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Pró-Reitoria de EaD e CCDD 1 Compras, Estoques e Logística Aula 2 Profª Rosinda Angela da Silva Pró-Reitoria de EaD e CCDD 2 Conversa inicial Você já pensou em como um produto é feito? Quais insumos (matérias- primas e componentes) foram utilizados em sua produção? E ainda de onde vêm essas matérias-primas? Essas perguntas são para instigá-lo a pensar que, para um item ser produzido, inúmeras atividades ocorrem com a integração de várias companhias. São empresas-clientes e empresas-fornecedoras que trabalham em parceria, envolvidas no processo de suprimentos, produção e distribuição dos produtos ao mercado consumidor. Então, nesta aula, vamos discutir assuntos relacionados à formação dessas parcerias e compreender o importante papel dos fornecedores para as firmas. Você sabia que são os fornecedores que auxiliam as empresas a oferecerem bons produtos e serviços aos consumidores finais? São sim, mas para isso é preciso identificar onde eles estão localizados, qualificá-los e homologá-los para garantir a qualidade. E o Setor de Compras é um dos responsáveis por essa importante atividade. Com essa perspectiva, vamos à nossa segunda aula sobre compras. Contextualizando As empresas não atuam sozinhas nos mercados. As negociações comerciais ocorrem entre empresas-clientes e empresas-fornecedoras o tempo todo. E isso nos leva a refletir sobre a importância de termos uma rede de fornecedores parceiros que atenda às necessidades da empresa dentro dos requisitos necessários. Formar uma rede de fornecedores confiáveis e com competência técnica e logística não é tarefa fácil, por isso as grandes organizações estão em constante processo de desenvolvimento. Mas o fator positivo é que no Brasil as Pró-Reitoria de EaD e CCDD 3 empresas já têm competências bem desenvolvidas e estão preparadas para dar suporte de melhores práticas. Para que isso flua adequadamente, é importante que empresas-clientes e empresas-fornecedoras compreendam que o processo de desenvolvimento é responsabilidade de ambos os lados. E ainda que pautem suas negociações em bases sólidas, com informações transparentes e fidedignas. Além disso, espera- se que os executivos envolvidos nesses processos sejam éticos e representem com dignidade as empresas. Essas posturas resultam em empresas extremamente competentes em suas áreas e que transmitem confiabilidade ao mercado. Reforçando que atualmente a imagem da empresa pode impactar ou ser impactada aqui ou no exterior, uma vez que as negociações internacionais se tornaram rotinas no meio empresarial; todo o cuidado com a imagem é bem-vindo. Tema 1: Desenvolvimento de Fornecedores Desenvolver fornecedores é uma das funções mais interessantes de um Departamento de Compras. É uma atividade complexa e de grande responsabilidade para ambos os lados. Em um mercado competitivo, a busca pela redução de custos é contínua em todas as organizações, pois encontrar fornecedores que ofereçam custos mais atrativos faz toda a diferença. E o que se observa é que nos últimos tempos as empresas têm buscado reduzir o número de fornecedores para facilitar o controle das operações e conseguir negociações mais vantajosas para ambos os lados. Isso tem exigido do Setor de Compras alguns cuidados extras, pois para fazer parcerias o fornecedor deve oferecer confiabilidade na entrega. Grandes firmas têm uma equipe especializada em prospectar no mercado e identificar fornecedores capacitados a atenderem suas especificações Pró-Reitoria de EaD e CCDD 4 técnicas. Quando as exigências são grandes e há interesse de ambas as partes, é possível capacitar um fornecedor para que ele se enquadre nas solicitações da empresa. Cada organização pode ter seus motivos para iniciar um processo de desenvolvimento, mas o fato é que para essa tarefa é adequado colocar um ponto de partida e um de chegada. Isso significa dizer que, para desenvolver um fornecedor, é necessário ter um objetivo, pois essa tarefa requer tempo e investimento da equipe envolvida no processo. Observe alguns motivos que levam uma empresa a se preocupar com o desenvolvimento de novos fornecedores: Redução de custos com as compras; Não ficar na dependência de apenas um fornecedor; Deseja terceirizar um processo ou setor; Quando o mercado está aquecido e há dificuldade em conseguir os insumos; Quando a empresa está desenvolvendo um produto inovador e necessita de um aliado que tenha know-how; Quando a empresa necessita avançar na escala tecnológica e o fornecedor é capaz de trazer esse avanço; Quando o fornecedor atual demonstra desinteresse em continuar fornecendo ou não inova; Quando a empresa precisa melhorar a qualidade de seus produtos e serviços e, devido a isso, busca fornecedores competentes no que fazem; entre outros. Tais motivos são os norteadores das ações da equipe de desenvolvimento de fornecedores que, conhecendo a realidade e a necessidade da empresa, buscará identificar empresas que se enquadrem no escopo desejado. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 5 Um desenvolvimento de fornecedor deve ter como premissa o longo prazo, pois a confiabilidade dele somente será avalizada quando houver repetidas entregas de materiais dentro do previsto. Sabe-se que confiabilidade é um critério ganhador de pedido que a empresa só consegue quando está estabelecida no mercado há bastante tempo, tem qualidade e é reconhecida por isso. Observe a seguir algumas explanações sobre as possibilidades que uma empresa pode optar: Fornecedor único: a empresa pode eleger trabalhar com um único fornecedor, mesmo existindo outros qualificados no mercado. Isso pode ocorrer quando o volume de compra é pequeno e não vale a pena pulverizar. Entretanto, existe o risco de ficar sem o produto caso esse fornecedor falhe. Fornecedor exclusivo: a empresa pode preferir trabalhar com um fornecedor exclusivo por questões de não desejar repassar sua tecnologia para outras empresas. Também pode terceirizar um processo inteiro e, dessa forma, ter exclusividade. E há ainda outras firmas que utilizam um fornecedor exclusivo por falta de escolha, ou seja, quando há apenas uma empresa que produz e comercializa determinado produto. É fato que qualquer uma dessas alternativas oferece riscos de a empresa-cliente ficar sem o produto, caso o fornecedor não consiga atendê-lo a tempo. Fornecedores múltiplos: é o mais comum e, em alguns casos, o mais recomendável também. As empresas utilizam fornecedores múltiplos para não ficar na dependência de apenas um canal de fornecimento e, também, quando o volume de compras é grande e a empresa-cliente não perde poder de barganha nas negociações. Fornecedores locais: as empresas podem optar por negociar com os fornecedores locais, próximos da sua planta, por questões de custo de frete, política de boa vizinhança, promoção do desenvolvimento local sustentável e Pró-Reitoria de EaD e CCDD 6 para ter frequência de entregas e consequentemente menores volumes de estoques. Fornecedores regionais: outra possibilidade é trabalhar com os fornecedores regionais, que podem estar no mesmo estado ou em outros locais espalhados pelo país. Isso acontece principalmente porque existem regiões que se especializam em determinados produtos e serviços e sua amplitude de atendimento atinge o país todo. Para isso, o preço ou a qualidade será o diferencial, pois na maioria dos casos o custo do frete e os tributos oneram as negociações. Fornecedores globais: uma possibilidade bastante utilizada nos últimos tempos são os fornecedores globais. Com o avanço da logística, a evolução da internet e a abertura da economia, nada impede uma empresa de negociar com outra em qualquer lugar do globo. Ao constatar que a importação trará redução de custose inovação aos produtos, a empresa-cliente pode facilmente optar por ela. Com as facilidades de hoje, é possível importar diretamente ou via trade em qualquer país. Cada situação apresentada terá seus pontos fortes e fracos, sem dúvida. Então a equipe responsável por desenvolver os fornecedores identificará qual a melhor situação e decidirá estrategicamente, visando construir relacionamentos duradouros e que reduzam os custos das compras. Além da redução dos custos das compras, uma empresa tem como objetivos, no desenvolvimento de fornecedores, reduzir as falhas de fornecimento e o lead time de alguns produtos, melhorar os prazos de entrega e, também, aumentar sua flexibilidade. Uma vez que esses elementos impactam diretamente no Nível de Serviço (NS) que será ofertado ao cliente final mais adiante, são motivos mais que suficientes para que a empresa dispenda energia para melhorar o processo como um todo. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 7 Com um bom desenvolvimento de fornecedores, as empresas podem se beneficiar de: Menores prazos de entregas; Produtos de melhor qualidade; Preços mais atrativos; Fornecedores mais comprometidos; Suporte e assistência técnica quando necessário; entre outros. Para atingir esses e outros benefícios, é necessário realizar o processo de desenvolvimento, qualificação, homologação e acompanhamento de forma séria, com procedimentos claros e indicadores factíveis. Tema 2: Seleção, Qualificação e Homologação de Novos Fornecedores Para realizar o desenvolvimento de fornecedores com sucesso, é essencial seguir alguns passos obrigatórios, começando pela correta seleção de fornecedores: Seleção de fornecedores: esse é o primeiro passo a ser seguido. As empresas utilizam formas diferenciadas para selecionar fornecedores, tais como: Indicações de outras empresas; Busca em catálogos e revistas técnicas; Participação em feiras técnicas pertinentes ao segmento; Utilização da internet; entre outros. O processo de seleção tem como intuito identificar possíveis empresas capacitadas no mercado e também criar um banco de dados com fornecedores cadastrados. Segundo Dias (2003, p. 103), “não conseguimos pensar em nenhum banco de dados melhor do que o cadastro de fornecedores. Se ele for Pró-Reitoria de EaD e CCDD 8 bem estruturado, sendo alvo de manutenção permanente das informações, oferecerá valiosa contribuição para a escolha dos fornecedores mais adequados para cada situação”. Após identificar os possíveis fornecedores, elegem-se os possíveis a serem desenvolvidos. Então pode-se partir para o próximo passo que é a qualificação. Qualificação de fornecedores: a importância da qualificação de fornecedores reside na necessidade que as empresas-clientes têm em negociar com as empresas-fornecedoras sérias e que atendam as especificações. Qualificar representa o início de um possível fornecimento, e nessa fase as empresas trocam informações comerciais e documentações que atestam sua existência. Com os documentos iniciais, são realizadas consultas em diversos órgãos competentes para verificar se elas estão com a documentação em ordem. Por exemplo, com o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), as empresas consultam o Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintegra), que permite verificar se os fornecedores não estão com restrições em seu CNPJ e também na Inscrição Estadual (IE). Outra consulta comumente realizada no início de um possível fornecimento é a consulta ao Serasa, uma empresa de Centralização de Serviços dos Bancos que tem um banco de dados bastante completo e fornece informações sobre a situação financeira da empresa, como dívidas vencidas, protestos, entre outras. E também é possível consultar o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), para acessar o histórico de pagamentos de um indivíduo. Além disso, as empresas podem solicitar também referências comerciais e bancárias, cartas de referência ou atestado de fornecimento, que são escritas por outros clientes que atestam a qualidade dessa empresa como fornecedor. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 9 Recentemente, as empresas incluíram em seu processo de desenvolvimento a checagem da tratativa que a empresa-fornecedora dá às questões ambientais e ao trato com as pessoas. Empresas que têm as melhores práticas não concebem ter em seu rol de fornecedores companhias que poluem o meio ambiente arbitrariamente e que utilizam mão de obra escrava ou infantil. É inconcebível uma empresa que está desenvolvendo um novo fornecedor não checar essas condições, pois se não o fizer será conivente com situações degradantes ao ser humano e ao meio ambiente. Devido a isso, outras informações podem ser requeridas, pois cada empresa tem seus próprios procedimentos, como Certificação ISO 9000, 14000, 18000 ou outra, dependendo do segmento da empresa. E também visitas técnicas podem ser realizadas por ambas as empresas envolvidas na negociação com o objetivo de conhecer suas instalações físicas, além de constatar a capacidade de produção. Depois da fase documental, é possível iniciar uma negociação. E isso acontece com a compra de um lote-piloto para realizar testes na matéria-prima. A partir desse momento, inicia-se o processo de homologação. Homologação de fornecedores: essa fase do desenvolvimento de fornecedores se ocupa da avaliação técnica da matéria-prima, pois teoricamente a firma proponente está apta documentalmente para atender a empresa-cliente. Quando a empresa-cliente recebe as amostras, observa-se como o material foi entregue, as condições da embalagem, as quantidades, os valores, as condições de pagamento e outras informações pertinentes. Depois do recebimento, o material seguirá para os testes de qualidade, que atestarão se ele atende as especificações técnicas exigidas para o produto. Caso os testes de qualidade sejam positivos, um relatório será encaminhado ao fornecedor, aprovando a amostra, e a partir desse momento o Setor de Compras está liberado para efetuar novas compras desse fornecedor. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 10 Mas se o produto não for aprovado, é analisada a causa da reprovação, e se houver interesse de ambas as partes os ajustes serão realizados e os testes serão refeitos. Após esse primeiro fornecimento, o desenvolvimento de fornecedores avança para o passo do acompanhamento. Acompanhamento de fornecimento: esse passo é bem importante, pois uma única entrega não qualifica um fornecedor. É preciso que ocorram várias outras entregas com qualidade para que o fornecedor demonstre confiabilidade no atendimento às premissas da empresa, rapidez na resolução de problemas e suporte técnico sempre que ela precisar. Se o fornecedor apresentar uniformidade no atendimento, a partir de certo momento a empresa pode adotar critérios menos rigorosos para aceitar seus produtos. Mas para acompanhar o fornecimento é necessária a utilização de indicadores. Indicadores de acompanhamento do fornecimento: as empresas de melhores práticas avaliam constantemente seus fornecedores e fazem isso com o uso de indicadores. Os dois indicadores mais utilizados são: Histórico da Qualidade e Pontualidade de Entrega, mas não são os únicos: Indicador Histórico da Qualidade (IHQ): avalia se o fornecedor entrega produtos isentos de defeitos e se atende outros requisitos envolvidos nesse processo, tais como: qualidade da embalagem, bom serviço do transportador, entre outros. Indicador Pontualidade de Entrega (IPE): avalia as questões relacionadas ao respeito aos prazos acordados, aos horários de entregas estipulados e às quantidades entregues. O cuidado com a qualidade do produto que o fornecedor entrega é importante porque interfere diretamente na linha de produção de uma indústria ou na área de vendas de um varejista.Devido a isso, além do uso de indicadores, Pró-Reitoria de EaD e CCDD 11 é desejável também estipular procedimentos que facilitem o acompanhamento e controle para o processo de fornecimento. Comprar de fornecedores qualificados e homologados aumenta a garantia para a empresa-cliente que está adquirindo produtos de boa qualidade e de procedência conhecida. Com o tempo, é natural que o relacionamento entre empresa-cliente e empresa-fornecedora se fortaleça, podendo surgir parcerias e até mesmo alianças estratégicas. Para isso, é importante um investimento livre de informações em tecnologia da informação, em inovação e na busca constante pela redução de custos, que passa a ser responsabilidade de ambas as empresas envolvidas no processo. Tema 3: Solicitação e Análise de Propostas Dentro do processo de compras, uma atividade bastante corriqueira é a solicitação de propostas. Isso acontece porque as empresas desejam comparar alguns requisitos básicos antes de tomar a decisão pela compra. Entre tais requisitos, em alguns casos, a variável preço será a mais importante, em outros, não. Isso acontece porque depende da criticidade do item para a empresa- cliente. Vamos a um exemplo: uma indústria de móveis tem em seu parque fabril inúmeros equipamentos e máquinas, em que alguns são relativamente novos e outros, bem antigos. Em dado momento, uma máquina antiga, mas a única que faz determinado processo, teve uma peça vital quebrada. Sem essa peça, ela simplesmente não produz. O operador da máquina acionou o Setor de Manutenção e também o gerente de Produção. O colaborador da Manutenção informou ao gerente de Produção que não tinha em estoque a peça para a substituição, porque ela nunca havia quebrado. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 12 Imediatamente o gerente, preocupado com a produção, solicitou ao Setor de Compras que procurasse e adquirisse a referida peça. Como a máquina era antiga, o Setor de Compras encontrou dificuldades para repor a peça e quando a encontrou comprou imediatamente. Nesse caso, podemos concluir que a única decisão sensata do comprador era adquirir a peça para sua reposição o mais rápido possível, para que a máquina voltasse a trabalhar. Com isso, certamente que outros critérios comumente tratados nas propostas não foram sequer considerados. Mas nem sempre é assim, então solicitar propostas para decidir por uma compra vantajosa para organização é uma função do Setor de Compras. E para realizar tal atividade é imprescindível que se tenha definido os critérios da Solicitação de Compras, que deve conter: A descrição completa do item; Preço por unidade ou por lote mínimo de fornecimento; Condição de pagamento; Prazo para entrega; Impostos; Condições do frete, se por conta da empresa-cliente ou do fornecedor. FOB (Free On Board, custos e riscos por conta do comprador) ou CIF (Cost, Insurance and Freight, custos e riscos por conta do vendedor); Validade da proposta; Questões relacionadas a garantias; Política de trocas; entre outras informações pertinentes. O formato das propostas também deve ser claro, por exemplo: a proposta de fornecimento pode ser enviada por meio eletrônico ou fax e ainda em papel timbrado da empresa, assinado pelo responsável e contendo local e data. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 13 As propostas de fornecimento são utilizadas normalmente para compras novas e atualização de preços, mas nada impede que a empresa solicite cotações para itens comprados rotineiramente. É ideal ter bom senso para não abusar da boa vontade dos fornecedores, solicitando a todo instante cotações de produtos que não costumam variar muito de preço ou que não têm valor expressivo. Em alguns casos, um contrato de fornecimento é mais indicado para esses itens. Nas compras novas, o fluxo é um pouco mais longo que nas rotineiras, porque deve-se iniciar o processo na prospecção do fornecedor no mercado (encontrar uma empresa que venda tal produto), solicitar a cotação, avaliá-la e depois dar andamento na fase documental. Apenas depois disso é possível realizar a compra. Já nas compras rotineiras, algumas empresas, que têm um quadro de fornecedores já homologados, faz rodízio de compra entre eles ou fraciona a compra entre dois ou três fornecedores. Tudo depende da metodologia que o Setor de Compras utiliza. Depois de receber a solicitação de propostas, é preciso analisá-la criticamente para identificar se atende as especificações solicitadas. Dias (2003, p. 111) comenta que, “após o recebimento das propostas, compete ao Analista de Compras a completa avaliação das condições comerciais oferecidas. Embora tarefa costumeira para o militante na área, esse momento reveste-se de grande importância”. Isso significa dizer que mesmo o comprador mais experiente deve realizar essa tarefa com atenção. Os primeiros elementos a serem analisados no recebimento de uma proposta de fornecimento são a rapidez e a assertividade que ela foi enviada. Se o fornecedor demorou dois ou três dias apenas para confirmar o recebimento da solicitação, é provável que ele demore a encaminhar a proposta. Isso pode ser Pró-Reitoria de EaD e CCDD 14 um fator de desempate quando se tem vários fornecedores disputando a mesma venda. Já os elementos técnicos a serem analisados são os mesmos que constam na solicitação das propostas, todavia, alguns fornecedores podem incluir outros fatores, como itens alternativos e substitutos e marcas diferentes, que podem ser atrativos para a empresa. Uma situação que às vezes não é dado o devido valor nas propostas de fornecimento está relacionada às questões financeiras atreladas ao parcelamento. É pertinente verificar se o fornecedor está incluindo taxa financeira, pois nesse caso pode-se agir da seguinte forma: Se a taxa financeira do fornecedor for menor que o juro do banco, é preferível financiar pelo fornecedor; Se a taxa financeira do fornecedor for maior que o juro do banco, é preferível emprestar o valor do banco e pagar o fornecedor à vista. As decisões do Setor de Compras impactam diretamente no fluxo de caixa da empresa, então todas as análises devem ser realizadas com esmero, visando não prejudicar o Setor Financeiro. É comum as organizações trabalharem com o método das três cotações, para que se tenha possibilidade de escolher o fornecedor que melhor atende as premissas exigidas pela empresa. Para que esse método seja positivo, é preciso encaminhar exatamente a mesma solicitação para os três fornecedores (ou mais), para que todos tenham a mesma oportunidade. Em suma, a parte comercial é analisada pelo Setor de Compras e a técnica, pelo setor solicitante ou pelo usuário. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 15 Para agilizar o processo de cotação, muitos setores de compras utilizam a internet como ponto de apoio. Por meio de consultas a sites especializados e que disponibilizam preços, o comprador tem a possibilidade de conhecer antecipadamente os preços médios praticados no mercado, bem como as marcas disponíveis e os prazos de entrega. Com isso, ele consegue criar um mapa de cotações mais rapidamente, o que resulta em análises e tomadas de decisões mais ágeis. Além disso, tem optado por utilizar a internet para facilitar o dia a dia e ganhar tempo nas suas tarefas diárias. Em alguns casos, a cotação on-line se transforma em compras direto no site das empresas. Tema 4: Princípios Éticos na Negociação O Setor de Compras é o cartão de visitas de uma organização. Essa frase faz todo sentido quando compreendemos que os colaboradores das áreas de Compras representam suas organizações no momento das negociações com os fornecedores. E as posturas de tais colaboradores refletem na imagem da corporação. Por muito tempo, a área de Compras foi vista como corrompível, e inúmeros fornecedoresenviavam “presentes” ou faziam propostas indecorosas para convencer o comprador a fechar o pedido com eles. Isso acontecia com certa frequência nas negociações de maiores valores envolvidos, tais como construções, compras de máquinas de grande porte, contratos de longo prazo, entre outras. Mas, aos poucos, as organizações foram se atentando para esses detalhes e iniciou-se um movimento de discussão sobre as questões de ética no trabalho, abrangendo também o Setor de Compras. Segundo Gonçalves e Abaurre (2007, p. 24), “ética no trabalho consiste em entender essa atividade – o trabalho – como fator fundamental à construção da identidade e da realização Pró-Reitoria de EaD e CCDD 16 pessoal e ao estabelecimento de uma ordem social, em que prevaleçam relações fundadas na dignidade, na liberdade e na igualdade entre os homens”. A ideia central é que a relação entre colaborador e trabalho seja prazerosa e que este ofereça condições dignas de sobrevivência sem a necessidade do recebimento de propinas. O relacionamento entre compradores e vendedores costuma se estreitar com o passar dos anos devido ao contato frequente, mas não se pode perder de vista o aspecto comercial. O esforço para que a amizade não interfira nas negociações é um desafio para ambos os lados, em que cada um deve fazer sua parte para discernir as posições. Compete ao comprador observar seu estilo de negociação e identificar seus pontos fracos e melhorá-los, uma vez que as compras não são para si, e sim para a empresa. Isso representa que a decisão por tal fornecedor deve ser pautada em questões técnicas e profissionais, e não em fatores subjetivos ou pessoais. As grandes corporações foram as precursoras em desenvolver dispositivos e ferramentas que monitoram a forma com que as negociações são desenvolvidas por seus Setores de Compras. E isso foi positivo, pois a blindagem do comprador é algo essencial. E como fizeram isso? Visando deixar as regras de compras e licitações claras a todos, as empresas investiram na capacitação de seus colaboradores e em definições de normas e procedimentos para padronização do processo. Mas isso não foi tão simples quanto parece, e por motivos óbvios: discutir ética é delicado por sua natureza, e o setor de Compras é composto por pessoas. Todavia, as empresas que investiram nesses elementos e incluíram seus compradores na sua construção tiveram mais sucesso na implantação. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 17 Por mais que cada empresa tenha sua cultura e sistemática de trabalho, alguns itens clássicos que costumam aparecer em tais documentos são: Política de presentes ao comprador: a maioria das empresas não concebe que o fornecedor presenteie o comprador, e sim o Setor de Compras. Nesse quesito, algumas empresas simplesmente proíbem o recebimento de presente de qualquer natureza e de qualquer valor. Outras determinam um valor máximo aceitável de até R$ 100,00 (cem reais), por exemplo, e ainda há outras que só permitem o recebimento de brindes promocionais ou simbólicos, tais como: réguas, canetas, calendários, agendas, risque e rabisque e itens do gênero. Política de almoços e jantares com fornecedores: nesse quesito, as regras variam bastante. Algumas empresas não admitem que o comprador participe de jantares ou almoços financiados pelo fornecedor. Isso porque entendem que o vendedor pode tentar convencer o comprador a privilegiá-lo em alguma negociação. Já outras firmas permitem esses encontros fora do ambiente da empresa, mas recomenda que não haja negociações. E há outras ainda que instruem o comprador a pagar seu próprio almoço ou que divida a conta com o vendedor. Comportamento do comprador em ambientes externos: esse tópico representa mais as viagens que o comprador ou os desenvolvedores de novos fornecedores realizam e também a participação em férias ou eventos do setor. Espera-se que o colaborador tenha um comportamento irrepreensível no momento que estiver representando a empresa em eventos, que não divulgue dados e informações dela a terceiros e tampouco comente sobre as condições (técnicas, financeiras, de qualidade) de outros fornecedores. A discrição é uma habilidade que o comprador precisa ter bem desenvolvida. Avalie que, se esses elementos são os que mais aparecem nos documentos das empresas, é porque certamente são os que mais ocorrem. Mas Pró-Reitoria de EaD e CCDD 18 cada organização tem sua especificidade e, diante disso, determina os critérios que mais atendam suas necessidades. Com a profissionalização do Setor de Compras, o perfil do comprador foi bem definido e, atualmente, os colaboradores necessitam bem mais que conhecimento técnico (segundo idioma, matemática financeira, conhecimento do produto) e perfil ético, é preciso também saber negociar. Esse negociar significa se colocar em uma postura que defenda os direitos da empresa, sem prejudicar o fornecedor, ou seja, estratégia ganha-ganha. A estratégia ganha-ganha é mais coerente quando o relacionamento entre as partes é de longo prazo e já não se corre mais o risco de ser um negócio de “oportunismo”. Nesse caso, empresas-clientes e empresas-fornecedoras se unem para definir juntas os objetivos da negociação e ambas se comprometem em buscar alternativas de redução de custos, melhoria dos processos e qualidade do produto ou serviço. Inúmeras teorias (e métodos) sobre como as negociações podem ser eficientes e eficazes já foram desenvolvidas, mas, nesta disciplina, será apresentada de forma resumida a proposta de negociação discutida por Fischer, Ury e Patton (2014, p. 22), que apresenta a negociação baseada em princípios (ou méritos, projeto desenvolvido em Harvard) e é apresentada em cinco determinantes: O problema (não barganhe por posições) Essa sistemática cita que, quando duas pessoas discutem por um preço, podem ou não chegar a um acordo, devido à postura que assumem. O vendedor não quer baixar o preço e justifica isso com os predicados do produto, e o comprador não quer pagar o preço, em alguns casos desmerecendo o produto ou informando o valor máximo que deseja chegar com a negociação. A cada momento que um dos lados faz uma proposta, estão trocando de posições. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 19 Segundo Fischer, Ury e Patton (2014, p. 28), “barganhar por posições normalmente não é uma estratégia muito assertiva, porque pode causar animosidades entre os negociadores”. O método No projeto de Harvard, foi desenvolvido o método que abrange quatro elementos básicos para uma negociação justa e equilibrada, conforme Fischer, Ury e Patton (2014). Separe as pessoas do problema: antes de qualquer coisa, negociadores são pessoas. Pense que em todas as negociações nacionais ou internacionais você terá do outro lado pessoas com suas culturas, crenças e políticas de trabalho. Compete ao comprador qualificado compreender as diferenças que pode haver entre ambos os lados e negociar de forma técnica que não permita que aspectos emocionais interfiram na negociação. (p. 40) Concentre-se em interesses, não em posições: identificar quais sãos os interesses de ambos é o caminho mais simples para se chegar a um acordo na negociação. Uma vez identificados tais interesses de cada parte, é preciso chegar a uma solução sensata conciliando-os. Nesse caso, o foco é identificar os interesses comuns e não discutir posições. (p. 58-59) Invente opções de ganhos mútuos: é adequado desenvolver inúmeras opções para não chegar à mesa de negociações com apenas uma alternativa. Pois apenas uma é facilmente descartada e a negociação pode ficar em um impasse por tempo demais. Atualmente a habilidade de inventar opções é uma das mais valiosas capacitações que um negociador pode ter. É aumentar o bolo, antes de dividi-lo! (p. 72) Insista em usar critérios objetivos: uma vez que decidir com base navontade individual sai caro para ambos os lados. O método de Harvard propõe que a argumentação faça uso de critérios objetivos, para que a negociação produza acordos sensatos, de forma amigável e eficiente. Definir tais critérios é o maior desafio, mas deve ser pautado em padrões e procedimentos justos e deve contar com a colaboração de ambos. (p. 91-94) Pró-Reitoria de EaD e CCDD 20 O comprador moderno deve conhecer o método ora apresentado e também outros para que defina qual deles pode auxiliá-lo no exercício da função. O princípio básico para uma negociação inteligente reside em questões éticas e centradas no atendimento das necessidades da organização. Tema 5: Compras Internacionais Até este momento da aula, estudamos conteúdos pertinentes ao desenvolvimento de novos fornecedores com o intuito de criar parcerias vantajosas de longo prazo, pautadas em princípios éticos e boas negociações. Mas é adequado avaliarmos que o fornecedor que está sendo desenvolvido pode não estar no mesmo país que a empresa-cliente. As empresas têm optado por importar muitos itens que compõem seu mix de necessidades, incluindo desde matérias-primas, componentes, produtos acabados para vendas até serviços. Mas isso não ocorreu de uma hora para outra. Se nós fizermos um retrospecto rápido nas bibliografias ou consultas a sites do governo, como o do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), constataremos que as importações aumentaram gradativamente a partir dos anos 90 com a abertura de mercados até então fechados, como o caso do Brasil. Esse advento marcou a chegada de várias empresas estrangeiras com a joint venture que firmaram com as empresas brasileiras. Sendo assim, muitos produtos adentraram no mercado brasileiro propiciando aos consumidores locais acesso a itens diferenciados e com preços competitivos. Naquele momento, em alguns casos, os bens importados entraram no Brasil com preços menores que os nacionais. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 21 Com o passar dos anos, o mercado se acomodou e a importação se tornou corriqueira para muitas firmas. Isso foi possível devido à informatização dos sistemas do governo que organizam as importações, por exemplo, o Sistema de Comércio Exterior (Siscomex) e o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variação no Patrimônio (Siscoserv). Além disso, o avanço tecnológico aplicado na logística, o fortalecimento da figura do Operador Logístico e a própria necessidade de as empresas buscarem redução de custo e inovação em países mais especializados foram os elementos mais marcantes nesse processo. Mas o foco desse material é compreender que desenvolver um fornecedor no exterior é um pouco diferente que um nacional. As empresas podem optar por importar a partir de uma trading company (importação indireta), que é uma empresa que intermedia as negociações entre empresas-fornecedoras e empresas-clientes. Elas podem ser especializadas em determinados tipos de produtos, como matérias-primas ou itens para revendas nos grandes varejistas. Mas podem ser empresas que atuam em vários segmentos e intermediar negociações de quaisquer produtos. Importar por meio de uma trading company tem suas vantagens, como: Não precisa visitar com frequência o fornecedor no exterior (esse custo é proibitivo para muitas empresas de médio e pequeno porte); Evita problemas de comunicação devido ao idioma do país do fornecedor; Facilita as questões relacionadas a fusos horários; Intermedia os envios de amostras; Negocia as questões de transporte, documentação e pagamentos; entre outras. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 22 O trabalho de uma trading company pode ter escopo restrito ou mais abrangente. No escopo restrito, a trading acompanha parte do processo, como a negociação comercial (fechamento de quantidade e valores). Já no espectro abrangente, a trading acompanha toda a negociação desde o primeiro contato até a entrega do material na empresa-cliente e avaliação pelo Controle de Qualidade. É comum a trading cobrar comissões de ambos os lados, mas para as empresas que não querem manter um colaborador ou até uma equipe no exterior prospectando novos fornecedores as comissões cobradas são justificáveis. Outra forma de adquirir produtos importados é comprar de grandes atacadistas que importam em grandes quantidades. Nesse caso, a compra não é considerada uma importação. Uma situação que facilita as importações é a empresa que possui plantas ou subsidiárias em vários países onde o processo de importação já faz parte do seu escopo, devido à compra e venda de peças e de tecnologias entre as empresas. Mas muitas empresas optam pela importação direta. Isso significa dizer que a firma se responsabiliza por todas as fases desde a prospecção, o desenvolvimento, a homologação, a avaliação e o acompanhamento do fornecedor. Quando uma empresa opta por essa modalidade, é comum a contratação de um profissional globalizado, que domina vários idiomas, tem conhecimento em comércio exterior e noções de direito internacional e conhece muito bem o segmento de atuação da organização. Tal colaborador se responsabilizará pelo desenvolvimento de parceiras no exterior, fazendo visitas e buscando fabricantes que possam oferecer redução de custos para a empresa, bem como produtos com qualidade compatível com seu posicionamento no mercado. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 23 Uma questão que merece atenção nas importações é a qualidade do produto, uma vez que boa parte dessas compras é de grande volume para compensar o custo dos fretes e das taxas. Então imagine ter que devolver um contêiner inteiro de produto com má qualidade. Dificilmente os custos dessa operação valeriam a pena, além de toda a burocracia documental. Por isso, investir em procedimentos que garantam que o produto chegue ao Brasil com a qualidade desejada é importante. Isso pode ser feito por meio de uma análise crítica das amostras recebidas durante o processo de homologação, esclarecimento de todos os detalhes das especificações técnicas, solicitação de certificados de qualidade do produto e também uma possível checagem da carga antes do embarque (o que pode ser realizado pela trading ou pelo colaborador responsável). Todo o cuidado é pouco. Mas o Brasil é visto como um grande mercado consumidor, e muitas fabricantes multinacionais têm interesse nele. Devido a isso, muitas vezes o caminho é inverso, ou seja, o fabricante faz parceria com uma trading que tem negócios no Brasil ou até mesmo envia seus colaboradores para prospectar o mercado brasileiro. Dessa forma, tornou-se prática comum compradores de grandes firmas receberem visitas de representantes de empresas multinacionais (ou não), visando um início de fornecimento. É inegável que o avanço da tecnologia facilitou a vida de compradores e fornecedores e cada vez mais surgirá alternativa para promover maior integração entre empresas-clientes e empresas-fornecedoras. Além disso, a internet ajudou a revolucionar o mercado das compras, encurtando as distâncias entre empresas-clientes e empresas-fornecedoras e facilitando a troca de informações, recebimento e envio de propostas e contrapropostas. Trocando ideias Pró-Reitoria de EaD e CCDD 24 Pense que nós, como pessoas, negociamos o tempo todo, exemplos: o proprietário do imóvel quer aumentar o valor do aluguel e você prefere que fique no mesmo valor ou até reduza. A esposa quer ir para a praia no fim de semana e o marido, pescar. As crianças querem dormir tarde e os pais, que elas durmam cedo. Um cliente interno quer um sistema de última geração e os proprietários da empresa, o menor preço e assim vai. O tempo todo nós temos que negociar. Mas agora troque ideia com seus amigos no fórum: é possívelutilizar o mesmo método, métrica ou estratégia de negociação que as empresas usam para resolver questões pessoais e do cotidiano? Síntese Nessa aula, abordamos assuntos pertinentes a uma importante atividade que compete ao Setor de Compras da maioria das firmas: o desenvolvimento de fornecedores. Essa tarefa é importante porque garante o fornecimento de insumos de qualidade para as organizações e traz reduções de custos de compras. Foram apresentados os tipos de fornecedores e como atuam no mercado e também a importância da empresa-cliente em firmar parcerias. Um assunto importante explorado nessa aula foi o processo de seleção, qualificação e homologação de novos fornecedores. Tal procedimento é uma tarefa extremamente importante para garantir que a empresa negocie no futuro com fornecedores confiáveis e com a competência técnica necessária para suportar suas estratégias. Depois dessa importante fase, foram discutidas também as solicitações de propostas comerciais e os princípios éticos das negociações empresariais. E, para finalizar, foram apresentados alguns conceitos essenciais de uma compra organizacional. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 25 Com isso, essa aula trouxe importantes informações para a compreensão de quão essencial é desenvolver fornecedores comprometidos com o negócio da organização. Referências BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. DIAS, M; COSTA, R. F. Manual do comprador: conceitos, técnicas e práticas indispensáveis em um Departamento de Compras. São Paulo: Edicta, 2003. GONÇALVES, M. H. B; ABAURRE, N. W. Ética e trabalho. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2007. FISCHER, R.; URY, W.; PATTON, B. Como chegar ao sim: como negociar acordos sem fazer concessões. Tradução de Ricardo Vasques Vieira. Rio de Janeiro: Solomon, 2014. Links BRAGA, a. Gerenciamento e desenvolvimento de fornecedores: parte 2. Ilos. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/gerenciamento-e-desenvolvimento- de-fornecedores-parte-2/>. Acesso em: 20 mar. 2016. CEMIG. Desenvolvimento de fornecedores como estratégia de agregação de valor na cadeia de suprimento. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/389308/>. Acesso em: 15 mar. 2016. CORREIOS. Importa fácil. Disponível em: <http://www.correios.com.br/para-sua- empresa/exportacao-e-importacao/perguntas-frequentes/importa-facil>. Acesso em: 18 mar. 2016. Pró-Reitoria de EaD e CCDD 26 FIDELIS, F. de O. A importância do desenvolvimento dos fornecedores para a atividade de compras. Techoje. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/505>. Acesso em: 21 mar. 2016. GERDAU. Programa de desenvolvimento de fornecedores. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B8-k7G0o5oo>. Acesso em: 21 mar. 2016. HAMANN, R. Como fazer compras internacionais pela internet. 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