Buscar

AVA Unianchieta - Conteúdo Digital - Unidade 1_ LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS (HIB-EAD-LPTEX-22-1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 1/35
;
Nesta unidade, trataremos de uma parte bastante teórica sobre a disciplina
de Língua Portuguesa. Iniciaremos com uma breve, objetiva e clara
explicação acerca do signi�cado e da importância dessa matéria para o(a)
acadêmico(a), a �m de esclarecer que todos devem se dedicar aos estudos de
tão signi�cativa disciplina.
Em seguida, é importante que você, estudante, compreenda o que é
comunicação, quais seus objetivos e suas �nalidades, pois esse é um princípio
A+
A-Unidade 1
Introdução
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 2/35
fundamental para se compreender a disciplina como um todo. Outro passo
que consideramos importante é a compreensão do que é expressão, suas
acepções, seus signi�cados e suas formas de entendimento. Essa é uma parte
fundamental, uma vez que um dos objetivos da disciplina é formar um(a)
usuário(a) competente em relação a uma comunicação coerente e coesa.
Após colocá-lo(a) em contato com essas de�nições, passaremos à parte da
de�nição de qual é o papel do texto verbal e do texto escrito. A intenção é
explicar cada um desses textos, determinando a diferença e as relações de
semelhança entre eles. Consideramos pertinente discorrer sobre a distinção
entre as três tipologias textuais: narrativa, descritiva e argumentativa; pois
muitas pessoas não entendem que esses são textos diferentes, com funções e
�nalidades especí�cas. Não podemos, também, deixar de falar sobre a
estrutura de cada um desses textos, com suas próprias regras.
Caro(a) estudante, esperamos que você consiga se deleitar durante os
estudos desta unidade e, para incentivá-lo(a), encerramos esta etapa com
uma frase instigadora, que está no livro Portos de Passagem, escrito pelo
renomado linguista João Wanderley Geraldi: “Um texto é uma sequência
verbal escrita formando um todo acabado, de�nitivo e publicado” (GERALDI,
2002, p. 101).
Bons estudos!
O Ato de Comunicação: o que é
A disciplina de Língua Portuguesa é bastante importante para a formação
acadêmica, pois tem o papel de ampliar seu conhecimento, como estudante,
acerca de vários assuntos. Nesta unidade, abordaremos questões
relacionadas à comunicação. Inicialmente, temos que entender o que
signi�ca a palavra comunicação. Uma de�nição bastante clara é a que está no
dicionário (HOUAISS; VILLAR, 2004, p. 175): “[...] 1 transmissão de uma
mensagem; 2 a informação contida nesta mensagem [...]; 4 exposição, oral ou
escrita, sobre determinado tema [...]”.
A comunicação é um dos meios de expressão do homem e se trata da
interação de informação entre sujeitos e/ou objetos, pois é nesse processo
que ocorre a troca de informações. Em outras palavras, o ato comunicativo
presume a existência de dois sujeitos – locutor e alocutário/ emissor e
receptor  –, aquele que emite e aquele que recebe a mensagem. No entanto,
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 3/35
os papéis que os sujeitos assumem no ato comunicativo, por meio do veículo
utilizado, é passível de troca.
Vale pontuar também que se trata de um ato próprio de atividade psíquica,
que se origina da linguagem, do pensamento e do desenvolvimento das
capacidades psicossociais (relação entre o convívio social).
Julgamos importante explicar, do ponto de vista linguístico, o que vem a ser
comunicação. Para isso, adentraremos a história. Um dos maiores estudiosos
da ciência linguística foi Ferdinand de Saussure, um linguista suíço que
buscou de�nir um objeto de estudo, fato que não havia sido preocupação de
outros estudiosos da área, acarretando, assim, no estabelecimento de uma
ciência independente e autônoma (BORNEMANN, 2011).
De acordo com Rodrigues (2008), todo o conhecimento sobre linguagem
produzido no século XX originou-se da obra Curso de Linguística Geral,
publicada em 1916, na França. A obra deu início aos estudos cientí�cos da
linguagem, proporcionando aos estudiosos a de�nição do objeto e do
método. Trata-se de uma obra póstuma, fruto da dedicação dos discípulos
Charles Bally e Albert Sechehaye, de Ferdinand de Saussure, que reuniram os
A+
A-
Figura 1.1 - Ferdinand de Saussure (1857-1913)
Fonte: Opencooper / Wikimedia Commons.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 4/35
cadernos de notas dos colegas e desenvolveram o livro, propagando a teoria
saussuriana para o mundo.
Para reforçar as contribuições de Saussure, consideramos pertinente
explicar os conceitos desenvolvidos na obra Curso de Linguística Geral,
destacando as dicotomias: língua X fala; signi�cado X signi�cante; sintagma X
paradigma; sincronia X diacronia.
Referente à primeira dicotomia, é importante sabermos que “[...] enquanto a
língua é concebida como um conjunto de valores que se opõem uns aos
outros e está inserida na mente humana com um produto social, a fala é
considerada como um ato individual, pertencendo a cada indivíduo que a
utiliza” (DUARTE, s./d., on-line, grifo nosso), por isso está sujeita a fatores
extralinguísticos.
Em relação à segunda dicotomia, Saussure (1996) explica que o signo
linguístico é formado, simultaneamente, pelo signi�cado, que se refere ao
conceito, e pelo signi�cante, relativo à manifestação material do conceito, à
imagem acústica. Podemos ilustrar essa dicotomia no quadro a seguir:
A+
A-
07:08
https://vimeo.com/682854559/42aee17a7f
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 5/35
Essa relação pode ser explicada considerando um objeto como a caneta: o
signi�cado é o mesmo (imagem de caneta), mas, em cada país, há um
signi�cante: pen (inglês), stylo (francês) e penna (italiano), ou seja, existe a
arbitrariedade do signo linguístico, pois ele não é único.
O signo linguístico resulta de uma convenção entre os membros de uma
certa comunidade para determinar signi�cado e signi�cante. Portanto, se um
som existe dentro de uma língua, ele passa a ter signi�cado, algo que não
aconteceria se ele fosse somente um som em si. Então, “[...] a�rmar que o
signo linguístico é arbitrário, como fez Saussure, signi�ca reconhecer que
não existe uma reação necessária, natural, entre a sua imagem acústica (seu
signi�cante) e o sentido a que ela nos remete (seu signi�cado)” (COSTA,
2008, p.119).
A respeito da terceira dicotomia,
[...] o sintagma é a combinação de formas mínimas numa unidade
linguística superior, ou seja, a sequência de fonemas se desenvolve
numa cadeia, em que um sucede ao outro, e dois fonemas não podem
ocupar o mesmo lugar nessa cadeia. Enquanto que o paradigma para
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 6/35
ele se constitui de um conjunto de elementos similares, os quais se
associam na memória, formando conjuntos relacionados ao
signi�cado (campo semântico) (DUARTE, s./d., on-line, grifo nosso).
O sintagma é a combinação de palavras que podem ser associadas; portanto,
as palavras podem ser comparadas ao paradigma.
No discurso, os termos estabelecem entre si, em virtude de seu
encadeamento, relações baseadas no caráter linear da língua, que
exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo.
Estes se alinham um após outro na cadeia da fala. Tais combinações,
que se apóiam na extensão, podem ser chamadas de sintagmas
(SAUSSURE, 1995, p. 142).
As relações paradigmáticas se caracterizam pela associação entre um termo
de um contexto sintático. Por exemplo, gato e gado. Quando se juntam as
partes paradigmáticas, ocorre o sintagma. Em geral, as línguas apresentam
relações paradigmáticas ou associativas que dizem respeito à associação
mental que se dá entre aunidade linguística que ocupa um determinado
contexto (uma determinada posição na frase) e todas as outras unidades
ausentes que, por pertencerem à mesma classe daquela que está presente
poderiam substituí-la nesse mesmo contexto (COSTA, 2008, p.121).
Por �m, em relação à sincronia e à diacronia, Saussure apresenta a ideia de
um estudo descritivo e de um estudo histórico, respectivamente, ou ainda,
“[...] trata-se de um estudo da linguagem a partir de um dado ponto do tempo
(visão sincrônica), levando-se em consideração as transformações decorridas
mediante as sucessões históricas (visão diacrônica), como é o caso da palavra
vosmecê, você, ocê, cê, vc” (DUARTE, s./d., on-line).
Para Saussure, “[...] é sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto
estático da nossa ciência, diacrônico tudo que diz respeito às evoluções. Do
mesmo modo, sincronia e diacronia designarão respectivamente um estado
de língua e uma fase de evolução” (SAUSSURE, 1995, p. 96).
Nas palavras de Rodrigues (2008), o linguista Ferdinand de Saussure, ao
desenvolver e organizar essa abstração teórica, suscita um método capaz de
imprimir rigor aos estudos linguísticos, os quais, até então, eram conduzidos
pela subjetividade e/ou pela inadequação metodológica advinda das ciências
naturais.
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 7/35
Para �nalizar essa parte da unidade, esperamos que você, acadêmico(a),
tenha conseguido compreender que comunicação é algo mais complexo do
que se imagina, pois depende de uma competência profunda dos
interlocutores em saber organizar e codi�car, de forma coerente, todas as
dicotomias de Saussure.
Contribuindo com essas ideias, vejamos o que diz a autora Schuler (2004,
p.11): “[...] a comunicação está presente em todas as formas de organização
conhecidas na natureza, tanto que se pode a�rmar que a única maneira de
haver organização é através da comunicação”.
Uma vez explicado o que é comunicação, passaremos à de�nição de
expressão. Segundo o dicionário (HOUAISS; VILLAR, 2004, p. 330),
expressão é a “[...] manifestação do pensamento, sentimentos por meio da
palavra, gesto, �sionomia, arte [...]”. Assim sendo, expressão é comunicação,
de uma forma mais elaborada, pois depende de “ferramentas” para
complementar sua função diante do que se quer transmitir.
Podemos a�rmar, também, que tanto a comunicação como a expressão são
responsáveis pela organização das ideias do mundo e de sua evolução, uma
vez que uma ideia é o complemento da outra e, juntas, as ideias estruturam o
pensamento e a manifestação linguística.
A+
A-
Figura 1.2 - Comunicação e Expressão
Fonte:  Shao-Chun Wang / 123RF.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 8/35
Novamente, �zemos menção à palavra “linguística”, a qual estuda, além dos
conceitos já comentados, o que são os conceitos de língua, linguagem e fala.
Continuando com os pressupostos teóricos saussurianos, veri�caremos que
são meios que possibilitam a nós, falantes, a comunicação e a interação com
nossos iguais. Tais pressupostos possibilitam, também, a expressão, o
compartilhamento, a exposição de ideias, de pensamentos e opiniões.
Vejamos as de�nições a seguir:
Agora que você já sabe o que é comunicação, expressão, língua, linguagem e
fala, vamos à de�nição do que seja o ato de comunicação. Para isso, você
deve entender o aspecto de comunicação como um processo comunicativo,
que age sobre a sociedade, estabelecendo uma relação entre as pessoas.
Talvez seja mais fácil compreender essa ideia observando o que foi explicado
por Greimas e Courtés (2008, p. 81):
[...] as ações humanas são divididas em dois blocos: o eixo da
produção, quer dizer, a ação dos homens sobre as coisas; e o eixo da
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 9/35
comunicação – a ação do homem sobre os próprios homens, criadora
das relações intersubjetivas e fundadoras da sociedade.
O ato de comunicação é, assim, elaboração, com a intenção de transmitir algo
para alguém; e esse alguém deve ter a capacidade de agir sobre esse algo e de
compreender as relações estabelecidas entre a língua e a linguagem
utilizadas. Em outras palavras, quando se quer comunicação, é preciso
observar todos os elementos que envolvem a transmissão da informação,
que possam ser elaborados em um sistema, todo organizado, para que se
tenha sucesso no ato comunicativo. A partir disso, no próximo tópico,
trataremos da diferença entre texto verbal e texto escrito.
O Texto: o que é?
Neste momento de estudo, trataremos do que é texto. A�nal, toda
comunicação precisa de uma elaboração das ideias, que se dá por meio de um
texto. Desse modo, orientados pelos estudos da linguística textual, é
imprescindível que façamos, caro(a) aluno(a), algumas considerações sobre
texto e gênero textual.
A+
A-
Figura 1.3 - Elaborando o texto
Fonte:  Igor Stevanovic / 123RF.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 10/35
A respeito dos textos, podemos de�ni-los, de forma leiga, como o conjunto de
frases e orações que apresentam sentido e estão interligados. No entanto,
para o linguista Marcuschi (2008, p. 72), o texto é, basicamente, “[...] um
evento comunicativo em que convergem ações lingüísticas, sociais e
cognitivas”, as quais são dependentes de fatores extralinguísticos para se
fazerem compreender (NEGRÃO, 2011).
Na mesma esteira, Koch (2003, p. 3) respalda-se na noção defendida por
Antos e Tietz (1997), de que “[...] os textos, como formas de cognição social,
permitem ao homem organizar cognitivamente o mundo”, isto é, trata-se de
um elemento que permite a interação comunicativa entre os receptores
(falante/ouvinte – escritor e leitor), considerando os fatores linguísticos e
sociais (NEGRÃO, 2011).
Corroborando a discussão, Dutra e Roman (2009, p. 10) pontuam que existe
uma “[...] complexidade de fatores que estão envolvidos no fenômeno
comunicativo que o texto representa, e que facilmente transcende o nível
puramente lexical e sintático”. Esse pensamento reforça a ideia de que:
[...] o texto não é apenas um emaranhado de termos linguísticos, que
estão dotados de coesão e coerência, mas sim um conjunto de
elementos linguísticos (palavras de diferentes classes gramaticais,
elementos de pontuação etc.) e extralinguísticos (conhecimento social
tanto do autor quanto do leitor do texto) que são essenciais na
elaboração e na interpretação das informações apresentadas
(NEGRÃO, 2011, p. 27-28).
Em contrapartida, para Bakhtin (1992), os textos podem dividir-se em
gêneros textuais, os quais são compreendidos como o uso particular do
discurso em função das mais diversas situações de interação social e
comunicativa. Em outras palavras, os textos são produzidos prevendo uma
determinada função.
A respeito disso, Marcuschi (2002 apud NEGRÃO, 2011, p. 27-28) expõe que
os gêneros textuais são “[...] composições funcionais, com objetivos
enunciativos realizáveis na interação de aspectos de ordem histórica, social,
institucional, [...] por esse caráter funcional, não constituem uma lista
especí�ca, mas sim inúmeras possibilidades de gêneros textuais”.
Com essas breves de�nições, caro(a) estudante, �cou bastante claro que o
texto é algo muito mais profundo do que apenas um monte de palavras, pois
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 11/35
sempre há uma intenção no que se escreve e procura-se elaborar essas
informações pensando tanto nos fatores linguísticos (palavras, termos etc.)
como nos extralinguísticos (pessoas, local de veiculação etc.). Em relação a
esses fatores, é preciso estudarmos os chamados “elementos da
comunicação”.
Os elementos da comunicaçãosão utilizados para organizar os textos e são
responsáveis por uma comunicação e�caz, desde que sejam corretamente
pensados e estruturados. Uma pergunta, aluno(a): por que você gosta de
utilizar ferramentas de redes sociais para se comunicar? Provavelmente,
você terá várias respostas, que podem estar voltadas à questão da agilidade
de comunicação e da modernização dessa área. Tudo isso se volta para as
funções que essas ferramentas oferecem, mas você saberia responder quais
são as escolhas que você faz quando emite uma mensagem? Qual é a função
dessa linguagem utilizada, a todo o momento, em sua vida?
Analisemos a seguinte situação: uma mãe precisa entrar em contato com seu
�lho, mas não consegue falar com ele pelo telefone. Tenta o celular, mas nada
feito. Ela opta pela mensagem nas redes sociais. Que tipo de mensagem ela
colocaria em um lugar como esse? Seria: “Meu �lho, preciso falar com você”,
se ela for uma pessoa mais discreta, mais sensata. Caso contrário, ela poderia
escrever “Filho, seu desnaturado, onde foi parar o meu cartão de crédito?
Está com você? Já tentei te ligar, mas não me atende”.
Independentemente de qual seja a mensagem, há uma intenção e uma função
em cada uma das mensagens, considerando o que é pensado, para quem se
escreve, onde, como e com qual intenção se escreve essa mensagem. Isso é o
que leva o autor de determinado texto a fazer as escolhas por alguns
elementos.
Sobre a temática abordada, os estudos de Jakobson (2005, p. 82), presentes
na obra Linguística e Comunicação, corroboram nosso estudo.
A linguagem deve ser estudada em toda a variedade de suas funções.
Antes de discutir a função poética, devemos de�nir-lhe o lugar entre as
outras funções da linguagem. Para se ter uma idéia geral dessas
funções, é mister uma perspectiva sumária dos fatores constitutivos de
todo pro cesso lingüístico, de todo ato de comunicação verbal. O
REMETENTE envia uma MENSAGEM ao DESTINATÁRIO. Para ser
e�caz, a mensagem requer um CONTEXTO a que se refere (ou
“referente”, em outra nomenclatura algo ambíguo), apreen sível pelo
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 12/35
destinatário, e que seja verbal ou suscetível de verbalização; um
CÓDIGO total ou parcialmente comum ao remetente e ao destinatário
(ou, em outras palavras, ao codi�cador e ao decodi�cador da
mensagem); e, �nalmente, um CONTATO, um canal físico e uma
conexão psicológica entre o remetente e o destinatário, que os
capacite a entrarem e permanecerem em comunicação.
Para facilitar o entendimento a respeito do que foi descrito, observe o
Quadro 1.3, a seguir. Toda mensagem, para ter sentido, precisa de um
contexto. Além disso, o contexto só fará sentido se o emissor e o receptor da
mensagem tiverem conhecimento sobre o que foi abordado, ou seja, a
informação tem que ser comum aos dois elementos. Outra observação
importante é que o código precisa ser decifrado por quem recebe a
mensagem, no momento em que há o contato com o texto elaborado, pois o
texto só terá alguma função se existirem sujeitos que interajam com ele; caso
contrário, continuará sendo um “papel em branco”.
Você deve estar se perguntando: não existe uma melhor forma de entender
esse processo? Existe, sim! Veja o quadro a seguir:
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 13/35
Quadro 1.3 - Elementos da Comunicação
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Conseguiu compreender o que são os elementos da
comunicação? Cada um deles tem uma função: o emissor pode
ser uma pessoa ou mais (pode ser, também, um animal) e é
responsável por transmitir a mensagem. Já o receptor é para
quem vai a mensagem, também podendo ser uma ou mais
pessoas (ou animais). Além disso, há o código, que é o
responsável por elaborar a mensagem, toda a sua construção e
formatação; é por ele que se escolhe o idioma utilizado, as
imagens etc. Outro elemento importante é a mensagem, ou
seja, exatamente o que se quer transmitir, o conteúdo, a
informação. Por �m, há o referente, que é como a mensagem,
porém com uma diferença: diz respeito ao contexto em si, à
situação na qual a mensagem se insere, como se fosse o foco da
mensagem. Vale mencionar que quando a mensagem não é
decodi�cada de forma correta pelo interlocutor, ocorre um
ruído na comunicação.
Nas situações de comunicação, alguns elementos são sempre
identi�cados e imprescindíveis, isto é, sem eles, pode-se dizer
que não há comunicação. É o que diz a teoria da comunicação.
Vejamos a �gura a seguir:
A+
A-
Figura 1.5 - Esquema dos elementos da Comunicação
Fonte: Elaborada pelas autoras.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 14/35
REFLITA
Você já parou para pensar em como organizar os
textos que verbaliza oralmente? Não é melhor
organizar o que você fala ou escreve antes de sair por
aí tendo que se corrigir? O ser humano é dotado da
capacidade de falar, mas poucas pessoas são dotadas
da capacidade de ouvir. As pessoas que costumam
ouvir enquanto você fala, na verdade, também estão
elaborando o seu discurso, para não cometerem
erros.
Funções da Linguagem
Agora que você já entende os conteúdos apresentados até aqui, vamos a
mais um assunto importantíssimo: as funções da linguagem, que foram
de�nidas por Jakobson. Essas funções estão intrinsecamente ligadas aos
elementos da comunicação e é preciso que o usuário da língua consiga
identi�car isso, para chegar à interpretação correta da mensagem a ser
transmitida.
A função emotiva
Quando falamos em função emotiva, também chamada de expressiva, temos
que nos ater à ideia de que o foco dela está no emissor, pois faz uma relação
direta, que pretende transmitir a emoção e a impressão, para que tal emissor
compreenda os sentimentos do eu-lírico. Um exemplo é o texto a seguir, que
traz a letra de uma música da cantora Ana Vilela.
A+
A-
Trem-bala
Não é sobre ter
Todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar
Alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 15/35
A+
A-
Mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida
Que cai sobre nós
É saber se sentir in�nito
Num universo tão vasto e bonito
É saber sonhar
E, então, fazer valer a pena cada verso daquele poema sobre acreditar
Não é sobre chegar no topo do mundo
E saber que venceu
É sobre escalar e sentir
Que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo
Em todas as situações
A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso, eu pre�ro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe
Pra perto de mim
Não é sobre tudo que o seu dinheiro
É capaz de comprar
E sim sobre cada momento
Sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr
Contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera
A vida já �cou pra trás
Segura teu �lho no colo
Sorria e abraça teus pais
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 16/35
Quadro1.4 - Exemplo de texto com função emotiva
Fonte:Adaptado de Vilela (2016, on-line).
A função conativa
Outra função de linguagem é a conativa, também conhecida como apelativa.
Normalmente, ela é utilizada em textos publicitários, os quais possuem uma
linguagem dirigida a um determinado público-alvo e costumam conter
ordens e tentativas de convencimento ou sedução. Para Jakobson (2005, p.
125) “[...] a função conativa, encontra sua expressão gramatical mais pura no
vocativo e no imperativo, que sintática, morfológica e amiúde até
fonologicamente, se afastam das outras categorias nominais e verbais”.
Um bom exemplo é o cartaz “We Can Do It”, cujatradução signi�ca “Nós
Podemos Fazer Isso!”, elaborado por J. Howard Miller, no ano de 1943, para a
empresa americana Westinghouse, com o intuito de elevar o moral dos seus
funcionários durante os esforços desempenhados na Segunda Guerra
Mundial.
A+
A-
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
Segura teu �lho no colo
Sorria e abraça teus pais
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 17/35
O objetivo do cartaz era convencer as mulheres a participarem da produção
bélica nas fábricas. A partir daí, essa imagem passou a ser associada à
incorporação da força de trabalho feminino na indústria.
A função fática
Uma das funções mais utilizadas no cotidiano é a fática. Vejamos o que ela
signi�ca e, em seguida, um exemplo. A função fática é a troca de conversação
entre os interlocutores, que serve para prolongar o ato de comunicação e
para veri�car se o interlocutor está compreendendo, participando da ação.
Um exemplo bastante característico são as conversas ao telefone e,
atualmente, ao celular, em redes sociais, em ferramentas de conversa e
encontros, utilizadas pelos aparelhos eletrônicos, uma vez que o emissor
sempre espera uma resposta do receptor. Vejamos:
A+
A-
Figura 1.6 - Exemplo de texto com função conativa
Fonte:  J. Howard Miller / Wikimedia Commons.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 18/35
A função fática é, então, responsável por manter a conversa entre os
interlocutores, como faz um professor em sala em aula quando pergunta se
os alunos entenderam, se está tudo bem, e os estudantes respondem com
sim ou não.
A função metalinguística
A metalinguística pode ser entendida como a linguagem que fala dela
própria, ou seja, por meio da descrição do ato de falar e/ou escrever; por
exemplo: as peças teatrais que abordam o teatro, um verbete de dicionário
sobre o signi�cado de dicionário etc. Assim, a linguagem torna-se objeto de
análise do próprio texto. O conto Sobre a escrita…, de Clarice Lispector, é um
exemplo da função metalinguística, pois trata do processo e da experiência
de escrita.
A+
A-
Sobre a escrita…
 
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 19/35
Quadro 1.5 - Exempli�cação da função metalinguística
Fonte: Adaptado de Lispector (1984).
Nessa função, o foco da mensagem é o código, tanto linguístico (escrita e/ou
oralidade) quanto extralinguístico (música, cinema, pintura, fotogra�a,
dentre outros). Quando o emissor preocupa-se com o código, acaba
produzindo a metalinguagem. A obra As Meninas, de Diego Velázquez, é um
exemplo de metalinguagem. Trata-se de uma pintura moderna muito
intrigante e polêmica, em decorrência da presença do pintor no quadro,
como em um efeito de espelho. Vejamos:
A+
A-
Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio
de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e
fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma
ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou
capaz de pensar o meu sentimento.
Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais �no invólucro dos nossos
pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identi�cável por uma extrema
simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo – é por esconderem outras palavras.
Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso
dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve
ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu
quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa
palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma
perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que
existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.
Simplesmente não há palavras.
O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é
imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a
música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino
animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.
Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem
moeda e que fosse e transmitisse tranquilidade ou simplesmente a verdade mais
profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos
palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma
falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o
de um crepúsculo e pode ser uma aurora.
Simplesmente as palavras do homem.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 20/35
O pintor Diego Velázquez pinta a si próprio e seu ato de pintar uma tela,
constituindo, assim, uma metalinguagem.
A próxima função, explicada pelo próprio nome, no tópico a seguir, talvez seja
a mais fácil de se compreender, tendo em vista que a função poética se refere
à preocupação com a forma e com a estrutura de uma mensagem, tendo foco
nas palavras, nas rimas, em poemas, na utilização de imagens etc.
A função poética
Ao estudar a função poética, caro(a) acadêmico(a), é preciso pensar em uma
ideia artística, pois o que importa aqui é a situação “estética” da mensagem.
Assim sendo, importam as escolhas minuciosas da estrutura da mensagem,
tanto da linguagem verbal como da não verbal, bem como das cores, das
formas, da posição, da fonte, ou seja, de tudo o que serve para chamar a
atenção do receptor.
Temos como bons exemplos os poemas, principalmente os sonetos, que têm
uma estrutura �xa, ou seja, uma quantidade de versos e estrofes (2 quartetos
e 2 tercetos), bem como rimas, ao �nal de cada verso. Vejamos o exemplo:
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 21/35
Quadro 1.6 - Exempli�cação da função poética
Fonte: Adaptado de Moraes (1960, p. 96).
Função referencial
A função referencial ou denotativa tem por intuito transmitir uma mensagem
de forma objetiva, sem dar juízo de valor, sem interpretações do autor,
preocupando-se, apenas, em relatar algo. Normalmente, essa função é
predominante em textos jornalísticos e cientí�cos. Veja, a seguir, um exemplo
dessa função:
A+
A-
Soneto de Fidelidade - Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zêlo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dêle se encante mais meu pensamento.
 
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
 
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, �m de quem ama
 
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, pôsto que é chama
Mas que seja in�nito enquanto dure.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 22/35
Quadro 1.7 - Exempli�cação da função referencial
Fonte: Marchesi e Amaral (2008, p. 97-98).
A função referencial, basicamente: faz uso de linguagem denotativa; o
discurso na terceira pessoa do singular ou do plural é o predominante; e o
texto comunica de formaobjetiva e isento de subjetividade/emoção.
É importante destacar, a respeito das funções da linguagem, que todos os
textos possuem mais de uma função; porém, o importante é que você saiba
identi�car qual é a função principal/predominante.
Todo o conteúdo que foi discorrido até aqui teve o propósito de preparar
você para aprender sobre noções de texto e escrita. Para dar continuidade a
isso, passaremos à explicação das três artes de tecer textos, que são as
tipologias textuais narrativas, descritivas e argumentativas (dissertativas).
Os Textos Narrativo, Argumentativo e
Descritivo
A arte de narrar nada mais é do que costurar uma sequência de fatos
(acontecimentos) em que as personagens se movimentam, combinando o
tempo e o espaço em que tudo acontece. A narração é um texto focado na
ação, chamada de con�ito, que envolve as personagens. É preciso lembrar
que esse tipo de texto possui elementos bastante necessários para a
estruturação, que são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Tais
elementos estão descritos no quadro a seguir:
A+
A-
“[...] Os gases de efeito estufa, como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4), o óxido
nitroso (N2O) e o vapor d'água (H2O) são responsáveis pelo chamado efeito-estufa.
Misturados a atmosfera, eles a fazem se comportar como uma estufa, retendo o calor
solar próximo à superfície terrestre. Isso evita que o planeta se torne quente de dia e
frio durante a noite, o que inviabilizaria a vida como a conhecemos. Muitos cientistas e
estudiosos a�rmam que o aquecimento global tem ocorrido devido o aumento de
concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Esses gases provocam um
aumento na espessura da camada atmosférica, o que permite que a radiação solar
penetre, mas retém uma quantidade muito maior da radiação infravermelha do que a
retida anteriormente, gerando um aumento de temperatura e conseqüentemente o
aquecimento do planeta. [...]”.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 23/35
Quadro 1.8 - Elementos da narrativa
Fonte: Adaptado de Franco Jr. (2003).
A+
A-
Narrador
“O narrador cumpre a função de uma voz fundamental no texto
narrativo e que, além disso, é o agente de um processo de focalização
que afeta a história narrada” (FRANCO JR., 2003, p. 40). Quando o
texto é narrado em 1ª pessoa, trata-se de narrador-personagem, pois
faz parte da história, como uma das personagens. Narra-se em 3ª
pessoa quando se trata de alguém que narra a história que observa,
mas não faz parte dela, o que chamamos de narrador observador ou
onisciente.
Enredo
“É o modo como uma história é construída por meio de palavras e,
portanto, organizada sob a forma de texto” (FRANCO JR., 2003, p.
37). Chamamos também de intriga, trama ou ação. O enredo compõe-
se dos acontecimentos que ocorrem em um determinado tempo e
espaço e que são vivenciados pelas personagens. As ações seguem-se
umas às outras por encadeamento, encaixe e alternância.
Personagens
“A representação dos seres que movimentam a narrativa por meio de
suas ações e/ou estados” (FRANCO JR., 2003, p. 38). Há o
protagonista, que é o principal, em torno de quem toda a história gira,
ou seja, o herói. O antagonista procura impedir a personagem
principal de alcançar os seus objetivos. Ainda, existem as
personagens secundárias, que fazem parte da história para darem a
ela um sentido mais coerente.
Espaço
“O espaço compreende o conjunto de referências de caráter
geográ�co e/ ou arquitetônico que identi�cam o(s) lugar(es) onde se
desenvolve a história. Ele se caracteriza, portanto, como uma
referência material marcada pela tridimensionalidade que situa o
lugar onde personagens, situações e ações são realizadas” (FRANCO
JR., 2003, p. 45).
Tempo
Há o tempo cronológico e o tempo psicológico. O primeiro apresenta
dados sobre os acontecimentos em que os fatos ocorrem; e o
segundo é uma espécie de tempo de memórias, de relembrar casos
do passado, como se fosse um �ashback.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 24/35
Podemos classi�car a narrativa em gênero (épico, lírico e dramático) e em
tipo (romance, novela, conto, crônica, fábula etc.). Além disso, a narrativa
possui os elementos básicos de composição (enredo, personagens, tempo,
espaço e narrador), os quais só terão sentido quando conduzidos por um
tema (ideia em torno do qual se desenvolve a história – do que se trata a
história?); um assunto (concretização do tema – como o tema aparece
desenvolvido no enredo?); e uma mensagem (conclusão que se pode tirar da
história) (GANCHO, 2002 apud ALVES; BATTAIOLA; CEZAROTTO, 2016, p.
6-7).
Quanto à ordem das informações, é interessante que elas estejam dispostas
da seguinte forma:
Quadro 1.9 - Sequência narrativa
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Caro(a) acadêmico(a), temos certeza de que você gosta de conversar com as
pessoas, abordar temas do presente e do passado e trocar experiências. Isso
nada mais é do que contar uma história de forma narrativa, como ocorre no
texto exposto a seguir:
A+
A-
Título Coerente com o tema do texto.
Introdução Apresentação das personagens.
Desenvolvimento
A sequência dos fatos que levam ao
clímax.
Clímax
Ponto máximo da história, que cria um
suspense.
Desfecho
É o desenrolar do clímax, o �nal da
história, a resolução do con�ito.
FÁBULA XXXVII
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 25/35
Quadro1.10 - Exempli�cação de texto narrativo
Fonte:Adaptado de Rocha (2001, on-line).  
A+
A-
O rato da cidade e o do campo
 
Um rato que morava na cidade foi dar um passeio ao campo. Recebeu-o e agasalhou-o
um amigo que o levou para os seus palácios subterrâneos, e deu-lhe um banquete de
ervas e raízes. Maldizendo em presença de tais iguarias a louca lembrança do seu
rústico passeio, o rato da cidade, obrigado a jejuar, disse por �m:
– Amigo, tenho dó de ti; como te podes resignar a semelhante passadio? vem comigo
para a cidade, verás o que é fartura, o que é viver”.
O outro aceitou. À noitinha estavam ambos em uma bela e rica residência, em bem
provida despensa; queijos, lombos, o perfumado toucinho, tudo os incitava;
desforrando-se de sua longa dieta, o rato do campo regalava-se. Súbito range a porta,
entra o despenseiro: vem com ele dois gatos. O rato da casa achou logo o seu buraco; o
hóspede, sobressaltado, pulando de prateleira em prateleira, mal escapou com a vida, e
despedindo-se do amigo:
– “Adeus, camarada”, disse, “�cai-vos com as vossas farturas; mais vale magro e faminto
no mato, do que gordo na boca do gato”.
 
MORALIDADE: Sem sossego de espírito, de que valem os outros bens?
 
Esopo.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 26/35
Quadro 1.11 - Diferenças entre a Dissertação e o Texto Dissertativo-argumentativo
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Lembre-se:
A+
A-
SAIBA MAIS
A origem das fábulas
As fábulas têm sua origem em Esopo (séc. VI a. C) e Fedro (séc. I d.C.) e
foi retomada no Classicismo francês por La Fontaine. Trata-se de uma
narrativa quase sempre breve, em prosa ou, na maioria das vezes, em
verso, de ação não muito tensa, de grande simplicidade e cujos
personagens (muitas vezes animais irracionais que agem como seres
humanos) não são de grande complexidade. Aponta sempre para uma
conclusão ético-moral. É um gênero de grande projeção pragmática
por ser claro, objetivo, moralizador e de grande efeito perlocutório,
próprio dos textos narrativos, pois vai ao encontro dos hábitos, das
expectativas e das disponibilidades culturais do leitor.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 27/35
Quando dissertamos, estamos expondo e apresentandoinformações, bem
como informando. No entanto, não há defesa de opinião.
Quando argumentamos, estamos defendendo um ponto de vista, tentando
convencer o leitor, bem como tentando trazer credibilidade com as
informações apresentadas.
Normalmente, os textos argumentativos seguem uma estrutura bastante
peculiar. Eles são divididos em quatro partes, sintetizadas no quadro a seguir:
Quadro 1.12 - Sequência dissertativa-argumentativa
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Para �car mais claro, veja, na sequência, um exemplo de texto dissertativo-
argumentativo:
A+
A-
Título Objetivo e coerente.
Introdução
Apresentação de um contexto histórico,
explicação sobre o tema e de�nição da
opinião.
Desenvolvimento
É apresentado, normalmente, em dois
parágrafos que trazem ao menos três
argumentos, para a�rmarem e
sustentarem a opinião. Também é
importante colocar um contra-
argumento, para corroborar a opinião,
confrontando-a.
Conclusão
Encerra-se, normalmente, com a
retomada da opinião, para reforçá-la, ou
então apresenta-se uma solução para um
possível problema que foi abordado.
Alienação Comercial
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 28/35
Quadro 1.13 - Exemplo de texto argumentativo
Fonte: Andrade (2017, p. 158).
É importante esclarecer que um texto argumentativo pode estar tanto na
primeira quanto na terceira pessoa, dependendo da intenção do emissor,
relacionada à função do texto que ele quer escrever.
O terceiro tipo de texto é o descritivo, que consiste em absorver as
características e os detalhes, as informações mais minuciosas do que se
pretende descrever. Raramente há um texto puramente descritivo, uma vez
que, na maior parte das vezes, ele está nas outras tipologias, compondo
histórias e ideias.
Tente entender, caro(a) acadêmico(a), que essa construção é como se
desenhasse a cena para o leitor, descrevendo as características dos objetos,
das personagens, dos lugares etc. O texto descritivo apresenta algumas
características:
Um exemplo de texto descritivo pode ser visualizado no excerto de Dom
Casmurro, de Machado de Assis. Veja, caro(a) aluno(a), que a descrição
ocorreu em um romance, um texto narrativo, para caracterização de uma
personagem.
A+
A-
 
Atualmente o mundo vem sofrendo uma profunda e vasta in�uência por parte de
grandes corporações globais a �m de persuadir as pessoas a consumirem diferentes
produtos e isto, o processo de persuasão, vem sendo mirado nas pessoas desde cedo,
ainda criança, num forte sistema de alienação comercial. A revista “Superinteressante”
fez uma matéria mostrando o quanto as pessoas estão consumindo produtos
desnecessários, que além de prejudicar gradativamente o meio-ambiente, estão
conturbando a mente e formação das crianças devido às massivas formas de
publicidade infantil. Alguns países, como Noruega, já proíbem publicidades infantis,
visando assim um estilo de vida mais saudável para as pessoas. Em outros lugares,
ativistas e ONGs estão em um cabo de guerra com as empresas e agências de
publicidade para discutir os limites éticos da propaganda. As ONGs criticam o modo
como a publicidade chega às crianças. Fato é que as crianças estão sendo
bombardeadas com publicidade, a qual usa propagandas para afetar o psicológico
infantil e criar adultos consumidores compulsivos de suas marcas, trazendo também um
prejuízo para o meio ambiente. Nesse jogo, as crianças são como peças-chave para o
comércio. O Brasil, seguindo regras e acordos com empresas publicitárias, sociedade e
governo, deve, pelo bem humano e mundial, estabelecer leis claras, seguras e �xas sobre
a publicidade infantil, quebrando assim essa alienação precoce de crianças.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 29/35
Quadro 1.14 - Exemplo de texto descritivo
Fonte: Assis (1979, p. 25).
Antes de iniciarmos a nova unidade, daremos uma breve explicação a
respeito de um ponto importantíssimo, que engloba as questões de coesão e
A+
A-
a) Descrição
objetiva
- Aproximação com a realidade;
- Linguagem clara, objetiva, realista e denotativa;
- Descrição precisa do ser/objeto;Isenção de opiniões e sentido
duplo.
“[...] Todo eu era olhos e coração, um coração que desta vez ia sair, com certeza, pela
boca fora. Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta forte e cheia,
apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas
tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do tempo, desciam-lhe pelas costas.
Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca �na e o queixo largo.
As mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheiravam a
sabões �nos nem águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as
limpas e sem mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera
alguns pontos” [...].
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 30/35
de coerência textual, as quais precisam estar presentes nos textos
produzidos, independentemente de qual esfera for utilizada na produção de
tais textos.
A coesão é responsável pela organização textual, no sentido de unidade
formal, em que é preciso se preocupar com os elementos linguísticos que
fazem a articulação das ideias. Está diretamente relacionada ao uso dos
elementos gramaticais linguísticos, ou seja, à escolha das palavras.
A coerência, por sua vez, é o que podemos chamar de lógica do texto,
diretamente relacionada à uniformidade de sentido. Também depende das
palavras; porém, para que um texto tenha coerência, os elementos de coesão
devem ser corretamente empregados.
Finalmente encerramos o assunto desta unidade com a exempli�cação dos
tipos textuais, fazendo uma ligação com todo o conteúdo trabalhado e
começando a encaminhar o conteúdo que será estudado na próxima etapa.
A+
A-
Comunicação e Expressão - U1, V2
Grupo Anchieta
06:30
INDICAÇÃO DE LEITURA
https://vimeo.com/unianchieta
https://vimeo.com/682856399/78122fbf84
https://vimeo.com/unianchieta
https://vimeo.com/682856399/78122fbf84
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 31/35
Atividade
A+
A-
Livro: Do que é feito o pensamento: a língua como janela para a
natureza humana
Editora: Companhia das Letras
Autor: Steven Pinker
Ano: 2008
ISBN: 9788535913026
Combinando alguns de seus livros anteriores, como O Instinto da
Linguagem (1994) e Como a Mente Funciona (1997), Steven Pinker
encontra na linguagem uma janela para uma possível explicação da
natureza humana. O autor, tido pela revista Time, em 2004, como uma
das cem pessoas mais in�uentes do mundo, parte de verbos, pronomes
e substantivos para, com a munição de exemplos e citações curiosos e
surpreendentes, que vão de Shakespeare e Brecht a Paul McCartney e
Groucho Marx, chegar à explicação sobre de que matéria é feito o
pensamento. Com elegância e bom humor, Pinker seleciona situações
corriqueiras para exempli�car seus reveladores pontos de vista. O
momento em que o motorista é parado na estrada por estar em alta
velocidade é uma delas. Pinker mostra que a construção do discurso
para tentar subornar o guarda pode ser bastante reveladora da forma
como construímos nossos pensamentos, assim como a maneira como
colocamos nossas emoções em jogo.
O pensamento é formado pela linguagem. Isso signi�ca que,
literalmente, falamos dentro de nossa cabeça. Fato que implica,
diretamente, na educação e no processo de ensino-aprendizagem.
Assim, ao aprimorarmos a linguagem, estamos aprimorando e
expandindo nosso pensamento.
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 32/35
Leia o verbete a seguir:
“co·mu·ni·ca·çãosf
1 Ato ou efeito de comunicar(-se).
2 LING Ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o transmissor e o
receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas convencionados
de signos e símbolos.
3 O conteúdo da mensagem transmitida.
4 Transmissão de uma mensagem a outrem [...]” (DICIONÁRIO MICHAELIS, 2019, on-line).
A partir da leitura do verbete anterior, �ca evidente que a comunicação é um processo de
troca de informações que envolve alguns elementos importantes. Assim e considerando os
conteúdos estudados no livro da disciplina, analise as a�rmativas a seguir sobre os conceitos
de comunicação:
I. O canal refere-se ao local onde/por onde a mensagem será transmitida, por exemplo, um
celular.
II. A comunicação é constituída por cinco elementos inseparáveis: emissor, receptor, código,
canal e contexto.
III. A mensagem diz respeito às representações verbais e não verbais do conteúdo que será
entregue ao receptor.
IV. A comunicação ocorre a partir do momento em que o interlocutor compreende a
mensagem transmitida pelo locutor.
Está correto o que se a�rma em:
I, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
II e IV, apenas.
I, III e IV, apenas.
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 33/35
Atividade
Leia o trecho a seguir:
“A Teoria da Comunicação, proposta por Roman Jakobson, enuncia que, no ato de
comunicação, há um emissor que envia uma mensagem a um receptor, usando o código para
efetuá-la. Esta, por sua vez, refere-se a um contexto (ou um referente), até mesmo para ser
e�caz. A passagem da emissão para a recepção faz-se através do suporte físico, que é o canal.
Dessa forma, a linguagem desempenha seis funções: emotiva, poética, conativa,
metalinguística, referencial e fática” (DORETTO; BELOTI, 2011, p. 92).
A teoria e o método de crítica literária para textos narrativos e poéticos, desenvolvidos por
Roman Jakobson, são conhecidos como formalismo. Porém, quando Jakobson debruçou-se
nos estudos da linguagem, corroborou para a criação do estruturalismo linguístico. Para o
pensador russo, as ferramentas para a compreensão da linguagem consistiam na separação da
linguagem em elementos e no estabelecimento de suas funções. Considerando essas
informações e o conteúdo estudado, analise as a�rmativas a seguir e assinale V para a(s)
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
I. ( ) As notícias são exemplos de função referencial, as quais costumam ser objetivas e sem a
subjetividade do sujeito.
II. ( ) A função poética, também chamada de emotiva, tem por objetivo emocionar o receptor.
III. ( ) Presente em textos publicitários, a função conativa tem por intuito convencer,
aconselhar e dar ordens ao leitor.
IV. (  ) A função expressiva foca no emissor e é portadora de subjetividade.
V. ( ) A função metalinguística costuma explicar um código utilizando o próprio código.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
V, V, F, V, V.
F, V, F, V, F.
F, F, V, V, F.
V, F, V, V, V.
V, V, F, V, F.
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 34/35
Atividade
Leia o trecho a seguir:
“Diversas categorias de texto podem ter características comuns. Este é o caso, por exemplo,
de todas as categorias de texto que têm o tipo narrativo como necessariamente presente em
sua composição e como dominante e entre as quais podemos citar: romance, conto, novela,
fábula, parábola, apólogo, mito, lenda [...]. Todos esses gêneros vão ter em comum
características de narração, mesmo que realizadas de diferentes formas. Sempre haverá,
todavia, características que permitam distingui-los entre si [...]” (TRAVAGLIA, 2007, p. 40-41).
O texto narrativo costuma contar uma história por meio de uma sequência de fatos. Ao narrar
os acontecimentos, apresentam-se ao leitor os envolvidos, o contexto, onde e quando os fatos
aconteceram etc. Assim, e considerando os conteúdos estudados no livro da disciplina, analise
as a�rmativas a seguir sobre o texto narrativo:
I. Além do protagonista e do antagonista, há outra classe de personagens, chamados de
secundários.
II. O narrador-observador é aquele que conhece a história, porém não participa.
III. Nos textos narrativos é predominante o uso do espaço físico e do tempo cronológico,
extinguindo o psicológico.
IV. Pode-se considerar o desfecho como uma solução do con�ito produzido pelas ações das
personagens.
V. As personagens podem ser caracterizadas pelos seus atributos físicos, bem como por suas
características psicológicas.
Está correto o que se a�rma em:
II e IV, apenas
I e II, apenas
I e IV, apenas
I, II, IV e V, apenas.
A+
A-
23/06/2023, 08:55 Unidade 1
https://anchieta.instructure.com/courses/16828/pages/conteudo-digital-unidade-1?module_item_id=556609 35/35
II, III e V.
A+
A-

Continue navegando