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Simulado PSA 2023 1

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Prévia do material em texto

Usuário
	fabinete.rodrigues @aluno.unip.br
	Teste
	PSA 2023/1
	Enviado
	09/05/23 23:58
	Status
	Completada
	Resultado da tentativa
	8,5 em 10 pontos  
· Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge.
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. De acordo com a charge, o indivíduo que se informa somente por mensagens enviadas por redes sociais tem uma visão limitada e não verdadeira sobre os acontecimentos, sendo induzido a interpretações erradas.
PORQUE
1. Apenas os cientistas têm discernimento sobre os fenômenos naturais e sociais, e a observação da realidade não é uma forma válida de conhecimento.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.
	
	
	
· Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge, que faz o contraponto entre o filósofo Sócrates e um indivíduo contemporâneo que se informa pelas redes sociais.
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A charge enaltece o interesse atual dos jovens pela informação e critica a falta de entusiasmo pelo conhecimento no período clássico da civilização grega. 
PORQUE
II. O objetivo da charge é mostrar que a tecnologia permitiu a evolução do conhecimento e que, na “sociedade da informação”, somos mais sábios.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. As asserções I e II são falsas.
	
	
	
· Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge.
 O objetivo da charge é
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas importantes para a construção do conhecimento.
	
	
	
· Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto, publicado em 11 de janeiro de 2023, pela agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Inteligência artificial pode orientar o diagnóstico de pacientes com falência da medula óssea
Um algoritmo de machine learning capaz de orientar o diagnóstico de síndromes de falência da medula óssea foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores norte-americanos. Os resultados foram divulgados na revista Blood, da American Society of Hematology.
Com base na análise de 25 variáveis clínicas e laboratoriais, o modelo consegue predizer se a condição é hereditária ou adquirida, o que tem implicações principalmente no manejo de casos graves de pancitopenia – condição em que há redução tanto dos glóbulos brancos e vermelhos do sangue quanto das plaquetas, resultando em anemia [deficiência de glóbulos vermelhos do sangue que pode causar fraqueza, cansaço, sonolência, falta de ar, entre outros problemas], leucopenia [menor capacidade de combater infecções por deficiência de glóbulos brancos do sangue] e trombocitopenia [maior risco de hemorragias por deficiência de plaquetas].
“A escolha de adiar o tratamento enquanto se aguarda o teste genético pode resultar em atraso significativo no tratamento de pacientes gravemente pancitopênicos. Por outro lado, o diagnóstico errado de insuficiência hereditária da medula óssea [BMF, na sigla em inglês] pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família afetado como doador de células-tronco”, afirmam os autores no artigo.
Segundo os pesquisadores, a ferramenta poderia ser útil para hematologistas e outros profissionais de saúde que atuam em centros com poucos recursos, auxiliando na tomada de decisão clínica.
O trabalho envolveu cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Um dos coordenadores da pesquisa foi Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor-presidente-executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC.
Para desenvolver a ferramenta, o grupo fez uso de machine learning, um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/inteligencia-artificial-pode-orientar-o-diagnostico-de-pacientes-com-falencia-da-medula-ossea/40446/>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas.
I.    O algoritmo é capaz de oferecer um diagnóstico preciso a respeito de síndromes de falência da medula óssea, dispensando quaisquer outros tipos de análises.
II.    O algoritmo foi produzido por pesquisadores da American Society of Hematology, com base na inteligência artificial, que é um ramo do machine learning.
III.    A ferramenta é capaz de predizer se a condição de falência da medula óssea é hereditária ou adquirida.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
Mas o que distingue o cinema de todos os outros meios de expressão culturais é o poder excepcional que lhe advém do fato de a sua linguagem funcionar a partir da reprodução fotográfica da realidade. Com efeito, com ele, são os próprios seres e as próprias coisas que aparecem e falam, dirigem-se aos sentidos e falam à imaginação: a uma primeira abordagem parece que qualquer representação (o significante) coincide de forma exata e unívoca com a informação conceptual que veicula (o significado).
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Lisboa: Dinalivros, 2005, p.24. 
A seguir, temos a foto de uma cena do filme “O Poderoso Chefão” (1972). Essa obra-prima do cinema, ganhadora de diversos Oscars, inclusive o de Melhor Filme, mostra a trajetória de uma família mafiosa de Nova York de uma maneira que jamais havia sido vista antes. O roteiro do diretor Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo do escritor ítalo-americano Mario Puzo, apresenta o crime organizado como uma empresa capitalista qualquer e, ao fazer isso, põe no mesmo nível os capitalistas e os mafiosos. Em vez de apelar para os diálogos ou a atuação dos atores para evocar a onipresença do mal no universo de crimes e assassinatos perpetrados pela máfia, o filme emprega uma fotografia contrastada em claro/escuro, predominantemente sombria. Trata-se de uma maneira estritamente visual de trabalhar um tema, a característica essencial do cinema como linguagem autônoma.
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I.    De acordo com o texto, o cinema é uma forma de arte exclusivamente imagética, que independe das palavras.
PORQUE
II.    Os recursos visuais, como iluminação e fotografia, são importantes na construção da mensagem cinematográfica.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
O deleite e as dores da superdotação
A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode causar um incêndio devastador, esclarecem especialistas
Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer durante toda a vida com problemas mentais e de relacionamento,com um sentimento de não pertencimento pela falta de diagnóstico e de atendimento de especialistas e, às vezes, com indiferença dentro das escolas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5% das crianças e dos adolescentes estão nas salas de aula sem reconhecimento de seus potenciais, sem desfrutarem dos seus direitos garantidos na legislação brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 traz quem é esse público e qual é o direito do superdotado e sustenta que a criança com altas habilidades/superdotação é público-alvo da educação especial.
Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma área do conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da superdotação relaciona-se ao seu traço de heterogeneidade. Assim, algumas pessoas podem destacar-se em um setor, ou podem combinar várias áreas, explica Ângela Magda Rodrigues Virgolim, graduada e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília e fundadora do “Instituto Virgolim para Altas Habilidades e Superdotação”.
“Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade; por isso, o processo de reconhecimento é fundamental”, alerta Denise Rocha Belfort Arantes-Brero, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD).
O professor é capaz de identificar a superdotação porque está todo dia em contato com o aluno e conhece seu desempenho, estando apto a fazer uma análise comparativa. “Uma professora de matemática é capaz de reconhecer qual aluno se destaca comparado aos seus pares etários. E isso é possível para o professor em qualquer disciplina”, afirma Denise Brero, que é também especialista em educação especial para dotados e talentosos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG) e doutora em Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem pela Universidade Estadual Paulista em Bauru.
Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e se destacam, sendo visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são ignorados por professores que não olham, não escutam e não são sensíveis a isso, esclarece Olzeni Ribeiro, consultora da Unesco e do Ministério da Educação na criação de cursos na área de altas habilidades/superdotação, além de doutora em Educação, neuropsicopedagoga clínica e institucional e especialista em altas habilidades/superdotação.
“Quando eu peço aos pais que descrevam seus filhos superdotados, a palavra ‘sensível’ aparece com mais frequência. E a sensibilidade assume muitas formas: os sentimentos são facilmente magoados, com possíveis crises de choro compulsivo. Eles ‘sentem os sentimentos’ dos outros, respondem às críticas de forma intensa e às vezes reagem a estímulos do ambiente como luz, ruído, texturas, poluição do ar e determinados alimentos. O perfeccionismo e a intensidade também surgem com frequência nas descrições dos pais”, descreve Olzeni.
“O que precisa ser desmitificado é que a alta habilidade/superdotação não está somente relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O que pesa mais é a história de vida, o que a criança faz, seu desempenho, mais do que a pontuação do QI”, determina Denise Brero.
Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. Sentem-se desafiados. Para a especialista, a criança superdotada questiona mais, traz novidades e se interessa por um conteúdo mais aprofundado. Ela expressa que esses alunos enriquecem a turma e cita o médico Joseph Salvatore Renzulli, um dos maiores especialistas na educação de superdotados: “Uma maré crescente leva todos os navios. Mas os superdotados têm que ser olhados na sua individualidade e receber alguma atenção especial para continuarem a florescer, a desenvolver os seus potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam produtores de conhecimento e contribuam para o desenvolvimento da sociedade”.
Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar atentos se aparecerem sintomas como desmotivação, vontade de faltar às aulas, dor de barriga e de cabeça, falta de envolvimento e de interesse, tristeza. Ao longo da vida, em alguns momentos, o superdotado precisará de um acompanhamento psicológico para lidar com essas questões – se aparecerem.
Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias específicas dentro da escola: o enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos. Cada caso é avaliado para definir qual estratégia beneficiará mais a criança. O desejo da criança deve ser respeitado, e todo o processo deve ser acompanhado, pois se trata de uma mudança abrupta. Em muitos casos, a aceleração de estudos (pular a série) é positiva, a criança se sente motivada.
O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, cujo conhecimento é devorar leituras, escrever muito bem, e a escola o adora pois ele não gera demandas, mas é muito prejudicado porque a escola bloqueia o desenvolvimento. “Toda escola no Brasil estabelece um teto de aprendizagem, o que prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora do livro “Criatividade”, em uma perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções, publicado com a chancela da Unesco.
Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais força e expressão a um ambiente no qual suas habilidades não são percebidas e suas necessidades não são atendidas. Podem ter um comportamento social inadequado, revelando hostilidade e agressão com relação aos outros (pais, professores, figuras de autoridade) ou se entregando a atos de delinquência social.
“Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios que diminuem a energia, a cognição e a intelectualidade da criança. O remédio é um freio para sua inteligência, e sua intelectualidade é destruída”, revela Olzeni, pedagoga, há 30 anos atuando na área da educação com altas habilidades/superdotação e outras condições especiais.
Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação para a escola, pelo amor de Deus, não digam que esses pais são vaidosos. A superdotação é genética, não é fabricada. Se não for diagnosticada e devidamente trabalhada, esse adulto precisará de terapia, se não chegar ao suicídio”. Crianças com altas habilidades são um precioso recurso nacional que precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido.
Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com adaptações).
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a pessoa em uma condição especial de aprendizagem, que demanda das escolas uma forma diferenciada de trabalho pedagógico.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge e o texto de Eugenio Bucci.
 
Há erros de informação, imprecisões, distorções de enfoque que, muitas vezes, não correspondem aos fatos e que são publicadas como notícias normais na imprensa convencional. Nós estamos diante de um fenômeno diferente. Nós estamos diante de uma usina de produção de notícias fraudulentas, com o propósito de fraudar os processos decisórios das democracias. É muito diferente, portanto, de um erro jornalístico, coisa que acontece todo dia. Uma boa redação jornalística, quando comete um erro, procura se corrigir. Uma notícia fraudulenta é fabricada por alguma central, algum grupo ou mesmo uma pessoa, que não age, publicamente, de boa-fé.
Disponível em <https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2018/01/eugenio-bucci-e-evidente-que-caminhamos-para-um-jornalismo-melhor.html>. Acesso em 28 fev. 2023 (com adaptações).
 Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    Segundo o texto, as fake news não se confundem com notícias mal elaboradas, pois, no caso das primeiras, elas são produzidas com a intenção de interferir politicamente na sociedade.
II.    De acordo com a charge, as fake news espalham-se mais rapidamente no meio rural, onde é maior o índice de analfabetismo.
III.    A charge e o texto apontamque a produção de fake news tem como propósito o consumo de informações por grande número de pessoas.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 8
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a tirinha e o texto.
 
 
Lei torna mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa
Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lei Nº 14.532, de 11.01.2023) tornou mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa.
As religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a liberdade de crenças. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, só em 2022 foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020.
A lei sancionada, que equipara o crime de injúria racial ao crime de racismo, também protege a liberdade religiosa. A lei, agora, prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A pena será aumentada de metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa. Antes, a lei previa pena de 1 a 3 anos de reclusão.
A punição agora é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor. A expectativa é de que a nova lei ajude a punir quem comete crimes religiosos e ajude a proteger a vítima, que muitas vezes não encontra amparo quando tenta fazer uma denúncia.
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/01/18/lei-torna-mais-severas-as-penas-para-crimes-de- intolerancia-religiosa.ghtml>. Acesso em 26 jan. 2023.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Segundo o texto, cerca de 45% das vítimas da intolerância religiosa no Brasil são adeptas de religiões de matriz africana.
II. O racismo e a intolerância religiosa são formas de preconceito, que pode ser alimentado pelas relações sociais e pelas instituições, como mostram os quadrinhos.
III. A expectativa em torno da lei criada é que ela busque proteger todas as religiões com ações e gestos concretos que garantam o direito à liberdade de crença.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
II.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto e observe a imagem.
Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real?
Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza seguia elementos definidos e mais permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O filtro mostra que, apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso próprio rosto. A sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, autora da tese “Os sentidos das aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza (1900-1959)” e estudiosa da história da beleza.
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390% no país. O preenchimento labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação de botox e peeling, laser e suspensão com fios. Em 2017, um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das pessoas que fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes procurávamos parecer mais bonitos na vida física, agora queremos estar bem nas fotos das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos vemos e como nos achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perfis da rede social”.
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de mulheres cujas características corporais lhe agradem e também uma foto com o filtro que as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito até certo ponto; o filtro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência computadorizada.
EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de maio de 2020. Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de conseguir uma aparência igual às imagens obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de selfies perfeitas.
II.    O dedo em riste na figura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas vezes, levam as pessoas à busca por uma imagem considerada bonita e as fazem modificar os verdadeiros rostos.
III.    Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o espelho, e não com as redes sociais.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
II.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como a apneia, e o maior risco cardiovascular
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o repouso noturno é essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da gordura corporal e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. Estudos demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas em razão do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos.
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é tão simples diagnosticar esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir eventos cardiovasculares.
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do sono na saúde cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. E isso inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que praticam exercícios físicos regularmentetendem a dormir melhor; e quem dorme melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças.
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023.
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I.    As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios de sono tendem a ser maiores.
PORQUE
II.    Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não depende de outros fatores do cotidiano.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
	
	
	
· Pergunta 11
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Varíola dos macacos
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cães-da-pradaria. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/02-6-variola-dos-macacos/>. Acesso em 04 fev. 2023.
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I.    A varíola dos macacos é uma doença grave, representada por severa infecção bacteriana, que teve sua origem em animais silvestres, como os macacos, e se espalhou para o ser humano.
PORQUE
II.    A transmissão dessa doença ocorre por contato físico de pessoas saudáveis com pessoas ou materiais contaminados.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
As duas asserções são falsas.
	
	
	
· Pergunta 12
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
Por que algumas pessoas são gênios esquecidos
Diversos fatores psicológicos contribuem para que as pessoas atinjam níveis assombrosos de percepção e criatividade
David Robson, BBC- 04/12/2022
No final dos anos 1920, um jovem de classe média conhecido como Ritty passava a maior parte do tempo mexendo no seu "laboratório", na casa dos pais em Rockaway, Nova York, nos Estados Unidos.
O laboratório era uma velha caixa de madeira, equipada com prateleiras que continham uma bateria e um circuito elétrico com lâmpadas, chaves e resistores. Uma das suas invenções mais notáveis era um alarme doméstico contra intrusos que o alertava sempre que seus pais entrassem no seu quarto.
Ele também usava um microscópio para estudar o mundo natural e, às vezes, levava seu conjunto de química para a rua, para fazer truques para as outras crianças.
Mas o registro escolar de Ritty no ensino fundamental era comum. Ele tinha dificuldades com literatura e línguas estrangeiras. E, em um teste de QI quando criança, a pontuação dele teria sido de cerca de 125, que é acima da média, mas longe do espectro dos gênios.
Na adolescência, Ritty demonstrou talento para a matemática e começou a estudar sozinho com livros elementares. No final do ensino médio, ele conseguiu o primeiro lugar no concurso anual de matemática do estado.
Ritty é parte da história da Ciência. Ele tornou-se o físico Richard Feynman (1918-1988), vencedor do Prêmio Nobel em 1965. Sua teoria da eletrodinâmica quântica revolucionou o estudo das partículas subatômicas.
Outros cientistas consideravam o funcionamento da mente de Feynman algo impenetrável. Para os colegas, ele parecia ter um talento quase sobrenatural, que levou o matemático polonês-americano Mark Kac a declarar, em sua autobiografia, que Feynman não era apenas um gênio comum, mas "um mágico do mais alto calibre".
A psicologia moderna pode nos ajudar a decodificar essa magia e compreender, de forma mais geral, o que torna uma pessoa um gênio?
A simples definição do termo já é uma dor de cabeça. Não existem critérios claros nem objetivos. Mas a maior parte das definições identifica que o gênio tem realizações excepcionais em pelo menos um domínio, com originalidade e talento que são reconhecidos por outros especialistas na mesma disciplina e podem impulsionar muitos outros avanços.
Disponível em <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/12/04/por-que-algumas-pessoas-sao-genios-esquecidos.ghtml>. Acesso em 06 dez. 2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Richard Feynman mostrava traços de genialidade desde a infância, principalmente no ambiente escolar, embora seu teste de QI tenha apresentado resultado mediano.
II. Os critérios para identificar a genialidade são bem definidos e incluem a realização de feitos excepcionais e o bom desempenho escolar.
III. Para se tornar um físico famoso, Richard Feynman recebeu intenso apoio da família e da escola, que lhe promoveu condições diferenciadas de estudo.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	
	
	
· Pergunta 13
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento acumulado de 309% do desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram a monitorar os efeitos do garimpo, em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório “Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo Ilegal na TIY” é feito com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são registradas duas vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada éa de Homoxi, na cabeceira do Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão além do observados pelo satélite, que  são focados no desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no quadro de saúde das comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de casos de violência e diminuição da qualidade de água da população com destruição dos corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental (ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do Mapbiomas, que utiliza o satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento pelo garimpo desde 2016.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária estão inversamente relacionados desde 2016.
II.    A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020.
III.    As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças e a destruição ambiental.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Apenas a afirmativa III é correta.
	
	
	
· Pergunta 14
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas.
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia.
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em decorrência da violência de gênero.
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser registrados.
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos.
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), que considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda temos um movimento nos Estados de adaptação à nova legislação”.
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações).
 
 
I.    Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, houve aumento de cerca de 10% nos casos de feminicídio registrados.
II.    Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país.
III.    Na imagem, explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 15
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto. 
Perfil de imóveis ociosos no centro de São Paulo revela manutenção da herança mercantil brasileira
Estudo mostra que muitas das construções abandonadas estão em posse de gerações de herdeiros, que veem o imóvel como problema ou têm expectativas irreais sobre o mercado; do outro lado, estão numerosas famílias vivendo em habitações precárias na periferia
Camilla Almeida - 06/03/2023
Uma construção ociosa é aquela que está desocupada, inativa ou subutilizada, sem cumprir sua função social. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (Smule) de São Paulo estima que 881 imóveis estejam nesta condição apenas no distrito da Sé. Ana Gabriela Akaishi, doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, analisou os perfis dos donos de imóveis ociosos e explicou os entraves colocados por esses proprietários para a comercialização, com destaque para herdeiros e instituições religiosas.
O estudo revelou que 74% dos analisados são herdeiros rentistas e instituições religiosas, denominados pela urbanista como “o arcaico setor proprietário rentista imobiliário”. “Esses proprietários carregam raízes históricas e geracionais vinculadas a capitais familiares antigos de caráter mercantil, que aplicavam inicialmente em prédios de aluguel no momento em que o centro de São Paulo estava em um boom no processo de verticalização”, explica a pesquisadora.
Para chegar a estes dados, a pesquisadora verificou os perfis dos 50 donos dos imóveis de maior valor venal da área – número que estima o preço do bem, obtido por meio de uma avaliação pela prefeitura. Por meio de entrevistas com agentes imobiliários, associações beneficentes religiosas e com integrantes do mercado imobiliário em geral, Ana Gabriela Akaishi conseguiu traçar a genealogia econômica, política e social desses proprietários. Ela também realizou um levantamento em bases de dados e acervos históricos da Prefeitura de São Paulo por intermédio da plataforma GeoSampa. 
Contraste
Foi o contraste entre a carência populacional por habitação na cidade e a grande quantidade de imóveis ociosos que a instigou a pesquisar o tema. São Paulo conta com um enorme déficit habitacional, que pode chegar a 450 mil famílias a serem realocadas. “Temos quase 3 milhões de pessoas vivendo em aglomerados como favelas, loteamentos precários e moradias irregulares, principalmente nas periferias. E essas pessoas têm que se deslocar diariamente por horas até o seu local de trabalho, que geralmente é nas áreas centrais”. 
Enquanto isso, no centro, estão prédios fechados e em ruínas, terrenos baldios e construções abandonadas sendo usados como estacionamentos rotativos. “Em todos esses casos temos a subutilização da terra urbana num dos lugares com a melhor estrutura na cidade”, pontua a pesquisadora ao “Jornal da USP”.
Historicamente, a área central de São Paulo era considerada um centro comercial e cultural desde a fundação da cidade, sendo predominantemente ocupada pela classe dominante. Grandes empresas e corporações mantinham suas sedes na região, com arranha-céus e prédios que chamavam atenção de quem passava por lá. Lojas e casarões de barões do café também se destacavam junto a obras arquitetônicas grandiosas, como o Teatro Municipal. Contudo, com a mudança do centro comercial para outros bairros da cidade na década de 1960, a área passou por um grave e acelerado processo de decadência e deterioração, com aumento da especulação imobiliária. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    O texto evidencia o contraste entre a carência de moradia digna para cerca de 3 milhões de pessoas na cidade de São Paulo e a existência de imóveis ociosos na área central.
II.    Até a década de 1960, o centro de São Paulo era uma área nobre, ocupada pela elite paulistana.
III.    Atualmente, 74% dos imóveis do centro da cidade de São Paulo são ociosos e pertencem a herdeiros e a instituições religiosas.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I, II e III.
	
	
	
· Pergunta 16
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto e a charge.
Finlândia inclui disciplina de “combate à desinformação” nas escolas
Alfabetizaçãomidiática integra currículo das escolas da Finlândia desde a pré-escola até o ensino médio e ajuda o país a ter um dos sistemas de ensino mais produtivos do mundo
Julia Possa
Nas escolas da Finlândia, aprender a identificar notícias falsas e desinformação é tão importante quanto ciências ou matemática. O país europeu de 5,5 milhões de habitantes incluiu a disciplina de “alfabetização midiática” no currículo escolar desde as séries primárias. 
Entre as atividades, professores pedem aos alunos que editem seus próprios vídeos e imagens – uma forma de fazê-los perceber como é fácil manipular informações. Eles também aprendem sobre o funcionamento dos algoritmos e como ler notícias. 
Juntos, os estudantes discutem como e quando artigos foram escritos e quais são os objetivos do autor. “Só porque é uma coisa boa ou legal, não significa que seja verdadeira ou válida”, explicou Saara Martikka, professora da cidade finlandesa de Hameenlinna, ao jornal “New York Times”. 
Em sala de aula, Martikka começa do básico: ensina a diferença entre o que os alunos veem no Instagram e no TikTok daquilo que está nos jornais. “Não há como entender notícias falsas ou desinformação se antes não souberem a diferença entre mídias sociais e jornalismo”, disse. 
As professoras finlandesas contam que sentiram um claro declínio nas habilidades de compreensão de leitura nos últimos anos. A hipótese é que os alunos passam menos tempo sobre os livros, e mais sobre videogames e vídeos. 
Nas mídias eletrônicas, a demanda do processo cognitivo é menor e os períodos de atenção tornam-se mais curtos, o que faz com que os jovens se tornem mais vulneráveis às notícias falsas ou não conquistem conhecimento suficiente para identificar informações enganosas. 
Ainda que os estudantes tenham crescido com a mídia social, isso não é sinônimo de que saibam como identificar e se proteger da desinformação. Em 2022, um estudo da Universidade de Northumbria, do Reino Unido, apontou que a adolescência é o momento em que os jovens estão mais propensos a acreditar nas teorias da conspiração. 
Fórmula do sucesso 
Os esforços das escolas da Finlândia têm dado resultados. O país ficou em primeiro lugar em resiliência contra a desinformação entre as 41 nações da Europa. Com um dos melhores sistemas educacionais do mundo, a Finlândia se destaca pelo quinto ano consecutivo na pesquisa da organização Open Society. 
O levantamento mostra que, depois dos finlandeses, os países mais resilientes contra a desinformação foram Noruega, Dinamarca, Estônia, Irlanda e Suécia. No final da lista estão Geórgia, Macedônia do Norte, Kosovo, Bósnia e Herzegovina e Albânia. 
Na prática, a Finlândia tem um contexto que facilita a aplicação de um programa institucionalizado contra a desinformação. Por lá, o sistema de ensino público e professores são respeitados, há confiança no governo e a faculdade é 100% gratuita. 
Além disso, só pessoas que moram por lá falam o finlandês, o que facilita a identificação de artigos falsos. Também fica fácil distinguir o conteúdo escrito por falantes não nativos por causa de possíveis erros gramaticais e de sintaxe. 
Disponível em <https://gizmodo.uol.com.br/finlandia-inclui-disciplina-de-combate-a-desinformacao-nas-escolas/amp/?fbclid=IwAR0y6BgGyxrILb71e7YQpJngUQ_2Uaqzrgz8cpGaX45doYMX_oK8U_7jCx8>. Acesso em 10 jan. 2023.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    O texto e a charge apontam as redes sociais como meios utilizados para a proliferação de fake news.
II.    Os professores finlandeses incentivam os estudantes a produzirem e a divulgarem, nas redes sociais, vídeos falsos para que eles compreendam todo o processo de geração de informação.
III.    De acordo com o texto, é importante que os estudantes saibam diferenciar notícias produzidas por jornalistas daquelas divulgadas por outras fontes.
IV.    Segundo o texto, devido à sintaxe da língua finlandesa, não é possível produzir fake news no idioma.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I e III.
	
	
	
· Pergunta 17
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge e o texto.
 
As mulheres e o mercado de trabalho brasileiro
Um dos importantes fatores para se atingir o bem-estar em uma sociedade é o desenvolvimento econômico do país. E um dos principais elementos para que esse desenvolvimento aconteça é a capacidade produtiva da sociedade, que envolve, entre outras coisas, a oferta de mão de obra. Ou seja, o desenvolvimento e, consequentemente, o bem-estar, dependem de pessoas trabalhando e recebendo por isso.
Contudo, o mercado de trabalho brasileiro tem características que não contribuem de maneira ideal para que isso aconteça. Segundo o relatório Global Gender Gap Report (Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero, de 2020), do Fórum Econômico Mundial, o Brasil figura na 130ª posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 153 países.
Isso significa que as mulheres enfrentam um cenário de desigualdade e discriminação no mercado de trabalho do país. Mas por que isso ainda acontece no Brasil? Será que não temos leis e direitos suficientes para proteger as mulheres dessa situação?  
Segundo o IPEA (2019), a presença feminina no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a quantidade de mulheres entre 17 e 70 anos empregadas no país, passou de 56,1% em 1992 para 61,6% em 2015, com projeção para atingir 64,3% no ano de 2030, ou seja, 8.2 pontos percentuais acima da taxa em 1992. Enquanto isso, o mesmo estudo indica que a taxa de participação masculina no mercado de trabalho tende a cair, projetando que em 2030 ela será de 82,7%, inferior aos 89,6% observados em 1992.
Entretanto, apesar do maior número de mulheres trabalhando no país, esses mesmos dados mostram a grande disparidade existente entre a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho. Essa diferença ocorre, entre outros fatores, pelo papel social e cultural imposto às mulheres como as principais responsáveis pelos cuidados familiares e pelos trabalhos domésticos.
Além de menor participação, retornando ao dado do Global Gender Gap Report, a diferença salarial entre gêneros ainda é significativa no Brasil, fazendo o país integrar a 130ª posição em igualdade de salário.
Isso significa que a entrada das mulheres no mercado de trabalho brasileiro não foi acompanhada por uma diminuição das desigualdades profissionais entre homens e mulheres, o que representa que a maior parte dos empregos formais femininos está concentrada em setores e cargos de menor valorização e que as mulheres continuam sofrendo discriminação em relação às suas atividades profissionais.
Além disso, as mulheres continuam sofrendo abusos e assédios morais e sexuais no ambiente de trabalho. Segundo a Agência Patrícia Galvão (2020), cerca de 40% das mulheres já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho, contra apenas 13% dos homens.
Hoje em dia, a legislação trabalhista nacional garante direitos fundamentais à mulher em relação ao trabalho, prevendo formalmente a proteção e a promoção das mulheres na esfera profissional. Mas apenas a existência de regras não acarreta, necessariamente, mudanças comportamentais e culturais na sociedade. A questão da igualdade salarial entre gêneros é um bom exemplo, pois, por mais que essa norma esteja vigente desde 1988, os dados apresentados ao longo do texto mostram que a remuneração das mulheres ainda é inferior se comparada à dos homens.
Disponível em <https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/mulheres-e-o-mercado-de-trabalho/?https://www.politize.com.br/&gclid=Cj0KCQiAxbefBhDfARIsAL4XLRoL472Xu02qQ7UBOemx9LsFR2hT6E44TJcLmqTG75Hli0Uk52LuAYoaAokVEALw_wcB>. Acesso em 16 fev. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura da charge e do texto, avalie as afirmativas. 
I.    Considerando os países avaliados no Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero (2020), o Brasil está entre as nações mais desiguais em relação aos salários de homens e de mulheres que exercem funções semelhantes. 
II.    Segundo o IPEA(2019), o número de mulheres empregadas em 2015 era 5,5% maior do que em 1992. 
III.    A charge sugere que as mulheres enfrentam mais dificuldades do que os homens para estabelecer sua carreira profissional. De acordo com o texto, essas dificuldades decorrem, entre outros fatores, do papel social e cultural imposto às mulheres. 
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e III.
	
	
	
· Pergunta 18
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades brasileiras com base em anúncios na internet.
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap.
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice desde 2011 (17,30%).
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a escalada de preços, estão:
. o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o aluguel;
. a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de valorização imobiliária.
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da inflação.
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais.
. Goiânia (GO): 32,93%
. Florianópolis (SC): 30,56%
. Curitiba (PR): 24,47%
. Fortaleza (CE): 21,33%
. Belo Horizonte (MG): 20,01%
. Rio de Janeiro: 17,93%
. Recife (PE): 17,07%
. Salvador (BA): 16,56%
. São Paulo: 14,63%
. Porto Alegre (RS): 11,14%
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-medio-aluguel-2022-fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em Goiânia.
II.    Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média registrada no país.
III.    Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São Paulo. 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
II, apenas.
	
	
	
· Pergunta 19
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge e o texto.
 
Um artigo publicado recentemente na revista 9ª Arte tem como tema a baixa participação da população negra na arte do Brasil, mais especificamente nos quadrinhos, apesar de serem a maioria da população. No trabalho intitulado “A maioria da população brasileira é minoria nos quadrinhos”, Roberto Elísio dos Santos, livre-docente em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, tomou como inspiração os estudos do pesquisador Nobu Chinen sobre a quase inexistência do negro como personagem da chamada 9ª arte, as histórias em quadrinhos (HQs). Visto que a maioria da população brasileira é negra, não faz sentido tão poucos personagens negros nas histórias em quadrinhos.  
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento populacional, 43,1% dos brasileiros entrevistados se declaram brancos, 9,3% pretos e 46,5% pardos.
A situação de preconceito, nos meios artísticos, vem mudando aos poucos, “mas a presença de personagens negros nos produtos midiáticos não reflete os dados sociais do país. Se somos, então, um país negro, onde estão os pretos e pardos nos meios de comunicação?”, questiona Chinen. A história brasileira mostra 400 anos de escravidão, ao longo dos quais a exclusão, a discriminação e o racismo determinaram as condições econômicas precárias, desumanas, acompanhadas pelo difícil acesso dos afrodescendentes à educação e ao digno convívio social de igualdade.
A arte, em particular as histórias em quadrinhos, reflete as condições preconceituosas enfrentadas pela população negra, expressas graficamente com a imagem negativa do negro nesse tipo de publicação artística. Os padrões europeus dos corpos conceituados como “normais e perfeitos” sempre colocaram à margem etnias diferentes. Santos cita a revista Gibi, lançada em 1939 e publicada até os anos 1990, em que o personagem Pererê, historicamente o mais bem-sucedido personagem negro das histórias em quadrinhos, não é baseado em um ser real, é um ser mitológico do folclore brasileiro. Na revista “O Tico-Tico” (de 1905 a 1962), o garoto negro Giby era empregado da família.
O artista J. Carlos, em 1924, apresenta sua personagem Lamparina, uma menina negra, como alguém “que ostenta um aspecto de animal […], com os braços nas proporções de um chimpanzé”. Destaca-se que, segundo o pesquisador Chinen, esse “talvez seja o caso mais notório de uma representação negativa do negro nos quadrinhos brasileiros”. As precárias condições de vida dos afrodescendentes brasileiros foram retratadas de maneira crítica, em nossa história mais recente, por cartunistas engajados socialmente como Novaes, Henfil e, mais notadamente Edgar Vasques. Nobu Chinen, afirma Santos, “faz um inventário dos personagens negros infantis”, pondo em cena “personagens pouco conhecidos ou esquecidos que formaram, por meio dos quadrinhos, uma visão dos afrodescendentes brasileiros, mais próximos ou distantes da grande parcela da população do Brasil”.
Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/qual-o-papel-dos-personagens-negros-nas-historias-em-quadrinhos-brasileiras/>. Acesso em 7 mar. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O texto afirma que a população negra é sub-representada nas histórias em quadrinhos como consequência do fato de uma minoria dos brasileiros (9,3% do total) se considerar preta.
II.  A charge mostra que muitos negros conseguiram ser reconhecidos pelos seus feitos, o que refuta as informações presentes no texto.
III. O fato de o Pererê ser o personagem negro mais bem-sucedido na história dos quadrinhos brasileiros deve-se a ele representar um ser mitológico.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	
	
	
· Pergunta 20
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto.
América Latina deveria ser região com menos fome no mundo, diz pesquisador
Gerardo Lissardy
Por trás da sua última refeição, pode ter existido uma história de grandes interesses.
Não se trata apenas de quem proporcionou o alimento, mas de uma série de fatores que vão desde a produção até sua chegada ao mercado.
E, em cada uma dessas etapas, pode haver interesses em jogo entre países ou corporações, segundo Juan José Borrell, autor do livro “Geopolítica y Alimentos: el Desafío de la Seguridad Alimentaria Frente a la Competencia Internacional por los Recursos Naturales” (“Geopolítica e alimentos: o desafio da segurança alimentar frente à concorrência internacional pelos recursos naturais”, em tradução livre).
“Os alimentos são um fator de poder”, afirma Borrell, que é professor e pesquisador de geopolítica da Universidade de Rosário e da Universidade da Defesa Nacional, na Argentina. Ele também foi assessor da delegação argentina no Comitê de Segurança Alimentar Mundial da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
Borrell participou do Hay Festival Cartagena, promovido na Colômbia entre 26 e 29 de janeiro de 2023. A seguir, leia os principais pontos da sua conversa com a BBC News Mundo.
BBC News Mundo: Como os alimentos se tornaram uma questão geopolítica?
Juan José Borrell Os alimentos sempre foram importantes. O ser humano estruturou sua existência em torno da busca pelo abastecimentoalimentar desde antes do Neolítico.
Mas podemos dizer que os alimentos se transformaram em assunto geopolítico depois da Segunda Guerra Mundial, com o grande salto dado pelos Estados Unidos no cenário internacional. No marco da doutrina da contenção, da ajuda humanitária e da criação de organismos como a ONU, temas como a fome e a pobreza – que giram em torno da produção de alimentos - adquiriram alcance internacional.
Vivemos nas últimas décadas um interesse renovado por uma série de fenômenos geopolíticos que voltaram a colocar o tema do fornecimento de alimentos na agenda maior da política internacional. Por exemplo, o crescimento das novas economias, a concorrência pelos recursos, o aumento da população mundial ou os danos aos ecossistemas.
(...)
BBC: Qual é o objetivo dos países nisso tudo? Garantir sua própria segurança alimentar ou ganhar influência político-econômica por meio dos alimentos?
Borrell: Ambas. Os alimentos são um fator de poder. Produção, sementes, patentes, insumos, comércio, portos, frota, preços ou produtos nas gôndolas dos mercados são uma enorme fonte de poder, capacidade de influência e geração de riqueza.
As grandes potências concorrem por espaços de mercado, para ganhar renda e ter maior autonomia alimentar.
Outros países servem para extração de renda, como é o caso da Argentina. Não existe uma política alimentar estratégica que solucione o problema do acesso da população aos alimentos.
O fato de um país dispor de um sistema de produção agrícola intensiva não garante que as necessidades alimentares da sua população sejam automaticamente satisfeitas.
BBC: Segundo um relatório da ONU, no ano passado, o mundo retrocedeu nos seus esforços para acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição. Por que existe cada vez mais fome se temos melhor tecnologia para produzir alimentos?
Borrell: Existe um grande mito: o de que, graças à tecnologia, os rendimentos aumentarão e, consequentemente, maior quantidade de pessoas terá acesso a um maior fornecimento de alimentos.
Ou, ao contrário, que existe fome onde faltam alimentos ou há excesso de população.
O professor indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia, demonstrou que, em muitas fomes históricas, havia fornecimento de alimentos, mas a população não tinha forma de adquiri-los.
De fato, o sistema de produção intensiva não gera necessariamente alimentos. Ele gera uma matéria-prima que também pode ser empregada, por exemplo, para alimentação de animais ou fabricação de biocombustíveis.
A Argentina é o maior produtor de biodiesel de soja do mundo e os Estados Unidos fabricam etanol com mais de um terço da sua colheita de milho.
BBC: Ou seja, o problema da fome não se deve necessariamente à quantidade de alimentos disponíveis...
Borrell: Exato. Tem a ver, como demonstra a FAO, com a questão do acesso.
Mais de 85% da população mundial têm acesso aos alimentos disponíveis no mercado. Mas, se não tenho os meios econômicos para procurá-los, meu acesso será prejudicado.
BBC: Que papel desempenha a América Latina no mapa agroalimentar global?
Borrell: O que ocorre na América Latina e no Caribe representa um grande paradoxo.
Entre as regiões que eram consideradas em vias de desenvolvimento, nosso continente é o que tem a menor quantidade de pessoas que sofrem de fome crônica. Os últimos relatórios do Banco Mundial calculavam, em média, cerca de 55 milhões de pessoas.
Mas, atualmente, a América Latina produz alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e tem capacidade de produzir ainda mais.
A América Latina é um grande produtor de alimentos, mas parte da sua população não tem acesso ao abastecimento. A América Latina é o lugar onde deveria haver menos pessoas com fome no mundo. É talvez o continente mais rico em recursos, terras férteis, água potável, biodiversidade...
BBC: Então, qual é o problema?
Borrell: É a economia política, uma combinação de políticas extremamente liberais e políticas extremamente socialistas. Ambas geraram aumento da pobreza, retrocesso dos setores de classe média e mudanças do tipo de alimentação.
Estamos observando um fenômeno que não existia meio século atrás. As pessoas que conseguem ter acesso ao abastecimento alimentar consomem alimentos com qualidade nutricional mais baixa. É um fenômeno que não fica circunscrito apenas à pobreza, mas também atinge a classe média.
Os setores da classe média que dispõem de recursos, automóveis, boa moradia, celulares e bem-estar sofrem de excesso de peso, obesidade mórbida ou outros problemas, devido aos maus hábitos alimentares ou produtos industriais com baixa qualidade nutricional.
Fome no mundo
Atualmente, segundo a FAO, cerca de 828 milhões de pessoas passam fome no mundo. Esse índice seguia praticamente inalterado desde 2015, próximo de 8% da população global. Mas, com a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos.
A situação é particularmente preocupante na Ásia, onde cerca de 20% da população enfrentou a fome em 2021 (os últimos dados disponibilizados pela ONU). No mesmo período, no continente africano, 9% da população sofria de fome, e na América Latina e Caribe, 8,6%.
No Brasil, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, conduzido pela Rede PENSSAN e divulgado em junho passado, 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome no país. No fim de 2020, eram 19,1 milhões.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr08mvgjmzo>. Acesso em 02 fev. 2023 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I.    De acordo com Borrell, a fome no mundo é causada pela baixa produção agrícola nos países subdesenvolvidos, especialmente na América Latina, onde, paradoxalmente, os alimentos são um fator de poder.
II.    Segundo o professor, a tecnologia atual permite maior rendimento na produção de alimentos, o que garantirá o fim da insegurança alimentar no mundo nos próximos anos.
III.    O Brasil é um grande produtor de alimentos, mas cerca de 33 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, pois não têm acesso aos alimentos.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
III, apenas.

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