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Cognição e Humor

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Saúde do Idoso 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
1 
Cognição e Humor
➔ AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL 
A Avaliação Multidimensional do Idoso permite o reconhecimento das demandas 
biopsicossociais do indivíduo. Este diagnóstico clínico-funcional deve ser capaz 
de reconhecer as incapacidades, no que se refere à independência e autonomia 
nas AVD (funcionalidade global) e à presença de comprometimento dos sistemas 
funcionais principais, representados pela cognição, humor, mobilidade e 
comunicação. 
A identificação dos problemas de saúde e do estrato clínico-funcional a que 
pertence são fundamentais para a definição das intervenções a serem propostas, 
bem como as prioridades e metas terapêuticas. Este conjunto de diagnósticos 
biopsicossociais e funcionais do indivíduo, associados às intervenções 
promocionais, preventivas, curativas, paliativas e/ou reabilitadoras capazes de 
manter ou recuperar a saúde do idoso chamado Plano de Cuidados 
Individualizado. 
➔ AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS 
A avaliação dos sistemas funcionais deve incluir testes ou escalas apropriadas 
para a análise da cognição. Foram desenvolvidas várias escalas específicas para 
avaliação do idoso e a escolha do instrumento baseia-se na simplicidade, rapidez, 
portabilidade e fidedignidade dos resultados. Não devem ser utilizados como 
critérios diagnósticos, tampouco para definição etiológica, mas como indicadores 
da presença de incapacidades. 
Inicia-se com a investigação sobre a presença de esquecimento, devendo ser 
valorizados a autopercepção, o tipo e a evolução do esquecimento. A presença de 
esquecimento percebido pelo paciente de forma desproporcional à percepção dos 
familiares sugere duas possibilidades: demência ou depressão. 
Caso a percepção seja maior pelos familiares do que pelo paciente, o diagnóstico 
de demência deve ser considerado. Caso a percepção seja maior pelo paciente, o 
diagnóstico mais provável é a depressão ou ansiedade. 
Outro aspecto fundamental a ser investigado é o tipo de esquecimento: tipo 
memória de trabalho e tipo memória episódica. 
Saúde do Idoso 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
2 
O esquecimento tipo memória de trabalho é frequente entre os idosos, pois tende 
a aumentar com o envelhecimento, e normalmente traz poucas repercussões nas 
atividades de vida diária. 
O esquecimento do tipo memória episódica é mais preocupante, pois traz 
repercussões mais evidentes nas tarefas do cotidiano mais complexas e sugere o 
diagnóstico de demência. 
Esquecimento tipo memória de trabalho: caracteriza-se por dificuldade de fazer 
várias tarefas ao mesmo tempo e está muito associado à presença de déficits 
atentivos ou sensoriais, além dos distúrbios do humor e/ou sono. Ex: O paciente 
refere desatenção e dificuldades para lembrar-se onde guardou determinados 
objetos ou compromissos pouco relevantes. 
Esquecimento tipo memória episódica: o paciente apresenta dificuldades na 
relação temporal entre fatos recentes ou para descrever detalhes de episódios ou 
acontecimentos de sua vida, desorientação temporal, repetição de fatos ou 
perguntas, dificuldade de definir datas importantes ou de nomear parentes por 
ordem cronológica (por exemplo, idade dos netos e bisnetos). 
A avaliação das AVD é a primeira fase da avaliação cognitiva. 
Existem diversos testes para a avaliação cognitiva, mas recomenda-se que a 
triagem seja feita utilizando-se testes simples, rápidos, fáceis de aplicar e que 
apresentem resultados confiáveis. 
➔ MINIEXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) 
Instrumento de rastreio cognitivo mais utilizado em todo o mundo, validado em 
diversos países. 
Rápida aplicação: varia entre 10 e 20 min. 
Apresenta pontuação máxima de 30 pontos, distribuídos em itens que avaliam os 
diferentes domínios cognitivos: orientação (temporal e espacial), memória, 
atenção e cálculo, praxia e linguagem. 
Permite a quantificação do declínio cognitivo e sugere quais funções cognitivas 
estão comprometidas. 
Sua maior utilidade não está na pontuação obtida (avaliação quantitativa), mas 
no grau de dificuldade observado (avaliação qualitativa). O ponto de corte é, na 
verdade, um ponto de partida e não o objetivo final do teste. O desempenho no 
MEEM deve ser sempre confrontado com as atividades de vida diária e com as 
características do esquecimento. A maioria dos quadros demenciais moderados a 
avançados podem ser diagnosticados somente com a utilização destas 
Saúde do Idoso 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
3 
ferramentas. Porém, os casos mais leves são mais complexos e devem ser 
encaminhados para avaliação mais minuciosa (Moraes e Lanna, 2010). 
Embora o MEEM seja o instrumento de avaliação cognitiva mais utilizado no 
mundo, ainda existem outros testes que podem ser utilizados: 
• Mini-Cog; 
• Teste do desenho do relógio; 
• MoCA (Montreal Cognitive Assessement); 
• Teste de fluência verbal; 
 
➔ AVALIAÇÃO DO HUMOR 
O humor é uma função indispensável para a preservação da autonomia do 
indivíduo, sendo essencial para a realização das atividades de vida diária. 
Não é uma consequência natural do envelhecimento, tampouco sua prevalência 
aumenta com o envelhecimento. 
É fundamental que os profissionais de saúde tenham familiaridade com o 
reconhecimento dos transtornos depressivos no idoso, utilizando instrumentos 
estruturados ou escalas de depressão, como a EDG (Geriatric Depression Scale – 
GDS). 
➔ ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA 
É uma escala desenvolvida especialmente para o rastreamento de sintomas 
depressivos em idosos. 
Oferece medidas válidas e confiáveis para a avaliação dos transtornos depressivos 
e pode ser utilizada nas versões simplificadas (GDS 5 e 15 questões). 
O escore total da GDS-15 é um indicador relativamente estável do humor do 
paciente e pode ser utilizado para a detecção de casos de depressão no idoso e 
monitoramento dos sintomas ao longo do tempo. 
 
 
 
 
O rastreio da depressão sem a subsequente confirmação pode levar a diagnósticos 
falso positivos e tratamentos desnecessários. Assim, o diagnóstico de depressão 
deve ser investigado e confirmado. 
Saúde do Idoso 
Medicina Anhembi Morumbi 
 
4 
➔ AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA E DO HUMOR NA AGA 
É fundamental compreender a importância da avaliação cognitiva e do humor do 
idoso para a avalição geriátrica ampla. 
A função cognitiva, além de estar relacionada com o desempenho das AVD, é 
capaz de repercutir em todos os outros aspectos da saúde do idoso. 
Da mesma forma que o humor, que pode influenciar negativamente o 
desempenho cognitivo, aumentando a chance do aparecimento e evolução de 
doenças, além de impactar significativamente na qualidade de vida.

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