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CONTRATOS - TRABALHO (1)-1

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Faculdade Almeida Rodrigues
Curso de Direito
Darlan Alves Moreira
Miguel Clésio da Silva Filho
CONTRATOS; empréstimo.
Rio Verde/GO
2022
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO (Comodato – Mútuo)
1.CONCEITO
Contrato de empréstimo é o negócio jurídico no qual há a entrega de uma coisa
(fungível ou infungível), de uma pessoa a outra de forma gratuita, obrigando a
última a restituição da coisa emprestada, ou outra de mesma espécie e
quantidade.
O Código Civil de 2002 traz duas espécies de empréstimo entabuladas, quais
sejam, o comodato – disposto do artigo 579 ao 585 nos quais trata de
empréstimo de coisa infungível, enquanto o mútuo se reserva ao trato de
coisas fungíveis e está determinado entre os artigos 586 e 592 desse código.
Não houve grandes mudanças de trato legal no código civil em vigor com
relação ao de 1916, ocorrendo apenas algumas substituições de expressões
da língua portuguesa, adaptando-o para o vernáculo atual e a extinção de
dispositivos obsoletos, bem como o agrupamento de algumas disposições.
Portanto, dependendo da espécie de empréstimo a ser contratada, haverá
características e requisitos específicos a cada uma, e surtirão efeitos jurídicos
distintos às partes.
1.1.CARACTERÍSTICAS
● Gratuito em regra, no caso do comodato decorre da própria natureza
dele, vez que se confundiria com a locação se fosse oneroso. Como já
foi explicado anteriormente, no caso do empréstimo feneratício, poderá
ser oneroso, quando for para fins econômicos, uma vez que o Código
Civil presume os juros devidos;
● Unilateral (em ambas espécies), no comodato, após a tradição, gera
obrigações apenas ao comodatário, somente por exceção o comodante
poderá assumir obrigações a posteriori. Quanto ao mútuo, após
entregue a coisa emprestada, o mutuante não possui mais obrigações,
recaindo essas somente sobre o mutuário, o mútuo é um dos únicos
contratos unilaterais onerosos – quando feneratício;
OBS.:O contrato de mútuo feneratício é uma subespécie do
mútuo, que consiste em um empréstimo de dinheiro, com a
cobrança de juros. O Código Civil de 2002 estipula um limite para
a taxa de juros, objetivando inibir os mútuos feneratícios
usurários, como a agiotagem, que cobram juros superiores à
taxa legal.
● - Real (em ambas espécies), pois aperfeiçoa-se com a entrega da coisa
emprestada, não bastando o acordo de vontades ou promessa de
emprestar (no caso do mútuo), devendo ser observado que no caso do
comodato a posse da coisa pelo comodatário ocorre de forma
temporária;
● Temporário (em ambas espécies), no comodato, se for perpétuo,
transforma-se em doação, devendo ser ajustado prazo determinado ou
indeterminado. Quando o contrato for de mútuo e não for
convencionado expressamente, os prazos estão estabelecidos no
regramento pátrio, art. 592, CC;
● Não solene (em ambas espécies), a lei não exige forma especial para
validade do contrato de comodato, podendo ser realizado até mesmo de
forma verbal. Com relação ao mútuo, também não exige-se formalidade
especial para ser celebrado, contudo, para facilitar prova de sua
existência, deve obedecer a forma escrita;
● Pessoal (no comodato), é personalíssimo, pois não admite-se cessão
pelo comodatário e nem transmite para os herdeiros desse o direito de
uso da coisa.
1.2.ESPÉCIES DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO
Os contratos de empréstimo se dividem em duas espécies (comodato e
mútuo), podendo diferenciar as duas espécies de empréstimo da seguinte
forma:
● no comodato o bem objeto do contrato será para uso,
enquanto no mútuo será para consumo; quanto a
restituição, no comodato será devolvida a própria coisa
emprestada (pois trata-se de coisa infungível) enquanto no
mútuo haverá restituição de coisa equivalente – vez que é
um empréstimo de coisa fungível;
● como ao término do contrato deverá ser devolvida a
própria coisa emprestada, não há transferência dela no
comodato, por outro lado, no mútuo, haverá transferência
do domínio da coisa emprestada ao mutuário (aquele que
recebe o empréstimo), obrigando-se a restituir coisa da
mesma espécie, qualidade e quantidade ao mutuante
(aquele que emprestou);
● por fim, o comodato é gratuito e o mútuo poderá ser
oneroso.
No que diz respeito a capacidade das partes, observa-se que no contrato de
mútuo pressupõe-se a maioridade, contudo, o legislador admitiu a validade e
eficácia do empréstimo feito a menor, negando ao mutuante o direito de reaver
o valor emprestado a esse, conforme o artigo 588 do Código Civil, todavia, no
artigo seguinte, estipulou-se exceções a essa regra, determinando as situações
em que poderá o mutuante exigir a restituição do que emprestou.
Com relação à transferência de propriedade, no que diz respeito aos riscos, no
comodato quem sofre diminuição patrimonial é o comodante (dono da coisa
emprestada), no caso de ela se deteriorar. Já no mútuo, o domínio da coisa
passa ao mutuário, consequentemente os riscos pela perda ou deterioração
fortuita também.
No comodato, não podem os curadores e tutores, bem como administradores
de bens alheios em geral, colocar em comodato os bens confiados à sua
guarda sem autorização especial, de acordo com o art. 580, CC.
O contrato de comodato tem caráter fiduciário, baseando-se na confiança mais
do que a média dos contratos, vez que o comodante entrega um bem de sua
propriedade ao comodatário para que esse se favoreça do objeto, esperando
que o comodatário conserve a coisa e a utilize com zelo.
O legislador vedou o direito do comodatário de reaver despesas feitas por esse
com o uso da coisa, no entanto, essa regra não vale para despesas
extraordinárias imprescindíveis à conservação da coisa que seriam feitas pelo
próprio dono.

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