Aula - Enfermidades parasitárias em ruminantes e pequenos ruminantes

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ENFERMIDADES 
PARASITÁRIAS 
EM 
RUMINANTES E 
PEQUENOS 
RUMINANTES
Clínica Médica de Grandes Animais
M.V. Esp. Prof.ª Juliana Zambelli
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EIMERIOSE
ENFERMIDADES PARASITÁRIAS DE 
RUMINANTES E PEQUENOS RUMINANTES
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Introdução
• Conhecidos como coccídeos intestinais
• Desenvolvem eimeriose ou coccidiose
Enfermidades parasitárias 
Etiologia
• A coccidiose é causada por coccídeos do gênero Eimeria que infectam 
preferencialmente células intestinais dos ruminantes
• Estes animais são parasitados por um grande número de espécies de 
Eimeria
• Apresentam acentuada especificidade em relação ao hospedeiro
Enfermidades parasitárias 
Etiologia
• A patogenicidade varia com a espécie 
• Poucas são consideradas patogênicas o suficiente para causarem 
manifestações clínicas da doença
• As infecções são em geral mistas e nos casos clínicos de coccidiose é comum 
a presença de mais de uma espécie de Eimeria que interagem para produzir 
as alterações patológicas observadas
Enfermidades parasitárias 
Epidemiologia
Patogenia
• Quando a infecção é muito intensa ocorre destruição de áreas muito 
extensas do intestino
• Desprendimento de fragmentos de mucosa e hemorragias, que podem 
ser observados nas fezes
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Patogenia
1. Síndrome de má absorção
• Aumento da osmolaridade do conteúdo intestinal e passagem de líquido para a luz do 
órgão
2. Atrofia das vilosidades
• da absorção de lipídeos, glicídeos, proteínas e vitaminas
Má absorção de dissacarídeos (lactose) permanência na luz intestinal fermentação microbiana: gases 
e aumento da pressão osmótica intraluminal diarreia
Características clínicas
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Diagnóstico
• Anamnese
• Informações sobre o manejo e sistema de criação
• Sinais clínicos
• Lesões macroscópicas à necropsia
• Demonstração de formas endógenas do parasito nos tecidos afetados
• Exame de fezes
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Tratamento
• Adoção de medidas sanitárias e de manejo
• Tratamento dos animais doentes 
• Uso preventivo de drogas anticoccídicas
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Tratamento
• Sulfas
• Amprólio
• Decoquinato
• Antibióticos ionofóricos (monensina, salinomicina, lasalocida)
• Toltrazuril
Os animais doentes devem receber 
tratamento sintomático para 
controlar a diarreia, a desidratação, 
as infecções secundárias, 
principalmente as pneumonias, que 
são frequentes
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Controle e profilaxia
HAEMONCOSE
ENFERMIDADES PARASITÁRIAS DE 
RUMINANTES E PEQUENOS RUMINANTES
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Epidemiologia
• Principais espécies
• Haemonchus contortus
• H. placei
• Parasita monoxênico
• Distribuição mundial - principalmente na região tropical
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Epidemiologia
• Hospedeiros
• Bovinos
• Ovinos
• Caprinos
• Habitat: ABOMASO
• Mas pode-se localizar no ID (altas infestações)
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Patogenia
• Lesionam a mucosa e ingerem o sangue
• Produzem substâncias anticoagulantes
• Causam hemorragias
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Sinais Clínicos
• Lesão na mucosa abomasal
• ANEMIA
• Apatia
• Caquexia
• Hiproteinemia (evidenciado pelo 
EDEMA SUBMANDIBULAR) e perda 
excessiva de ferro
• Fezes escuras
• NÃO CAUSAM DIARREIA
• Morte em casos agudos
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• Anamnese e sinais clínicos
• Hemograma
• Método de FAMACHA
• OPG e cultura de larvas
• Necropsia
Diagnóstico
Enfermidades parasitárias 
Enfermidades parasitárias 
• Anti-helmíntico ideal, injetável ou oral - Tem que ser EFICAZ para todas as 
formas de desenvolvimento LARVAL ou ADULTA
• Albendazol (10 mg/kg VO)
• Doramectina (0,2 mg/kg IM ou SC )
• Eprinomectina (0,5 mg/kg pour-on)
• Ivermectina (0,2 mg/kg SC)
• Levamisol ( 5 a 8 mg/kg VO)
Tratamento
Enfermidades parasitárias 
• Necessário: controle integrado de parasitas
• Para um bom resultado, principalmente quando já existe cepas resistentes
• Selecionar animais resistentes
• Manejo (pastagens e medicamentos)
TRATAMENTO e PROFILAXIA
Enfermidades parasitárias 
Enfermidades parasitárias 
TRISTEZA 
PARASITÁRIA 
BOVINA
ENFERMIDADES PARASITÁRIAS DE 
RUMINANTES E PEQUENOS RUMINANTES
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• A tristeza parasitária bovina é um complexo de doenças que compreende duas 
enfermidades bem conhecidas 
• A babesiose, causada pelos protozoários Babesia bigemina e Babesia bovis
• A anaplasmose causada pela Anaplasma marginale 
Responsáveis por grandes prejuízos econômicos como mortalidade no 
rebanho, queda na produção de leite, diminuição do ganho de peso, além de 
gastos com controle e profilaxia
Introdução 
Enfermidades parasitárias 
Introdução 
• A babesiose e a anaplasmose bovinas são hemoparasitoses transmitidas 
biologicamente pelo carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
• Sendo que a anaplasmose pode ainda ser transmitida mecanicamente por 
dípteros hematófagos e por fômites 
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BABESIOSE 
BOVINA
Tristeza Parasitária Bovina
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• Durante a infecção aguda
• Esses patógenos podem causar febre 
(41 a 41,5ºC)
• Anorexia
• Apatia
• Ataxia
• Palidez de mucosas
• Taquipneia
• Hemoglobinúria
• Icterícia
• Anemia
• Tremores musculares 
• Ranger de dentes 
Sinais clínicos 
A febre apresentada durante a alta parasitemia pode gerar abortamentos em vacas, bem como, uma 
redução na fertilidade dos touros, e em estágios mais avançados alguns animais podem apresentar 
problemas no sistema nervoso central, sendo fatal
Os sinais clínicos de infecções subagudas são mais difíceis de detectar 
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ANAPLASMO
SE BOVINA
Tristeza Parasitária Bovina
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• Os sinais clínicos observados nos 
animais doentes são
• Anemia hemolítica
• Icterícia
• Dispneia
• Taquicardia
• Febre
• Fadiga
• Lacrimejamento
• Sialorreia
• Diarreia
• Micção frequente e anorexia, levando 
a morte do animal
Sinais clínicos 
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ANAPLASMOSE 
+ BABESIOSE 
BOVINA
Tristeza Parasitária Bovina
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Diagnóstico/Diagnóstico laboratorial 
• Sinais clínicos 
• Visualização dos parasitos no interior das hemácias em esfregaços 
sanguíneos delgados corados pelo Giemsa 
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Diagnóstico/Diagnóstico laboratorial 
• Testes sorológicos 
• Teste da conglutinação rápida (TCR)
• Aglutinação pelo látex
• Hemaglutinação
• Fixação de complemento (FC) 
• Teste do cartão (TC)
• Prova de imunofluorescência indireta (IFI)
• Ensaio imunoenzimático de adsorção indireto (iELISA)
• ELISA por competição (cELISA)
• Além de técnicas moleculares como a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) 
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Tratamento 
• Babesiose bovina
• Aceturato de diminazeno pode ser usado contra B. bovis e B. bigemina
• Dose de 3,5 mg/kg intramuscular
• Dipropionato de imidocarb é usado por via subcutânea
• Dose de 1-2 mg/kg para o tratamento, se utilizado na dose de 3mg/kg
promoverá uma proteção contra B. bovis por quatro semanas e para B. 
bigemina pelo menos uns dois meses
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Tratamento 
• Anaplasmose bovina
• Utilização de antibióticos 
• Tetraciclina ou oxitetraciclina
• Dose de 2-4 mg/kg pela via intramuscular com 2-4 aplicações em intervalos de 21 em 
21 dias 
Mesmo os animais sendo tratados, podem se tornarem portadores crônicos da doença e, 
se curados, continuam suscetíveis à reinfecção
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Tratamento 
TPB
Oxitetraciclina
Aceturato de 
diminazeno 
Protocolo Vallée®
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Prognóstico 
• O prognóstico dos quadros de tristeza parasitária está diretamente 
associado à fase de desenvolvimento da doença em que é realizado o 
tratamento
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Controle e profilaxia
• Controle de vetores
• Quimioprofilaxia
• Premunição e uso de vacinas
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Controle e profilaxia
• Premunição e uso de vacinas
• Consiste na exposição do animal ao agente, seguidos de correto tratamento 
para que sejam ativadas as células de defesa
Enfermidades parasitárias 
Protocolo Vallée®
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Controle e profilaxia
• O controle de carrapato pode ser implementado através de um controle 
estratégico bem como sua erradicação 
• No caso da anaplasmose além do carrapato, também deve ser feito um 
controle de moscas na propriedade principalmente nas estações chuvosas, 
quando a população de dípteros hematófagos é maior 
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Agora acabou...
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