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LEITES CONCENTRADO, EVAPORADO, CONDENSADO E DOCE DE LEITE UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina: TIPOA – Leite e derivados ROTEIRO • Introdução; o Origem da evaporação; Objetivo da indústria de concentrados lácteos; Principais produtos lácteos concentrados. • Padronização de concentrados lácteos; o Componentes do leite; Parâmetros físico-químicos do leite; Balanço de massa; Cálculo de fator de referência. • Evaporação do leite para produção de concentrados lácteos; o Evaporadores à vácuo; Evaporadores de múltiplo efeito; Concentração por membranas; Higienização de equipamentos e instalações; Principais modificações causadas pela concentração e pelo aquecimento do leite. • Fabricação de leite concentrado e evaporado; o Fluxograma de produção; Concentração; Teste piloto; Esterilização. ROTEIRO • Fabricação de leite condensado; o Origem e aspectos regulatórios; Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia; Fluxograma de produção; Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo; Composição final do produto; Principais defeitos e como evitá-los. • Fabricação de doce de leite; o Origem e aspectos regulatórios; Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia; Fluxograma de produção; Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo; Composição final do produto; Principais defeitos e como evitá-los. • Conclusão. INTRODUÇÃO • A evaporação é uma das mais importantes operações unitárias dos processos na indústria; • O evaporador tem a função principal de fornecer calor para evaporar a água do alimento (troca térmica), através da ebulição; • Para que o alimento não perca a sua cor, aromas e ingredientes nutritivos, esta operação de fervura é realizada sob vácuo no interior do evaporador, isto é, o alimento entra em ebulição a baixa temperatura; • Alguns fatores são importante na evaporação da água do alimento e que, deve ser observado: viscosidade do produto, pressão do evaporador, vácuo interno. • A evaporação pode ser feita: o Em um único efeito: inicialmente com fogo direto e posteriormente com vapor; o Múltiplo efeito: sistema empregado pelas usinas que promove economia de vapor de aquecimento. PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Componentes Parâmetros físico-químicos Balanço de massa Cálculo de RF (Fator de Referência) PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Componentes • O leite é uma combinação de diversos elementos sólidos em água, sendo os principais: • Esses elementos, suas distribuições e interações são determinantes para a estrutura, propriedades funcionais e aptidão do leite para processamento; • As micelas de caseína e os glóbulos de gordura são responsáveis pela maior parte das características físicas encontradas nos produtos lácteos; • Outros fatores podem interferer na composição do leite: raça, alimentação, manejo, intervalo entre as ordenhas e infecção da glândula mamária. Gordura Carboidratos Proteínas Sais minerais Vitaminas PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Parâmetros físico-químicos Gordura Extrato seco desengordurado Contagem total bacteriana Contagem de células somáticas Qualidade do leite Composição Alizarol Densidade relativa Acidez titulável Índice crioscópico Fisico-químicos Higiênico- sanitários Proteína Detecção de resíduos antibióticos PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Balanço de massa • Estudo da transferência de massa que ocorre durante as operações unitárias industriais; • Exemplo: no processamento do leite condensado, esta ferramenta pode ser aplicada a padronização do teor de gordura do leite, a relação entre o teor de gordura e o teor de sólidos não gordurosos, a deteminação da massa evaporada e a massa de produto final; • A sua aplicação depende do conhecimento das massas de matéria prima e ingredientes empregados, bem como do conhecimento da composição do produto final. PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Cálculo do Fator de Referência (RF) • RF é a relação entre a gordura e os sólidos não gordurosos: • Portanto, quanto maior a gordura, maior será o RF. matéria gorda % . sólidos não gordurosos % RF= EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Evaporadores a vácuo: • O objetivo é retirar a água contida no líquido a ser processado, a uma temperatura inferior a 100 ºC; • A fonte de energia térmica pode ser vapor pressurizado ou vapor submetido a pressão atmosférica, provenientes de processos. EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Evaporadores de múltiplo efeito: • Conjugam em série de dois ou mais evaporadores de um efeito; • A grande vantagem desta conjugação é a economia de vapor gasto por kg de água evaporada do alimento; • O vapor que é produzido em um efeito do evaporador, serve como meio de aquecimento para o seguinte e assim sucessivamente; EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Evaporadores de múltiplo efeito: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS • Evaporadores: Película descendente A vácuo De placas EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Concentração por membranas: • São operações onde há separação de componentes de fluido, através de uma membrana semipermeável; • Separa, purifica e concentra; • Microfiltração, Ultrafiltração, Nanofiltração e Osmose Reversa; • São utilizados principalmente em concentração de leite e concentração de proteínas do soro; • As membranas oferecem alternativa interessante aos tratamentos térmicos; EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Concentração por membranas: Processo Uso Microfiltração e Ultrafiltração Quando o soro é ultrafiltrado, o principal objetivo é a concentração de proteínas para a fabricação de derivados. No caso de queijos feitos com essa tecnologia, o rendimento pode ser até 20% maior quando comparado à tecnologia que usa apenas a coagulação química ou microbiológica. EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Concentração por membranas: Processo Uso Nanofiltração Pode ser aplicada na fabricação de leite fluído sem lactose. O leite nanofiltrado pode ser matéria prima para a fabricação de inúmeros derivados sem lactose, como sorvetes, e iogurtes. Osmose reversa Essa tecnologia não é aplicada usualmente em leite fluido ou soro, uma vez que altas pressões causam lipólise do leite, deixando-o susceptível à oxidações e sabores desagradáveis. EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Concentração por membranas: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Higienização de equipamentos e instalações: • Envolve limpeza regular e desinfecção dos equipamentos utilizados em todo o processo; • Manutenção e boas práticas de higienização nas instalações; • Prevenir contaminação em todas as etapas de fabricação do produto. EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Principais modificações causadas pela concentração e pelo aquecimento do leite: Aumento da viscosidade Mudanças nas propriedades organolépticas Redução do teor de água Aumento da concentração de nutrientes. LEITES CONCENTRADO E EVAPORADO FABRICAÇÃO DE LEITE CONCENTRADO E EVAPORADO Leite concentrado Produto resultante da desidratação de leite fluído, seguido de refrigeração ou tratamento térmico condizente ao fim que se destina. Leite evaporado “Leite condensado sem açúcar.” É o produto resultante da desidratação parcial do leite fluído, seguido de homogeneização, enlatamento e esterilização. FABRICAÇÃO DE LEITE CONCENTRADO E EVAPORADO Seleção Classificação/Pré- padronização Pré-aquecimento Concentração Homogeneização Refrigeração Testes piloto Adição de sais estabilizantes Embalagem Esterilização Estocagem ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LLeite concentrado• Em seguida, o produto é armazenado a baixas temperaturas (< 7 °C) para evitar o crescimento de bactérias e quaisquer contaminantes pós-pasteurização; • Por não ser um leite estéril, pode ser deteriorado por microrganismos provenientes do leite cru; Tratamento térmico Concentração a baixa temperatura Pasteurização* antes do envase *Em alguns casos ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LLeite concentrado • Pseudomonas e Enterobactérias são capazes de multiplicar-se a temperaturas inferiores a 4 °C e são responsáveis pela deterioração do produto devido à produção de gás e ácidos; • A validade do produto varia desde alguns dias ou semanas, dependendo do grau de contaminação, da severidade do tratamento térmico aplicado, bem como a eficácia do controle de temperatura durante o resfriamento e armazenamento. Bacillus spp. Enterococos Pseudomonas Enterobacteriaceae ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LLeite evaporado • Não é tão consumido no Brasil; • É uma forma de leite concentrado, obtido por meio de um processo de evaporação; • É submetido a altas temperaturas para reduzir o seu teor de água, o que permite aumentar a concentração de proteínas, gorduras e lactose; • Tem um sabor mais concentrado e uma textura mais espessa do que o leite fresco; • Por ter consistência mais densa, torna-o ideal para uso culinários. ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LConcentração • A evaporação do leite é realizada em fluxo laminar sob vácuo, com temperatura entre 65° e 70 °C, onde ocorre a fervura; • O leite passa através de um dispositivo de distribuição e é pulverizado em forma de camadas muito finas que deslizam até a parte inferior; • Por ação do calor do vapor e do vácuo, a água da película de leite evapora rapidamente; • Um separador tipo ciclônico situado na base dos tubos separa o vapor do leite concentrado; ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LConcentração • A concentração final atinge densidades de até 1,07: • A concentração máxima que se utiliza industrialmente é de 27% de extrato seco magro. 2,1 kg de leite integral Com 3,8% de gordura e 8,55% de extrato seco magro 1kg de leite concentrado com 8% de gordura e 18% de extrato seco magro Produzem ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LTeste piloto • Após o resfriamento, o leite concentrado é armazenado em tanques dotados de agitadores onde se procede aos testes; • Testes pilotos são realizados para determiner a estabilidade do leite ao processo de esterelização e quantificar a necessidade de sais estabilizantes; • São coletadas amostras do leite em latas, onde se adicionam sais estabilizantes puros ou misturados, em diferentes concentrações; • As latas são posteriormente esterelizadas e logo avaliadas para determinar o tipo de sal e quantidade mais adequada a ser adicionada. ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO • LEsterelização • Após enlatado, o leite concentrado é submetido à esterelização; o Que pode ser realizada a 115 °C por 20 minutos ou a 120 °C por 10 minutos. • As latas são mantidas em movimento para distribuir o calor e a precipitação proteica; o Pode ocorrer um leve escurecimento do leite devido a reação de Maillard. • Opcional à esterelização, pode-se realizar o tratamento UHT; o 140 °C por 3 segundos. • Na saída do esterelizador, as latas já se encontram frias. LEITE CONDENSADO FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO • O leite condensado é um produto lácteo concentrado que passa por um processo de remoção de água para obter uma consistência mais espessa e um sabor doce; • A origem do leite condensado remonta ao século XIX, quando o processo de evaporação do leite foi desenvolvido pelo inventor norte-americano Gail Borden; • Desde então, o leite condensado é popular em todo o mundo; • As normas e regulamentações variam de acordo com o país, em muitos lugares, a produção está sujeita a regulamentos de segurança alimentar e boas práticas de fabricação; o Estabelecendo padrões de qualidade e segurança para garantir que o produto final atenda aos requisites estabelecidos. É preferível devido ao seu teor de gordura, que contribui para a consistência e o sabor do produto final. Desempenha um papel importante para adoçar e ajudar na sua preservação. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO • Os ingredients básicos para a fabricação de leite condensado tradicional incluem: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Leite integral Açúcar É preferível devido ao seu teor de gordura, que contribui para a consistência e o sabor do produto final. Desempenha um papel importante para adoçar e ajudar na sua preservação. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Açúcar Desempenha um papel importante para adoçar e ajudar na sua preservação. Além dos ingredientes básicos, os fabricantes podem adicionar coadjuvantes de tecnologia para melhorar a textura, sabor e estabilidade do leite condensado. Estabilizantes Emulsificantes Aromatizantes Esses aditivos auxiliam na prevenção da separação de líquidos, proporcionam uma textura cremosa e garantem a homogeneidade do produto. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Fluxograma de produção • Varia de acordo com as práticas e equipamentos utilizados por cada fabricante, mas geralmente segue os seguintes passos: • Durante todo o processo de fabricação, são realizados controles de qualidade e análises para garantir a conformidade, a segurança e a qualidade do produto final. Recebimento e inspeção do leite Padronização Pré-aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização Resfriamento e envase Rotulagem e armazenamento FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Recebimento do leite Padronização Pré- aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização do leite condensado Resfriamento e envase Rotulagem e embalagem Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Recebimento do leite Padronização Pré- aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização do leite condensado Resfriamento e envase Rotulagem e embalagem Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Padronização Pré- aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização do leite condensado Resfriamento e envase Rotulagem e embalagem • Ponto de controle: inspeção visual e análise laboratorial do leite recebido • Ponto de controle: monitoração da temperatura de pré-aquecimento. • Ponto de controle: dosagem precisa do açúcar adicionado. • Ponto de controle: temperatura de resfriamento e verificação do envase correto. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Recebimento do leite Padronização Pré- aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização do leite condensado Resfriamento e envase Rotulagem e embalagem Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo • Ponto de controle: medição e ajuste do teor de gordura do leite. • Ponto de controle: monitoração da temperatura e pressão. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Recebimento do leite Padronização Pré- aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização do leite condensado Resfriamento e envase Rotulagem e embalagem Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo • Ponto de controle: monitoração da temperatura e pressão. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Recebimento do leite Padronização Pré- aquecimento Evaporação Adição de açúcar Homogeneização do leite condensado Resfriamento e envase Rotulagem e embalagem Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo • Ponto de controle: temperatura de resfriamento e verificaçãodo envase correto FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO • Varia de acordo com a marca e/ou país, mas em geral, consiste nos seguintes componentes: Água Leite Açúcar Gordura Sólidos do leite Estabilizantes e/ou conservantes Composição final FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Principais defeitos 1. Separação de fases: Esse defeito ocorre quando há uma separação entre a parte líquida e a sólida, resultando em uma aparência não homogênea. Para evitar, é importante garantir uma homogeneização adequada durante o processo de fabricação, com máquinas de alta pressão para dispersar as partículas de gordura de forma uniforme. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Principais defeitos 2. Cristalização de açúcar: Pode ocorrer quando há um excesso de açúcar não dissolvido no leite. Para evitar a cristalização, é importante garantir que o açúcar seja completamente dissolvido durante o processo. Isso pode ser alcançado por meio de um processo adequado de aquecimento e mistura durante a adição do açúcar. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Principais defeitos 3. Contaminação microbiológica: Ocorre quando microrganismos indesejáveis se desenvolvem no produto. Para evitar a contaminação microbiológica é importante implementar boas práticas de hygiene e segurança alimentar em todas as etapas do processo de fabricação, isso inclui a limpeza regular dos equipamentos, a manutenção de condições higiênicas nas áreas de produção e o controle adequado da temperatura durante o armazenamento. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Principais defeitos 4. Alteração de cor e sabor: Podem ocorrer devido a fatores de oxidação, reações de Maillard e interações entre os ingredientes. Para evitar essas alterações, é importante proteger o produto da exposição à luz, evitar altas temperaturas durante o processamento e utilizer ingredients de alta qualidade. Além disso, o controle adequado do tempo de armazenamento e das condições, como temperatura e umidade. FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Principais defeitos 5. Envase e vedação: Defeitos no envase, como vazamentos ou falhas na vedação das embalagens, podem comprometer a qualidade e segurança do produto. Para evitar esses problemas, é necessário garantir que os equipamentos de envase estejam em boas condições, realizar verificações regulares nas embalagens e adotar práticas adequadas de controle de qualidade durante esse processo. DOCE DE LEITE FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • É o produto resultante da cocção de leite com açúcar, podendo ser adicionado de outras substâncias alimentícias permitidas; • Pode ser fabricado pastoso ou em tablets e com substâncias aromatizantes e saborizantes: o Amendoim, ameixa, cacau, coco. • Os estabelecimentos de leites e derivados estão sujeitos à fiscalização do Ministério da Agricultura, através do SIP; • Existem normas sobre as condições higiênicos-sanitárias mínimas para implantação e funcionamento desses estabelecimentos; FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • A composição do doce de leite deve obedecer as seguintes especificações, determinadas pelo Ministério da Agricultura: Proteínas: mínimo de 6% Umidade: máximo de 30% Açúcares: máximo de 55% Exceto a lactose Gordura: mínimo de 2% Cinzas: máximo de 2% Acidez: máximo de 5 mL de soluto alcalino normal. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Leite e açúcar (sacarose) são as matérias-primas empregadas na fabricação do doce de leite; • Outros ingredientes são: o bicarbonate de sódio, a glicose e as substâncias aromatizantes e saborizantes; • O leite deve provir de animais sadios e ser de boa qualidade quanto à cor, sabor, odor e aparência; • Não se deve empregar leite ácido; Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • A redução da acidez deve ser realizada com adição de bicarbonate de sódio até atingir 12° a 13 °D; • O leite deverá ser padronizado de acordo com a textura que se deseja e com base na legislação vigente no Brasil: exige no mínimo de 2% de gordura no produto final; • O teor de gordura terá influência direta no rendimento do doce; • Deve-se empregar açúcar de boa qualidade e sem acidez; o As indústrias utilizam o refinado, em razão de seus cristais serem pequenos e de não conter água e impurezas. Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • A quantidade de açúcar adicionado, geralmente equivale a 18 – 20% do volume de leite; • Nos casos do doce de leite em tabletes, pode chegar até 30%; • No doce pastoso, acrescenta-se ainda 2% de glicose, previamente dissolvida em igual volume de leite; o A glicose reduz a cristalização e melhora a aparência, brilho e viscosidade. Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Amido (de milho ou mandioca) Aumentar a viscosidade e o rendimento; Sua concentração máxima permitida é de 2% em relação ao volume de leite, o excesso pode gerar viscosidade excessiva. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Citrato de sódio Estabilizar as proteínas – 70g/150 L de leite; Confere brilho – 20g/100 L de leite; Ajuda na cristalização da sacarose – 40g/100 L doce em barra. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Ácido sórbico e seus sais Conservante – quando resfriado, necessita de cuidados na adição e deve ser usado na concentração de 600mg/kg (uso doméstico) e 1000g/kg (uso indistrial). FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Coco Deve ser selecionado quanto ao tamanho, qualidade microbiológica, qualidade física (umidade) e quantidade (0,5 a 2% da quantidade de doce). FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Chocolate Usado em calda ou em pó; Dá sabor característico e modificação da cor; Diminui o teor de açúcar e deve ser usado de 1 a 2% da quantidade do doce. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Ameixa Usada em calda; Deve-se ter cuidado com a contaminação; Recomenda-se a quantidade de 1 a 2% da quantidade do doce. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Outros ingredientes que podem ser utilizados: Ingredientes e coadjuvantes de tecnologia Ingrediente Função Baunilha Usada para realçar o sabor – 0,035%. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Fluxograma de produção Fornecedores Recepção Seleção Medição Concentração Adição de açúcar Redução de acidez Padronização Adição de saborizantes Adição de glicose Resfriamento (60 a 70 °C) Embalagem Armazenamento Expedição Recepção Padronização Industrialização FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo Seleção Recepção FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo O leite chega das fazendas, acondicionados e são conduzidos à plataforma de recepção. Retira-se uma amostra e faz-se testes. Recepção Padronização Industrialização FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo Seleção Após ser aprovado e medido, o leite é coado. Depois será desnatado e o creme obtido é vendido ou destinado à fabricação de manteiga. O leite impróprio (ácido) pode ser utilizado para confecção de outros produtos ou descartado. Industrialização FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Etapas de fabricação e principais pontos de controle do processo PadronizaçãoRecepção Seleção A mistura do leite e açúcar em tacho de aço inoxidável, provido de parede dupla, exaustore agitador mecânico. Inicia-se o aquecimento sob contínua agitação. Esta movimentação servirá para impedir que a porção do líquido em contato direto com a parede se queime, também evita a formação de espuma facilitando a evaporação da água. O tempo para a fabricação do doce de leite pastoso situa-se em torno de 2 horas e 30 minutos. A adição dos ingredientes de sabor é feita 40 minutos antes do término. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • O doce de leite pode ter dois produtos finais principais: o doce de leite em pasta e o em barra; • Para diferenciá-los, o processo de fabricação e ingredientes possuem algumas especificidades após o início de agitação e aquecimento Composição final FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Composição final Adição de sacarose (18 – 20%) Adição de redutor Concentração Ponto (60 – 70° BRIX) Envase FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Composição final Adição de sacarose (30%) Adição de redutor Concentração 1° Ponto (84 – 86° BRIX) Bateção manual 2° Ponto (86 – 88° BRIX) Envase FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE • Logo após o resfriamento do doce, deve-se realizar o enchimento da lata ou do pote de vidro o mais rápido possível, fazendo-se um fechamento bem adequado para que não haja contaminação. Composição final FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Principais defeitos 1. Falhas de processamento (intrínsecos ou extrínsecos): Podem permitir a sobrevivência e proliferação de microrganismos ou toxinas, assim como falhas no binômio tempo-temperatura. 2. Alterações do aquecimento: Causada pela retirada de água e aquecimento prolongado, tem como consequência alteração de cor. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Principais defeitos 3. Coloração: Tempo, temperatura influenciam, assim como a quantidade de bicarbonate de sódio. 4. Granulosidade: Desestabilização proteica, baixo teor de gordura, dissolução de alguns ingredientes. FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Principais defeitos 5. Consistência: Teor de sólidos, quantidade, espessantes. 6. Gosto de queimado: Excesso de cozimento. 7. Azedo: Fermentação de leveduras. 8. Rançoso: Ação de lipases FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Principais defeitos 9. Muito doce; 10. Estufamento da embalagem. Slide 1: LEITES CONCENTRADO, EVAPORADO, CONDENSADO E DOCE DE LEITE Slide 2: ROTEIRO Slide 3: ROTEIRO Slide 4 Slide 5: PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 6: PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 7: PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 8: PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 9: PADRONIZAÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 10: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 11: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 12: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 13: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 14: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 15: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 16: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 17: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 18: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 19: EVAPORAÇÃO DO LEITE PARA PRODUÇÃO DE CONCENTRADOS LÁCTEOS Slide 20 Slide 21: FABRICAÇÃO DE LEITE CONCENTRADO E EVAPORADO Slide 22: FABRICAÇÃO DE LEITE CONCENTRADO E EVAPORADO Slide 23: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 24: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 25: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 26: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 27: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 28: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 29: ETAPAS DE FABRICAÇÃO E PRINCIPAIS PONTOS DE CONTROLE DO PROCESSO Slide 30: LEITE CONDENSADO Slide 31: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 32: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 33: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 34: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 35: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 36: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 37: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 38: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 39: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 40: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 41: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 42: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 43: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 44: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 45: FABRICAÇÃO DE LEITE CONDENSADO Slide 46: DOCE DE LEITE Slide 47: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 48: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 49: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 50: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 51: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 52: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 53: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 54: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 55: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 56: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 57: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 58: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 59: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 60: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 61: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 62: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 63: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 64: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 65: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 66: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 67: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 68: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 69: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 70: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE Slide 71: FABRICAÇÃO DE DOCE DE LEITE
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