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UNIVERSIDADE PAULISTAUNIVERSIDADE PAULISTA NOÇÕES BÁSICAS DENOÇÕES BÁSICAS DE FARMACOLOGIAFARMACOLOGIA Alexandre Cavalcante de Queiroz DDS, DScAlexandre Cavalcante de Queiroz DDS, DSc UNIVERSIDADE PAULISTAUNIVERSIDADE PAULISTA UNIPUNIP Farmacologia dos Processos InflamatóriosFarmacologia dos Processos Inflamatórios Alexandre QueirozAlexandre Queiroz DORDOR ““ExperiênciaExperiência sensorialsensorial ee emocionalemocional desagradável,desagradável, relacionadarelacionada comcom lesãolesão tecidualtecidual realreal ouou potencial,potencial, ouou descritadescrita emem termostermos destedeste tipotipo dede danodano”” ((AIEDAIED –– PainPain glossary; Pain 1979glossary; Pain 1979)) Dor = nocicepção + reatividade emocional à dorDor = nocicepção + reatividade emocional à dor Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Destruição de tecidosDestruição de tecidos InjúriaInjúria INFLAMAÇÃOINFLAMAÇÃO RuborRubor TumorTumor CalorCalor DoDo rr Perda da funçãoPerda da função (Cornelius(Cornelius Celsus)Celsus) (Vircho(Vircho w)w) TraumaTrauma CalorCalor MicrorganismosMicrorganismos ReaçõesReações imunes imunes Alexandre QueirozAlexandre Queiroz ANTIINFLAMATÓRIOS NÃOANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISESTEROIDAIS •• Amplamente utilizados;Amplamente utilizados; •• PrescritosPrescritos parapara aliviaraliviar queixasqueixas musculoesqueléticas reumáticas;musculoesqueléticas reumáticas; •• GeralmenteGeralmente sãosão tomadostomados semsem prescriçãoprescrição médica para doses menores.médica para doses menores. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz AÇÕES FARMACOLÓGICASAÇÕES FARMACOLÓGICAS •• Efeitos antiinflamatóriosEfeitos antiinflamatórios •• Efeito analgésicoEfeito analgésico •• Efeito antipiréticoEfeito antipirético Alexandre QueirozAlexandre Queiroz AÇÕES FARMACOLÓGICASAÇÕES FARMACOLÓGICAS EfeitosEfeitos relacionadosrelacionados àà açãoação primáriaprimária dosdos fármacosfármacos –– inibiçãoinibição dada ARAQUIDONATOARAQUIDONATO CICLOOXIGENASECICLOOXIGENASE e,e, portanto, inibição das prostaglandinas e tromboxanos.portanto, inibição das prostaglandinas e tromboxanos. Existem duas enzimas COX: COX1 e COX2.Existem duas enzimas COX: COX1 e COX2. ▪▪ AA COX1COX1 éé umauma enzimaenzima ativaativa dede manutenção,manutenção, envolvidaenvolvida nana homeostasia dos tecidos.homeostasia dos tecidos. ▪▪ A COX2 é induzida nas células inflamatórias.A COX2 é induzida nas células inflamatórias. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz COMPARAÇÃO DA SELETIVIDADECOMPARAÇÃO DA SELETIVIDADE DOS AINE PARA ISOENZIMAS DADOS AINE PARA ISOENZIMAS DA COXCOX •• Relativamente seletivos para COX1;Relativamente seletivos para COX1; AspirinaAspirina IndometacinaIndometacina PiroxicamPiroxicam •• Menos seletivo para COX1:Menos seletivo para COX1: IbuprofenoIbuprofeno ParacetamolParacetamol Alexandre QueirozAlexandre Queiroz •• Equipotentes:Equipotentes: DiclofenatoDiclofenato •• Mais seletivo par COX2:Mais seletivo par COX2: NimuselidaNimuselida Alexandre QueirozAlexandre Queiroz EFEITO ANTIPIRÉTICOEFEITO ANTIPIRÉTICO •• EfeitosEfeitos devidosdevidos emem parte,parte, àà inibiçãoinibição dada produçãoprodução dede prostaglandinas no hipotâlamo.prostaglandinas no hipotâlamo. •• DuranteDurante aa reaçãoreação inflamatória,inflamatória, asas endotoxinasendotoxinas bacterianasbacterianas causamcausam liberaçãoliberação dede umum pirógenopirógeno –– INTERLEUCINAINTERLEUCINA 11 (IL-1)(IL-1) –– pelospelos macrófagos,macrófagos, queque estimulamestimulam aa produçãoprodução dede prostaglandinasprostaglandinas (PGE),(PGE), queque éé responsávelresponsável pelapela elevaçãoelevação dodo pontoponto dede ajusteajuste hipotalâmicohipotalâmico parapara oo controlecontrole dada temperatura,temperatura, causando febre.causando febre. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz EFEITO ANALGÉSICOEFEITO ANALGÉSICO •• AA diminuiçãodiminuição nana síntesesíntese dede prostaglandinasprostaglandinas significasignifica menormenor sensibilizaçãosensibilização dasdas terminaçõesterminações nociceptivasnociceptivas aa mediadoresmediadores dada inflamação,inflamação, como a bradicinina.como a bradicinina. •• OsOs AINEAINE sãosão eficazeseficazes nana artrite,artrite, bursite,bursite, dordor dede origemorigem muscularmuscular ee vascular,vascular, dordor dede dentes,dentes, dismenorréia,dismenorréia, dor pós-operatória.dor pós-operatória. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz EFEITOEFEITO ANTIINFLAMATÓRIOANTIINFLAMATÓRIO •• A redução das prostaglandinas vasodilatador estáA redução das prostaglandinas vasodilatador está associado a menor vasodilatação e, indiretamente, aassociado a menor vasodilatação e, indiretamente, a menos edema.menos edema. Os AINEs reduzem:Os AINEs reduzem: �� VasodilataçãoVasodilatação �� EdemaEdema �� DorDor Alexandre QueirozAlexandre Queiroz MECANISMO DE AÇÃOMECANISMO DE AÇÃO •• AA principalprincipal açãoação dosdos AINEAINE éé inibirinibir aa atividadeatividade dede metabolizaçãometabolização dodo ácidoácido araquidônico da COX.araquidônico da COX. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz EFEITOS INDESEJÁVEISEFEITOS INDESEJÁVEIS •• SãoSão devidosdevidos emem parteparte ,, àà inibiçãoinibição dada enzimaenzima dede manutençãomanutenção constitutiva,constitutiva, aa COX1.COX1. OsOs afeitosafeitos indesejáveis são comuns sobretudo em idosos:indesejáveis são comuns sobretudo em idosos: �� Náuseas e vômitosNáuseas e vômitos �� Reações cutâneasReações cutâneas �� Nefropatia associada à analgésicosNefropatia associada à analgésicos �� Broncoespasmo em asmáticos sensíveis à aspirinaBroncoespasmo em asmáticos sensíveis à aspirina Alexandre QueirozAlexandre Queiroz AINEs IMPORTANTESAINEs IMPORTANTES •• ASPIRINA (ácido acetilsalicílico)ASPIRINA (ácido acetilsalicílico) �� Ação antiinflamatóriaAção antiinflamatória �� Inibe a agregação plaquetáriaInibe a agregação plaquetária �� Evidências de que a aspirina reduz o risco da doençaEvidências de que a aspirina reduz o risco da doença de Alzheimer, câncer de colo e reto.de Alzheimer, câncer de colo e reto. Efeitos indesejáveis:Efeitos indesejáveis: Em grandes doses causa tontura, surdez e zumbido -Em grandes doses causa tontura, surdez e zumbido - salicilismosalicilismo Alexandre QueirozAlexandre Queiroz •• PARACETAMOL (acetaminofeno)PARACETAMOL (acetaminofeno) PossuiPossui potentespotentes açõesações analgésicasanalgésicas ee antipiréticas,antipiréticas, porémporém comcom efeitosefeitos antiinflamatórios bem fracos.antiinflamatórios bem fracos. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz GlicocorticóidesGlicocorticóides Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Síntese e liberaçãoSíntese e liberação -A-A substânciasubstância inicialinicial parapara aa síntesesíntese dede glicocorticóidesglicocorticóides éé oo colesterol;colesterol; -São sintetizados e liberados de acordo com as necessidades;-São sintetizados e liberados de acordo com as necessidades; -Principal-Principal estímuloestímulo fisiológicofisiológico parapara liberaçãoliberação dosdos glicocorticóidesglicocorticóides éé aa presençapresença dede corticotropinacorticotropina (ACTH)(ACTH) secretadasecretada pelapela adreno-adreno- hipófise;hipófise; -A-A liberaçãoliberação dede corticotropinacorticotropina (CRF)(CRF) éé inibidainibida pelospelos níveisníveis dede glicocorticóides e, em menor grau, de CRF no sangue;glicocorticóides e, em menor grau, de CRF no sangue; -Os-Os peptídiospeptídios opióidesopióides exercemexercem umum controlecontrole inibitórioinibitório tônicotônico sobresobre a secreção de CRF;a secreção de CRF; -Fatores-Fatores psicológicospsicológicos ee certoscertos estímulos,comoestímulos,como calorcalor ouou friofrio podempodem afetar a liberação de CRFafetar a liberação de CRF Alexandre QueirozAlexandre Queiroz AçõesAções Podem ser considerados sob três aspectos principais:Podem ser considerados sob três aspectos principais: -Efeitos-Efeitos geraisgerais sobresobre oo metabolismo,metabolismo, oo equilíbrioequilíbrio hidroeletrolíticoe os sistemas orgânicos;hidroeletrolítico e os sistemas orgânicos; -Efeitos-Efeitos dede retroalimentaçãoretroalimentação negativanegativa sobresobre aa adreno-adreno- hipófise e o hipotálamo;hipófise e o hipotálamo; -Efeitos antiinflamatórios e imunossupressores.-Efeitos antiinflamatórios e imunossupressores. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Efeitos metabólicos eEfeitos metabólicos e sistêmicos geraissistêmicos gerais -Sobre-Sobre osos carboidratos:carboidratos: reduçãoredução dada captaçãocaptação ee utilizaçãoutilização dada glicoseglicose ee aumentoaumento dada gliconeogênese,gliconeogênese, resultando em tendência a hiperglicemia;resultando em tendência a hiperglicemia; -Sobre-Sobre proteínas:proteínas: aumentoaumento nono catabolismo;reduçãocatabolismo;redução dodo anabolismo;anabolismo; -Sobre-Sobre gorduras:gorduras: efeitoefeito permissivopermissivo sobresobre osos hormônioshormônios lipolíticos e redistribuição da gordura.lipolíticos e redistribuição da gordura. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Efeitos de retroalimentação negativaEfeitos de retroalimentação negativa sobre a hipófise anterior e osobre a hipófise anterior e o hipotálamohipotálamo -- ResultandoResultando emem diminuiçãodiminuição dada liberaçãoliberação dosdos glicocorticóides endógenos.glicocorticóides endógenos. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Efeitos antiinflamatóriosEfeitos antiinflamatórios imunossupressoresimunossupressores -- InibemInibem asas manifestaçõesmanifestações tantotanto iniciaisiniciais quantoquanto tardias da inflamação;tardias da inflamação; -- VasodilataçãoVasodilatação reduzida,reduzida, diminuiçãodiminuição dada exsudaçãoexsudação dede líquidos;líquidos; -- NasNas áreasáreas dede inflamaçãoinflamação aguda:aguda: reduçãoredução dodo influxoinfluxo da atividade dos leucócitos;da atividade dos leucócitos; -- NasNas áreasáreas dede inflamaçãoinflamação crônica:crônica: reduçãoredução dada atividade das células mononucleares.atividade das células mononucleares. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Efeitos indesejáveisEfeitos indesejáveis -- Supressão da resposta à infecção ou lesão;Supressão da resposta à infecção ou lesão; -- SupressãoSupressão dada capacidadecapacidade dodo pacientepaciente dede sintetizarsintetizar corticosteróidescorticosteróides (a(a súbitasúbita retiradaretirada dosdos fármacosfármacos apósapós terapiaterapia prolongada pode resultar em insuficiência supra-renal aguda).prolongada pode resultar em insuficiência supra-renal aguda). -- Efeitos metabólicos:Efeitos metabólicos: -- A hiperglicemia pode levar à diabete;A hiperglicemia pode levar à diabete; -- Atrofia muscular e fraqueza;Atrofia muscular e fraqueza; - Nas crianças, inibição do crescimento;- Nas crianças, inibição do crescimento; - Euforia e sintomas psicóticos;- Euforia e sintomas psicóticos; - Necrose avascular da cabeça do fêmur;- Necrose avascular da cabeça do fêmur; - Catartas em pacientes com artrite reumatóide e em crianças;- Catartas em pacientes com artrite reumatóide e em crianças; - Glaucoma e aftas.- Glaucoma e aftas. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz AdministraçãoAdministração -- Em sua maioria, administrados via oral;Em sua maioria, administrados via oral; -- Via sistêmica (intramuscular e intravenosa);Via sistêmica (intramuscular e intravenosa); -- Podem ser administradas topicamente;Podem ser administradas topicamente; -- Ligam-Ligam- sese aa globulinaglobulina dede ligaçãoligação corticosteróidecorticosteróide nono sanguesangue ee penetram nas células por difusão;penetram nas células por difusão; - São metabolizados no fígado.- São metabolizados no fígado. Alexandre QueirozAlexandre Queiroz Indicações clínicasIndicações clínicas --TerapiaTerapia dede reposiçãoreposição parapara pacientespacientes comcom insuficiência renal.insuficiência renal. -Terapia antiinflamatória e imunossupressora:-Terapia antiinflamatória e imunossupressora: •• na asma (por inalação ou por via sistêmica). na asma (por inalação ou por via sistêmica). •• inflamação de pele, olhos, ouvidos ou nariz. inflamação de pele, olhos, ouvidos ou nariz. •• nos estados de hipersensibilidade. nos estados de hipersensibilidade. •• doenças auto-imunes e inflamatórios. doenças auto-imunes e inflamatórios. •• após transplante de órgãos ou de medula óssea. após transplante de órgãos ou de medula óssea. -- Doenças neoplásicas:Doenças neoplásicas: •• malignidades específicas. malignidades específicas. •• para reduzir o edema cerebral. para reduzir o edema cerebral. •• comocomo componentecomponente dodo tratamentotratamento antieméticoantiemético ee combinação com a quimioterapia.combinação com a quimioterapia. Ações MetabólicasAções Metabólicas ✔✔ Sobre os carboidratos:Sobre os carboidratos: ReduçãoRedução dada captaçãocaptação ee utilizaçãoutilização dada glicoseglicose ee aumentoaumento dada gliconeogênese,gliconeogênese, resultando em tendência à resultando em tendência à hiperglicemia.hiperglicemia. ✔✔ Sobre as proteínas:Sobre as proteínas: AumentaAumenta oo catabolismocatabolismo ee diminuidiminui oo anabolismo.anabolismo. ✔✔ Sobre as gorduras:Sobre as gorduras: EfeitoEfeito permissivopermissivo sobresobre osos hormônioshormônios lipolíticos e redistribuição da gordura.lipolíticos e redistribuição da gordura. Ações ReguladorasAções Reguladoras Sobre o hipotálamo e adeno-hipófise:Sobre o hipotálamo e adeno-hipófise: Ação de retroalimentação negativa, resultando em Ação de retroalimentação negativa, resultando em diminuição da liberação de glicocorticóidesdiminuição da liberação de glicocorticóides endógenos.endógenos. Eventos vasculares:Eventos vasculares: Vasodilatação reduzida e exsudação de líquidos.Vasodilatação reduzida e exsudação de líquidos. Sobre os eventos celulares:Sobre os eventos celulares: Redução dos leucócitos na inflamação aguda;Redução dos leucócitos na inflamação aguda; Redução da atividade das células monoclonais,Redução da atividade das células monoclonais, proliferaçãoproliferação diminuídadiminuída dede vasosvasos sanguíneossanguíneos ee menosmenos fibrose nas inflamações crônicas.fibrose nas inflamações crônicas. Sobre os mediadores inflamatório e imunes:Sobre os mediadores inflamatório e imunes: Diminuição das citocinas, Diminuição das citocinas, incluindoincluindo ineterleucina e fator de ineterleucina e fator de necrose tumoral γ.necrose tumoral γ. Efeitos globais:Efeitos globais: Redução da inflamação crônica e nas reações auto-imunes.Redução da inflamação crônica e nas reações auto-imunes. ImportânciaImportância dasdas AçõesAções AntiinflamatóriasAntiinflamatórias ee ImunossupressorasImunossupressoras dos Glicocorticóidesdos Glicocorticóides AsAs açõesações intiinflamatóriasintiinflamatórias ee imunossupressorasimunossupressoras sãosão fisiológicas,fisiológicas, poispois impedemimpedem umauma respostaresposta exageradaexagerada dasdas reaçõesreações dodo organismo,organismo, queque poderiampoderiam ameaçarameaçar aa homeostasia.homeostasia. AA conseqüênciaconseqüência dasdas açõesações dosdos glicocorticóidesglicocorticóides emem controlarcontrolar aa inflamaçãoinflamação indesejável,indesejável, podepode suprimirsuprimir asas respostasrespostas protetorasprotetoras necessáriasnecessárias àà infecçãoinfecção ee reduzirreduzir aa cicatrização.cicatrização. Efeitos IndesejáveisEfeitos Indesejáveis EmEm grandesgrandes dosesdoses ee administraçãoadministração prolongada:prolongada: ❖❖ Supressão da resposta à infecção ou lesão;Supressão da resposta à infecção ou lesão; ❖❖ Cicatrização de feridas prejudicada;Cicatrização de feridas prejudicada; ❖❖ SupressãoSupressão dada síntesesíntese dede glicocorticóidesglicocorticóides endógenosendógenos (insuficiência supra-renal aguda);(insuficiência supra-renal aguda); ❖❖ Osteoporose;Osteoporose; ❖❖ Diabetes;Diabetes; ❖❖ Inibição do crescimento nas crianças;Inibição do crescimento nas crianças; ❖❖ Necrose avascular da cabeça do fêmur;Necrose avascularda cabeça do fêmur; ❖❖ Depressão e sintomas psicóticos;Depressão e sintomas psicóticos; ❖❖ Glaucomas e cataratasGlaucomas e cataratas Uso ClínicoUso Clínico ❖❖ TerapiaTerapia dede reposiçãoreposição parapara pacientespacientes comcom insuficiênciainsuficiência supra-supra- renal (doença de Addison);renal (doença de Addison); ❖❖ Terapia antiinflamatória e imunossupressora;Terapia antiinflamatória e imunossupressora; ❖❖ Na asma,;Na asma,; ❖❖ TopicamenteTopicamente emem afecçõesafecções inflamatóriasinflamatórias dada pele,pele, dosdos olhos(olhos( eczema, conjuntivite);eczema, conjuntivite); ❖❖ Reações alérgicas ;Reações alérgicas ; ❖❖ Em doenças auto-imunes e inflamatórias;Em doenças auto-imunes e inflamatórias; ❖❖ Após transplantes de órgãos.Após transplantes de órgãos. Principais AgentesPrincipais Agentes �� HidrocortisonaHidrocortisona (cortisol): (cortisol): Reposição hormonal.Reposição hormonal. �� Prednisolona e DexametasonaPrednisolona e Dexametasona:: Escolhido para efeitos antiinflamatórios eEscolhido para efeitos antiinflamatórios e imunosupressores.imunosupressores. ANALGÉSICOSANALGÉSICOS ANALGÉSICOSANALGÉSICOS ANALGÉSICOSANALGÉSICOS AnalgésicosAnalgésicos �� OpiáceosOpiáceos �� Antiinflamatórios não-Antiinflamatórios não- esteroidaisesteroidais DorDor Experiência subjetiva difícil de definir de modo exato.Experiência subjetiva difícil de definir de modo exato. Tipicamente é resposta direta a um evento desfavorável, associado aTipicamente é resposta direta a um evento desfavorável, associado a dano tecidual, como lesão, inflamação ou câncer, porém pode surgirdano tecidual, como lesão, inflamação ou câncer, porém pode surgir independente de causa predisponente óbvia (neuralgia do trigêmio)independente de causa predisponente óbvia (neuralgia do trigêmio) ou persistir por longo tempo, após a lesão ter sido curada (dor deou persistir por longo tempo, após a lesão ter sido curada (dor de membro fantasma).membro fantasma). Mecanismo da Dor e NocicepçãoMecanismo da Dor e Nocicepção A nocicepção é o mecanismo pelo qual os estímulos nóxicos periféricosA nocicepção é o mecanismo pelo qual os estímulos nóxicos periféricos são transmitidos ao SNC. A dor é uma experiência subjetiva, nemsão transmitidos ao SNC. A dor é uma experiência subjetiva, nem sempre associada a nocicepção.sempre associada a nocicepção. Os Os receptores polimodaisreceptores polimodais são os principais tipos de neurônios são os principais tipos de neurônios sensoriais periféricos. A maioria são sensoriais periféricos. A maioria são fibras C não-mielinizadasfibras C não-mielinizadas que que respondem à estímulos térmicos, mecânico e químico.respondem à estímulos térmicos, mecânico e químico. Os estímulos químicos que atuam sobre os receptores polimodais paraOs estímulos químicos que atuam sobre os receptores polimodais para causar dor, incluem causar dor, incluem bradicinina e vanilóidesbradicinina e vanilóides (ex: capsaicina). (ex: capsaicina). As fibras nociceptivas terminam no corno dorsal da medula, formandoAs fibras nociceptivas terminam no corno dorsal da medula, formando conexões sinápticas com neurônios de transmissão que correm para oconexões sinápticas com neurônios de transmissão que correm para o tálamo.tálamo. Os neurônios polimodais liberam Os neurônios polimodais liberam glutamatoglutamato e e substância Psubstância P .. A dor neuropática, associada com a lesão da via nociceptiva em vezA dor neuropática, associada com a lesão da via nociceptiva em vez de estímulo periférico excessivo, é freqüentemente um componentede estímulo periférico excessivo, é freqüentemente um componente dos estados da dor crônica e responde mal aos analgésicosdos estados da dor crônica e responde mal aos analgésicos opiáceos.opiáceos. Modulação na Via NociceptivaModulação na Via Nociceptiva ❖❖ Dor aguda – explicada em termos de nocicepção – um estímulo nóxicoDor aguda – explicada em termos de nocicepção – um estímulo nóxico excessivo, dando surgimento a uma sensação intensa e desagradável.excessivo, dando surgimento a uma sensação intensa e desagradável. ❖❖ Dor crônica – associada com aberraçõesDor crônica – associada com aberrações da via fisiológica normal, dandoda via fisiológica normal, dando surgimento a surgimento a hiperalgesiahiperalgesia (quantidade (quantidade aumentada de dor com um estímuloaumentada de dor com um estímulo nóxico brando), nóxico brando), alodiniaalodinia (dor evocada por (dor evocada por um estímulo não nóxico) ou dorum estímulo não nóxico) ou dor espontâneaespontânea sem qualquer estímulo sem qualquer estímulo precipitante.precipitante. Modulação da Transmissão da DorModulação da Transmissão da Dor A transmissão no corno dorsal está sujeita a váriasA transmissão no corno dorsal está sujeita a várias influências moduladores - mecanismo do influências moduladores - mecanismo do “controle“controle do portão”.do portão”. As vias descendentes a partir do mesencéfalo eAs vias descendentes a partir do mesencéfalo e tronco encefálico exercem efeito inibitório sobre atronco encefálico exercem efeito inibitório sobre a transmissão no corno dorsal.. A estimulação elétricatransmissão no corno dorsal.. A estimulação elétrica da da substância periaquedutal do mesencéfalosubstância periaquedutal do mesencéfalo causa causa analgesia através desse mecanismo. A inibição éanalgesia através desse mecanismo. A inibição é mediada pelas mediada pelas encefalinasencefalinas e e 5- hidroxitriptamina.5- hidroxitriptamina. Os opiáceos causam analgesiaOs opiáceos causam analgesia parcialmente por ativarem essasparcialmente por ativarem essas vias descendentes, parcialmentevias descendentes, parcialmente por inibirem a transmissão nopor inibirem a transmissão no corno dorsal e por inibirem acorno dorsal e por inibirem a excitação das terminaçõesexcitação das terminações sensoriais na periferia.sensoriais na periferia. Peptídios OpióidesPeptídios Opióides Em 1975, Hughes e Kosterlitz isolaram do cérebro 2Em 1975, Hughes e Kosterlitz isolaram do cérebro 2 pentapepídios que competiam fortemente com os fármacospentapepídios que competiam fortemente com os fármacos semelhantes à morfina, por se ligarem a receptores cerebrais, esemelhantes à morfina, por se ligarem a receptores cerebrais, e tinham ações farmacológicas semelhante às da morfina.tinham ações farmacológicas semelhante às da morfina. Os fármacos semelhantes à morfina permanecem como a únicaOs fármacos semelhantes à morfina permanecem como a única classe conhecida que atua por mimetizar os peptídios endógenos.classe conhecida que atua por mimetizar os peptídios endógenos. Fármacos Semelhantes à MorfinaFármacos Semelhantes à Morfina O termo opióide se refere aO termo opióide se refere a qualquer substância, endógenaqualquer substância, endógena ou sintética, a qual produz afeitosou sintética, a qual produz afeitos semelhantes à morfina e que sãosemelhantes à morfina e que são bloqueados por antagonistasbloqueados por antagonistas como a naloxona.como a naloxona. Principais FármacosPrincipais Fármacos Análogos da MorfinaAnálogos da Morfina (sintetizados a partir dela): (sintetizados a partir dela): •• Diamorfina e codeínaDiamorfina e codeína Derivados sintéticosDerivados sintéticos:: •• Fenilpiperidina (pentidina)Fenilpiperidina (pentidina) •• MetadonaMetadona •• benzomorfanbenzomorfan Ações Farmacológicas da MorfinaAções Farmacológicas da Morfina ❖❖ AnalgesiaAnalgesia ❖❖ Euforia e sedaçãoEuforia e sedação ❖❖ Depressão respiratória e supressão da tosseDepressão respiratória e supressão da tosse ❖❖ Náusea e vômitoNáusea e vômito ❖❖ Constricção pupilarConstricção pupilar ❖❖ Redução da motilidade gastrointestinal (constipação)Redução da motilidade gastrointestinal (constipação) ❖❖ Liberação da histamina (brococonstrição)Liberação da histamina (brococonstrição) Tolerância e DependênciaTolerância e Dependência A tolerância se desenvolveA tolerância se desenvolve rapidamente acompanhadapelarapidamente acompanhada pela síndrome da abstinência física.síndrome da abstinência física. *Dependência psicológica*Dependência psicológica associada à compulsão.associada à compulsão. Outros Fármacos AnalgésicosOutros Fármacos Analgésicos ❖❖ Tramadol Tramadol – metabólito do antidepressivo trazodona, amplamente– metabólito do antidepressivo trazodona, amplamente usado na dor pós-operatória.usado na dor pós-operatória. ❖❖ Imiprazina e amitriptilinaImiprazina e amitriptilina – antidepressivos – altamente eficazes na – antidepressivos – altamente eficazes na dor neuropática.dor neuropática. ❖❖ CarbamazepinaCarbamazepina – antiepilético – eficaz na dor neuropática. – antiepilético – eficaz na dor neuropática. Usos Clínicos dos AnalgésicosUsos Clínicos dos Analgésicos Usados para tratar e prevenir a dor:Usados para tratar e prevenir a dor: ❖❖ No pré e pós-operatório;No pré e pós-operatório; ❖❖ Condições dolorosas comuns, como cefaléias, dismenorréia;Condições dolorosas comuns, como cefaléias, dismenorréia; ❖❖ Emergências médicas e cirúrgicas (IAM);Emergências médicas e cirúrgicas (IAM); ❖❖ Doença terminal.Doença terminal. Até a próximaAté a próxima Alexandre QueirozAlexandre Queiroz
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