema, re�ete a energia liberada e absorvida de um sistema em pressão constante. A depender do valor da variação de entalpia, podemos classi�car as reações químicas e os fenômenos físicos em exotérmicos e endotérmicos. Em um processo exotérmico, a variação de entalpia do sistema é negativa, pois o sistema transfere energia na forma de calor para o entorno, enquanto em um processo endotérmico, a variação de entalpia do sistema é positiva, pois recebe energia do entorno na forma de calor. Com base nos conceitos de energia interna e entalpia, foi estabelecida a Primeira Lei da Termodinâmica ou Princípio da Conservação de Energia, que declara que a energia interna de um sistema isolado é constante. Podemos desdobrar esse conceito e dizer que a energia do universo é constante, ou seja, a energia pode ser transferida entre o sistema e o entorno ou ser transformada em outra, porém jamais destruída ou criada. Por exemplo: a energia química armazenada no ATP é utilizada na interação entre actina e miosina, duas proteínas contráteis das �bras musculares, permitindo a contração da �bra muscular. Com isso, essa energia química é convertida em energia cinética, que resulta em movimentos do corpo. Outro exemplo é a transferência da energia das ligações químicas dentro da molécula de glicose para a molécula de ATP, como estudamos na oxidação da glicose. Um processo físico ou químico é espontâneo quando ocorre sem a necessidade de ser induzido por fatores externos. O fato de ser espontâneo não quer dizer que o processo seja rápido, signi�ca que o processo é energeticamente favorável, e é aí que entram as enzimas que estudamos na Unidade 1, pois essas proteínas, ao reduzirem a energia de ativação da reação química, tornam bem mais rápidos os 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 7/20 processos espontâneos, o que é fundamental para a viabilidade da vida. Associado à espontaneidade do processo, temos o parâmetro termodinâmico da entropia, que é uma medida da desordem ou da aleatoriedade de um sistema. Assim, um valor alto de entropia signi�ca muita desordem no sistema, enquanto um valor baixo de entropia indica pouca desordem no sistema. Em um sistema isolado, o processo espontâneo leva a um aumento da desordem do sistema, e baseada no conceito de entropia, temos a Segunda Lei da Termodinâmica, que a�rma que toda transformação de uma forma de energia em outra e a transferência de energia entre o sistema e o entorno aumentam a entropia do universo. Quando estamos em atividade física, aumentamos a entropia do universo, pois liberamos calor para o entorno com o aumento da sudorese, em resposta ao aumento da temperatura interna do organismo, bem como aumentamos a oxidação de glicose e de ácidos graxos para produção de energia. O resultado do aumento da oxidação dessas moléculas, além da energia e do calor, é a formação de grandes quantidades de água e gás carbônico que são eliminados para o entorno, com isso, aumenta-se a desordem do entorno e, portanto, do universo. As células são sistemas biológicos formados por moléculas com alto grau de organização nas suas estruturas, então, isso quer dizer que os sistemas biológicos não respeitam a Segunda Lei da Termodinâmica? Negativo. Os sistemas biológicos (células, tecidos, organismos), apesar da sua organização, respeitam as leis da termodinâmica, o que acontece é um equilíbrio entre os sistemas biológicos e o seu entorno em relação à entropia. Para os sistemas biológicos manterem o seu alto grau de organização, isto é, baixa entropia, o entorno precisa apresentar maior desordem, portanto, a baixa entropia dos sistemas biológicos é compensada pela alta entropia do entorno. Por exemplo: um organismo recebe do meio moléculas complexas, como amido e glicogênio; essas moléculas, pelo processo digestivo, são convertidas em glicose, que, posteriormente, pelo processo oxidativo, será transformada em energia, calor, gás carbônico e água. Assim sendo, o organismo receberá moléculas mais organizadas e devolverá ao entorno maior número de moléculas pequenas, água e gás carbônico, além do calor, que 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 8/20 aumentará a energia cinética das moléculas do entorno, logo, o organismo contribuirá para aumentar a entropia do entorno, permitindo o aumento do grau de organização dentro do organismo. Outroconceito útil em termodinâmica é a energia livre de Gibbs ou apenas energia livre, que corresponde à quantidade de energia de um sistema capaz de realizar trabalho durante uma reação química à temperatura e pressão constantes. Para se veri�car se uma reação química é espontânea, é necessário determinar a variação de entropia do sistema, a variação de entropia do entorno e a soma dos valores dessas variações de entropia, e isso di�culta muito o processo. A energia livre de Gibbs surgiu como uma simpli�cação, pois permite determinar a espontaneidade da reação química e fornece informações sobre o trabalho realizado pelo sistema durante a reação química. Para o cálculo da energia livre de Gibbs, considera-se os valores da entalpia, da entropia e da temperatura absoluta. Com os valores da variação de energia livre de Gibbs, podemos classi�car as reações químicas em exergônicas, quando o valor é negativo e espontâneo, e endergônicas, quando o valor é positivo e não espontâneo. Por exemplo: o processo de oxidação completa da glicose, que envolve muitas reações químicas, é exergônico, pois o valor da variação de energia de Gibbs é de – 2870 kJ/mol, logo, é um processo espontâneo, porém não signi�ca que seja rápido, apenas que é energeticamente favorável. Para tornar o processo mais rápido, existem as enzimas que catalisam todas as reações químicas da oxidação completa da glicose Como visto anteriormente, a energia é a capacidade de se realizar trabalhos. Nas células, a energia é utilizada para a realização de vários trabalhos, como ativação de reações endergônicas das vias de biossíntese, transporte ativo de substâncias por meio da membrana plasmática e movimento (�agelos, cílios e contração muscular). A energia para o trabalho celular é proveniente da molécula trifosfato de adenosina (ATP), que é composta pela ribose (monossacarídeo), pela adenina (base nitrogenada) e por três grupos fosfato. A molécula de ATP libera energia 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 9/20 quando a ligação química do último grupo fosfato é rompida, originando a molécula de ADP (difosfato de adenosina) e fosfato inorgânico. Na Figura 2.22, podemos veri�car a estrutura e a reação de hidrólise do ATP. Figura 2.22 | Estrutura do ATP e a reação de hidrólise do ATP para liberar energia Fonte: elaborada pelo autor. Nas células, a energia liberada pelo ATP ativa as reações endergônicas, em geral, envolvendo a fosforilação de moléculas. Podemos citar como exemplo a fosforilação da glicose com a formação da glicose-6-fosfato, que ocorre devido à transferência de grupo fosfato do ATP. As reações endergônicas e exergônicas são acopladas, permitindo que o processo, no �nal, seja exergônico, como na oxidação da glicose para produção de energia. A regeneração do ATP depende da energia livre liberada pelas reações exergônicas e dos elétrons gerados nas reações de oxidação, como a oxidação da glicose e do ácido graxo, que permite a adição do fosfato inorgânico ao ADP para formar o ATP. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 10/20 As principais fontes de energia livre para regeneração do ATP são: glicólise, ciclo do ácido cítrico, oxidação do ácido graxo e fosforilação oxidativa. EXEMPLIFICANDO Um homem adulto com cerca de 70 kg necessita de, pelo menos, 2000 quilocalorias por dia para a manutenção das suas funções orgânicas. Em termos energéticos, essa quantidade de energia corresponde a 83 kg de ATP, porém as pessoas dispõem de apenas 250 gramas de ATP a qualquer momento, e isso mostra que a nossa capacidade de regenerar o ATP tem que ser bem elevada. Cada molécula de ATP é regenerada cerca de 300 vezes por dia, e a principal fonte de regeneração de ATP é a fosforilação oxidativa que ocorre na mitocôndria. As reações de oxirredução (ou redox) estão presentes em muitas vias metabólicas, em especial as relacionadas com a produção de energia. Na oxidação, ocorre perda de elétrons, ou seja, aumento do valor do número de oxidação; já na redução, há ganho de elétrons, ou seja, diminuição do valor do número de oxidação. O número de oxidação está relacionado à carga elétrica, real ou parcial, dos átomos constituintes das moléculas reagentes. Oxidante é a molécula que provoca oxidação de outra molécula e sofre redução; redutor é a molécula que provoca redução de outra molécula e sofre oxidação. Nas reações de oxirredução, temos a transferência de elétrons do redutor para o oxidante; por exemplo: na descarboxilação oxidativa do piruvato, o que resulta na formação de acetil-CoA, o piruvato é o redutor, pois perde elétrons e os transfere para o NAD+, que age como oxidante. Apesar de o termo oxidação remeter ao gás oxigênio, muitas reações de oxidação ocorrem sem a participação dessa molécula. O conjunto das reações de oxirredução que ocorrem nos sistemas biológicos é denominado de oxidação biológica. Na �gura 2.23, destacamos o processo redox da equação resumida da respiração celular. Figura 2.23 | Equação resumida da respiração celular e o processo redox envolvido 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:13 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 11/20 Fonte: elaborada pelo autor. A energia presente na glicose, nos ácidos graxos e nos aminoácidos é liberada aos poucos, em várias etapas, cada uma catalisada por uma enzima especí�ca. Nessas etapas, a energia dessas fontes energéticas pode ser transferida diretamente para o ADP por meio da sua fosforilação, originando o ATP. A outra possibilidade é a transferência de elétrons dessas fontes energéticas para os carreadores de elétrons NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e FAD (�avina adenina dinucleotídeo), e esses elétrons serão, posteriormente, transferidos para a cadeia respiratória ou cadeia de transporte de elétrons, onde serão utilizados para o processo de fosforilação oxidativa. As oxidações da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos e a fosforilação do ADP para formar ATP estão acoplados por um gradiente de prótons, por meio da membrana interna da mitocôndria. A seguir, veremos como ocorre esse acoplamento de reações na cadeia respiratória. Na membrana interna da mitocôndria, entre o espaço intermembranoso e a matriz mitocondrial, encontramos a cadeia respiratória ou cadeia de transporte de elétrons, que é formada por vários componentes, especialmente por proteínas. Esses componentes estão organizados em 4 complexos proteicos, transportadores de elétrons com certa mobilidade, presentes na membrana interna da mitocôndria, e um canal de prótons associado à enzima ATP sintase. O Complexo I (NADH-desidrogenase) recebe os elétrons de NADH, que acaba se regenerando para NAD+, permitindo a manutenção da glicólise, como vimos na seção anterior. Em outras palavras, NADH é oxidada a NAD+, enquanto o complexo 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 12/20 I é reduzido. Esse complexo proteico possui atividade de bomba de prótons que é ativada por elétrons, resultando no transporte de prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso. O Complexo II (Succinato-desidrogenase) recebe os elétrons de FADH2, porém não apresenta atividade de bomba de prótons. Ele é o elo de ligação entre a cadeia respiratóriae o ciclo do ácido cítrico, pois também é enzima, a única ligada à membrana interna mitocondrial, de uma das etapas do ciclo do ácido cítrico. Em seguida, os elétrons dos Complexos I e II são transferidos para a ubiquinona ou coenzima Q, molécula de origem lipídica que atua como carreador de elétrons, presente na membrana interna da mitocôndria. A ubiquinona reduzida transfere os elétrons para o Complexo III (Ubiquinona: citocromo c-oxidorredutase). Esses elétrons são necessários para a atividade de bomba de prótons presente no Complexo III, o que resulta no transporte ativo de prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso. Em seguida, os elétrons do Complexo III são transferidos para o citocromo c, proteína presente na membrana interna da mitocôndria. O citocromo c, por sua vez, transfere os elétrons para o Complexo IV (Citocromo-oxidase), onde a atividade de bomba de prótons é ativada por esses elétrons, permitindo o bombeamento de prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso. A Figura 2.24 representa o esquema da cadeia respiratória para auxiliar na compreensão do seu mecanismo de funcionamento. Figura 2.24 | Representação dos componentes e do mecanismo de funcionamento da cadeia respiratória 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 13/20 Fonte: elaborada pelo autor. No �nal da cadeia respiratória, o Complexo IV transfere os elétrons para a molécula de oxigênio ( ) que atua como aceptor �nal de elétrons da cadeia respiratória. À medida que a molécula recebe os elétrons e reage com os prótons do meio, são formados vários intermediários, as espécies reativas de oxigênio, até a formação da molécula de água. Na Figura 2.25, podemos ver uma escada de intermediários à medida que ocorrem as reduções. Na primeira redução, a molécula de oxigênio é convertida em radical superóxido; em seguida, o radical superóxido é reduzido à peróxido de hidrogênio; este, por sua vez, é reduzido à radical hidroxila; por �m, o radical hidroxila é reduzido à molécula de água. Figura 2.25 | Representação das reações químicas envolvidas na redução do gás oxigênio ( ) à molécula de água O2 O2 O2 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 14/20 Fonte: elaborada pelo autor. REFLITA O gás oxigênio ( ) é o aceptor �nal de elétrons da cadeia respiratória e, portanto, essencial para o seu funcionamento. Na ausência ou insu�ciência de , a cadeia respiratória e as demais etapas oxidativas mitocondriais �cam prejudicadas. A molécula de também atua como aceptora �nal de elétrons na cadeia respiratória de bactérias (células procarióticas), e essas células não possuem organelas, portanto, não têm mitocôndrias. A cadeia respiratória está localizada na membrana plasmática das células procarióticas. Diante disso, no caso das bactérias anaeróbicas, como a cadeia respiratória funciona na ausência de ? Alguma ideia? Com a atividade das bombas de prótons dos Complexos I, III e IV, é criado um gradiente eletroquímico de prótons por meio da membrana interna da mitocôndria com maior concentração de prótons no espaço intermembranoso e menor concentração de prótons na matriz mitocondrial. Na membrana interna da mitocôndria, temos a presença de um canal de prótons associado à enzima ATP sintase; o gradiente eletroquímico de prótons é a força motriz que gera um �uxo O2 O2 O2 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 15/20 de prótons a favor do gradiente, ou seja, do espaço intermembranoso para a matriz mitocondrial que passa pelos canais de prótons. A energia associada ao �uxo de prótons é utilizada pela enzima ATP sintase para fosforilar o ADP, formando, assim, o ATP. Portanto, a energia cinética do �uxo de prótons é transformada em energia química armazenada no ATP. Esse mecanismo de fosforilação oxidativa dependente do gradiente eletroquímico de prótons por meio da membrana interna da mitocôndria é chamado de modelo quimiosmótico. Podemos ver a fosforilação oxidativa na Figura 2.24. Na membrana interna da mitocôndria, também encontramos as proteínas desacopladoras (UCPs), que permitem a passagem do �uxo de prótons a favor do seu gradiente eletroquímico. Porém, essas proteínas não estão associadas às enzimas ATP sintase, por isso, a energia cinética do �uxo de prótons não é transformada em energia química para ser armazenada em ATP; essa energia cinética é liberada na forma de calor, em um processo chamado de termogênese. As proteínas UCPs são encontradas, principalmente, no tecido adiposo marrom, mais abundante nos recém-nascidos, sendo responsáveis pela produção de calor para a manutenção da temperatura corporal. VIA DAS PENTOSES-FOSFATO E OUTRAS VIAS METABÓLICAS QUE ENVOLVEM AS HEXOSES A via das pentoses-fosfato é um conjunto de reações químicas que ocorre no citosol e cujo substrato inicial é a glicose-6-fosfato e o produto �nal é a ribose-5- fosfato. Como há reações oxidativas nessa via metabólica, há transferência de elétrons para a NADP+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato) para a formação de NADPH, essencial para as reações de biossíntese, para a atividade das enzimas do sistema citocromo P450 (responsável pela biotransformação de xenobióticos e biossíntese de hormônios esteroides) e como proteção contra o estresse oxidativo (para mais informações sobre a importância de NADPH na defesa antioxidante, leia o box Saiba mais). 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 16/20 A via das pentoses-fosfato é dividida em duas fases, a de geração de NADPH com reações irreversíveis e a interconversão não oxidativa de monossacarídeos com reações reversíveis. A fase de reações irreversíveis inicia-se com a oxidação da glicose-6-fosfato para formar 6-fosfogliconolactona, reação catalisada pela enzima glicose-6-fosfato desidrogenase. Como é uma reação de oxidação, há transferência de elétrons para a formação de NADPH. Em seguida, 6-fosfogliconolactona é convertido em 6-fosfogliconato e, �nalmente, encerra-se a primeira fase de reações, havendo a oxidação de 6-fosfogliconato, reação catalisada pela enzima 6- fosfogliconato desidrogenase, para formar D-ribulose-5-fosfato, uma molécula de NADPH e uma molécula de gás carbônico. Portanto, na fase de reações irreversíveis ou de geração de NADPH, temos a formação de duas moléculas de NADPH. Na outra fase da via das pentoses-fosfato, temos as reações reversíveis que participam da interconversão dos monossacarídeos. A D-ribulose-5-fosfato, em uma reação catalisada pela enzima fosfopentose-isomerase, é convertida em D- ribose-5-fosfato, fundamental para a síntese dos ácidos nucleicos RNA e DNA. Nas reações de interconversão de monossacarídeos, temos a formação de diferentes monossacarídeos, entre eles, a D-frutose-6-fosfato e D-gliceraldeído-3-fosfato, que podem entrar como intermediários da glicólise. Na Figura 2.26, temos o esquema representativo da via das pentoses-fosfato. Figura 2.26 | Esquema representativo da via das pentoses-fosfato 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA…17/20 Fonte: elaborada pelo autor. Existem vias metabólicas que envolvem outras hexoses, como a galactose e a frutose. No caso da frutose, esse monossacarídeo é substrato para glicólise, especialmente no fígado. Uma dieta rica em frutose pode desencadear um aumento da taxa de glicólise no fígado, resultando em aumento da taxa de síntese de ácidos graxos devido à maior disponibilidade de dihidroxiacetona, um intermediário da glicólise. Com maior produção hepática de ácidos graxos, há maior secreção de VLDL, o que resulta em hipertrigliceridemia (maior concentração plasmática de triacilgliceróis ou triglicérides). A galactose obtida da dieta é convertida em glicose no fígado. Aqui, encerramos a Unidade 2 dedicada ao estudo dos carboidratos, considerando as suas propriedades estruturais e funcionais. Além disso, estudamos as vias metabólicas envolvendo carboidratos, glicólise, oxidação do piruvato, fermentação, glicogênese, glicogenólise, gliconeogênese, via das pentoses-fosfato e vias metabólicas da galactose e da frutose. Por �m, estudamos bioenergética, a oxidação biológica e a fosforilação oxidativa. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 18/20 FAÇA A VALER A PENA Questão 1 A via das pentoses-fosfato, um conjunto de reações químicas presente no citosol, utiliza a glicose-6-fosfato como substrato inicial. Após uma série de reações químicas, ribose-5-fosfato é formada. Além disso, essa via possui reações oxidativas com transferência de elétrons para carreadores. Em relação à via das pentoses-fosfato, assinale a alternativa correta. a. Na via das pentoses-fosfato, há formação de NADH, importante para a redução da glutationa em uma reação catalisada pela glutationa peroxidase. b. Ocorre a formação de FADH2 na via das pentoses-fosfato; em seguida, FADH2 leva os elétrons para a cadeia respiratória. c. Na via das pentoses-fosfato, há a formação de NADPH, importante para as reações de biossíntese e proteção contra estresse oxidativo. d. NADPH, formada na via das pentoses-fosfato, é uma importante carreadora de elétrons para a cadeia respiratória. e. Na via das pentoses-fosfato, ocorre a formação de NADPH, NADH e FADH2, além de ela gerar energia livre para a síntese de ATP. Questão 2 A bioenergética é o estudo das transformações e transferências de energia que ocorrem nos sistemas biológicos (células, tecidos, organismos). Essa área da ciência é baseada nos princípios de termodinâmica, sendo importantes os conceitos de entalpia, entropia e energia livre de Gibbs para se compreender o �uxo de energia nos sistemas biológicos. Baseando-se nos seus conhecimentos sobre bioenergética, assinale a alternativa que de�ne corretamente a entalpia, entropia e a energia livre de Gibbs, respectivamente. a. Quantidade de energia de um sistema que pode ser transformada em calor; medida da desordem de um sistema; quantidade de energia de um sistema capaz de realizar trabalho durante uma reação química. b. Quantidade de energia de um sistema capaz de realizar trabalho durante uma reação química; medida da desordem de um sistema; quantidade de energia de um sistema que pode ser transformada em calor. c. Medida da desordem de um sistema; quantidade de energia de um sistema que pode ser transformada em calor; quantidade de energia de um sistema capaz de realizar trabalho durante uma reação química. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 19/20 REFERÊNCIAS ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. BENDER, D. A; MAYES, P. A. Via das pentoses-fosfato e outras vias do metabolismo das hexoses. In: RODWELL, V. W. et al. (Org.). Bioquímica ilustrada de Harper. 30. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. BERG, J. M.; TYMOCZKO, J. L.; STRYER, L. (Org.). Bioquímica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2014. d. Quantidade de energia de um sistema que pode ser transformada em calor; quantidade de energia de um sistema capaz de realizar trabalho durante uma reação química; medida da desordem de um sistema. e. Quantidade de energia de um sistema capaz de realizar trabalho durante uma reação química; quantidade de energia de um sistema que pode ser transformada em calor; medida da desordem de um sistema. Questão 3 A cadeia respiratória é composta por complexos proteicos, carreadores de elétrons e canais de prótons associados à enzima ATP sintase; ela está presente na membrana interna da mitocôndria e é responsável pelo processo de fosforilação oxidativa — responsável pela produção da maior parte dos ATPs utilizados pelo organismo. Em relação à fosforilação oxidativa, assinale a alternativa correta. a. Os elétrons transferidos por FADH2 ativam a bomba de prótons presente no Complexo II; com isso, o Complexo II transporta prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso. b. NADPH, formada nas reações de oxidação da via das pentoses-fosfato, transfere os elétrons para o Complexo I; dessa maneira, a bomba de prótons desse complexo é ativada para o transporte de prótons. c. As bombas de prótons dos Complexos I, II, III e IV, ativadas por ATP, são responsáveis pela criação de um gradiente eletroquímico de prótons por meio da membrana interna da mitocôndria. d. NADH e FADH2 transferem os elétrons provenientes de reações oxidativas (glicólise, oxidação do piruvato, ciclo do ácido cítrico e oxidação de ácidos graxos) para os Complexos II e IV, respectivamente. e. O gradiente eletroquímico de prótons é a força motriz para a geração de um �uxo de prótons para a matriz mitocondrial. Ao passar pelos canais de prótons, a energia associada a esse �uxo é convertida em energia química pela ATP sintase. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:14 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SA… 20/20 FERRIER, D. R. Bioenergética e fosforilação oxidativa. In: FERRIER, D. R. (Org.). Bioquímica ilustrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. FERRIER, D. R. Via das pentoses-fosfato e NADPH. In: FERRIER, D. R. (Org.). Bioquímica ilustrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. NELSON, D. L.; COX, M. M. (Org.). Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. REECE, J. B. et al. Introdução ao metabolismo. In: REECE, J. B. et al. (Org.). Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. REECE, J. B. et al. Respiração celular e fermentação. In: REECE, J. B. et al. (Org.). Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. RODWELL, V. W. et al. (Org.). Bioquímica ilustrada de Harper. 30. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. 0 V e r a n o ta çõ e s
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