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Terapia Nutricional e Saúde

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Kleysiane menezes
kleysianemenezes@gmail.com
049.888.592-58
ÍNDICEÍNDICE
1. TERAPIA NUTRICIONAL.................................................................................................................05
1. 1 Planejamento nutricional.....................................................................................................06 
1. 2 Prescrição dietética...............................................................................................................08 
1. 3 Indicações e contraindicações da terapia nutricional.............................................09 
1. 4 Métodos de administração..................................................................................................10 
1. 5 Monitoramento e ajustes na terapia nutricional..........................................................14 
1. 6 Legislação aplicada à terapia nutricional.....................................................................16 
2. IMUNOMODULAÇÃO........................................................................................................................17
3. FITOTERAPIA......................................................................................................................................19
3. 1 Uso de plantas medicinais e fi oterápicos na nutrição...........................................20 
4. DIETAS HOSPITALARES E PREPARO PARA EXAMES............................................................24
4. 1 Preparo para exames............................................................................................................26
5. DOENÇAS CARENCIAIS E SAÚDE DENTÁRIA.........................................................................28
6. INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE..............................................................................................29
7. DOENÇAS GASTROINTESTINAIS E GL NDULAS ANEXAS.......................................................34
7. 1 Doenças Gastrointestinais...................................................................................................34 
7. 2 Doenças Hepáticas................................................................................................................39 
7. 3 Doenças das vias biliares e pâncreas..............................................................................43 
8. DOENÇAS DO METABOLISMO E GL NDULAS ENDÓCRINAS............................................48
NUTRIÇÃO
Kleysiane menezes
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9. DOENÇAS CARDIOVASCULARES...............................................................................................54
10. DOENÇAS HEMATOLÓGICAS.....................................................................................................61
11. DOENÇAS ÓSSEAS.........................................................................................................................66
12. DOENÇAS REUMATOLÓGICAS..................................................................................................70
13. DOENÇAS RENAIS.........................................................................................................................77
14. TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS...................................................................................................80
15. DOENÇAS PULMONARES............................................................................................................83
16. DESEQUILÍBRIO DO PESO CORPÓREO..................................................................................86
17. DOENÇAS NEOPLÁSICAS...........................................................................................................88
18. GRANDE QUEIMADO....................................................................................................................90
19. POLITRAUMATISMO......................................................................................................................91
20. CICATRIZAÇÃO...............,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.....................................................................................93
21. INFLAMAÇÃO..................................................................................................................................95
22. SEPSE...............................................................................................................................................97
23. SARCOPENIA..................................................................................................................................99
24. CAQUEXIA......................................................................................................................................101
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25. DOENÇAS MEUROLÓGICAS E DISFAGIA..............................................................................103
26. PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO (CIRURGIAS DO TRATO DIGESTÓRIO, CIRURGIA
DA OBESIDADE, DENTRE OUTRAS)..............................................................................................105
27. SIDA................................................................................................................................................109
28. LIPODISTROFIA.............................................................................................................................111
29. TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR.....................................................113
30. ESTRESSE OXIDATIVO................................................................................................................115
31. INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAS..................................................................117
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NUTRIÇÃO
05
A avaliação nutricional é uma etapa fundamental da Terapia Nutricional e deve ser 
realizada de forma detalhada e abrangente. É importante que o profissional esteja 
capacitado para coletar e interpretar informações relevantes, a fim de estabelecer um 
plano nutricional adequado e eficiente para cada paciente. Para isso, leva-se em conta 
os seguintes procedimentos na hora da avaliação nutricional: 
1. Anamnese nutricional: Coleta de informações sobre o histórico alimentar do paciente, 
incluindo preferências, intolerâncias, aversões e hábitos alimentares. Pode ser realizada 
através de questionários, registros alimentares ou recordatórios de 24 horas.
2. Anamnese clínica: Levantamento do histórico clínico, incluindo doenças 
pré-existentes, cirurgias, medicamentos em uso e tratamentos anteriores.
3. Exame físico: Avaliação do estado nutricional do paciente por meio de inspeção, 
palpação, percussão e ausculta, verificandosinais clínicos que possam indicar 
carências ou excessos nutricionais.
4. Medidas antropométricas: Realização de medidas como peso, altura, circunferências 
(cintura, quadril, braço) e pregas cutâneas, para verificar o estado nutricional do 
paciente e possíveis alterações na composição corporal
5. Índices antropométricos: Cálculo de índices como índice de massa corporal (IMC), 
relação cintura-quadril e circunferência do braço, para identificar riscos nutricionais e 
de saúde associados.
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6. Exames bioquímicos: Solicitação de exames laboratoriais, como hemograma, 
lipidograma, glicemia e dosagem de vitaminas e minerais, para avaliar o estado 
nutricional e identificar possíveis deficiências ou excessos de nutrientes.
7. Avaliação da ingestão alimentar: Estimativa das necessidades energéticas e de 
nutrientes do paciente, utilizando equações preditivas e considerando fatores como 
idade, sexo, peso, altura e nível de atividade física.
8. Diagnóstico nutricional: Identificação de possíveis distúrbios nutricionais e definição 
do estado nutricional do paciente, com base nos dados coletados e analisados 
durante a avaliação nutricional.
1.1) PLANEJAMENTO NUTRICIONAL
O planejamento nutricional individualizado é uma parte essencial da Terapia 
Nutricional e tem como objetivo estabelecer um plano alimentar adequado às 
necessidades específicas de cada paciente, considerando fatores como idade, sexo, 
peso, altura, condição clínica, nível de atividade física e preferências alimentares. 
Para elaborar um plano nutricional eficiente e seguro, é necessário levar em conta as 
necessidades energéticas e a distribuição adequada de macronutrientes (proteínas, 
carboidratos e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais).
1. Necessidades energéticas: As necessidades energéticas de um indivíduo são 
determinadas com base no seu gasto energético total, que é a soma do metabolismo 
basal, termogênese e gasto energético relacionado à atividade física. Para estimar 
essas necessidades, podem ser utilizadas equações preditivas, como a de Harris
Benedict ou a de Mifflin-St. Jeor, que levam em consideração o peso, altura, idade e 
sexo do paciente.
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2. Distribuição de macronutrientes: A distribuição adequada de macronutrientes é 
fundamental para garantir o aporte adequado de energia e nutrientes essenciais para 
o funcionamento do organismo. As recomendações gerais para a distribuição de 
macronutrientes são:
• Proteínas: 10-35% do valor calórico total (VCT)
• Carboidratos: 45-65% do VCT
• Lipídios: 20-35% do VCT
No entanto, essa distribuição pode variar de acordo com as necessidades específicas 
do paciente, a presença de doenças ou condições clínicas particulares e o objetivo do 
tratamento. 
1. Ajustes na distribuição de macronutrientes: Em casos de doenças ou condições 
clínicas específicas, como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares ou doenças 
renais, pode ser necessário realizar ajustes na distribuição dos macronutrientes. Esses 
ajustes devem ser feitos com base nas diretrizes e recomendações específicas para 
cada situação, visando otimizar o tratamento e reduzir possíveis complicações.
2. Adequação de micronutrientes: Além de garantir o aporte adequado de 
macronutrientes, é fundamental que o plano nutricional contemple a ingestão 
de micronutrientes, como vitaminas e minerais, em quantidades adequadas às 
necessidades do paciente. A recomendação de ingestão de micronutrientes pode 
ser baseada nas Dietary Reference Intakes (DRIs) ou nas recomendações específicas 
para a população brasileira.
3. Elaboração do plano alimentar: Com base nas informações coletadas na avaliação 
nutricional e nas necessidades específicas do paciente, o nutricionista deve elaborar 
um plano alimentar que contemple a distribuição adequada de macronutrientes e 
micronutrientes, levando em consideração as preferências alimentares e a rotina do 
paciente. O plano alimentar deve ser adaptado e ajustado conforme a evolução do 
paciente e a resposta ao tratamento.
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1.2) PRESCRIÇÃO DIETÉTICA 
A prescrição dietética é um processo fundamental na terapia nutricional e consiste 
na seleção e prescrição de dietas específicas, levando em consideração a condição 
clínica do paciente e suas necessidades nutricionais. O objetivo da prescrição dietética 
é garantir que o paciente receba uma dieta adequada, equilibrada e segura, contribuindo 
para a melhoria de sua saúde e bem-estar. Para elaborar uma prescrição dietética 
eficaz, o profissional de nutrição deve considerar os seguintes aspectos:
1. Diagnóstico nutricional: A avaliação do estado nutricional do paciente é fundamental 
para determinar as necessidades nutricionais e orientar a seleção da dieta mais 
adequada. Através da análise de dados antropométricos, bioquímicos, clínicos e 
dietéticos, é possível identificar deficiências ou excessos nutricionais e elaborar um 
plano de intervenção nutricional específico.
2. Condição clínica do paciente: A prescrição dietética deve levar em conta a condição 
clínica do paciente e as possíveis interações entre nutrientes e medicamentos. 
Algumas condições clínicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, doenças renais, 
doenças hepáticas e doenças gastrointestinais, exigem dietas específicas e ajustes 
no aporte de nutrientes. O profissional de nutrição deve estar atualizado sobre as 
diretrizes e recomendações específicas para cada situação clínica.
3. Tipos de dietas: Existem diversos tipos de dietas, que podem ser classificadas de 
acordo com a consistência, composição nutricional, aporte energético, restrições 
alimentares ou indicações clínicas. Alguns exemplos de dietas específicas incluem 
dietas hipocalóricas, hipoproteicas, hipoglicídicas, hipolipídicas, hiperproteicas, dietas 
para pacientes com disfagia, dietas enterais e parenterais, entre outras.
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4. Seleção da dieta adequada: Com base no diagnóstico nutricional e na condição 
clínica do paciente, o profissional de nutrição deve selecionar a dieta mais adequada 
às necessidades do paciente. A seleção da dieta deve levar em consideração a 
segurança, eficácia, tolerância e aceitabilidade pelo paciente. Além disso, deve-se 
considerar aspectos práticos, como a disponibilidade de alimentos, a facilidade de 
preparo e a adesão ao tratamento.
5. Prescrição dietética: A prescrição dietética deve ser realizada de forma clara e 
objetiva, contendo informações detalhadas sobre a dieta selecionada, como a 
quantidade e distribuição de macronutrientes emicronutrientes, a consistência, a 
frequência das refeições e as orientações específicas para o preparo e consumo dos 
alimentos. A prescrição deve ser revisada e ajustada periodicamente, conforme a 
evolução do paciente e a resposta ao tratamento.
1.3) INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL
A terapia nutricional tem como principal objetivo prevenir e tratar a desnutrição, 
garantir a adequada ingestão de nutrientes e melhorar a qualidade de vida dos 
pacientes (ABREU et al., 2016). Existem diversas indicações para a terapia nutricional, 
que incluem: 
1. Desnutrição e risco de desnutrição: Pacientes com desnutrição ou em risco 
de desenvolvê-la são candidatos à terapia nutricional, visto que a desnutrição 
pode comprometer o sistema imunológico, a cicatrização de feridas e aumentar 
a morbimortalidade (ACCIOLY et al., 2009). A intervenção nutricional precoce é 
fundamental para prevenir complicações e melhorar o prognóstico dos pacientes.
2. Doenças metabólicas: Pacientes com doenças metabólicas, como diabetes, 
dislipidemias e obesidade, podem se beneficiar da terapia nutricional para o controle 
dos níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos, assim como para a promoção da perda 
de peso e prevenção de complicações associadas (BRASIL, 2014; FALUDI et al., 2017; 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
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3. Distúrbios gastrointestinais: Indivíduos com distúrbios gastrointestinais, como 
doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável, doença celíaca e 
intolerâncias alimentares, podem necessitar de ajustes na dieta e suplementação 
de nutrientes específicos para aliviar sintomas, promover a cicatrização e melhorar a 
qualidade de vida (ORNELLAS, 2013; PHILIPPI, 2019).
4. Insuficiência renal, hepática e cardíaca: Pacientes com insuficiência renal, hepática 
ou cardíaca frequentemente apresentam alterações no metabolismo e requerem 
dietas específicas e ajustes na ingestão de nutrientes, como proteínas, sódio, potássio 
e fluidos, para melhorar a função dos órgãos afetados e prevenir complicações 
(BARROSO et al., 2021; COZZOLINO, 2021).
5. Câncer: A terapia nutricional é especialmente importante no tratamento do câncer, 
uma vez que a desnutrição é comum nesses pacientes devido à menor ingestão de 
alimentos, alterações metabólicas e efeitos colaterais dos tratamentos (INSTITUTO 
NACIONAL DE C NCER, 2015, 2016). A terapia nutricional pode melhorar a tolerância a
o tratamento, a recuperação e a qualidade de vida dos pacientes oncológicos.
Embora a terapia nutricional seja uma importante ferramenta no manejo de diversas 
condições clínicas, existem algumas contraindicações que devem ser consideradas 
pelos profissionais de saúde. Entre elas, destacam-se:
1. Alergias alimentares: Pacientes com alergias alimentares necessitam de dietas 
personalizadas que evitem os alérgenos específicos, como proteínas do leite de vaca, 
glúten, soja, entre outros (ACCIOLY et al., 2009; BRASIL, 2021). A terapia nutricional 
pode ser contraindicada nesses casos, especialmente quando os produtos utilizados 
contêm alérgenos ou há risco de contaminação cruzada (PHILIPPI, 2019).
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2. Intolerâncias alimentares: Pacientes com intolerâncias alimentares, como 
intolerância à lactose ou à frutose, podem apresentar sintomas gastrointestinais 
quando consomem alimentos que contêm esses açúcares (ORNELLAS, 2013; CHEMIN 
& MURA, 2016). Assim, a terapia nutricional deve ser cuidadosamente planejada e 
ajustada para evitar a ingestão desses componentes e prevenir desconforto e 
complicações.
3. Alimentação oral suficiente: A terapia nutricional é indicada para pacientes que 
não conseguem atingir suas necessidades nutricionais por meio da alimentação oral 
(ABREU et al., 2016). No entanto, em casos onde a ingestão oral é suficiente e 
adequada às necessidades individuais, a terapia nutricional pode ser desnecessária 
e até contraproducente, pois pode aumentar o risco de superalimentação e 
complicações metabólicas (BRASIL, 2014; WAITZBERG, 2017).
1.4) MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO 
Alimentação oral
A terapia nutricional é uma abordagem que visa atender às necessidades nutricionais 
dos pacientes, levando em consideração sua condição clínica e capacidade de ingestão 
de alimentos. A alimentação oral é a forma preferencial de fornecimento de nutrientes e 
é classificada em diferentes tipos de dietas, como líquidas, pastosas e sólidas (ABREU et 
al., 2016; CHEMIN & MURA, 2016). 
1. Dietas líquidas: Indicadas para pacientes com dificuldade de mastigação, deglutição 
ou digestão, que requerem uma dieta de fácil assimilação (ORNELLAS, 2013). As dietas 
líquidas podem ser classificadas em líquida clara, como água, chá, sucos coados e 
caldos, e líquida completa, incluindo leite, sopas cremosas e suplementos nutricionais 
(PHILIPPI, 2019). Essas dietas devem ser prescritas de acordo com a necessidade 
energética e nutricional do paciente, levando em consideração a quantidade e a 
qualidade dos nutrientes (BRASIL, 2014).
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2. Dietas pastosas: Indicadas para pacientes com dificuldade moderada de 
mastigação e/ou deglutição, que necessitam de alimentos de consistência 
intermediária entre líquidos e sólidos (ORNELLAS, 2013). Essas dietas incluem alimentos 
como purês, mingaus, iogurtes e alimentos triturados, e devem ser adaptadas às 
necessidades individuais do paciente, priorizando a oferta de nutrientes essenciais 
(BRASIL, 2021; CHEMIN & MURA, 2016).
3. Dietas sólidas: Indicadas para pacientes que conseguem mastigar e deglutir 
normalmente, mas podem apresentar restrições específicas de acordo com sua 
condição clínica (ACCIOLY et al., 2009). As dietas sólidas podem ser normais, 
hipocalóricas, hipercalóricas, hipossódicas, entre outras, e devem ser planejadas de 
acordo com as necessidades nutricionais e preferências alimentares do paciente 
(BRASIL, 2014; PHILIPPI, 2019).
Terapia nutricional enteral
A terapia nutricional enteral é uma forma de alimentação que fornece nutrientes 
diretamente no trato gastrointestinal através de sondas, sendo indicada para 
pacientes que não podem se alimentar pela via oral ou que necessitam de um suporte 
nutricional adicional (CHEMIN & MURA, 2016; WAITZBERG, 2017). Existem diferentes 
métodos de administração da terapia enteral, como a administração contínua, 
intermitente e em bolus, e a escolha do método deve ser baseada na condição clínica 
do paciente e na tolerância à dieta (ABREU et al., 2016; BRASIL, 2021).
Administração contínua: Consiste na infusão contínua da dieta enteral, geralmente 
por um período de 16 a 24 horas, utilizando uma bomba de infusão (ABREU et al., 2016). 
Esse método é indicado para pacientes críticos, com intolerância à administração em
 bolus ou intermitente, e para aqueles em ventilação mecânica ou com disfunção 
gastrointestinal (WAITZBERG, 2017; PIOVACARI, 2021).A administração contínua 
proporciona um menor risco de complicações gastrointestinais, como distensão 
abdominal e diarreia, e favorece a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico 
(RDC nº 503, 2021).
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Administração intermitente: Envolve a infusão da dieta em intervalos regulares, 
geralmente a cada 3 ou 4 horas, por um período de 30 a 60 minutos (WAITZBERG, 
2017). Essa forma de administração é mais fisiológica e se assemelha ao padrão de 
alimentação oral, sendo indicada para pacientes estáveis e com bom trânsito 
gastrointestinal (ABREU et al., 2016). A administração intermitente pode ser realizada 
tanto com uma bomba de infusão quanto por gravidade (BRASIL, 2021).
Administração em bolus: Consiste na infusão rápida da dieta enteral, em um volume 
de aproximadamente 250 a 500 ml, utilizando seringa ou copo medida (CHEMIN & 
MURA, 2016). O bolus é administrado a cada 3 ou 4 horas e é indicado para pacientes
em condições estáveis, com tolerância gastrointestinal adequada e em ambiente 
domiciliar (WAITZBERG, 2017). A administração em bolus é mais rápida e prática, no 
entanto, pode aumentar o risco de complicações gastrointestinais e de aspiração 
pulmonar (RDC nº 503, 2021). 
Terapia nutricional parenteral
A terapia nutricional parenteral (TNP) é uma forma de alimentação intravenosa que 
fornece nutrientes diretamente na corrente sanguínea, sendo indicada para pacientes 
que não podem se alimentar por via oral ou enteral ou que necessitam de suporte 
nutricional adicional (CHEMIN & MURA, 2016; WAITZBERG, 2017). A TNP pode ser 
administrada por duas vias: central e periférica, e a escolha entre elas deve ser baseada 
na condição clínica do paciente, na composição da solução nutricional e na duração 
prevista da terapia (ABREU et al., 2016; PIOVACARI, 2021).
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Administração Central: A administração central da TNP ocorre quando a solução 
nutricional é infundida diretamente na veia cava superior, através de um cateter de 
longa permanência, como o cateter central de inserção periférica (PICC) ou o cateter 
de Hickman (WAITZBERG, 2017). A administração central é indicada para soluções 
hiperosmolares, com altas concentrações de glicose e aminoácidos, e para terapias de 
longa duração (ABREU et al., 2016). Esta via permite a administração de soluções com 
maior teor calórico e nutricional, além de reduzir o risco de complicações como flebite e 
trombose (CHEMIN & MURA, 2016; PIOVACARI, 2021).
Administração Periférica: A administração periférica da TNP utiliza uma veia periférica, 
como as veias do antebraço, para infundir a solução nutricional através de um cateter 
de curta permanência (WAITZBERG, 2017). A administração periférica é indicada para 
soluções com osmolaridade mais baixa, geralmente não excedendo 900 mOsm/L, e 
para terapias de curta duração, com menos de 14 dias (ABREU et al., 2016; CHEMIN & 
MURA, 2016). Embora esta via seja menos invasiva e mais fácil de acessar, apresenta 
maior risco de complicações locais, como flebite e extravasamento de solução
(PIOVACARI, 2021).
1.5) MONITORAMENTO E AJUSTES NA TERAPIA NUTRICIONAL 
A monitorização da terapia nutricional é fundamental para garantir a eficácia e a 
segurança do tratamento nutricional, tanto em pacientes hospitalizados quanto em 
terapia nutricional domiciliar (ABREU et al., 2016; CHEMIN & MURA, 2016). Essa 
monitorização envolve a avaliação de parâmetros clínicos, antropométricos e 
laboratoriais, além de ajustes no plano nutricional conforme necessário
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1. Avaliação de Parâmetros Clínicos: A avaliação clínica do paciente deve ser realizada 
periodicamente, observando sinais e sintomas que possam indicar a necessidade 
de ajustes na terapia nutricional (. Essa avaliação pode incluir a verificação dos sinais 
vitais, a presença de edema, a tolerância à terapia nutricional e a avaliação da função 
gastrointestinal (ABREU et al., 2016; WAITZBERG, 2017).
2. Avaliação Antropométrica: A avaliação antropométrica é essencial para monitorar o 
estado nutricional do paciente e identificar possíveis alterações, como perda ou ganho 
de peso, desnutrição ou obesidade. Dentre os métodos antropométricos, destacam-se 
a medição do peso, altura, circunferência da cintura, circunferência do braço e a 
espessura das dobras cutâneas (ABREU et al., 2016; COZZOLINO, 2021).
3. Avaliação Laboratorial: Os exames laboratoriais são fundamentais para avaliar a 
eficácia da terapia nutricional e identificar possíveis desequilíbrios metabólicos ou 
nutricionais (WAITZBERG, 2017). Entre os exames que podem ser utilizados, estão a 
dosagem de albumina, pré-albumina, hemoglobina, glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos 
(sódio, potássio, cálcio e magnésio), perfil lipídico e função hepática.
4. Ajustes no Plano Nutricional: Com base nos resultados das avaliações clínicas, 
antropométricas e laboratoriais, o plano nutricional deve ser ajustado conforme 
necessário para atender às necessidades nutricionais específicas do paciente e 
garantir a eficácia e a segurança da terapia (COZZOLINO, 2021; WAITZBERG, 2017). Os 
ajustes podem incluir a modificação da composição da dieta, a alteração da via de 
administração (oral, enteral ou parenteral ), a adequação do volume e da velocidade 
de infusão, a suplementação de nutrientes específicos ou a mudança de fórmulas 
nutricionais.
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1.6) LEGISLAÇÃO APLICADA À TERAPIA NUTRICIONAL
A RDC nº 21/2015 estabelece o regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral, 
visando assegurar a qualidade, a eficácia e a segurança dos produtos utilizados 
nessa modalidade terapêutica. A resolução define os critérios para a classificação das 
fórmulas, bem como os requisitos de rotulagem, composição, fabricação e 
armazenamento desses. Além disso, a RDC nº 21/2015 determina a necessidade de 
registro das fórmulas junto à ANVISA e a obrigatoriedade de notificação de eventos 
adversos relacionados ao uso desses produtos.
Já a RDC nº 503/2021 estabelece os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de 
Nutrição Enteral, abrangendo aspectos relacionados à prescrição, administração, 
monitorização e cuidados gerais com o paciente em terapia nutricional enteral. Essa 
resolução tem como objetivo garantir a adequação e a qualidade da assistência 
nutricional prestada aos pacientes que necessitam dessa modalidade terapêutica, 
reduzindo os riscos de complicações e promovendo a recuperação e a manutenção 
da saúde. 
A legislação aplicada à terapia nutricional é essencial para orientar a prática dos 
profissionaisenvolvidos no cuidado do paciente e garantir que a assistência prestada 
seja baseada em critérios técnicos e científicos atualizados. A adesão às normas 
estabelecidas pelas RDCs nº 21/2015 e 503/2021 contribui para a promoção de um 
atendimento nutricional seguro e de qualidade, favorecendo o alcance dos objetivos 
terapêuticos e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
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A imunomodulação refere-se à modulação do sistema imunológico por meio 
de intervenções nutricionais específicas, com o objetivo de melhorar a resposta 
imunológica e prevenir doenças. Diversos nutrientes desempenham papéis 
importantes na resposta imunológica, e sua adequada ingestão é essencial para 
manter a integridade e a funcionalidade do sistema imunológico (CHEMIN & MURA, 
2016).
Entre os nutrientes com ação imunomoduladora, destacam-se as vitaminas A, C, D 
e E, os minerais zinco, selênio e ferro, e os ácidos graxos ômega-3. Esses nutrientes 
atuam em diversos aspectos da resposta imunológica, como a proliferação e 
diferenciação de células imunes, a produção de anticorpos e a regulação da resposta 
inflamatória (ROSA & HERMSDORFF, 2020).
As intervenções nutricionais para modulação do sistema imunológico incluem a 
ingestão adequada de nutrientes imunomoduladores por meio de uma alimentação 
equilibrada e variada, conforme preconizado pelo Guia Alimentar para a População 
Brasileira (BRASIL, 2014). Além disso, em alguns casos, pode ser necessário o uso de 
suplementos alimentares contendo nutrientes específicos, como a vitamina D em 
indivíduos com deficiência dessa vitamina, visando otimizar a resposta imunológica 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
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A imunomodulação por meio de intervenções nutricionais tem sido aplicada em 
diferentes contextos clínicos, como no tratamento e prevenção de doenças crônicas, 
na terapia nutricional de pacientes hospitalizados e na nutrição oncológica. Nesses casos, 
a adequação da ingestão de nutrientes imunomoduladores pode contribuir para a 
melhoria da resposta imunológica, redução de complicações e promoção da 
recuperação e manutenção da saúde (WAITZBERG, 2017).
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A fitoterapia é uma prática terapêutica que utiliza plantas medicinais e seus derivados 
na prevenção, tratamento e promoção da saúde (BRASIL, 2014). Essa abordagem 
terapêutica baseia-se no conhecimento tradicional e científico sobre as propriedades 
medicinais das plantas, e tem sido cada vez mais reconhecida e integrada à prática 
médica e nutricional (CHEMIN & MURA, 2016).
Os conceitos básicos de fitoterapia envolvem o estudo das plantas medicinais, suas 
propriedades farmacológicas, a forma de preparo e administração, e as interações 
entre os fitoterápicos e outros medicamentos (ACCIOLY et al., 2009). Além disso, é 
fundamental considerar a segurança e eficácia dos tratamentos fitoterápicos, bem 
como as questões relacionadas à qualidade, controle e regulamentação dos produtos 
(ORNELLAS, 2013).
A fitoterapia pode ser aplicada em diversas áreas da saúde, como na prevenção e 
tratamento de doenças crônicas, como a hipertensão arterial (BARROSO et al., 2021), 
dislipidemias (FALUDI et al., 2017) e diabetes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 
2019). Além disso, a fitoterapia também tem sido utilizada na atenção primária à 
saúde, como parte das estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças 
(BRASIL, 2021).
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3.1) USO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NA NUTRIÇÃO
As plantas medicinais podem ser utilizadas de diferentes formas na nutrição, incluindo 
como complemento alimentar, como aditivo em alimentos funcionais ou como 
componente de fórmulas nutricionais. Além disso, os fitoterápicos podem ser usados 
como tratamento coadjuvante em diversas condições de saúde, como hipertensão 
arterial (BARROSO et al., 2021), dislipidemias (FALUDI et al., 2017) e diabetes (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
Na área da nutrição, o uso de plantas medicinais e fitoterápicos pode contribuir para a 
melhoria do estado nutricional, a redução da inflamação e o fortalecimento do sistema 
imunológico. Além disso, alguns fitoterápicos podem ajudar a reduzir os efeitos adversos 
de tratamentos farmacológicos, como na terapia nutricional em unidades de terapia 
intensiva (TOLEDO & CASTRO, 2019) e na nutrição oncológica.
O uso de plantas medicinais e fitoterápicos na nutrição também pode afetar a 
biodisponibilidade de nutrientes, uma vez que algumas substâncias presentes 
nessas plantas podem interferir na absorção, transporte e metabolismo de nutrientes 
(COZZOLINO, 2021). Dessa forma, é fundamental que os profissionais de saúde e 
nutrição estejam familiarizados com as possíveis interações entre fitoterápicos 
e nutrientes, a fim de planejar e implementar estratégias nutricionais adequadas 
(ACCIOLY et al., 2009).
No âmbito da gestão de unidades de alimentação e nutrição, é importante considerar 
os aspectos relacionados à seleção, preparo e armazenamento de plantas medicinais 
e fitoterápicos, garantindo a qualidade e a segurança desses produtos (ABREU et al., 
2016; SILVA JÚNIOR, 2014). Além disso, é necessário seguir as regulamentações e 
diretrizes específicas para a utilização de fitoterápicos na nutrição, como a RDC nº 21 
(2015) e a RDC nº 503 (2021), que estabelecem os requisitos mínimos para a terapia de 
nutrição enteral e para a utilização de fórmulas e produtos fitoterápicos.
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A seguir, são apresentados alguns exemplos: 
1. Chá verde (Camellia sinensis): Rico em catequinas, o chá verde é conhecido por suas 
propriedades antioxidantes e termogênicas, podendo auxiliar na perda de peso e no 
controle dos níveis de colesterol (FALUDI et al., 2017).
2. Alho (Allium sativum): O alho possui propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas 
e antioxidantes. Pode ser utilizado na nutrição para ajudar a reduzir a pressão arterial, 
prevenir doenças cardiovasculares e fortalecer o sistema imunológico (BARROSO et al., 
2021).
3. Cúrcuma (Curcuma longa): A cúrcuma, ou açafrão-da-terra, é rica em curcumina, 
uma substância com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e anticancerígenas. 
Pode ser utilizadana nutrição para auxiliar na prevenção e tratamento de doenças 
inflamatórias e do câncer (INSTITUTO NACIONAL DE C NCER, 2015; 2016).
4. Gengibre (Zingiber officinale): O gengibre possui propriedades anti-inflamatórias, 
antioxidantes e gastroprotetoras, podendo ser usado na nutrição para melhorar a 
digestão, reduzir náuseas e vômitos, e auxiliar no tratamento de doenças inflamatórias 
e gastrintestinais (ROSA & HERMSDORFF, 2020).
5. Chia (Salvia hispanica): A chia é uma semente rica em fibras, proteínas, ômega-3 
e minerais, como cálcio e magnésio. Pode ser utilizada na nutrição para melhorar 
a saciedade, regular o trânsito intestinal e auxiliar na manutenção da saúde óssea e 
cardiovascular (BRASIL, 2014).
6. Canela (Cinnamomum zeylanicum): A canela possui propriedades antioxidantes e 
anti-inflamatórias, além de ajudar na regulação dos níveis de açúcar no sangue, sendo 
útil na nutrição para pessoas com diabetes ou resistência à insulina (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
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7. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia): A espinheira-santa possui propriedades 
gastroprotetoras e antiulcerogênicas, podendo ser usada na nutrição para auxiliar no 
tratamento de úlceras gástricas e gastrite (PHILIPPI, 2019). 
Embora os fitoterápicos sejam derivados de plantas e, muitas vezes, considerados mais 
naturais, eles não estão isentos de contraindicações, efeitos colaterais e interações 
entre si e com nutrientes. Alguns exemplos incluem:
1. Contraindicações: Algumas plantas medicinais não são recomendadas para 
determinados grupos de pessoas, como gestantes, lactantes, crianças, idosos e pessoas 
com condições de saúde específicas. Por exemplo, a erva-de-são-joão (Hypericum 
perforatum), utilizada como antidepressivo natural, não é indicada durante a gravidez ou 
lactação (ACCIOLY et al., 2009).
2. Efeitos colaterais: Mesmo sendo naturais, os fitoterápicos podem causar efeitos 
colaterais se consumidos em excesso ou de forma inadequada. O gengibre, por exemplo, 
pode causar desconforto gástrico e azia quando consumido em grandes quantidades 
(ROSA & HERMSDORFF, 2020).
3. Interações entre fitoterápicos: Algumas plantas medicinais podem interagir entre 
si, potencializando ou reduzindo seus efeitos. Por exemplo, a erva-de-são-joão pode 
diminuir a eficácia de outros medicamentos, como anticoncepcionais e antidepressivos 
(CHEMIN & MURA, 2016).
4. Interações entre fitoterápicos e nutrientes: Algumas plantas medicinais podem 
interferir na absorção ou metabolismo de nutrientes. Por exemplo, o chá verde (Camellia 
sinensis) pode inibir a absorção de ferro não heme, podendo agravar a deficiênca de 
ferro em pessoas predispostas (COZZOLINO, 2021).
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5. Absorção de nutrientes: certas substâncias presentes em plantas medicinais podem 
formar complexos com nutrientes, dificultando sua absorção pelo organismo. Por 
exemplo, os taninos encontrados no chá preto e no chá verde podem se ligar ao ferro 
não heme, reduzindo sua absorção (COZZOLINO, 2021). Além disso, o ácido oxálico 
presente no espinafre e no ruibarbo pode se ligar ao cálcio, formando oxalato de cálcio, 
o que dificulta a absorção do cálcio (PHILIPPI, 2019).
6. Transporte de nutrientes: algumas substâncias presentes em plantas medicinais 
podem alterar a forma como os nutrientes são transportados no organismo. Por exemplo, 
a curcumina presente no açafrão-da-terra (Curcuma longa) pode interferir no transporte 
de vitamina D, afetando sua biodisponibilidade (COZZOLINO, 2021).
7. Metabolismo de nutrientes: certas substâncias presentes em plantas medicinais 
podem afetar o metabolismo de nutrientes, alterando sua função no organismo. Por 
exemplo, a erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) pode aumentar a atividade 
das enzimas do citocromo P450, o que pode levar a um metabolismo mais rápido de 
certos medicamentos e nutrientes, reduzindo seus efeitos terapêuticos (CHEMIN & 
MURA, 2016).
Dada a possibilidade de contraindicações, efeitos colaterais e interações, é 
fundamental consultar um profissional de saúde e nutrição antes de utilizar 
fitoterápicos, especialmente se a pessoa estiver fazendo uso de outros 
medicamentos ou apresentar alguma condição de saúde específica. O 
acompanhamento e a orientação adequada são essenciais para garantir o uso seguro 
e eficaz desses produtos.
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Dietas hospitalares desempenham um papel fundamental no tratamento e 
recuperação de pacientes internados em hospitais e outras instituições de saúde. 
Essas dietas são desenvolvidas considerando o estado clínico, as condições 
fisiológicas e os objetivos terapêuticos de cada paciente (CHEMIN & MURA, 2016). Podem 
ser classificadas em quatro categorias principais: dietas normais, restritas, modificadas 
em consistência e terapêuticas.
1. Dietas normais: são as dietas padrão, adequadas para pacientes que não apresentam 
restrições específicas relacionadas à alimentação. Geralmente, incluem todos os 
grupos alimentares e fornecem a quantidade adequada de calorias, proteínas, 
carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais para promover a saúde e a recuperação 
do paciente (CHEMIN & MURA, 2016).
2. Dietas restritas: são aquelas que impõem restrições em determinados nutrientes 
ou alimentos, de acordo com as necessidades do paciente. Entre as dietas restritas, 
destacam-se (CHEMIN & MURA, 2016):
a) Hipossódicas: indicadas para pacientes com hipertensão arterial, insuficiência 
cardíaca ou doença renal, essa dieta restringe a quantidade de sódio para ajudar 
a controlar a pressão arterial e a retenção de líquidos.
b) Hipoglicêmicas: recomendadas para pacientes diabéticos ou com intolerância 
à glicose, essa dieta tem como objetivo controlar os níveis de glicose no sangue, 
limitando a ingestão de carboidratos simples e priorizando carboidratos complexos e 
fibras.
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c) Hipolipídicas: destinadas a pacientes com hiperlipidemia, doenças cardiovasculares 
ou pancreatite, essa dieta limita a ingestão de gorduras, especialmente as saturadas 
e trans, e prioriza o consumo de gorduras insaturadas, como as presentes em peixes, 
nozes e azeite.
3. Dietas modificadas em consistência: essas dietas têm como objetivo facilitar a 
ingestão e a digestão de alimentos, de acordo com as condições clínicas do paciente. 
Entre elas, destacam-se (CHEMIN & MURA, 2016): 
a) Pastosa: indicada para pacientes com dificuldade de mastigação ou deglutição, 
essa dieta consiste em alimentos triturados ou amassados, que tenham uma textura 
macia e homogênea.
b) Blanda:recomendada para pacientes com problemas gastrointestinais, como 
gastrite e úlceras, essa dieta inclui alimentos de fácil digestão e evita alimentos 
condimentados, gordurosos e gasogênicos.
c) Líquida: destinada a pacientes que necessitam de um período de repouso do 
trato gastrointestinal ou que apresentam dificuldades de deglutição, essa dieta 
consiste em líquidos e alimentos líquidos, como sopas, caldos e sucos.
Dietas terapêuticas: são prescritas para pacientes com condições clínicas específicas 
que exigem um manejo nutricional especializado, como doenças renais, câncer 
e diabetes. Essas dietas são elaboradas de acordo com as necessidades e 
restrições individuais de cada paciente, visando promover a recuperação e o controle 
dos sintomas e complicações associadas à doença (CHEMIN & MURA, 2016). Algumas 
dietas terapêuticas incluem:
a) Dieta renal: indicada para pacientes com doença renal crônica, essa dieta restringe 
a ingestão de sódio, potássio, fósforo e proteínas, conforme a necessidade individual. 
O objetivo é diminuir a sobrecarga dos rins e retardar a progressão da doença.
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b) Dieta oncológica: destinada a pacientes em tratamento de câncer, essa dieta 
visa fornecer nutrientes essenciais para manutenção da imunidade, recuperação 
e cicatrização dos tecidos afetados pela doença e pelos tratamentos, como 
quimioterapia e radioterapia. As recomendações podem variar de acordo com o tipo e 
o estágio do câncer, assim como os efeitos colaterais experimentados pelo paciente.
c) Dieta diabética: prescrita para pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2, essa dieta 
tem como objetivo controlar os níveis de glicose no sangue, promovendo a ingestão 
adequada de carboidratos, fibras, proteínas, gorduras e micronutrientes. A dieta 
diabética deve ser planejada considerando as preferências alimentares, o estilo de vida 
e os objetivos terapêuticos do paciente.
4.1) PREPARO PARA EXAMES
O preparo para exames é uma etapa crucial no diagnóstico e acompanhamento 
de diversas condições de saúde. Algumas investigações, como endoscopias e 
colonoscopias, requerem um cuidado especial com a alimentação prévia ao exame 
para assegurar a precisão dos resultados e a segurança do paciente (ORNELLAS, 2013).
Nesses casos, é comum que sejam prescritas dietas específicas, que podem envolver 
a restrição de alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, frutas e legumes com 
casca, e a inclusão de líquidos claros, como água, chá e sucos coados. Essas medidas 
visam facilitar a visualização das estruturas internas do trato gastrointestinal e reduzir o 
risco de complicações durante o procedimento (ORNELLAS, 2013). 
Além disso, em alguns casos, pode ser necessário realizar um jejum, que varia em 
duração conforme o exame e as condições do paciente. O jejum tem como objetivo 
esvaziar o trato gastrointestinal, permitindo uma melhor visualização das estruturas e 
evitando possíveis interações entre o conteúdo gástrico e os instrumentos utilizados 
no procedimento (ORNELLAS, 2013).
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O cumprimento das orientações dietéticas para o preparo de exames é fundamental 
para garantir a qualidade e a acurácia dos resultados obtidos. Portanto, é essencial 
que o paciente siga rigorosamente as instruções fornecidas pelos profissionais de 
saúde responsáveis pelo exame, esclarecendo quaisquer dúvidas sobre a dieta e o 
jejum a serem adotados (ORNELLAS, 2013).
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Doenças carenciais e saúde dentária estão intimamente relacionadas, visto que a 
nutrição adequada é fundamental para a manutenção de dentes e gengivas saudáveis. 
Diversos nutrientes têm papel importante na saúde bucal, como cálcio, fósforo, vitamina 
D, vitamina C e flúor (ACCIOLY et al., 2009).
A deficiência de cálcio e fósforo pode levar a problemas dentários, como cárie e 
doença periodontal, devido ao papel desses minerais na formação e manutenção 
do esmalte dentário (COZZOLINO, 2021). A vitamina D é essencial para a absorção 
de cálcio e, portanto, sua deficiência também pode afetar negativamente a saúde 
dentária (BRASIL, 2014).
A vitamina C desempenha um papel crucial na síntese de colágeno, que é fundamental 
para a saúde das gengivas. A deficiência de vitamina C pode resultar em gengivite 
e sangramento gengival, sendo a escorbuto a manifestação mais grave dessa 
deficiência (PHILIPPI, 2019).
O flúor é outro elemento importante para a saúde dentária, pois atua na prevenção 
da cárie dentária ao fortalecer o esmalte dos dentes. A água fluoretada e produtos 
de higiene bucal contendo flúor são estratégias comuns para garantir a ingestão 
adequada deste elemento (BRASIL, 2021).
Para prevenir doenças carenciais e promover a saúde dentária, é fundamental manter 
uma dieta equilibrada, rica em alimentos naturais e minimamente processados, como 
frutas, legumes, cereais integrais, laticínios e carnes magras (BRASIL, 2014). Além disso, 
a higiene bucal adequada, incluindo escovação e uso de fio dental, e visitas regulares 
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As interações droga-nutriente são situações em que um medicamento afeta a 
absorção, metabolismo ou excreção de um nutriente, ou vice-versa, podendo ter 
impactos significativos na eficácia do tratamento e na saúde do paciente (CHEMIN & 
MURA, 2016). Existem diferentes tipos de interações, e é importante compreendê-las 
para garantir uma terapia eficaz e segura.
A interação entre medicamentos e nutrientes pode ocorrer em várias etapas, como 
absorção, metabolismo, transporte ou excreção. Por exemplo, alguns medicamentos 
podem interferir na absorção de nutrientes no trato gastrointestinal, reduzindo a 
biodisponibilidade dos nutrientes e aumentando o risco de deficiências nutricionais 
(COZZOLINO, 2021). Alguns exemplos de medicamentos que podem afetar a absorção 
de nutrientes incluem:
1. Antiácidos: Medicamentos antiácidos, como hidróxido de alumínio e magnésio, 
podem interferir na absorção de fosfato, reduzindo sua biodisponibilidade. Além 
disso, antiácidos à base de cálcio podem diminuir a absorção de ferro quando 
tomados juntos.
2. Antibióticos: Alguns antibióticos, como as tetraciclinas e as quinolonas, podem formar 
complexos insolúveis com minerais, como cálcio, magnésio, ferro e zinco, diminuindo 
sua absorção. Para evitar essa interação, é recomendado tomar esses medicamentos 
pelo menos duas horas antes ou quatro horas depois da ingestão de alimentos ricos 
nesses minerais.
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3. Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Medicamentos como omeprazol e lansoprazol, 
utilizados para reduzir a produção de ácido gástrico, podem interferir na absorção 
de vitamina B12 e cálcio. A redução do ácido gástrico pode dificultar a dissociação 
da vitamina B12 dos alimentos, enquanto a diminuição da acidez do estômago pode 
afetar a solubilidade do cálcio.
4. Orlistat: Orlistat é um medicamento utilizado no tratamento da obesidade, que atua 
inibindo a ação das lipases gastrointestinais, enzimas responsáveis pela digestão das 
gorduras. O uso desse medicamento pode levar a uma diminuição na absorção de 
vitaminas lipossolúveis, como as vitaminas A, D, E e K.
5. Metformina: A metformina, um medicamento antidiabético, pode interferir na 
absorção da vitamina B12, levando a uma diminuição de seus níveis séricos em 
pacientes em uso prolongado.
Colestiramina e colestipol: Esses medicamentos são utilizados para reduzir os níveis 
de colesterol no sangue e podem afetar a absorção de vitaminas lipossolúveis e 
ácidos graxos essenciais.
As interações também podem ocorrer no metabolismo de nutrientes, como no caso 
de medicamentos que afetam a atividade das enzimas do fígado envolvidas na 
biotransformação de nutrientes e outras substâncias. Isso pode levar a um aumento 
ou diminuição na eficácia de um medicamento, ou ao acúmulo de metabólitos tóxicos. 
Essas interações podem afetar a forma como os nutrientes são processados, 
armazenados ou excretados pelo organismo, levando a alterações no equilíbrio 
nutricional (COZZOLINO, 2021; ACCIOLY et al., 2009). Algumas interações medicamento-
nutriente que envolvem o metabolismo incluem:
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1. Anticonvulsivantes: Medicamentos como fenitoína, carbamazepina e ácido valproico, 
utilizados no tratamento da epilepsia, podem interferir no metabolismo da vitamina D e 
do ácido fólico. O uso crônico desses medicamentos pode levar à diminuição dos níveis 
de vitamina D e aumento do risco de osteoporose, além de causar deficiência de ácido 
fólico, especialmente em mulheres grávidas (ACCIOLY et al., 2009).
2. Diuréticos: Alguns diuréticos, como a furosemida e a hidroclorotiazida, podem afetar o 
equilíbrio de eletrólitos no organismo, levando à perda excessiva de potássio, magnésio 
e cálcio. Essa perda pode resultar em hipocalemia, hipomagnesemia e hipocalcemia, 
com potenciais efeitos adversos à saúde (BARROSO et al., 2021).
3. Anticoagulantes: A varfarina, um anticoagulante comum, pode ter sua ação 
potencializada ou inibida pela ingestão de alimentos ricos em vitamina K, como vegetais 
de folhas verdes. A vitamina K é essencial para a coagulação sanguínea e uma ingestão 
irregular pode levar a alterações na eficácia do medicamento (CHEMIN; MURA, 2016).
4. Levodopa: A levodopa, um medicamento utilizado no tratamento da doença de 
Parkinson, pode ter sua absorção e metabolismo afetados pela ingestão de alimentos 
ricos em proteínas. A competição entre a levodopa e os aminoácidos das proteínas 
pela absorção pode resultar em uma menor disponibilidade do medicamento, 
reduzindo sua eficácia (PHILIPPI, 2019).
5. Isoniazida: A isoniazida, um medicamento usado no tratamento da tuberculose, 
pode interferir no metabolismo da vitamina B6 (piridoxina), aumentando o risco de 
neuropatia periférica. Para prevenir esse efeito adverso, a suplementação de 
vitamina B6 pode ser indicada durante o tratamento (ROSA; HERMSDORFF, 2020).
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Algumas interações droga-nutriente são bem conhecidas e podem ser gerenciadas 
com ajustes na terapia medicamentosa ou na dieta do paciente. Por exemplo, a 
ingestão concomitante de alimentos ricos em fibras e alguns medicamentos, como 
antibióticos, pode reduzir a absorção do medicamento, diminuindo sua eficácia 
(ORNELLAS, 2013). Nesses casos, é importante orientar o paciente a tomar o 
medicamento em horários diferentes das refeições para minimizar a interação.
Além disso, existem medicamentos que podem afetar o apetite, a ingestão e a 
utilização de nutrientes, como no caso de corticosteroides, que aumentam o risco 
de desnutrição e osteoporose devido à diminuição da absorção de cálcio e ao 
aumento da excreção de potássio (BRASIL, 2014). Alguns outros exemplos de 
medicamentos que podem afetar o apetite são;
1. Alguns antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina 
(ISRS), como fluoxetina e sertralina, podem causar diminuição do apetite e perda de 
peso (ACCIOLY et al., 2009). Por outro lado, outros antidepressivos tricíclicos, como 
amitriptilina e imipramina, podem aumentar o apetite e causar ganho de peso (ROSA; 
HERMSDORFF, 2020).
2. Ansiolíticos: Medicamentos ansiolíticos, como os benzodiazepínicos (diazepam, 
alprazolam), podem afetar o apetite, levando ao aumento ou diminuição do consumo 
alimentar, dependendo do indivíduo e da dose utilizada (CHEMIN; MURA, 2016).
3. Corticosteroides: Medicamentos corticosteroides, como prednisona e dexametasona, 
frequentemente levam ao aumento do apetite e ao ganho de peso, especialmente 
quando usados em doses elevadas ou por longos períodos (BRASIL, 2014).
4. Estimulantes do sistema nervoso central: Medicamentos estimulantes, como 
metilfenidato e anfetaminas, usados no tratamento do transtorno de déficit de atenção 
e hiperatividade (TDAH), geralmente causam diminuição do apetite e perda de peso 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
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5. Antipsicóticos: Alguns antipsicóticos, como olanzapina e clozapina, podem causar 
aumento significativo do apetite e ganho de peso, aumentando o risco de obesidade e 
doenças metabólicas (TOLEDO; CASTRO, 2019).
6. Antineoplásicos: Alguns medicamentos antineoplásicos, usados no tratamento 
do câncer, podem causar alterações no apetite, levando à diminuição do consumo 
alimentar e perda de peso (INSTITUTO NACIONAL DE C NCER, 2015). 
Para evitar ou minimizar as interações droga-nutriente, é fundamental que profissionais 
de saúde, como médicos, nutricionistas e farmacêuticos, trabalhem em conjunto na 
avaliação, monitoramento e orientação dos pacientes. A educação dos pacientes 
também é essencial para garantir a adesão ao tratamento e a compreensão das 
possíveis interações entre medicamentos e nutrientes (WAITZBERG, 2017).
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7.1) DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição crônica que ocorre 
quando o conteúdo gástrico retorna ao esôfago, causando sintomase, potencialmente, 
lesões na mucosa esofágica (ABREU et al., 2016). 
Fisiopatologia: A DRGE ocorre devido à disfunção do esfíncter esofágico inferior (EEI), 
que normalmente impede o refluxo do conteúdo gástrico ao esôfago. A diminuição do 
tônus do EEI ou o relaxamento inadequado do mesmo permite que o ácido gástrico 
e outros componentes reflitam para o esôfago, causando inflamação e sintomas 
(COZZOLINO, 2021).
Causas: Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento da DRGE, incluindo 
obesidade, dieta rica em alimentos gordurosos, cafeína, álcool e tabagismo. Além disso, 
algumas condições médicas, como a hérnia de hiato, também podem aumentar o risco 
de DRGE (BRASIL, 2014).
Sintomas: Os sintomas mais comuns da DRGE incluem azia (sensação de queimação 
no peito), regurgitação ácida, dor no peito e dificuldade para engolir. Além disso, pode 
haver sintomas atípicos, como tosse crônica, rouquidão, asma e dor no ouvido (ABREU 
et al., 2016).
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Tratamento: O tratamento da DRGE tem como objetivo controlar os sintomas, 
promover a cicatrização da mucosa esofágica e prevenir complicações. As 
abordagens terapêuticas incluem mudanças no estilo de vida, como perda de 
peso, evitar alimentos desencadeantes, elevar a cabeceira da cama e evitar 
deitar-se logo após as refeições. No tratamento farmacológico, os medicamentos 
mais utilizados são os inibidores da bomba de prótons (IBPs) e antagonistas dos 
receptores H2 (ACCIOLY et al., 2009). Em casos refratários ou com complicações, a 
cirurgia antirrefluxo pode ser indicada (PHILIPPI, 2019) 
Gastrite e úlcera péptica
Gastrite e úlcera péptica são doenças gastrointestinais que afetam o revestimento do 
estômago e/ou do duodeno (primeira parte do intestino delgado). Ambas apresentam 
inflamação e lesões na mucosa, mas com diferentes características e gravidades 
(ACCIOLY et al., 2009).
Fisiopatologia: A gastrite é caracterizada por inflamação aguda ou crônica da mucosa 
gástrica, enquanto a úlcera péptica envolve a formação de lesões ulcerativas 
que penetram na camada muscular da mucosa. Ambas estão relacionadas a um 
desequilíbrio entre fatores agressivos, como ácido gástrico e pepsina, e fatores 
protetores da mucosa, como muco e bicarbonato (ROSA; HERMSDORFF, 2020).
Causas: As causas mais comuns de gastrite e úlcera péptica são a infecção pela 
bactéria Helicobacter pylori e o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios 
não esteroidais (AINEs). Outros fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo 
de álcool, estresse e predisposição genética (BRASIL, 2014).
Sintomas: Os sintomas de gastrite e úlcera péptica podem variar e incluir dor ou 
desconforto abdominal, náuseas, vômitos, azia, inchaço e perda de apetite. Nos 
casos de úlcera péptica, a dor costuma ser mais intensa e localizada. Complicações, 
como hemorragia e perfuração, também podem ocorrer, principalmente em úlceras 
pépticas (CHEMIN; MURA, 2016).
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Diagnóstico: O diagnóstico de gastrite e úlcera péptica é baseado na avaliação dos 
sintomas, histórico médico, exame físico e exames complementares, como endoscopia 
digestiva alta (com biópsia, se necessário), testes para detecção do H. pylori e, em casos 
específicos, exames radiológicos (PHILIPPI, 2019).
Tratamento: O tratamento de gastrite e úlcera péptica tem como objetivo aliviar os 
sintomas, promover a cicatrização das lesões e prevenir complicações. A abordagem 
terapêutica inclui a erradicação do H. pylori (quando presente), uso de medicamentos 
para reduzir a produção de ácido gástrico (como inibidores da bomba de prótons e 
antagonistas do receptor H2), suspensão ou substituição de AINEs, além de orientações 
sobre alimentação e mudanças no estilo de vida (TOLEDO; CASTRO, 2019). Em casos de 
complicações ou úlceras refratárias, a cirurgia pode ser indicada (WAITZBERG, 2017).
Doença inflamatória intestinal (DII)
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é um termo que engloba duas doenças crônicas 
do trato gastrointestinal, a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Ambas são 
caracterizadas pela inflamação persistente da mucosa gastrointestinal, causando 
sintomas e complicações (ABREU et al., 2016).
Fisiopatologia: A fisiopatologia da DII é complexa e envolve fatores genéticos, 
ambientais, imunológicos e a microbiota intestinal. A inflamação ocorre devido a uma 
resposta imunológica desregulada contra a microbiota intestinal, resultando em lesões 
na mucosa gastrointestinal (ROSA; HERMSDORFF, 2020).
Causas: As causas exatas da DII ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-
se que fatores genéticos, ambientais (como tabagismo e uso de medicamentos), dieta 
e a composição da microbiota intestinal possam influenciar o desenvolvimento da 
doença (BRASIL, 2014).
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Sintomas: Os sintomas da DII variam de acordo com a localização e a extensão da 
inflamação. Os sintomas comuns incluem diarreia, dor abdominal, perda de peso, fadiga, 
febre e sangramento retal. Em casos mais graves, podem ocorrer complicações como 
fístulas, abscessos e obstrução intestinal (ACCIOLY et al., 2009).
Diagnóstico: O diagnóstico da DII é baseado na avaliação dos sintomas, exame físico 
e exames complementares, como endoscopia digestiva (colonoscopia com biópsia), 
tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames laboratoriais (CHEMIN; 
MURA, 2016).
Tratamento: O tratamento da DII tem como objetivo controlar os sintomas, reduzir 
a inflamação, promover a cicatrização da mucosa gastrointestinal e prevenir 
complicações. As abordagens terapêuticas incluem medicamentos anti-inflamatórios, 
como aminossalicilatos, corticosteroides, imunomoduladores e terapias biológicas 
(PHILIPPI, 2019). Além disso, a terapia nutricional é fundamental para corrigir 
deficiências nutricionais, melhorar a qualidade de vida e reduzir a necessidade de 
hospitalização (VAN AANHOLT et al., 2018). Em casos refratários ou com complicações, 
a cirurgia pode ser indicada (WAITZBERG, 2017).
Síndrome do intestino irritável (SII)
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma desordem gastrointestinal funcional que 
afeta o intestino grosso (cólon) e é caracterizada por sintomas crônicos, como dor 
abdominal, desconforto e alterações no hábito intestinal (diarreia, constipação ou 
alternância entre ambos) (ROSA; HERMSDORFF, 2020).
Fisiopatologia: A fisiopatologia da SII é multifatorial e ainda não completamente 
compreendida. Envolve alterações na motilidade intestinal, hipersensibilidade 
visceral, disbiose (desequilíbrio da flora intestinal), inflamação de baixo grau, fatores 
psicossociais e genéticos, e alterações no eixo cérebro-intestino (CHEMIN; MURA, 2016).
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Causas: As causas exatas da SII são desconhecidas, mas alguns fatores de risco incluem 
predisposição genética, histórico de infecções gastrointestinais, estresse psicológico 
e sensibilidade a certos alimentos (FODMAPs - Fermentable Oligosaccharides, 
Disaccharides, Monosaccharides, and Polyols) (BRASIL, 2014).
Sintomas: Os sintomas da SII variam entre os indivíduos, mas geralmente incluem dor 
abdominal, inchaço, flatulência, diarreia, constipação ou alternância entre ambos. Os 
sintomas costumam ser aliviados com a evacuação e podem piorar após a ingestão de 
certos alimentos ou durante períodos de estresse (ACCIOLY et al., 2009).
Diagnóstico: O diagnóstico da SII é baseado na avaliação clínica, considerando critérios 
de Roma IV (presença de dor abdominal pelo menos 1 dia por semana nos últimos 3 
meses, associada à mudança na frequência ou na forma das fezes), descartando outras 
doenças que possam causar sintomas semelhantes por meio de exames laboratoriais, 
endoscópicos e radiológicos, conforme necessário (PHILIPPI, 2019).
Tratamento: O tratamento da SII é voltado para o alívio dos sintomas e melhoria 
da qualidade de vida. Envolve abordagem multidisciplinar, incluindo orientação 
nutricional (dieta pobre em FODMAPs, aumento da ingestão de fibras, hidratação 
adequada), uso de medicamentos (antiespasmódicos, laxantes, antidiarreicos, 
probióticos, antidepressivos), terapia cognitivo-comportamental e técnicas 
de gerenciamento de estresse (TOLEDO; CASTRO, 2019). O tratamento deve 
ser individualizado, levando em consideração a gravidade dos sintomas e as 
características específicas de cada paciente (WAITZBERG, 2017).
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7.2) DOENÇAS HEPÁTICAS
Hepatites virais 
Hepatites virais são infecções causadas por vírus que afetam o fígado, levando à 
inflamação e, em casos mais graves, a cirrose e câncer de fígado (ACCIOLY et al., 2009). 
Existem cinco tipos principais de hepatites virais: A, B, C, D e E, sendo os tipos B e C os 
mais comuns e graves (BRASIL, 2014).
Fisiopatologia: Os vírus das hepatites se replicam no fígado, causando inflamação e 
destruição das células hepáticas. A resposta imunológica do organismo contra o vírus 
também contribui para a inflamação hepática, levando ao dano do fígado e, em casos 
crônicos, à cirrose e câncer de fígado (ROSA; HERMSDORFF, 2020).
Causas: A transmissão dos vírus das hepatites varia de acordo com o tipo:
• Hepatite A: transmissão fecal-oral, geralmente através de água ou alimentos 
contaminados.
• Hepatite B: transmissão parenteral (sangue e fluidos corporais), sexual, vertical (mãe-
filho) e por compartilhamento de objetos contaminados.
• Hepatite C: transmissão parenteral, principalmente por transfusão sanguínea e uso 
compartilhado de seringas.
• Hepatite D: ocorre apenas em indivíduos infectados com o vírus da hepatite B.
• Hepatite E: transmissão fecal-oral, semelhante à hepatite A (BRASIL, 2021).
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NUTRIÇÃO
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Sintomas: Muitos casos de hepatites virais são assintomáticos ou apresentam sintomas 
leves e inespecíficos, como fadiga, náuseas, perda de apetite e febre baixa. Alguns 
casos podem evoluir para icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), urina 
escura, fezes claras, dor abdominal e aumento do fígado (hepatomegalia) (CHEMIN; 
MURA, 2016).
Diagnóstico: O diagnóstico das hepatites virais é baseado na história clínica, exame 
físico e exames laboratoriais, como sorologia (detecção de anticorpos e antígenos) e 
testes moleculares (detecção de RNA ou DNA viral) específicos para cada tipo de vírus 
(PHILIPPI, 2019).
Tratamento: O tratamento das hepatites virais depende do tipo e da gravidade da 
infecção:
• Hepatite A: geralmente autolimitada, não requer tratamento específico, apenas suporte 
sintomático e medidas preventivas (vacinação, saneamento básico e higiene pessoal).
• Hepatite B: em casos agudos, o tratamento é de suporte; em casos crônicos, pode 
ser indicado tratamento antiviral (análogos de nucleosídeos ou nucleotídeos, 
interferon peguilado).
Hepatite C: tratamento com antivirais de ação direta (DAAs), geralmente associados 
em esquemas terapêuticos, que variam de acordo com o genótipo do vírus e o 
perfil clínico do paciente.
• Hepatite D: o tratamento é semelhante ao da hepatite B crônica, com o uso de 
interferon peguilado.
• Hepatite E: geralmente autolimitada, o tratamento é de suporte. Em casos mais 
graves, especialmente em gestantes, pode ser necessário tratamento antiviral 
com ribavirina (TOLEDO; CASTRO, 2019).
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Prevenção: A prevenção das hepatites virais inclui medidas como:
• Vacinação contra hepatites A e B.
• Saneamento básico e práticas de higiene pessoal.
• Uso de preservativos durante relações sexuais.
• Não compartilhamento de seringas, agulhas e outros objetos cortantes.
• Rastreamento e testagem de doadores de sangue e órgãos (BRASIL, 2014). 
É importante ressaltar que, além do tratamento médico, é fundamental o 
acompanhamento nutricional para otimizar a recuperação e prevenir complicações 
em pacientes com hepatites virais. A dieta deve ser balanceada e rica em nutrientes, 
com especial atenção à ingestão adequada de proteínas e calorias, bem como à 
restrição de gorduras e sal em casos de cirrose e hipertensão portal (COZZOLINO, 
2021; WAITZBERG, 2017).
Doença hepática alcoólica
Fisiopatologia: A DHA é resultado do consumo excessivo e prolongado de álcool, 
levando à inflamação, degeneração e necrose do tecido hepático. O etanol e seus 
metabólitos, como o acetaldeído, causam estresse oxidativo, inflamação e alterações 
na síntese e degradação de lipídios no fígado (ROSA; HERMSDORFF, 2020).
Causas: A principal causa da DHA é o consumo crônico e excessivo de álcool.
Sintomas: A DHA pode ser assintomática ou apresentar sintomas como fadiga, dor 
abdominal, icterícia, febre, ascite, encefalopatia hepática e insuficiência hepática. 
Diagnóstico: O diagnóstico é feito com base na história clínica, exames de sangue 
(como enzimas hepáticas, bilirrubina e albumina) e exames de imagem (ultrassonografia, 
tomografia ou ressonância magnética). Biópsia hepática pode ser realizada em casos 
específicos (COZZOLINO, 2021).
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Tratamento: O tratamento inclui a abstinência total de álcool, terapia nutricional 
adequada, medicamentos para aliviar sintomas e complicações, e, em casos graves, 
transplante de fígado (WAITZBERG, 2017).
Esteatohepatite não alcoólica
Fisiopatologia:

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