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LIPOTIMIA E SÍNCOPE

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LIPOTIMIA E SÍNCOPE 
LIVRO: Emergencias médicas em odontologia – Andrade 
Lipotimia é definida como um mal-estar 
passageiro, sensação angustiante e iminente de 
desfalecimento, com palidez, sudorese aumentada, 
zumbidos auditivos e visão turva, sem 
necessariamente levar à perda total da 
consciência. É a sensação de desmaio, sem que 
ocorra. Apesar disso, são atribuídos a ela 
sinônimos como “desmaio comum” ou perda dos 
sentidos, quando talvez fosse melhor chama-la de 
pré-síncope. 
Síncope é tida como a perda repentina e 
momentânea da consciência, causada pela súbita 
diminuição do fluxo sanguíneo e da oxigenação 
cerebral, ou ainda por causas neurológicas ou 
metabólicas. 
São quadros geralmente benignos, de curta 
duração, e regridem de forma espontânea ou em 
resposta a manobras simples. 
OCORRÊNCIA 
 Maior em adultos e jovens, sexo 
masculino, apesar de que algumas sincopes 
ocorrerem preferencialmente em idosos. 
Síncope Vasovagal: a mais comum, sendo 
desencadeada por fatores emocionais (ansiedade 
aguda, dor repentina e inesperada, visão de 
sangue, visão de seringa ou agulha, etc), ou não 
emocionais (fome, debilidade física, ambiente 
quente e úmido). É precedida de sinais sugestivos 
de reação vagal, tais como palidez cutânea, 
sudorese fria, fraqueza, bradicardia, respiração 
superficial, pulso fino e queda de PA. 
Síncope Vasodepressora: a reação de adaptação 
ao estresse prepara o organismo para “lutar ou 
fugir”, aumentando o fluxo sanguíneo para os 
músculos esqueléticos. Quando a vasodilatação 
periférica é acompanhada de uma diminuição da 
frequência cardíaca (e não da taquicardia 
antecipada da reação de pânico), o debito cardíaco 
inadequado resulta na perda de consciência. 
Síncope do seio carotídeo: o seio carotídeo situa-
se em cada artéria carótida, à altura do pescoço, e 
corresponde ao agrupamento de células sensíveis 
às variações da PA (barorreceptores). Certos 
indivíduos apresentam alta sensibilidade do seio 
carotídeo e, diante de uma leve compressão 
(causada por estímulos externos, como o ajustar 
da gravata ou o abotoar de um botão da camisa), 
podem sofrer queda brusca da PA e desmaio. Pode 
ocorrer caso o dentista apoiar sua mão ou cotovelo 
na região do pescoço. Esse tipo de sincope é rara e 
acomete idosos. 
Síncope associada à insuficiência vértebro-
basilar: acomete mais idosos, estando relacionada 
à hiperextensão da cabeça. É causada por placas 
gordurosas (ateromas) dos vasos responsáveis pela 
irrigação sanguínea cerebral (arteriais vertebrais, 
basilares e comunicantes). Diferente da sincope 
vasovagal, não se observa sudorese fria ou palidez 
da pele, nem tampouco alterações dos sinais 
vitais. 
Síncope associada a arritmias cardíacas: 
frequências cardíacas menores que 30 a 35 ou 
maiores que 150 a 180 bpm podem levar a 
síncope. Tem um significado clinico mais 
importante, pode se manifestar em pacientes 
portadores de arritmias cardíacas ou insuficiência 
cardíaca. É raro. 
Outras situações que há perda da consciência: 
hipoglicemia aguda, hipotensão ortostática, 
insuficiência adrenal aguda. 
PREVENÇÃO 
1. Avaliação do grau de ansiedade do 
paciente 
2. Se o paciente apresentar historia de doença 
sistêmica, trocar informações com o 
medico 
3. Orientar o paciente de se alimentar antes 
das consultas, a hipoglicemia predispõe a 
indução da sincope vasovagal 
4. Cadeira do dentista sempre posição supina 
ou semi-inclinada 
5. Evitar estímulos visuais estressores 
6. Anestesia local menos traumática possível 
7. Exercer a anestesia corretamente para que 
o paciente não sinta dor durante o 
procedimento 
8. Não empregar expressões que possam 
parecer tranquilizadoras, mas que na 
verdade aumentam ainda mais a ansiedade 
do paciente, como: “não vai doer nada, se 
doer você levanta a mão” 
9. No atendimento aos idosos, evite 
hiperestender a cabeça e tome cuidado de 
não apoiar sua mão ou cotovelo na região 
do pescoço.

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