Buscar

Trauma ocular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 Laís Flauzino | OFTALMOLOGIA | 7°P MEDICINA 
Trauma 
3M3 – TRAUMA OCULAR 
EPIDEMIOLOGIA 
• O Trauma ocular é uma das principais causas de 
cegueira. Crianças e adultos jovens são as vítimas 
mais frequentes. 
• No Brasil estima-se que cerca de 40 mil pessoas 
sofrem perda visual por traumatismo ocular por 
ano. 
• O trauma ocular mais comum é o corpo estranho 
corneano, representando cerca de 30% dos 
casos, seguido por desepitelização corneana com 
9%. 
 
QUEIMADURA QUÍMICA E TÉRMICA: 
Agentes mais comuns: 
• Soda cáustica 
• Cimento 
• Solventes 
• Detergentes 
• Cianoacrilato (superbond®) 
• Solda – o sintoma é tardio, começa uma ardência 
intensa à noite 
Sintomas: 
• Dor aguda 
• Fotofobia 
• Sensação de corpo estranho (CE) 
• Lacrimejamento 
• Desconforto ao piscar 
Sinais: 
• Hiperemia conjuntival, 
• Quemose, 
• Hemorragia subconjuntival 
• Desepitelização corneana 
• Edema palpebral 
 
Normalmente consegue-se ver a desepitelização 
corneana ou ceratite na córnea com uso do colírio 
corante. 
 
Tratamento: 
1. Lavagem exaustiva com SF0,9% ou RL (até 8 a 
10L). 
2. Pode-se fazer a retirada de possíveis resíduos com 
cotonete. 
3. Não prescrever anestésico tópico para casa – 
pode pingar para ter alívio no PS 
4. Analgésicos Orais (Dipirona®,Paracetamol®). 
5. Uso de pomada repitelizante (Regencel®) e após 
curativo oclusivo e comprenssivo, por 24h. 
Após 24h, retirar o curativo e iniciar: 
6. Uso frequente de pomada repitelizante e lágrimas 
artificiais (Lacrifilm®, Systane-UL®, Hyabak®, 
Ecofilm®, Optive®) 
Obs: Avaliar o uso de ATB (Maxiflox® ou Vigamox ®). 
Se tiver secreção ou algum machucado mais profundo 
– para profilaxia 
 
 
 
CORPO ESTRANHO CORNEANO E 
CONJUNTIVAL: 
Principais agentes: 
• Fragmento de metal 
• Pó de madeira 
• Semente 
Sintomas: 
• Sensação de CE 
• Lacrimejamento 
• História de trauma 
Sinais: 
• Hiperemia conjuntival 
• Edema palpebral 
• Corpo estranho 
 
 
Quando é metal, o metal chega quente no olho e faz 
um halo de queimadura – halo metálico. 
 
Tratamento: 
1. Usar colírio anestésico. 
2. Remover o CE corneano com ou agulha (insulina-
13x4) na Lâmpada de Fenda e retirar por 
completo o rust ring. Ou Remover com 
cotonete o CE conjuntival. 
4. Analgésicos Orais (Dipirona®, Paracetamol®). 
 
2 Laís Flauzino | OFTALMOLOGIA | 7°P MEDICINA 
5. Uso de pomada repitelizante Regencel®) e após 
curativo oclusivo e comprenssivo por 24h se dor 
intensa. 
Após 24h, retirar o curativo e iniciar: 
6. Uso frequente de pomada repitelizante e lágrimas 
artificiais (Lacrifilm®, Systane-UL®, Hyabak®, 
Ecofilm® ou Optive®) 
7. Avaliar o uso de ATB (Maxiflox® ou Vigamox®). 
Corpo estranho sempre usa ATB. 
 
 
 
LACERAÇÃO CONJUNTIVAL: 
Principais agentes: 
• Galho 
• Fio 
• Pedra 
• Unha 
Sintomas: 
• Dor 
• Olho vermelho 
• Sensação de CE 
• História prévia 
Sinais: 
• Hemorragias conjuntivais 
• Exposição da esclera 
• Sinais de rasgo na conjuntiva 
A maioria das lacerações cicatrizará sem reparo 
cirúrgico, sendo assim suturar apenas quando as 
lesões forem > que 1 cm. 
Obs: Deve iniciar colírio ou pomada de ATB por 7 a 
10 dias. 
 
A maioria cicatriza sozinha, o que é preconizada é a 
sutura quando as feridas forem maiores que 1 cm. 
 
LACERAÇÃO PALPEBRAL: 
Principais agentes: 
• Mordedura 
• Traumas 
Sintomas: 
• Dor periorbital 
• Lacrimejamento 
Sinais: 
• Defeito parcial ou de toda espessura da pálpebra 
Avaliar profilaxia para Tétano e ATB sistêmicos 
(cefalexina). 
Obs: não realizar sutura se houver laceração do 
canalículo ou ducto lacrimal. O oftalmologista 
especialista em plástica deve avaliar. 
 
 
FRATURA EM BLOW-OUT DA ÓRBITA: 
Principais agentes: 
• Acidente automobilístico 
• Traumas 
Sintomas: 
• Dor 
• Edema palpebral 
• Diplopia – músculo fica retido 
• Crepitação 
• Epífora – lacrimejamento 
Sinais: 
• Restrição ao movimento 
• Enfisema subcutâneo 
• Enoftalmo – olho para dentro 
• Sangramento nasal 
Tratamento: 
• ATB oral (cefalexina) e corticóide oral 
(predinisona) 
• Descongestionante nasal e bolsa de gelo. 
Encaminhar ao oftalmo. 
• Cirurgia de urgência se: evidências pela TC de 
herniação ou distorção de músculo com diplopia, 
fraturas extensas e vômitos 
 
Lembrar de orientar ao paciente não assoar o nariz. 
 
CORPO ESTRANHO INTRAORBITAL, 
RUPTURA DO GLOBO E LESÃO 
PENETRANTE: 
Principais agentes: 
• Acidente automobilístico, lesões perfuro-
cortantes e explosões 
• Mal tolerados (orgânicos): madeira ou material 
vegetal 
• Bem tolerados (inertes): pedra, vidro, plástico, 
ferro 
Sintomas: 
• BAV – baixa da acuidade visual 
• Dor 
• Diplopia 
• Perda de líquido 
Sinais: 
• TC 
• USG – com cuidado para evitar pressão 
 
3 Laís Flauzino | OFTALMOLOGIA | 7°P MEDICINA 
• Proptose 
• Massa orbital palpável 
• Diminuição da câmera anterior 
• Corectopia – diferença do formato da pupila 
• Perda do reflexo vermelho 
• Exteriorização de conteúdo 
Condutas: 
• Internar o paciente 
• Solicitar exames de imagem (exceto em casos 
evidentes de exteriorização de conteúdo) 
• Encaminhar ao oftalmologista 
Obs: pode iniciar: vacina para tétano, ATB IV 
(cefazolina) e oclusor ocular (nunca compressivo) 
 
 
HIFEMA TRAUMÁTICO: 
Principais agentes: 
• Trauma contuso – soco, pedrada, paulada, bolada 
Hifema = sangue dentro do olho 
Sintomas: 
• Dor 
• Visão borrada 
Sinais: 
• Hiperemia 
• Hemorragia conjuntival 
• Ausência de reflexo vermelho 
Tratamento: 
• Atropina 1% e corticoide tópico (Maxidex®, Ster®) 
A atropina vai paralisar o musculo ciliar, pct fica com 
olho dilatado. O músculo ciliar que geralmente 
inflama e perde células, então paralisado diminui a 
dor. 
• Anti-hipertensivos tópicos: Timolol 0,5% 
(Glaucotrat®) 
Se o pct estiver com a pressão elevada. A pressão é o 
balanço entre a produção e o escoamento, se tem 
células a mais, não consegue drenar e pode aumentar 
a pressão. 
 
Aguardar – normalmente se resolve 
espontaneamente. 
Só indica cirurgia se não houver melhora em 15 dias. 
 
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL – 
HIPOSFAGMA 
Principais agentes: 
• Trauma – dedo, queda, soco, pedrada 
• Vômitos 
• Descontrole da HAS e DM 
Sintomas: 
• Nenhum 
Sinais: 
• AV preservada 
• Hemorragia subconjuntival 
Tratamento: 
• Lágrimas artificiais se houver irritação leve 
• Investigar a causa 
• Obs: geralmente absorve entre 14 a 21 dias 
 
 
COMO CONDUZIR O TRAUMA OCULAR NO 
PRONTO SOCORRO:

Continue navegando