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CHOQUE

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CHOQUE/SEPSE
Elaine Cristina Soares
DEFINIÇÃO DE CHOQUE
• OFERTA INADEQUADA DE OXIGÊNIO PARA ATENDER AS 
DEMANDAS TECIDUAIS
SINAIS DE CHOQUE
Palidez de 
mucosas
Fraqueza 
muscular
Aumento do 
TPC
Pulso fraco
Membros 
frios
Aumento do 
lactato 
sérico
Acidose 
metabólica
Azotemia
Oligúria Hipotermia
Redução do 
nível de 
consciência
TIPOS DE CHOQUE
■ Hipovolêmico
■ Cardiogênico
■ Séptico
Sopro , arritmia, 
distensão da 
jugular
Taquicardia, taquipneia, alteração da 
consciência, pulso fraco, 
extremidades frias
cardiogênico
nãosim
não
Febre, congestão das mucosas, 
alteração de permeabilidade 
vascular, evidências de infecção
séptico
sim
Hemorragia ou desidratação 
severa
Choque 
hipovolêmico
CHOQUE HIPOVOLÊMICO - CAUSAS
PERDA DE SANGUE
•Cirurgias, sangramentos ocultos e digestivos, ferimentos
PERDA DE PLASMA
•Queimaduras, dermatite exsudativa, peritonite, pancreatite, gastroenterite hemorrágica
SEQUESTRO DE FLUIDOS
•Ascite
PERDA DE FLUIDOS E ELETRÓLITOS
•Vômito, diarréia e desidratação
DIURESE AUMENTADA
•Diabetes
Choque hipovolêmico
O mais comum Perda de sangue ou 
desidratação severa
Um cão normal tolera 
perder de 35 a 40 ml / kg
Choque 
hipovolêmico
■ TRATAMENTO
■ Prova de carga
■ NaCl 0,9%; Ringer Lactato – 10 a 20 mL/kg 
a cada 10-15 min
■ Salina hipertônica – 4 a 6 mL/kg
■ Colóide – 2 a 5 mL/kg a cada 10 – 20 min
■ Transfusão de sangue em choque 
hemorrágico
■ Tratar a causa
CASO CLINICO - MAXXI
■ Maxxi, labrador, 40 kg, atropelado
■ Chegou a clinica após 20 min do acidente
■ Exame físico: prostrado porém responsivo, aumento da 
frequencia respiratória, mas sem esforço; FC 180 bpm; pulso 
fraco
■ Ht 45%
■ Radiografias – redução da silhueta cardíaca, veias cavas e fígado
■ US abdominal – efusão (ascite)
■ Abdominocentese – hemoperitôneo
■ Diagnóstico: hipovolemia por hemorragia
CASO CLINICO - MAXXI
■ TRATAMENTO
■ 50% da dose de ressuscitação – 90 mL/kg/hora
– 40 kg x 90 mL = 3600 mL / 2 = 1800 mL
■ Após infundir 1,5 a 2 L de cristaloide em 15-30 min
■ Melhora na FC e em outros parâmetros cardiovasculares – reduzir a infusão
■ Sem melhora – infundir outros 50% (coloide/sangue)
■ Hipovolemia persistente – hemorragia ativa
■ Cirurgia
■ Vasoativos? 
CASO CLÍNICO - CHICO
■ Chico, 3 meses de idade, 5kg
■ Vomito e diarreia com sangue há 3 dias
■ Não vacinado
■ Desidratação 12 a 15%
■ Não responsivo, FC 180 bpm; FR 30 mpm, 
Temperatura: 36,7 graus; pulso filiforme
■ Ht 42%; glicemia muito baixa; leucopenia
■ Diagnóstico: Choque hipovolêmico por GE -
parvovirose
Chico
■ Tratamento:
■ 0,5 a 1 mL/kg glicose 50%. Diluição 1:3 em cristalóide
■ Dose choque – 90 mL/kg x 5 = 450 ml cristalóides em 30 a 45 min
■ Se melhor – fluidoterapia de reidratação e manutenção
■ Se não: 200 a 250 mL cristalóide ou 50 a 75 mL coloide 
■ Antibioticos??
■ Corrigir desequilíbrios ácido básicos e eletrolíticos
■ Vasoativos?
Caso clínico - Bob
■ Bob, canino, srd, macho, 5 anos
■ Atropelado
■ Decúbito lateral, apresenta dor, 
taquipneico, mucosas hipocoradas
■ TPC< 2s
■ FC 170 bpm
■ Ht: 57%
■ PT: 7,8 g/dl
■ PAS:70 mmHg
■ A fast – discreto liquido livre
■ T fast – linhas B
O QUE VOCÊ FARIA?
■ ESTABILIZA O PACIENTE?
■ CHAMA O PROFESSOR?
■ VAI PARA O BANHEIRO E NÃO VOLTA 
NUNCA MAIS?
■ RADIOGRAFIA DE TÓRAX 8:00 HS
■ RADIOGRAFIA DE TÓRAX: 10:00 HS
COMO ESTABILIZAR O BOB?
■ DECÚBITO ESTERNAL
■ OXIGENIOTERAPIA
■ FLUIDO – COLÓIDES? 
■ TRANSFUSÃO DE SANGUE
■ ANTIBIOTICOS
■ CIRURGIA
CHOQUE 
CARDIOGÊNICO
■ CARDIOMIOPATIA DILATADA, 
CARDIOMIOPATIA HIPERTROFICA, 
INSUFICIÊNCIA VALVAR, ESTENOSE VALVAR, 
TAMPONAMENTO CARDIACO, BRADICARDIA 
SEVERA, TAQUICARDIA VENTRICULAR, 
DISFUNÇÃO MIOCÁRDICA TOXICA OU 
TRAUMÁTICA
■ FREQUENTE DISTENSÃO DA JUGULAR
■ ICC – DIURÉTICOS; TORACOCENTESE
■ AS VEZES HIPERTENSÃO – USAR 
VASODILATADORES
■ BRADICARDIA – ANTICOLINÉRGICOS; 
MARCAPASSO
■ TAQUICARDIA VENTRICULAR – LIDOCAÍNA, 
AMIODARONA; DF
■ VASOATIVOS
ARNOLD, CANINO, DACHSHUND, MACHO 12 
ANOS
■ Dispnéia expiratória
■ PAS 80 mmHg
■ T: 37,1 C
■ Lingua cianótica
■ Pulso fraco
■ ACP: estertores crepitantes em lobos caudais do pulmão
■ Taquicardia
■ Membros frios
Arnold
■ T – fast - Linhas B
Arnold - hemogasometria
■ pH = 6,87
■ PaO2 = 53 mmHg 
■ PaCO2 = 141 mmHg 
■ HCO3 - = 25 mEq/L 
■ SaO2 = 64
QUAL O PLANO?
SEPSE
CHOQUE SÉPTICO
Sepse ■ Disfunção orgânica causada por infecção capaz de ameaçar a vida
Choque 
séptico
■ Quando a disfunção orgânica é 
acompanhada de hipotensão refratária a 
prova de carga
Sistema 
cardiovascular
■ FATORES DEPRESSORES DO MIOCÁRDIO
– DIMINUIÇÃO DA FUNÇAO; MIOCARDITE
■ REDUÇÃO DA FIBRINÓLISE
■ ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA
■ CID
– TROMBO (PRINCIPAL CAUSA DE ÓBITO)
– HEMORRAGIA
■ VASODILATAÇÃO - HIPOTENSÃO
Sistema 
Respiratório
■ Lesão do endotélio vascular do pulmão
■ Hemorragia e trombose pulmonar
■ Edema pulmonar
■ Redução da complacência pulmonar
■ Reduz ventilação
■ Reduz perfusão
■ Reduz surfactantes
■ Sindrome da angústia respiratória aguda 
(SARA)
Sistema 
digestório
■ Intestino
– Hipoperfusão intestinal
– Isquemia e necrose das vilosidades
– Translocação bacteriana
– Prolongamento do processo 
inflamatório
– Ultimo órgão a ser reperfundido
■ Hepatopatias
– Coagulopatias
– Hipoglicemia
– Ictericia
– Encefalopatia hepática
Sistema 
endócrino
■ Aumenta cortisol – síndrome de 
esgotamento da adrenal tardia (hipotensão 
refratária a vasoativos)
■ Resistência insulínica – hiperglicemia inicial
Rins
■ Hipoperfusão
■ Alterações da microcirculação
■ Agentes nefrotóxicos
■ Resposta imune – imunocomplexos
■ IRA – insuficiência renal aguda - oligúria
Neurológicas
■ Hipoperfusão
– Hipotensão
– Hipovolemia
– Microtrombos
■ Encefalopatias
– Uremica
– Hepática
■ Hipoglicemia
SIRS
PACIENTE 
SEM DOR
ALTERAÇÃO EM QUALQUER UM DELES - SEPSE GRAVE
> 2 PONTOS - SEPSE
PACIENTE ESTÁVEL
FLUIDO!!!!
BERNESE, MACHO 5 ANOS
■ Histórico de enterotomia 6 dias atrás (corpo estranho)
■ Recuperação satisfatória – alta com tramadol, omeprazol e amoxicilina-clavulanato
■ Na admissão: temperatura 39,9 °C, FC= 140 bpm; ascite; PAS 60 mmHg
■ Ofegância
■ Leucocitos normais com discreto desvio a esquerda; ht : 38%; plaquetas 343 mil, 
creatinina 2,5 mg/dl; ureia 81 mg/dl
■ US – liquido livre; gas livre; aumento dos linfonodos
■ Análise do liquido : peritonite séptica
O que fazer?
O que fazer?
■ ATB na primeira hora
■ Fluidos? Quanto?
■ Vasoativos?
VASOATIVOS
AGENTES VASOATIVOS
Receptores α e β
■ α : células do músculo liso e poucos no miocárdio
– Estimulo – vasoconstricção
■ β1 : miocárdio
■ β2 – vasodilatação – músculo e broncodilatação
– Estímulo: inotropismo e cronotropismo positivo e broncodilatação
■ Receptores de dopamina
– Músculo liso renal, coronárias, esplâncnicas e cérebro
– Estimulo: inibição da liberação de norepinefrina
– Vasodilatação de vasos locais
DOPAMINA
■ Precursor endógeno da norepinefrina
■ Efeitos:
– 1 a 3 mcg/kg/min – age no receptor dopaminérgico
– 5 a 10 mcg/kg/min: age no receptor β1 – aumenta a contratilidade 
miocárdica
– >15 mcg/kg/min – efeito predominantemente α - aumenta a resistência 
vascular 
DOPAMINA
DOBUTAMINA
■ Agonista β1, β2, e α1
■ Causa discreta vasodilatação
DOBUTAMINA
NOREPINEFRINA
■ Agonista α adrenérgico
■ Vasoconstricção dos vasos de capacitância
■ Agonista β1 do coração : aumenta a contratilidade
NOREPINEFRINA
VASOPRESSSINA
■ Vasoconstrictor que age no receptor V1
■ Sem efeito direto no coração
■ Diminui FC sem mudar a contratilidade
■ Receptor V1a:
– Músculo liso vascular
– Vasoconstricção em altas doses
– Baixas doses – vasodilatação do leito vascular do cérebro, rins, pulmão e 
mesentério
Boa 
noite!!!
	Slide 1: CHOQUE/SEPSE
	Slide 2: DEFINIÇÃO DE CHOQUE
	Slide 3: SINAIS DE CHOQUE
	Slide 4: TIPOS DE CHOQUE
	Slide 5: CHOQUE HIPOVOLÊMICO -CAUSAS
	Slide 6: Choque hipovolêmico
	Slide 7: Choque hipovolêmico
	Slide 8: CASO CLINICO - MAXXI
	Slide 9: CASO CLINICO - MAXXI
	Slide 10: CASO CLÍNICO - CHICO
	Slide 11: Chico
	Slide 12: Caso clínico - Bob
	Slide 13: O QUE VOCÊ FARIA?
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16: COMO ESTABILIZAR O BOB?
	Slide 17: CHOQUE CARDIOGÊNICO
	Slide 18: ARNOLD, CANINO, DACHSHUND, MACHO 12 ANOS
	Slide 19: Arnold
	Slide 20: Arnold - hemogasometria
	Slide 21: QUAL O PLANO?
	Slide 22: Sepse choque séptico
	Slide 23: Sepse
	Slide 24: Choque séptico
	Slide 25: Sistema cardiovascular
	Slide 26: Sistema Respiratório
	Slide 27: Sistema digestório
	Slide 28: Sistema endócrino
	Slide 29: Rins
	Slide 30: Neurológicas
	Slide 31: SIRS
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38: BERNESE, MACHO 5 ANOS
	Slide 39: O que fazer?
	Slide 40: O que fazer?
	Slide 41: VASOATIVOS
	Slide 42
	Slide 43: AGENTES VASOATIVOS
	Slide 44: Receptores α e β
	Slide 45: DOPAMINA
	Slide 46: DOPAMINA
	Slide 47: DOBUTAMINA
	Slide 48: DOBUTAMINA
	Slide 49: NOREPINEFRINA
	Slide 50: NOREPINEFRINA
	Slide 51: VASOPRESSSINA
	Slide 52: Boa noite!!!

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