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Bactéria Gram + Diâmetro oscila entre 0.5 e 1.5 micras Imóveis Não formam esporos Geralmente não capsuladas Anaeróbia facultativa Positiva para teste da catalase (menos S. aureus subsp. anaerobius, que é catalase negativa) Mesófilos com temperatura de crescimento entre 7 e 47,8 ºC. pH ideal varia entre 7 a 7,5, mas é possível a multiplicação em alimentos com pH variando entre 4,2 e 9,3. Causa uma grande variedade de infecções em seres humanos, desde espinhas a graves infecções hospitalares. Utilização inadequada de antibióticos leva a sobrevivência de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA). Staphylococcus aureus fazem parte da microbiota cutânea de cerca de 30% da população humana. Podem produzir enterotoxinas termoresistentes a temperaturas entre 10 e 46ºC, com temperatura ótima entre 40 e 45º C. S. aureus é uma das principais causas de infecção hospitalar no mundo. Staphylococcus aureus em alimentos Síndromes causadas por S. aureus Pneumonia; Osteomielite; Endocardite; Sepse; Faringite; Laringite; Abcessos; Intoxicação alimentar. Em alimentos: intoxicação alimentar devido a presença da toxina estafilocócica (enterotoxicose estafilocócica) Sobrevivem e se multiplicam em uma concentração de cloreto de sódio de até 15% e a produção de enterotoxina acontece em concentrações de sal de até 10% (por isso alimentos curados também são veículos potenciais de intoxicação). O valor mínimo de atividade de água é 0,86, apesar de já ter sido relatada a multiplicação desses microorganismos em alimentos com aw de 0,83. São considerados mal competidores na presença de outros m.o. Os humanos e os animais são os principais reservatórios. Indivíduos portadores podem transmitir o S. aureus por contato direto entre pessoas. É a partir da cavidade nasal que o microrganismo atinge a epiderme, ar, água, solo, alimentos, ou qualquer outro objeto que entre em contato com o indivíduo. Manipuladores de alimentos são normalmente as principais fontes de contaminação dos alimentos, mas os equipamentos e as superfícies também podem ser a fonte das contaminações por S. aureus. Intoxicação alimentar por S. aureus É uma das DTAs mais comuns Resulta da ingestão de enterotoxinas estafilocócicas (EE) pré-formadas em alimentos S. aureus produz várias toxinas que causam danos aos tecidos ou aumentam a virulência do m.o. A produção da toxina do tipo sorológico A (responsável pela maioria dos casos) frequentemente é correlacionada com a produção de uma enzima que coagula o plasma sanguíneo. Nenhum efeito patogênico direto é atribuído à enzima, mas ela é útil na tentativa de identificação dos tipos que provavelmente são virulentos. A intoxicação causada por S. aureus é caracterizada pelo aparecimento súbito, em geral em apenas algumas horas, de sintomas de distúrbios gastrintestinais. Sintomas mais comuns são: fortes náuseas; cólicas abdominais; vômito; ânsias; abatimento; diarreia. Tempo de incubação: 1 a 6 horas após ingestão. Duração: poucas horas até 2 dias (doença autolimitante). Dose infectiva: em geral, uma população de cerca de 1 milhão de bactérias por grama de alimento produzirá enterotoxina suficiente para causar doença. Sequência de eventos em um surto típico de intoxicação alimentar estafilocócica: Um alimento contendo proteína é cozido (as bactérias geralmente são destruídas). O alimento é contaminado por um manipulador que tem estafilococos em suas mãos (as bactérias competidoras foram eliminadas). O alimento é deixado à temperatura ambiente. Os organismos são incubados no alimento (abuso de temperatura) tempo suficiente para a formação e a liberação de toxinas. (O reaquecimento eliminará os estafilococos, mas não as toxinas.) O alimento contendo toxinas é consumido. Em 1-6 horas, ocorre a intoxicação estafilocócica. Alimentos envolvidos: Presunto; Salada de batata; Salgados; Queijo; Leite; Sorvete, entre outros. A contaminação do alimento em geral se dá por má higiene, manipuladores de alimentos doentes ou uso de leite não pasteurizado. Quanto mais manipulação um alimento precisar, maior a chance de contaminação por S. aureus. A presença no leite não pasteurizado e derivados pode ser dar devido ao fato de S. aureus ser um dos maiores responsáveis por mastites, variando sua prevalência entre 7 e 40% nos rebanhos afetados. A taxa de mortalidade da intoxicação alimentar estafilocócica é quase zero entre pessoas consideradas saudáveis, mas pode ser significativa em indivíduos imunodeprimidos. A toxina em si é estável ao calor (termorresistente) e pode sobreviver a até 30 minutos de cozimento. O método mais confiável de prevenção da intoxicação alimentar estafilocócica consiste em impedir a formação da toxina. O diagnóstico da intoxicação alimentar estafilocócica geralmente é baseado nos sintomas, em especial o curto período de incubação, característico da intoxicação. Medidas de controle: seleção de matérias primas (produtos com inspeção) higiene pessoal e manipulação higiênica controle de tempo e temperatura durante todas as etapas de produção, armazenamento e distribuição Isolamento e identificação de Staphylococcus coagulase-positiva em alimentos: Alíquota deve ser transferida para placa de Petri contendo meio de cultura sólido Baird Parker; Espalhamento sobre o meio com auxílio de alça de Drigalsky até absorção completa da alíquota pelo meio; Incubação na temperatura ótima de crescimento (37°C); Após 48h observa-se a presença de colônias típicas. Staphylococcus coagulase-positiva: maior representante é o S. aureus. Staphylococcus coagulase-positiva: maior representante é o S. aureus.
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