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Revisão Política Externa Brasileira I Café Filho era vice-presidente de Getúlio Vargas que, após sua morte, em 1954, entrou no posto de seu antecessor. No cenário doméstico, Café Filho conseguiu apaziguar os confrontos ideológicos que aconteceram entre os entreguistas e os nacionalistas e que foi uma dos motivos para a morte de seu antecessor. 1. 2. Os principais marcos da PEB de Café Filho foram: seguir com o paradigma do americanismo pragmático; o empréstimo de 200 milhões de dólares por parte dos Bancos Norte- Americanos; a criação do Acordo de Cooperação para Usos Civis de Energia Atômica e o Programa Conjunto de Cooperação para o Reconhecimento dos Recursos de Ucrânio no Brasil. 3. O Governo JK é marcado por uma política externa de ambiguidades, fragilidades e contradições, sendo caracterizada por Gerson Moura como uma política de avanços e recuos. 4. O contexto internacional do período JK impacta a formulação da política externa brasileira, pois aponta para fissuras nos blocos capitalista e comunista e introduz novos países no sistema internacional, apontando que o alinhamento às grandes potências não era mais uma regra absoluta. 6. Nesta época os EUA estavam preocupados com o desenvolvimento da região, ao invés de segurança, uma vez que a Revolução Cubana apontou a necessidade de priorizar o desenvolvimento na América Latina para conter o perigo comunista. Deste modo, os EUA investiram na Operação Pan-Americana (OPA). 5. O paradigma que explica a política exterior brasileira no período de JK é o globalismo, de natureza grotiana. 7. A Operação Pan-Americana foi uma iniciativa bilateral, do Brasil para EUA. Focava em captar recursos dos EUA para projetos de desenvolvimento econômico. 8. A Operação Pan-Americana fez com que o Brasil se afastasse dos países vizinhos, pois temiam o imperialismo brasileiro. Deste modo, o Brasil se afastou de uma possível identidade latino-americana. 9. A lógica da Operação Pan-Americana era apontar o comunismo como uma consequência dos problemas sociais, cuja causa profunda era o subdesenvolvimento, sendo este o verdadeiro problema da região. 10. O governo JK se aproximou do continente africano, apoiando a descolonização de todos os países como forma de obter vantagens comerciais e ampliar suas relações políticas. 11. Diante do cenário internacional mais favorável à atuação de potências médias na Guerra Fria, o governo JK reatou as relações econômicas com a URSS, apesar de não reatar as relações diplomáticas. 12. Diante do cenário internacional mais favorável à atuação de potências médias na Guerra Fria, o governo JK reatou as relações econômicas com a URSS, apesar de não reatar as relações diplomáticas. 13. Café Filho, vice presidente de Vargas, assumiu a presidência do Brasil após sua morte e até a posse de JK, em janeiro de 1956. Café Filho não realizou grandes feitos, mas montou um ministério conservador e simpático ao capital estrangeiro, o que provocou o afastamento das relações com os EUA - país que era crítico às medidas nacionalistas do governo de Vargas e de Café Filho. 14. Juscelino Kubitschek (JK) toma posse em 1956 e se apresenta como herder político de Vargas. Sobre sua política externa, desde o início, seu governo foi favorecido pelo ambiente de coexistência pacífica Leste-Oeste. Em vista disso, JK buscava diversificar as relações comerciais brasileiras, o que inclui parcerias de comércio com governos socialistas, como a URSS. Além disso, um dos principais aspectos da agenda externa de JK foi proposta de criação da Operação Pan-Americana (OPA), que era uma iniciativa multilateral do Brasil para a América Latina. 15. O governo ____________ (1946 - 1951), que se encontrava em um contexto internacional inteiramente diferente de seu antecessor (1930 -1945), buscou os benefícios do _________________. Com a Guerra Fria, no entanto, a América Latina não era prioridade para os EUA e os investimentos esperados não vieram. 16. Entre meados da década de 1950 e início dos anos 1960 muitas foram as novidades que marcaram o cenário internacional. Ainda no contexto da Guerra Fria, as divergências registradas no interior do bloco capitalista, com a Crise de Suez, e do bloco socialista, com a Insurreição Húngara, contestaram o status quoda Guerra Fria. Alguns desses movimentos contestadores foi o Movimento dos Países Não- Alinhados, fruto dos movimentos de descolonização do continente africano e asiático. Este contexto impacta a PEB dos seguintes governos: 17. A Política Externa Independente (PEI) inovou a barganha nacionalista ao adicionar a ela novos elementos. Impulsionada pela necessidade do país atrair novos mercados, a PEB saiu do âmbito hemisférico, adotou uma diplomacia de perspectivas mundiais e voltou-se para o mundo comunista e para a África. A política externa foi vista, então, como um instrumento capaz de reverter a situação desfavorável do país na arena internacional e, para isso, precisava ser pragmática, independente e universal. 18. O ____________________ contava com a ajuda de capitais externos para desenvolver a indústria nacional. A conjuntura externa favorável dos primeiros anos do Governo JK colaborou para a adoção desse modelo. 19. Considerando a realidade da política externa brasileira nas primeiras décadas após o fim da II Guerra Mundial, julgue (C ou E) nas afirmativas abaixo: I. Durante o governo Dutra, o Brasil cede às pressões norte-americanas e decide romper relações diplomáticas com a União Soviética, visto o objetivo de receber investimentos do Plano Marshall. II. As relações do Brasil com a Argentina tiveram grande impulso desde o final dos anos 1940, sobretudo pelo compartilhamento de objetivos, como a industrialização e a afinidade ideológica com o governo Perón. III. As críticas do Brasil à intervenção dos Estados Unidos em Cuba para derrubar o governo de Castro nos anos 1960 coincidem com um período de crescente desencontro com Washington, levando o Brasil a se retirar da OEA. IV. A diplomacia de JK caracterizou-se por um importante engajamento com a ONU, com vistas a globalizar as relações internacionais do país. Nesse cenário, o governo lança a proposta de criação da OPA na ONU, tendo apoio dos EUA. 20. O segundo governo de Vargas apresentou um discurso nacionalista, que o ajudou a eleger-se presidente da República, em que sugeria uma política externa mais autonomista. Isso fez com que Vargas buscasse a _______________, pela qual procurava negociar o apoio político e estratégico do Brasil com os ______ em troca de ajuda para o desenvolvimento econômico brasileiro. Nos primeiros anos, por ocasião da Conferência de Washington, Vargas teve a impressão de ter obtido importantes concessões econômicas, inclusive com a instalação da ________________. Outro fato importante do governo foi o debate da participação brasileira na _________, o que sofreu críticas por parte da sociedade provocando o enfraquecimento das relações com a potência ocidental. 21. A Operação Pan-Americana (OPA) foi uma proposta brasileira de cooperação internacional que tinha como objetivo lutar contra o subdesenvolvimento econômico na América Latina. Assinale a alternativa INCORRETA sobre a OPA: 22. Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951 -1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) os itens seguintes: I. Em 1947, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a União Soviética das Repúblicas Socialistas Soviéticas. II. Na IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Américas, em 1951, o chanceler brasileiro defendeu a necessidade de promoção do desenvolvimento da América Latina, defendendo a criação da OEA e do Ponto IV. III. O Brasil votou a resolução da ONU a favor da divisão das Coreias do Norte e do Sul e enviou tropas para o cenário de guerra ao lado dos EUA. 23. Na fase finalda PEI, no governo de Jango, acentuou-se na PEB um caráter desenvolvimentista. Neste cenário, na Assembleia Geral da ONU, em 1963, Araújo Castro pronunciou o "Discurso dos Três Ds" em que defendeu o desenvolvimento, o desarmamento e a descolonização. A intenção deste discurso foi afirmar que a corrida armamentista era a causa para a carência de recursos para o desenvolvimento do resto do mundo. 24. No governo de Jânio Quadros, com Afonso Arinos de Melo Franco à frente do MRE, a PEI foi marcada por poucos avanços, marcando uma continuidade desde a época de Getúlio Vargas como chefe de Estado do Brasil. 25. Analise as afirmações a seguir: I. Nos anos 1950, foi construído um padrão de tom reivindicatório dos países da América Latina, influenciado pelo Brasil, sob o argumento de que a miséria das massas criava uma situação de risco para a democracia no continente americano. Esse argumento era um dos princípios da OPA. II. A PEI não descuidou da África. Ressalta-se, nesse sentido, a abertura de embaixadas brasileiras no continente. III. Desde a volta de Vargas ao poder, nos anos 1950, exacerbou-se um processo de polarização de tendências na opinião nacional e nas Forças Armadas, com um embate entre os nacionalistas e os liberais. Categorias como populismo, nacionalismo, imperialismo e entreguismo tornaram-se cada vez mais presentes no discurso político dessa época e contaminaram o debate sobre política externa. Está correto o que se afirma em: 26. Após o governo de JK, que apresentava o paradigma de _________________, inaugura-se no Brasil um novo paradigma de política externa, nomeado como _________________ , que é baseado na diversificação de parcerias, isto é tornar a inserção do país na arena internacional mais abrangente. 27. O paradigma da política externa de Dutra é caracterizado pelo americanismo ideológico. Dutra tentou adotar uma política de barganha semelhante à de Vargas, mas não utilizou a PE como uma ferramenta estratégica, ficando atado aos vínculos com os EUA. Obteve dificuldades em obter cooperação econômica com a grande potência ocidental e seguiu um alinhamento automático na área política e militar. Um exemplo deste foi a assinatura do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) em 1947.
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