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ERGONOMIA DO TRABALHO 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 PROBLEMAS RETROSPECTIVOS, PROSPECTIVOS E EMERGENTES ....... 5 INTERVENÇÃO ERGONÔMICA ........................................................................ 7 CAMPO CONTEMPORÂNEO DA ERGONOMIA ............................................... 9 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) ........................................... 18 O TRABALHO DE ENFERMAGEM E A ERGONOMIA .................................... 21 A RELAÇÃO DA ERGONOMIA E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO EVIDENCIADAS NA PANDEMIA ..................................................................... 24 CONCLUSÃO ................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 27 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 VÍDEOS DE APOIO Visando promover mais um pouco de conhecimento sobre o assunto de ERGONOMIA DO TRABALHO, foram selecionados alguns vídeos que deverão ser assistidos antes de inciar a leitura do conteúdo da apostila. Vídeo 1: Tudo que você precisa saber sobre a NR-17 ERGONOMIA Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=Guc1JwK1iP4 > Sinopse: o Canal SST Online aborda acerca da NR 17. A NR-17: ERGONOMIA foi publicada pela portaria 3.214 em 1978. De lá pra cá passou por cinco alterações, sendo a última delas em 2018 para ajustar as orientações relacionadas à iluminância, que passou a ter como referência a NHO-11 da Fundacentro, visto que a referência anterior, NBR 5413, foi cancelada. Vídeo 2: Ergonomia no Trabalho Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=FFpOIbGjzF8 > Sinopse: o Canal TRT Goiás aborda acerca algumas dicas de ergonomia no ambiente laboral. https://www.youtube.com/watch?v=Guc1JwK1iP4 https://www.youtube.com/watch?v=FFpOIbGjzF8 4 INTRODUÇÃO A Ergonomia é uma conduta profissional agregada à prática de uma determinada profissão. Dessa forma é admissível falar de um enfermeiro ergonomista, assim como um psicólogo, entre outros. Este ato profissional deriva da própria definição estabelecida pela Associação Brasileira de Ergonomia, baseada em um debate mundial: Esta possui como intuito a alteração dos sistemas de trabalho para adaptar a atribuição nele presentes às características, habilidades e limitações das pessoas com tenções ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro. Tal definição apresenta como finalidade a alteração dos sistemas de trabalho, como propósito a adequação a atividade às características, habilidades e limitações das pessoas, e critérios, a eficiência, o conforto e a segurança. No entanto, é preciso que seja integrada a outra, na qual se determine a tecnologia a que a Ergonomia está relacionada ou que possua uma referência de suas finalidades, propósitos e critérios, estabelecendo uma relação de harmonização entre os aspectos humanos existentes na atividade de trabalho e os demais objetos dos sistemas de produção, como por exemplo, a tecnologia física, conteúdo do trabalho e organização. Em sua atividade ocupacional, os indivíduos interagem com os distintos elementos do sistema em que está inserido, como por exemplo, os equipamentos tecnológicos e a mobília, entre outros. Compete à Ergonomia regulas as interações, procurando adequá-las a um funcionamento confortável, eficiente e seguro diante das capacidades, limitações e demais características do indivíduo em atividade. 5 PROBLEMAS RETROSPECTIVOS, PROSPECTIVOS E EMERGENTES A ergonomia é recomendada para solucionar problemas nos sistemas de produção. Diversos tipos de instituições vem utilizando, com muitos benefícios, os serviços de ergonomistas, na intervenção a variadas espécies de contratempos com que a produção encara. Estes podendo ser relacionados ao histórico da empresa, definidos como retrospectivos, à disposição para mudanças, ou prospectivos, e urgentes ou desconhecidos até então, que ocorre em casos de emergências. A percepção do que ocorre no ambiente e que necessita uma ação ergonômica, demanda a investigação dos problemas retrospectivos da empresa, como por exemplo: • Custo de doenças relacionadas ao trabalho; • Inadequação dos postos ou ambientes de trabalho; • Qualidade insatisfatória dos produtos e dos processos de produção; • Ineficácia dos métodos de produção, de formação, de inspeção; • Defeitos dos produtos, com consequente perdas de mercado e aumento do nível de reclamações dos clientes; • Funcionamento inadequado de equipamentos e softwares. Após a elaboração do diagnóstico ergonômico, decorrente da investigação supracitada, é necessário atuar para ajustar as distintas interfaces, lidando com os seguintes problemas prospectivos: • A concepção de novos produtos, de sistemas de produção, de novas instalações; 6 • As inovações nos equipamentos: mobiliário, maquinário, instrumentos e acessórios; • A construção da formação de novos empregados na implantação de novas tecnologias e/ou novos sistemas organizacionais; No entanto em algumas situações é preciso que as instituições de trabalho sejam capazes de responder a situações não esperadas, assim como absorver fatos novos. Desse modo, a Ação Ergonômica é sugerida para o tratamento de determinados problemas de caráter emergencial, principalmente formando cenários de simulação de situações novas, estruturando o treinamento primordial. 7 INTERVENÇÃO ERGONÔMICA É notável que em todo o mundo a ergonomia vem sendo ponto de uma imensa procura, com uma quantidade gradativa de instituições requerendo consultorias e concebendo funções para ergonomistas em seus quadros de funcionários. Tendo o Brasil como cenário, é observado que a busca já supera abundantemente a capacidade de formação e treinamento disponível no mercado. A eficiência da ergonomia se baseia na sua possibilidade de derivar modificações benéficas no local de trabalho, o qual é incluso a tecnologia e a organização como seus componentes. A intervenção ergonômica é uma tecnologia da prática que possui como intuito a alteração das situações de trabalho, sendo capaz de deixa-la mais conveniente às pessoas que nela estão inserida. Diferencia-se desta forma de estudos e análises de caráter apenas descritivo ou sem comprometimento de fato com as mudançasno trabalho, como a produção de laudos ou diagnósticos puramente acadêmicos. O que define uma intervenção ergonômica é a construção que vai possibilitar a mudança essencial, e que consiga incluir os resultados da ergonomia nas crenças e valores das instituições que as requerem e obtém os seus resultados. A intervenção é dividida e realizada em quatro etapas, sendo elas: a instrução da demanda, a análise da atividade e dos riscos ergonômicos, a concepção de soluções ergonômicas e a implementação ergonômica. VIDAL (2000), destaca que a instrução da demanda engloba todo o encaminhamento contratual da intervenção, o que passa pelo ajuste e foco do problema, identificação do processo de tomada de decisão na que passa pelo ajuste e foco do problema, identificação do processo de tomada de decisão na organização, levantamento dos recursos humanos para formar a consultoria interna, e determinação das formas de apresentação de resultados. 8 A análise da atividade e dos riscos ergonômicos diz respeito ao grupamento de coletas de dados e informações que possibilitam ao profissional especialista em ergonomia, desempenhar as modelagens pertinentes ao fornecimento de mudanças no ambiente laboral. Através do risco ergonômico compreende-se a condição ou a prática que acarrete obstáculos à produtividade, conteste a boa qualidade ou que provoque prejuízos ao conforto, segurança e bem estar do funcionário. A etapa de concepção de soluções ergonômicas se altera conforme a natureza do problema e da forma que a necessidade foi explicada, assim como os resultados da fase anterior. A implementação ergonômica é estabelecida na fase final de uma intervenção. Os trabalhos em ergonomia possuem uma dupla vertente: cientifica e prática. Os resultados práticos dizem respeito às mudanças estabelecidas nas instituições nas quais intervenções são executadas. Do ponto de vista científico os resultados das intervenções interagem em variados campos e áreas do conhecimento. Os desdobramentos de uma intervenção ergonômica, no âmbito científico e tecnológico podem ser muitos, no entanto o que certifica uma intervenção ergonômica é o resultado concretizado em um projeto instituído em mudanças benéficas. Dessa forma, uma intervenção da qual o resultado supostamente comum seja o rearranjo de especificações da compra de mobiliário é ergonômica ao atingir um resultado benéfico na situação de trabalho; por outro lado, uma intensa reflexão acerca dos aspectos psíquicos dos maquinistas ferroviários sem repercussões concretas não é definida como intervenção ergonômica. 9 CAMPO CONTEMPORÂNEO DA ERGONOMIA A definição de ergonomia atenta para três aspectos, sendo eles: o tipo de conhecimento e suas inter-relações, o foco nas mudanças e os critérios da ação ergonômica. A consideração destes pontos caracteriza na atualidade a Ergonomia como disciplina de súmula por meio de diversas concepções do conhecimento acerca das pessoas, da tecnologia e da organização. Em uma boa prática da ergonomia, a antropometria física, que é a medida as dimensões estáticas e dinâmicas do corpo, a fisiologia do trabalho, a psicologia experimental (percepção de sinais, discriminação de indícios, leiturabilidade de instrumentação) a higiene e a toxicologia (os riscos envolvidos nas atividades) auxiliam na harmonização da tecnologia e da organização do trabalho aos trabalhadores efetivos. Não é possível adaptar a atividade laboral ao ser humano sem reconhecer suas características, habilidades e limitações. Exemplificando, um funcionário de 1,55 m não é capaz de alcançar de forma adequada um objeto situado a 2 m do chão, caso faça a tentativa de pegá- lo, provavelmente será de maneira imprópria, tendo potencial de ocasionar sua queda ou do utensilio manuseado. Dessa forma, nota-se que as perdas materiais e os acidentes podem possuir a mesma origem. Para uma ordenação desse campo empregamos uma classificação destes conteúdos, proposta pela Internacional Ergonomics Association (IEA): ergonomia física, cognitiva e organizacional. Para facilitar essa divisão será subdividida a ergonomia física em ergonomia do posto e ergonomia ambiental, possuindo somente intuitos didáticos para compreensão de conceitos. Ergonomia física A ergonomia física diz respeito aos aspectos físicos de uma situação de trabalho, a qual procura adaptar as demandas aos limites e capacidades do corpo, por meio do projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico 10 homem-máquina: as interfaces de informação (displays) as interfaces de acionamentos (controles). Para isto, são fundamentais distintos conhecimentos em relação ao corpo e o ambiente físico no qual a atividade é desenvolvida. Em uma primeira etapa, considere-se que o corpo humano possua um sistema musculoesquelético movimentado por uma central energética. Este atribui as dimensões antropométricas, sendo a estatura, comprimento dos membros, capacidades de movimentação limitadas, alcances mínimos e máximos. Por mais simples que pareça, um dos cruciais pontos da Ergonomia é que o local de trabalho, seus utensílios e elementos encontrem-se conforme as dimensões do profissional, sendo a antropometria um tópico essencial da disciplina. A inadequação antropométrica ocasiona o desequilíbrio postural estático, causa comum de Lesão por Esforço Repetitivo (LER), assim como lombalgias, e outros problemas que geram incapacidade. A atividade laboral deve ser adequada às possibilidades musculares e do metabolismo humano. As inadequações fisiológicas agravam e ampliam os problemas de inadequação antropométrica já aludidos. Os temas constantemente estudados pela ergonomia física são os seguintes: (a) Posturas desfavoráveis (b) Força excessiva demandada (c) Movimentos repetitivos (d) Transporte de cargas A utilidade da ergonomia física está na contribuição decisiva que fornece a muitos problemas verificados nos sistemas de trabalho. No campo dos ambientes de trabalho, problemas antropométricos e posturais são verificados em larga escala, sejam eles industriais, agrícolas ou de serviços. Nos dois primeiros casos, a atividade é em geral agravada devido as tarefas exigirem considerável parcela de manipulação de utensílios. As contribuições da ergonomia física, nessa perspectiva, são enormes. Em relação ao meio-ambiente de trabalho, a ergonomia também possibilita considerável subsídio para o agenciamento apropriado desses locais. 11 Sendo a mais crucial, que ao se colocar as mudanças necessárias por meio de seu ponto de vista da atividade e com acerto das interfaces, pode precaver problemas derivados das alterações somente parciais e devido isto, seus resultados se posicionam como limitados e ineficazes. Em relação aos locais de trabalho, as propriedades da Ergonomia física se direcionam para alterações do contexto físico da função que impossibilitem a ocorrência de esforços excessivos ou inadequados como os movimentos repetitivos. Essas características incluem como exigência, geralmente, novas configurações no posto de trabalho que implicarão em modificações na tecnologia física que em diversas situações podem torna-se inviáveis da perspectiva financeira, como por exemplo, elevar ou abaixar uma plataforma, ou ainda modificar toda uma instalação. Em alguns casos isso acontece em razão da previsão positiva de resultados o permitir. Referente aos ambientes as especificações da ergonomia física se pautam em sugestões relacionadas à higiene, no qual o ambiente é mantido em um estado que não agrida a integridade do organismo, procurando as melhores circunstâncias concebíveis para a execução da atividade. Em determinadas situações a perspectiva de eficiência ambiental torna-se fundamental. De forma normativa essa temática vem sendoabordada pelo estabelecimento de padrões ambientais que indicam níveis de ruído, temperatura, iluminamento, qualidade do ar e outros parâmetros de fácil normalização. Entretanto é imensa a complexidade de se trabalhar, perante a ótica da adaptação com limitações de tolerância a agentes agressores, visto que as faixas de conforto e tolerância dificilmente se coincidem. Uma especificação adequada de ambientes físicos, certamente terá como delimitações os padrões ambientais normalizados, no entanto buscará progredi- las com observações ergonômicas relacionadas à atividade. Na prática a colaboração entre ergonomistas e higienistas industriais é de indiscutível 12 relevância para ambas as partes, assim como para a empresa e seus funcionários. Desse modo, a facilidade dos fundamentos de Ergonomia Física, sempre necessários, nem sempre é banal e intuitiva, derivada das descobertas do diagnóstico ergonômico. Ela vai demandar do profissional de ergonomia: uma boa associação de criatividade, para encontrar boas soluções; argumentação para convencer, sensibilizar e demonstrar as vantagens da proposta e pertinência para tratar problemas existentes e inequívocos. O campo da ergonomia física, na perspectiva de sua aplicação, vai se consolidar na execução de fundamentos relacionados ao local e a metodologia de trabalho, assim como o ambiente. Essas aplicações se alocam primordialmente ao plano de novos locais de trabalho e fundamentos ambientais. Em segundo tem se situado o campo normativo, através de diversos trabalhos de ergonomistas sendo inclusos pelos comitês e comissões de normalização. Na terceira linha de aplicações, estudos e propostas de ergonomia têm sido impulsionados para sensibilização das esferas dirigentes, conscientização e envolvimento dos trabalhadores e orientações específicas acerca do agenciamento do local pelos seus funcionários. Por último, no entanto sucessivo campo de aplicações, análises ergonômicos têm amparado a concepção de programas de tarefas compensatórias como escalonamento de pausas para repouso, exercícios, entre outros. Ergonomia cognitiva A cognição trata da ergonomia dos aspectos mentais da atividade de trabalho de indivíduos. A visão do ergonomista não se satisfaz em indicar particularidades humanas referentes aos projetos de locais de trabalho ou de se restringir a compreender a atividade humana nos processos de trabalho de uma ótica somente física. Nota-se que os trabalhadores não somente executam 13 tarefas simples, mas possuem capacidade de detectar sinais e indícios importantes, sendo operadores competentes organizados entre si para realizar suas funções VIDAL (2000), leciona que a Ergonomia Cognitiva tenta produzir respostas para questionamentos como, qual erro ocorreu, como evita-lo, entre outros. Os elementos de resposta projetual partem de três premissas básicas e sine qua non: Como fundamento técnico a rejeição do absurdo que é projetar um sistema de produção a custos vultosos onde as decisões operacionais chaves estejam na dependência de operadores colocados diante de um quadro complexo, do qual não têm os elementos necessários e que se encontram num contexto de elevada solicitação e carga de trabalho. Tão mais complexo e perigoso seja o sistema, tanto mais os operadores devem estar aptos para tomar a boa decisão nos bons momentos. Esta aptidão deve estar nas pessoas (formação) nos sistemas (tecnologia) mas sobretudo nas interfaces entre uns e outros (ergonomia); Como fundamento ético a premissa de que os trabalhadores num processo nem se caracterizem como insanos suicidas capazes de realizarem atos absurdos que lhes custe a própria integridade física, mental e espiritual e tampouco como sórdidos sabotadores dos engenhos físicos e sociais que constituem uma dada tecnologia de produção. Nesse sentido a ergonomia pode desapaixonar a questão do Erro humano contribuindo com elementos decisivos para uma perícia eficaz; Com fundamento moral, a crença de que as pessoas tentam cumprir seu contrato de trabalho nas situações de trabalho onde se encontram e, exatamente por isso, cabe aos projetistas assegurar uma situação de trabalho correta. A Ergonomia nesse sentido é indispensável para um bom projeto. 14 Em termos cognitivos o homem converte as informações de natureza física em simbólica e através desta, em condutas sobre as interfaces. Sua concepção nos é conduzida pela área das ciências cognitivas, que tenciona ao estudo do conhecimento virtual, isto é, enfatiza o agrupamento das circunstâncias estruturais e funcionais mínimas que permitem perceber, se representar, restaurar e utilizar a informação. A ergonomia cognitiva possui como assunto a movimentação operatória das capacidades mentais de um indivíduo em situação de trabalho. Esta área da ergonomia possui como roteiro mínimo: Inovações nos equipamentos, principalmente relacionadas à usabilidade das interfaces entre o operador e os equipamentos; Confiabilidade humana na condução de processos, prevenindo as consequências dos erros humanos no controle de sistemas complexos e perigosos; Otimização na operação de equipamentos informatizados e seus softwares, prevenindo seu funcionamento inadequado ou bloqueios; A construção da formação de novos empregados na implantação de novas tecnologias e/ou novos sistemas organizacionais; Estabelecimento e manutenção de sistemas seguros, confiáveis e eficientes de comunicação e de cooperação. A ergonomia cognitiva se subdivide em dois grupos: a cognição individual e a coletiva ou social. No cenário da cognição individual se dispõem os diversos estudos acerca do raciocínio e tomada de decisão que possuem utilidade na concepção de procedimentos e normas operacionais. No que diz respeito as interfaces, esta tem gerado repercussões bem persuasivas na engenharia de softwares (amigabilidade), nas interfaces de instrumentação e controle (usabilidade). De forma mais ampla as modelagens cognitivas têm permitido a construção de sistemas de controle mais transparentes. 15 Entretanto os avanços mais atuais têm sido apontado no âmbito da cognição coletiva, principalmente nos sistemas de interconecção de múltiplos agentes. Os sistemas de controle em rede que englobam a intervenção simultânea de vários operadores comuns, como o controle de trafego aéreo, têm se difundido em outras situações industriais e de serviços, numa tendência de integração. Esses dispositivos de cognição compartilhada e distribuída têm se mostrado bem eficientes no tratamento de situações incomuns e de emergência. O grande perigo do campo cognitivo é seu aspecto bastante abstrato, devido não existir a possibilidade de enxergar o pensamento em si, e sim somente indícios de sua presença nos atos dos indivíduos, devido isto, é um campo fértil para ilusões e falsificações. Diversos cientistas e engenheiros procuraram a concepção de mecanismos e dispositivos lógicos aptos a conceber esta estrutura em sistemas mais ou menos complexos por meio de recursos de captação de sinais do ambiente (sensores) e dispositivos capazes de produzir as respostas adequadas. Os relativos insucessos dessa corrente chamada de Inteligência Artificial e alguns de seus espetaculares fracassos (explosão da Chalenger, queda do vôo 402 da TAM, etc.) vêm criando uma alternativa que é o desenvolvimento de assistentes, em que os operadores têm a disposição de um sistema que os auxilie nas tarefas cognitivas e com isso possam tomar as boas decisões nos momentos certos. Os assistentes mais frequentes têm sido os bancos de dados iterativos, como por exemplo os que contribuem para uma busca por palavra-chave, ou determinada variável de entrada. Na computação gráfica é gradativamente mais comum a concepção deprogramas de assistência à configuração de layouts gráficos. Estes tem aceitado o fato dos indivíduos possuírem pensamento, capacidade de raciocinar e tomar decisões, e fazerem uma escolha entre possibilidades que lhes são ofertadas. 16 Ergonomia organizacional A área da ergonomia organizacional se concebe por meio de uma atestação explícita, que toda a atividade de trabalho ocorre no âmbito de instituições. Esta tem conseguido um impressionante progresso, conhecido internacionalmente como ODAM (Organizational De-sign and Management), para determinadas pessoas possui um sinônimo de macro ergonomia. Ao discorrer sobre trabalho e organização é necessário distinguir o plano da organização geral e do trabalho. A organização geral possui como princípios teóricos a teoria das organizações e a logística, procurando caracterizar a organização produtiva tanto quanto um organismo com intuito à sua atuação no contexto mais universal: social, econômico, geográfico, cultural. A organização do trabalho, se procedermos na representação biológica, zela pelos aparelhos funcionais internos de uma organização produtiva e que lhe dão sentido motor. A ideia motriz é a de compreender as formas como se dá a cada uma das unidades funcionais as disposições necessárias para a consecução das funções que lhes são imputadas pela organização geral e o conceito subsidiário é o estabelecimento de métodos de trabalho. VIDAL (2000), destaca como conteúdo concreto a organização do trabalho envolve ao menos seis aspectos interdependentes, quais sejam: A repartição de tarefas no tempo (estrutura temporal, horários, cadencias de produção) e no espaço (arranjo físico); Os sistemas de comunicação, cooperação e interligação entre atividades, ações e operações; As formas de estabelecimento de rotinas e procedimentos de produção; A formulação e negociação de exigências e padrões de desempenho produtivo, aí incluídos os sistemas de supervisão e controle; 17 Os mecanismos de recrutamento e seleção de pessoas para o trabalho; Os métodos de formação, capacitação e treinamento para o trabalho. Vamos ponderar sobre uma organização contendo três níveis: operacional, tático e estratégico. Conforme o fluxo de decisões e comunicações pode-se diferenciar dois tipos de decisórios: os de cima para baixo (top-down), e os de baixo para cima (bottom-up). Em qualquer desses tipos, a ergonomia vai possibilitar uma satisfatória modelagem organizacional, especialmente em processos chave da organização, onde a modelagem gerencial não seja bastante para garantir o êxito da empreitada de reestruturação. As aplicações que o ergonomia pode trazer para o plano organizacional se baseiam na indicação da tecnologia física acerca da organização do trabalho e suas condições, componentes que irão integrar a soma dos resultados da instituição. As maiores aplicações da ergonomia organizacional são: Modelagem de processos para a construção de cenários e roteiros das mudanças organizacionais; Análise dos requisitos das novas propostas organizacionais em termos de capacidades, limitações e demais características, indicando necessidades de treinamento e de novas competências; Construção de roteiros de implementação para evitar a descapitalização ou desaproveitamento do capital de competência (know-how) existente, especialmente no nível operacional; Perícia e prevenção de acidentes. 18 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) A expressão Análise Ergonômica do Trabalho (AET) tornou-se conhecida em meados dos anos 1990, por meio da publicação de uma norma que dispõe acerca do campo normativo da ergonomia, sendo esta a Norma Regulamentadora de Ergonomia 17, ou NR 17, do Ministério do Trabalho e Emprego. A qual passou a incluir o mobiliário de trabalho, algumas condições dos ambientes de trabalho, os equipamentos de trabalho e, a organização do trabalho. A Análise Ergonômica do Trabalho - AET pode ser definida como a ação no ambiente laboral, para conhecimento dos repercussões físicas, psicológicas e fisiológicas, resultantes da atividade humana em meio de trabalho. Fundamenta-se em assimilar a situação de trabalho, afrontar com aptidões e limitações na perspectiva da ergonomia, detectar situações críticas referentes à legislação oficial, definindo sugestões, modificações e recomendações de ajustes de processo, produto, postos de trabalho e ambiente. A análise procura estipular uma proximidade entre a compreensão geral de problemas relacionados com a organização do trabalho e os reflexos em possíveis situações de lesões físicas e transtornos psicológicos. Empenha-se na investigação dos meios e modo de produção, procurando compreender, por meio de observações visuais, medições e registros das situações críticas e incomuns às situações de trabalho, abarcada a análise dos dados de produção da empresa, em relação a sobrecargas, volume de produção por trabalhador, turnos extras e outros. A sondagem engloba realização de entrevistas com os trabalhadores, supervisores e gestores. Referente aos funcionários procuram-se informações referentes a execução da tarefa e a percepção de sobrecargas nesta. No ramo da supervisão e gerência buscam-se informações acerca do modo de produção, meios disponíveis e à conceituação das tarefas para comparação futura entre o estabelecido e o executado. 19 Procura-se ainda, alcançar uma estratégia de ação que possibilite que a intervenção ergonômica possua eficácia e de fato origine orientações e possibilidades de solução adequadas ao cenário da empresa e aos trabalhadores com enfoque no conforto e na segurança. Dentre os fatores de organização do trabalho pode-se destacar: A relação entre nível do programa de produção, alto ou baixo, e a real capacidade estabelecida no modo de produção; O foco na eficiência produtiva suprimindo tempos de recuperação de fadiga e eventualidades no trabalho, com decorrentes repercussões no que se refere à esgotamento; A procura incansável de diminuição da quantidade de equipes de produção, gerando alta sobrecarga nos trabalhadores, por oscilação, para cima e para baixo, de demandas produtivas; Capacidade de gestão dos fatores de organização do trabalho. Para efetivação do processo de análise ergonômica, pode-se destacar os seguintes passos: Compreensão da Situação (análise da demanda); Estudo de requisitos para atendimento das tarefas (entendimento da tarefa prescrita, meios e modo de produção; espaços, áreas livres e/ ou de influência e ambiente necessário para a tarefa; estudos de postura e movimentação humana); Levantamentos da situação de referência (observação e análise da atividade); Confrontação da tarefa prescrita com a atividade realizada; Diagnóstico. A etapa de compreensão da situação diz respeito a análise do contexto do problema proposto pela tarefa em análise, no cenário interno da empresa, no qual devem ser ponderados os indicadores de saúde, aspectos sociais 20 intervenientes, o momento técnico e tecnológico do contexto de inserção da empresa, e os condicionantes legais vigentes. Já em relação ao cenário interno, a compreensão do contexto transita por questões relacionadas com a política e estratégia empregada pela instituição, o sistema de produção usado, o modelo de gestão dos recursos humanos, os índices de acidentes, assim como variáveis tal qual a saúde ocupacional, tensões e conflitos A análise da tarefa envolve o reconhecimento e assimilação do trabalho estabelecido a ser realizado, e dos e os requisitos físicos para sua execução. O primeiro tópico de observação compreende aspectos como o ambiente em que a atividade está inserida, a carga de trabalho física e mental reivindicada, além de aspectos psico-sociológicose tempos de produção. O segundo tópico engloba requisitos físicos, abrangendo a natureza do trabalho, a postura exigida na sua execução, esta que está relacionada às características das superfícies de trabalho e assento, da mesma forma que informações relativas à condições de acessibilidade aos sistemas de comunicação e acionamentos. A análise da atividade engloba o ato de análise do trabalho de fato executado, por meio do estudo das atividades mentais e físicas do funcionário. A etapa de confrontação da tarefa com a atividade tem como intuito a sondagem das diferenças entre o trabalho estabelecido e o executado, a determinação das falhas da atividade diante das capacidades e limitações do profissional, assim como procura reconhecer as atividades regulatórias neste vínculo. Por último, diagnóstico compreende as condições técnicas para a realização do trabalho, as condições ambientais em que ele ocorre, e suas condições organizacionais. 21 O TRABALHO DE ENFERMAGEM E A ERGONOMIA Diante do cenário de condições precárias de trabalho oferecidas aos trabalhadores em hospitais de diversos países, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde meados dos anos 1940, tem apontado este problema como assunto de debate, assim como realizado orientações relacionadas a higiene e segurança com o intuito de adaptação das condições de trabalho desses profissionais. As condições inadequadas de trabalhado estão associadas à fatores biológicos, físicos, químicos, psicossociais e ergonômicos, estes que tendem a gerar prejuízos à saúde dos trabalhadores atuantes no ambiente. Os fatores ergonômicos podem ser definidos como aqueles que afetam no desempenho do trabalho, podendo ser, os equipamentos, a forma com que a tarefa é realizada, a comunicação, o ambiente, entre outros. Por meio da prática dos princípios da Ergonomia há possibilidade de ser causado um contato conveniente e confortável do ser humano com os objetos que manuseia e com o ambiente em que trabalha, gerando a melhora da produtividade, redução dos custos laborais manifestados por meio de absenteísmo, rotatividade, conflitos e falta de interesse para o trabalho. Para a Ergonomia, as condições de trabalho são retratadas pela união de fatores correlativos, que agem direta ou indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados do próprio trabalho. Um detalhamento pormenorizado dos fatores que influenciam nas condições de trabalho hospitalar é detectado no livro “Travailler à l’hospital” de autoria de ESTRYN-BEHAR & POINSIGNON (1989). Estas enunciam o desenvolvimento rápido e contínuo da tecnologia médica, a grande variedade de procedimentos e exames realizados, o aumento constante do conhecimento teórico e prático exigido na área da saúde, a especialidade do trabalho, a hierarquização e a dificuldade de circulação de informação, o ritmo e o ambiente físico, o estresse e o contato com o paciente, 22 a dor e a morte como elementos que potencializam a carga de trabalho, ocasionando riscos à saúde física e mental dos trabalhadores do hospital. A análise ergonômica vem sendo usada para a adequação dos equipamentos utilizados na assistência à saúde e os estudos ergonômicos firmam-se em um rumo para o alcance de dados específicos e relevantes acerca do progresso da qualidade de vida do trabalhador e da sua assistência de saúde. A abordagem ergonômica para análise da situação de trabalho de enfermagem vem sendo usada por diversos estudiosos pelo mundo. No Brasil, MAURO et al. (1976) foram as percussoras em aplicar os princípios ergonômicos na análise do trabalho de enfermagem, sendo que na década passada ocorreu uma ampla utilização desta abordagem, assim como um número crescente de estudos realizados. MARZIALE (1990), verificou por meio da abordagem ergonômica a fadiga mental entre enfermeiras que atuavam em hospital em esquema de turnos alternantes, verificando que este era responsável pela inadaptação das enfermeiras as condições de trabalho. FARIA (1996), verificou as fontes geradoras de sofrimento psíquico para técnicos e auxiliares de Enfermagem de um hospital público com foco em entender o processo e forma de organização do trabalho por meio do uso da metodologia ergonômica. BENITO & CONTIJO (1996) apresentaram várias concepções para explorar os processos mentais nos desenvolvimentos de atividades e sua adequação para a análise dos processos cognitivos na assistência de enfermagem. Estudos ergonômicos vem sendo executados para investigar as posturas físicas alcançadas no cumprimento das atribuições de trabalho de Enfermagem procurando a adaptação dessas atividades aos princípios da Biomecânica. Por meio de algumas pesquisas constatou-se que considerável parcela dos 23 acometimentos à coluna vertebral são relacionados a inadequação de mobiliários e equipamentos utilizados nas atividades corriqueiras, assim como a adoção de má postura corporal adotadas pelos funcionários. ROCHA (1997) em sua dissertação de mestrado verificou os fatores ergonômicos e traumáticos compreendidos na ocorrência de dor nas costas em trabalhadores de Enfermagem, comprovando que 89% dos trabalhadores apresentavam algum tipo de algia (dor) vertical, sendo a região lombar mais acometida. 24 A RELAÇÃO DA ERGONOMIA E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO EVIDENCIADAS NA PANDEMIA O cenário mundial frente ao novo CoronaVírus (COVID-19) além de expor supremos índices de mortalidade, proporcionou algumas modificações na área laboral, aumentando em grande escala a quantidade de trabalhadores em regime Home Office, perante a recomendação de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) visando a contenção e diminuição da proliferação da doença. Em relação a essas situações, nota-se que ocorreram distorção nas condições de bem-estar no trabalho pressupostos pela ergonomia física, a qual debate a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, projetos de posto de trabalho, segurança e saúde. De acordo com ANTUNES (2020), o Brasil, já vivenciava exorbitantes maneiras de exploração no trabalho e debilitações indeterminadas como trabalhos equivalentes a escravidão, generalização da terceirização em todas as esferas laborativas, informalidade e intermitência, tende a sofrer efeitos cruéis do ponto vista social devido a pandemia, antes dessa época, em 2019 mais de 40% da classe trabalhadora estava na informalidade, num mundo do trabalho digital em que que as condições de trabalho não são amparadas em condições humano-sociais. Nessa situação de reestruturação e flexibilização do trabalho, nota-se que foram antecipadas transformações que ainda necessitariam de determinado tempo para alcançar o mercado de trabalho. Existem pesquisas que indicam prováveis impactos nos futuros vínculos de trabalho, os quais destaca-se: o uso intensificado de tecnologia para o trabalho remoto; a necessidade de limitação de horas e o direito a desconexão, devido os trabalhadores estarem excedendo a carga horária de trabalho em casa, sem ao menos receber horas extras; a divisão digital como forma de desigualdade social, visto que nem toda população possui conhecimento e acesso ao mundo digital; o risco de aumento de preconceito, devido em algumas situações profissionais da linha de frente contra 25 o COVID-19 não serem contratados por receio de contágio, havendo uma necessidade de proteger a privacidade dos trabalhadores; a relevância do trabalhador por plataforma de Delivery ou transporte; o prejuízo da informalidade, atestando mais dificuldade de assistência para os indivíduos em situação de pobreza; e os problemas de saúde mental devido confinamento e pela pandemia em si, tais como estresse,ansiedade e síndrome do pânico. A ergonomia em favor da qualidade de vida no trabalho dispõe a ética e o respeito aos trabalhadores como lógica de funcionamento metodológico para tornar conciliável as condições e as interações de trabalho que abrangem a prestação de serviço visando o bem-estar de todos os indivíduos compreendidos nas atividades e organizações empregadoras, intentando efetuar com isso um tipo de produtividade saudável. A qualidade de vida no trabalho, é formada pelas experiências de bem- estar dos trabalhadores que integram as condições de seu específico trabalho, a organização, as relações socioprofissionais, o reconhecimento e a possibilidade de plano de carreira. Isto é, ela está principalmente, associada ao protagonismo dos funcionários pela sua competência técnica integrada pela formação teórica e metodológica, e pelo seu engajamento ético, social e político. BUENANO; TRISKA (2020), destacam: Entretanto, é importante salientar que na vida cotidiana para se buscar uma qualidade de vida no trabalho diante da sua precarização global, da sua reestruturação produtiva, da crise econômica pandêmica, da expansão de vínculo empregatício temporários, somando formas mais desregulamentadas de trabalho, se constrói um campo perfeito de disputa entre a informação e a desinformação sobre o medo do desemprego e sobre a coisificação do sujeito pelo capital, no qual a democratização das teorias ergonômicas no trabalho com enfoque para a melhoria das condições de trabalho, poderiam agir como teor transformador, questionador e argumentativo no contexto da pandemia e suas “novas condições de trabalho” que não tem priorizado o bem- estar social. BUENANO; TRISKA (p.3. 2020) 26 CONCLUSÃO A ergonomia é sugerida para esclarecer situações difíceis nos sistemas de produção. Várias espécies de empresas vem empregando, os serviços de profissionais ergonomistas, para realizar intervenção a variadas espécies de contratempos com que a produção encara, podendo ser referentes ao histórico da empresa, definidos como retrospectivos, à disposição para mudanças, ou prospectivos, e urgentes ou desconhecidos até então, que ocorre em casos de emergências. A intervenção ergonômica é uma tecnologia da prática que possui como intuito a alteração das situações de trabalho, sendo capaz de deixa-la mais conveniente às pessoas que nela estão inserida. Esta, sendo definida pela construção que possibilite a mudança essencial, e que consiga incluir os resultados da ergonomia nas crenças e valores das instituições que as requerem e obtém os seus resultados. Devido as condições de trabalho decorrentes durante a pandemia, nota- se a necessidade de um diálogo social que reconstitua um processo dinâmico e urgente de mudanças dirigidas para a qualidade de vida no trabalho, o que depende de alguns fatores, como a vontade efetiva de ergonomistas e todos os profissionais envolvidos em uma determinada instituição de atuarem de forma coletiva, a adoção de uma postura gerencial que possibilite um diálogo transparente entre hierarquias, e a aceitação do protagonismo do trabalhador para a construção técnica e ética da cultura organizacional, visando o bem-estar no trabalho. 27 REFERÊNCIAS ABERGO, Associação. certificação do ergonomista brasileiro. Editorial do Boletim, v. 1, 2000. ANTUNES, Ricardo. Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado. Boitempo Editorial, 2020. AW, A. Competences des Operatuers et état fonctionnel des systèmes automatisés transferés. Th. Doct Ergonomie CNAM Paris (à paraître), 1988. 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