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CATETER (CÂNULA) NASAL DE ALTO FLUXO · Introdução · Entrega de ar misturado, aquecido (37 graus – melhor resposta na troca gasosa) e umidificado · Não necessita de sedação · Capacidade de fluxo neonatal até 8L/min e pediátrico até 25 L/min · Mecanismos · Suporte respiratório · Redução do espaço morto – aumenta a ventilação alveolar (maior lavagem de CO2) · Pode promover uma pressão pulmonar positiva (gera uma PEEP de 4-6 cmH2O) · Administração precisa de oxigênio misturado e umidificado · Diminuição da resistência inspiratória reduz o trabalho respiratório · Hidratação das vias aéreas · Umidade ideal · Permite o fornecimento confortável de fluxo altos · Previne o ressecamento do epitélio das vias aéreas · Gás frio e seco diminui a complacência e a condutância pulmonar e pode levar a broncocostrição. · Ar aquecido e umidificado melhora da complacência pulmonar · Conforto: fácil utilização; sistema aberto · Benefícios · O uso PRECOCE do cateter nasal de alto fluxo está associado a uma redução do tempo de internação · Melhora do padrão respiratório – alívio rápido dos músculos respiratórios, redução do esforço respiratório · Menos trauma nasal · Nenhuma diferença significativa nos efeitos adversos · Maior vínculo (maior tempo de Canguru em relação ao CPAP) · Aplicação mais simples · Trabalho “Oral Nutrition in Children With Bronchiolitis on High-Flow Nasal Cannula Is Well Tolerated” (Hospital Pediatrics 2017, 132 crianças) dieta enteral (por sonda ou oral) é segura e não deve ser postergada pelo uso de HFNC. · Indicações · Insuficiência respiratória aguda hipoxêmica · Possuir drive respiratório · Possui capacidade de eliminar CO2 · Os critérios clínicos essenciais para permanecer nos modos de suporte respiratório não invasivo são esforço respiratório espontâneo efetivo e eliminação de CO². A hipercapnia ou a apneia são as razões mais comuns para progressão para formas mais invasivas de suporte ventilatório (Research in high flow therapy: Mechanisms of action). · Critérios para utilização da cânula nasal de alto fluxo aquecido e umidificado (UTIped) · Diagnóstico de bronquiolite viral aguda · Menores de 12 meses · Casos moderados e graves com escore < 13 (Escore de Gravidade de bronquiolite modificado de Wang) · Gasometria arterial com ph < 7,3 e pCO2 < 50 (tem que ter gasometria arterial para indicar o uso) · Nível de consciência adequado · Ausência de comorbidades (ex: síndrome de Down, cardiopatia, lactente chiador, pneumopatia, neuropatia) · Alvos após início da terapia · FiO2: saturação alvo entre 92-97% · T: 37ºC (temperatura do umidificador) · Fluxo: > 2L/min (titular aumento geralmente chegando de 8-10L/min) · A cânula não pode obstruir completamente as narinas – deve ter cerca de metade do diâmetro da narina. · Critérios de melhora (sucesso) · Diminuição da FR · Diminuição da FC · SaO2 dentro do alvo · Contraindicações · Atresia de coanas / bloqueio de passagem nasal · Respiração bucal · Trauma ou cirurgia de nasofaringe · Pós-operatório de neurocirurgia com abordagem de base de crânio · Epistaxe ativa · Fístula do trato respiratório · Manejo · Escolher o tamanho do prong e circuitos apropriados (não ocluir totalmente a narina dos pacientes) · Iniciar com os seguintes fluxos: · ≤ 10 kg: 1-2 L/kg/min · > 10 kg: 1-2 L/kg/min para os primeiros 10 kg e após, 0,5 L/kg/min para cada kg acima (fluxo máximo 60 L/min) · Iniciar com 6 L/min e aumentar conforme tolerância do paciente até o fluxo adequado. · FiO2 · Iniciar com 50-60% · Manter saturação > 94% (94-98%) · Umidificação · Utilizar temperatura 37ºC · Monitorização · Monitorizar paciente para resposta: · FR, FC, grau de desconforto respiratório, SatO² · Após 2 horas, verificar a possibilidade de reduzir FiO² até 40% e avaliar se houve redução de 20% da FC e FR, com melhora do desconforto respiratório. · Reavaliar método se: · Não houver estabilização do paciente · Piora do desconforto respiratório · Hipoxemia persistente · Necessidade de FiO2 > 50% · Caso ocorra piora da saturação e do desconforto respiratório RX tórax para excluir pneumotórax. · Desmame · Redução gradual da FiO2 · Diminuição do trabalho respiratório · Melhora da FR · Estabilidade hemodinâmica · Saturação adequada · Reavaliar fluxo 2-4 horas · Complicações · Distensão gástrica / abdominal · Pneumotórax, pneumomediastino · Lesão de pele · Bloqueio da prong por secreção · Pode aumentar o trabalho respiratório se fluxo excessivo · Evidências · Redução em 68% das IOT em BVA · Redução do tempo de internação · O uso é seguro em UTI, enfermaria e PS · Padrão-ouro da indicação em pediatria = bronquiolite viral aguda · Exemplos · USP 2018 – A respeito do cateter nasal de alto fluxo, seu funcionamento e suas vantagens/desvantagens, podemos afirmar que: · Entre os vários mecanismos fisiológicos e físicos que explicam o funcionamento do cateter nasal de alto fluxo, podemos citar: diminuição da resistência inspiratória, lavagem de espaço morto anatômico, melhora da condutância de ar pelas vias aéreas e promoção de melhor clearance muco-ciliar. Research in high flow therapy: Mechanisms of action (Philadelphia, 2009) · Introdução · A adição de calor suficiente e altos níveis de umidificação permitiu a aplicação de maiores níveis de fluxo de oxigênio pela cânula nasal. · Pacientes de diferentes faixas etárias, desde prematuros a adultos, estão recebendo fluxos de oxigênio que variam de 2-40 litros/minutos para suporte ventilatório adequado de diversas condições (BVA, pneumonia, DPOC, SDRA). · Este artigo fornece uma revisão dos mecanismos propostos por esses dispositivos. · Mecanismos de ação da terapia de alto fluxo (5 pontos) · 1. Lavagem do espaço morto nasofaríngeo (principal mecanismo de ação) · A terapia de alto fluxo promove a lavagem do espaço morto nasofaríngeo, contribuindo para o estabelecimento de melhor ventilação alveolar e lavagem de CO² melhora na eficiência dos esforços respiratórios. · Os critérios clínicos essenciais para permanecer nos modos de suporte respiratório não invasivo são esforço respiratório espontâneo efetivo e eliminação de CO². A hipercapnia ou a apneia são as razões mais comuns para progressão para formas mais invasivas de suporte ventilatório. Portanto, se a retenção de CO2 durante a ventilação não invasiva pode ser reduzida ou eliminada, muitos pacientes não serão submetidos a ventilação mecânica invasiva. · 2. Redução da resistência inspiratória (trabalho inspiratório) fornecendo fluxo adequado · A distensibilidade da nasofaringe proporciona uma resistência significativa aos esforços inspiratórios. · A terapia de alto fluxo minimiza a resistência inspiratória associada à nasofaringe, fornecendo fluxos de gás adequados para o fluxo inspiratório, reduzindo o esforço respiratório. · 3. Melhora da mecânica pulmonar fornecendo gás aquecido e umidificado · A provisão de gás adequadamente aquecido e umidificado para as vias aéreas condutas, melhora a condutância e a complacência pulmonar em comparação com o gás frio e seco. · Gás frio e seco diminui a complacência e a condutância pulmonar e pode levar a broncoconstrição (associada aos receptores muscarínicos na mucosa nasal) · Ar aquecido e umidificado melhora da complacência pulmonar · 4. Redução do custo metabólico do condicionamento de gás · Sob o funcionamento fisiológico normal do trato respiratório, durante a passagem de ar pelo nariz ocorre o aquecimento e a umidificação do ar. Acredita-se que pode haver algum custo energético para condicionar o ar inspirado. · Sendo assim, a provisão de gás adequadamente aquecido e umidificado pela terapia de alto fluxo reduz o trabalho metabólico associado ao condicionamento de gás. · 5. Fornecimento de pressão positiva nas vias aéreas · O fornecimento de pressão positiva aos pulmões resulta em melhora da mecânica ventilatória pela otimização da complacência pulmonar, e auxiliar na troca gasosa pela manutenção da permeabilidade dos alvéolos. · Considerando que a terapia de alto fluxo não é necessariamente destinada afornecer CPAP, se o fluxo de gás e as dimensões das prongas nasais forem adequadamente ajustados para o tamanho do paciente, a pressão positiva pode ser realizada. · O fluxo elevado através da nasofaringe pode ser titulado para proporcionar pressão positiva para o recrutamento pulmonar (pode gerar uma PEEP de 4-6 cmH²O). · O tamanho da cânula nasal é um fator crítico na determinação da geração de CPAP (a pressão fornecida pela cânula nasal depende da taxa de vazamento – vazamento pequeno maior pressão positiva; boca fechada maior pressão). Humidified high-flow nasal cannula oxygen in bronchiolitis reduces need for invasive ventilation but not intensive care admission (Australia, 2017) · Resumo · Estudo retrospectivo · 166 pacientes · Resultados: · Seguro e efetivo · Redução do tempo de internação hospitalar · Não houve redução no número de admissões na UTI · Não houve redução no tempo de internação na UTI · Redução da taxa de intubação (22,2% 7,8%) · < 6 meses e VSR + maior chance de falha da CAF · O que já se sabe sobre esse tema: · 1. Bronquiolite é a causa mais comum de admissão em UTI pediátrica · 2. O uso da cânula nasal de alto fluxo em BVA está associado a uma redução da necessidade de intubação. · 3. A cânula nasal de alto fluxo é de fácil aplicação e possui mínimas complicações. · O que este artigo acrescenta: · 1. O uso de cânula nasal de alto fluxo a taxas de até 1 l/kg/min fora do tratamento intensivo para crianças com bronquiolite não foi associado com uma redução nas taxas de admissão de cuidados intensivos. · 2. O uso de cânula nasal de alto fluxo levou a uma diminuição do tempo de permanência hospitalar e menor necessidade de ventilação invasiva de pacientes admitidos em UTI pediátrica. · 3. Idade < 6 meses e bronquiolite causada por VSR foram associados a uma maior chance de falha da terapia com cânula nasal de alto fluxo. · Introdução · Estudos anteriores mostraram que a utilização da cânula nasal de alto fluxo em crianças com bronquiolite está associado a uma redução nos escores de desconforto respiratório. · O uso de cânula nasal de alto fluxo em crianças com BVA no departamento de emergência parece proteger contra a necessidade de intubação e subsequente necessidade de admissão em UTI pediátrica. · Uma UTI americana e uma UTI australiana relataram redução na proporção de crianças com BVA sendo intubadas após a introdução da cânula nasal de alto fluxo em suas respectivas unidades. · Hospital introduziu o uso da cânula nasal de alto fluxo fora da UTIP para o · tratamento de crianças com BVA em 2011. · Não estava clara se o uso da cânula nasal de alto fluxo no departamento de emergência levaria a uma redução da necessidade de admissão em UTI pediátrica. · Esse estudo foi conduzido para determinar se a introdução da cânula nasal de alto fluxo nas enfermarias ou PS levou a alguma mudança na admissão em UTI pediátrica e nos resultados para crianças internadas com BVA na instituição. · Hipótese que haveria uma redução na taxa de admissão à UTIP para pacientes com BVA após a introdução do CAF no PS e nas enfermarias. · Métodos · Revisão retrospectiva em três coortes de crianças admitidas com o diagnóstico de BVA na UTI pediátrica do Hospital Westmead. · Todos os pacientes < 24 meses de idade admitidos na UTIP do hospital com diagnóstico de BVA foram identificado a partir do banco de dados. · Admissões para a UTIP de fora do hospital e as crianças que já estavam em uso de oxigênio domiciliar foram excluídas. · 3 períodos de avaliação: · 2008: pré-cateter nasal de alto fluxo · 2011: início do uso do cateter nasal de alto fluxo; pacientes que necessitam de mais de 0,5 l/kg/min ou > 5 L/min de fluxo requerem admissão em UTIP. · 2013: consolidação do uso do cateter nasal de alto fluxo; pacientes que necessitam de mais de 1 l/kg/min ou > 15 L/min de fluxo requerem admissão em UTIP. · A FiO2 foi titulada para manter a saturação de oxigênio > 94%. · O desmame da CAF foi iniciada com a melhora da condição clínica da criança, baseada na redução do trabalho respiratório e uma necessidade de FiO2 < 40%. · Resultados · 166 crianças com BVA foram admitidas em UTI pediátrica durante os 3 períodos. · O VSR foi o patógeno viral predominante nos 3 períodos. · O padrão de admissão foi semelhante nos 3 períodos, mostrando um pico nos números de admissão nos meses de junho-agosto (inverno). · O uso de CAF foi significativamente maior em 2013 em comparação com 2011 e 2008. · 98,7% dos pacientes admitidos na UTIP em 2013 tiveram o CAF como forma de suporte de ventilação em algum momento durante a permanência em UTIP. · A proporção de pacientes que necessitaram de intubação foi significativamente menor nos 2 anos em que o CAF foi empregado. · 2008 22,2% · 2011 9,4% · 2013 7,8% · O período de permanência de UTIP não foi significativamente afetado pela introdução do CAF, embora houvesse uma tendência para estadias mais curtas. · 2008 2,9 dias · 2011 2,6 dias · 2013 2,2 dias · O período total de internação hospitalar foi significativamente menor nos pacientes dos anos de 2011 e 2013 quando comparadas aos pacientes do ano de 2008 (pré-CAF). · 2008 9 dias · 2011 6 dias · 2013 6 dias · Nenhuma complicação associada ao uso da cânula nasal de alto fluxo foi relatada. · Discussão · Estudo cânula de alto fluxo é bem tolerada pelos lactentes e com mínimos eventos adversos; fácil instalação; · Outros estudos documentaram taxas de admissão reduzidas em UTI pediátrica de pacientes com bronquiolite que iniciaram cateter de alto fluxo no PS. · No entanto, esse estudo iniciou CAF em um fluxo de 2 L/kg/min, enquanto nossas enfermarias e PS só puderam avaliar os fluxos até um máximo de 1 L/kg/min. · Assim, é possível que muitos dos pacientes nas enfermarias tenham recebido fluxos insuficientes para que seja benéfico. · Isso é apoiado pelo fato de que a maioria dos nossos pacientes foram mantidos em CAF após a sua admissão na UTI pediátrica, sendo a única diferente um aumento de taxas de fluxo para um máximo de 2 L/kg/min. · O aumento das taxas de fluxo do CAF leva a uma redução no esforço respiratório de crianças com bronquiolite. E a quantidade de pressão positiva fornecida pelo CAF também está correlacionada linearmente com os fluxos crescentes, com fluxos de 2 L/kg/min capazes de fornecer uma pressão de até 4 cm H2O. · Embora não tenha diminuído as taxas de admissão em UTI pediátrica, houve uma redução na necessidade de intubação e uma tendência (não significante) para menor período de permanência na UTI pediátrica. · Cerca de ¼ dos pacientes internados na UTI exigiram escalada no suporte respiratório. · Isto ocorreu mais em crianças < 6 meses de idade ou com bronquiolite causada por VSR. · A literatura recente sugeriu que idade mais precoce e a bronquiolite causada por VSR são fatores associados a uma doença mais grave. · Como a maioria dos pacientes não exigiu escalada além de 2 L/kg/min, seria permitido que esses fluxos fossem usados na enfermaria, e poderia reduzir as admissões em UTI pediátrica para esses pacientes. · O uso de CAF nas enfermarias pediátricas é seguro. · Conclusão · O uso de cateter nasal de alto fluxo para crianças com BVA é seguro e efetivo e está associado a uma redução no período de internação hospitalar para pacientes admitidos em UTIP durante a permanência no hospital. · A utilização de cateter nasal de alto fluxo com taxas de fluxo ≤ 1 L/kg/min fora da UTIP não reduziu as taxas de admissão de pacientes com BVA em UTIP na instituição. · A introdução do cateter nasal de alto fluxo tem sido associada a uma redução na necessidade de intubação nestes pacientes, com tendência para uma permanência mais curta na UTIP. · Lactentes < 6 meses ou aqueles com VSR + apresentaram maior probabilidade de falha da terapia com cânula nasal de alto fluxo. Pediatric high-flow nasal cannula therapy in children with bronchiolitis: A retrospective safety and efficacy study in a non-tertiary environmet (Emergency Medicine Australasia Australia, 2017)· Resumo · Retrospectivo · 61 crianças com bronquiolite na emergência ou enfermaria · Seguro · Melhora FR e FC em 60 minutos · Nenhum evento adverso · 13% transferência UTI (sem necessidade de escalonar terapia) · Mediana do fluxo = 1,6 l/kg/min · Método · Estudo retrospectivo – 26 meses (2013 – 2015) · Crianças de 1-23 meses com suspeita de BVA que começaram a terapia com cânula nasal de alto fluxo no PS ou enfermaria (hospital sem UTI pediátrica – relativamente próximo de 1 centro terciário) · Um dos poucos estudos que incluíram crianças > 12 meses. · O fluxo foi iniciado entre 1-2 L/kg/min, de acordo com a preferência do médico. · As taxas de fluxo variaram de 0,6-3,3 L/kg/min · A falta de resposta foi definida como ausência de melhora ou piora dos parâmetros fisiológicos em 60-90 minutos da terapia com cânula nasal de alto fluxo transferência a UTI pediátrica · Análise do efeito em relação ao esforço respiratório, FC e FR · Análise de transferência para um ambiente terciário, escalada de cuidados e taxas de eventos adversos · Resultados · Total de 61 crianças entre 1 e 23 meses – terapia com cânula nasal de alto fluxo · Redução do esforço respiratório na maioria das crianças em 60 minutos do início da terapia · Também houve redução significativa na FC e na FR dentro de 60 minutos do início da terapia · O estudo confirmou a constatação que a resposta em parâmetros fisiológicos é evidente em 60 minutos. · Não houve eventos adversos relacionados à terapia de cânula nasal de alto fluxo · A taxa de transferência à UTI pediátrica foi de 13% (8 / 61) - predominantemente devido à falta de melhora dos parâmetros fisiológicos após 90 minutos da terapia. · Nenhum dos pacientes transferidos exigiu escalonamento de cuidados – alguns permaneceram na UTI por menos de 24 horas. · As crianças mais velhas pareceram responder tão bem à terapia com CAF quanto crianças < 12 meses e sua velocidade de resposta pareceu comparável. A taxa de falha foi semelhante entre os dois grupos. · Limitações · Pequeno estudo com 61 crianças · Estudo prospectivo e não comparativo (a eficácia da terapia com CAF versus outro tratamento não pode ser comentada) · Diagnóstico clínico de BVA · O corte de idade de 23 meses, selecionado para garantir a inclusão de todos os casos possíveis, aumento o risco de patologia mista. · Fluxo (l /kg/ min) não foi padronizado · Conclusão · A terapia com cânula nasal de alto fluxo pode ser iniciado de forma segura em ambos os grupos etários tanto em PS quanto na enfermaria, com um nível apropriado de observação e critérios de transferência bem estabelecidos. · Quando a resposta a terapia com CAF ocorreu, foi evidente em 60 minutos. · Nenhum evento adverso foi observado. · Taxa de falha de 13% - não houve necessidade de escalonamento respiratório após a transferência, além de aumento nos parâmetros de alto fluxo. · Mecanismo de ação · H: Heated and Humidified · Administração precisa de oxigênio misturado e umidificado · Oxigenoterapia padrão – gás frio e seco diminui a complacência e a condutância pulmonar aumento da resistência das vias aéreas. · Retarda a passagem de ar para adequar aquecimento e umidificação - > gasto energético · CNAF (aquecido e umidificado) melhora a depuração de secreções, diminui a inflamação das vias aéreas e diminui o gasto de energia. · Ar aquecido e umidificado melhora da complacência pulmonar · Previne o ressecamento do epitélio das vias aéreas · I: Inspiratory demands · CNAF fornece taxa de fluxo elevada para atender as demandas de pico de fluxo inspiratório (↑ na BVA) · Diminui a resistência das vias aéreas · Reduz o trabalho respiratório · F: Functional Residual Capacity · CNAF gera pressão positiva na via aérea devido aos elevados fluxos – pode promover uma pressão pulmonar positiva · Alguns fatores influenciam a geração de pressão positiva (taxa de fluxo, boca aberta ou fechada) · L: Lighter (mais confortável) · CNAF gera conforto no paciente; melhora no trabalho respiratório e oxigenação. · VNI desconfortável para alguns pacientes; · O: O2 dilution · Sistemas abertos (máscaras e CNO2): ocorre diluição do O2 – 1L/min – FiO2 ≈ 4% acima do ar ambiente · CNAF pico de fluxo atende/excede as demandas inspiratórias e minimiza a diluição de O2 (FiO2 proposta é a FiO2 que o paciente recebe) · W: Washout of Dead-space · A nasofaringe é um espaço morto (reservatório de CO2) · CNAF o gás fresco ocupa a nasofaringe e elimina o CO2 do espaço morto. · Paciente reduz o esforço e a frequência respiratória. · Mecanismo de ação · Suporte respiratório: redução do espaço morto (maior lavagem de CO2) + pressão positiva dinâmicas nas vias aéreas + diminuição da resistência inspiratória (redução do trabalho respiratório) · Hidratação das vias aéreas (umidade ideal – previne o ressecamento do epitélio das vias aéreas) · Oxigênio suplementar (administração precisa de oxigênio misturado e umidificado) · Conforto do paciente (fácil utilização) · Aplicação clínicas · Controlar 3 variáveis ao iniciar a CNAF: · Temperatura do gás: 1 a 2ºC < temperatura corporal · FiO2: 0,6 reajustar para manter SaO2 entre 02 – 97% · Taxa de fluxo: escolhida com base no tamanho do paciente e na necessidade do suporte ventilatório · Lactentes: 2L/kg/min · Crianças: 1L/kg/min · Monitorização: · Redução da frequência cardíaca (10 minutos) · Redução da frequência respiratória (5 – 15 minutos) · Melhora da oxigenação (10 – 15 minutos) · Melhora da dispneia (10 – 30 minutos) · Redução da retração supraclavicular e da assincronia (30 minutos) · Indicações: · Bronquiolite · Bronquiolite moderadamente grave · Monitorização (nível de consciência, conforto, sinais vitais) · Sucesso melhora FR, ↓ FiO2, FC e conforto · Falência piora da FR, ↑ FiO2, FC e conforto mudar para VNI ou VM invasiva · Asma, pneumonia, obstrução de via aérea alta, doenças neuromusculares, pós-operatório de cirurgia cardíaca.
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