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TRABALHO MUSCULAÇÃO 30-05

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FACIMED
HELOÍSA SANTANA
LUIZ VINÍCIUS PEREIRA CASTILHO 
MAYK WESLEY NETO DE OLIVEIRA
NILVA ALVES
PATRICKY VIANA
MUSCULAÇÃO X POPULAÇÕES ESPECIAIS: DIABÉTICOS E HIPERTENSOS
CACOAL – RO
2018
1. INTRODUÇÃO 
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) atualmente estima-se que a população mundial com diabetes é da ordem de 382 milhões de pessoas e que deverá atingir 471 milhões em 2035. O sedentarismo, a obesidade e o tempo limitado para a prática de exercício físico são fatores para a crescente incidência de ser diagnosticado com diabetes mellitus (DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2014-2015). 
Assim como Brito & Volp (2008), nos afirma que a educação nutricional, associada à prática de exercícios físicos e mudanças no estilo de vida, consultas e exames frequentes, é um conjunto de métodos para o controle glicêmico. Visando sempre evitar complicações que a doença pode acometer, várias estratégias podem ser inseridas conforme a patogenicidade do paciente, no qual cada indivíduo necessita de uma conduta diferenciada. 
O número de hipertensos chega a até 20% no quadro mundial, essa doença juntada ao diabetes é a maior causa de hospitalização e a maior causa de mortes (ASSUNÇÃO, 2017).
Heyward (2013) nos mostra que, mais da metade das pessoas com diabetes melito morrem com problemas de complicações cardíacas. Mas ainda pessoas que possuem diabetes podem sofrer de insuficiência urinária.
Montenegro, (2015) ainda nos diz que o exercício físico são formas de tratamento dessas doenças reduzindo o risco das complicações. Diabéticos conseguem reduzir o açúcar do sangue e os hipertensos conseguem diminuir os números da pressão arterial.
Como bem nos assegura Moreira (2016), praticar regularmente exercícios físicos resulta em melhoras nos aspectos físico-mental e também ajuda a prevenir doenças como Diabetes Mellitus. 
A prática regular e supervisionada de exercícios físicos é uma das principais terapias não farmacológicas para a prevenção e controle de doenças cardiovasculares, sendo recomendada inclusive para cardiopatas (ACSM, 2004).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. MUSCULAÇÃO
“A musculação tem por objetivo aumentar a massa muscular, a densidade óssea, aperfeiçoando o desempenho relacionado à força, melhorando a condição funcional do praticante, fazendo com que ele realize os esforços da vida diária com mais segurança, disposição e facilidade”. (NASCIMENTO & BRANDÃO, 2015, p. 432). Assim como nos assegura Nascimento & Brandão (2015), a musculação é de suma importância para melhorar o condicionamento físico e melhorar a capacidade motora dos praticantes dessa modalidade.
Montenegro (2014) relaciona em seus estudos a adequação do treinamento de força para uma prevenção de possíveis doenças e aderir essa pratica de forma adequada para não ocasionar um dano para quem os pratica. 
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte inclui em suas recomendações a prática de treinamento de força muscular e que a relação de doenças é inversa à prática de exercícios, sendo o exercício um efeito protetor contra doenças. Estipulam que o exercício deve ser realizado com o máximo de benefício e o mínimo de risco de lesão. Indicam que exercícios para força muscular demandam pouco tempo e com isso maior aderência, auxiliando na manutenção da massa muscular e óssea (Carvalho e colaboradores, 1996, apud MONTENEGRO, 2014, p. 495).·.
“O treinamento de musculação pode ser indicado para diferentes grupos etários, assim como para diferentes necessidades especiais, como hipertensos, diabéticos e osteoporóticos” (CAMPOS, 2000, apud MONTENEGRO, 2015, p. 106). Assim como Montenegro (2015, p.106) “enfatiza em seus estudos, que a musculação pode ser adequada para diversas pessoas e também pode ser indagada para melhoria da qualidade de vida”. 
Estudos mostram que tem sido observado um grande crescimento pela procura da modalidade musculação nas academias, seja para fins estéticos, ou para promoção da saúde, sendo assim, nos possibilita mensurar e analisar os resultados do treinamento resistido sobre a resposta glicêmica (FELÍCIO et all., 2016, pag. 1).
2.2. MUSCULAÇÃO E DIABETES 
 “O diabetes mellitus caracteriza-se principalmente pela ausência ou insuficiência do hormônio insulina sendo sua produção endógena estimulada pelo exercício, contribuindo para um melhor controle glicêmico. (ZABAGLIA et all., 2009, pag. 547).
A prática do exercício físico é respondida pelo organismo com profundas alterações em quase todos os sistemas. Respostas hormonais, cardiovasculares, respiratórias e imunológicas visam garantir a manutenção de um meio interno adequado, a despeito de modificações desafiadoras como aumento da acidose, da concentração de dióxido de carbono e depleção de substratos importantes para manutenção do funcionamento celular (Silva e colaboradores, 2008, apud FELÍCIO, 2016, p.1)	
De acordo com Zabaglia et all (2009) & Felício et all (2016), o exercício físico é um meio para a melhoria no controle metabólico no organismo.
“O treinamento resistido, promove um aumento da sensibilidade à insulina, da massa muscular e benefícios cardiovasculares, demonstrando ser um instrumento eficaz no tratamento e prevenção das complicações do diabetes tipo I e II” (ZABAGLIA et all., 2009, pag. 547).
“O processo da contração muscular, mediada pela prática de exercício resistido, pode promover uma significativa redução da glicemia plasmática através da melhora da resistência insulínica” (Vind e colaboradores, 2012, apud SOUZA et all, 2014, p. 871).
Assim como Taveira et all (2008, p.273) relata em seus estudos:
Durante o exercício físico a concentração sanguínea de insulina diminui em resposta ao efeito “insulina-like” da contração muscular, por isso o trabalho muscular pode consumir glicose mesmo que pouca insulina esteja presente, e mais que isso, trabalhos recentes comprovam que durante o exercício físico a contração muscular aumenta a translocação de GLUT 4 independentemente da presença de insulina, ou seja, a combinação de insulina e exercício resulta em efeitos aditivos em relação ao transporte de glicose associado ao recrutamento do transportador GLUT 4 para a membrana plasmática [...] 
“Além desse fator, há relatos de que cada sessão de exercício acarreta uma melhoria na sensibilidade à insulina que se prolonga em torno de 48 horas antes de retornar as concentrações anteriores à atividade [...]” (TAVEIRA et all, 2008, p. 273).
2.3. MUSCULAÇÃO E HIPERTENSÃO
O treinamento resistido com pesos, conhecido como musculação, foram contra-indicados durante muito tempo para portadores de doenças do coração, mas recentemente passaram a integrar as prescrições por terem se mostrado seguros e eficientes nessa população (ARAUJO et al, 2004).
Nos estudos de (Radesca p. 20. 2015), é relatado que,:
Assim como todos os tipos de exercícios físicos, a musculação altera a pressão arterial, sendo assim, em indivíduos hipertensos, o cuidado deve ser redobrado. Sua prática deve ser prescrita e controlada com muita prudência. Aferir os níveis de pressão arterial antes, durante e depois do treinamento, é uma estratégia que pode ser adotada. No que tange a musculação, a principal recomendação observada que os autores citam na literatura em respeito a sua prática é que ela deve ser prescrita por exercícios prolongados utilizando cargas leves sendo que, em contraponto, altas sobrecargas e alta intensidade podem causar um aumento súbito da pressão, no qual pode acarretar em diversas complicações, assim como o rompimento dos vasos sanguíneos.
A literatura disponibiliza poucos estudos a respeito de hipertensos e treinamento de musculação, mas podemos observar que a prática de musculação oferece benefícios para o hipertenso como o aumento da força muscular, aumento da massa magra, diminuição da pressão arterial em repouso, diminuição da frequência cardíaca em repouso (NETA, 2012)
3. CONCLUSÃO
A partir da leitura sobre o assunto de musculação e hipertensos e/ou diabéticos nesse período, é notório que a prática de exercício físicoajuda na recuperação, prevenção dessas doenças. A musculação por sua vez mostra ser um meio não farmacológico muito eficaz para ajudar o individuo controlar essas doenças, proporcionando a redução dos níveis de glicose no sangue e para os diabéticos reduz a pressão arterial. Além de contribuir para uma melhor qualidade de vida trazendo uma melhora na massa muscular magra, força, resistência e potencia muscular.
4. REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. P. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Rio de Janeiro. 2010. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2010/Diretriz_hipertensao_associados.pdf Acesso em 28/05/2018
ASSUNÇÃO, A. L. P.; RIBEIRO, A.C. R.; MENDES, B. L.; OLIVEIRA, D. L.; PEREIRA, D. M.; GUIMARÃE, F. S.; SANTOS, M. D. D. V.; MENEZES, J. C.; NUNES, M. R.. Diagnóstico situacional de saúde de hipertensos e diabéticos na unidade báscia de saúde. Revista Unipam. 2017. Disponível em: http://revistas.unipam.edu.br/index.php/anaisDoInesc/article/view/735 Acesso em: 29/05/2018.
BRITO, C. J.; VOLP, A. C. P. Nutrição, atividade física e diabetes. Revista Digital EDFESPORTES, Buenos Áires, Abril 2008.
FELÍCIO, L. F. et al. O efeito do exercício de musculação sobre a glicemia. Revista Digital EDFESPORTES, Buenos Áires, Janeiro 2016.
HEYWARD, V. H. Atividade física e prescrição de exercício: técnicas avançadas; tradução Márcia dos santos Dornelles – 6. ed – Porto Alegre: Artmed, 2013.
MONTENEGRO, L. D. P. Musculação para a qualidade de vida relacionada a saúde de hipertensos e diabéticos tipo2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v. 9, p. 105-109, Janeiro-Fevereiro 2015. ISSN ISSN.
NETA, F. D. P.; Sousa, E. C. Hipertensão e treinamento resistido: um diálogo com as evidências científicas. Disponível em: https://paginas.uepa.br/ccbs/edfisica/files/2012.2/FRANCISCA_PESSOA_NETA.pdf Acesso em 29/05/2018.
RADESCA, E. D. A musculação, seus benefícios e a análise de diferentes modelos de treinamento em determinadas populações. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Instituto de Biociências. Rio claro, 2015.
SOUSA, R. A. L. D.; SANTOS, N. V. S.; PARDONO, E. Redução da glicemia através do exercício resisitido de alta intensidade em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v. 8, p. 871-876, Novembro-Dezembro 2014. ISSN ISNN.
TAVEIRA, B. A. et al. Controle glicemico através do exercício de força em indivíduo portador de diabetes tipo 1. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v. 2, p. 271-279, Maio-Junho 2008. ISSN ISSN.
ZABAGLIA, R. et al. Efeito dos exercícios resistidos em portadores de diabetes mellitus. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.3, n.18, p.547-558. Nov/Dez. 2009. ISSN, São Paulo, v. 3, p. 547-588, Novembro-Dezembro 2009. ISSN ISSN.

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