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execução por quantia certa

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d) execução por quantia certa (824, CPC) 
É a obrigação em que o credor pretende que o devedor pague 
determinada quantia em dinheiro. 
Se o devedor não paga, o Estado-Juiz toma o seu patrimônio 
(dinheiro ou bens) para satisfação da obrigação. 
A execução por quantia certa se processará com os seguintes 
atos processuais: 
A) Petição Inicial 
- Requisitos do 319, do CPC 
- Memória discriminada de cálculo, indicando o valor do débito e 
seus acréscimos 
- Se o credor desejar poderá já indicar na inicial qual bem deverá 
ser penhorado para satisfação do crédito. 
B) Despacho Inicial 
- O magistrado examinará a inicial e poderá determinar emenda 
no prazo de 15 dias, acaso haja alguma falha. 
- Se tudo estiver em termos, o magistrado determinará a citação 
do devedor para que pague a quantia indicada no prazo de 3 dias, 
sob pena de penhora. 
- O magistrado fixará 10% de honorários de sucumbência devidos 
ao credor, que serão reduzidos à metade, acaso seja realizado o 
pagamento em 3 dias. 



"Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os 
honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos 
pelo executado. 
§ 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, 
o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela 
metade. 
§ 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por 
cento, quando rejeitados os embargos à execução, podendo 
a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer ao final 
do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho 
realizado pelo advogado do exequente." 
C) Citação 
- Admite-se todas as formas de citação (em especial Oficial de 
Justiça ou AR) 
- Executado é citado para pagar em 3 dias (sob pena de penhora) 
e para oferecer embargos à execução em 15 dias. 
"Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo 
de 3 (três) dias, contado da citação.” 
- Assim, com a citação passa a fluir 2 prazos distintos para o 
executado: realizar o pagamento (3 dias contados a partir da 
efetiva citação) e opor embargos à execução (15 dias contados 
a partir da juntada do mandado de citação cumprido). 
- Como o início da contagem dos prazos tem origem distinta, 
necessário que seja expedido mandado de citação em duas vias 
(uma para cada ato que o executado deverá praticar). 
- Realizada a citação, o oficial aguardará o prazo de 3 dias para 
pagamento. Se o mesmo não for efetivado, o oficial poderá 
realizar a penhora dos bens do executado (preferencialmente os 
bens indicados pelo credor). 
"Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 
3 (três) dias, contado da citação. 
§ 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de 
penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de 
justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo 
assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do 
executado. 
§ 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo 
exequente, salvo se outros forem indicados pelo executado e 
aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a constrição 
proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao 
exequente." 
- Se o credor não tiver indicado bens, o oficial poderá em 
diligência os localizar. Acaso o oficial não os localize, o 
magistrado poderá determinar que o devedor indique os bens. 
- Se o executado não indicar bens praticará ato atentatório a 
dignidade da justiça (774, V, CPC) e o mesmo sofrerá as 
sanções previstas no parágrafo único do artigo 74, CPC) 
"Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a 
conduta comissiva ou omissiva do executado que: 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios 
artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens 
sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova 
de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus. 
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará 
multa em montante não superior a vinte por cento do valor 
atualizado do débito em execução, a qual será revertida em 
proveito do exequente, exigível nos próprios autos do 
processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza 
processual ou material. 
- Por fim, com a juntada do mandado de citação ao processo, 
inicia-se a contagem do prazo de 15 dias para o executado 
apresentar seus embargos à execução. 
"Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 
(quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art. 231 . 
§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada 
um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo 
comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de 
companheiros, quando será contado a partir da juntada do 
último. 
§ 2º Nas execuções por carta, o prazo para embargos será 
contado: 
I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando 
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da 
avaliação ou da alienação dos bens; 
II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que 
trata o § 4º deste artigo ou, não havendo este, da juntada da 
carta devidamente cumprida, quando versarem sobre 
questões diversas da prevista no inciso I deste parágrafo." 
D) Arresto (830, CPC) 
- Trata-se do bloqueio de bens do executado antes do mesmo ser 
citado (Arresto executivo). 
- Assim, quando o oficial não localiza o executado para realizar a 
citação, mas encontra seus bens, poderá realizar o arresto destes 
(para que não desapareçam/ não se percam). 
- A constrição se realizada antes de que o devedor seja citado 
(arresto executivo). 
- Para que seja válido e possa ser convertido em penhora 
posteriormente, deverá o oficial lavrar um termo de arresto e 
nomear um depositário (incumbência de zelar pela preservação do 
bem arrestado). 
- Após realizado o arresto, o oficial de justiça tentará por mais 
duas vezes citar o devedor (dez dias subsequentes ao arresto). Se 
encontrar, fará a citação pessoal, caso contrário poderá realizar 
citação com hora certa ou edital (citação ficta). 
Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, 
arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a 
execução. 
§ 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o 
oficial de justiça procurará o executado 2 (duas) vezes em dias 
distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação 
com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido. 
§ 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma 
vez frustradas a pessoal e a com hora certa. 
§ 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de 
pagamento, o arresto converter-se-á em penhora, 
independentemente de termo. 
E) Curador Especial 
- Sempre que a citação for realizada na modalidade ficta (edital ou 
hora certa), e o executado não responder, é obrigatório constituir 
a este um curador especial (súmula 196, STJ), que poderá 
apresentar embargos à execução. 
- O curador especial, neste caso, somente poderá apresentar os 
embargos à execução, se houver argumentos para apresentá-lo, 
não podendo fazer por meio de negativa geral. 
- Acaso não haja nenhuma alegação, o curador ficará dispensado 
de apresentar embargos à execução, mas deverá acompanhar a 
execução e se manifestar sobre os atos praticados, preservando 
direitos do executado. 
F) Pagamento 
Se o executado realizar o pagamento integral do débito, acrescido 
de correção monetária, juros, multa e honorários sucumbenciais 
fixados no despacho inicial (pela metade) no prazo de 3 dias, a 
execução poderá ser extinta. 
G) Penhora 
É o ato de constrição que tem por finalidade individualizar os bens 
do patrimônio do devedor que ficarão afetados ao pagamento do 
débito. 
O credor já na inicial poderá indicar os bens do devedor passíveis 
de penhora e que possam satisfazer o crédito deste. 
O artigo 835, CPC arrola ordem de prioridade dos bens 
penhoráveis, porém nãopossui caráter rígido, vejamos: 
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte 
ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição 
financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito 
Federal com cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda 
e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos. 
Ademais, deve-se respeitar a impenhorabilidade dos bens, 
prevista no artigo 833, CPC, conforme já estudado na teoria geral 
da execução. 
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não 
sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que 
guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor 
ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes 
a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as 
remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os 
pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por 
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de 
sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários 
de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao 
exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se 
essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para 
aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 
40 (quarenta) salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido 
político, nos termos da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, 
sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da 
obra. 
Se o credor não indicar bens com a inicial, e o devedor não 
realizar o pagamento em 3 dias, o Oficial de Justiça munido de 
mandado de penhora, poderá buscar bens penhoráveis do 
devedor. 
Acaso o Oficial não encontre referidos bens, o magistrado intimará 
o devedor para que indique bens penhoráveis. Se o devedor tiver 
bens penhoráveis e não os indicar, incorrerá nas penas de ato 
atentatório à dignidade da justiça. 
- penhora "online" 
Se realiza por meio de comandos emitidos pelo magistrado às 
instituições financeiras para que sejam bloqueadas contas 
bancárias do devedor. 
Artigo 854, CPC autoriza que o magistrado requisite por meio 
eletrônico informações bancárias do devedor, bem como 
determine o bloqueio (indisponibilidade) dos ativos financeiros do 
excecutado. (Não é necessário prévio conhecimento do devedor). 
Após o bloqueio, o executado será intimado (advogado) ou 
pessoalmente. 
Se o bloqueio recair sobre ativos impenhoráveis, o executado 
pode se manifestar em 5 dias e o juiz determina a liberação em 24 
horas. 
Se o executado não se manifestar em 5 dias, o se a manifestação 
for rejeitada, o bloqueio se converterá em penhora e o valor será 
transferido a uma conta judicial vinculada ao processo. (Não é 
necessário lavrar termo de penhora). 
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em 
aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar 
ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições 
financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade 
supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis 
ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a 
indisponibilidade ao valor indicado na execução.
§ 1º No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de 
ofício, o juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade 
excessiva, o que deverá ser cumprido pela instituição financeira em 
igual prazo.
§ 2º Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este 
será intimado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, 
pessoalmente.
§ 3º Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:
I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;
II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros.
§ 4º Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3º, o juiz 
determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou 
excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 (vinte e 
quatro) horas.
§ 5º Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, 
converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de 
lavratura de termo, devendo o juiz da execução determinar à instituição 
financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, 
transfira o montante indisponível para conta vinculada ao juízo da 
execução.
§ 6º Realizado o pagamento da dívida por outro meio, o juiz 
determinará, imediatamente, por sistema eletrônico gerido pela 
autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, a notificação da 
instituição financeira para que, em até 24 (vinte e quatro) horas, cancele 
a indisponibilidade.
§ 7º As transmissões das ordens de indisponibilidade, de seu 
cancelamento e de determinação de penhora previstas neste artigo far-
se-ão por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora 
do sistema financeiro nacional.
§ 8º A instituição financeira será responsável pelos prejuízos causados 
ao executado em decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros 
em valor superior ao indicado na execução ou pelo juiz, bem como na 
hipótese de não cancelamento da indisponibilidade no prazo de 24 
(vinte e quatro) horas, quando assim determinar o juiz.
§ 9º Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a 
requerimento do exequente, determinará às instituições financeiras, por 
meio de sistema eletrônico gerido por autoridade supervisora do 
sistema bancário, que tornem indisponíveis ativos financeiros somente 
em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida executada ou 
que tenha dado causa à violação de direito ou ao dano, ao qual cabe 
exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, na forma da 
lei. 
 
- penhora de imóveis e de veículos automotores (845, § 1º) 
Esta penhora bloqueia bens imóveis e/ou automóveis que estejam 
em nome do devedor. Pode ser realizada por auto ou termo. 
Auto: realizada por oficial de justiça (requerido pelo credor). 
Termo: quanto houver certidão imobiliária nos autos (dispensa 
oficial de justiça). 
- penhora de créditos e penhora no rosto dos autos 
A penhora pode recair sobre todos os bens (corpóreos ou 
incorpóreos) do devedor. Inclusive sobre seus créditos. 
Se o credito estiver consubstanciado em um título de crédito o 
credor poderá fazer a apreensão do título. No entanto, se o credito 
decorrer de um direito de ação do devedor, o credor se sub rogará 
nos direitos de crédito do executado (devedor). 
A penhora no rosto dos autos recai sobre eventual direito do 
executado discutido em processo judicial. 
Enquanto não julgado, o credor possui apenas uma expectativa do 
direito de crédito. Após julgamento, o crédito poderá ser revertido 
em proveito do credor. 
Assim, realizada a penhora no rosto dos autos, o credor poderá: 
- aguardar o fim do processo 
- tentar alienar o crédito objeto do litígio 
- Se sub-rogar no direito de crédito do devedor, tornando-se titular 
do direito objetodo litígio. 
- penhora de frutos ou rendimentos de coisa móvel ou imóvel 
A penhora pode recair sobre os frutos e rendimentos de 
determinado bem. 
O magistrado é quem define a forma de recebimento do credito 
(menos gravosa ao executado). 
Tal penhora, exige a nomeação de um administrador judicial que 
prestará contas mensalmente sobre os frutos ou rendimentos 
recebidos. 
Para bens imóveis, necessária a averbação no RI (publicidade à 
terceiros). 
Ex. Penhorar os alugueis de um imóvel ao invés de determinar a 
penhora do próprio bem imóvel. 
- penhora de percentual de faturamento de empresa (866, CPC 
Somente será deferida quando o executado não tiver outros bens 
penhoráveis/ou se tiver somente bens de difícil alienação/ ou bens 
insuficientes para saldar o débito. 
Nestes casos, a penhora recairá sobre parte do faturamento 
(percentual fixado pelo magistrado), de modo a satisfazer o crédito 
do enxequete em tempo razoável, sem, contudo, comprometer o 
exercício da atividade empresarial. 
O administrador judicial nomeado pelo juiz deverá prestar contas 
mensalmente e entregar em juízo os valores recebidos, com os 
respectivos balancetes mensais. 
Art. 866. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, 
tendo-os, esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o 
crédito executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de 
faturamento de empresa.
§ 1º O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito 
exequendo em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício 
da atividade empresarial.
§ 2º O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à 
aprovação judicial a forma de sua atuação e prestará contas 
mensalmente, entregando em juízo as quantias recebidas, com os 
respectivos balancetes mensais, a fim de serem imputadas no 
pagamento da dívida.
§ 3º Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-
se-á, no que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos 
e rendimentos de coisa móvel e imóvel. 
Averbação da penhora 
- Se a penhora recair sobre bens imóveis - registro no respectivo 
RI (844, CPC). 
- Se a penhora recair sobre bens móveis (carros, barcos, motos, 
ônibus, caminhões, obras de arte) - registro no respectivo órgão 
competente. 
- Finalidade da averbação - dar publicidade da penhora. (Gera 
presunção absoluta de conhecimento de terceiros). 
- Súmula 35, STJ: “O reconhecimento da fraude à execução 
depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de 
má-fé do terceiro adquirente." 
- Se não realizada a averbação, a penhora ainda assim produz 
efeitos, apenas não dá publicidade à terceiros, admitindo 
embargos de terceiros com alegação de boa-fé. 
- A averbação será realizada com a apresentação da cópia do 
auto/termo de penhora ao respectivo órgão de registro (podendo 
ser eletrônica - 837,CPC), sem a necessidade de mandado 
judicial. 
Redução ou ampliação da penhora (874, CPC) 
- Se após a avaliação dos bens penhorados, constatar-se 
desencontro entre o valor do débito e o valor avaliado, as partes 
podem requerer ampliação ou redução da penhora ao 
magistrado. 
- O magistrado não poderá determinar redução ou ampliação de 
ofício. 
- Antes do magistrado decidir, sempre ouvirá a parte contrária. 
Substituição do bem penhorado (847 a 858, CPC) 
A substituição da penhora somente poderá ser deferida pelo juiz 
quando a penhora: 
- não obedece a ordem legal (835, CPC) 
- Não incide sobre os bens designados por lei/contrato ou ato 
judicial (hipotecas, alienação fididuciária, etc). 
- Recai sobre bens situados em outra comarca (se houver bens) 
- Recai sobre bens já penhorados, quando existe outros livres 
- Recai sobre bens de baixa liquidez 
- Não consegue realizar a alienação judicial do bem 
- O executado não indique ou omita o valor dos bens. 
Pode ainda substituir a penhora por fiança bancária ou seguro 
garantia judicial (correspondente ao valor do débito mais 30%). 
Procedimento para a substituição da penhora (853, CPC) 
- A substituição poderá ser requerida por quaisquer das partes; 
- Recebido o pedido, o magistrado concederá prazo de 3 dias à 
parte contrária 
- Ouvida a parte, o magistrado decidirá sobre o deferimento ou 
não da substituição da penhora. 
Art. 853. Quando uma das partes requerer alguma das medidas 
previstas nesta Subseção, o juiz ouvirá sempre a outra, no prazo de 3 
(três) dias, antes de decidir.
Parágrafo único. O juiz decidirá de plano qualquer questão suscitada.
- É possível ainda ao devedor requerer a substituição do bem 
penhorado por dinheiro (mais vantajoso ao credor). Não confundir 
com o pagamento (pois nesta o devedor não apresenta defesa). 
No caso de substituição por dinheiro, o devedor apresenta defesa 
e contesta a execução. 
Segunda penhora (851, CPC) 
Poderá ser realizada uma segunda penhora, quando: 
- a primeira for anulada; 
- executados os bens, o resultado da venda não for suficiente 
para pagamento do débito; 
- O exequente desistir da primeira penhora (por já estarem com 
outra penhora ou por estarem gravados com garantias). 
Pluralidade de penhoras sobre o mesmo bem (direito de 
preferência) 
Um mesmo bem pode ser penhorado mais de uma vez em 
execuções diferentes, já que o seu valor pode ser suficiente para 
saldar diversas dívidas. 
Portanto, o bem quando levado à hasta pública em qualquer das 
execuções, formará um concurso de credores para o recebimento 
decorrente da venda do bem. 
Neste caso, haverá uma ordem de prioridade/preferência (908, 
CPC) 
- primeiro verificar se há algum credor preferencial (trabalhista, 
fiscal, com garantia real ou condominial). Se mais de um destes, 
segue-se a ordem das penhoras; 
- Se não houver credores preferenciais, seguiremos a ordem de 
efetivação das penhoras, independente do registro ou 
ajuizamento da ação. (Terá preferência aquele que promoveu a 
primeira penhora e assim sucessivamente). 
- Nem sempre terá prioridade no recebimento, aquela execução 
que promoveu a hasta publica. 
h) Depositário e sua responsabilidade (839, CPC) 
A penhora só se concretiza quando bens móveis e imóveis são 
deixados aos cuidados e guarda de um depositário. 
No auto de penhora, constará a nomeação do depositário que 
assinará o referido auto. 
Súmula 319, STJ - ninguém assinará o termo de depositário 
contra a sua vontade. "O encargo de depositário de bens 
penhorados pode ser expressamente recusado." 
O artigo 840, CPC, estabelece a ordem de prioridade na 
nomeação do depositário: 
- Se a penhora for de dinheiro, papéis de crédito e pedras ou 
metais (BB, CEF, instituição designada pelo Juiz); 
- Se a penhora for de bens móveis/imóveis urbanos/semoventes - 
depositário judicial ou caso não haja, o exequente ou se difícil 
remoção poderá ser nomeado o executado; 
- Se a penhora for de imóveis rurais, máquinas e utensílios 
agrícolas, será depositário o executado, mediante caução 
idônea. 
Art. 840. Serão preferencialmente depositados:
I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os 
metais preciosos, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou 
em banco do qual o Estado ou o Distrito Federal possua mais da 
metade do capital social integralizado, ou, na falta desses 
estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo 
juiz;
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos 
aquisitivos sobre imóveis urbanos, em poder do depositário judicial;
III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as 
máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à 
atividade agrícola, mediante caução idônea, em poder do executado.
§ 1º No caso do inciso II do caput , se não houver depositário 
judicial, os bens ficarão em poder do exequente.
§ 2º Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos 
casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente.
Responsabilidade do depositário: 
- guarda, preservação do bem penhorado 
-possui a mera detenção sobre o bem 
- quando o bem for arrematado ou adjudicado, cumpre-lhe 
entregar o bem. 
- acaso não faça, cabe a expedição de mandado de imissão na 
posse ou busca e apreensão (na própria demanda de 
execução). 
OBs.: Não há mais a possibilidade de determinar a prisão civil do 
depositário infiel. 
i) Avaliação dos bens/Dispensa da avaliação/Nova Avaliação 
O oficial de justiça, ao realizar a penhora, já promoverá a 
avaliação do bem, podendo se utilizar de todos os elementos ao 
seu alcance. 
Ex.: Anúncios, classificados, pesquisas em imobiliárias, 
informações de corretores, elementos identificados pelas partes, 
ou qualquer outra fonte idônea. 
Se o oficial constatar que não possui condição de promover a 
avaliação do bem penhorado (exigência de conhecimentos 
técnicos especializados), informará o juízo (justificando a sua 
impossibilidade) e o magistrado, nesta hipótese excepcional, 
poderá nomear um perito avaliador. 
Quando há designação de perito avaliador, os honorários serão 
antecipados pelo credor, mas incluído no cálculo do débito 
(cobrança). O laudo deverá ser entregue em 10 dias. 
As partes poderão impugnar a avaliação (tanto do oficial quanto 
do perito), cabendo ao juiz acolher ou não a avaliação realizada. O 
magistrado poderá solicitar esclarecimentos ao avaliador (oficial 
ou perito). 
Poderá ser dispensada a avaliação nas seguintes situações (871, 
CPC) 
a) uma das partes aceitar a estimativa apresentada pela outra 
b) cotação na bolsa comprovada com certidão oficial 
c) títulos da dívida pública 
d) veículos em que a pesquisa do preço médio possa ser obtida 
pela internet. 
Art. 871. Não se procederá à avaliação quando:
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;
II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, 
comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de 
títulos de crédito negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação 
oficial do dia, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço 
médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas 
realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em 
meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a nomeação 
o encargo de comprovar a cotação de mercado.
Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a 
avaliação poderá ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz 
quanto ao real valor do bem. 
Nova avaliação: 
Em regra não se admite nova avaliação dos mesmos bens. 
Excepcionalmente (873, CPC) 
- erro na avaliação ou dolo do avaliador 
- majoração ou diminuição do valor avaliado 
- fundada dúvida do valor apresentado 
Art. 873. É admitida nova avaliação quando:
I - qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro 
na avaliação ou dolo do avaliador;
II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou 
diminuição no valor do bem;
III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na 
primeira avaliação.
Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso 
III do caput deste artigo. 
j) Intimação do Executado 
Formalizada a penhora, o executado será intimado para que tome 
ciência do bem penhorado, podendo apontar eventuais erros. (ex.: 
bem impenhorável). 
A intimação será dirigida ao advogado do devedor, salvo se não tiver, 
hipótese em que será pessoal. 
Se a penhora foi realizada na presença do executado, a intimação será 
dispensável. 
Além o devedor, também serão intimados: 
a) cônjuge (842, CPC) - quando a penhora recai sobre bem do casal, 
ainda que pertença apenas a um dos cônjuges. 
b) credor com garantia real (799, I, CPC) - hipotecário, fiduciário, 
quando a penhora recais sobre bens gravados com garantias. Se não 
intimar, ineficácia da alienação do bem. O objetivo é garantir o direito 
de preferência no recebimento do crédito. 
k) Expropriação 
É nesta fase do processo de execução que o credor vai alcançar a 
satisfação de seu direito. A expropriação pode ocorrer de 3 
formas: 
a) com a entrega do bem ao próprio credor; 
b) com a alienação dos bens (particular ou pública); 
c) com a apropriação dos frutos e rendimentos de bem móvel ou 
imóvel 
A expropriação segue a seguinte ordem de preferência: 
- Apropriação dos frutos e rendimentos do bem móvel ou imóvel 
- Adjudicação do bem pelo credor 
- Alienação do bem (particular ou pública) 
l) Apropriação de frutos e rendimentos do bem (867 a 869, 
CPC) 
Deferida a penhora dos bens, o juiz nomeará administrador 
judicial, com poderes para gerir o bem. A este será concedida a 
posse direta do bem, para que seja possível referido bem produzir 
frutos e rendimentos que serão utilizados para pagar o credor. 
O devedor ficará com a posse direta do bem e manterá a 
propriedade que poderá ser alienada acaso não sejam produzidos 
frutos. 
m) Adjudicação 


É uma forma indireta de satisfazer o crédito exequendo. 
Ocorre com a transferência da propriedade dos bens penhorados 
ao credor ou a terceiros legitimados. 
A adjudicação pode ter por objeto bens móveis ou imóveis e só 
pode ser efetivada pelo valor da avaliação. 
Depois da avaliação o credor ou terceiro legitimado poderá 
requerer a adjudicação a qualquer tempo enquanto não for 
realizada a alienação particular ou pública. 
Legitimidade para requerer a adjudicação: 
- ao próprio exequente 
- aos indicados pelo 889, II a VIII, do CPC 
- aos credores concorrentes que tenham penhorado o bem 
- cônjuge, companheiro, descendente ou ascendente do 
executado 
Se mais de um legitimado requerer a adjudicação, será realizada 
uma licitação entre eles. 
Aquele que oferecer maior valor, terá a preferência, de modo que 
o valor da adjudicação pode exceder ao valor da avaliação. 
Em caso de empate, terá preferência o cônjuge, companheiro, 
descendente e ascendente do devedor (nesta ordem). 
Se a adjudicação for requerida pelo exequente, o valor da 
avaliação será abatido do débito, prosseguindo-se a execução 
pelo saldo remanescente. 
Se a adjudicação for requerida pelo exequente, e o valor da 
avaliação for superior ao valor do débito, o credor deverá 
depositar a diferença. 
Se a adjudicação for deferida aos demais legitimados, estes 
deverão depositar integralmente o valor em juízo para pagamento 
do credor. 
m) Alienação por iniciativa particular 
A alienação poderá ser realizada pelo próprio credor ou por meio 
de corretores credenciados à autoridade judiciária. 
O magistrado é que vai estabelecer as regras para a venda do 
bem, forma de publicidade preço mínimo e condições para 
pagamento e se for o caso, comissão da corretagem. 
Consumada a transação, o comprador depositará o valor em juízo 
e será expedida carta de alienação do bem, para registro no 
respectivo registro e mandado de imissão na posse ou podem de 
entrega do bem. 
n) Alienação em leilão judicial 
Se não houver adjudicação dos bens penhorados, nem 
requerimento do credor para alienação particular, a expropriação 
será realizada por leilão judicial, realizada por leiloeiro público. 
O leilão judicial poderá ser realizado de duas formas: eletrônico ou 
presencial. 
O leilão eletrônico deverá seguir a regulamentação específica do 
Conselho Nacional de Justiça, observadas as garantias 
processuais das partes. (publicidade, autenticidade e segurança). 
O leilão presencial será realizado em local determinado pelo juiz e 
serão designadas duas datas para a sua realização. Na primeira 
os bens somente poderão ser arrematados pelo preço da 
avaliação, na segunda por qualquer preço, desde que não seja vil. 
O edital do leilão presencial deverá indicar duas datas de 
realização; o valor da avaliação e o valor mínimo para venda que 
será fixado pelo juiz. 
O leiloeiro público poderá ser indicado pelo credor ou escolhidopelo magistrado. Ele terá a incumbência de receber o preço e 
realizar o depósito judicial. A comissão do leiloeiro judicial será 
fixada pelo magistrado. 
Procedimentos preparatórios para a realização do Leilão: 
a) após designar as datas, necessário intimar o executado por seu 
advogado ou por carta, mandado ou edital. 
b) intimar o coproprietário do bem penhorado indivisível, para que 
este possa exercer o seu direito de preferência. 
c) intimar o titular dos direitos reais, quando o bem penhorado 
estiver gravado com algum direito real. 
d) intimar a União, Estado e Município em caso de bens 
tombados. 
e) publicar edital com antecedência mínima de 5 dias e com as 
seguintes informações: a data do leião, o valor da avaliação e o 
valor mínimo para venda que será fixado pelo juiz. 
f) o edital deverá ser publicado na internet, afixação no cartório e 
publicação em jornal de grande circulação. 
Licitação: 
O bem objeto do leilão será vendido para aquele que oferecer o 
maior valor. 
Qualquer interessado pode participar (inclusive o próprio 
exequente). 
Exceções: 
a) tutores, curadores, testamenteiros, administradores que os 
bens estejam sob a sua guarda e responsabilidade; 
b) mandatários quanto aos bens que estejam encarregados pela 
administração; 
c) juiz, MP, DP, escrivão, chefe de secretaria e demais servidores 
e auxiliares da justiça na localidade em que servirem; 
d) leiloeiros e seus prepostos cuja venda estejam encarregados; 
e) advogados de quaisquer das partes; 
No segundo leilão o bem poderá ser vendido por qualquer preço, 
desde que não seja vil. Cabe ao juiz fixar o valor antes de realizar 
o leilão, pois o mesmo deve constar no edital. Acaso o juiz não fixe 
valor, será considerado vil a venda inferior a 50% do valor da 
avaliação. 
o) Arrematação 
O bem será arrematado por quem oferecer o maior valor, exceto 
oferta a preço vil. 
O preço será pago imediatamente pelo arrematante, mediante 
depósito judicial ou por meio eletrônico. 
Se o arrematante for o exequente e único credor, não precisará 
depositar o valor, salvo se a venda do bem for superior ao crédito 
(deposita em 3 dias a diferença). 
Admite-se a aquisição do bem penhorado em prestações, 
devendo ser apresentada proposta por escrito até o início do leilão 
(895, CPC). 
Realizada a arrematação, será expedido o auto de arrematação, 
assinado pelo juiz, arrematante e leiloeiro. 
A partir dessa assinatura, inicia-se o prazo de 10 dias para que se 
postule a invalidade do leilão. 
Se não impugnada a arrematação, será expedida a carta que será 
levada ao respectivo registro do bem.

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