Prévia do material em texto
1 Universidade Federal da Bahia MÓDULO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Elaboração: Lílian Ramos e Maria da Conceição Monteiro Colaboração: todos os monitores, tirocinantes e alunos desde sua criação 2 Apresentação Este material de apoio didático tem como objetivo subsidiar as aulas da disciplina Avaliação Nutricional – NUT 143. Compõem esse material fórmulas, técnicas de medidas antropométricas, gráficos e tabelas de referência para análise dos dados antropométricos, bem como formulários para coleta de dados sobre consumo de acordo com os métodos mais utilizados na prática clínica e epidemiológica. 3 SUMÁRIO 1. TÉCNICAS E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ------------------------- 10 1.1 ANTROPOMETRIA -------------------------------------------------------------- 10 1.2 MEDIDAS UTILIZADAS NA AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO/DESENVOLVIMENTO ----------------------------------------- 10 1.2.1 Peso ------------------------------------------------------------------------------- 10 1.2.2 Estatura (altura, comprimento e estimativas de altura) -------------------- 13 1.2.3 Perímetros ------------------------------------------------------------------------ 19 1.3 MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL -------------------------------- 20 1.3.1 Pregas Cutâneas ------------------------------------------------------------------ 20 1.3.2 Músculo Adutor do Polegar (MAP) -------------------------------------------24 1.3.3 Circunferência da panturrilha -------------------------------------------------- 25 1.4 MEDIDAS DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL ----------- 25 1.4.1 Circunferências ------------------------------------------------------------------ 25 1.4.2 Diâmetro Abdominal-Sagital --------------------------------------------------- 29 1.5 VARIAÇÕES ENTRE E INTERMEDIDOR ---------------------------------- 30 2. GESTANTE ------------------------------------------------------------------------- 45 2.1 ANTROPOMETRIA -------------------------------------------------------------- 45 2.2 EXAMES BIOQUIMÍCOS ------------------------------------------------------- 48 3. SEMIOLOGIA --------------------------------------------------------------------- 32 4. CRIANÇA E ADOLESCENTE ------------------------------------------------- 51 4.1 ANTROPOMETRIA -------------------------------------------------------------- 51 4.1.1 Pontos de corte para IC e RCE ------------------------------------------------- 55 4.2 DESENVOLVIMENTO PUBERAL EM ADOLESCENTES --------------- 56 4.2.1 Estágios de Tanner – Desenvolvimento Puberal Feminino ----------------- 56 4.2.2 Estágios de Tanner – Desenvolvimento Puberal Masculino --------------- 58 4.3 EXAMES BIOQUÍMICOS ------------------------------------------------------- 60 Curvas Internacionais de Crescimento (OMS, 2006) ------------------- 63 5. ADULTO----------------------------------------------------------------------------- 83 4 5.1 ANTROPOMETRIA -------------------------------------------------------------- 83 5.2 TABELAS E PONTOS DE CORTE PARA INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADULTO -------------------------------------------------------------------------------- 83 5.2.1 Pontos de corte para circunferência do pescoço (CP) em adultos --------- 85 5.3 EXAMES BIOQUÍMICOS ------------------------------------------------------- 85 6. IDOSO -------------------------------------------------------------------------------- 92 6.1 ANTROPOMETRIA -------------------------------------------------------------- 92 6.2 TABELAS E PONTOS DE CORTE PARA INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO IDOSO ----------------------------------------------------------------------------------- 92 6.2.1 Ponto de corte e interpretação para circunferência da panturrilha --------- 93 6.2.2 Circunferência da cintura ------------------------------------------------------- 93 6.2.3 Diâmetro Abdominal Sagital (DAS) ------------------------------------------ 93 6.2.4 Músculo Adutor do Polegar (MAP) ------------------------------------------- 93 6.2.5 Circunferência braço (CB) ------------------------------------------------------ 95 6.2.6 Circunferência muscular do braço (CMB) ------------------------------------ 95 6.2.7 Força ------------------------------------------------------------------------------- 95 6.2.8 Prega cutânea tricipital (PCT) -------------------------------------------------- 96 6.2.9 Pontos de corte de IC e RCE ---------------------------------------------------- 96 6.3 ANEXOS – IDOSO ---------------------------------------------------------------- 96 6.3.1 Avaliação das condições emocionais e sintomas ---------------------------- 96 6.3.2 Avaliação da capacidade funcional -------------------------------------------- 96 6.3.3 Avaliação da função cognitiva ------------------------------------------------- 97 6.3.4 Mini Avaliação Nutricional (MAN) ------------------------------------------- 98 7. FÓRMULAS ----------------------------------------------------------------------- 100 7.1 INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS ------------------------------------ 100 7.2 FÓRMULAS ---------------------------------------------------------------------- 100 7.2.1 Índice de Massa Corporal ------------------------------------------------------ 100 7.2.2 Circunferência Muscular do Braço ------------------------------------------- 100 7.2.3 Área Muscular do Braço ------------------------------------------------------- 101 7.2.4 Área Muscular do Braço corrigida -------------------------------------------- 101 5 7.2.5 Área de Gordura do Braço ----------------------------------------------------- 101 7.2.6 Razão Cintura-Quadril --------------------------------------------------------- 101 7.2.7 Razão Cintura-Altura ou Razão Cintura-Estatura --------------------------- 101 7.2.8 Índice de Conicidade ----------------------------------------------------------- 101 7.3 FÓRMULAS PARA PESO E ESTIMATIVA DE PESO -------------------- 102 7.3.1 Peso ideal ou desejável --------------------------------------------------------- 102 7.3.2 Peso ideal para amputados ----------------------------------------------------- 102 7.3.3 Peso ajustado -------------------------------------------------------------------- 102 7.3.4 Adequação do peso ------------------------------------------------------------- 103 7.3.5 Percentual de perda de peso --------------------------------------------------- 103 7.3.6 Estimativa de peso -------------------------------------------------------------- 104 7.4 FÓRMULA PARA ESTIMATIVA DE ALTURA --------------------------- 105 8. TABELAS E PONTOS DE CORTE ------------------------------------------ 107 8.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) -------------------------------------- 107 8.2 PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL (PCT) ------------------------------------- 108 8.3 PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (PCSE) ---------------------------- 109 8.4 ∑2 PREGAS (PCT + PCSE) ---------------------------------------------------- 110 8.5 ∑4 PREGAS (PCT + PCB + PCSE + PCSI) ---------------------------------- 111 8.6 ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO (AGB)---------------------------------- 112 8.7 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO E ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO corrigida (AMB e AMBc) ----------------------------------------------------------- 113 9. SITUAÇÕES ESPECIAIS ------------------------------------------------------ 115 9.1 PACIENTE AMPUTADO------------------------------------------------------- 115 9.1.1 Correção do peso pós-amputação --------------------------------------------- 115 9.1.2 Correção da altura pós-amputação -------------------------------------------- 115 9.1.3 IMC pós-amputação (IMCPMP)---------------------------------------------- 115 9.1.4 Peso esperado antes da amputação (PEAAMP) -----------------------------115 9.1.5 Peso esperado pós-amputação (PEPAMP) ---------------------------------- 115 9.2 PREMATURIDADE ------------------------------------------------------------- 116 9.2.1 Idade corrigida ------------------------------------------------------------------ 116 9.3 SÍNDROME DE DOWN -------------------------------------------------------- 116 6 9.4 NEUROPATIAS ------------------------------------------------------------------ 117 9.4.1 Medida Estimativa de estatura ------------------------------------------------ 117 9.5 CRIANÇAS HOSPITALIZADAS E ACAMADAS ------------------------- 118 Curvas Mustacchi, 2002 - Síndrome de down ------------------------- 119 Curvas Internacionais de Crescimento para Crianças Nascidas Pré- termo (2015) ------------------------------------------------------------------ 130 Curvas de Crescimento para Portadores de Acondroplasia (Nanismo), 1978 -------------------------------------------------------------- 135 10. ANEXOS -------------------------------------------------------------------------- 139 10.1 ANAMNESES ------------------------------------------------------------------- 139 ANEXO A – Anamnese gestante -------------------------------------------- 139 ANEXO B – Anamnese criança --------------------------------------------- 143 ANEXO C – Anamnese adolescente ---------------------------------------- 148 ANEXO D – Anamnese adulto ---------------------------------------------- 152 ANEXO E – Anamnese idoso ------------------------------------------------ 156 10.2 AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR ----------------------------- 162 ANEXO F – Recordatório habitual ------------------------------------------ 162 ANEXO G – Recordatório 24h ---------------------------------------------- 163 ANEXO H – Recordatório 24h associado a Frequência Alimentar ----- 164 ANEXO I – Questionário de frequência alimentar (QFA) ---------------- 165 10.3 SEMIOLOGIA------------------------------------------------------------------- 167 ANEXO J – Semiologia ------------------------------------------------------ 167 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AGB = Área de Gordura do Braço AMB = Área Muscular do Braço AMBc = Área Muscular do Braço corrigida CB = Circunferência do Braço CC = Circunferência da Cintura CMB = Circunferências Muscular do Braço CP = Circunferência da Panturrilha CP = Circunferência do Pescoço GCT = Gordura Corporal Total IC = Índice de Conicidade MAP = Músculo Adutor do Polegar PCB = Prega Cutânea Bicipital PCSE = Prega Cutânea Subescapular PCSI = Prega Cutânea Suprailíaca PCT = Prega Cutânea Tricipital RCA ou RCE = Razão Cintura-Altura ou Razão Cintura-Estatura RCQ = Razão Cintura-Quadril 8 TÉCNICAS DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 9 1. TÉCNICAS E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 1.1 ANTROPOMETRIA A antropometria é um método indireto utilizado na prática clínica como uma das ferramentas que auxiliam na avaliação do estado nutricional do indivíduo ou coletividade, possibilitando: ➢ Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; ➢ Estudar a adequação/inadequação alimentar ➢ Subsidiar o planejamento de políticas e ações para a promoção da saúde e nutrição, prevenção e tratamento dos problemas nutricionais; ➢ Avaliar risco de saúde e nutrição; ➢ Monitorar intervenções. 1.2 MEDIDAS UTILIZADAS NA AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO/DESENVOLVIMENTO 1.2.1 Peso Instrumentos: Figura 1 - Balança Pediátrica Figura 2 - Balança Antropométrica 10 Figura 3 - Balança Acoplada à Cama Técnicas: o Em pé (crianças maiores de 2 anos ou de 16 Kg, adolescentes, adultos e idosos) - Observar a calibração da balança sempre que se fizer necessário - A medida deverá ser realizada antes das refeições principais - O indivíduo deverá: - Estar usando o mínimo de roupa possível, de preferência leve. - Permanecer em pé, descalço no centro da balança - O medidor deverá se posicionar em frente a escala e as medidas deverão ser anotadas e registradas com exatidão Video: https://www.youtube.com/watch?v=ZqYBXrUmLKk Figura 4 - Balança Antropométrica https://www.youtube.com/watch?v=ZqYBXrUmLKk 11 o Deitado (crianças menores de 2 anos ou de 16 Kg) Criança: - O medidor deve seguir as recomendações quanto a calibração. refeições e posicionamento para a leitura, especificadas para a medição em pé; - A criança deverá ser posicionada deitada ou sentada na balança com o mínimo de roupa possível, de preferência nua. A fralda deverá ser retirada. Video: https://www.youtube.com/watch?v=KT0B8XwEwWA https://www.youtube.com/watch?v=KT0B8XwEwWA 12 1.2.2 Estatura (altura, comprimento e estimativas de altura) Instrumentos: Figura 5 - Balança Pediátrica 13 Figura 6 - Balança Antropométrica Figura 7 – Antropômetro / Estadiômetro Vertical Figura 9 - Infantômetro Figura 8 - Antropômetro / Estadiômetro Portátil (SECA) Técnicas: o Comprimento (crianças menores de 2 anos) - A criança deverá estar deitada com a face voltada para cima, no plano de Frankfurt, e o topo da cabeça encostada na parte fixa do infantômetro; - Os joelhos retos e encostados sobre a superfícies da mesa ou tábua, a parte móvel do infantômetro deverá ser deslocada e pressionada sobre a região plantar; - Registra-se o comprimento no milímetro mais próximo. Video: https://www.youtube.com/watch?v=7YI4_xSicFg Instrumentos: infantômetro. https://www.youtube.com/watch?v=7YI4_xSicFg 14 Figura 10 - Infantômetro o Altura (crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos) Procedimento: - O indivíduo deverá estar descalço ou usando meias finas, sem nenhum adereço na cabeça que possibilite alteração da medida; - Usar roupas leves de forma a visualizar a posição do corpo; - O peso deverá estar bem distribuído em ambos os pés; - O indivíduo deverá permanecer em pé, sobre a plataforma, com os calcanhares juntos. Panturrilha, glúteos, ombros e cabeça deverá tocar a parede ou superfície vertical do dispositivo de medida; - A cabeça deve estar posicionada no plano horizontal de Frankfurt (olhando em linha reta); 15 - Os braços deverão estar caídos ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para as coxas; - O suporte deverá ser posicionado sobre a cabeça de tal forma que pressione apenas o cabelo; - O medidor deverá se posicionar em frente à escala e as medidas deverão ser registradas cuidadosamente no centímetro mais próximo; - Caso a parede seja utilizada como suporte de medida, esta deve ser lisa e não posicionada sobre tapete, carpete ou piso irregular. Video: https://www.youtube.com/watch?v=3_dKMAyyALY Instrumentos: antropômetro acoplado a balança, antropômetro vertical ou antropômetro portátil. Figura 11 - Estadiômetro https://www.youtube.com/watch?v=3_dKMAyyALY 16 o Estimativa de altura (situações em que não seja possível a medida da altura/comprimento e idosos) - Recumbente Procedimento: 1. colocar o avaliado em posição supina. com o leito em posição horizontal completa; 2. posicionar o avaliado com a cabeça reta, com a linha de visão no teto; 3. Realizar as medidas do lado direito ou esquerdo do corpo; 4. Fazer marcas no lençol, na altura do topo da cabeça e da base do pé; 5. medir o comprimento entre as marcas, utilizando fita métrica flexível ou inelástica. Instrumentos: fita métrica flexível ou inelástica Figura 12 – Medida Recumbente da Estatura - Extensão/envergadura dos braços (para pessoas que estejam impossibilitadas de manter a postura completamente ereta ou que apresentem alterações na coluna que possam comprometer sua real estatura) Procedimento: Colocar os braços doavaliado completamente estendidos, em ângulo reto (90º) com o corpo, ao nível do ombro. ● Para indivíduos sentados ou em pé: medida é feita nas costas, colocando a fita métrica na ponta do dedo médio de uma mão até o da outra (a distância da extensão dos braços corresponde à estatura do avaliado); ● Para indivíduos acamados: a medida é feita na frente do corpo, da distância entre a ponta do dedo médio de uma mão até o da outra, passando pela clavícula (a distância da extensão dos braços corresponde à estatura do avaliado); 17 ● Método alternativo: medir a extensão de um único braço à frente até o meio do externo do corpo e multiplicar por 2. Figura 13 – Medida da Envergadura do Braço (sentado) Figura 14 – Medida da Envergadura do Braço (deitado) - Altura do joelho (Knee High - KH) Procedimento: 1. colocar o(a) paciente em posição supina ou sentado(a) o mais próximo possível da extremidade da cadeira; 2. flexionar o joelho e o tornozelo formando um ângulo de 90º; 3. colocar a parte fixa embaixo do calcanhar; 4. posicionar a parte móvel na superfície anterior da coxa, próximo à patela; 5. Manter o paquímetro ou infantômetro paralelo a tíbia e pressionar a parte fixa para comprimir os tecidos; 6. usar o valor obtido nas fórmulas para calcular a estatura do(da) avaliado(a). Figura 15 – Medida da Altura do Joelho (sentado) Figura 16 – Medida da Altura do Joelho (deitado) 18 Figura 18 - Medida do Perímetro Cefálico 1.2.3 Perímetros Instrumentos: Figura 17 - Fita Inelástica de 0,5 cm de largura Técnicas: o Perímetro cefálico Procedimento: 1. A criança deverá estar em pé ou sentada com o lado esquerdo da face voltada para o medidor; 2. Se em pé, estes deverão estar juntos e os braços relaxados, caídos ao longo do corpo; 3. O indivíduo deverá olhar em linha reta (plano de Frankfurt - linha imaginária que passa acima do ouvido externo); 4. A fita deve circundar a cabeça acima da cavidade supraorbital e sobre a occipital na circunferência máxima; 5. Deve-se tomar cuidado para que a fita esteja no mesmo nível em ambos os lados da cabeça, pressionada o suficiente para comprimir apenas o cabelo; 6. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo. 19 de 0,5 cm de largura o Perímetro torácico - Mais utilizado em crianças menores de 5 anos. Procedimento: 1. A criança deverá estar sentada ou deitada sobre uma mesa ou no colo da mãe ou em pé. Se em pé, deverá se posicionar de forma ereta com os pés juntos ou sentada, os braços levantados levemente de tal forma que permita a passagem da fita em volta do tórax na altura dos mamilos; 2. Após a fita posicionada em volta do tórax, a criança deverá deixar os braços caírem relaxados ao longo do corpo; 3. A leitura deverá ser realizada ao final da expiração, com o medidor em frente ao indivíduo desviando-se levemente para o lado. Figura 19 - Medida do Perímetro Torácico 1.3 MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL 1.3.1 Pregas Cutâneas Instrumentos: Figura 20 – Adipômetro/Plicômetro Figura 21 – Fita Inelástica 20 Instruções gerais: - Marcar o local após a identificação do mesmo - Segurar a prega formada pela pele e tecido adiposo, com os dedos polegar e indicador, a 1 cm do ponto marcado; - Pinçar a prega com o calibrador exatamente no local marcado, a 1 cm dos dedos; - Manter a prega entre os dedos enquanto a medida é tomada; - A leitura deverá ser realizada 2 a 3 (LEE e NEEMAN, 1993) ou 4 (LOHMAN, 1988) segundos após pinçamentos; - A prega deve ser mantida elevada enquanto a leitura é realizada; - Leitura no milímetro mais próximo; - Nos obesos, utilizar as duas mãos para segurar a prega (com esta técnica produz-se valores levemente maiores) - Deve ser registrada no 0,2 mm mais próximo com o calibrador de Harpenden e Holtain, no 0,5 mm com calibrador de Lange e 1,0 mm com o calibrador de McGaw; - Medidas não podem ser tomadas imediatamente após exercício ou com a pessoa muito agitada, pela mudança do líquido corporal para a pele, o que influencia o valor da medida; - Para adquirir prática são necessárias em torno de 20 e 50 sessões de treinamento; - Os olhos do(a) medidor(a) e o relógio do calibrador deverão estar posicionados de forma a evitar erro de leitura. Técnicas: o Espessura das pregas do tricipital Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar em pé, com o braço, do lado não dominante, dobrado formando um ângulo de 90º no cotovelo; 2. Marcar o ponto médio entre o acrômio e o olécrano (ponto marcado para medir a circunferência do braço); 21 3. Separar levemente a prega, desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um ângulo reto, exatamente no ponto marcado, a 1 cm dos dedos. Procedimento (deitado) - (LEE e NIEMAN, 1993): 1. O indivíduo deverá se posicionar deitado com as costas voltadas para o(a) medidor(a), o tronco em linha reta, os ombros perpendiculares à espinha e à mesa de exame, as pernas levemente flexionadas nos joelhos, a cabeça apoiada sobre o travesseiro e o braço não utilizado para a medida sobre o travesseiro; 2. O ponto médio é marcado seguindo a mesma orientação para a circunferência do braço deitado e a prega deverá ser desprendida do tecido muscular 1 cm abaixo do ponto médio no sentido vertical. Figura 22 - Medida da Prega Cutânea Tricipital o Espessura das pregas do bicipital Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar de pé, de frente para o medidor, com os braços caídos ao longo do corpo e a palma da mão voltada para frente; 2. Marcar o local da medida 1 cm acima do local marcado para a prega tricipital; 3. Segurar a prega verticalmente e aplicar o calibrador no local marcado. 22 Figura 23 - Medida da Prega Cutânea Bicipital o Espessura das pregas do subescapular Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar em pé, com os pés juntos; 2. Deve-se solicitar ao mesmo para levantar (ou retirar) a roupa da parte superior do corpo e para virar o braço para trás, formando um ângulo de 90º com o cotovelo, para identificar o lugar a ser marcado; 3. Marcar o local imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula e a partir daí, com o dedo Figura 24 - Medida da Prega Cutânea Subescapular indicador, 1 cm abaixo do ângulo inferior, formar uma prega com o dedo polegar de tal forma que se possa Figura 25 - Medida da Prega Cutânea Subescapular observar um ângulo de 45º entre esta e a coluna vertebral; 4. Manter a prega pinçada pelos dedos até o término da aferição; 5. O plicômetro deverá ser aplicado no local marcado estando o indivíduo com os braços relaxados ao longo do corpo. 23 Procedimento (deitado) - (LEE e NIEMAN, 1993): 1. O indivíduo deverá se posicionar deitado, na mesma posição utilizada para medir a prega tricipital, devendo ser utilizado o mesmo local da medida de prega subescapular em pé; 2. A prega deverá ser desprendida do tecido muscular, 1 cm abaixo do ponto marcado, formando um ângulo de 45º. o Espessura das pregas do suprailíaca Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar com os pés juntos e os braços mantidos ao lado do corpo; 2. Deverá ser visualizada pelo(a) medidor(a) a linha média axilar; 3. A prega deverá ser formada exatamente na linha média axilar, com o dedo indicador imediatamente acima da crista ilíaca, na posição diagonal, ou seja, seguindo a linha de clivagem natural da pele. Figura 26 - Medida da Prega Cutânea Suprailíaca 1.3.2 Músculo Adutor do Polegar (MAP) Procedimento: 1. Avaliado(a) deve estar sentado, o braço flexionado a aproximadamente 90º, o antebraço e a mão apoiados sobre o joelho, com a mão relaxada; 2. Pinçar o músculo adutor no vértice de um triângulo imaginário, formado pela extensão do polegar e indicador. 24 Figura 27 - Medida do Músculo Adutor do Polegar1.3.3 Circunferência da panturrilha Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar deitado ou sentado, na mesma posição utilizada para medir o Knee High; 2. O(A) medidor(a) deverá posicionar a fita na circunferência máxima da panturrilha; 3. A medida deverá ser aferida lateralmente e a leitura deverá ser feita no milímetro mais próximo. Figura 28 - Medida da Circunferência da Panturrilha 1.4 MEDIDAS DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL 1.4.1 Circunferências Instrumentos: 25 Figura 30 - Calibrador Abdominal Técnicas: o Circunferência do pescoço Procedimento: - Circunferência do pescoço deve ser aferida com o avaliado em posição ereta, passa-se a fita em cima da epiglote (“pomo de Adão”) Obs.: Nos casos em que não se consegue visualizar com facilidade a epiglote, pode-se para o avaliado engolir um pouco de água ou de saliva, para identificá-la. Instrumento: fita inelástica de 0,5 cm de largura Figura 31 - Medida da Circunferência do Pescoço o Circunferência do braço Procedimento: 1. O indivíduo deverá se posicionar de forma ereta, com a cabeça no plano de Frankfurt, braços relaxados e peso apoiado em ambos os pés; Figura 29 - Fita Inelástica de 0,5 cm de largura 26 2. O braço flexionado em direção ao tórax, deverá formar um ângulo de 90 graus, no cotovelo; 3. Localizar e marcar o ponto médio entre o processo acromial e o olécrano; 4. Após marcar o ponto médio, o indivíduo deverá estender o braço ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. 5. A fita deverá contornar o braço, no ponto marcado, de forma ajustada evitando compressão da pele. - Se deitado: o procedimento deverá ser o mesmo para a marcação do ponto médio. Posteriormente o indivíduo deverá estender o braço com a palma da mão direcionada para o teto. O mediador deverá também colocar um apoio no cotovelo do avaliado, com o objetivo de afastar o braço da mesa ou cama, possibilitando a realização da medida. Instrumento: fita inelástica de 0,5 cm de largura Figura 32 - Medida da Circunferência do Braço o Circunferência da cintura Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar em posição ereta, com os pés juntos e o peso distribuído de forma uniforme em ambos os pés, os braços caídos ao longo do corpo; 2. A região da cintura deve estar desprovida de roupa. 3. Apalpar e localizar a última costela e a crista ilíaca, na linha axial. 4. Medir a distância entre os dois pontos e marcar o ponto médio; 27 5. A medida deve ser realizada ao final da expiração, tomando-se cuidado para não comprimir a pele, no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca; 6. O medidor deverá se posicionar lateralmente ao indivíduo a ser medido e verificar se a fita está alinhada em um plano horizontal, paralelo ao chão. - Problemática em indivíduos muito obesos por não possuírem cintura definível, e a referência da crista ilíaca não estar acessível. O umbigo e a extensão anterior do abdômen podem estar deslocados de seus níveis verticais normal. Consequentemente, a medida pode exigir técnica diferente da utilizada em pessoas não obesas. Instrumento: fita inelástica de 0,5 cm de largura o Circunferência do quadril Procedimento: 1. O indivíduo deverá estar em pé, com os pés juntos e o peso distribuído de forma uniforme em ambos os pés e os braços caídos ao longo do corpo 2. O medidor deverá se posicionar agachado ao lado do indivíduo para que possa visualizar melhor a parte mais saliente do quadril; 3. A fita deverá circundar o quadril na parte mais saliente entre a cintura e a coxa, com o indivíduo usando roupas leves, devendo-se cuidar para que a mesma esteja ajustada à roupa de forma a evitar folga ou compressão da pele; 4. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo; 5. É imprescindível a ajuda de outro medidor para que a fita circunde todo o quadril de forma horizontal Instrumento: fita inelástica de 0,5 cm de largura 28 Figura 33 - Medida da Circunferência do Quadril 1.4.2 Diâmetro Abdominal-Sagital Procedimento: 1. O indivíduo deve estar deitado em posição supina com a face voltada para cima; 2. No lado onde será aferida a medida, a mão é posicionada sobre o peito e o cotovelo alinhado ao corpo, sendo que outro braço deve estar estendido ao corpo; 3. Deve-se localizar a crista ilíaca, traçar um ponto e transferi-lo com o auxílio de uma fita inelástica para o centro do abdome (pode ou não coincidir com a cicatriz umbilical); 4. A haste fixa do calibrador abdominal é posicionada sob as costas do paciente, e a móvel em cima do ponto transferido, mantendo o aparelho na posição vertical. 5. Deve ser feita a leitura da medida no milímetro mais próximo, no momento da expiração. - Mesmo em pacientes que apresentem algum desvio na coluna (cifose, lordose), a haste fixa do calibrador deverá ser posicionada sob as costas. Instrumento: Calibrador abdominal 29 1.5 VARIAÇÕES ENTRE E INTERMEDIDOR Quadro 1. Variação máxima entre e intermedidor para medidas dos compartimentos corporais MEDIDA VARIAÇÃO MÁXIMA Perímetro cefálico 0,2 cm Circunferência do pescoço 0,3 cm Perímetro torácico 1,0 cm Circunferência do braço 0,2 cm Prega cutânea tricipital 0,5 mm Circunferência da cintura 1,0 cm Circunferência abdominal 1,0 cm Circunferência do quadril 1,0 cm Circunferência da panturrilha 0,2 cm Altura 0,5 cm Peso 100 g Fonte: Lohman, 1989. 30 SEMIOLOGIA 31 3. SEMIOLOGIA Quadro 2. Região do corpo a ser examinada e características específicas a serem avaliadas. Fonte: Adaptado de Bevilacqua, 1997; Martins, 2008. 32 Tabela 1. Manifestações clínicas nutricionais de acordo as diferentes regiões corporais e alguns nutrientes 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 Fonte: Cozzolino, 2007; Duarte, 2007; Kamimura; Sampaio; Cuppari, 2009; Lameu, 2005; Penteado, 2003; Vannuchi, 2007. 43 GESTANTES 44 2. GESTANTE 2.1 ANTROPOMETRIA Quadro 3. Medidas para avaliação nutricional e acompanhamento da gestante. Avaliação corporal global Altura Peso Peso pré-gravídico (PPG)* Circunferências e Perímetros CB *PPG: 2 meses antes de engravidar ou peso até a 13ª SG ou peso da 1ª consulta Quadro 4. Indicadores/índices para avaliação nutricional e acompanhamento da gestante. Massa Corporal Total IMC IMC Pré-gravídico (IMCPG) Desenvolvimento (gestante adolescente) A/I Triagem CB* *Não existe ponto de corte: <23,5 aumenta risco de baixo peso ao nascer (BPN). Tabela 2. Ganho de peso recomendado (Kg) na gestação segundo o estado nutricional inicial. Fonte: Brasil, 2013. p 77 Tabela 3. Taxa de ganho de peso ponderal por período gestacional gemelar, segundo estado o estado nutricional da mulher pelo índice de massa corporal. Idade Gestacional Baixo Peso (IMC < 19,8 Kg/m²) Eutrofia (IM 19,8 - 26,0 Kg/m²) Sobrepeso (IMC 26,1 - 29,0 Kg/m²) Obesidade (IMC > 29,0 Kg/m²) 0 - 20 semanas 0,56 - 0,78 0,45 - 0,67 0,45 - 0,56 0,34 - 0,45 20 - 28 semanas 0,67 - 0,78 0,56 - 0,78 0,45 - 0,67 0,34 - 0,56 > 28 semanas 0,56 0,45 0,45 0,34 Ganho de peso total 22,5 - 27,9 18,0 - 24,3 17,1 - 21,2 13,0 - 17,1 Fonte: Luke et al., 2003 45 Tabela 4. Ganho de peso total por período gestacional gemelar, segundo estado o estado nutricional da mulher pelo índice de massa corporal. Idade Gestacional Baixo Peso (IMC < 19,8 Kg/m²) Eutrofia (IM 19,8 - 26,0 Kg/m²) Sobrepeso (IMC 26,1 - 29,0 Kg/m²) Obesidade (IMC > 29,0Kg/m²) 0 - 20 semanas 11,3 - 15,8 9,0 - 13,5 9,0 - 11,3 6,75 - 9,0 Até 28 semanas 16,7 - 22,0 13,5 - 19,8 12,6 - 16,7 9,5 - 13,5 De 28 a 38 semanas 22,5 - 27,9 18,0 - 24,3 17,1 - 21,2 13,0 - 17,1 Fonte: Luke et al., 2003. Tabela 5. Avaliação do estado nutricional da gestante segundo o índice de massa corporal por semana gestacional. Fonte: Brasil, 2013. p. 75-76. 46 Gráfico 1 - Acompanhamento Nutricional da Gestante Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação Fonte: Institute of Medicine, 1990/ Adaptado de ATALAH et al. 1997. 47 2.2 EXAMES BIOQUÍMICOS Tabela 6. Indicadores bioquímicos de anemia gestacional. Hemoglobina Período Gestacional Ponto de Corte 1º semestre 11 - 14 g/ dL 2º semestre 10,5 - 14 g/ dL 3º semestre 11 -14 g/ dL Anemia Leve a moderada ≥ 8 e <11 g/ dL Grave < 8 g/ dL Hematócrito 1º semestre 33% 2º semestre 31,5% 3º semestre 33% VCM Anemia Microcítica < 85 dL Anemia Normocítica 81 a 95 dL Anemia Macrocítica > 95 dL Anemia Megaloblástica - diminuição dos valores de hemoglobina e o aumento do VCM (↑ ácido fólico (alimentação e medicamento). Fonte: WHO, 2001. Tabela 7. Indicadores bioquímicos durante a gestação Indicador Parâmetros na Gestação Proteínas Totais 4,5 - 7,0 g/ dL Albumina 2,5 a 4,5 g/ dL Hemoglobina ≥ 11 g/dL Hematócrito - 1º semestres - 2º semestre - 3º semestre ≥ 33% ≥ 31,5 % ≥ 33% Hemácias - CHCM - HCM - VCM 32 - 55 23 - 31 70 - 90 Colesterol Total 180 - 280 mg/ dL LDL HDL Triglicerídeos Glicemia em Jejum < 90 mg/ dL Teste de tolerância oral/ 75 g de glicose (2 h) < 140 mg/ dL (após 20ª semana) TGO TGP 48 Creatinina < 1,0 mg/ dL Ácido Úrico Uréia 10 - 45 mg/ dL Urina - Bactérias (por campo) - Corpos cetônicos - Glicose - Hemácias - Proteínas ausentes ausentes ou traços Até 5 Traços: repetir em 15 dias Traços + hipertensão e/ ou edema: pré-natal de alto risco Maciça: pré-natal de alto risco Fonte: Adaptada Vitolo, 2008. 49 CRIANÇA E ADOLESCENTE 50 4. CRIANÇA E ADOLESCENTE 4.1 ANTROPOMETRIA Quadro 5. Medidas para avaliação do crescimento e desenvolvimento, composição corporal e distribuição de gordura corporal. Crescimento e desenvolvimento Altura Peso Dobras cutâneas PCT PCSE Circunferências e Perímetros Perímetro Torácico Perímetro Cefálico CB CC Quadro 6. Descrição de índices antropométricos utilizados de acordo com a idade. Faixa Etária Crianças de 0 - 5 anos incompletos Crianças de 5 a 10 anos incompletos Adolescentes (10 a 19 anos) Índice Antropométrico Peso para idade Peso para Idade - Peso para estatura - - IMC para idade IMC para idade IMC para idade Estatura para idade Estatura para idade Estatura para idade Fonte: SBP, 2009. Quadro 7. Indicadores de composição corporal e distribuição de gordura corporal. Faixa Etária 0 a 5 anos incompletos 5 a 10 anos incompletos 10 a 19 anos Tecido adiposo ∑ 2 pregas (PCT + PCSE) ∑ 2 pregas (PCT + PCSE) ∑ 2 pregas (PCT + PCSE) AGB (a partir de 1 ano) AGB AGB Tecido muscular AMB AMB AMB - - AMBc (a partir dos 19 anos) Triagem/acompanhamento CB CB - CC CC CC 51 Distribuição de Gordura Corporal - RCE RCE - IC IC Quadro 8. Interpretação dos valores em percentil para CB, AMB, PCT, PCSE e PCT + PCSE Percentil Tecido Adiposo Tecido Muscular < 5 Depleção/ baixa reserva Hipotrofia/ baixa reserva 5 - 15 Abaixo da média/ risco de déficit Abaixo da média/ risco de déficit 15 - 85 Média/ adequado Adequado 85 - 90 Excesso Acima da média/ adequado ≥ 90 Obesidade Acima da média/ adequado Fonte: Frisancho, 1990. Quadro 9. Pontos de corte para CB Percentil Estado nutricional < P5 Risco de distúrbios associados a desnutrição P5-P95 Eutrofia > P95 Risco de doenças associadas ao excesso de peso Fonte: SBP, 2006. 52 Quadro 9. Pontos de corte para indicadores antropométricos conforme faixa etária em escore Z e percentil para crianças 0 - 10 anos. Valores Críticos ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS Crianças de 0 a 5 anos incompletos Crianças de 5 a 10 incompletos Peso para Idade Peso para Estatura IMC para Idade Estatura para Idade Peso para Idade IMC para Idade Estatura para Idade < Percentil 0,1 < Escore z -3 Muito baixo peso para a idade Magreza acentuada Magreza acentuada Muito baixa estatura para a idade Muito baixo peso para a idade Magreza acentuada Muito baixa estatura para a idade ≥ Percentil 0,1 e < percentil 15 ≥ Escore z -3 e < escore z - 2 Baixo peso para a idade Magreza Magreza Baixa estatura para a idade Baixo peso para a idade Magreza Baixa estatura para a idade ≥ Percentil 3 e < percentil 15 ≥ Escore z -2 e < escore z - 1 Peso adequado para a idade Eutrofia Eutrofia Estatura adequada para a idade Peso adequado para a idade Eutrofia Estatura adequada para a idade ≥ Percentil 15 e ≤ percentil 85 ≥ Escore z -1 e ≤ escore z +1 > Percentil 85 e ≤ percentil 97 > Escore z +1 e ≤ escore z +2 Risco de Sobrepeso Risco de Sobrepeso Sobrepeso > Percentil 97 e ≤ percentil 99,9 > Escore z +2 e ≤ escore z +3 Peso elevado para a idade Sobrepeso Sobrepeso Peso elevado para a idade Obesidade > Percentil 99,9 > Escore z +3 Obesidade Obesidade Obesidade grave Fontes: Adaptado de WHO, 2006; BRASIL, 2011b. 53 Quadro 10. Distribuição em percentis da circunferência abdominal, segundo gênero e idade. Idade (Anos) Brancos Negros Meninos Meninas Meninos Meninas Percentil Percentil Percentil Percentil N 50 90 N 50 90 N 50 90 N 50 90 5 28 52 59 34 51 57 36 52 56 34 52 56 6 44 54 61 60 53 60 42 54 60 52 53 59 7 54 55 61 55 54 64 53 56 61 52 56 67 8 95 59 75 75 58 73 54 58 67 54 58 65 9 53 62 77 84 60 73 53 60 74 56 61 78 10 72 64 88 67 63 75 53 64 79 49 62 79 11 97 68 90 95 66 83 58 64 79 67 67 87 12 102 70 89 89 67 83 60 68 87 73 67 84 13 82 77 95 78 69 94 49 68 87 64 67 81 14 88 73 99 54 69 96 62 72 85 51 68 92 15 58 73 99 58 69 88 44 72 81 54 72 85 16 41 77 97 58 68 93 41 75 91 34 75 90 17 22 79 90 42 66 86 31 78 101 35 71 105 Fonte: Freedman, 1999. 54 4.1.1 Pontos de corte para IC e RCE Quadro 11. Pontos de corte de IC e RCE para crianças e adolescentes. IC RCE Feminino 1,18 0,53 Masculino 1,25 0,52 Interpretação: valores acima dos pontos de corte propostos indicam ocorrência de obesidade central ou abdominal. Fonte: Pitanga, 2011, p. 238-241. 55 4.2 DESENVOLVIMENTO PUBERAL - ADOLESCENTES 4.2.1 Estágios de Tanner – Desenvolvimento Puberal Feminino Figura 34 - Desenvolvimento Puberal Feminino 56 Quadro 12. Descrição dos estágios de desenvolvimento puberal feminino conforme desenvolvimento das mamas MAMAS M1 (Mamas infantis) Mamas pré- adolescentes. Há somente elevação das papilas. M2 (8 - 13 anos) Broto mamário, com elevação de mama e da papua e aumento do diâmetro da aréola. M3 (10 - 14 anos) Crescimento da mama e da aréola, assemelha-se a uma pequena mama adulta. Não há separação dada mama e da aréola. M4 (11 - 15 anos) Crescimento e projeção da aréola e da papua formando uma elevação acima do corpo da mama. M5 (13 - 18 anos) Mama adulta com projeção da papua. Aréola retorna ao contorno geral da mama. Quadro 13. Descrição dos estágios de desenvolvimento puberal feminino conforme desenvolvimento dos pelos pubianos. PÊLOS PUBIANOS P1 (Pré-adolescência) Ausência de pêlos pubianos. P2 ( 9 - 14 anos) Crescimento esparso de pêlos finos, longosdiscretamente pigmentados, lisos ou discretamente encaracolados ao longo dos grandes lábios. P3 (10 - 14 ½ anos) Pêlos pubianos em quantidade um pouco maior, grossos, ligeiramente encaracolados, mais escuros, que se estendem para o meio do púbis, distribuídos em toda a região pubiana. P4 (11 - 15 anos) Pêlos de características adultas, cobrindo os órgãos genitais externos (em pequena quantidade), encaracolados, mas que não se estendem para a raiz / região medial das coxas. P5 (12 - 16 ½ anos) Pêlos de características adultas, cobrindo os órgãos genitais externos (em maior quantidade), que se estendem para a raiz / região medial das coxas e/ou região anterior da coxa. 57 4.2.2 Estágios de Tanner – Desenvolvimento Puberal Masculino Figura 34 - Desenvolvimento Puberal Masculino 58 Quadro 14. Descrição dos estágios de desenvolvimento puberal masculino conforme desenvolvimento da genitália. GENITÁLIA G1 (Pré-adolescência) Genitália de características infantis. G2 (9 - 14 anos) Início do aumento do testículo e do escroto, cuja pele torna-se mais fina e avermelhada. Não há aumento do pênis. G3 (10 ½ - 15 anos) Contínua aumento escrotal e o pênis aumenta em comprimento. G4 (11 ½ - 16 anos) Maior aumento e hiperpigmentação da bolsa escrotal, maior volume testicular, com aumento do pênis em comprimento e diâmetro, além de desenvolvimento da glande. G5 (12 ½ - 17 anos) Genitália adulta em tamanho e forma. Quadro 15. Descrição dos estágios de desenvolvimento puberal masculino conforme desenvolvimento dos pelos pubianos. PÊLOS PUBIANOS P1 (Pré-puberal) Ausência de pêlos pubianos. P2 ( 9 - 14 anos) Surgimento de pêlos pubianos esparsos, finos, longos, lisos, um pouco mais escuros, na linha medial ou na base do pênis. P3 (10 - 14 ½ anos) Pêlos pubianos em quantidade um pouco maior, grossos, ligeiramente encaracolados, mais escuros, que se estendem para o meio do púbis, distribuídos em toda a região pubiana. P4 (11 - 15 anos) Pêlos de características adultas, cobrindo os órgãos genitais externos (em pequena quantidade), encaracolados, mas que não se estendem para a raiz / região medial das coxas. P5 (12 - 16 ½ anos) Pêlos de características adultas, cobrindo os órgãos genitais externos (em maior quantidade), que se estendem para a raiz / região medial das coxas. Também é considerado estágio 5 a extensão dos pêlos para linha alba ou região anterior da coxa. 59 4.3 EXAMES BIOQUÍMICOS Quadro 16. Proteínas que aumentam e diminuem na fase aguda da resposta inflamatória. Proteínas que aumentam (fase aguda positiva) Proteínas que diminuem (fase aguda negativa) Proteína C reativa Albumina 𝑎-1-antitripsina Pré-albumina Complemento C3 Proteína transportadora de retinol Ferritina Transferrina Fibrinogênio Globulina ligada à tiroxina Fonte: Adaptado de KOLETZKO, 2015. Tabela 8. Proteínas séricas que podem ser utilizadas na avaliação do estado nutricional de crianças e adolescentes Teste Faixa de normalidade Função Fatores confundidores Albumina sérica < 1 ano: 29 - 55 g/L > 1 ano: 37 - 55 g/L Proteína mais abundante do soro, semi-vida de 20 dias. ↓ Resposta na fase aguda (infecção, inflamação, trauma); ↓ disfunção hepática, enteropatia perdedora de proteína; alterada pela hidratação. Pré-albumina sérica - Neonato: 70 - 390 mg/L - 1 - 6 meses: 80 - 340 mg/L - 6 meses a 4 anos: 120 - 360 mg/L - 4 a 6 anos: 120 - 300 mg/L - 6 a 19 anos: 120 - 420 mg/L Indicador dos estoques de proteínas viscerais; meia-vida de 2 dias. Proteína de fase aguda negativa. Proteína transportadora de retinol < 9 anos: 10 - 78 mg/L > 9 anos: 13 - 99 mg/L Indicador dos estoques de proteínas viscerais; meia-vida de 12 horas. Proteína de fase aguda negativa; ↓ na deficiência de vitamina A e na disfunção hepática; ↓ na insuficiência renal. Fonte: Adaptado de KOLETZKO, 2015. 60 Tabela 9. Valores utilizados para abordagem de anemia e deficiência de ferro. Exame laboratorial Valores Descrição Hemoglobina (mg/ dL) < 11,0 Indicativo de anemia Hematócrito (%) < 33 Indicativo de anemia Volume Corpuscular Médio (fL) < 75 Indicativo de anemia microcítica Índice de saturação Transferrina (%) < 12 Depleção de ferro funcional Capacidade de ligação do ferro total (mcg/ dL) < 200 Indicativo da presença de doença infecciosa e/ ou inflamatória Ferritina (ng/ mL) < 12 Depleção dos estoques de ferro Receptor de Transferrina (nmol/ L) > 28 Depleção de ferro funcional Fonte: SAMOUR; KING, 2005. Tabela 10. Concentração de hemoglobina e hematócrito abaixo das quais se considera anemia - por sexo e faixa etária. Idade (anos) Concentração de hemoglobina (< g/dL) Hematócrito (< %) Crianças 1 - < 2+ 11 32,9 2 - < 5 11,1 33 5 - < 8 11,5 34,5 8 - < 12 11,9 35,4 Adolescente - Sexo Masculino 12 - < 15 12,5 37,3 15 - < 18 13,3 39,7 ≥ 18 13,5 39,9 Adolescente - Sexo Feminino não gestante e não lactante 12 - < 15 11,8 35,7 15 - < 18 12 35,9 ≥ 18 12 35,7 Fonte: CDC, 1990 apud SBP, 2009. Tabela 11. Valores de perfis lipídicos de crianças acima de 2 anos de idade e de adolescentes segundo a I Diretriz de Prevenção de Aterosclerose na Infância e na Adolescência. Lipoproteínas (mg/ dL) Desejáveis Limítrofes Alto Baixo Colesterol Total < 170 170 - 199 > 200 LDL-C < 110 110 - 129 > 130 HDL-C > 45 35 - 45 < 35 Triglicerídeos (0 - 9 anos) < 75 75 - 99 > 100 Triglicerídeos (10 - 19 anos) < 90 90 - 129 > 130 Fonte: Simão et al., 2013. 61 Tabela 12. Critérios laboratoriais para diagnóstico de normoglicemia, pré-diabetes e DM. Glicemia em jejum (mg/dL) Glicose 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (mg/dL) HbA1c (%) Normoglicemia < 100 < 140 < 5,7 Pré-diabetes ou risco aumentado para DM ≥ 100 e < 126* ≥ 140 e < 200# ≥ 5,7 e < 6,5 Diabetes mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 6,5 *Categoria também conhecida como glicemia de jejum alterada #Categoria também conhecida como intolerância oral à glicose Fonte: SBD, 2017. 62 Curvas Internacionais de Crescimento (OMS, 2006) 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 ADULTO 82 5. ADULTO 5.1 ANTROPOMETRIA 5.1.2 Medidas e indicadores para a avaliação nutricional do adulto. Quadro 17. Medidas utilizadas na avaliação nutricional do adulto. Avaliação corporal global Altura Peso Dobras cutâneas PCT PCB PCSE PCSI Circunferências e Perímetros CP CB CC Quadro 18. Indicadores utilizados na avaliação nutricional do adulto. Massa Corporal Total IMC Composição Corporal Tecido Adiposo Pregas Cutâneas Separadamente ∑ 2 Pregas (PCT + PCSE) ∑ 4 Pregas (PCT + PCB + PCSE + PCSI) AGB Tecido Muscular AMBc Distribuição de Gordura Corporal RCQ RCE CC IC Diâmetro Abdominal-Sagital 5.2 TABELAS E PONTOS DE CORTE PARA INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADULTO 83 Tabela 13. Pontos de corte de IMC para idosos e interpretação. IMC (kg/m2) Classificação < 16 Magreza grau III 16,0 - 16,9 Magreza grau II 17,0 - 18,4 Magreza grau I 18,5 - 24,9 Eutrofia 25,0 - 29,9 Sobrepeso 30,0 - 34,9 Obesidade grau I 35,0 - 39,9 Obesidade grau II > 40,0 Obesidade grau III Fonte: OMS, 1995 Quadro 19. Valores da CC considerados como risco para doenças associadas à obesidade para adultos. Risco elevadoRisco muito elevado Mulheres ≥ 80 ≥ 88 Homens ≥ 94 ≥ 102 Fonte: WHO. Quadro 20. Percentuais de gordura corpórea para homens e mulheres e a relação com o risco de problemas de saúde. Gordura corpórea (%) Homens Mulheres Classificação ≤ 5 ≤ 8 Risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição (baixa reserva) 6 a 14 9 a 22 Abaixo da média 15 23 Média 16 a 24 24 a 31 Acima da Média ≥ 25 ≥ 32 Riscos de doenças associadas à obesidade (excesso de gordura) Fonte: Lohman, 1992. Quadro 21. Guia para interpretação da CB/AMB/AMBc/AGB/PCT+PCSE (crianças, adolescentes e adultos). Percentil Tecido Adiposo Tecido Muscular ≤ 5 Magro/baixa reserva Magro/baixa reserva 5 a 15 Abaixo da média/ Risco para déficit Abaixo da média/ Risco para déficit 16 a 85 Média Média 86 a 95 Acima da média Acima da média ≥ 95 Excesso de gordura Boa nutrição Fonte: Lee; Nieman (1993) apud Frisancho (1990) 84 Quadro 22. Pontos de corte de IC e RCE para adultos IC RCE Feminino ≤ 49 anos: 1,18 ≥ 50 anos: 1,22 0,53 Masculino 1,25 0,52 Interpretação: valores acima dos pontos de corte propostos indicam ocorrência de obesidade central ou abdominal. Fonte: Pitanga, 2011. p. 238-241. 5.2.1 Pontos de corte para circunferência do pescoço (CP) em adultos: Mulheres: < 34 cm Homens: < 37 cm Valores de normalidade Bem-Noun, Sohar e Laor, 2001 5.3 EXAMES BIOQUÍMICOS Tabela 14. Valores de referência e interpretação de exames bioquímicos para adultos. Exames Valores de Referência OBS Proteínas plasmáticas - Normais: 3,5 - 5,0 mg/dL - Depleção leve: 3,0 - 3,5 mg/dL - Depleção mod.: 2,4 - 2,9 mg/dL - Depleção grave: <2,4 mg/dL VM: 18 a 20 dias/ Reflete depl. protéica crônica ↑: desidratação, uso de esteroides anabólicos e insulina, infusão exógena de albumina. Albumina ↓: doença hepática, má absorção, diarreia, queimadura, IRC, CA, ICC, DEP, stress, hiperhidratação, hipotireoidismo, síndrome nefrótica. - Normais: 200 - 400 mg/dL - Depleção leve: 150 - 200 mg/dL - Depleção mod.: 100 - 150 mg/dL - Depleção grave: <100 mg/dL VM: 8 a 10 dias ↑: em reservas inadequadas de ferro, desidratação, anemia Transferrina ferropriva, hepatite aguda, hipóxia, perda sanguínea crônica, uso de estrogêneos. ↓: em anemia perniciosa e falciforme. Pré-albumina - Normais: 10 - 40 mg/dL (*15 - 20) VM: 2 a 3 dias ↑: hipercatabolismo 85 - Depleção leve: 10 - 15 mg/dL - Depleção mod.: 5 - 10 mg/dL - Depleção grave: <5 mg/dL ↓: insuficiência hepática Proteína fix. de retinol Normais: 2,7 - 7,6 mg/dL (*3 - 5) VM≃ 12 horas/ bastante sensível a rápidas variações do EM. ↑: insuficiência renal ↓: doenças hepáticas, carência de vit. A e Zn, inflamação, infecção. In. Creatinina-Altura F: 18 mg/dL M: 23 mg/dL Excreção proporcional ao catabolismo muscular. ICA % Depleção discreta: 80 - 90 % Depleção moderada: 60 - 80 % Depleção severa: <60% *Creatinina urinária em 24h/ creatinina urinária ideal. Limitações: insuficiência renal, pós-trauma, ingestão de carne, atividade física. Creatinina Sérica 0,4 - 1,4 mg/dL Avaliação da Competência imunológica (A depressão da imunidade celular é observada à medida que a desnutrição progride) Contagem total de linfócitos Depleção leve: 1200 - 2000/ mm³ Depleção mod.: 800 - 1119/ mm³ Depleção severa: <800/mm³ Indica a reserva imunológica momentânea. Testes Cutâneos Depleção mod.: 5 - 10mm de indu Depleção severa: <5mm de indu Hipersensibilidade cutânea tardia. Proteína C Reativa (PCR) Referência: <0,8 mg/dL VM: 12h Uma das principais proteínas de fase aguda. ↑: jejum, hipercatabolismo, infecção, inflamação, IAM, neoplasias. Eritrograma Hemácias Normal: F= 4.000.000 - 5.500.000 erit/mm³ M= 4.500.000 - 6.000.000 erit/mm³ Anemia: - Leve: 3.500.000 - 4.500.000 erit/mm³ - Mod: 2.500.000 - 3.500.000 erit/mm³ 86 - Intensa: 800.000 - 2.500.000 erit/mm³ - Extrema: <800.000 erit/mm³ Hemoglobina F: 12 - 16g/dL M: 13.5 - 18 g/dL Hematócrito F: 38 - 47% M: 40 - 54% % de eritrócitos VGM (VCM) F e M: 80 - 94 fL Médio: 87 fL Volume dos eritrócitos expresso em fL HGM (HCM) F e M: 27 - 32 pg Médio: 29 pg Conteúdo hemoglobínico de um eritrócito em picogramas. CHGM (CHCM) F e M: 33 - 38% Médio: 35% [] da Hb dos eritrócitos em % / unidade de volume RDW 11% - 14% Índice que indica a variação de tamanho entre as hemácias Anemia ferropriva VCM <80 fL/ CHCM <32%/ HCM <27 pg/ Sat. da transferrina< 16% Capacidade total de fix de Fe > 400ug Anemia megaloblástica VCM > 94 fL / HCM > 32 pg Leucograma Leucócitos 4.000 - 10.000 leuc/mm³ Segmentados 51 - 67% Bastonetes 0 - 3 % Eosinófilos 2 - 6 % ↑: Alergias, parasitoses, doenças de pele, doenças ósseas, após irradiações. ↓: infecções agudas, intoxicações, intervenções cirúrgicas, estresse. Basófilos 0 - 2% ↑: hipersensibilidade, leucemia mieloide, tumores ósseos, hemofilia. ↓: bócio exoftálmico, anemia perniciosa, etc. Neutrófilos ↑: exercícios, emoções, nefrite, miosite, gota, IAM, inflamações, tumores, drogas, alterações metabólicas. ↓: rubéola, sarampo, dengue, tuberculose, 87 calazar, sífilis, intoxicações (benzeno, arsênio, antibióticos) Linfócitos 21 - 35 % ↑: infecções viróticas (sarampo, herpes), coqueluche, tuberculose, raquitismo, Pat. Endócrinas (tireoide) ↓: destruição de tecidos linfáticos por raio X, carcinoma, linfosarcoma, imunodeficiências (AIDS). Monócitos 2 - 10% ↑: infecções por protozoários (malária), leishmaniose, amebíase, edocardite bacteriana, leucemia monocítica, raios X continuados. ↓: processos sépticos muito graves, leucemias mieloide e linfoide. Plaquetas 130 - 450.000/mm³ ↑: hemorragias, fraturas, septicemia, leucemia mieloide, radioterapia. ↓: hiperesplenia, septicemia(agregação), avitaminose, anemia perniciosa, hiperplasia, metaplasia, intox. por benzeno, infecções agudas, exp. Excessiva a raio X. Perfil lipídico Triglicerídeos séricos < 150 mg/dL Hiperlipidemia: pós- prandial, diabetes, hipotireoidismo, síndromes nefróticas, medicamentos (tiazidas, corticoides), essencial (assintomática). Hipolipidemia: anemias graves- perniciosas, afecções agudas, hipertireoidismo. Hipocolesterolemia: insuficiência hepática, Colesterol Total <200 mg/dL Colesterol HDL > 55 mg/dL Colesterol LDL Desejado: < 130 mg/dL Limiar: 131 - 160 mg/dL Elevado: > 160 mg/dL Caso apresente fator de risco: aceitável <100 mg/dL Colesterol VLDL <33 mg/dL 88 anemia perniciosa/ hipocrômica/ hemolítica, processos carenciais. Hormônios Tireoidianos T3 Total 70 - 190 ou 80 - 200 ng/dL Hipertireoidismo 1°: ↑T3/T4 - ↓↓↓ TSH Hipertireoidismo 2º: ↑T3/T4 - N ou ↑TSH Hipotireoidismo 1º: ↓ T3/T4 - ↑↑↑ TSH Hipotireoidismo 2º: ↓ T3/T4 - N ou ↓ TSH T3 Livre 0,2 - 0,52 ng/dL T4 Total 5 - 12 μg/dL T4 Livre 0,9 - 2,0 ou 0,8 - 2,0 ng/dL TSH sérico 0,5 - 5μU/ mL Hipertireoidismo 1º: TSH <0,5 μU/mL Hipotireoidismo 1º: TSH> 10μU/mL TBG (Globulina Ligadora de Tiroxina) ↑: (↑T4 Total/ T4 Livre) ↓:(↓T4 Total/ T4 Livre) Hepatite infecciosa aguda, uso de clofibrato, congênita Corticoides em doses farmacológicas, desnutrição proteica, síndrome nefrótica, L- asparagina(quimioterápico), insuficiência hepática Glicemia Glicemia de jejum 70 a 99 mg/dL Glicemia pós-prandial <140 mg/dL Perfil/função hepática ALT (TGP) Sérico: 0 - 22 U/L ↑: na doença hepatobiliar, hepatite, cirrose, metástaseshepáticas, icterícia obstrutiva, mononucleose infecciosa e congestão hepática. ↓ : diminuída na deficiência de vit. B. AST (TGO) Sérico: 4 a 18 UI/L ↑: hepatite, cirrose, metástases hepáticas, icterícia obstrutiva, mononucleose infecciosa e congestão hepática. ↓ : deficiência de vit. B 89 Gama-GT ↑ por medicamentos indutores de enzimas e álcool. FA (Fosfatase Alcalina) 13 - 39 U/L Sérico: 13 - 43 UI/L Presente: fígado, ductos biliares, intestino, osso, rim, placenta e nos leucócitos. Funções: papel na deposição de hidroxipatita no osteóide para formação óssea. ↑: Obstruções extra- hepáticas por cálculo ou câncer de pâncreas e em doenças ósseas, doenças do pâncreas, dos pulmões, na gestação ou em câncer com metástases ósseas e hepáticas. Icterícia pré-hepática; ↑ na produção, anemia Bilirrubina hemolítica, icterícia fisiológica (↑ produção + Sérico: 0,2 - 1,2 mg/dL (Direta 0 - 0,2 mg/dL) reabsorção). No plasma: conjugada (direta, solúvel em água) e livre (indireta, insolúvel em água, ligada à albumina) Urina - Negativo Icterícia hepática: lesão hepatocelular. Ex: hepatite viral, hepatite medicamentosa, cirrose, Síndromes de Gilbert, Crigler Naijar e Dubin Johnson. Função Renal Ureia 10 - 50 mg/dL Creatinina 0,4 - 1,4 mg/dL Eletrólitos Sódio 136 - 148 mEq/L Potássio 3,5 - 5,1 mEq/L 90 IDOSO 91 6. IDOSO 6.1 ANTROPOMETRIA Quadro 23. Medidas utilizadas para a avaliação nutricional do idoso. Avaliação corporal global Altura (estimada pela altura do joelho) Peso Dobras cutâneas PCT PCB PCSE PCSI Circunferências e Perímetros CP CB CC Quadro 24. Indicadores utilizados para a avaliação nutricional do idoso. Massa Corporal Total IMC Composição Corporal Tecido Adiposo PCT AGB Tecido Muscular CMB MAP CP (acompanhamento) Distribuição de Gordura Corporal CC Força Dinamometria 6.2 TABELAS E PONTOS DE CORTE PARA INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO IDOSO Tabela 15. Pontos de corte de IMC para idosos e interpretação. IMC (kg/m2) Classificação < 23,0 Baixo peso (magreza) 23,0 - 28,0 Peso normal (eutrofia) 28,0 - 30,0 Sobrepeso ≥ 30,0 Obesidade Fonte: SABE/OPAS, 2001. 92 6.2.1 Ponto de corte e interpretação para circunferência da panturrilha: Valores <31 cm = déficit de tecido muscular (OMS, 1995) 6.2.2 Circunferência da cintura: Tabela 16. Pontos de corte e interpretação para a circunferência da cintura em idosos Risco de complicações metabólicas associado à obesidade Circunferência da cintura (cm) Homens Mulheres Aumentado ≥94 ≥80 Muito aumentado ≥102 ≥88 Fonte: OMS, 1997. 6.2.3 Diâmetro Abdominal Sagital (DAS): Tabela 17. Pontos de corte e interpretação para a diâmetro abdominal sagital em idosos DAS ≥ 20 Associação com distúrbios metabólicos DAS ≥ 24 Associação com doenças cardiovasculares Fonte: Kahn, 1996. 6.2.4 Músculo Adutor do Polegar (MAP): Tabela 18. Pontos de corte e interpretação para a medida de MAP em pacientes cirúrgicos. Ponto de corte Interpretação Mão dominante > 13,1 mm Eutrofia ≤ 13,1 mm Desnutrição Mão não dominante > 13,4 mm Eutrofia ≤ 13,4 mm Desnutrição Fonte: Bragagnolo et al., 2009. Tabela 19. Pontos de corte e interpretação para a medida de MAP em pacientes cirúrgicos. Ponto de corte Interpretação Mão dominante > 14 mm Eutrofia Mão dominante ≤ 14 mm Déficit de tecido muscular Fonte: Lameu 2004; Andrade & Lameu, 2007. 93 Tabela 20. Pontos de corte e interpretação para a medida de MAP para ambas as mãos em pacientes idosos. Ponto de corte Mulheres 10,5 mm Homens 12,5 mm Fonte: Lameu 2004. 6.2.5 Circunferência braço (CB): Quadro 25. Dados de referência para avaliação da CB de idosos Fonte: Kuczmarski e colaboradores, 2000. Interpretação: indicativo de riscos associados à desnutrição ou obesidade. 6.2.6 Circunferência muscular do braço (CMB): Quadro 26. Dados para avaliação da CMB de idosos. Fonte: Kuczmarski e colaboradores, 2000. Interpretação: percentis (10 - 90) NHANES III / ADEQUADO 6.2.7 Força: Feminino: < 16 Kg Masculino: < 27 Kg Baixa força 94 6.2.8 Prega cutânea tricipital (PCT): Quadro 27. Dados de referência para avaliação de PCT em idosos Fonte: Kuczmarski e colaboradores, 2000. Interpretação: percentis (10 - 90) NHANES III / ADEQUADO 6.2.9 Pontos de corte de IC e RCE: Quadro 28. Pontos de corte de IC e RCE para idosos. IC RCE Feminino 1,22 0,53 Masculino 1,25 0,52 Interpretação: valores acima dos pontos de corte propostos indicam ocorrência de obesidade central ou abdominal. Fonte: Pitanga, 2011, p. 238-241. 95 6.3 ANEXOS – IDOSO 6.3.1 Avaliação das condições emocionais e sintomas Quadro 29. Escala de depressão geriátrica de Yesavage – versão reduzida (GDS-15) Fonte: Sampaio, 2012. 6.3.2 Avaliação da capacidade funcional Quadro 30. Escala de Katz para Atividades de Vida Diária (AVD) Fonte: The Hanford Institute for Geriatric Nursing, 1998. 96 6.3.3 Avaliação da função cognitiva MINI EXAME DO ESTADO MENTAL 97 6.3.4 Mini Avaliação Nutricional (MAN) 98 FÓRMULAS 99 7. FÓRMULAS 7.1 INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS Quadro 40. Indicadores utilizados para avaliação nutricional. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Peso/Idade Peso/Altura Altura/Idade MASSA CORPORAL TOTAL Índice de Massa Corporal (IMC) COMPOSIÇÃO CORPORAL Tecido adiposo Pregas cutâneas separadamente Σ PCT e PCSE %GCT (Σ PCT, PCSI, PCSE, PCB) AGB COMPOSIÇÃO CORPORAL Tecido muscular CMB AMB AMBc MAP DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL RCQ RCA OU RCE CC IC Diâmetro abdominal sagital UTILIZADOS COMO MÉTODO DE TRIAGEM CB CP CP 7.2 FÓRMULAS 7.2.1 Índice de Massa Corporal 𝑃𝐸𝑆𝑂 (𝐾𝑔) IMC (Kg/m²) = 𝐴𝐿𝑇𝑈𝑅𝐴 (𝑚)² 7.2.2 Circunferência Muscular do Braço 100 CMB = CB - (𝜋 ×PCT) - Dividir o valor da PCT por 10 (transformando mm em cm) 7.2.3 Área Muscular do Braço AMB = [𝐶𝐵−(𝜋×𝑃𝐶𝑇)]² 4𝜋 - Dividir o valor da PCT por 10 (transformando mm em cm) 7.2.4 Área Muscular do Braço corrigida (Heymsfield et al, 1982) Mulheres: AMBc = [𝐶𝐵−(𝜋×𝑃𝐶𝑇)]² - 6,5 4𝜋 Homens: AMBc = [𝐶𝐵−(𝜋×𝑃𝐶𝑇)]² - 10 4𝜋 - Dividir o valor da PCT por 10 (transformando mm em cm) 7.2.5 Área de Gordura do Braço (Himes et al, 1980) AGB = 𝐶𝐵×𝑃𝐶𝑇 - (𝜋×𝑃𝐶𝑇)² 2 4 - Dividir o valor da PCT por 10 (transformando mm em cm) 7.2.6 Razão Cintura-Quadril RCQ = 𝐶𝐶 𝐶𝑄 7.2.7 Razão Cintura-Altura ou Razão Cintura-Estatura RCA ou RCE = 𝐶𝐶 𝐴𝐿𝑇𝑈𝑅𝐴 𝑜𝑢 𝐸𝑆𝑇𝐴𝑇𝑈𝑅𝐴 7.2.8 Índice de Conicidade IC = 𝐶𝐶 0,109 √ 𝑃𝐸𝑆𝑂 𝐴𝐿𝑇𝑈𝑅𝐴 101 - CC e Altura em metros - Peso em Kg 7.3 FÓRMULAS PARA PESO E ESTIMATIVA DE PESO 7.3.1 Peso ideal ou desejável Peso ideal ou desejável = IMC desejado x Altura (m)² - IMC desejado Homens: 22 Kg/m² Mulheres: 20,8 Kg/m² 7.3.2 Peso ideal para amputados Peso ideal para amputados = (100% − % 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑔𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎𝑑𝑜) x peso ideal 100 Quadro 41. Proporção de cada segmento em relação ao peso corporal total. Figura 35 - Porcentagem de cada segmento em relação ao peso corporal total 7.3.3 Peso ajustado (para ideal) Modelo proposto por Osterkamp (1995) pacientes com peso atual >115% ou <95% do peso PAJ = (Peso Atual - Peso Ideal) x 0,25 + Peso ideal MEMBRO AMPUTADO % do segmento Mão 0,8 Antebraço 2,3 Braço atéo ombro 6,6 Pé 1,7 Perna abaixo do joelho 7 Perna acima do joelho 11 Perna inteira 18,6 102 7.3.4 Adequação do peso Adequação do peso (%) = 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 × 100 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙 Quadro 42. Faixas de adequação de peso e classificação do estado nutricional. Adequação do peso (%) Estado Nutricional < 70 Desnutrição grave 71 a 80 Desnutrição moderada 81 a 90 Desnutrição leve 91 a 110 Eutrofia 111 a 120 Sobrepeso > 121 Obesidade Fonte: BLACKBURN, G.L.; BISTRAIN, B.R. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, 1: 11-22, 1977. 7.3.5 Percentual de perda de peso Perda de peso (%) = (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑢𝑠𝑢𝑎𝑙 − 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙) × 100 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑢𝑠𝑢𝑎𝑙 Quadro 43. Classificação do percentual de perda de peso por tempo. Tempo Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%) 1 semana 1 – 2 > 2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 ≥6 meses 10 > 10 Fonte: BLACKBURN, G.L.; BISTRAIN, B.R. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, 1: 11-22, 1977. 7.3.6 Estimativa de peso 103 ● Mulheres: (1,27 x CP) + (0,87 x KH) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) - 62,35 Homens: (0,98 x CP) + (1,16 x KH) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) - 81,69 - CP = Circunferência da Panturrilha - KH = Altura do Joelho - CB = Circunferência do Braço - PCSE = Prega cutânea subescapular ● Peso seco Quadro 44. Fluido estimado em pacientes com edema. EDEMA Nº de cruzes/IV Peso hídrico (excesso) em Kg ASPEN (1996) Peso hídrico (excesso) em Kg NTR (1989) Tornozelo + ±1 ±1 Panturrilha ++ --- 1 - 3 Joelho +++ 3 - 4 3 - 4 Raiz da coxa ++++ 5 - 6 4 - 6 Anasarca 10 - 12 7 - 12 Fonte: ASPEN, 1996; NTR, 1989. Quadro 45. Fluido estimado em pacientes com ascite. Classificação Peso hídrico em Kg Ascite Leve 3 - 5 Ascite Moderada 7 - 9 Ascite Grave 14 - 15 Fonte: Krenitsky J. Practical Gastroenterology, 2003. 104 7.4 FÓRMULA PARA ESTIMATIVA DE ALTURA Mulheres: (1,83 x KH) - (0,24 x Idade) + 64,19 Homens: (2,02 x KH) - (0,04 x Idade) + 84,88 Chumlea et al., 1988 105 TABELAS E PONTOS DE CORTE 106 8. TABELAS E PONTOS DE CORTE 8.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) Quadro 46. Percentis de circunferência média do braço (mm) por idade e sexo. Fonte: Gibson, 1993. 107 8.2 PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL (PCT) Quadro 47. Percentis da prega cutânea tricipital (mm) por idade e sexo. Fonte: Gibson, 1993. 108 8.3 PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (PCSE) Quadro 48. Percentis da prega cutânea subescapular (mm) por idade e sexo. Fonte: Gibson, 1993. 109 8.4 ∑2 PREGAS (PCT + PCSE) Quadro 49. Percentis da prega cutânea tricipital + subescapular (mm) por idade e sexo. Fonte: Gibson, 1993. 110 8.5 ∑4 PREGAS (PCT + PCB + PCSE + PCSI) Quadro 50. Determinação da gordura corporal através do somatório das pregas cutâneas: tricipital, bicipital, subescapular e suprailíaca. Porcentagem de gordura corporal em relação ao peso. Fonte: Durnin e Womersley, 1974. 111 8.6 ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO (AGB) Quadro 51. Percentis da área de gordura do braço (cm²) por idade e sexo. Fonte: Gibson, 1993. 112 8.7 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO E ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO corrigida (AMB e AMBc) Quadro 52. Percentis da área muscular do braço (cm²) por idade e sexo. Fonte: Gibson, 1993. 113 SITUAÇÕES ESPECIAIS 114 9. SITUAÇÕES ESPECIAIS 9.1 PACIENTE AMPUTADO 9.1.1 Correção do peso pós-amputação Peso corrigido = 𝑃𝐴𝐴𝑀𝑃 (100 − %𝐴𝑀𝑃) 100 - PAAMP = peso antes da amputação - AMP = amputação 9.1.2 Correção da altura pós-amputação Altura corrigida = 𝐴𝐴𝑀𝑃² 𝑥 (100 − %𝐴𝑀𝑃) 100 - AAMP = altura antes da amputação Obs.: A altura só deverá ser corrigida quando houver comprometimento da mesma 9.1.3 IMC pós-amputação (IMCPMP) (Izamaloukas et al, 1994) IMCPAMP = 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 (𝑃𝑃𝐴𝑀𝑃) 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 (𝐴𝑃𝐴𝑀𝑃) 9.1.4 Peso esperado antes da amputação (PEAAMP) PEAAMP = AAMP² x IMC esperado 9.1.5 Peso esperado pós-amputação (PEPAMP) PEPAMP = 𝑃𝐸𝐴𝐴𝑀𝑃 𝑥 (100 − %𝐴𝑀𝑃) 100 115 Figura 36 - Proporção de cada segmento em relação ao peso corporal total Modelo proposto por Osterkamp (1995) 9.2 PREMATURIDADE 9.2.1 Idade corrigida Idade corrigida = Idade cronológica (meses) - Meses de prematuridade Obs.: Utilizar as curvas recomendadas pela OMS para crianças a termo, porém corrigir a idade cronológica 9.3 SÍNDROME DE DOWN Diagnóstico clínico da Síndrome de Down baseado nas seguintes características: 116 Quadro 53. Exame físico segmentar para pessoas com Síndrome de Down. Fonte: Committee on genetic of American Academy od Pediatrics, adaptado, 2011. 9.4 NEUROPATIAS 9.4.1 Medida Estimativa de estatura (cm) Comprimento da ulna E = (4,35 x B) + 21,8 Comprimento da Tíbia (CT) E = (3,26 x T) + 30,8 Altura do Joelho (AJ) E = (2,69 x J) + 24,2 - AJ: do joelho até calcanhar - CT: borda súpero-medial da tíbia até a borda do maléolo medial inferior - Comprimento da Ulna = olécrano ao estilóide (Stevenson, 1995) 117 9.5 CRIANÇAS HOSPITALIZADAS E ACAMADAS ● Altura do Joelho = pré-escolares a adolescentes Meninos A (cm) = 64,19 - (0,04 x idade) + (2,02 x AJ) Meninas A (cm) = 84,88 - (0,24 x idade) + (1,83 x AJ) ● Chanfradura do braço = todas as idades Distância entre a ponta do dedo médio e o osso esterno A (cm) = multiplicar por 2 118 Curvas Mustacchi, 2002 - Síndrome de down 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 Curvas Internacionais de Crescimento para Crianças Nascidas Pré-termo (2015) 130 ● Meninas - Peso 131 - Comprimento e Perímetro Cefálico 132 ● Meninos - Peso 133 - Comprimento e Perímetro Cefálico 134 Curvas de Crescimento para Portadores de Acondroplasia (Nanismo), 1978. 135 o Meninas 136 o Meninos 137 ANEXOS 138 10. ANEXOS 10.1 ANAMNESES ANEXO A Anamnese Gestante UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INSTITUIÇÃO VISITADA: AVALIAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA GESTANTE IDENTIFICAÇÃO NOME: DATA DE NASCIMENTO: / / IDADE: RAÇA: SITUAÇÃO CONJUGAL: CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS ESCOLARIDADE: OCUPAÇÃO: ESTILO DE VIDA ETILISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: QUANTIDADE: TABAGISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: QUANTIDADE: 139 IMPRESSÃO DO ESTADO PSICOLÓGICO: HISTÓRIA REPRODUTIVA DATA DA MENARCA: / / G: P: A: ABORTO: ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? COMO? COM QUE IDADE TEVE O 1º FILHO: COM QUE IDADE TEVE O ÚLTIMO FILHO: TEVE ALGUM FILHO COM BAIXO PESO? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? FILHOS MORTOS? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? IDADE EM QUE MORREU: MOTIVO: DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO (DUM): IG: HISTÓRIA-FAMILIAL HISTÓRIA FAMILIAR HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: HISTÓRIA MÉDICA ATUAL: 140 MEDICAÇÕES SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS NUTRICIONAIS CONCLUSÃO: EXAMES BIOQUÍMICOS CONCLUSÃO: DADOSANTROPOMÉTRICO CONCLUSÃO: INQUÉRITO ALIMENTAR 141 JUSTIFICATIVA PARA O MÉTODO ESCOLHIDO DE HISTÓRICO ALIMENTAR CÁLCULOS NUTRICIONAIS DIAGNÓSTICO ALIMENTAR 142 ANEXO B Anamnese Criança UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INSTITUIÇÃO VISITADA: AVALIAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA CRIANÇA IDENTIFICAÇÃO NOME: DATA DE NASCIMENTO: / / IDADE: SEXO: NOME DA MÃE: IDADE MATERNA: RAÇA: SITUAÇÃO CONJUGAL: CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS TIPO DE MORADIA: _ RENDA FAMILIAR: MORA COM QUANTAS PESSOAS: _ ESCOLARIDADE DA MÃE: OCUPAÇÃO DA MÃE: ESTILO DE VIDA DOS PAIS ETILISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: 143 QUANTIDADE: TABAGISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: QUANTIDADE: ESTILO DE VIDA DA CRIANÇA PRATICA ATIVIDADE FÍSICA? ( ) SIM ( ) NÃO FREQ. SEMANAL: TIPO: IMPRESSÃO DO ESTADO PSICOLÓGICO: HISTÓRIA REPRODUTIVA DA MÃE G: P: A: HISTÓRIA-FAMILIAL HISTÓRIA FAMILIAR HISTÓRIA MÉDICA 144 HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: HISTÓRIA MÉDICA ATUAL: MEDICAÇÕES EM USO: HISTÓRIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: PESO AO NASCER: COMPR. AO NASCER: TRATAMENTO DIETÉTICO ANTERIOR: ( ) SIM ( ) NÃO QUEM ORIENTOU? MOTIVO: ALEITAMENTO AO SEIO EXCLUSIVO? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTO TEMPO? AINDA MAMA? ( ) SIM ( ) NÃO CASO NÃO, QUANDO DEIXOU A MAMA? COM QUAL IDADE INTRODUZIU ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL? _ JÁ USOU COMPLEMENTO VITAMÍNICO? _ HISTÓRIA ALIMENTAR ATUAL Nº DE REFEIÇÕES DIÁRIAS: APETITE ATUAL: AVERSÕES ALIMENTARES: ALERGIAS ALIMENTARES: INGESTÃO HIDRICA: PREFERÊNCIAS ALIMENTARES: 145 SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS NUTRICIONAIS CONCLUSÃO: EXAMES BIOQUÍMICOS CONCLUSÃO: DADOS ANTROPOMÉTRICO CONCLUSÃO: INQUÉRITO ALIMENTAR CÁLCULOS NUTRICIONAIS/ INDICADORES 146 DIAGNÓSTICO ALIMENTAR 147 ANEXO C Anamnese Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INSTITUIÇÃO VISITADA: AVALIAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA ADOLESCENTE IDENTIFICAÇÃO NOME: DATA DE NASCIMENTO: / / IDADE: SEXO: RAÇA: SITUAÇÃO CONJUGAL: CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS TIPO DE MORADIA: _ RENDA FAMILIAR: MORA COM QUANTAS PESSOAS: ESCOLARIDADE: OCUPAÇÃO: ESTILO DE VIDA ETILISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: QUANTIDADE: TABAGISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: 148 QUANTIDADE: PRATICA ATIVIDADE FÍSICA? ( ) SIM ( ) NÃO FREQ. SEMANAL: TIPO: IMPRESSÃO DO ESTADO PSICOLÓGICO: HISTÓRIA REPRODUTIVA MATURAÇÃO SEXUAL: MAMA GENITÁLIA: PÊLO: VOZ DE ADULTO: ( ) SIM ( ) NÃO ESTÁGIO MATURACIONAL: MENARCA: ( ) SIM ( ) IDADE DA MENARCA: / / TEM FILHOS? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? ABORTO? ( ) SIM ( ) NÃO QUANTOS? COMO? COM QUE IDADE TEVE O 1º FILHO: COM QUE IDADE TEVE O ÚLTIMO FILHO: HISTÓRIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: TRATAMENTO DIETÉTICO ANTERIOR: ( ) SIM ( ) NÃO QUEM ORIENTOU? MOTIVO: Nº DE REFEIÇÕES DIÁRIAS: APETITE ATUAL: AVERSÕES ALIMENTARES: ALERGIAS ALIMENTARES: INGESTÃO HIDRICA: 149 PREFERÊNCIAS ALIMENTARES: JÁ USOU COMPLEMENTO VITAMÍNICO? HISTÓRIA-FAMILIAL HISTÓRIA FAMILIAR HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: HISTÓRIA MÉDICA ATUAL: MEDICAÇÕES SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS NUTRICIONAIS CONCLUSÃO: 150 EXAMES BIOQUÍMICOS CONCLUSÃO: DADOS ANTROPOMÉTRICOS CONCLUSÃO: DIAGNÓSTICO ALIMENTAR 151 ANEXO D Anamnese Adulto UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INSTITUIÇÃO VISITADA: AVALIAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO ADULTO IDENTIFICAÇÃO NOME: DATA DE NASCIMENTO: IDADE: SEXO: RAÇA: SITUAÇÃO CONJUGAL: NATURALIDADE: PROCEDÊNCIA: CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS ESCOLARIDADE: OCUPAÇÃO: TIPO DE MORADIA: _ COM QUANTAS PESSOAS MORA: RENDA FAMILIAR: ESTILO DE VIDA ETILISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: QUANTIDADE: TABAGISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQUÊNCIA: QUANTIDADE: 152 IMPRESSÃO DO ESTADO PSICOLÓGICO: HISTÓRIA-FAMILIAL: HISTÓRIA FAMILIAR: HISTÓRIA MÉDICA HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: HISTÓRIA MÉDICA ATUAL: MEDICAÇÕES/SUPLEMENTOS/VITAMINAS: 153 HISTÓRIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: PESO HABITUAL: TEM PERDIDO PESO DE FORMA INVOLUNTÁRIA, SE SIM, A PARTIR DE QUANDO E QUANTO? TRATAMENTO DIETÉTICO ANTERIOR:SIM ( ) NÃO ( ) QUEM ORIENTOU? Nº DE REFEIÇÕES DIÁRIAS: APETITE ATUAL: AVERSÃO ALIMENTAR: ALERGIA ALIMENTAR: PREFERÊNCIAS ALIMENTARES: INGESTÃO HÍDRICA: SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS NUTRICIONAIS CONCLUSÃO: EXAMES BIOQUÍMICOS CONCLUSÃO: 154 ESTADO ANTROPOMÉTRICO CONCLUSÃO: INQUÉRITO ALIMENTAR JUSTIFICATIVA PARA O MÉTODO ESCOLHIDO DE HISTÓRICO ALIMENTAR: CÁLCULOS NUTRICIONAIS: DIAGNÓSTICO ALIMENTAR: 155 ANEXO E Anamnese Idoso UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE NUTRIÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO DISCIPLINA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL / NUTRIÇÃO NORMAL IV INSTITUIÇÃO VISITADA: DATA: / / ANAMNESE ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO IDOSO IDENTIFICAÇÃO: NOME: DATA DE NASCIMENTO: / / IDADE: SEXO: ETNIA: SITUAÇÃO CONJUGAL: NATURALIDADE: PROCEDÊNCIA: CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS: ESCOLARIDADE: APOSENTADORIA: ( ) SIM ( ) NÃO OCUPAÇÃO ATUAL:_ OCUPAÇÃO ANTES DA APOSENTADORIA: RENDA FAMILIAR: MORA COM QUEM: GOSTA DE ONDE E COM QUEM MORA? ( ) SIM ( ) NÃO POR QUE? 156 ESTILO DE VIDA: ETILISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: QTDADE: FREQÜÊNCIA: TABAGISMO: ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQÜÊNCIA: QTDADE: PRATICA ATIVIDADE FÍSICA? ( ) SIM ( ) NÃO TIPO: FREQ./SEMANAL: TEMPO PARA REFEIÇÃO: REFEIÇÃO: LOCAL PARA IMPRESSÃO DO ESTADO PSICOLÓGICO RECEBE VISITAS? ( ) SIM ( ) NÃO DE QUEM? ESCALA DE DEPRESSÃO: MINI MENTAL: HISTÓRIA REPRODUTIVA: TEM FILHOS: MORTOS: QUANTOS:_ FILHOS HISTÓRIA FAMILIAL: 157 HISTÓRIA FAMILIAR: HISTÓRIA MÉDICA: HISTÓRIA MÉDICA ATUAL: HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: ASPECTOS FISIOLÓGICOS: MEDICAÇÕES EM USO: HISTÓRIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: PESO HABITUAL: TEM PERDIDO PESO DE FORMA INVOLUNTÁRIA: EM CASO AFIRMATIVO, A PARTIR DE QUANDO PERDEU? TRATAMENTO DIETÉTICO ANTERIOR: SIM ( ) NÃO ( ) QUEM ORIENTOU? TIPO DE PROBLEMA: 158 NÚMERO DE REFEIÇÕES DIÁRIAS: APETITE ATUAL: AVERSÕES ALIMENTARES: ALERGIAS ALIMENTARES: INGESTÃO HÍDRICA: PREFERÊNCIAS ALIMENTARES: SE ALIMENTA SÓ?