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CURSO PARA CONSELHEIROS Nome: __________________________________________ • Índice 1. O que é ser Conselheiro 2 23. Conselheiro - Descrição Função 36 2. Qualidade do Conselheiro 2 24. Deveres do Capitão 37 3. Missões do Conselheiro 3 25. Deveres da Secretária 37 Como Fazer um bom Programa 3 26. Deveres do Tesoureiro 38 Como Obter a Cooperação 3 27. Demais Funções 38 4. Disciplina 3 28. Deveres do Almoxarife 38 Disciplina Equilibrada 4 29. Deveres do Padioleiro 39 Formas de Ministrar Disciplina 4 30. Estrutura do Clube 39 Como Prevenir Problemas 4 Organograma 39 Métodos de Disciplina 4 Classes e Especialidades 39 O que não Fazer 5 Especialidades de Jesus 40 Delitos que devem ser Punidos 5 Cantinho da Unidade 41 Procedimentos para Disciplinar 5 31. Atividades da Unidade 42 Propósitos da Disciplina 6 Atividades Diversas 42 Como tratar a Indisciplina 6 Projetos Missionários 42 Regulamentos da Disciplina 6 Atividades Sócio-Culturais 43 Quando Quebram as Regras 6 Acampamentos 43 5. O que não pode Faltar na Reunião 7 32. Uniforme 43 6. Quais as Necessidades Psicológicas 7 Regras para o Uso 44 7. Filosofia dos Desbravadores 7 Composição do Uniforme 44 8. Testes – Que Líder Sou Eu 9 Pequenas Regras 44 Auto Avaliação 11 33. Sistema de Unidade 44 Teste de Adjetivos 13 Membros da Unidade 45 Como Você se Desenvolve 13 Escolha do Nome 45 9. Bandeira dos Desbravadores 14 Bandeirim 45 10. Ideais dos Desbravadores 14 Grito de Guerra 45 11. Hinos 15 34. Calendário de Atividades 46 12. Símbolos 16 35. Arte de Acampar 46 13. Quem São os Desbravadores 17 Objetivos 46 14. História da Igreja no Mundo 19 Escolher o Local 46 A Reforma Protestante 20 Equipes do Acampamento 47 O Desapontamento de 1844 21 Materiais Indispensáveis 49 Entendendo a Doutrina Eterna 21 Dicas Importantes 50 A Igreja Organizada 22 Ecologia 50 Alguns Inconvenientes 23 Fogo 50 A Igreja Hoje 23 36. Ordem Unida 52 15. História de Igreja no Brasil 24 Objetivos 52 Desenvolvimento Cronológico 26 Voz de Comando 55 16. História Desbravadores Mundo 27 Estilos de Formação 57 17. História Desbravadores na América 29 Corneta, Apito, Bandeirim 59 18. História Desbravadores Brasil 30 Metodologia de Ensino 60 19. História das Classes JA 33 Ordem Unida na Igreja 63 20. História das Especialidades 34 37. Psicologia Infantil 63 21. História dos Camporis 34 38. Recreação 67 22. Legião de Honra J.A 36 39. Curso Prático 69 40. Anexos: Matrícula e Pontuação 70 Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 1 de 72 1 1. O que é ser Conselheiro? É um cristão, que tem a tarefa de criar um ambiente de aprendizagem para a sua unidade levando em conta um programa espiritual e recreativo de tal modo que os desbravadores se sintam animados a continuar e avançar até chegarem a liderança da igreja. O conselheiro é o líder de uma unidade de 6 a 8 desbravadores, deve ser cristão batizado e dedicado ao serviço com amor e sua postura inspira o coração e mente juvenil a dedicar-se ao aprendizado físico e espiritual. O conselheiro deve familiarizar-se com os pais e a condição do lar, será de bom proveito a organização de uma atividade ocasional com sua unidade fora da reunião do clube e com o conhecimento do diretor. O conselheiro deve ser sempre exemplo: - Vestindo o uniforme limpo e de maneira completa; - Deve fazer junto e não mandar fazer; - Estar pronto a fazer mesmo não solicitado; - Procurar preparar líderes; - Manter moral do clube elevada; - Manter senso de humor; - Ter confiança e modéstia na presença dos pais; - Mostrar interesse em aprender; - Prover a leitura dos livros indicados; - Ser cuidadoso com hábitos de saúde. 2. Qualidades do Conselheiro: - Ser calmo - quanto mais alto falar menos as pessoas ouvirão; - Ter entusiasmo - vamos fazer juntos; - Auto-Confiança - se ninguém fizer eu faço; - Interesse - ter como primeiro objetivo a unidade completa e funcionando; - Pontualidade - cumprir horários e metas estabelecidas; - Seriedade - assumir responsabilidades; - Destreza - procurar aprender e saber fazer; - Apresentação - ser exemplo; - Saber dar ordens - ele sugere, não manda; - Saber cumprir ordens - ter humildade para executar a mais humilde tarefa da melhor maneira possível: “Se terei que realizar, então que seja melhor dentre todos que já o fizeram”; - Ter higiene - asseio, tanto pessoal como com suas coisas em casa, etc; - Uniformizado - respeito e zelo; - Ser imparcial - tratar todos de forma igual e saber tratar o desbravador de forma individual – cada um sente de forma diferente; - Saber escutar - críticas pessoais, bem como desabafo de um coração carregado; - Se interessar pelos outros - ser altruísta e subjugar seu ego e pensar mais nos interesses dos outros que no próprio; - Pronto a ajudar - entrega tudo na época certa, quando solicitado a ajudar o fazer sem reclamar; - Ser consciencioso – parar, pensar para agir, na dúvida não faça, e se errar assumir o que fez; - Auxiliar o capitão a desenvolver liderança. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 2 de 72 2 3. Missões do Conselheiro: - Ensinar o desbravador a desenvolver hábitos devocionais pessoais; - Prepará-los para descobrir a vontade de Deus, através do estudo bíblico; - Ensiná-los a tomar decisões mediante ensinamentos de Deus; - Preparar um programa para as reuniões da Unidade. 3.1 Como fazer um bom programa: - Fazer por amor; - Ser otimista e entusiasta; - Dominar as emoções negativas; - Tirar lições da natureza; - Conhecer as características que trabalha – adequar a mensagem; - Fazer surpresas para os liderados; - Ser organizado; - Ser firme, mas com ternura; - Manter senso de humor; - Ser criativo, pesquisar; - Estabeleça planejamentos no papel. 3.2 Como obter a cooperação: - Ser amigo; - Admirar e reconhecer os pontos positivos da pessoa; - Pedir opinião dos demais participantes, mesmo tendo conhecimento; - Dar oportunidade para os desbravadores participar em qualquer atividade; - Administre a classe de forma a ter sempre soluções corretas e honrosas, quando houver problemas inclusive; - Ter uma só palavra, evitar prometer; - Ser positivo; - Não usar meios desleais para atingir objetivo; - Ter bons auxiliares; - Não deixar o trabalho para depois; - Estar atento às limitações; - Motivar e ajudar a tomar decisões. 4. DISCIPLINA Ao disciplinar os membros do Clube de Desbravadores, nosso objetivo deve ser orientá-los como filhos e filhas de Deus, demonstrar-lhes nosso amor e compreensão, mostrar-lhes o caráter de Deus, torná-los membros úteis à igreja e ao país, e ajudá-los a respeitar os líderes e os pais. À medida que você trabalha pela salvação de seu desbravador, busque a Deus pedindo sabedoria e orientação. Ao unirem-se a um Clube de Desbravadores, os jovens devem sentir que estão iniciando uma nova experiência. Devem aprender que o tipo de correção e disciplina que recebem demonstra o amor de seus líderes. Devem aprender a disciplinar seus desejos, de acordo com a lei de Deus. No Clube de Desbravadores, a boa disciplina proporciona um ambiente que produz comportamento alegre e espírito de cooperação. A ênfase é a orientação, em vez da repressão; um comportamento construtivo, em vez do destrutivo. A intenção não é podar, e sim capacitar. Incentiva-se o domínio próprio e atividades com propósito. O melhor tipo de disciplina está presente, mas não é vista. Cursopara Conselheiros 07/03/2013 Página 3 de 72 3 Ensina à criança a fazer o que é certo, no momento certo, da maneira certa. A boa disciplina previne os problemas. Um programa bem planejado ajudará a evitar muitos problemas e erros. A ordem e o método inspiram confiança. Os desbravadores aprendem, através do exemplo de seus líderes, que Deus é um Deus de ordem. Num clube onde há boa disciplina, o programa começa pontualmente, a equipe toda é pontual, e o programa transcorre tranqüilamente do início ao fim. 4.1 Disciplina Equilibrada: - Estabelecer regras, regulamentos e um sistema de pontos. - Informar os Desbravadores sobre as regras, suas expectativas, e métodos de verificação do cumprimento destas regras. - “As regras devem ser poucas, e bem consideradas; e uma vez feitas, cumpre que sejam executadas. O que quer que se verifique impossível de se mudar, a mente aprende a reconhecer, e a isso adaptar-se ...” - Educação, p. 290. - Apresentar um culto de admoestação sobre a disciplina, explicando o Voto e a Lei. - Aplicar e treinar a disciplina regular e diligentemente. - Aconselhar o jovem culpado antes de tomar uma atitude disciplinar, e orar com ele . - Quando todos entendem, geralmente cooperam. 4.2 Formas Apropriadas e Desapropriadas de Ministrar a Disciplina: - A forma errada é dominar através da força. Uma pessoa dominada vai desenvolver desconfiança, uma atitude evasiva e ódio pela autoridade; - A forma correta de ministrar a disciplina é inspirar a ação correta e ordeira através do amor, bondade e disciplina. Ganhar a confiança do jovem. Demonstrar-lhe que o ama e espera a cooperação e lealdade dele. Esta é a forma correta de disciplinar, que desenvolve a confiança, concordância, cooperação e amor. 4.3 Como Prevenir os Problemas de Disciplina: - Planejar um extenso programa de atividades. - Nunca ir para as reuniões despreparado. - Ser simpático, solícito e sempre demonstrar disponibilidade. - Cultivar um senso de humor. - Não usar sarcasmo nem ridicularizar ninguém. - Não “pegar no pé” de algum liderado. - Ser justo e imparcial – não demonstrar favoritismo. - Demonstrar autocontrole e ser paciente, mesmo sob pressão. - Observar o uso da voz; falar claramente, e com autoridade, mas sem gritar! - Dar ordens e instruções claras e precisas. - Observar os maneirismos que podem ser ridicularizados, evitar gírias e expressões muito formais. 4.4 Métodos de Disciplina - Conselho pessoal Neste aconselhamento, seja o dono da situação. Aponte exatamente o que o Desbravador estava fazendo errado, e peça-lhe para explicar seu comportamento. O Desbravador pode até sugerir uma solução. Conduzir essas reuniões de conselho de forma amigável, mas fazer com que o membro saia dali com a compreensão de que você fala sério. - Critério de grupo Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 4 de 72 4 Faça um esforço para desenvolver ideais de comportamento, até chegar ao ponto que qualquer violação seja considerada inaceitável pelo grupo. - Cuidado com as diferenças pessoais Ao planejar a disciplina, lembre-se que os Desbravadores são diferentes entre si. Leve em consideração a formação deles, bem como a constituição física e mental, e a seriedade da ofensa. - Se Necessário, retire do Clube Quando um Desbravador continua comportando-se mal, deve enfrentar a seguinte realidade: ou vai adequar-se aos padrões de comportamento do grupo, ou deixará de fazer parte do mesmo. 4.5 O que NÃO fazer: - Não castigue com raiva. - Não use ameaças que não poderão ser cumpridas. - Não force o Desbravador a pedir desculpas em público. Poucas crianças consideram-se completamente culpadas, e provavelmente não o são. - Não detenha o Desbravador após a reunião do clube. Esta é uma política errada, porque faz com que a criança deixe de gostar do clube, além de usar desnecessariamente o tempo do conselheiro. - Não dê tarefas adicionais. Provavelmente a causa do problema é que o Desbravador não está conseguindo manter o ritmo com as tarefas que já tem para fazer. - Não use “orelhas de burro,” e castigos semelhantes. Isto é coisa do passado. Este tipo de castigo apenas causa rebelião, ou dá às crianças um motivo de riso. Alguns Desbravadores até gostam da notoriedade que este castigo dá. - Não use castigos físicos. Por causa das muitas dificuldades que surgem com o uso deste tipo de punição, é melhor deixar este método apenas para os pais. 4.6 Delitos que Devem ser Punidos: - Casos claros de insubordinação. - Casos em que as atividades podem ser consideradas delitos graves, ou problemas de comportamento, tais como: - Indecência; - Desrespeito para com o conselheiro; - Linguagem ofensiva; - Danos à propriedade alheia; - Cola e roubo. 4.7 Procedimentos para disciplinar: * Se um Desbravador não for obediente, nem tiver atitude de cooperação: - O conselheiro deve falar ao Desbravador com tato. - O conselheiro deve explicar o que se espera de um membro do clube de Desbravadores. - O conselheiro deve visitar o Desbravador e orar com ele. *Se o Desbravador continuar a ser desobediente e não cooperar nas atividades, o conselheiro deve solicitar a ajuda de um dos diretores associados do clube, que seja responsável pela disciplina do clube. - Farão uma reunião particular com o Desbravador. - Devem solicitar, veementemente, a cooperação do mesmo. - Devem orar com ele. * Se for necessário falar com o Desbravador uma terceira vez, o conselheiro, diretor associado de disciplina e o diretor geral, devem ter uma reunião em particular com o Desbravador. - Conversar com o Desbravador e explicar lhe quão importante é a unidade, cooperação e espírito de compreensão entre os membros do clube. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 5 de 72 5 - Tentar demonstrar a seriedade da questão, demonstrando que ele não está fazendo “sua parte”. - Orar com ele. - Marcar uma data para visitar a família e conversar com os pais e o Desbravador, juntos. * Se, após esta série de aconselhamentos e visita à família, o Desbravador continua a ser desobediente e a não cooperar com a liderança, o conselheiro deve reunir-se em particular com o Desbravador, e orar com ele. * Se o mau comportamento continuar, o conselheiro, diretor associado de disciplina, o diretor geral e o Desbravador devem ter outra reunião. O caso será levado à comissão disciplinar, para estudos adicionais. A comissão disciplinar consiste do diretor, diretores associados, conselheiro do Desbravador, e um Desbravador e uma Desbravadora do clube. Os pais do Desbravador devem ser avisados, e o Desbravador terá um mês de férias do clube. O Desbravador deve ser visitado em casa, pelo conselheiro, durante este período de ausência. 4.8 Propósitos da Disciplina: - Ensinar a criança o governo de si mesmo; - Levar o educando a ver e reconhecer uma falta; - Desenvolver atitudes responsáveis e de respeito mútuo. 4.9 Como deve ser tratado o problema da indisciplina: Ouvir os dois lados da questão em particular e revelar os sentimentos para poder se analisar os motivos: * Condição do lar * Espírito de equipe fraco * Organização falha * Liberdade * Limites * Base familiar Soluções: * Amizade * Razão * Cooperação * Depende de nós * Acordo * Confiança * Sugestão * Não depende de nós 4.10 Regulamentos da Disciplina: I) Estabeleça regrasque não podem ser quebradas pelos desbravadores II) Falar sempre a verdade III) Ouvir os mais velhos IV) Respeito e liberdade 4.11 Quando quebram as regras: a) Faça com a criança uma análise da situação e mostre que seu objetivo é ajudá-la; b) Peça orientação a Deus, converse separadamente e se preciso novamente; c) Confirme o fato antes de falar com a criança; d) Não deixe para resolver depois e no ato que lembra o fato; e) Nunca ridicularize a criança, seja criativo ao corrigi-la; f) Seja imparcial; g) Faça o oposto que a criança espera; h) Desvie a atenção da criança para ela mudar de atitude; i) Permita que sofra conseqüência quando estas não causem mal nenhum; j) Privar do que eles mais gostam; k) Critique o ato, não a criança, peça a avaliação da criança; l) Dê alternativas de comportamento. Ex.: “Não suba na mesa”, ou seja, “Fique no chão” ; Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 6 de 72 6 m) Não perca o Auto-Controle; n) Dê uma saída para criança e para você mesmo; o) Não toque na criança a não ser para dar os parabéns, elogiar, abraçar; p) Ore para receber a sabedoria necessária para lidar com a situação apresentada e para você conquistar o seu domínio próprio; q) Diálogo da realidade – fazer perguntas para que eles pensem; r) Repetir a ordem dada; s) Você vai observar durante a sua gestão que quando a unidade está toda ocupada fazendo alguma coisa interessante (não parado apenas ouvindo) a disciplina é automática; t) O padrão de comportamento em unidade é diferente de quando estamos em reunião geral, muitas vezes devemos alterar a nossa programação para fazer algo mais interessante, quando oportunidades surgirem; u) Se houver falta ou atraso, comece as atividades, caso seja necessário, mude a programação, mas não desanime: “Onde houver um lá estarei com ele”; v) Procure os pontos positivos e elogie; w) Demonstre seus sentimentos, abrace, comemore, chore junto, estabeleça vínculos; x) Ore a Deus para vir palavras certas em sua boca; y) Disciplina é importante, mas não é tão importante como a alegria dos desbravadores. 5. O que o Conselheiro não pode deixar faltar em uma reunião? Resposta: BOIA B – Bandeira, civismo; O – oração, tudo o que se faz em nome de Jesus é com amor; I – inspeção, tarefas solicitadas, foram cumpridas, uniforme, estudos realizados; A – Avisos, nunca terminar uma reunião sem dizer algo importante. 6. Quais necessidades psicológicas dos desbravadores que o Conselheiro deve aprender? a) O desbravador deve sentir que faz parte de um grupo forte – segurança; b) O desbravador deve sentir-se aceito pela unidade - amado; c) O desbravador deve sentir que faz algo importante – importante; d) O desbravador deve sentir que está sendo reconhecido pelo seu esforço - especial; e) O desbravador sente que está aprendendo – crescimento. O conselheiro cristão é alegre, pois ele tem o exemplo de Cristo, que sempre teve a certeza de vitória, sempre confiante e disposto, pois Ele é luz, devemos andar com ele e nada nos desanimará. 7. Filosofia dos Desbravadores O trabalho que pesa sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a salvação e treinamento de nossas almas (Isaías 54:13). Para esta faixa etária, 10 a 15 anos existe o Clube de Desbravadores. Esta é a idade das mudanças, a chamada “geração lacuna”, e na maioria das vezes as crianças não estão preparadas para o fato. Elas não entendem o que está acontecendo consigo e muitas vezes não são entendidas. Passam a evitar o meio infantil e tentam se entrosar com os maiores e imitá-los. Não querem pertencer à “sociedade dos guris”, mas ainda não são aceitos no grupo dos Jovens. É uma fase de instabilidade, quando o juvenil se sente sem lugar. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 7 de 72 7 Geralmente há grande carência afetiva neste período, e são aí que muitos pais perdem seus filhos. Quando a mãe fora reduz a eficácia da influência do lar e aumenta a responsabilidade que pesa sobre a Igreja. A Igreja deve tentar alcançar as crianças que não estudam em nossas escolas, e que recebem a influência de Escolas Públicas. O Clube de Desbravadores está aí para isso, para meninos e meninas, preenchendo com ação, aventura, desafio e atividades em grupo que produzem um espírito de equipe e lealdade para a Igreja. Acampando juntos, planejando juntos e executando juntos resulta em um belo relacionamento no qual se constrói a confiança e vínculo do jovem com sua Igreja. Crianças aprendem melhor através de exemplos do que por preceito. Os ideais dos Adventistas do 7° Dia devem se atrair através de um programa de atividades com o qual atraia a esta idade inquieta que não pode “parar sentada”. Desbravadores são preparados para a ação e é sugerido à Diretoria do Clube que elimine as cadeiras da sala de reunião para que os membros (da Diretoria) não sejam tentados a sentar-se durante o encontro do Clube. A aprendizagem alcança maior efeito numa atmosfera de alegria. 1. Levar o Juvenil a entender que a Igreja os ama, e que eles são necessários no programa total. 2. Assegurar os Desbravadores o destino que Deus tem planejado para cada um deles. 3. Treinar e organizar os Jovens para um ativo serviço missionário. “Treinar a juventude para tornarem-se verdadeiros soldados do Senhor Jesus Cristo é o mais nobre serviço dado ao homem”. Ensinar que testemunhar é um modo diário de vida. 4. Trabalhar pela salvação da cada Desbravador, com 12 anos de idade é o ano para o batismo. 5. Amor pela Natureza. “Crianças responderam com disposta obediência à lei do amor. Elogie suas crianças sempre que você puder. Faça suas vidas quanto for possível. Providencie às ocupações inocentes.” P.P.Est. Pág. 114 “Deve ser dado às crianças alguma coisa para fazer, que não os conserve somente ocupados, mas interesse-os.” Conselhos P.P.Est. Pág. 146 Despertar tempo com o segundo grande livro da revelação de Deus – o livro da Natureza. Durante saídas ao campo, caminhadas na Natureza, e estudando as especialidades da Natureza, o Desbravador aprende de primeira mão acerca do poder criativo de Deus, assim ele contempla árvores majestosas. Este estudo da Natureza desenvolve uma comunhão com o Deus que criou os céus e a terra. 6. Ensinar habilidades que farão sua vida mais significativa e ocuparão seu tempo com proveitosas realizações. Desbravadores decidiam-se em usar suas mãos para fazerem artigos úteis de madeira, plástico, ferro, argila, feltro, corda e outros materiais. Traz-lhes grande satisfação fazer um engenho que corra ou um rádio que toque. 7. Ajudar a manter os Desbravadores fisicamente. “Um entendimento da filosofia da saúde é uma salvaguarda contra muitas das tentações que são continuamente crescentes... Ensine às crianças a importância do cuidado do corpo; a casa em que eles vivem”. Cons. P.P.Est. Pág. 138. ...Ensine suas crianças a estudar sobre causa e efeito; mostre-os que se eles violarem as leis de seus seres eles devem pagar o castigo com o sofrimento de doenças e enfermidades... Test. Seletos pág. 536 Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 8 de 72 8 Quão importante é que o Desbravador tenha o sinal da promessa de temperança, determinado a nunca corromper seus corpos com drogas, álcool, fumo ou alguma outra coisa que é prejudicial à saúde. 8. Dar oportunidades para desenvolvimento da liderança. Aprender a trabalhar juntos, aprendendo disciplina, obediência, resolução e patriotismo. Cada Desbravador desenvolver o melhor de suacapacidade. O programa do Clube de Desbravadores não deve ser planejado exclusivamente por adultos na reunião da Diretoria, mas os Desbravadores devem ser incluídos em todos os planejamentos, e na execução desses planos. 9. Levar a um harmonioso desenvolvimento do físico, mental e espiritual. Lucas 2:52 8. TESTES 8.1 QUE LÍDER SOU EU? Para identificar seu estilo de liderança, responda as 12 questões abaixo. A cada afirmação atribua de 1 a 5 pontos, considere o número 5 a resposta que mais se aproxima do seu estilo e o número 1 a que mais se distancia. Ao fazer cada consideração seja honesto. Considere a sai realidade atual e responda de acordo com sua maneira de pensar e de agir. 1. O que mais me agrada em ser um líder é: ( ) a. Gosto da sensação de estar realizando o trabalho para o qual o Senhor me chamou; ( ) b. Gosto de sentir que estou ajudando outros e faço o melhor que posso; ( ) c. Nada, porque sinceramente, não gosto de ser um líder. Não me sinto capaz; ( ) d. Gosto de saber que as pessoas gostam de mim. Sinto-me aceito; ( ) e. Gosto de trabalhar com os outros para realizar a missão da igreja. 2. Na área de evangelismo sinto que: ( ) a. É uma tarefa que tem que ser realizada constantemente, porque está é a verdade de Deus; ( ) b. Evangelizo porque eu sou o líder e não posso pedir a outros para fazerem minha tarefa; ( ) c. Acho que é uma tarefa para o pastor e os diáconos; ( ) d. Participo porque outros acham que devo fazê-lo; ( ) e. Levar uma pessoa a ser membro da igreja me satisfaz porque contribui ao bem da igreja. 3. Quando preciso pedir dinheiro à comissão de finanças ( ) a. Peço a quantia necessária e tenho fé que receberei tudo o que pedir; ( ) b. Peço o mínimo possível e gasto o meu próprio dinheiro para o restante; ( ) c. Deixo tudo com a comissão e faço o possível com a quantia que me derem; ( ) d. Peço a mesma quantia anterior esperando que dêem mais por reconhecerem que estou trabalhando bem; ( ) e. Faço um pedido razoável, mas estou aberto aos ajustes necessários, visando o trabalho de toda a igreja. 4. Encaro meu relacionamento com meus colegas como: ( ) a. Um chefe; ( ) b. Alguém que auxilia; ( ) c. Alguém que apóia as decisões do grupo; ( ) d. Membro da equipe; ( ) e. Um jogador e técnico ao mesmo tempo. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 9 de 72 9 5. Quando me pedem para assumir uma função de liderança minha reação é: ( ) a. Verifico se é a vontade de Deus, se a conclusão for positiva aceito com entusiasmo; ( ) b. Primeiro, penso realmente se gostaria de liderar e depois verifico se o grupo me aceita; ( ) c. Declino e desisto o máximo possível; ( ) d. Peço a opinião de outros antes de tomar alguma decisão; ( ) e. Faço uma avaliação de meus dons, habilidades e talentos. Se achar que posso contribuir aceito. Se não, procuro outra responsabilidade. 6. Não posso separar a liderança do conflito. Quando enfrento: ( ) a. Encaro-a de frente. Resolvo-o e depois continuo trabalhando; ( ) b. Faço todo o possível para resolvê-lo. Conflito entre cristãos é errado; ( ) c. Finjo que não existe, espero que o problema se resolva, se não, eu desisto; ( ) d. Deixo o próprio grupo resolvê-lo; ( ) e. Aproveito-o para aprender alguma coisa. 7. Reconhecer que sou um líder na igreja faz com que me sinta: ( ) a. Poderoso; ( ) b. Necessário; ( ) c. Temeroso; ( ) d. Aceito pelo grupo; ( ) e. Satisfeito. 8. Treinamento para líderes é: ( ) a. Desnecessário. Não teria aceitado a responsabilidade se não soubesse cumpri-la; ( ) b. Útil, pois mostra-se como ajudar outros; ( ) c. Uma ameaça; ( ) d. Ótimo, se alguém achar que preciso dele; ( ) e. Uma chave para lidar bem. Quero fazer o melhor possível. 9. Como líder, muitas pessoas me procuram para conselhos. Minha atitude é: ( ) a. Aproveito a oportunidade para dizer o que a pessoa deve fazer; ( ) b. Ajudar voluntariamente porque quase sempre posso ajudar de um modo ou de outro; ( ) c. Me sinto envergonhado e incomodado quando as pessoas me procuram; ( ) d. Escutar e depois ajudar a pessoa a procurar um conselheiro apropriado; ( ) e. Não tenho um método, ajo de acordo com a pessoa e a situação. 10. Quando seleciono uma equipe, procuro: ( ) a. Pessoas que se encaixam dentro da organização e aceitam a minha direção; ( ) b. Pessoas amigáveis com quem posso me dar bem, espero que todos se gostem; ( ) c. As pessoas mais disponíveis; ( ) d. Pessoas motivadas de boa reputação; ( ) e. Pessoas comprometidas, interessadas e que demonstrem vontade de aprender. 11. O método que uso para planejar é: ( ) a. Direcionado. Depois da reunião, cada um sabe exatamente o que deve fazer; ( ) b. Participativo. Os obreiros fazem o que pode e eu procuro trabalhar dentro disso; ( ) c. Limitado. Faço as coisas à medida que surgem; ( ) d. Cooperativo. O que o grupo quer, tento fazer; ( ) e. Ajudador. Procura levar o grupo a alcançar os alvos de organização e realizar os desejos pessoais da equipe. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 10 de 72 10 12. Eu diria que “o meu relacionamento com a equipe é ...”: ( ) a. Firme, sem brincadeiras, mas seguro; ( ) b. Super amigável; ( ) c. Distante e difícil; ( ) d. Amigável, mas não profundo; ( ) e. Caloroso e aberto. Somos irmãos em Jesus. Soma dos Pontos da alternativa A: _______ Soma dos Pontos da alternativa D: _______ Soma dos Pontos da alternativa B: _______ Soma dos Pontos da alternativa E: _______ Soma dos Pontos da alternativa C: _______ Avaliação: Some todos pontos obtidos por tipo de letra. A letra que alcançar o maior número indica o seu estilo preferido. Se a variação for pequena significa flexibilidade no exercício de liderança, o que às vezes pode ser muito saudável. Ao optar por um estilo, é importante que sejam consideradas as necessidades do grupo, os objetivos da organização, a situação pela qual o grupo passa, o liderado como indivíduo e sua própria personalidade. Resultados: A - Representa o estilo "Autoritário Dividido". Ele acha que tem verdade espiritual para o grupo e dará contas a Deus e ninguém mais. Quer fazer o trabalho mais rápido e eficiente possível. Exige que os colegas aceitem sua liderança e sejam leais. Não aceita conflitos. Ele consegue muitas coisas e usa o método de preleção com freqüência. B - Representa o estilo "Servo Submisso". Ele dá tudo e faz tudo. Nenhum detalhe é pequeno ou humilde demais para ele. Basta alguém pedir que ele faz. Não quer ser rejeitado e acredita que está agindo como Cristo. Faz qualquer coisa para evitar conflito. Tenta assumir a culpa dos fracassos e fazer o trabalho dos outros. C - Representa o estilo "Avestruz". Tem muito medo de errar ou não conseguir realizar. Afasta- se do trabalho e dos outros. Nega o conflito ou foge dele. Tende a deixar as coisas acontecerem e esperar que outros façam sua parte. D - Representa o estilo "Político". Usa autoridade e submissão dependendo dos desejos do grupo. Acredita que pode achar a vontade de Deus escutando e fazendo o que os outros querem. Tende sempre procurar agradar o grupo para se tornar mais popular. E - Representa o estilo "Líder do Corpo". Tem equilíbrio entre autoridade e serviço. Tem segurança em si. Guia o grupo com autoridade e prepara os outros para liderar. Não planeja sozinho e ajuda a resolver os conflitos com soluções positivas. Preocupa-se com o trabalho e também com as pessoas. 8.2 TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO PARA LÍDERES DE DESBRAVADORES Avalie seu crescimento da maneira que seus alunos o fariam. Dê a si mesmo as notas de 0 a 10. A nota 0 indica que você sente necessidade de total aprimoramento na área. Determine um programa para melhorar suas baixas pontuações. É importante que você conheça a simesmo, pois isto faz parte de seu preparo. CRESCIMENTO MENTAL ( ) 1. Tenho muitos interesses. ( ) 2. Eu me descreveria como tendo uma mente em crescimento. ( ) 3. Entendo as tendências educacionais atuais e como elas influenciam meus alunos/liderados. ( ) 4. Sou um bom professor/líder em aprimoramento. ( ) 5. Procuro novas maneiras de fazer as coisas. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 11 de 72 11 ( ) 6. Gosto de pensar sobre coisas espirituais e lidar com conceitos difíceis das Escrituras. ( ) 7. Sou um estudante da Palavra de Deus. Não ensino nada que não esteja tentando pôr em prática. ( ) 8. Posso admitir que sou criativo. ( ) 9. Posso mencionar as dez preocupações-chave ou problemas do nível etário que ensino.Tenho opiniões sobre cada área. ( ) 10. Estou informado sobre eventos atuais. ( ) 11. Sei em quais áreas não estou crescendo espiritualmente. ( ) 12. Sei como levar alguém da minha idade a Cristo. ( ) 13. Leio. ( ) 14. Jesus tem controle sobre o que minha mente pensa em seus altos e baixos. ( ) 15. Respeito a idade que ensino. ( ) 16. Posso aceitar idéias de meus alunos/liderados bem como dá-las a eles. ( ) 17. Estou fazendo meu melhor para nutrir meus alunos e apropriadamente ajudá-los a desenvolver seus dons espirituais e talentos para o uso de Deus. CRESCIMENTO EMOCIONAL ( ) 1. Estou animado a respeito dos próximos cinco anos de minha vida. ( ) 2. Gosto de estar em sociedade. ( ) 3. Gosto de conversar com pessoas de minha idade. ( ) 4. Sei como ouvir. Posso ter empatia com os problemas e alegrias de outras pessoas. ( ) 5. Não tenho problemas em falar com pessoas de minha idade sobre meu relacionamento com Cristo – o que Ele está fazendo por mim e como estou crescendo em meu conhecimento d’Ele. ( ) 6. Eu me aceito como adulto entre os alunos/liderados. ( ) 7. Sou capaz de admitir minhas fraquezas a mim mesmo e, quando apropriado, perante os alunos e liderados. CRESCIMENTO FÍSICO ( ) 1. Estou feliz pela maneira que Deus me fez. ( ) 2. Sou tão atrativo(a) fisicamente quando possível. ( ) 3. Minha roupa reflete meu cristianismo. ( ) 4. Dedico-me a estar fisicamente bem. ( ) 5. Meu alunos não têm vergonha da maneira como apareço e ajo. CRESCIMENTO SOCIAL ( ) 1. Me dou bem com os membros de minha família. ( ) 2. Tenho um relacionamento saudável com meu cônjuge (ou se não for casado, meu colega de quarto ou amigos íntimos. ( ) 3. Preocupo-me com meus filhos ou meus pais. ( ) 4. Meus filhos (ou meus pais) me amam e me respeitam. ( ) 5. Meus colegas gostam de estar comigo. ( ) 6. Não tenho de ser o centro das atenções para estar bem e me divertir. ( ) 7. Cristo é parte de todas minhas atividades sociais. ( ) 8. Tenho cuidado para não fazer nada que prejudicaria o crescimento cristão de meus alunos. ( ) 9. A família que Deus me deu vem antes das atividades da Igreja em minha escala de valores. Pontuação obtida: ____________pontos. Resultados: 340 a 380 pontos – Excelente 300 a 340 pontos – Ótimo 260 a 300 pontos – Muito bom 230 a 260 pontos – Bom 190 a 230 pontos – Regular Abaixo de 220 pontos - Fraco Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 12 de 72 12 8.3 TESTE - ADJETIVOS Abaixo encontram adjetivos e expressões que descrevem as pessoas. Assinale com: 0 à 10 as palavras conforme sua personalidade. Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 ( ) Ágil ( ) Vigilante ( ) Persuasivo ( ) Admirado ( ) Insensível ( ) Eficiente ( ) Observador ( ) Curioso ( ) Incansável ( ) Inflexível ( ) Colaborador ( ) Organizado ( ) Elegante ( ) Prático ( ) Impulsivo ( ) Discernidor ( ) Lúcido ( ) Auto Confiante ( ) Formal ( ) Egocêntrico ( ) Perseverante ( ) Independente ( ) Ousado ( ) Dedicado ( ) Tímido ( ) Compreensivo ( ) Visionário ( ) Cauteloso ( ) Equilibrado ( ) Distraído ( ) Cuidadoso ( ) Dinâmico ( ) Auto Exigente ( ) Sociável ( ) Ambicioso ( ) Determinado ( ) Polido ( ) Conservador ( ) Inovador ( ) Retraído ( ) Habilidoso ( ) Efetivo ( ) Realista ( ) Flexível ( ) Enérgico ( ) Diplomático ( ) Interessado ( ) Mente Aberta ( ) Original ( ) Informal ( ) Sincero ( ) Previsor ( ) Modesto ( ) Entusiasta Resultados obtidos: Colunas 1, 2, 3 e 4 ________pontos Coluna 5 ________pontos Resultados: A última coluna contém características que precisam ser controladas e até eliminadas. As demais colunas possuem 440 pontos: de 400 a 440 – Ótimo de 360 a 400 – Muito Bom de 320 a 340 – Bom abaixo de 320 – Você precisa orar e esforçar-se mais. 8.4 COMO VOCÊ SE DESENVOLVE? Se você é inovador, mas desorganizado, como encoraja as pessoas que trabalham com você para despertar suas tendências inovadoras? Marque: 3 - para "sim" 2 - para "algumas vezes" 1 - para "ocasionalmente” 0 - para "nunca". ______ Ajudo-os a estabelecerem alvos para o desenvolvimento de novas capacidades. ______ Celebro com eles todo progresso feito. ______ Reforço os pontos ao longo de caminho. ______ Envio-os para fora do escritório a fim de terem experiências de crescimento. ______ Mantenho-os informados sobre os novos acontecimentos em seu campo. ______ Encorajo-os a lerem e a fazerem cursos. ______ Reservo tempo para o desenvolvimento de minhas capacidades pessoais. ______ Crio desafios para eles. ______ Valorizo suas sugestões. ______ Passo tempo discutindo as oportunidades com eles. ______ Promovo um tempo e lugar para a troca de idéias. ______ Reconheço o desempenho inovador. Pontuação obtida: _________ Pontos Resultados: 29-36, você lidera como um alpinista. 23-28, você leva os fardos. 15-22, você age como sustento do campo. Abaixo de 14 – você precisa melhorar. Você é um sujeito acomodado. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 13 de 72 13 9. Bandeira dos Desbravadores Histórico: O pastor Henry Berg, na ocasião, diretor dos jovens da Associação Central da Califórnia, foi quem projetou em 1948 a Bandeira Oficial dos Desbravadores. Cada cor da Bandeira representa uma característica dos desbravadores. Descrição: A Bandeira do Clube de Desbravadores tem 90 cm de altura e 135 cm de largura. Uma insígnia dos desbravadores de 30 cm de altura por igual a medida de largura, encontra-se no meio da bandeira. As cores das insígnias deverão ser as mesmas da insígnia pequena que se usa no uniforme. A bandeira se divide em 4 partes. Ao olhar para a bandeira o observador notará que as partes: superior direita e inferior esquerda são azuis. A bandeira deve ser posta em mastro de 2,30 m de altura, sendo de 1,5 polegadas a sua grossura. Significados da Bandeira dos Desbravadores Cores: Azul - Lealdade Amarelo - Excelência Branco - Pureza Vermelho - Sacrifício e Coragem Símbolos: Triângulo - Crescimento físico, mental e espiritual. Escudo - Defesa do cristão contra o pecado ou escudo da fé Espada - A palavra de Deus 10. Ideais dos Desbravadores VOTO Pela graça de Deus, Serei puro, bondoso e leal; Guardarei a lei do Desbravador, Serei servo de Deus E amigo de todos LEI A lei do Desbravador ordena-me: Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 14 de 72 14 1. Observar a devoção matinal: Farei oração e leitura da Bíblia todos os dias. 2. Cumprir fielmente a parte que me corresponde: Cumprirei minhas tarefas e responsabilidades com honestidade. 3. Cuidar de meu corpo: Serei temperante, higiênico, caprichoso e dedicado ao manter minha formafísica. 4. Manter a consciência limpa: Não farei nada que possa ofender a Deus e a outras pessoas; 5. Ser cortês e obediente: Serei bondoso, atencioso e educado com os outros 6. Andar com reverência na casa de Deus: Em qualquer reunião onde se fala de Deus me comportarei com respeito e silêncio. 7. Ter sempre um cântico no coração: Serei alegre e feliz, não dando lugar ao mau humor. 8. Ir aonde Deus mandar: Estarei sempre disposto a fazer o bem onde for chamado. ALVO A mensagem do advento a todo o mundo em minha geração. LEMA O amor de Cristo me motiva. PROPÓSITO Jovens pelos jovens, jovens pela igreja, jovens pelos semelhantes. OBJETIVO Salvar do pecado e guiar no serviço. VOTO DE FIDELIDADE À BÍBLIA Prometo fidelidade à Bíblia, à sua mensagem de um salvador crucificado, ressurreto e prestes a vir; doador de vida e liberdade aos que nEle crer. 11. HINOS Hino oficial dos Desbravadores teve como compositor o Pastor Henry Berg, o qual foi transcrito em 1952. A letra atual foi traduzida por Isolina Waldvogel, e sofreu pequenas alterações para haver uniformidade entre a silabação e a linha melódica. HINO OFICIAL DOS DESBRAVADORES Nós somos os desbravadores Os servos do Rei dos reis Sempre avante assim marchamos Fiéis as Suas leis Devemos ao mundo anunciar As novas de Salvação Que Cristo virá em breve Dar o galardão. HINO II Sou um Desbravador às ordens de Jesus, Marchando com bravura vou para o lar, pois, soldado sou da cruz. Sou um triunfador seguindo o meu Capitão, Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 15 de 72 15 Com nobre exemplo a mensagem darei, de amor e salvação. Irei com prazer anunciando que Jesus vem! Alegre serei, sempre leal Desbravador. HINO DO CAPITÃO Levamos a vida sempre avante Dispostos sempre a acampar Capitão não vacila um instante Quando há perigo a enfrentar. Coro: Capitão, Capitão, És um bravo Desbravador leal. Capitão, Capitão, Nesta luta verás teu ideal. Voamos no espaço dos condores Entramos na mata do leão Tenho nome de Desbravadores E a honra de ser um capitão. 12. Símbolos Insígnia D-1 Este símbolo ao lado é chamado de insígnia D-1. É uma lembrança e uma demonstração de respeito à trindade, representando a "Plenitude da Trindade": Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É também, uma apresentação do objetivo principal do clube dos Desbravadores: o crescimento físico, mental e espiritual (Lucas 2:52). Este símbolo deve ser usado exclusivamente para ser colocado na manga direita do Uniforme de Gala, em mais nenhum lugar, sendo o Emblema do Clube de desbravadores. Foi feito pelo pastor John Hancock em 1946. Este símbolo é um triangulo eqüilátero que ainda significa a nossa “cidadania e lealdade”, pois servimos à Deus, à nossa pátria e ao nosso próximo. O Escudo significa proteção. Proteção que encontramos em Deus, o nosso Escudo. A Espada significa a Bíblia, a nossa arma em meio a guerra contra mal. A cor vermelha representa o sangue derramado por Cristo em favor de nós. A Cor Ouro representa a Excelência, o clube de desbravadores forma um caráter nobre, fortalecido para o reino dos céus. A Cor branca significa a pureza, esta encontrada em Cristo e na sua justiça e a cor azul que representa a lealdade, a Deus, a Pátria, a Igreja, aos parentes, enfim, ao nosso Próximo. Insígnia D-2 É usado na cobertura (5 cm) e aparece na fivela, prendedor e no globinho. Não contém as inscrições DESBRAVADORES e CLUBE e o escudo com a espada fica centralizado. Suas Cores e Símbolos: Branco: Significa a pureza que deve ser vista na vida do Desbravador. Pureza de motivos, Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 16 de 72 16 propósitos, pensamentos, olhares, palavras, etc. (Apocalipse 3:5). Azul: Significa lealdade. O Desbravador deve ser leal à Deus, à família, à igreja e à pátria. Amarelo: Significa a excelência dos ideais. O Desbravador deve buscar metas grandes e nobres. Vermelho: Significa sacrifício e redenção no sangue de Cristo. É a cor do sangue, da vida, do trabalho e esforço. (Romanos 5:9) Escudo: Significa fé e proteção. Representa a defesa, a coragem, a confiança em Deus para enfrentar lutas e tentações. (II Timóteo 4:6) Espada: Significa a Bíblia. A espada é usada na guerra. Estamos numa batalha contra o fracasso, desânimo e pecado, e nossa arma é a palavra de Deus. (Efésios 6:17) Globinho – D-4 Contém a insígnia D-2 sobre fundo na cor do uniforme e representa a organização mundial dos Clubes de Desbravadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia. É usado na manga esquerda da camisa ou blusa, na faixa do Desbravador e no lenço do Desbravador. No lenço e na faixa do Desbravador é apenas traçado em azul. Insígnia D-3 Apresenta um triângulo estilizado sobre um globo com o desenho da América do Sul conforme modelo ao lado. Pode ser usada para divulgação, colocando-se em folhetos, anúncios, cartazes, na camiseta e boné do uniforme de atividade. E sempre que se justificar o uso de uma figura menos formal. Octógono L-1 Figura eqüilátera, com cada um dos oito lados, medindo 5 cm, como globo dourado (mapa-múndi) estilizado em fundo azul e as seis estrelas douradas que simbolizam as classes regulares, conforme modelo acima (mostrando que o líder deve ter as seis classes para ser um líder). Representa a liderança dos desbravadores e que o líder de Desbravadores está acreditado internacionalmente com autoridade para participar nas cerimônias de investidura. É usado no prendedor, faixa de especialidades e lenço do líder investido. 13. Quem são os Desbravadores? O clube de Desbravadores desenvolve atividades para juvenis de 10 a 15 anos. Esta é a idade das mudanças, e na maioria das vezes, as crianças não estão preparadas para o fato. Não entendem o que está acontecendo consigo e muitas vezes não são entendidas. Aparecem reações e mudanças físicas e sociais que nunca experimentaram. O garoto começa a usar o porte, a palavra criança já não soa bem. A menina começa a mudar o comportamento diante do grupo. Passam a evitar o meio infantil e tentam se entrosar com os maiores e imitá-los. Não querem pertencer à sociedade dos guris, mas ainda não são aceitos no grupo dos jovens. É uma fase de instabilidade, quando o juvenil se sente sem lugar. Geralmente há grande carência afetiva neste período, e é ai que muitos pais perdem seus filhos. O Clube de Desbravadores surge no cenário, abrindo um espaço próprio para agasalhar estes menores. Equilibrando alegria e aventura com regulamentos e princípios. Foi criada uma didática que desafia o espírito de aventura, alimenta a sede de descobertas e canaliza as energias. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 17 de 72 17 Dentro de um programa de trabalho sério, num clima de alegria e muita amizade, tratamos de envolver o juvenil em grupo próprio à sua idade, encher sua adolescência de muita bagagem boa e ajudá-lo a atravessar melhor a difícil fase da puberdade. Procure conhecer melhor os Desbravadores. Vista simbolicamente essa camisa dando seu apoio. Nosso lema é: "Salvemos as crianças ou pereceremos com elas". São juvenis de ambos os sexos que possuem objetivos e ideais bem definidos, os quais proporcionam um desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, mentais e espirituais. São juvenis que possuem de 10 a 15 anos, mas desde o momento em que se tornam Desbravadores, aprendem a lei do amor próprio, do amor pelo próximo e do amor para com Deus. O Clube de Desbravadoresnão é apenas uma organização regional, mas se trata de uma organização mundial. Após ingressar num Clube de Desbravadores o juvenil tem a sua vida mudada. Todos os seus passos são cuidadosamente observados. Seu desempenho como aluno, seu comportamento na escola, em casa, seu relacionamento com os semelhantes e superiores, são cuidadosamente observados, por isso, todas as semanas, reúnem-se com o objetivo de serem avaliados, orientados e ensinados por líderes devidamente capacitados e treinados, que proporcionam momentos de aprendizagem, num programa desenvolvido pela Igreja Adventista do 7º Dia que visa unicamente a educação e formação para vida do juvenil. Todos nós lutamos por um grande ideal, o de servir. Em nós estão impressas as marcas do patriotismo, que são notórias em todas as atividades que desenvolvemos. Somos apaixonados por nossas atividades e pela nossa luta que é cada dia maior para desenvolvermos bem todas as nossas tarefas e responsabilidades que nos são tão confiadas. Por isso, ser um Desbravador é participar de uma grande aventura e ter uma vontade incrível de vencer na vida. Os desbravadores são conhecidos em todo o mundo. Veja como se escrevem DESBRAVADORES, em 17 línguas diferentes: Desbravadores Pathfinders Conquistadores Explorateur Verkenner Watafuta Njia Eclaureur Explorator Palilenuee Baanbrekers Pfadfinder Nvou Iboauak Wachter Exploratore Mpisavalalana Kwanhwehwefo Mot Ba Lome A Ke Em todo o mundo existem quase 1.300.000 Desbravadores. A idade desses juvenis varia de 10 a 15 anos. Eles reúnem 1 ou 2 vezes por semana para aprenderem a superarem-se mediante os programas e oportunidades que oferecem os Clubes locais, que são cerca de 44 mil Clubes ao redor do globo, em todos os países que tem presença adventista. O que equivale a 140 países. O Clube de Desbravadores não proporciona somente divertimentos e tampouco é um serviço semanal para cuidar de menores. É um programa oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que começou em 1950, e se desenvolveu com a única idéia de educar e formar o caráter. Um bom Clube de Desbravadores ensina prontidão, limpeza, destreza física, mental, espiritual e serviço à comunidade (campanha do agasalho, campanha contra a fome, visitas aos necessitados, etc.). Há precisão, seja nos trabalhos manuais ou nas especialidades. Existe respeito, cortesia e obediência de qualidade excelente. Há patriotismo e uma idéia clara dos deveres do cidadão. Há Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 18 de 72 18 uma promessa de fidelidade à bandeira e compromisso com a comunidade. Os desbravadores (que não tem nenhum vínculo com os escoteiros de Baden-Powell) oferecem variedade de experiências e oportunidades. É um serviço educacional, feito para formar belos caracteres juvenis. Os desbravadores são garotas e garotos de 10 a 15 anos comandados por líderes que normalmente são acima de 16 anos, anunciando a esperança de um mundo melhor através da prática do ensino Cristão. Os desbravadores usam um uniforme com emblemas que representam seu conhecimento e treinamento, e marcham sob uma bandeira que carrega com ela o sonho de cada um deles: o perfeito desenvolvimento físico, mental e espiritual com coragem, pureza e lealdade. Os desbravadores são cerca de 2 milhões atuando em mais de 130 países, com mais de 40.000 clubes locais. Os Clubes de Desbravadores existem desde 1950, é um programa oficial dirigido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eles crêem que a Bíblia é a palavra de Deus, um guia que induz à mais alta qualidade de vida e serviço ao próximo. Por isso, se distanciam de maus hábitos que causam danos à saúde ou à família e ajudam aos que passam por carências físicas ou emocionais. Eles confiam na Segunda Vinda de Jesus, que nos trará um tempo e um lugar de paz e eternos, acima e além das coisas desse mundo. O que os motiva a buscar a cada dia uma vida cristã sem preconceitos. A lei sempre em vigor é a de amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Eles vibram com as atividades ao ar livre, como: acampamentos, caminhadas, escaladas, explorações nas matas e cavernas. Sabem cozinhar ao ar livre, fazem fogo sem fósforo, são hábeis em nós e amarras, entendem de primeiros-socorros, desenvolvem a auto-estima através de ordem unida e marchas. A criatividade é despertada pelas artes manuais. Trabalham em equipe, são úteis a igreja e a comunidade. Participam ativamente de campanhas comunitárias de ajuda aos carentes. Amam a Deus e a pátria. Uma vez por ano eles se encontram no Campori, que é uma grande concentração de Desbravadores de varias regiões, para atividades conjuntas, amizades e instrução. Temos entre 10 e 15 anos, pertencemos a diferentes classes sociais, raças ou religiões, mas temos os mesmos princípios e interesses. Cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, que seus ensinamentos nos apresentam a verdadeira qualidade de vida e nos ensinam o serviço aos outros. Por isso, procuramos ajudar a todos os que passam por carências físicas ou emocionais, ao mesmo tempo em que nos afastamos dos maus hábitos que fazem mal à saúde ou à família. Nosso clube se reúne a cada domingo, desenvolvendo atividades que nos ajudam a estar bem preparados para enfrentar a vida, servir à comunidade e preservar a natureza. Usamos um uniforme com emblemas que representam nosso treinamento, e marchamos sob uma bandeira que simboliza tudo o que sonhamos: o ideal de desenvolvimento físico, mental e espiritual, com muita coragem, pureza e lealdade. Nosso clube oferece idealismo, aventura e amizade do jeito que os jovens gostam. Não fazemos distinção de raça, crença ou classe social, mas somos uma organização internacional de jovens cristãos idealistas, sempre ao seu dispor. 14. História da Igreja Adventista no Mundo Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 19 de 72 19 pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade mundial de mais de oito milhões de membros e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual. Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são herdeiros do supra- denominacional movimento “Milleriano” da década de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento incluía cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros. Entre 1831 e 1844, William Miller - um pregador Batista e ex-capitão de exército da guerra de 1812 - lançou o “grande despertar do segundo advento” o qual eventualmente se espalhou através da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O grande Desapontamento.” A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda desilusão. Uns poucos, no entanto, voltaram para suas Bíblias para descobrirem porque eles tinham sido desapontados. Logo eles concluíram que a data de 22 de outubro tinha na verdade estado correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Eles se convenceram que a profecia bíblica previa não o retorno de Jesus à Terraem 1844, mas que Ele começaria naquela data um ministério especial no céu para Seus seguidores. Assim, eles continuaram a esperar pelo breve retorno de Jesus, como fazem os Adventistas do Sétimo Dia ainda hoje. Deste pequeno grupo que se recusou a desistir depois do “grande desapontamento” surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates. Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer - principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte, aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma adolescente na época do “grande desapontamento”, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista por mais de 70 anos até sua morte em 1915. Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde então - que ela desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo de crentes. Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de Adventistas escolheu o nome Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, J.N. Andrews, foi enviado para Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H.P. Ribton, um recente converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro Adventista foi enviado em 1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 - Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano os missionários vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no Japão. 14.1 A Reforma Protestante Após um longo período de escuridão, vivido nos tempos da Idade Média, onde poucos tinham acesso a leitura e as Bíblias eram escassas, Deus providenciou um caminho adequado ao desenvolvimento de uma Reforma, que viria a atacar a soberania da Igreja Romana, que havia nascido pura, com os apóstolos, mas acabou se corrompendo com a união ao Estado de Roma. O primeiro passo foi, com toda certeza, a invenção da imprensa, podendo difundir a Bíblia em vários lugares, para que todos conhecessem sua mensagem. Alguns dos grandes homens destacados neste período são: John Huss e Jerônimo, que confrontaram as leis da época e acabaram sendo mortos por Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 20 de 72 20 isso. Martinho Lutero, um simples homem que sofria nos monastérios, dormindo no chão, passando a maior parte de seus dias em jejum e se martirizando, achando que só assim seria digno do perdão de Deus. Numa de suas penitências, subindo uma escadaria pareceu escutar “O justo viverá pela fé”, algo que foi a transição de sua vida de tortura para a sua vida de amor a Deus, afixando 95 teses de Justificação pela Fé na catedral de Wittemberg e dando um empurrão ao movimento protestante. Outros vieram, como John Wesley e John Calvino, continuando a oposição à Roma, inaugurando igrejas e enfraquecendo a idéia de um Deus tirano. 14.2 O Desapontamento de 1844 Guilherme Miller (1782-1849) era um fazendeiro, ex-combatente da guerra pela independência dos Estados Unidos, que só aceitou pregar para outros a muito custo, quando Deus lhe deu um sinal enviando seu sobrinho a convidá-lo a pregar. Depois de apurados estudos do livro de Daniel e Apocalipse, chegou a conclusão que Cristo viria a Terra entre 1843 e 1844, segundo a profecia de Daniel 8:14, que o santuário seria purificado em 2.300 anos desde a reconstrução dos muros de Jerusalém. Pregou para milhares de pessoas e muitas aceitaram o milerismo, como o movimento ficou chamado. Mas a data exata seria marcada por Samuel Snow, que apresentou o dia 22 de outubro de 1844 como sendo o dia da purificação do santuário, visto que a purificação era feita no Dia da Expiação, no décimo dia do sétimo mês do calendário judaico, que cairia exatamente neste dia. As datas proféticas eram precisas, assim como Cristo morreu na Páscoa e o Espírito Santo caiu no Pentecostes. Mas o dia passou e Cristo não veio, deixando a todos o grande desapontamento, levando muitos a abandonar o movimento. 14.3 Entendendo as Doutrinas Eternas Todos que esperavam a volta de Cristo se sentiram grandemente desapontados, mas nem todos persistiram na “bem-aventurada esperança”. Alguns dos que perseveraram, começaram a ter a luz que abriu caminho para entenderem o que realmente tinha acontecido. Durante estes primeiros anos, alguns nomes se destacaram: · Hirã Edson (1806-1882) – Foi ele que, muito desapontado na manhã de 23 de outubro de 1844, caminhando por um milharal, teve uma visão que ajudou a entender porque Jesus não havia voltado em 1844. Havia um Santuário no Céu e Cristo havia passado para o Santíssimo naquela data. Essa tornou a doutrina base da Igreja Adventista do Sétimo Dia. · José Bates (1792-1872) – Passados muitos anos no mar, em conflitos, preso por inimigos e depois de muitas aventuras, o capitão Bates casou-se e sua esposa lhe deu um Novo Testamento, que leu e lhe interessou muito. Aceitou o milerismo e foi muito criticado por seus vizinhos após o desapontamento. Ele se dedicou muito a entender as profecias e, foi o precursor da reforma de saúde, eliminando da sua dieta o fumo, chá, café, bebidas alcoólicas e a carne antes mesmo de se tornar um milerita. Recebeu a luz do Sábado da viúva Raquel Oakes (depois, Raquel Preston), da Igreja Batista do Sétimo Dia e passou a pregar com afinco a verdade do Dia de Descanso. Junto com Tiago White e Ellen White, fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia. · Ellen G. White (1827-1915) – Apesar de sofrer um grave acidente na infância e perder grande parte do tempo de estudo fundamental numa cama, foi chamada por Deus para receber o dom de profecia (I Cor. 1:27). Casou-se com Tiago White, teve 4 filhos na qual 2 morreram crianças: Henrique e Herbert. Guilherme (Willy) teve 4 filhos e 3 filhas com suas duas esposas. Edson tornou-se um missionário no rio Mississippi, no barco “Morning Star”. Após a morte de seu esposo Tiago (1881) foi para a Austrália e ficou lá até 1900. Terminou sua vida numa casa em Elmsheaven, terminando seus escritos, que chegaram a 40.000 páginas de material impresso e mais de 50.000 páginas de conselhos e inspiração. · Uriah Smith – Muito dedicado na causa, foi redator-chefe da Review and Herald e mostrou-se de valor inestimável para o começo das publicações e organização adventista. Foi o autor de estudos importantes sobre Daniel e Apocalipse. Teve sua perna amputada sem anestesia ao 4 anos de idade, devido a uma úlcera na no joelho. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 21 de 72 21 14.4 A Igreja Organizada A organização da Igreja data de 1863, com 3000 membros. Ao contrário do que muitos pensam, Guilherme Miller não chegou a ser adventista, morreu 14 anos antes e nem chegou a aceitar o Sábado. Desta organização foi eleito o presidente da Associação Gerale seus sucessores foram sendo conhecidos durante a nossa história. Nossos presidentes foram: 1°) John Byington (1863-1865) – Homem dedicado, foi eleito após a recusa do grande favorito ao cargo: Tiago White. Nasceu em 1798, ano-término dos 1260 dias (Apoc. 12:6). Apesar da idade avançada, esforçou-se grandemente para manter a unidade da Igreja. 2°) Tiago White (1865-1867; 1869-1871;1874-1880) – Seu lema era “Gastar-se e deixar gastar no serviço ao Senhor”, guiou a igreja em 3 diferentes períodos, totalizando 10 anos de fecundo crescimento. Sempre avistou a importância do movimento e persistiu em acabar com a anarquia e formar a Associação Geral. 3°) John N. Andrews (1867-1869) – Foi o primeiro a aceitar o Sábado de pôr-do-sol a pôr-do- sol (Lev. 23:32) e escreveu vários artigos a favor do Sábado. Foi escolhido para presidente de 4.320 adventistas. Depositou todas as suas energias em levar a mensagem ao sul e oeste dos Estados Unidos e partiu em 1874 para pregar na Europa. Tentando ampliar as fronteiras do adventismo. 4°) Jorge I. Butler (1871-1874; 1880-1888) – Sob sua administração a Igreja viveu um momento de acelerado crescimento, subindo o número de membros de 15.570 para 26.112 em menos de 20 anos. Em seu tempo D. M. Canright, grande pregador, desanimou e abandonou a Igreja, provavelmente por não ser escolhido como o novo presidente da Associação Geral. 5°) Ole A. Olsen (1888-1897) – Escolhido presidente num momento tumultuado, na Conferência de Mineápolis, onde E. J. Waggoner e A. T. Jones levantaram a polêmica da “Justificação pela Fé”, enfraquecendo o poder da guarda da lei. Olsen brigou e conseguiu manter a ordem da Igreja com muito custo. Terminado seu mandato, foi para a África, ampliar os horizontes do adventismo. 6°) Jorge A. Irwin (1897-1901) – Na alvorada do Séc. XX, teve grandes problemas: a concentração de adventistas em Battle Creek e a crise panteísta (Deus é a natureza) defendida por John Kellogg. Lutou para manter a ordem nestes 4 anos de mandato. Liberado de suas atividades, fora para a Austrália. 7°) Artur G. Daniells (1901-1922) – Foi o presidente com maior tempo no cargo: 21 anos. Passou 10 anos com a Srta. White na Austrália (1981-1900) e foi eleito presidente sem que muitos o conhecessem nos Estados Unidos. Trabalhou em 4 áreas: reorganização da Igreja, evangelismo urbano, ampliação do programa de penetração mundial e empenho na proclamação da justificação pela fé. 8°) Guilherme A. Spicer (1922-1930) – Dirigiu a Igreja numa época em que todos começavam a se recompor dos horrores da primeira grande guerra, apesar de não querer aceitar, a princípio, tomou o lugar que foi de Daniells por duas décadas. Mostrou grande força evangelhística, fundando uma igreja de 80 membros por dia em 1930. 9°) Carlos H. Watson (1930-1936) – Seu mandato começou um tanto conturbado, a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, levou o mundo todo a tempos difíceis. O desemprego, miséria, suicídios, greves, passeatas, depredações, fome, falências, tudo levava a crer que seriam tempos difíceis também para a Igreja. Mas Deus providenciou que fossem ganhas cerca de 90.000, nestes 6 anos, confirmando a velha mania de buscar a Deus quando se precisa. 10°) J. Lamar McElhany (1936-1950) – Seu primeiro mandato coincidiu com a Segunda Guerra Mundia (1936-1946), levando a muitas dificuldades. Teve que, muitas vezes, carregar nos ombros o peso dos negócios da Igreja, mas foi persistente e mostrou muita garra para isso, o que o levou a ser reeleito até o ano de 1950. 11°) Guilherme H. Branson (1950-1954) – Seu lema era “A principal tarefa da Igreja é a salvação de almas”. Um líder nato, administrador leal, homem de visão, este era Branson, que passou muitos anos evangelizando na China e foi perseguido pelo comunismo, vendo as igrejas, escolas e hospitais que haviam aberto, serem fechadas ou nacionalizadas pelo Governo da China. Mas não desanimou e seguiu para o alvo: Jesus. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 22 de 72 22 12°) Ruben R. Figuhr (1954-1966) – Reeleito duas vezes, viu cerca de 500.000 novos adventistas sentarem às fileiras da Igreja. Trabalhou 18 anos nas Filipinas (1923-1941) e viu o aumento de 5.000 para 25.000 conversos neste espaço de tempo. Quando presidente da Divisão Sul Americana, trabalhou muito e sem desanimar para levantar o número de adventistas na região que chegava a apenas 33.000 no início da déc. de 50. 13°) Robert H. Pierson (1966-1979) – Iniciou o seu mandato com o objetivo de ver a obra terminada em seus dias. Depois de surpreendente esforço, viu o grande aumento do contingente da Igreja e renunciou em 1978 devido a problemas circulatórios. 14°) Neal C. Wilson (1979 – 1992) – Depois da inédita renúncia de Pierson, começou-se uma era de ouro, onde o evangelismo foi tomado como prioridade absoluta. O Projeto “Mil Dias de Colheita” foi lançado com o propósito de alcançar cerca de 1.000 batismos ao dia, durante 1.000 dias (set/1982 – jun/1985), mas eles haviam subestimado o poder de Deus em evangelizar através de Sua Igreja, no primeiro trimestre o alvo foi ultrapassado na casa de 1.171 por dia, sendo que no final do projeto mais de 1 milhão de novos adventistas estavam em nossas fileiras. 15°) Robert Folkenberg (1992-2000) – 16°) Ian Paulsen (2000-2001) – 14.5 Alguns Inconvenientes · Justificação pela Fé – A Assembléia de 1888 ficou marcada na história da Igreja pela polêmica da Justificação pela Fé, protagonizada por E.J. Waggoner e A.T. Jones. · M. Rowen e A. Philips – Estas duas mulheres disseram ter o Espírito de Profecia em substituição à Ellen White. Rowen após a morte da Sra. White e Philips quando Ellen White se encontrava na Austrália. · A Crise Panteísta – O doutor John Kellogg teve valor inestimável para o crescimento da Igreja, mas acabou desviando seus princípios e passou a pregar o panteísmo, na qual Deus é e está na natureza. Tomou para si o Sanatório de Battle Creek, que queimou num incêndio e tentou publicar suas idéias panteístas na Casa Publicadora de Battle Creek, que também se incendiou pelo juízo divino aos seus maus caminhos. · Tabernacle Dime – Nunca foi plano de Deus que Seu povo se juntasse num determinado lugar, era plano dele que Seu povo se espalhasse na Terra, foi assim com a Torre de Babel e com as perseguições em Jerusalém, forçando todos a irem aos gentios. O Tabernáculo Dime (dime é equivalente à moeda de 10 cents de dólar, pois foi ajuntando estas moedas que se construiu o templo) era um centro adventista que atraía adventistas, cada vez mais. A chama divina incendiou o “templo da junção”. · Outros – O Movimento da Carne Santa, o Grupo Marion, o Movimento Reformista, a agitação de Robert Brinsmead, Desmond Ford e Walter Rea, muitos movimentos tentaram tirar a paz da Igreja e provocar a quebra da unidade, mas nada conseguiu pelo simples fato de termos o nosso Deus no comando, com Ele a frente, chegaremos juntos aos Céus. 14.6 A Igreja Adventista Hoje A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países. A publicação e distribuição de literaturas foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A Advent Review e o Sabbath Herald (hoje Adventist Review), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em Paris, Maine, em 1850; o Youth’s Instructor em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o Signs of the Times em Oakland, Califórnia, em 1874. A primeira casa publicadora denominacional em Battle Creek, Michigan, começou a operar em 1855 e foi devidamente incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia. O Institutode Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a obra da sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, em Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 23 de 72 23 1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas em todo o estado. Em 1903, a sede da denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989 para Silver Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão. A Igreja hoje tem 12 Divisões espalhadas pelo mundo. Acompanhe abaixo as principais características de cada uma delas: - África Oceano Índico – composta de 32 países, principalmente de língua francesa, localizadas na África e nas ilhas do Oceano Índico. - Este-África - 10 nações principalmente ao longo da costa oriental de Djibouti para Botswana. - Euro-África – são 3 nações de língua portuguesa localizadas na África e mais 25 países do centro da Europa, ligados por idiomas comuns. - Euro-Ásia - estados da Comunidade de Estados Independentes (países nascidos da antiga União Soviética). - Interamericana - 46 nações, inclusive o México, as Ilhas Caribenhas e quatro países no lado norte da América do Sul. - Norte Americana – Estados Unidos, Canadá, Ilhas Bermudas, duas Ilhas no Oceano Pacífico, além do Havaí, e duas localidades na costa de Newfoundland. - Ásia Pacífico Norte - Seul, Coréia, China, Japão e Mongólia. - Sul do Pacífico - Austrália, Nova Zelândia, Quiribati e as ilhas do Pacífico Sul. - Sul da Ásia - Índia, Nepal, Butão, e as Ilhas de Maldive. - Ásia Pacífico Sul - 13 países no Oriente e Ilhas do Pacífico. - Trans-européia - 30 nações, entre elas Inglaterra, Escandinávia e os Balcãs, sul da Polônia, parte da Grécia e alguns países do Oriente Médio, Paquistão e Afeganistão. - Sul-Americana - 8 nações da América do Sul. Dentre as quais destacamos o Brasil. Nossa União é chamada de União Centro Oeste Brasileira – UCOB. 15. História da Igreja Adventista no Brasil Igreja Adventista do Sétimo Dia (o nome adventista é uma referência à sua crença no advento, segunda vinda de Jesus), surgiu entre as décadas de 1850 e 1860 concomitantemente nos Estados Unidos e na Europa. O padre Jesuíta chileno Manuel Lacunza que nasceu em 1731, escreveu um livro singular – La Venida Del Mesias em Gloria y Majestad. Conhecido desde 1785, o livro do padre Jesuíta foi impresso em 1812. Esta publicação agitou os meios religiosos, e foi precursora do movimento Adventista dos que crêem na segunda vinda de Jesus. No início do século passado, no seio das igrejas evangélicas, o movimento alastrou-se, tendo como foco o advento, ou o retorno pessoal de Jesus. Daí surgiu a palavra Adventista, caracterizando uma das crenças fundamentais da Igreja. Dentro deste movimento, uma atenção especial foi dada ao estudo da Bíblia, tanto do Novo como do Velho Testamento. Surgiu também a compreensão do dia do repouso Bíblico de acordo com Êxodo 20, bem o relato do Velho Testamento e confirmado por nosso Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento. A observância do quarto mandamento da Lei de Deus como uma homenagem semanal ao Criador e ao Salvador que vai voltar a terra, caracterizou também a nova igreja que surgia na metade do século passado tomando forma legal em 1863, nos Estados Unidos. No Brasil, a mensagem Adventista chegou através de impressos que ingressaram nas colônias de imigrantes alemães e austríacos, nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo. Um Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 24 de 72 24 livro bem conhecido, “Der Grosse Kampt”(O grande Conflito), em alemão, chegou às mãos do jovem Guilherme Stein Jr, na época noivo de Maria Krahembuhl. Este livro descreve a história universal sob o enfoque religioso e bíblico, dando, além do vislumbre do passado, uma projeção quanto ao futuro, em termos proféticos, tendo como base especialmente os livros de Daniel e Apocalipse. Após sua leitura, este jovem resolveu unir-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi batizado no Brasil, em 1895, nas proximidades de Piracicaba, estado de S. Paulo. Nesta ocasião outros batismos também ocorreram em Santa Catarina entre as pessoas batizadas estava Guilherme Belz. Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial nos papéis envolvidos nas mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler - livro que "coincidentemente" tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto. O livro era o Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Urias Smith e também estava escrito em alemão. Ao tentar pegá-lo da estante, Guilherme derrubou-o no chão. O livro se abriu justamente no capítulo intitulado "O Papado Muda o Dia de Repouso". Este título fez Belz recordar sua juventude na Alemanha. Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha por hábito ler a Bíblia, mas algo o intrigava: "Se apenas o sábado é mencionado nas Escrituras, por que guardamos o domingo?" Sua mãe Luise e o pastor de sua igreja desconversavam e, por isso, a resposta teve de aguardar muitos anos. Como estava com pressa, Guilherme despediu-se de Carl levando emprestado o livro segurando- o como se houvesse descoberto um tesouro precioso. Chegando em casa, ele investigou o assunto do sábado mais a fundo, comparando o conteúdo do livro com a sua Bíblia. Finalmente, Belz convenceu-se da santidade do sábado. Guilherme tinha então 54 anos e tornava-se, assim, o primeiro a reconhecer, no Brasil, o sábado como dia do Senhor, graças à literatura adventista. Os Belz não demoraram a espalhar sua nova crença pela região, pois tornaram missionários voluntários na região onde moravam. Pouco tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia e orar. Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades. Assim, os primeiros interessados na mensagem Adventista, em São Paulo, foram surgindo. O mesmo crescimento aconteceu no estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários exemplares do livro O Grande Conflito, da escritora Ellen White. Os adventistas que viviam em São Paulo e no Espírito Santo, observavam o sábado e criam na volta de Jesus, mas, estavam totalmente alheios à existência dos irmãos de Santa Catarina que há alguns anos professavam a mesma fé. Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: Willian Henry Thurston. Willian, acompanhado da esposa Florence, veio dos Estados Unidos com a missão de estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos missionários no Brasil. Thurston trouxe duas grandes caixas de livros e revistas, impressos em: inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português, pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900. Curso para Conselheiros 07/03/2013 Página 25 de 72 25 Para chegar ao seu destino, muitos
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