RELATO DE EXPERIÊNCIA ESTAGIO SUPERVISIONADO I Memórias do primeiro estágio de duas Professora em formação__

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Universidade Federal do Pará 
Instituto de Educação Matemática e Científica 
Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens 
Teoria e Prática Docente em Ciências e Matemática 
Estágio Docente I 
 
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Professoras Supervisoras: Prof.ª Dr.ª Elizabeth G. Souza e Prof.ª Dr.ª Elizabeth Manfredo 
Professora estagiária: Profa. Elida Peres 
Monitora: Gilvana Queiroz 
 
 
[Daiana Farias de Sena] 
[201909540089] 
Deizilene Serrão Dias 
201909540094 
 
RELATO DE EXPERIÊNCIA: Memórias do primeiro estágio de duas Professora em 
formação 
RESUMO 
O presente relatório consiste em descrever as experiências vividas durante as atividades do tema Estagio de 
Docência I, nos anos iniciais do ensino fundamental. As vivencias que posteriormente serão descritas ocorreram 
em uma turma do 3° ano no turno da tarde em uma escola Municipal de Ensino, na cidade de Belém - PA. As 
vivencias no estágio se iniciaram primeiramente com as observações do espaço escolar e dos sujeitos que compõe 
a comunidade escolar (alunos, professores, gestores e funcionários), e posteriormente a aplicação de duas regências 
interdisciplinar, obrigatórias para a conclusão do tema estagio e Docência I. As observações e práticas vivenciadas 
em sala de aula proporcionaram uma aproximação em situação real de trabalho. Nesta perspectiva, será relatado 
as situações significativas que foram observadas e vivenciadas como: as regências aplicadas, as observações da 
sala de aula e da comunidade escolar, as dificuldades e desafios enfrentados durante o período de estagio, que 
favoreceu a reflexão sobre as nossas práticas e ideias no que diz respeito ao processo de ensino/ aprendizagem. 
 
1.Introdução: 
O presente relatório consiste em descrever as experiências vividas durante as atividades 
do tema Estagio e Docência I, nos iniciais do ensino fundamental. As vivencias que 
posteriormente serão descritas ocorreram em uma turma do 3° ano no turno da tarde em uma 
escola Municipal de Ensino, na cidade de Belém - PA. O estágio se iniciou com a observação 
do espaço e dos sujeitos que compõe a comunidade escolar ( alunos, professores, gestores e 
funcionários), e posteriormente a aplicação de duas regências obrigatórias para a conclusão do 
tema estágio. 
As observações e práticas vivenciadas em sala de aula proporcionaram uma 
aproximação em situação real de trabalho. Nesta perspectiva, será relatado as situações 
significativas que foram observadas e vivenciadas como: as regências aplicadas, as observações 
da sala de aula e da comunidade escolar, as dificuldades e desafios vivenciados durante o 
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período de estágio, que favoreceu a reflexão sobre as nossas práticas e ideias no que diz respeito 
ao processo de ensino/ aprendizagem. 
 
2. O Contexto Escolar, Estudantes, Professor Regente 
O estágio foi realizado em uma Escola Municipal de ensino, na cidade de Belém- PA. 
A escola dispõe de um espaço físico amplo, atendendo as necessidades dos alunos matriculados. 
Recentemente reformada, possui 12 salas de aulas climatizadas, biblioteca, laboratório de 
informática, sala de recursos multifuncionais (não funciona por falta de profissional), cozinha, 
refeitório, banheiro feminino, masculino e um banheiro para alunos portadores de necessidades 
especiais, quadra de esportes coberta, sala de professores, sala de direção e secretaria. A 
arquitetura da escola não dispõe de acessibilidade (rampas, pisos táteis etc.) para atender os 
alunos portadores de necessidades especiais. 
A turma onde realizamos o estágio foi a do 3° ano do ensino fundamental, é composta 
por 25 alunos com faixa etária entre 8 e 10 anos de idade. Dos 25 alunos apenas 15 frequentavam 
diariamente. A turma possui três alunos com suspeita de Autismo, porém, existe uma resistência 
por parte da família; e apenas uma aluna com autismo que possui laudo médico e uma estágiaria 
que a acompanha. A professora regente é graduada há 10 anos em Pedagogia, percebemos a 
firmeza nas tentativas de conter a turma, buscando o respeito e o direito de ser ouvida por eles. 
Pois, o convívio entre os alunos era conflituoso, havendo desrespeito com os colegas e com ela 
que recentemente assumiu a turma, mas, todos interagem entre si, não existindo nenhum caso 
de isolamento entre eles. 
A sala é ampla, ar condicionada e iluminada, as carteiras eram organizadas por fileiras, 
alguns livros didáticos e de literatura organizados em duas mesas, possuía alguns cartazes nas 
paredes, com sinais das operações básica da matemática, silabário complexo, tabuada, 
palavrinhas mágicas (obrigado, com licença, por favor etc.), e um cartaz com informações de 
prevenção da covid19 (anexo 1). 
 A rotina de sala se iniciava sempre as 14:00 h, pois a professora ainda esperava alguns 
alunos que quase sempre chegavam atrasados. Inicialmente a professora dialogava com a turma 
sobre o dia da semana, o mês e o ano, se estavam bem ou como foi o final de semana. Esse era 
um momento em que a professora buscava com que eles respeitassem o lugar de fala dos 
colegas, fazendo silêncio, e esperassem o seu momento de fala. Logo após, já com a atividade 
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escrita na lousa, ela solicitava que os alunos copiassem para que em seguida utilizassem o livro 
didático cujo era manipulado em todas as aulas. Dias de segunda, quarta e sexta prevalecia os 
conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática, os demais dias era divididos entre as outras 
disciplinas. 
De início, não havia um planejamento dos conteúdos por parte da professora, pois ela 
iniciou conosco. Primeiramente, ela observava o perfil da turma e a individualidade de cada 
aluno, levando em conta suas dificuldades acadêmicas e de relacionamento. Por ser uma turma 
que enfrentou as dificuldades causadas pela pandemia do covid19, onde a maioria chegou no 
terceiro ano apenas sabendo escrever, a professora optou por trabalhar apenas interpretação de 
texto e a escrita se apoiando nas informações adquiridas na reunião de conselho que aconteceu 
logo com sua chegada na escola. Portanto, as aulas se iniciavam de maneira bem tradicional, 
utilizando apenas o quadro branco e o livro didático. 
A metodologia utilizada era por meio da participação dos alunos, nas resoluções das 
atividades e interação entre aluno e professor. Percebia-se a dificuldade de concentração da 
maioria dos alunos na hora de reescrever da lousa e resolver as atividades, pois se distraiam 
bastante e muitos não conseguiam entregar até o fim da aula, esses, eram os que ainda escreviam 
letra por letra, não tinham noção dos espaços entre as palavras e não sabiam ler. 
Havia em alguns alunos uma necessidade de validação e busca de atenção com nós 
estagiários e com a professora regente. Buscávamos sempre essa troca de emoções e 
experiências na rotina de sala, mesmo tendo dificuldades com alguns alunos que se esquivavam 
de qualquer atenção ou comando. Porém, com o passar do tempo essa troca foi melhorando, 
pois estabeleceu-se uma conexão de confiança e intimidade resultando em uma melhora de 
comportamento. Dado que, ser professor não é apenas ser mediador de conteúdos, mas, também, 
de conexões, emoções, experiências e trocas diárias de escuta com os alunos. 
3. As atividades e dinâmica do Estágio 
O EstágioSupervisionado nos Anos Iniciais do Ensino fundamental da à possibilidade 
de refletir e aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso de graduação. 
Integrando os discentes no campo profissional para o aprimoramento da nossa formação 
acadêmica. Possibilitando espaços de convívio e experiências para com os compromissos 
futuros da nossa profissão frente a sociedade. O estágio de Licenciatura é componente curricular 
obrigatório nos cursos de licenciaturas. É uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da 
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Educação Nacional n°9394/96 – LDB, no Art. 61 - “ Os estágios Supervisionados constam de 
atividades práticas pré-profissional, exercidas em situações reais de trabalho, nos termos da 
legislação em vigor.” 
A realização do estágio nos levou a ter um maior entendimento de como é a organização 
do corpo escolar e do processo de ensino e aprendizagem dos educandos. O uso de medidas que 
direcionem a turma na busca da resolução de conflitos entre os discentes. Fazendo-nos viver a 
real face da profissão docente, apagando de nossas memórias a idealização teórica que tínhamos 
desse espaço, levando-nos a refletir sobre nosso futuro como educador. 
Fez-se necessário as orientações antes de ir para a escola para que pudéssemos entender 
como agir, o que deveríamos fazer e não fazer no contexto de sala de aula. De início, as 
supervisões aconteceram por meio da observação da turma, buscando conhecer a 
individualidade e necessidades de cada aluno, o perfil da professora regente, suas práticas e 
mediações que muitas vezes entraram em conflito com nossa maneira de pensar, e 
posteriormente a aplicação de duas regências com a turma. 
4. As atividades e o período de observação 
 Durante o período do estágio que ocorreu do dia 04 de abril à 03 de junho de 2022, 
seguimos o horário das 14:00 h às 17:30 nos dias de segunda, quarta e sexta-feira. A docente 
iniciava dialogando sobre o dia da semana, o mês e o ano ou como foi o final de semana dos 
alunos. Era um debate onde os alunos tentavam se compreender, pois todos gostavam de falar 
simultaneamente e a professora tentava mediar buscando com que cada um esperasse sua vez 
de falar. Em seguida, solicitava que os alunos reescrevessem da lousa as atividades, para que 
após se utilizassem do livro didático, cuja ferramenta era usada em todas as aulas. Os conteúdos 
predominantes nos dias do estágio eram de Língua Portuguesa e Matemática. 
Por consequência da pandemia de Covid19 que acarretou na suspenção das atividades 
escolares por aproximadamente dois anos, a maioria dos alunos chegaram no terceiro ano sem 
sabem ler, apenas copiando. A professora, seguindo as orientações que obteve inicialmente 
sobre a turma, optou por trabalhar mais a matemática e a língua portuguesa. 
Nas aulas de língua portuguesa predominava a cópia das atividades da lousa e a 
interpretação de um texto retirado do livro didático que tinha um tema especifico e se interligava 
com um debate sobre ele, por exemplo: o tema água, atmosfera, patrimônio histórico, profissões 
etc. 
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Figura 01: mostra um exemplo de conteúdo do livro didático de Língua Portuguesa. 
 
 
 
Nas aulas de matemática as operações básicas eram o foco da professora regente. Os 
alunos copiavam da lousa e a professora fazia a resolução posteriormente. Percebemos que os 
alunos competiam nas resoluções das questões matemáticas, O método utilizado para repassar 
esses conteúdos eram mais tradicionais. Não havia a utilização de recursos didáticos (jogos, 
tecnologias etc.) para ajudar no auxilio dessas resoluções. 
Figura 02: mostra uma atividade do livro de matemática. 
 
 
Devido alguns alunos só saberem copiar, não tendo condição de fazer as resoluções 
sozinhos, íamos de carteira em carteira, mediando a escrita dos alunos e ajudando nas resoluções 
das questões antes da professora fazer as resoluções das atividades na lousa. Mas, tínhamos 
dificuldades quanto a distração de muitos alunos e os constantes conflitos que ocorriam em sala. 
5. O planejamento e as atividades do período de regência 
Realizada as primeiras observações sobre o espaço escolar e a sala de aula, enfrentamos 
um novo desafio, o planejamento da regência interdisciplinar a ser aplicada com a turma. 
Pensamos em um tema que que facilitasse a aplicação da interdisciplinaridade, ou seja, que ele 
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se relacionasse com as outras disciplinas. Inicialmente escolhemos o tema Consumo Consciente 
e apresentamos para a professora regente que não recebeu muito bem por afirmar que não 
trabalhava as outras disciplinas ainda, somente a de português. Ficamos desanimadas por essa 
recusa, mas olhando para esse planejamento no final do estágio, ficou claro que não iríamos 
conseguir aplicar com a turma, pois eles ainda necessitavam da disciplina em sala. Após isso, 
conversamos com a professora supervisora do estágio, e escolhemos o tema Água dada a sua 
importância nos dias atuais, buscando uma conscientização dos alunos e estabelecendo 
conexões com as outras disciplinas escolares. Tentamos fazer o planejamento de forma simples, 
onde a ligação com os outros temas não estivesse transparente. Propomos trabalhar a leitura, 
escrita e interpretação de texto, dada a recusa da professora regente e o tempo de produção que 
já não tínhamos mais. Buscamos adaptar a sequência de acordo com as especificidade da turma 
Chegando o esperado dia da aplicação da regência, a professora regente e a professora 
supervisora do estágio ficaram em sala fazendo suas observações. Neste momento tivemos 
medo, não das professoras que estavam em sala, mas, das crianças; medo de falar e não ser 
compreendida, de não encontrar o respeito e a atenção deles em um momento tão importante 
para nós professoras em formação. 
Iniciamos a intervenção às 13:30h nos dias 23 e 25 de maio de 2022. Colocamos um 
TNT no chão para que tivéssemos uma roda de conversa sobre o tema Àgua. Eles participaram 
respondendo aos questionamentos e dando exemplos de situações cotidianas deles. Apos esse 
momento, passamos um desenho para colorir, de um planeta sofrendo com a escassez e, em 
seguida, teriam de escrever ou desenhar a respeito do tema que foi discutido. 
No segundo momento, dividimos a turma em duplas e distribuímos o livro de imagens 
"O Camelo, o Burro e a Àgua". Sugerimos dez minutos para que as duplas interpretassem o 
livro. Terminado o tempo, distribuímos em ordem uma folha do livro para cada grupo, onde 
teriam de ir na frente dizer para a turma o que se passava nas imagens, o objetivo era que a 
turma construísse a sua maneira a história do livro. Terminado as apresentações, solicitamos 
que os alunos reescrevessem o que recontaram, ou apenas escrevessem elementos de suas 
respectivas imagens, nesse momento, houve uma interversão individual nas duplas que não 
sabiam ler. 
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No terceiro momento, fizemos a construção de um gráfico pictórico, individual, a partir 
de perguntas como: Qual a quantidade de vezes que você toma banho? Quantas vezes lava as 
mãos por dia? Quantas vezes escova os dentes por dia? quantas vezes você toma agua por dia? 
No segundo dia, fizemos uma mediação de leitura do texto "Fabiana na Floresta", de 
Naava Bassi. A partir desse texto, destacamos as palavras em negrito, perguntando se sabiam o 
significado delas. Em seguida, fizemos a interpretação do texto a partir de algumas perguntas 
impressas. 
No segundo momento, fizemos uma atividade de colagem com a turma. Distribuímos 
para cada aluno uma folha de papel xamex e uma folha com elementos da natureza como: 
árvore, flor, borboleta, pássaros etc. O objetivo era que construíssem uma paisagem juntando 
os elementos. 
Na aplicação desse planejamento, a maior dificuldade que tivemos foi de conter a 
agitação e a indisciplina dos alunos, pois, ficavam conversando, pedindo pra sair na hora da 
explicação ou resolução das atividades, tirando o foco da turma. Uma situação interessante, foi 
um momento onde tivemos de mediar um conflito que não tínhamos visto o que tinha 
acontecido. Procuramos escutar a versão de cada aluno e chamar atenção deles por meio de uma 
conversa onde explicávamos que não era ético e nem tolerável essas situações em sala de aula, 
pois corriam o risco de saírem machucados. 
6. A regência e a produção das crianças 
Na atividade de pintura do planeta que estava sofrendo com a escassez, a maioria atentou 
para colorir o oceano de azul, o marrom da terra etc., mas, alguns alunos, principalmente os que 
tem suspeita de autismo, não atentaram para as cores e pintaram da sua maneira. Por exemplo, 
¹Marcos pintou o oceano de marrom e os continentes de azul; Milena pintou os oceanos de azul 
mas os oceanos de vermelho; Pedro pintou os continentes de azul e os oceanos de verde. 
Figura 03: exemplo da pintura do planeta dos alunos. 
 
 
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Na construção do gráfico pictórico, os alunos tem dificuldades de ouvir a explicação do 
professor. Buscando fazer da sua maneira. causando a dificuldade de desenhar o gráfico e 
colocar a quantidade certa dos elementos. Por isso, nesse momento, foi necessário a nossa 
intervenção de maneira individual. 
 Figura 04: foto de uma produção do gráfico pictórico de um aluno. 
 
 
 
Na interpretação do texto "Fabiana na Floresta", quem já teve dificuldade de interpreta 
as questões foram os alunos que ja sabiam ler. Os alunos que não sabiam ler, que apenas 
escreviam, sabiam das resposta mas era necessário que disséssemos a localização delas no texto 
para que eles pudessem trasncrever. 
 Figura 05: Exemplo da atividade de interpretação de texto. 
 
 
A atividade de colagem foi a que mais chamou atenção deles. Pois, foi um momento de 
interação, troca de ideias e quando um aluno terminava ele procurava ajudar o outro coleguinha 
que estava atrasado. No final, muitos queriam levar suas produções para casa. 
Figura 06: Exemplo da atividade de colagem 
 
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A regência foi produzida a partir da diagnose que fizemos sobre a turma. Pensando em 
uma maneira de fazer com interagissem entre si, e, buscamos dinamizar essa interação fugindo 
do tradicionalismo, considerando que, segundo segundo Tassoni (2000): 
 
Considerando que o processo de aprendizagem ocorre em decorrência de interações 
sucessivas entre as pessoas, a partir de uma relação vincular, é portanto, através do outro 
que o individuo adquiri novas formas de pensar e agir e, dessa forma apropria-se (ou 
constrói) novos conhecimentos (p.6). 
 
 
Acreditamos que o resultado foi positivo, pois ouve o envolvimento das crianças nas 
atividades e a compreensão delas sobre a temática desenvolvida. Levamos em consideração a 
importância da temática trabalhada, a preocupação em formar cidadão conscientes de suas 
escolhas, a partir de ações vividas em seu cotidiano, pois, segundo Medeiros et al., (2011): 
 
[...]comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na pratica, no 
decorrer da vida escolar com o intuito de contribuir para a formação de cidadãos 
responsáveis, contudo a escola deve oferecer aos seus alunos os conteúdos ambientais 
de forma contextualizada com sua realidade (p.2). 
 
 
7. O estágio e sua formação inicial: 
No nosso curso de graduação, lidamos muito com as diversas teorias educacionais para 
que quando estivermos exercendo a profissão possamos tê-las como referenciais. O estagio, é a 
primeira prática onde vamos adquirir experiências e conhecimentos mais abragentes que será 
levado para a carreira docente. E em nosso primeiro contato com essa prática docente foi muito 
desafiador, pois estivemos de frente aos constantes desafios que a docência nos traz, como: 
entender as diferenças de cada aluno, solucionar conflitos, violência e o derrespeito em sala de 
aula etc. Acreditamos estar teoricamente prontas para enfrentar esses desafio da carreira 
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docente, mas, precisamos estar constantemente em evolução, ou seja, não devemos nos 
contentar só com os conteúdos que o curso de graduação nos trouxe, mas, buscar, 
constantemente, o aperfeiçoamento desses estudos. A educação especial é um exemplo de 
conhecimento que devemos buscar, pois em toda a sala de aula quase sempre irá ter alunos com 
necessidades educacionais especiais ou algum transtorno de aprendizagem; e, nem sempre nas 
escolas públicas ira ter um profissional de Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), para 
auxiliar o professor regente na alfabetização dessas crianças. Sendo necessário que o professor 
integre esses alunos da melhor maneira possível em sala de aula. 
No que tange a professora regente, em uma de nossas conversas ela nos aconselhou estar 
sempre preparadas para o desafio de comandar uma turma difícil. Buscando sempre ser paciente 
e cuidadosos com essas dificuldades e principalmente com as palavras e conversas que tivermos 
com as crianças de maneira individual ou geral. Lembrando que as as crianças não são culpadas 
de terem um comportamento difícil, pois isso é uma questão cultural delas, elas reproduzem 
formas e comportamentos ensinados ou observados em seu meio social, seja para se defender 
ou não. 
8. O estágio e sua auto-avaliação 
Como ja explicitado antes, sair da teoria e ir para a prática foi desafiador, pois sentimos 
o medo de não ser compreendida, de não obter o respeito da turma, de falhar e de principalmente 
chegar no estágio e perceber que o amor pela licenciatura era uma farça, mas, felizmente, 
descobrimos que é verdadeiro. 
Tentávamos sempre ser pontual, mas as vezes era dificultoso. No entanto, levamos a 
sério e com responsabilidade a aplicação das regências obrigatórias, buscando com que todos 
os alunos participassem das atividades; o acompanhamento em sala, buscando da melhor 
maneira intervir nas atividades passadas pelaprofessora regente. 
9.Conclusões 
Viver a prática no estágio nos fez enxergar o quão ela é necessária para a nossa carreira 
docente. Pois a sala de aula ao mesmo tempo que é um desafio, é prazeroso, pois nos permiti 
viver experiências que nos servirão como base para as práticas futuras. Nos permitiu enxergar 
a realidade escolar, sem máscaras e o importância de se fazer uma educação inclusiva que 
estimulem o processo de ensino e aprendizagem das crianças. 
Essa experiência nos permitiu refletir sobre a carência do sistema educacional brasileiro. 
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Mas, nos fazendo entender que precisamos nos desempenhar melhor em nosso papel como 
educador, buscando construir algo diferente com as práticas educativas. Proporcionando 
situações desafiadoras para que os alunos obtenham melhor compreensão dos conteúdos. 
Precisamos estar a frente do sistema de opressão educacional que nos impede de formar 
cidadãos conscientes e pensantes. 
 
10. Referências 
 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL. 
 
 
TASSONI, C. M. Afetividade e aprendizagem: A relação professor aluno in psicologia, 
analise e critica da pratica educacional. Campinas: ANPED, 2000. 
 
 
 MEDEIROS, Aurélia Barbosa de, et al. A importância da educação ambiental na escola nas 
séries iniciais. Revista Faculdade Monte Belos. V. 4, n. 1, set. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	Professora estagiária: Profa. Elida Peres
	RESUMO
	2. O Contexto Escolar, Estudantes, Professor Regente
	3. As atividades e dinâmica do Estágio
	4. As atividades e o período de observação
	5. O planejamento e as atividades do período de regência
	6. A regência e a produção das crianças
	8. O estágio e sua auto-avaliação
	9.Conclusões
	10. Referências